19 de fevereiro de 2009

"APANHANDO DESPREVINIDO"

APANHADO DESPREVINIDO = Josué 9:3-27

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo.” = (Ef 6.11.)

Se você é como eu, fica mais vulnerável e sujeito a cometer erros de julgamento nos momentos em que menos espera que aconteçam. Ironicamente, cometo meus piores erros no final de períodos de grande sucesso ministerial, quando tenho maior consciência da vontade de Deus para minha vida. Se “abaixarmos a guarda” durante tais momentos, Satanás certamente encontrará uma brecha em nossa armadura.

Não se engane quanto a isto! Satanás é um inimigo sutil. Se ele não consegue alcançar seus objetivos insidiosos fazendo-nos desobedecer abertamente à Palavra de Deus, aparecerá como um “anjo de luz” e tentará usar a verdade de Deus para nos enganar.
Ele fez isto com Josué; infelizmente, o grande líder do Antigo Testamento tomou uma decisão irreversível.

REFLITA POR UM MOMENTO

Josué tinha encarado a derrota em Ai com uma coragem incomum. Embora tivesse sido difícil, ele tratou com o pecado de Acã. Além disso, tinha construído um altar e “[oferecido] holocaustos” e “ofertas pacíficas” ao Senhor no monte Ebal e no monte Gerizim. Todo o Israel reconheceu Deus e o adorou como protetor e provedor da nação.

Josué também reviu a lei de Deus para todo o povo. Levou o povo de volta às coisas básicas. Copiou cuidadosamente em tábuas de pedra tudo o que Deus revelara a Moisés. Depois leu a lei na presença de toda a congregação (Js 8:35).
Tudo parecia em ordem, para que Josué e o povo, de Israel seguissem adiante, para conquistar outras vitórias. Tinham aprendido bem as lições! Se apenas obedecessem a Deus em todas as coisas, jamais repetiriam a “experiência de Ai”.

ENQUANTO ISSO, POR TODA A CANAÃ...

Enquanto Israel estava adorando ao Senhor e revendo suas leis, os reis cananeus se reuniam para formar uma coalizão contra o povo de Deus. O fato de que a princípio Ai tinha conseguido resistir deve ter infundido um pouco de esperança. Obviamente, eles não compreendiam os fatores sobrenaturais envolvidos na derrota inicial de Israel e na vitória subseqüente. Infelizmente, concluíram que só precisavam reunir mais soldados e mais armas.

Do ponto de vista humano, tal raciocínio fazia sentido, desde que Ai derrotara Israel porque Josué enviara um pequeno contingente de homens contra ela (7:3,4).
No entanto, do ponto de vista divino, não fazia nenhum sentido. Em sua arrogância e cegueira espiritual, aqueles reis desprezavam totalmente o que acontecera em Jericó e toda a jornada de Israel, do Egito a Canaã. Como podiam ter esquecido o milagre no Jordão?

Nem todos concordavam

Entre os representantes que se reuniram, havia homens de Gibeom, chamados de heveus (9:1,7). Gibeom era uma das maiores cidades de Canaã. Embora não houvesse ali um rei, a cidade era tão respeitada quanto as outras. A Bíblia diz que Gibeom era “cidade grande como uma das cidades reais”. De fato, era “maior do que Ai, e todos os seus homens eram valentes” (10:2).

Decisão da minoria

Embora todos os reis que se reuniram concordassem que deviam lutar juntos contra Josué e Israel (9:2), os gibeonitas decidiram adotar outro curso de ação. Enquanto ouviam os reis discutindo sobre a vitória dos israelitas em Jericó e Ai, chegaram a uma conclusão diferente (v. 3). Em vez de aderirem à aliança militar contra Israel, decidiram que iriam adotar uma estratégia de paz e não de guerra.

O engodo gibeonita

Os gibeonitas eram astutos. Sabiam que jamais conseguiriam derrotar Israel na guerra não importava quantos homens comporiam a aliança. Eles entenderam claramente que os recursos militares de Israel eram sobrenaturais. Recusaram-se a ignorar o que tinha acontecido nas batalhas anteriores. Qualquer estrategista militar com um mínimo de bom senso concluiria que as façanhas de Israel eram divinamente orientadas.

NA MULTIDÃO DE CONSELHEIROS

Por que os gibeonitas se recusaram a aderir à aliança militar dos reis cananeus? Por que eles chegaram a uma conclusão diferente em relação à capacidade de Israel? Pessoalmente, creio que a resposta deles teve algo que ver com a forma de governo da cidade. Até onde sabemos, eles eram o único povo de Canaã que tinha uma república. Em vez de um monarca soberano, a cidade era governada por um corpo de anciãos, representantes do povo. Obviamente, tinham um líder supremo mas as decisões eram baseadas nas considerações e opiniões de muitas pessoas — o que sem dúvida levou-os à conclusão de que seria tolice tentar derrotar Israel, mesmo que todas as cidades de Canaã se unissem.

A conclusão dos gibeonitas estava correta. Infelizmente, porém, adotaram uma estratégia baseada no engano. Se tivessem decidido abandonar seus falsos deuses e seguir o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Senhor teria retido seu juízo, embora fossem cananeus. Raabe e sua família ilustram vividamente este fato. Os gibeonitas não permitiram que seu conhecimento exato conduzisse à ação apropriada.

ESTRATÉGIA ESPERTA

Os gibeonitas enganaram Israel, dando a impressão de que vinham de uma terra distante,fora de Canaã. Vestiram roupas velhas e sandálias que pareciam ter sido gastas numa longa jornada.
“Levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados.., e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (vv. 4,5). Quando chegaram ao acampamento dos israelitas — depois de uma viagem de cerca de 20 ou 30 quilômetros — “foram ter com Josué... e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel:
“Chegamos duma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco” (v. 6).

Uma manobra brilhante

Do ponto de vista humano, era uma estratégia brilhante. Revela que os líderes de Gibeom tinham um grande conhecimento das instruções de Deus para Israel, muito antes de terem entrado em Canaã. Na verdade, usaram tal conhecimento para enganar os israelitas, O que eles sabiam? Que todos os cananeus seriam destruídos ou expulsos da terra.
Muitos anos antes, Deus dissera a Moisés:

Porei os teus termos desde o mar Vermelho até ao mar dos filisteus e desde o deserto até ao Eufrates; porque darei nas tuas mãos os moradores da terra, para que os lances de diante de ti. Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses. Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, isso te será cilada. Êxodo 23:31-33

PROVISÃO PARA OS POVOS DE FORA DE CANAÃ

Os gibeonitas sabiam o que Deus tinha dito a Israel que nenhuma cidade de Canaã seria poupada. No entanto, sabiam também que Deus fizera provisão para poupar as cidades de fora de Canaã. Moisés deixou isso claro quando reviu a lei para Israel depois da experiência de 40 anos no deserto:

Quando te aproximares de alguma cidade para pelejar contra ela, oferecer-lhe-ás a paz. Se a sua resposta é de paz, e te abrir as portas, todo o povo que nela se achar será sujeito a trabalhos forçados e te servirá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra, então, a sitiarás. Deuteronômio 20:10-12

Por isso eles queriam dar a impressão de terem vindo de uma “terra mui distante”. Também sabiam que deviam tomar a iniciativa. Não tinham a opção de esperar que Israel se aproximasse, desde que eram cananeus e já estavam sob o juízo divino. A solução para eles era tentar convencer Israel que tinham vindo de longe, de fora de Canaã.

Tinham feito bem a “lição de casa”

Note também que, ao falar com Josué, os gibeonitas evitaram qualquer menção a Jericó ou Ai:

Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus; porquanto ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito; e tudo quanto fez aos dois reis dos amorreus que estavam dalém do Jordão, Seom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote. Josué 9: 9,10

Um plano perfeito

Tudo se encaixou perfeitamente. Os gibeonitas tinham feito uma ótima pesquisa. Na verdade, sabiam tanto sobre Israel e suas leis que davam a impressão de que alguns deles estavam “ouvindo” quando Josué reviu a lei de Deus nos montes Ebal e Gerizim. Provavelmente ouviram, desde que usaram as instruções de Deus a Israel para alcançarem seus objetivos pessoais. Apresentaram-se como servos voluntários.

Evitaram as referências às cidades cananéias para darem a impressão de que não conheciam a terra. Suas roupas e provisões estavam velhas e pareciam gastas devido a uma longa viagem. Talvez, o aspecto que mais ajudou no engodo foi que conheciam o Deus de Israel.

APANHADOS DE SURPRESA

A estratégia gibeonita funcionou. Josué foi apanhado de surpresa. Impressionado com todas as evidências, “concedeu-lhes paz e fez com eles aliança” (v. 15).
Infelizmente, Josué tomou esta decisão sem pedir “conselho ao Senhor” (v. 14). Atente-se para a outra fonte divina que havia, dada por Deus a Israel para ajudar em situações como aquela:

Josué podia ter consultado o sumo sacerdote, para buscar diretamente a vontade de Deus (Nm 27:18-21). No entanto, ele não fez isto. Apesar de ter ficado desconfiado no início do encontro com os heveus (Js 9:7), respondeu precipitadamente. Estava convencido de que aqueles homens estavam dizendo a verdade. Também foi enganado.

UMA GRANDE FORÇA - UMA GRANDE FRAQUEZA!

“Como aquilo pôde acontecer?”, você pode perguntar. O fato é que pode acontecer com qualquer um principalmente a um homem como Josué. Embora fosse um grande líder, sua maior qualidade transformou-se em sua maior fraqueza. Ele tinha facilidade de confiar nas pessoas. Era um homem honesto, com motivos puros e por isso via os outros mesmo seus inimigos através dos seus próprios olhos. Provavelmente achou difícil fazer as perguntas mais reveladoras.

Josué estava agindo da maneira que Deus dissera que devia agir em situações como aquela. O problema foi que a situação não era como ele pensava. Conseqüentemente, ele aplicou erroneamente as Escrituras. Ele não tinha todos os fatos.

Quer dizer que Deus não quer que confiemos nos outros? De forma alguma! No entanto, a experiência de Josué nos ensina a ser cautelosos, visto que nem sempre as coisas são o que aparentam. Embora certamente não devamos seguir pela vida “procurando” engano nos outros, devemos reconhecer que algumas pessoas são desonestas; agem assim para se proteger e satisfazer os próprios interesses.

Uma experiência pessoal

Como pastor, isso já me aconteceu muitas vezes. Com freqüência sou procurado por pessoas geralmente que não são da igreja que tentam tirar vantagem de mim e da nossa congregação. Geralmente procuram um donativo.

Na maioria das vezes, as “histórias tristes” que contam são bem fáceis de acreditar. A Bíblia ensina que devemos ajudar os necessitados; é fácil deixarmos de fazer as perguntas mais duras e agirmos de maneira precipitada.

Francamente, tive de desenvolver esta habilidade, pois realmente sou “coração mole” quando se trata de ajudar pessoas em apuros. Embora seja difícil (e depois de ter feito algumas avaliações equivocadas), aprendi a inquirir inflexivelmente as pessoas.

Lembro de um casal que chegou ao escritório da igreja e desfiou um “rosário” de lamúrias. O motor do carro deles tinha fundido e tinham de viajar para Denver. Pediram dinheiro para consertar o carro.

Disseram que tinham me procurado porque ouviram que nossa igreja era “caridosa”. Também me garantiram que devolveriam o empréstimo assim que chegassem a Denver onde moravam e tinham bons empregos.

Fui cordial, mas pedi que se identificasse inclusive que me dessem o endereço e o telefone do patrão de um deles em Denver. Ofereci-me para ligar para lá (pagando a ligação) para ver como eu podia ajudar. Neste ponto, os dois ficaram furiosos e me acusaram de “não ser cristão”. Fiquei firme e eles saíram do escritório proferindo impropérios. Embora tenha sido difícil, obviamente fiz as perguntas certas!

OVO NA CARA”

Ironicamente, Josué precisou de apenas três dias para descobrir seu erro ( Js 9:16). Imagine sua surpresa e desapontamento quando soube que aquele povo era vizinho.
Para ter certeza de que não tinham ouvido apenas um boato e para “livrar a cara” um grupo empreendeu uma viagem de três dias a Gibeom, a cidade principal dos heveus. A descoberta foi embaraçosa. Havia três aglomerações suburbanas chamadas Quefira, Beerote e Quiriate-Jearim (v. 17).

Não era boato

Josué fora terrivelmente enganado junto com muitos outros israelitas. Infelizmente, tratava-se de uma decisão irreversível. Tinham feito uma aliança com os heveus em nome do “Senhor Deus de Israel”. Apesar de o erro basear-se numa informação falsa, era uma decisão que envolvia Deus seu nome e sua reputação.

Dois erros jamais formam um acerto

Se os israelitas quebrassem a aliança com os gibeonitas, trariam desprezo sobre o nome de Deus entre os cananeus. Embora Josué e todo o Israel tivessem pecado, ao permitirem serem enganados, a quebra da aliança agravaria ainda mais o pecado.
Lembro-me de outra experiência que tive como pastor. Certo dia fui procurado por um homem, depois de um culto. Eu estava no púlpito, arrumando minhas coisas. Ele se aproximou, me chamou pelo meu primeiro nome e perguntou se podíamos conversar.

Francamente, eu não o reconheci. No entanto, ele falava comigo como se eu o conhecesse. De fato, ele estava preparado para minha resposta hesitante (podia ver isso em meu semblante) e disse: Você me conhece. Moro aqui perto e participo da sua igreja.

Embaraçado por não conhecê-lo, continuei sendo levado por seu esquema. Ele me pediu dinheiro para comprar uma passagem aérea para Tucson, Arizona. Disse que sua esposa fora para lá visitar a mãe doente. Quando se dirigia para o hospital onde a mãe estava internada, ela teve um acidente com o carro e acabou internada no mesmo hospital. O homem me disse que acabara de ser informado e precisava ir a Tucson com urgência. Tinha o dinheiro da passagem, mas faltavam 50 dólares.

Profundamente comovido com a história — e com vergonha de ficar fazendo perguntas — procurei um dos tesoureiros da igreja. Imediatamente peguei dinheiro do caixa, dei ao “estranho” e ele foi embora. Assim que ele se afastou, minha intuição me disse que acabara de fazer um mau julgamento.

Reconstituindo a história, descobri que aquele homem vira meu nome na placa na frente da igreja. Desde que nós usamos crachás com o nome, ele se aproximou de outro irmão no estacionamento, chamou-o pelo primeiro nome e perguntou onde eu estava também me chamando pelo primeiro nome. Foi informado que eu estava dentro da igreja; sabemos o resto da história. Embora certamente meu erro não tenha sido tão grande quanto o de Josué, com certeza também “levei um ovo na cara”!

SINUCA”

O que Josué devia fazer? Ao fazer aliança com os gibeonitas tinha violado a vontade de Deus. Quando descobriu o erro, partiu para a ação. Imediatamente exigiu, uma explicação. “Por que nos enganastes?” perguntou (v. 22).
Quando Josué descobriu o que acontecera, soube que não podia reverter a decisão tomada. Só tinha uma coisa a fazer pronunciar uma maldição de escravidão sobre os gibeonitas. “Dentre vós nunca deixará de haver escravos”, disse (v. 23).

É melhor servir e viver

Os gibeonitas na verdade ficaram satisfeitos com a decisão de Josué. Preferiam mais servir Israel e viver a lutar e morrer.
“Eis que estamos na tua mão”, foi a resposta deles ao pronunciamento de Josué. “Trata-nos segundo te parecer bom e reto” (v. 25).

Embora originalmente Deus tivesse determinado que os gibeonitas deviam ser exterminados ou expulsos de Canaã, ele honrou a aliança feita por Josué e preservou-os. Desde que seu nome divino estava envolvido, ele não quebraria sua promessa. Nos anos vindouros, muitas vezes ele iria demonstrar sua fidelidade a esta aliança.

Outra lição dolorosa

Israel teve de honrar a aliança com os gibeonitas logo depois que ela foi firmada. Cinco reis amorreus, furiosos e ameaçados pela estratégia, decidiram atacar as cidades gibeonitas (10:3,4).

Os gibeonitas rapidamente pediram ajuda a Josué. Devido ao fato de que aquele povo agora era seu escravo, Israel agiu imediatamente e com a bênção de Deus.
De fato, nesta ocasião Josué evidentemente buscou a vontade direta do Senhor, por intermédio do sumo sacerdote: “Disse o Senhor a Josué: Não os temas, porque nas tuas mãos os entreguei; nenhum deles te poderá resistir” (v. 8). Novamente, Josué tinha aprendido uma lição valiosa porém dolorosa.

TORNANDO-SE UM HOMEM DE DEUS HOJE

1. Os cristãos podem se desviar fazendo avaliações superficiais baseadas na Palavra de Deus.

Lembre-se de que Josué acabara de rever toda a lei para Israel. Tinham gastado vários dias e talvez até semanas no monte Ebal e no monte Gerizim. Sem dúvida, a cláusula divina que dizia que Israel podia fazer aliança com povos de fora de Canaã estava bem vívida na mente de Josué. Foi exatamente neste ponto que Satanás atacou e enganou o homem de Deus e os outros líderes de Israel.

A mentira é uma das táticas de Satanás

Satanás é um inimigo sutil, e a mentira é uma das suas táticas mais comuns. Jesus o chamou de “pai da mentira”. Além disso, uma das suas táticas mais enganadoras é usar a Palavra de Deus para alcançar seus propósitos insidiosos.

Quando tentou Jesus Cristo no deserto, Satanás empregou a mesma estratégia. Levando-o ao pináculo do templo, disse: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo”; depois prosseguiu: “Está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Mt 4:6).

Jesus Cristo não foi enganado como Josué. Nem poderia, pois era o divino Filho de Deus. Por sua vez, ele também empregou a Palavra de Deus, interpretada e proferida corretamente, para se opor ao ataque maligno. Jesus replicou: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Mt 4:7).

Evitando o engano hoje

Como os homens cristãos e os cristãos em geral caem presa deste tipo de tática satânica? Ou melhor, como podemos evitar este tipo de armadilha?

2. Podemos ser enganados se usarmos a Bíblia deforma mística.

Há cristãos que fazem uma abordagem superficial e mística da Palavra, para determinar a vontade de Deus para suas vidas. Por exemplo, abrem a Bíblia aleatoriamente, acreditando que o primeiro versículo que lerem trará uma palavra específica de Deus, que os ajudará a tomar alguma decisão. Certamente Deus pode usar este método, mas existem muitos perigos inerentes. Há muitas provas de que cristãos sinceros já foram enganados ao usarem a Bíblia de forma tão superficial.

Lembro de uma história sobre um homem que estava buscando a vontade de Deus para sua vida. Abriu a Bíblia aleatoriamente e colocou o dedo sobre o texto que diz que Judas saiu e se enforcou. Alarmado com o que leu, ele tentou novamente. Desta vez, abriu no texto em que Jesus disse: “Vai e faze o mesmo!” Obviamente, o homem aprendeu uma lição preciosa.

Não se trata de um bom método para determinar a vontade de Deus. Todos nós temos de entender as Escrituras como um todo. Além do mais, devemos entender cada passagem dentro do contexto apropriado. Entretanto, este fato leva a outro princípio importante.

3. Podemos ser enganados se lermos e estudarmos a Bíblia deforma subjetiva e sem empregar bons princípios de interpretação.

Este erro em usar a Bíblia para determinar a vontade de Deus está intimamente relacionado com aquele que já mencionamos. No entanto, o segundo erro envolve o emprego mais sério das Escrituras. Neste exemplo, muitas vezes queremos obter apoio ou provar um conjunto de crenças ou desejos predeterminados.
De fato, quando se ignora os princípios básicos de interpretação literária, é possível fazer a Bíblia ensinar quase tudo.

Esta abordagem do estudo da Bíblia tem levado a toda sorte de sistemas errôneos de teologia, o que, por sua vez, cria uma série de seitas e “ismos” que negam a verdade total das Escrituras.
Para compreender a Bíblia e o que Deus está realmente nos dizendo hoje, temos de usar pelo menos três diretrizes básicas:

Primeira, determinar o que as palavras, frases e períodos realmente significam dentro do contexto.

Segunda, descobrir o que podemos depreender do ambiente histórico e cultural no qual o texto foi escrito. Em outras palavras, qual era o significado original da afirmação bíblica?

Terceira, discernir que razões gramaticais, históricas, culturais e literárias pode haver para adotarmos outra abordagem que não seja a literal.

Algumas pessoas acreditam que a Bíblia é totalmente alegórica e figurativa, e que não se trata de um documento histórico, Os escritores sagrados (como outros escritores) certamente empregaram alegorias e figuras de linguagem, mas empregaram estes elementos para ilustrar o significado literal. A má compreensão desta forma normal de interpretação pode levar a todo tipo de conclusões falsas.

4. Podemos ser enganados se permitirmos que as circunstâncias interpretem as Escrituras, em vez de avaliar as circunstâncias à luz das Escrituras.

Fatores circunstanciais são importantes ao se determinar a vontade de Deus. Já destacamos isso num capítulo anterior. No entanto, jamais devemos permitir que as circunstâncias sejam o fator primário de avaliação. Elas podem ser enganadoras, como aconteceu no encontro de Josué com os gibeonitas. Tudo parecia estar certo.

Além do mais, Deus já tinha falado sobre o que deviam fazer naquele tipo de situação. O problema foi que as circunstâncias não eram o que aparentavam!
Pode ser neste ponto que Satanás desfere o seu golpe mais feroz. Desde que vivemos num mundo de tempo e espaço, nos acostumamos a avaliar os eventos à luz das circunstâncias. Conseqüentemente, Satanás utiliza nossas tendências naturais, nosso entendimento cultural e nossa estrutura psicológica.

Para complicar as coisas, a linha entre a decisão correta e a errada é muito tênue. Se Josué apenas tivesse sido mais inquiridor, se tivesse esperado um ou dois dias, se tivesse avaliado a situação geral, teria descoberto o engodo antes de tomar uma decisão final e irreversível.

Felizmente, a maioria dos nossos erros é reversível. Mesmo no caso de Josué, ele juntou as peças e fez o que podia para corrigir a situação sem cometer outro pecado, ao tentar desfazer o primeiro. Em Cristo, sempre há esperança, não importa nossos erros passados.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar) Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS 1º- Trimestre 2009 – Lição 07 – O Perigo do Ardil Gibeonita Bibliografia:- Josué Um Modelo de Vida, Editora Mundo Cristão autor Gene A. Getz


13 de fevereiro de 2009

EXPERIMENTANDO A VITÓRIA À MANEIRA DE DEUS

EXPERIMENTANDO A VITÓRIA À MANEIRA DE DEUS

Texto Bíblico = Josué 8:1-29

Há um mistério divino que jamais conseguirei compreender, pelo menos enquanto viver aqui na terra. No entanto, sei que é uma verdade. Deus pode transformar os frutos da fraqueza humana em nosso próprio bem se lhe dermos liberdade de ação (Rm 8:28).

Com demasiada freqüência vejo isto ocorrer em minha vida.
Algumas das maiores lições que já aprendi resultaram dos meus próprios erros, ou dos erros de outras pessoas, que afetaram minha vida.
Veremos esta verdade ilustrada neste capítulo. Deus aproveitou-se dos frutos do pecado de Israel e usou-os para dar-lhes a vitória sobre Ai.

TRAGÉDIA EM ISRAEL

A derrota humilhante de Israel, diante dos habitantes de Ai, e os trágicos eventos envolvendo a casa de Acã deixaram Josué temeroso e desanimado. A ordem para executar Acã e sua família deve ter sido terrivelmente difícil, e além disso Josué estava cercado por milhares de israelitas desanimados e frustrados. A tristeza e o desespero pairavam sobre todo o Israel.

Tudo aconteceu muito rápido

Desde que o Senhor falou com Josué depois da morte de Moisés, assegurando-lhe sua bênção sobre ele como novo líder de Israel, Josué respondera com coragem e força interior. Creu e confiou na palavra de Deus. Seus temores se dissiparam e sua fé se fortaleceu. Guiou triunfalmente os filhos de Israel através do Jordão. Com ousadia, liderou a campanha contra Jericó, sabendo que a vitória era certa.
Subitamente, porém, no espaço de poucas horas, Josué viu-se experimentando velhas frustrações e ansiedades. Sua fé triunfante transformou-se em medo paralisante. Sentiu-se derrotado e sem esperança. Não via saída para a situação.

Não te desampararei”

Apesar da nuvem escura de tristeza que oprimia a alma de Josué e que pairava sobre todo o Israel, Deus não havia abandonado seu servo ou seu povo (Js 1:5). Ele não faria isso e nem poderia! Tinha prometido dar-lhes aquela terra, desde que lhe obedecessem. Josué obedeceu às suas ordens concernentes a Acã e por isso “o Senhor apagou o furor da sua ira” (Js 7: 26). Imediatamente o Senhor tomou providências para garantir que estava com ele e que o ajudaria a liderar Israel em novas vitórias.

Voltando aos velhos caminhos

Embora Josué não fosse responsável pelo pecado que causou a derrota de Israel, não estava isento de culpa, devido à forma como conduziu o ataque contra Ai.
Tomou a situação em suas próprias mãos, em vez de consultar ao Senhor e receber direção específica (v. 2). Além disso, sua reação diante da derrota não refletiu o homem de Deus maduro que era. Num momento de fraqueza, ele voltou aos velhos caminhos.

CERTEZA! = Depois de tratar da causa fundamental dos problemas (veja os vv. 10,11), Deus rapidamente garantiu a Josué que não tinha abandonado a nação:

Disse o Senhor a Josué: Não temas, não te atemorizes; toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te, e sobe a Ai; olha que entreguei nas tuas mãos o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra. Farás a Ai e a seu rei como fizeste a Jericó e a seu rei. Josué 8:1,2a

Com esta revelação direta e bem detalhada, Deus estava ajudando Josué a superar seu profundo senso de insegurança. Deu-lhe uma garantia de vitória!

Reiteração = Note também que as palavras de encorajamento de Deus a Josué “não temas, não te atemorizes” foram as mesmas proferidas por Moisés anos antes, diante do povo em Cades-Barnéia, antes de enviar os doze homens para espiar a terra de Canaã (Dt 1:21). Também foram as mesmas palavras que Moisés disse a Josué 40 anos mais tarde, quando entregou em suas mãos a liderança da nação, depois da experiência no deserto (31:8). Neste momento da vida de Josué, depois de uma derrota humilhante, Deus o lembrou de sua promessa.

Embora fosse grave, o pecado de Acã não significava que o Senhor tinha abandonado Israel. Nem tampouco a reação imatura de Josué significava que Deus não continuaria a usá-lo como seu líder escolhido.

Este fato é um conforto para todos nós! Deus não retira permanentemente sua bênção quando nós o decepcionamos. Pelo contrário, ele nos disciplina com amor e nos ajuda a voltarmos para o centro de sua vontade. Também é um consolo saber que não somos totalmente responsáveis pelos fracassos de outrem, quando estamos na liderança. Pessoalmente, posso me identificar com Josué. Como líder, muitas vezes me culpo pelo fracasso dos outros. Embora eu seja responsável pelos meus erros (mas a responsabilidade termina aqui), preciso da garantia que não terei de assumir toda a culpa.

Estratégia diferente com o mesmo resultado

Para enfatizar ainda mais este ponto, o Senhor disse aJosué que Israel capturaria Ai da mesma forma que capturou Jericó. A estratégia seria diferente, mas o resultado seria o mesmo. Israel teria a vitória.

Havia outra diferença. Quando capturaram Jericó, tudo na cidade foi colocado sob maldição. Em Ai, porém, o Senhor disse que poderiam tomar posse do espólio da conquista (Js 8:2).

Uma lição para todos nós = Que ironia! Se Acã tivesse esperado, resistindo à ganância e ao egoísmo, poderia ter tudo aquilo que queria e precisava.

Lamentavelmente, ele se antecipou a Deus, assumiu o controle da situação, violou as ordens divinas e trouxe castigo sobre si e toda sua família.

UM PLANO ESTRATÉGICO = Depois de garantir a Josué que não abandonara Israel, o Senhor lhe disse como devia capturar Ai. Deviam fazer “emboscadas à cidade, por detrás dela” (8:2b)
Nos versículos 2 a 17, surgem alguns problemas singulares concernentes aos detalhes específicos da estratégia. Entretanto, a seqiiência que apresentamos abaixo parece ser a explicação mais consistente, embora haja outras opiniões entre os estudiosos do Antigo Testamento.

Uma unidade “comando” = Josué selecionou “trinta mil homens valentes e os enviou de noite” para se posicionarem atrás da cidade de Ai (pelo lado ocidental). Estes homens compunham uma unidade tipo “comando”, incumbida de entrar na cidade e incendiá-la (vv. 3,4)

Tropas de retaguarda = Atrás deste primeiro contingente havia outro grupo de emboscada, composto de cinco mil homens (v. 12). Quando Josué desse o sinal combinado, eles deviam seguir os trinta comandos dentro da cidade como uma força de retaguarda, dando apoio à emboscada (v. 13).

Iscas = Como parte do plano de ataque, Josué empregou uma tática de engodo. Ele e vários outros homens subiram na direção de Ai, usando a mesma rota do grupo que fora derrotado anteriormente. Passaram a noite acampados no vale diante da cidade, bem à vista dos inimigos.

Funcionou = Quando o rei de Ai viu o grupo de Josué no vale, ordenou que seu exército atacasse os israelitas como tinham feito antes. Desde que não sabia que havia soldados esperando atrás da cidade, não deixou nenhuma tropa na retaguarda (v. 14).

O plano funcionou perfeitamente. Josué e seus homens “se houveram como feridos diante deles e fugiram pelo caminho do deserto”. Os homens de Ai saíram em sua perseguição, deixando a cidade desguarnecida (vv. 15-17). No momento certo, Josué fez sinal para que fosse iniciado o ataque pela retaguarda (v. 18) . Ergueu sua lança e o sinal foi sendo retransmitido, até chegar aos soldados atrás da cidade.
Eles atacaram! Entraram em Ai sem encontrar resistência; “apressaram-se e nela puseram fogo” (v. 19).

Apanhados de surpresa

Imagine a expressão no rosto dos soldados de Ai! O medo se abateu em seus corações! Quando olharam para trás, viram nuvens de fumaça subindo ao céu. Toda a cidade estava em chamas. Antes que pudessem se recuperar da surpresa, Josué e seus homens voltaram e atacaram. Os cinco mil homens que entraram na cidade por trás também saíram da cidade e atacaram os soldados de Ai pela retaguarda. Conseqüentemente, o inimigo “ficou no meio de Israel” e foi totalmente destruído (v. 22).

Cai o juízo = Ao derrotar o exército de Ai, Israel trouxe o juízo divino sobre toda a população, como acontecera em Jericó. A Bíblia diz que “os que caíram aquele dia, tanto homens como mulheres, foram doze mil, todos os moradores de Ai” (v. 25).
O rei, porém, foi preso e levado a Josué. Posteriormente foi executado e enterrado na entrada da cidade, debaixo de um monte de pedras (vv. 23, 29).
Ai fora conquistada! Novamente Deus provou sua fidelidade a Israel. Não somente tinham derrotado o inimigo, como também receberam uma recompensa. Tiveram permissão de saquear “o gado e os despojos daquela cidade” (v. 27).

TORNANDOSE UM HOMEM DE DEUS HOJE

Existem pelo menos três lições claras e bem práticas emergindo desta história:

1: Deus jamais abandona seus filhos, não importa o quanto estes o tenham abandonado.

Embora Israel tivesse violado as leis de Deus, e apesar de Josué ter inicialmente reagido de forma imatura à disciplina, o Senhor não os abandonou, como imaginaram. É verdade que posteriormente ele castigou Israel pela desobediência obstinada, espalhando-o pelas extremidades da terra (Dt 28: 64). Entretanto, também é verdade que, no final, Deus cumprirá suas promessas a Israel, a despeito de todos os fracassos do povo. Ele os reunirá dos confins da terra e os levará de volta à terra que deu como herança a seus pais (30:45).

“Eis que estou convosco todos os dias”

A promessa de Deus de estar com seus filhos é ainda profunda no Novo Testamento. Lemos em Hebreus 13:5: “De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei”. Quando o Senhor pronunciou a Grande Comissão aos seus seguidores, prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do século” (Mt 28:20).

Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

O apóstolo Paulo cria nesta verdade e a ensinava sem restrição. Veja o que escreveu em sua carta aos cristãos de Roma:

Que diremos, pois, à vista destas cousas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? (...) Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (...) Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar- nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8:31, 35, 37-39

Um Deus desapontado

Obviamente, Deus fica insatisfeito e desapontado quando pecamos contra ele e falhamos em fazer a sua vontade. No entanto, nenhum pecado ou fracasso pode nos separar espiritualmente dele. Ele nos prometeu a vida eterna e não pode mentir, não importa o quanto nós o decepcionamos.

Filhos ilegítimos

A Bíblia também ensina que nenhum cristão que conhece a vontade de Deus e que experimentou sua graça salvadora pode continuar a viver deliberadamente no pecado sem ser disciplinado. Sempre há esperança de que finalmente reconheça o pecado e volte para o centro da vontade divina (Hb 12:11). Como afirmamos no capítulo anterior, um verdadeiro filho de Deus será disciplinado pelo Pai celestial. Se não formos disciplinados, a Bíblia afirma explicitamente que somos “bastardos e não filhos” (Hb 12:8).

E quanto a você? Está vivendo deliberadamente fora da vontade de Deus? Talvez você ache que Deus o abandonou. Descanse e tenha a convicção de que ele não o abandonou. Ele está esperando que você se arrependa de seus pecados e experimente seu perdão (1 Jo 1:9).

Talvez os seus sentimentos de solidão e de abandono sejam o resultado do seu pecado. Seus sentimentos de alienação podem ser parte do processo de disciplina que Deus permitiu em sua vida, destinado a fazer com que volte para ele e aceite sua vontade. Deus está esperando pacientemente que você responda ao seu amor incondicional e à sua graça.

Você deve responder aceitando o perdão de Deus e também perdoando a si mesmo. Depois, viva na alegria do perdão, constantemente conformando sua vida à vida de Jesus Cristo.

2: Deus pega os erros dos seus filhos e usa-os para alcançar resultados positivos.

Foi o que ele fez com o erro que os israelitas cometeram ao atacar Ai sem estarem preparados espiritual e militarmente. No final ele usou a mesma estratégia que a princípio trouxe derrota e por meio dela enganou e derrotou os homens de Ai.

3: Deus nos dá liberdade para desenvolvermos um piano estratégico, mas este sempre deve estar em harmonia com suas diretrizes e princípios básicos.

Quando Deus deu a Josué um plano básico para atacar Ai, evidentemente não preencheu todos “os espaços em branco”. Deus deu-lhe liberdade para delinear os planos adicionais que estavam em harmonia com seu plano geral. Entretanto, enquanto elaborava seu plano, Josué mantinha-se atento à direção divina.

Atualmente, Deus nos dá direção clara e princípios por meio de sua Palavra, para que realizemos a sua vontade neste mundo.
Quando trabalhamos dentro desses parâmetros, temos a liberdade incomum de desenvolver estratégias únicas que ele abençoa. Não devemos, porém, assumir o controle da situação, negligenciando a vontade de Deus revelada para nossa vida.

Transformando limão em limonada

Somente Deus pode pegar nossos erros e suas conseqüências e fazer com que cooperem “para o [nosso] bem” (Rm 8:28).

Não quer dizer que não experimentaremos os efeitos negativos de nossas falhas, como aconteceu com Israel. Trinta e seis homens valorosos perderam a vida porque Israel afastou-se da vontade de Deus (Js 7:5). Além do mais, o medo e a ansiedade apertaram o coração do povo. Sentiram-se desmoralizados. Duvidavam do amor de Deus e esqueceram suas promessas. No entanto, Deus mudou todo este quadro em favor de Israel. Ele pode fazer o mesmo por nós também! Se permitirmos, ele pode transformar tolices em bênçãos. Amém

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar) Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS 1º- Trimestre 2009 – Lição 07 – Da Derrota a Vitoria Bibliografia:- Josué Um Modelo de Vida, Editora Mundo Cristão autor Gene A. Getz

11 de janeiro de 2009

UM EXEMPLO DE FÉ E DE HUMILDADE

Leia Josué 3:1-17

Imagine que sua família passa por sérios problemas. Você está atravessando dificuldades financeiras tão gigantescas que não sabe como sobreviverá economicamente. Você pode perder sua casa, seu emprego e sua reputação. De fato, o problema é tão grave que seu maior medo é perder até a família.
Daí... Deus fala diretamente com você numa voz audível! Diz que vai exaltar você na presença de toda a sua família. Fará um grande milagre e você liderará sua família, afastando-os da terrível crise. Depois, Deus lhe revela o resultado do livramento de sua família, mostrando como todos que testemunharam o milagre passaram a considerá-lo um grande herói.

Depois Deus lhe diz para transmitir à sua família o que ele acabou de lhe revelar. O que você faria? Obviamente pensaria em transmitir tudo o que Deus falou — inclusive a afirmação deque ia exaltá-lo! Afinal, foi o que ele disse. Espera-se que você diga à sua família o que Deus lhe falou!

Agora, multiplique esta fantasia por mil, substituindo seu nome pelo de “Josué” e o de sua “família” por todo o povo de Israel. Entretanto, não pense que se trata de fantasia, pois é realidade. Neste capítulo veremos o que Josué fez quando surgiu a oportunidade de se exaltar, baseando-se numa mensagem direta de Deus.
Sua resposta foi impressionante.

O RETORNO DOS DOIS ESPIÕES!

Quando os dois espiões enviados por Josué retornaram de Jericó, estavam entusiasmados com a perspectiva da entrada na terra de Canaã. Do ponto de vista humano, Josué deve ter respirado aliviado quando leu o relatório — “Certamente o Senhor nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós” (Js 2:24).

Uma confirmação

Deus já tinha garantido a Josué que a terra era deles (1:2-4). E Josué creu no que Deus dissera (vv. 10,11). No entanto, o relatório auspicioso dos dois espiões acrescentou um toque de realidade que fortaleceu sua fé. Deus sabia da necessidade do seu servo. Embora tivesse deixado bem claro que a vitória já estava garantida, desde que aceitassem as condições, o Senhor permitiu que Josué acumulasse algumas evidências militares, a fim de que o ajudassem a acreditar em sua promessa e poder comunicá-la com mais confiança à nação.

Um rio caudaloso

Entretanto, o grande teste da fé de Josué ainda estava por vir (3:1-6). Embora os cananeus que viviam do outro lado do Jordão parecessem um obstáculo, os filhos de Israel tinham diante de si um rio de águas turbulentas que os separava da terra.
Com ou sem espiões, este problema parecia tão grande quanto o que Moisés enfrentou quando chegou com o povo às margens do mar Vermelho, sem nenhum meio humano de atravessar para o outro lado. Como já vimos na história de Raabe, a fé verdadeira e as obras piedosas andam lado a lado. Assim foi na vida de Josué! Depois que recebeu o relatório dos espiões, ele não perdeu tempo. Levantou acampamento logo cedo e conduziu todo o povo para a margem do rio Jordão (veja mapa a seguir).




Uma nova geração

Você consegue imaginar o que se passava na mente dos filhos de Israel? Diante deles havia uma correnteza de água forte e larga. O rio Jordão tinha inundado suas ribanceiras, largo como um campo de futebol. A própria palavra “Jordão” significa “descida”. O rio tem uma inclinação de cerca de 330 metros em sua jornada do mar da Galiléia até o mar Morto. Embora tal inclinação já crie naturalmente uma correnteza forte, durante a estação das chuvas ela se torna ainda mais rápida. Não havia como os israelitas atravessarem com suas crianças, animais e bagagens.
Não havia pontes, nem lanchas e muito menos helicópteros — somente a forte correnteza.
A maioria dos israelitas que enfrentava aquela crise fazia parte de uma nova geração. Muitos não tinham testemunhado o milagre no mar Vermelho. Os poucos que tinham estado lá eram muito jovens na ocasião e não se lembravam. Por causa da desobediência, seus pais tinham morrido no deserto. Grande parte desta nova geração tinha apenas ouvido falar sobre o que Deus tinha feito. Suas mentes deviam estar envolvidas numa mistura de medo e expectativa. Deus repetiria o milagre?

Uma promessa sem especificações

Até aquele momento provavelmente Josué não sabia exatamente como Deus iria levá-los ao outro lado do Jordão. Enquanto marchava para adiante, com milhares de vidas sob sua responsabilidade, deve ter fortalecido sua coragem repetindo para si mesmo as palavras de Deus depois da morte de Moisés: “Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão” (Js 1:2).
Em termos humanos, Josué estava enfrentando o maior teste de sua vida: e se nada acontecesse? O que o povo faria? Como ficaria sua reputação como líder?

“Fé é a vitória?”

No entanto, a fé de Josué superou seus temores. Além disso, sua fé era contagiante. Os sacerdotes levitas lideraram o grupo, carregando a Arca da Aliança: uma pequena caixa, provavelmente de cerca de 1,5 m de comprimento, 75 cm de largura e 75 cm de altura. Era recoberta de ouro por dentro e por fora e continha as tábuas de pedra com os Dez Mandamentos e outros símbolos da liderança divina.

Quando o povo acampava, a Arca era colocada no Santo dos Santos, dentro do Tabernáculo (Ex 26:33). Agora estava sendo carregada adiante de Israel, quando o povo marchava em direção ao Jordão. Desde que a Arca representava a presença de Deus, os israelitas sentiam que o próprio Deus os estava liderando em direção à margem do rio. A profundidade da fé de Josué pode ser vista em sua afirmação confiante para o povo: “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” (Js 3:5).

Aparentemente os detalhes ainda não tinham sido revelados, mas Josué cria que Deus daria instruções quando fosse necessário. Deus é fiel às suas promessas, e por isso foi exatamente o que fez!

OUTRA MENSAGEM DA PARTE DE DEUS

Logo no início de minha vida cristã, eu ficava confuso sobre a questão da fé. De alguma forma achava que fé envolvia um salto no escuro. “Se Deus diz, eu creio”, costumava repetir. Atualmente, continuo fazendo esta mesma afirmação, mas agora há uma diferença. Agora sei que não preciso me desculpar ou ficar na defensiva sobre fé em relação à Palavra de Deus revelada na Bíblia.
Agora entendo que Deus nunca pediu às pessoas para crerem em algo que não seja baseado na realidade ou em fatos substanciais. Quando ele pediu a Josué para ir ao rio Jordão e crer que as águas se abririam (Js 3:7,8), a fé de Josué baseava-se não somente na afirmação direta e pessoal de Deus, mas também na experiência anterior, que incluía um milagre similar, ocorrido no mar Vermelho.

A comunicação direta de Deus

Ë muito importante notar que a obra de fé de Josué não se baseava numa fé cega em algum pensamento subjetivo ou intuição. Era uma fé baseada em fatos. Deus falou, não por intermédio de uma voz interior ou experiência existencial, mas por meio de revelação direta. Josué ouviu (miraculosamente) a voz de Deus dizendo: “Vou levá-lo ao outro lado do Jordão”, assim como Deus confirmou sua presença a Israel em muitas ocasiões, sob a liderança de Moisés.

Deus estava mais uma vez falando diretamente a Josué, e no momento mais oportuno. Quando se aproximaram da forte correnteza, Deus disse: “Hoje, começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo” (v. 7).

Uma promessa específica — um significado específico

Quando Deus disse a Josué: “Como fui com Moisés, assim serei contigo” (1:5; 3:7), estava se referindo ao grande evento ocorrido muitos anos antes, quando Israel estava sendo perseguido pelo exército egípcio. O mar Vermelho estava adiante deles, e o inimigo se aproximava por trás em alta velocidade! Foi então — não antes que Deus disse a Moisés para estender seu cajado na direção do mar Vermelho. Toneladas de água se ergueram num montão e Israel passou em seco. Quando chegaram em segurança ao outro lado, Deus ordenou que Moisés levantasse novamente o cajado sobre o mar. A água voltou ao seu lugar e destruiu o exército egípcio.

Quando estas lembranças encheram a mente de Josué, ele entendeu claramente o significado da presente promessa. O poder de Deus estaria com ele assim como estivera com Moisés. Também compreendeu o significado das instruções específicas de Deus para os sacerdotes, para que andassem até a borda das águas do Jordão carregando a Arca e parassem aí para testemunharem outro milagre fantástico (3:8).

Para entender o que estava acontecendo, tente visualizar como era o rio Jordão na época da cheia. Em condições normais, o rio corria com um volume bem menor de água. No entanto, quando a neve começava a derreter nas montanhas ao norte, o Jordão inundava suas ribanceiras, atingindo locais que geralmente eram cobertos por vegetação. Quando os sacerdotes molharam seus pés na borda das águas naquele dia, provavelmente o Jordão estava no seu ponto máximo. (3:15).

O PORTA-VOZ DE DEUS

A Bíblia não registra muitas ocasiões em que Deus tenha falado diretamente com um grande número de pessoas. Geralmente ele falava com um indivíduo ou um pequeno grupo pessoas especialmente escolhidas para serem porta-vozes da mensagem divina. Naquele momento da história de Israel, Josué era o mensageiro de Deus para o povo (3:9-13).

A grande tentação dos homens

Depois que Deus falou diretamente com ele, note o que Josué disse ao povo: “Hoje vocês verão Deus me exaltar diante de vocês!”
Foi isso que Josué disse ao povo? É claro que não! Foi o que Deus disse a Josué, não o que Josué disse aos israelitas. Pelo contrário, ele disse: “Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós” (3:10).

Por direito, Josué poderia ter repetido exatamente o que Deus lhe dissera. No entanto, ele não fez isso. Não houve nenhum vestígio de orgulho ou de arrogância em sua atitude! Seu interesse era que Deus fosse exaltado e glorificado no que estava para acontecer. Pense, porém, na tentação que Josué tinha diante de si. Como teria sido fácil atrair as atenções para si e tentar construir sua reputação. Era uma excelente oportunidade de se exaltar diante do povo. O próprio Deus dissera especificamente que o exaltaria.
A área mais vulnerável dos homens

Josué, primeiramente por causa dos seus sentimentos de insegurança, era muito vulnerável a este tipo de tentação. Haja vista como ele se perturbou quando se deu conta de que o manto de Moisés recaíra sobre seus ombros. Ficou tão assustado que literalmente tremeu. Pessoas medrosas são suscetíveis ao orgulho. Muitas vezes têm uma reação exagerada a elogios e louvor. Pessoas inseguras em geral são mais vulneráveis à tentação da exaltação pessoal do que pessoas seguras.
Josué, porém, não respondeu com falsa humildade ou com orgulho. Tinha descoberto a segurança nas promessas que Deus lhe fizera. Foi capaz de transcender a tentação de autoglorificar-se. Deus honrou somente aquele que podia receber o mérito pelo milagre que estava para ocorrer.

Um homem em quem Deus podia confiar

A resposta de Josué foi admirável, especialmente em vista do fato de que ficara com medo e assustado diante da grande tarefa. Sua resposta, porém, mostra a principal razão por que Deus o escolheu em primeiro lugar. Deus sabia que podia confiar nele para aquele papel de liderança. Sabia que Josué podia lidar com a tentação que seduz todo indivíduo que é incumbido de grandes responsabilidades.
Entenda, contudo, que Deus usa os homens seus talentos, dons e habilidades. Josué era um líder que Deus podia usar. O Senhor já o provara muitas vezes. Josué era um estrategista brilhante. Enviou os espiões, pensava em todos os aspectos da questão e tinha boa comunicação com seus líderes.
No entanto, quando teve de dizer aos filhos de Israel sobre os planos de Deus, rejeitou completamente a oportunidade de se exaltar. Esta é uma extraordinária prova de maturidade espiritual!

ADIANTE!

O grande evento estava para acontecer! Em obediência e pela fé os sacerdotes entraram no rio (3:14-17). A forte correnteza parou e a água começou a retroceder todo o caminho de volta, até a cidade de Adão. Deve ter sido uma vista e tanto! Alguns eruditos acreditam que a cidade de Adão localizava-se a quase 50 km rio acima (veja mapa na p. 65).

O que você acha que os espiões cananeus pensaram, diante desse fenômeno inacreditável? Como você acha que se sentiram quando milhares de israelitas marcharam, atravessando o Jordão em terra seca? Lembre-se de que o milagre podia ser visto e ouvido a quilômetros de distância. Em poucas horas, todos os reis dos dois lados do rio sabiam do ocorrido.

Com este milagre, Deus não somente exaltou Josué aos olhos dos filhos de Israel, mas também reiterou seu poder e majestade ao mundo pagão, à humanidade perdida, aos homens, mulheres e crianças que ama. Seu desejo é que os homens se voltem para ele com fé e obediência. Estava dando aos habitantes de Canaã outra oportunidade de se arrependerem de seus pecados, abandonarem seus deuses de madeira e de pedra para adorarem o Deus vivo e verdadeiro.

Pessoalmente, creio que Deus salvaria cada habitante de Canaã que tivesse se voltado para ele pela fé como fez com Raabe. Advertir as pessoas sobre o juízo vindouro e depois abrandar quando se arrependem faz parte do caráter de Deus.

Um pregador rebelde

Veja o exemplo dos ninivitas. Deus encarregou Jonas de ir a Nínive e advertir seu povo de que seriam destruídos por causa das suas obras malignas. Jonas resistiu. Foi na direção oposta, mas finalmente — depois de tentar evitar a responsabilidade ele pregou a mensagem de perdição na grande cidade. Dentro de quarenta dias, Ninive seria destruída (Jn 3:4). Não houve alternativa em sua mensagem. O desastre era iminente.

Note, porém, que o povo de Nínive acatou a mensagem de Jonas. Todos se arrependeram vestindo-se com panos de saco e cinzas. “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (v. 10).

Como pode ser isso?

Pode ser difícil compreender como um Deus soberano, que declara que algo vai acontecer, possa mudar de idéia. No entanto, quando as pessoas se arrependem, Deus perdoa! A habilidade de retirar o castigo, quando nos voltamos para ele, é inerente à natureza divina.
Note que Deus estava enviando uma advertência após a outra aos cananeus. O castigo estava a caminho. Desde o mar Vermelho, com os milagres realizados no deserto, com os quarenta anos de julgamento sobre Israel e agora com a divisão das águas do rio Jordão, Deus estava dizendo: Arrependam-se! Abandonem seus caminhos perversos e seus falsos deuses e me adorem! Se não quiserem obedecer, o juízo está vindo.

Não tenha dúvida: os cananeus entenderam a mensagem. Lembra-se das palavras de Raabe aos dois espiões?

“Temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença... Josué 2:10,11

Um coração penitente

Raabe ouviu o Senhor. Abandonou seus pecados e os falsos deuses para adorar o Deus único e verdadeiro: “O Senhor, vosso Deus”, ela afirmou, “é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (v. 11). No entanto, a maioria esmagadora dos cananeus recusou-se a abandonar a idolatria. Se tivessem se arrependido, se tivessem ouvido a voz de Deus por intermédio de Israel, ele teria abrandado sua ira e, com um coração cheio de amor, recebido cada um deles na aliança de segurança e proteção. Jonas falou sobre isso:

[Eu] sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Jonas 4:2

Esta, portanto, era a mensagem de Deus para os cananeus, quando seu povo caminhava atravessando o Jordão.

TORNANDO-SE UM HOMEM DE DEUS HOJE

Princípios de vida


Existem três lições dinâmicas que emergem deste estudo:

Princípio 1: Deus honra fé, mas ele não espera que seus filhos ajam com base na fé cega.

Freqüentemente os mestres da Bíblia enfatizam a importância da “fé”, quando ensinam sobre muitos desses personagens do Antigo Testamento. Certamente é verdade que a fé é o ponto principal em muitos desses relatos. Isso fica bem claro em Hebreus 11. Muitas vezes, porém, não enfatizamos que a fé deles baseava-se totalmente em fatos — na revelação direta de Deus e nas promessas que fez a estes seguidores fiéis. Isso pode ser visto na experiência de Josué, quando se aproximou do rio Jordão. Ele tinha grande fé, mas também tinha grandes evidências e informações concretas sobre as quais baseava a fé.
A armadilha da “experiência”

Atualmente muitos cristãos estão se desencaminhando por confiar em experiências e sentimentos, os quais, em alguns casos, estão em clara oposição à Palavra de Deus revelada. Essas experiências pseudocristãs podem nos levar a algumas armadilhas bem sutis, se não nos certificarmos de que nossos sentimentos e desejos (e até nossa fé) estão em harmonia com as Escrituras.

Interpretação apropriada da Bíblia

Também temos de nos certificar de que a promessa que reivindicamos é adequada para nós hoje. Por exemplo, Deus nunca nos prometeu que faria parar as águas do rio Jordão, ou de qualquer outro rio. Ele tinha um propósito especial em mente para Josué e os israelitas quando realizou aquele milagre para todos verem — inclusive os inimigos de Israel.

Por outro lado, Deus nos prometeu muitas coisas para nosso encorajamento. Por exemplo, prometeu que jamais nos deixaria ou nos abandonaria = (Hb 13:5; = Mt 28:20). Sua presença sempre estará conosco. Em outras palavras, nossa responsabilidade, como cristãos, é basearmos nossa fé nos ensinamentos diretos das Escrituras, destinados a todos os cristãos de todas as épocas. Isso significa que devemos ler nossa Bíblia atenta e devotamente, buscando conhecer a vontade divina para nossa vida.

Um “salto no escuro”

Outro equívoco cometido por alguns cristãos é dar aos de fora a impressão de que a fé cristã é um salto no escuro. Não é isso! A fé pode e deve ser baseada numa religião com uma mensagem confiável. Há mais evidências internas e externas de que a Bíblia é um livro confiável do que qualquer outro registro histórico. Esta afirmação pode surpreender alguns, mas é um fato. Baseia-se em evidências bem conhecidas entre aqueles que já fizeram uma comparação cuidadosa entre a narrativa bíblica e outros documentos históricos.

Crise pessoal de fé

Quando eu era um jovem cristão, fiquei muito desapontado, primeiramente porque tirei os olhos de Deus e comecei a olhar para os seres humanos três líderes cristãos em especial, que não conseguiam trabalhar juntos. Todos eles confidenciavam comigo sobre as fraquezas e os “pecados” dos outros. Infelizmente, não pude suportar esta experiência. Quase “perdi” minha própria fé.
No final, porém, aquela “crise de fé” acabou sendo a mais importante que tive em minha experiência cristã. Fez com que eu avaliasse com mais atenção a base da minha fé. Deus graciosamente me dirigiu para estudar com um grande erudito do Novo Testamento, o Dr. Merrili Tenney. Deus usou este homem para demonstrar que minha fé podia se basear num conjunto de obras literárias confiáveis e verificáveis. Ele também atravessara um período de dúvidas mas, em sua busca, descobriu o que me ensinou — que a Bíblia é um livro no qual podemos confiar! Nossa fé em Deus e no seu Filho Jesus Cristo não é um “salto no escuro”.
Princípio 2: Deus honra os cristãos que o honram.

Talvez a lição mais tocante que emana desta história do Antigo Testamento é a forma como Josué deu glória a Deus. Seria muito fácil ele se exaltar, depois de Deus ter dito claramente que iria honrá-lo naquele dia. Este era um dos segredos do sucesso de Josué, como um crente do Antigo Testamento. Este é um dos segredos da vida cristã bem- sucedida.

Temos de desenvolver um equilíbrio adequado quanto ao uso soberano que Deus faz dos seres humanos. Deus usa nossos talentos e nossas habilidades. Ele na verdade deseja que tenhamos confiança em nós mesmos. Quer que honremos uns aos outros. Acima de tudo, porém, ele deseja toda a glória. Só ele é Deus! Ele nos criou! Sem ele não podemos fazer nada! Nossa própria vida e nosso alento estão em suas mãos.

A armadilha da “auto-imagem”

Sua tentação pessoal para o orgulho pode ser exacerbada pelos sentimentos de insegurança e pela falta de valor. Parece estranho, mas é verdade! Muitas vezes, pessoas com problemas de auto-imagem reagem ao sucesso como uma esponja seca absorve a água. A necessidade que têm de afirmação (feedback) é tão grande que se dão exagerado valor.

Seja qual for a causa de orgulho e exaltação pessoal persistentes, trata-se de um comportamento inadequado. Precisamos tratar do problema, abandonar o orgulho e dar glória e honra a Deus em tudo o que fizermos.

Não significa que não devamos aceitar honras e elogios, mas de preferência desenvolvermos a habilidade de lidar com eles de maneira equilibrada e de modo correto. Quanto mais nos tornamos seguros interiormente e no Senhor, mais seremos capazes de louvar e honrar a Deus e aos outros com equilíbrio e naturalidade.

Princípio 3: Deus continua em busca da humanidade perdida.

Um dos propósitos primários de Deus ao chamar Israel para ser o seu povo escolhido era usá-los como nação para comunicar sua justiça e amor pelo mundo perdido. Atualmente, o plano de Deus é usar o seu Corpo, a Igreja, para comunicar esta verdade àqueles que ainda não o conhecem. Assim, Jesus orou ao Pai antes de retornar ao céu:

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer [todos os cristãos de todas as épocas] em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um (...) Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. João 17:20,21,23

Pedro também escreveu sobre o propósito de Deus ao alcançar o mundo:

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. 1 Pedro 2:9-12

Memorize o seguinte texto bíblico:

Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Efésios 4:1-3



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
1º- Trimestre 2009 – Lição 03 – José Lidera Israel na Travessia do Jordão
Livro:- Josué um modelo de vida, Gene Getz

4 de novembro de 2008

Céu ou Inferno qual é sua Escolha?

(Mateus 7: 13) - Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos (Mateus 7: 14) - E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

• Deus quer que todos os homens se salve; mas ele deve fazer sua parte para com Deus:

(I João 4:8) - Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.

(I Timóteo 2:4) - Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

(Romanos 14: 12) - De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

• Os que iram para o inferno: (Salmos 9:17) - Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.

(Hebreus 3:12) - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

(Hebreus 3:13) - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;

(Hebreus 3:14) - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.

(II Pedro 2: 20) - Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.

(II Timóteo 4:10) - Porque Demas me desamparou (abandonou) - (Abandonar a Deus)

(Apocalipse 21:8) - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

• Deus se revela a nós: (Romanos 1: 19) - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

• Os idolos são inanimado: (Jeremias 10:5) - São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco têm poder de fazer bem.

(I Coríntios 8:3) - Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.

(I Coríntios 8:4) - Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.

(I Coríntios 8:5) - Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),

(I Coríntios 8:6) - Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.

(João 8: 44) - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.

• O inferno não se apaga é sofrimento, não temais que possa matar sua alma.

(Marcos 9: 48) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Mateus 10: 28) - E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

• O homem só morre um vez: (Hebreus 9: 27) - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

• Para que haja salvação temos que fazer: (João 3: 16) - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

(João 14:6)
- Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

• Não há salvação sem ser por Jesus Cristo: (I Timóteo 2:5) - Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

(Atos 4: 12) - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
• Purificação do pecado é só pelo Sangue de Jesus e também a Salvação:

(I João 1:7) - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

(I João 1:8) - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

(I João 1:9) - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

(Hebreus 5:9) - E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;

• Somos abençoados com todas as bênçãos celestiais em Cristo, por isso, a cura e o perdão dos pecados estão garantido pelo sacrifício de Jesus na Cruz.

(Efésios 1:3) - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;

(Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

(I Coríntios 2:9) - Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.

(Romanos 8:18) - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

(I Coríntios 15: 19) - Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

(I João 3:2) - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.

Presbítero Odilon

21 de setembro de 2008

JESUS, ÚNICA ESPERANÇA DESTA GERAÇÃO, JESUS, O SALVADOR DO MUNDO (DAS NAÇÕES)

INTRODUÇÃO

Estudaremos nesta lição, sobre o maior personagem da História da Igreja e de toda Humanidade - JESUS, O SALVADOR DO MUNDO ( DAS NAÇÕES ). Sem Jesus, a história seria incompleta. Sem Jesus, a Bíblia não teria sentido e nem objetivo.
Em todos os 66 livros que compõem a Bíblia, Jesus aparece. Por isso Ele é o centro das Escrituras, o tema central da Bíblia = (Gn 3.15; = 49.10; = Nm 24.17).
A História registra grandes personagem que abalaram e conquistaram reinos e nações. Uns, pela força, outros, pela guerra, etc. Entretanto, o Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador, conquistou o mundo através do amor. Jesus é um assunto que não envelhece. Falar de Jesus, é falar de paz, de amor, de perdão e salvação.

I - SEU NASCIMENTO PREDITO

Foi no Éden que Deus Prometeu à raça humana, que se achava caída e sem esperança, um libertador (Gn 3.15). Muitas outras promessas foram feitas por Deus a respeito da vinda de um libertador, um Messias. Vejamos isto através da sua identidade:
Seria da raça humana, da “semente da mulher” (Gn 3.15). Dentre essa raça, uma seria escolhida para dela sair o libertador, que seria a raça de Sem (Gn 9.26). E, dessa raça, (descendência abraâmica, Gn 12.3); seria escolhida unia tribo (Gn 49.10), e da descendência dessa tribo, uma família, a de Devi ( 2 Sm 7.16), e da descendência dessa família, uma virgem (Is 7.14). Para que isso acontecesse, Deus movimentou todos os povos, raças, governos, e na plenitude dos tempos, se cumpriu ( Gl 4.4).

I.I - JESUS, O SALVADOR ANUNCIADO = (Lc 1.26-28).

Isaías, o profeta evangelista, profetizou, não somente o seu nascimento, mas sua vida, seu sofrimento, morte e ressurreição (Is 53). O profeta falava como se Jesus houvesse nascido e vivido naqueles dias = (Is 9.6,7).

I.2 - Seu nascimento anunciado. A mensagem do nascimento do Salvador do mundo começou há centenas de anos, através dos profetas (Is 6.6,9; = Mq 5.2), e depois, pelo anjo Gabriel (Lc 1. 26- 28), se dirigindo a Maria com esta saudação: “Salve agraciada, o Senhor é contigo” (v.28), confirmando-a como serva de Deus.
O anjo não a adorou usando a expressão “Ave Maria”. A igreja romana, para incrementar a mariolatria, fez desta expressão uma oração. O anjo nunca falou isso e nem está escrito assim. E a tradução: Deus te salve cheia de graça”, não é fiel ao sentido original. Maria não estava “cheia de graça”, que as pudesse conceder, como querem os romanistas que a idolatram. Maria recebeu graça nessa ocasião: “Achaste graça” (v.30). Não estava recebendo honra porque merecia, mas pela graça de divina.

I.3 - JESUS O SALVADOR NASCIDO = (Lc 2.1-3).

O imperador romano Cesar Augusto, baixa um decreto, ordenando todo o mundo ir alistar-se em sua cidade de origem = (Lc 2.1-3).
Em obediência a esse decreto de Cesar, subiu José e Maria, de Nazaré para Belém, distância de 160 Km.
Não era fácil enfrentar uma viagem naqueles dias. Além de cansativa, Maria estava grávida, nos dias de dar à luz. Que belo exemplo para muitos crentes nos dias de hoje, que acham difícil ir à igreja, justificando ser longe. Você faz parte daquele grupo que só vai a igreja, se o templo, a congregação for perto de sua casa?

II - JESUS, O SALVADOR PROCLAMADO

2.1 - O nascimento de Jesus (Lc 2.8- 11). Foi anunciado e proclamado por anjos e com louvores de exércitos celestiais (vv. 13,14) durante uma noite que se tornou dia perfeito. Primeiro, ouvido pelos pastores (v. 8,9), que guardava seus rebanhos. Que bela equipe de pregadores, Deus preparou para anunciar o nascimento de seu Filho. Anjos e pastores (2.15). Você não quer fazer parte dessa equipe que anuncia o salvador do mundo? O maior acontecimento de todos os tempos, de o Universo, o nascimento de Jesus.

Foi nessa mesma região, que mil anos antes, Davi pastoreava o rebanho de seu pai, quando foi chamado para ser ungido rei (1 Sm 16.11) Foi nesta mesma região que Rute ceifou no campo de Boaz e se tornou a noiva do bisavô de Davi (Rt 1.22). Estes pastores foram os primeiros a receber as boas novas. “O anjo do Senhor veio sobre eles e a glória do Senhor os cercou de resplendor”. Temos aí duas manifestações:
• O anjo
• A glória do Senhor
Os anjos estão a serviço de Deus e dos homens.
Um anjo anunciou a concepção de Cristo (Lc 1.26-31). Uma hoste de anjos publicou o seu nascimento (Lc 2.9-14). Um anjo foi enviado para fortalecer o Senhor Jesus na hora da tentação ( Mt 4.11). No Getsêmani, quando Jesus agonizava, um anjo o confortou (Lc 22.43). Na ressurreição, um anjo removeu a pedra (Mt 28.2). Em sua ascensão dois anjos o acompanharam (At 1.10,11), e quando Ele voltar, para buscar a sua Igreja, virá cercado de anjos (1 Ts 4.16).

2.2 - Jesus, o salvador desejado. O seu nascimento foi anunciado e consumado. Agora ele é a nossa esperança, porque havendo consumado a nossa eterna salvação, através da sua morte, subiu ao céu e voltará em breve para levar a sua Igreja (1 Co 15.52). Depois, voltará em glória para estabelecer o seu reino milenial (Ap 20.6). Não o veremos em berço de palhas e nem em manjedouras, mas revestido de poder e glória (Mt 24.30). Hoje, os prepotentes e mandões, chefes, estadistas, imperadores e déspotas, não o reconhecem, mas nesse dia, todos se dobrarão diante dele e confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.10,11). Que o Senhor nos dê da Sua graça.

III - AS PRETENSAS ESPERANÇAS DESTA GERAÇÃO - Lucas 18: 24,25

RIQUEZA. (1) Predominava entre os judeus daqueles tempos a idéia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus.
Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (16.14). Essa idéia falsa é firmemente repelida por Cristo (ver 6.20; 16.13; 18.24,25).

(2) A BIBLIA identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é
demoníaca = (cf. 1 Co 10.19,20; = Cl 3.5).
Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca freqüentemente escravizam as pessoas = (cf. Mt 6.24).

(3) As riquezas são, na perspectiva de Jesus, um obstáculo, tanto à salvação como ao
discipulado (Mt 19.24; 13.22).
Transmitem um falso senso de segurança (12.l5ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus.

Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (1 Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1 Tm 6.10). Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico = (1 Tm 6,9-11).
(4)
O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade = (Cl 3.1).
O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia = (Gn 19.16,26; = Lc 17.28-33; = Hb 11.8-10).

(5) Para o cristão, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na
abnegação e em seguir fielmente a Jesus = (1 Co 13.4-7; = Fp 2.3-5).

(6) Quanto à atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, o crente tem a obrigação de
ser fiel (16.11). O cristão não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras = (Ef 4.28; = 1 Tm 6.17 - 19).

(7) Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou
egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição,
o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?

POBREZA. Uma das atividades que Jesus avocou na sua missão dirigida pelo Espírito Santo foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de Cristo pode ser definido como um evangelho dos pobres = (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5).

(1) Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a Deus em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a Deus e aguardam a plena redenção do povo de Deus, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo = (ver Sl 22.26; 72.2,12,13; = 147.6; = Is 11.4; = 29.19; = Lc 6.20; = J0 14.3).

IV - CRISTO, ESPERANÇA DESTA GERAÇÃO - 2 Cor. 6:17;18

O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre Deus e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva: (a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a Jesus Cristo, à justiça e à Palavra de Deus; (b), acercar-se de Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.

(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo = (Lv 11.44 - Dt 7.3; Ed 9: 2 ; O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. Uma principal razão por que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos = (ver 2 Rs 17.7,8; = 24.3; = 2 Cr 36.14; = Jr 2.5,13; = Ez 23.2; = Os 7.8 ).

(2) No NT, Deus ordenou a separação entre o crente e

(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia = (Jo 17.15,16; = 2 Tm 3.1-5; = Tg 1.27; = 4.4;);

(b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados = (Mt 18.15-17; = 1 Co 5.9-11; = 2 Ts 3.6-15); e

(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas = (ver Mt 7.15; = Rm 16.17; = Gl 1.9; = Tt 3.9—l1; = 2 Pe 2.17-22; = 1 Jo 4.1;
2 Jo 10,11; = Jd vv.12,13).

(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de

(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta devida corrupta do mundo = (Rm 12.9; = Hb 1.9; 1 Jo 2.15),
(b) oposição à falsa doutrina = (Gl 1.9),
(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar = (Jo 3.16; = 1 Co 5.5; = Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; = 2 Co 2.1-8; = 11.28,29; = Jd v. 22) e
(d) temor de Deus ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).

(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de Deus,

(a) perseveremos na salvação (1 Tm 4.16; = Ap 2.14-17), na fé (1 Tm 1.19; = 6.10,20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2 Co 7.1);
(b) vivamos inteiramente para Deus como nosso Senhor e Pai = (Mt 22.37; = 2 Co 6.16-18) e
(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho =
(Jo 17.21; = Fp 2.15).

(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).

(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com Deus (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho = (6.18; cf. = Rm 8.15,16).

V - ESPERANÇA = Hb 6.18

Os cristãos aguardam com esperança a alegria de estar com Cristo, na glória, para sempre. A fé é definida como “a certeza das coisas que se esperam” ( Hb 11.1), porque as coisas invisíveis que se esperam, no futuro, são alcançadas pela fé. A esperança é certa; é uma “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.18-19). De acordo com a Bíblia, Cristo é “a nossa esperança” (l Tm 1.1), e o nosso Deus é chamado de “o Deus da esperan9a” (Rm 15.13).

Uma ética de esperança permeia todo o Novo Testamento. E urna ética de peregrinação para estrangeiros que estão a caminho do lar (Hb 11.13; = 1 Pe 2.11). E uma ética de pureza, já que quem espera ser como Jesus, quando ele aparecer, “a si mesmo se purifica.., como ele é puro”
(1 Jo 3.3). E uma ética de preparação, uma vez que devemos estar prontos para deixar este mundo a qualquer tempo = (2 Co 5.6-8; = Fp 1.21-24; cf. Lc 12.15-21).

A esperança produz paciência (Rm 8.25; cl. 5.1-5). A esperança dá força e confiança para completar a carreira, para combater o bom combate e suportaras tribulações que continuam nesta vida = (Jo 16.33; = At 14.22; = Rm 8.18; = 2 Tm 4.7-8). Embora a vida cristã seja marcada mais por sofrimento do que por triunfo = (At 14.22; = 1 Co 4.8-13; = 2 Co 4.7-1 8), nossa esperança é segura, e nosso ânimo deve ser livre de desespero (l Jo 4.18).

VI - DEUS É AMOR: BONDADE E FIDELIDADE DIVINAS = SL 136: 1

A afirmação de que “Deus é amor” é freqüentemente explicada em termos da revelação, dada através da vida e ensino de Jesus Cristo, da vida infinita do Deus trino como uma vida de mútua afeição e honra = (Mt 3.17; = 17.5; = Jo 3.35; = 14.31: = 16.13-14; = 17: 1-5,22-26),
Com essa idéia está relacionado o reconhecimento de que Deus criou os anjos e os homens para glorificá-lo pela participação no alegre dar e receber dessa vida divina segundo sua própria condição de criaturas. Porém, quando João diz “Deus é amor” (1 Jo 4,8), ele quer dizer, como explica adiante, que Deus, através de Cristo, salvou pecadores: “Nisto e manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele,
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho c,z: propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.9-1O).

Como sempre, no Novo Testamento, o “nós” como objetos e sujeitos beneficiários do amor redentor significa “cremos”. Esse “nós” não se refere a cada indivíduo que pertence à raça humana. Quando se diz que o “mundo” foi amado redimido (Jo 3.16-17; 2Co 5.19; 1 J0 2.2), a palavra “mundo” significa o grande número dos eleitos de Deus espalhados por t. o mundo, de todas as nações (cf. Jo 10.16; 11.52). O “mundo” redimido não é cada pessoa que já existiu ou ainda existirá.

O soberano amor redentor é uma faceta da qualidade que as Escrituras chamam de bondade de Deus (SI 100.5; Mc 10. isto é, a gloriosa benevolência e generosidade que alcança todas as suas criaturas (SI 145.9,15-16), e que deve levar todos os pecadores ao arrependimento Rm 2.4).
Outros aspectos dessa bondade são a piedade que mostra benevolência às pessoa em angústia e as livra de sua dificuldade (SI 107; 136) e a paciência que não suspende a benevolência em favor daqueles continuam em pecado = (Ex 34. 6 = SI 78.38; = Jo 3.10 = 4.11; Rm 9.22; = 2 Pe 3.9).
A suprema expressão da bondade de Deus é amor que salva os pecadores que só merecem a condenação; salva-os, além disso, à custa da morte de Cristo no Calvário = (Rm 3.22-24; = 5.5-8; = 8.32-39; = Ef 2: 1- 10: = 3.14-18; = 5,25-27).

A fidelidade de Deus é outro aspecto de sua bondade. As pessoas mentem e faltam com sua palavra; Deus, porém, não f nem uma coisa nem outra. Nas piores situações, pode-se afirmar: “as suas misericórdias não têm fim... Grande é a fidelidade” (Lm 3.22-23; SI 36.5; cf. SI 89, especialmente os vs. 1-2,14,24,33,37,49). “(Mesmo quando as circunstâncias inesperadas e desnorteadoras e ameaçam esconder a sua fidelidade, ainda assim, sabemos que Deus cumpre suas promessas a nós, que cremos: “todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou” Js 23.14).

VII – ESPERANÇA UMA PALAVRA QUE TEMOS QUE TER EM NOSSO CORAÇÃO

Se há uma palavra que só tem significado positivo, esta palavra é esperança. Em momento algum ela é usada com um propósito negativo. A esperança brilha como luz na escuridão, fortalecendo, direcionando e animando pessoas ruma a seus alvos. Algumas pessoas são movidas por uma falsa esperança, fundamentada em algo sem consistência. Outras, de maneira ainda mais dramática, já perderam por completo a esperança, mas a vida do cristão é pautada por uma esperança real e viva, alicerçada no Deus Criador e Redentor.

A Bíblia é um livro de esperança. Ela foi escrita, dentre outros motivos, para manter acesa a esperança daqueles que aguardam a redenção vinda do Criador. 1 Coríntios 13:13 coloca a esperança, junto com a fé e o amor, entre as 3 qualidades mais sublimes do crente. A esperança é um dom, uma graça de Deus (2 Tessalonicenses 2:16), mas apesar de ser um dom, um presente, a esperança pode ser adquirida pelo cristão através das Escrituras (Romanos 15:4). Elas são ricas em criar, alimentar e conservar nossa esperança, com textos como Salmo 43:5, = 1 Pedro 1:3, = Romanos 15:13, = Tito 2:13, Salmo 71:14 e 146:5. Medite um pouco sobre cada um.
A partir do texto de 1 João 2:27 a 3:3, um dos grandes textos sobre a esperança, descobrimos
Cinco características da esperança do crente:

1) A Esperança na Salvação

Ao falar sobre permanecer em Cristo (2:27-28), João está se referindo à salvação. É o
Espírito Santo quem nos garante que permaneceremos em Cristo, pois, ao residir em nós, Ele nos conduz à verdade. Esta condução não é forçada, pois o v. 28 mostra que nós também temos a obrigação de cooperar para que esta permanência aconteça. Temos privilégios, mas também responsabilidades.
O termo confiança significa ousadia, liberdade para falar, usada em Hebreus 10:19 para mostrar como entramos na presença de Deus.
Isto quer dizer que, por causa da salvação em Cristo, não precisamos ter vergonha ou culpa na presença de Deus – nem agora, nem quando Jesus voltar em glória. Pois não há condenação para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1).
A volta de Cristo gera o que em você: medo, apreensão ou alegria? Como era a sua visão da vida após a morte antes de conhecer a Cristo e como ela ficou depois que você experimentou a salvação pela cruz?

2) A Esperança na Justiça

O versículo de 1 João 2:29 mostra como sabemos, pelo testemunho da Palavra, que Deus é justo, mas também que experimentamos, pela nossa própria vida, a justiça de Deus. E como filhos deste Deus, nascidos dele, também devemos andar nesta mesma justiça. Porque cremos que a justiça de Deus será completamente estabelecida quando Cristo voltar, não esperamos que isto aconteça, mas vivemos, desde já, da maneira mais justa que pudermos. Se andamos em Cristo, temos esperança em sua justiça.
Você já se viu desanimado de praticar a justiça por ver tanta corrupção e injustiça espalhada à sua volta? Leia 1 Pedro 1:14-16. Como a esperança de Cristo pode servir como um antídoto contra tal comportamento?

3) A Esperança no Amor de Deus

1 João 3:1 mostra o impressionante amor de Deus, que culmina em nossa adoção como seus filhos. A expressão “que grande amor” que João usa, no grego original, mostra uma espécie de amor nunca experimentado antes pela raça humana. É outra dimensão de relacionamento.

A Bíblia está repleta de ilustrações deste amor, mas nada é tão forte como a maneira como ela retrata o tratamento de Deus para conosco como o de um pai para um filho. Por melhor que seja ou tenha sido nossa experiência paterna, nada se assemelha ao amor supremo que recebemos de nosso Pai dos Céus. Podemos ver isto espelhado na maneira como o Pai trata seus dois filhos na parábola do filho pródigo = (Lucas 15: 11-32).
Você tem dificuldades em se relacionar com Deus como seu Pai? Considerando que você é um filho de Deus e alvo de um amor sem medida, como este fato pode inundar o seu coração de esperança? (Pense nas maneiras como um pai amoroso age com o filho).

4) A Esperança em Nossa Semelhança a Cristo.

Quando criança, você provavelmente sonhou em ser alguém importante (ainda que este sonho pareça engraçado, hoje). Agora, você pode até sonhar em ser mais do que é, mas em nenhum de seus sonhos você deve ter chegado ao extremo de se imaginar semelhante a Cristo.
O texto de 1 João 3:2 nos enche de esperança ao afirmar que, quando Jesus voltar, todas aquelas árduas lutas contra o pecado e o inimigo de nossas almas serão vencidas de uma vez por todas, quando o plano de Deus em nos fazer semelhantes a Cristo for concretizado. Nosso corpo também será transformado, eliminando todo sinal de doença, envelhecimento e incapacitação. Receberemos um corpo glorificado, semelhante ao que Cristo assumiu na ressurreição
(veja 1 Coríntios 15).

Quais características negativas de sua mente, seu corpo ou suas emoções que mais o incomodam, hoje? De que maneira você consegue se ver livre delas na volta de Cristo? A certeza de ser transformado na semelhança de Cristo lhe traz esperança para viver esta vida? Como?

5) A Esperança na Pureza

Ter esperança em Cristo tem um efeito muito prático no cristão: gera pureza (1 João 3:3).
Se eu realmente creio na vinda de Cristo, se creio que ele galardoará sua igreja, se creio que ele me levará ao trono de julgamento, então esta crença deva causar um impacto em minha vida.
Como o empregado está atento para a chegada de seu patrão, assim deve nossa vida ser vigilante e atenta para a chegada de nosso Senhor. Ter certeza da salvação em Cristo só gera uma vida desleixada em quem não foi verdadeiramente salvo e transformado pelo Espírito Santo. O crente verdadeiro aguarda a vinda de Cristo com uma vida de busca constante de santidade e pureza.

Das seguintes áreas de sua vida, qual precisa sofrer uma mudança mais intensa para que fique alinhada com o conceito cristão de pureza: vida profissional, vida afetiva, vida devocional, relacionamentos familiares, vida sexual, vida financeira ou outra. Na caminhada cristã, sempre haverá situações que nos tentarão a desistir, diminuir o passo ou mesmo fugir da luta. Quando isto acontecer, lembre-se dos inúmeros irmãos na fé que, ou longo da história cristã, enfrentaram lutas extremas para levar até você a tocha acesa da fé.
Para estas horas, firme-se no texto de 2 Tessalonicenses 2:16,17, e continue firma na caminhada.

CONCLUSÃO

JESUS CRISTO A ÚNICA SOLUÇÃO


Todos nós enfrentamos a luta diária pela vida. Procuramos cumprir nossos deveres como bons cidadãos, providenciamos recursos para o dia seguinte, acompanhamos os acontecimentos e sonhamos dias melhores. Mas, sabemos que precisaremos conviver também com notícias desagradáveis, com perguntas sem respostas, com o medo e a solidão. Por isso, às vezes, perdemos a esperança.
Tentamos encontrar saída para esse vazio comprando, viajando, conversando com outros, lendo livros de auto-ajuda. Conseguimos até rir durante o dia.

No fundo, sentimos que a vida é mais do que isso. E é aqui que aparecem as maiores discussões. Uns acham que rituais religiosos resolvem, outros se esforçam na prática de boas ações. Una procuram respostas na filosofia, outros na psicanálise. Livros e mais livros são escritos, e alguns até enriquecem com isso.

Alguma coisa está faltando. Tentamos identificar o problema e não encontramos solução.

Essa preocupação ocorre com maior freqüência quando o assunto é a vida futura, a vida espiritual, e o que acontece após a morte.
Começamos uma procura insistente, não conseguindo preencher esse vazio com os próprios esforços e assim, caminhamos em qualquer direção e, pior: sem qualquer esperança.
Mas lembre-se, Deus nos criou, conhece todas as nossas perguntas e dá todas as resposta no seu livro, a Bíblia. Acompanhemos juntos:

Por que temos este vazio interior?


Resposta: "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça."(Isaías 59:2). "Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia."
(I João 3:4). Os nossos pecados nos separam de Deus porque não seguimos as orientações divinas e o nosso espírito começa a sentir a falta de Deus.

Isto acontece com todo o mundo?

Resposta: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus."(Romanos 3:23). Todos estão separados de Deus, mesmo aqueles que acreditam que são bons e justos.

Apesar da condenação, ainda há esperança?

Resposta: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor."(Romanos 6:23)

A recompensa para o pecado é a morte, que significa separação de Deus por toda a eternidade. A vida agora não tem paz, esperança e segurança da eternidade com Deus. Diante desta verdade, a Bíblia nos apresenta apenas uma alternativa.


Por que uma única Esperança?

Resposta: "E em nenhum outro há salvação: porque debaixo do céu nenhum outro nome (Jesus Cristo) há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos."(Atos 4:12)

A salvação só pode ser conseguida por meio de Jesus Cristo. E Deus pelo seu amor tem colocado esta esperança ao alcance de todos. A Bíblia diz: "Porque Deis amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)


Como conseguir esta Esperança?

Resposta: "Porque se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."(Romanos 10:9,10). Declarar que Jesus Cristo é o Senhor da sua vida significa que você não é mais rebelde, e que deixa de confiar em religiões, filosofias e boas ações para a sua salvação, passando a crer somente em Jesus Cristo como o único Mediador e Salvador.


Posso ter esta Esperança Agora?

Sim! A Bíblia diz: "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será alvo."
(Romanos 10:13).
"No tempo aceitável te escutei e no sai da salvação te socorri; eis aqui agora o dia da salvação." (II Coríntios 6:2)

Faça isso neste momento! Se deseja ter a salvação agora, faça a seguinte oração:

"Senhor Jesus, reconheço que sou um pecador. Perdoa os meus pecados. Creio que tu és o Filho Unigênito de Deis que veio me salvar, morreu na cruz em meu lugar e foi ressuscitado dentre os mortos Tu és o meu único e suficiente salvador. Entra em meu coração e sê o Senhor da minha vida. Amém."


Se você fez esta oração com sinceridade, neste momento você deve estar sentindo seu coração cheio de paz, alegria e esperança, pois a Bíblia confirma:
"Pelo que se alguém está Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (II Coríntios 5:17)

Você fez a oração acima de coração? Deseja mais esclarecimentos sobre como desenvolver sua fé e crescer no conhecimento da Palavra de Deus? Então, procure a igreja mais próxima de sua residência.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados - MS
Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
3° Trimestre 2008 - Tema: 13º Lição Cristo, única esperança desta geração
Bibliografia:- CPAD - Lições Bíblicas ano 1990
Site primeira Igreja Batista de Santos
Site Oitava Igreja.com.br.
Bíblia de Estudo Pentecostal Edição 1995
Bíblia de estudo Genebra 2 Edição 1993