26 de abril de 2010

O PODER DA INTERCESSÃO ( 01 )

O PODER DA INTERCESSÃO ( 01 )

TEXTO ÁUREO = “Perseverai na oração, velando nela com ações de graças” (Cl 4.2).

VERDADE PRÁTICA = O crente, ao orar a Deus com perseverança, precisa ter fé no poder divino, ao mesmo tempo se submeter à soberania do Senhor.

LEITURA BIBLICA = TIAGO 1.5-8; 5.14,15

INTRODUÇÃO

Orar é falar com Deus, louvando, agradecendo, pedindo, suplicando, com a alma voltada para o Onipotente. A oração, assim, é um meio maravilhoso de chegarmos à presença do Senhor, de adentrarmos ao trono da graça, “com confiança, a fim de sermos atendidos em tempo oportuno”. A perseverança na oração é indispensável para demonstrarmos nossa confiança e dependência de Deus.

1. DOIS TIPOS DE ORAÇÃO

1. Oração convencional. É a oração feita pelo crente, na qual ele expressa seus sentimentos diante de Deus, sem um propósito de obter algo que dependa do exercício imediato da fé, como, por exemplo, a cura de um enfermo, a operação de maravilhas, sinais e prodígios, a expulsão de demônios, etc. E a oração que fazemos ao deitar, ao levantar, agradecendo pelo pão de cada dia, pela família, pela igreja, pelo emprego, etc. Se não tivermos cuidado, essa oração pode tomar-se rotineira, repetitiva, sem graça.

2. Oração da fé. É a oração pela qual se busca a obtenção imediata ou mediata de uma bênção para si ou para outrem. Normalmente, quando se fala em “oração da fé”, tem-se em mente a necessidade de um milagre de cura, libertação, vitória sobre problemas que desafiam a fé. Tiago orienta que, se alguém estiver doente, os presbíteros da igreja devem ser chamados, a fim de orarem pelo enfermo, ungindo-o, em nome do Senhor, “e a oração da fé salvará o doente...” (vv.14,l5a).

II. CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO PERSEVERANTE

Perseverar quer dizer “conservar- se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar”(Dicionário Aurélio). A oração perseverante tem esses significados.

1. E feita com fé (vv.5,6a). Tiago, exorta que, se alguém tem falta de sabedoria, deve pedi-la a Deus; pedindo, “porém, com fé, não duvidando”. Quem duvida é comparado pelo apóstolo como a “onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (v.6b). A dúvida é a inimiga número um da fé.

A fé é a confiança inabalável em Deus, sendo “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). Só persevera na oração quem tem fé. Quem não ora com fé é candidato a não receber nada da parte de Deus (v.7).

2. E paciente. A impaciência é o maior inimigo da oração perseverante. Nos dias apressados em que vivemos, são poucos os que se dedicam à oração perseverante. Hoje, em geral, as coisas têm a marca da pressa. A comida, por exemplo, é “fast food” (alimentação rápida, em inglês). A maioria dos crentes gosta mais da oração rápida, “instantânea”. A oração perseverante desafia a paciência do orante. Exige tempo, cuidado, interesse em estar na presença de Deus. A Bíblia diz: “Não te apresses em sair da presença dele...” (Ec 8.3a). Jesus ensinou a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1-8), na qual ressalta o valor da persistência na oração (v.7). Em Mt 7.7, lemos “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á”.

3. Leva em conta a vontade de Deus. Na oração perseverante, o crente espera confiando na Vontade de Deus para o que Lhe pede. Na oração-modelo, Jesus ensinou: “Venha o teu Reino Seja feita a tua vontade, tanto terrão como no céu (Mt 6.10). Ele orou, no Getsêmane, três vezes, submisso à vontade do Pai: “...não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39); “Meu pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42); na terceira vez, disse “as mesmas palavras” (Mt 26.44). O chamado Movimento da Fé ensina que nunca se deve dizer “se for da tua vontade...”. Isso é falsa doutrina. Submeter-se à vontade de Deus é sinal de humildade ante a soberania do Senhor. Há quem pregue que só se deve orar uma vez por um problema, dizendo que repetir a oração é falta de fé. Não entendemos assim, pois a Bíblia manda orar sem cessar (1 Ts 5.17); perseverar na oração (Cl 4.2). Homens e mulheres de oração passam, em média, pelo menos, uma hora de oração por dia.

III. ORAÇÃO PERSEVERANTE OU CONFISSÃO POSITIVA?

1. A confissão positiva. Segundo Hank Hanegraaf no livro Cristianismo em Crise, (CPAD), confissão positiva é um dos elementos básicos do Movimento da Fé. Um dos seus arautos modernos diz que recebeu diretamente de Jesus a “Fórmula da Fé”, que se constitui de quatro pontos:

1) Diga a coisa;

2) Faça a coisa;

3) Receba a coisa e

4) Conte a coisa. A confissão positiva é o primeiro ponto.

a) Tudo depende do indivíduo. Segundo essa doutrina, “positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo disser é que ele receberá”. Note-se, aí, que tudo depende do indivíduo. A vontade de Deus fica deixada de lado.

Para os que seguem essa doutrina, não se deve orar, dizendo “seja feita a tua vontade...”. Basta “decretar” que algo aconteça e deve acontecer! Tais ensinos têm levado muitos ao desespero. Certos crentes têm dito a enfermos que “decretem” sua cura e, depois, os doentes morrem; outros, “determinam” que devem ficar ricos, e isso não acontece. Cremos que Deus é Deus de bênçãos, mas Sua vontade é soberana, e Ele não pode ficar dependente da palavra positiva ou negativa de ninguém.

b) Não sabemos orar. A confissão positiva cai por terra, diante da afirmação da Bíblia em Rm 8.26, que diz: “porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Ora, se não sabemos sequer pedir como convém, quanto mais “decretar” alguma coisa de que precisamos.

c) Confissão negativa. O fato de não aceitarmos a confissão positiva, na maneira em que ela é formulada, não deve nos levar ao caminho da confissão negativa, pessimista, em que o crente, lamuriando, diz: “Não posso, estou fraco, não sou ninguém”. A Bíblia nos ensina: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Note-se que tudo podemos “naquele” que nos fortalece e não em nossas declarações.

2. A oração perseverante. Na oração perseverante, o crente coloca-se na dependência da vontade de Deus, com paciência.

a) Não é obstinação. De acordo com a Bíblia, nenhum homem deve achar-se no direito de receber a resposta de Deus aos seus pedidos ou “decretos”. Moisés, o grande líder do êxodo, rogou a Deus que o deixasse entrar na terra prometida, mas o Senhor lhe disse: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26). E ele não insistiu mais. Paulo orou a Deus três vezes sobre o “espinho na carne” e o Senhor lhe respondeu: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.8,9).

b) Nada tem a ver com pensamento positivo. A oração perseverante fundamenta-se na fé em Deus e na Sua vontade soberana. João, em sua primeira epístola, diz: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). O apóstolo do amor doutrina sobre a eficácia da oração, enfatizando que Deus nos ouve “em tudo o que pedimos”, de modo que alcançamos as petições “que lhe fizemos” (1 J0 5.14,15). Se isolarmos o último versículo, cairemos na confissão positiva. Mas, ligando-o com o anterior, veremos que a expressão-chave é “segundo a sua vontade”. O pensamento positivo coloca a fé na fé; a fé nas palavras. Estas passam a ter um valor absoluto, independente da vontade de Deus. Oração perseverante baseia-se na fé, na paciência e na vontade de Deus.

c) É oração contínua. Um exemplo claro, na Bíblia, de oração perseverante, é a que a igreja fez por Pedro, quando ele fora preso por Herodes (At 12.5). Os irmãos oraram de modo contínuo, dia após dia. Ao ser liberto pelo anjo de Deus, Pedro dirigiu-se à casa de Maria, ainda de madrugada, onde “muitos estavam reunidos e oravam” (At 12.12). Se fossem adeptos desses ensinos modernistas, só teriam orado uma vez e ido dormir

IV. Deus responde s orações de Jeremias – 14: 1 - 18

A fome e a espada são inevitáveis (14.1-18). Jeremias lamentou que uma seca severa tivesse recaído sobre a terra, confessou tupecado da nação e pediu ao Senhor que restaurasse seu favor.

Respondendo, o Senhor apontou para a perversidade da nação, instruiu Jeremias a deixar de interceder pelo povo e anunciou que não aceitaria os sacrifícios hipócritas das pessoas. Jeremias criticou o fato de a nação depender de falsos profetas e de suas promessas de paz. Esses mentirosos seriam destruidos com o restante da nação.

A intercessão profética é inútil (14.19— 25.9). Mais uma vez, Jeremias intercedeu pela nação, lamentando suas condições, confessando seu pecado e pedindo a intervenção do Senhor. Ele reconhecia que o Senhor não podia ser comparado aos deuses-ídolos e que só ele era a fonte das bênçãos danação. O Senhor declarou que nem Moisés nem Samuel seriam capazes de interceder de maneira eficiente por um povo tão perverso. Os pecados do rei Manassés o haviam levado à ira (cf. 2Rs 21.1-18), e o povo não haviamudado o comportamento. Deus decretou que a morte, a fome e o exílio iriam espalhar-se pela terra.

O Senhor defende seu profeta (15.10-21). Jeremias lamentou mais uma vez a oposição que enfrentava (cf. 12.1-4). Ainda que fosse isento de maldades e tivesse declarado apalavra do Senhor com fidelidade, ele sofreu represálias. Ele questionou a fidedignidade de Deus e pediu ao Senhor que acolhesse sua causa. O Senhor lhe garantiu proteção e defesa divinas diante de seus inimigos. Entretanto, o profeta teve de confessar a sua própria falta de fé e de perseverança em sua missão.

V. O Ministério da Intercessão

"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30

"Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens..." - I Tm 2:1

Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de nós tem praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão.

Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance... Interceder é gastar horas a sós na presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de alma espiritual que traz à luz filhos espirituais.

Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus desígnios para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte, novamente Moisés intercedeu com profundidade de alma:

"Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado destas intercessões de Moisés dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse."

O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 - Lc 22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus gastou apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil anos "está à direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25). Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo. A oração no Monte precedeu aos Dez Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de Tarso, que veio a ser o grande Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60). A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos.

Em Isaías 59:16 já estava previsto que o Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar filhos espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos". Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o filho lhe foi dado por Deus (I Sm 1:9-18).

David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários índios peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna onde procurava se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu um fenômeno: - milhares de índios se converteram por toda parte!

Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos juntos ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e Compositor, autor de mais de 1500 hinos!

João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da Igreja Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários pregadores já haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais uma chance para aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir, Joãozinho se apresentou e foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata e, em agonia de alma, orava, mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes lá em Bridlington que tu vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca mais terei coragem de lhes mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou: "Filey está conquistada! Filey está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas:

"Voltai-vos para o Senhor e buscai a salvação". Milhares se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.

John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas intercessões pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração. Passou, então, a solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se converteram na Índia. Na sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com tamanha intensidade de alma, que uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao seu lado, porque um calor muito forte encheu todo o aposento...

No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões, almas se convertem.

Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus Irado". O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em santidade e majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das colunas do templo clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.

A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos.

Não há fórmulas, métodos, ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores, do que a fervorosa intercessão.

A igreja precisa entrar em parto de alma para gerar os seus filhos espirituais

VI. A INTERCESSÃO

Dn 9.3 "E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza."

Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

VII. A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO

(1) Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

(2) Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 nota); João refere-se a Jesus como "um Advogado para com o Pai" (ver 1Jo 2.1 nota). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado.

(3) O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: "não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26 nota). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede "segundo Deus" (Rm 8.27). Portanto, Cristo intercede pelo crente, no céu, e o Espírito intercede dentro do crente, na terra.

VIII. A INTERCESSÃO DO CRENTE

A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.

(1) No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar.

Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: "Conforme à tua palavra, lhe perdoei" (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).

(2) O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos.

Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21).

(3) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis.
Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem "uns pelos outros" (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3).

(4) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

IX. PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8).

Os intercessores também oravam para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.

CONCLUSÃO

A perseverança na oração é essencial para que o crente receba as bênçãos da parte de Deus. O salmista disse: “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim”. Tendo sido grandemente abençoado, ele passou a louvar a Deus. Assim, devemos confiar no Senhor, no Seu poder, no Seu amor, e, também, na Sua soberania.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal

Lições bíblicas CPAD 1999

Manual Bíblico Vida nova

www.jesussite.com.br

www.google.com.br

Bíblia de Estudo Pentecostal

24 de abril de 2010

O AVIVAMENTO NA CIDADE

O AVIVAMENTO NA CIDADE

1- A CAUSA QUE LEVOU OS CRENTES DE JERUSALÉM A SAÍREM PREGANDO O EVANGELHO AONDE IAM.

Com o martírio de Estevão findou a primeira etapa dá Igreja Primitiva, a de pregar o evangelho em Jerusalém, ( At. 1.8). Foi somente com a “grande perseguição contra a Igreja ( At. 8.1) que obedeceram a ordem divina de proclamar a mensagem em toda a Judéia e Samaria...”

Esta foi a primeira perseguição que Igreja sofreu. Na época, a Igreja provavelmente contava com apenas um ou dois anos de existência. Ainda havia grande número dos habitantes de Jerusalém não evangelizados, A obra crescia cada vez mais e havia grande gozo do Espírito em todos os membros da Igreja. Seria natural supor que, com o derramamento do sangue de Estevão (At. 7. 54-60),

As autoridades sentissem remorso e resolvessem adotar outros planos. Mas sentiram sede de sangue — sede que podia estancar só derramando sangue de outros discipulos ( At 8 3, cap 26: 10) Ficaram determinadas a matar e acabar com a”seita”.

Muito grande foi a multidão que, abandonando os seus lares e o lugar onde se converteram, fugiu para Jerusalém para toda a parte ( At. 8.1 . c/ Mt. 10. 22,23). Depois de mencionar “três mil “membros (Atos. 2.41), e “cinco mil” ( At. 4.4), diz que o número “crescia cada vez mais” (At. 5.14);

E por fim, que multiplicava muito o número” (At. 6.7). Com essa perseguição a Igreja perdeu, mais ou menos, a visão de Jerusalém terrestre, E começou a olhar mais para a Jerusalém celestial, (Hb. 12.22). Quando a Igreja está governada de Jerusalém, de Roma, ou qualquer outro ponto da terra, ela sempre fica embaraçada e limitada na sua visão celestial. O grande vento de perseguição em Jerusalém dispersou, por toda a parte, a boa semente do Reino Deus,

A qual nasceu produzindo uma nova e gloriosa colheita de almas “O sangue dos martires é a semente Igreja’ Saulo foi, indubitavelmente, um dos principais instigadores da perseguição que se levantou contra Igreja em Jerusalém naquele tempo. Saulo julgava que nisto prestava um grande serviço para Deus ( At. 26. 11; Fp. 3.4-6).

Mas o que lhe dava grande prazer ( At. 8.1), depois se tornou motivo de grande remorso, (1 Co 15.9; 1 Tm. 1.12,13). Contudo, conforme já vimos, a perseguição não fez parar a propagação do evangelho, o efeito foi exatamente o contrário. Antes desta perseguição os discípulos estavam recebendo ensino e preparo dos apóstolos; agora, estavam prontos a sair. Foi necessária a perseguição para fazê-los movimentar-se, mas lá foram eles. Aqueles que foram dispersos não se estabeleciam. Em vez disso, continuavam viajando de lugar para lugar, espalhando as boas novas, o evangelho. Em Atos 11.19, Diz que alguns viajaram para tão longe como Chipre, Fenícia e Antioquia. Podemos estar certos de que viajaram igualmente para bem longe em outras direções.

Muitos crentes pensam que foram os apóstolos, os que andaram dispersos por toda a parte proclamando Palavra. Mas não foram eles ( At. 8.1), Foram os discípulos, os leigos, que anunciaram a mensagem em toda parte. Isso não significa que eram todos pregadores no sentido moderno. Qualquer crente, por mais humilde que seja, pode pregar, isso é, anunciar a mensagem de Jesus.

Daí fica evidenciado que o ministério da Palavra não é privativo do púlpito. Conforme estamos observando, embora se tratasse de pessoas comuns, Conheciam a Palavra e se tornaram canais para o amor e para o poder de Jesus. Evidentemente, ninguém se queixava por causa da perseguição, ao contrário, Fizeram dela uma oportunidade de ver o que Deus faria. E de suma importância notar que o maravilhoso crescimento da Igreja Primitiva não foi fruto da obra dos grandes pregadores, Mas da fidelidade de todos os membros em testificarern, cheios do Espírito Santo, para todas as pessoas a seu alcance.

II- PERSONAGENS ENVOLVIDOS NO AVIVAMENTO DE SAMÂRIA

ESTEVÃO: Seu nome vem do grego Stephanos, que significa “coroa”.

Ele foi um dos sete homens escolhidos pelos apóstolos pouco depois da ressurreição de Cristo, Para cuidarem da distribuição da assistência às viúvas da igreja a fim de que os próprios apóstolos pudessem ficar Com o tempo livre para suas tarefas espirituais ( At. 1-6). Foi o primeiro mártir do cristianismo.

SAULO: Seu nome significa “pequeno”. Desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perrseguidor dos cristãos, A pouca informação concernente a sua vida. Embora fosse da Tribo de Benjamim e zeloso membro do partido dos fariseus ( Rm. 11.1; Fp. 3.5; At. 23.6), nasceu em Tarso como cidadão romano ( AT.16.37; 21.39; 22.25 .)

FILIPE- Seu nome vem do grego Philippos e significa “amante de cavalos”.

Há quatro personagens com esse nome, conhecidos dos escritores do Novo Testamento.

1- Filho de Herodes o Grande e Mariamme, a filha de Simão, o sumo sacerdote

2- Filho de Herodes o Grande e de sua Quinta esposa, Cleópatra de Jerusalém.

3- Filipe, o apóstolo, foi chamado para seguir a Jesus no dia seguinte ao da chamada de André e Simão. ( Jo. 1: 43-46).

4- Filipe um dos sete escolhidos para fazer parte do primeiro grupo de diáconos da Igreja de Jerusalém. Era conhecido como “o evangelista”, presumivelmente para ser distinguido do apóstolo do mesmo nome. Tinha quatro filhas que eram profetizas ( At. 21.8,9).

PEDRO E JOAO: - (At. 8.14) — Ambos eram considerados como colunas da Igreja ( GI. 2.9). O versículo em apreço mostra-nos que foram enviados de Jerusalém com uma missão E um propósito específicos, o de proporcionar aos convertidos samaritanos o dom do Espírito Santo.

E importante notar um particular a respeito João que era filho de Zebedeu E que nos dias do ministério terreno de Jesus junto com Tiago pediu que caisse fogo do céu sobre os rebeldes samaritanos (Lc. 9.54), E agora enviado pela Igreja juntamente com Pedro a fim de ministrar uma benção, Numa missão de benigna visitação celestial, e não de destruição. Esse é o Espirito de Cristo.

III - A CIDADE DE SAMARIA

Samaria — Nome da capital do reino israelita do norte, e o território que a circundavam. Depois de haver reinado durante seis anos em Tirza, Onri construiu uma nova capital para o reino do norte, Em uma coluna a 11 km a noroeste de Siquém, dominando as principais rotas comerciais que atravessavam a planície de Esdrelon. Onri adquiriu o local por dois talentos de prata, e deu-lhe o nome de seu antigo proprietário, Semer (1 Rs. 16.24). O lugar era doutro modo desconhecido, a não ser que deva ser identificado com Samir, terra natal de Tola ( Jz. 10.1).

A colina que tem 100 m de altura e domina uma larga paisagem sobre a planície, Era inexpugnável exceto por cerco ( II Rs. 6.24), E o seu nome ( Shõmerôn ) pode ser ligado com o vocábulo hebraico que significa “posto de vigia”. Durante seis anos Onri trabalhou na construção de Samaria, E isso teve prosseguimento sob Acabe, o qual edificou uma casa decorada com marfim (1 Rs 22.29).

Em um templo dedicado a Baal de Sidom, a deidade cuja adoração Jezabel encorajara(1 Rs 18.22), Acabe ergueu uma coluna próxima do altar que Jorão posteriormente removeu (11 Rs. 3.2). Outros santuários e edificios usados pelos sacerdotes idólatras devem ter sido usados desde esse tempo até a reforma efetuada por Jeú ( II Rs. 10.19). A própria cidade de Samaria foi por longo tempo considerada pelos profetas como um centro de idolatria (Is. 8.4; 9.9; Jr. 23.13; Ez. 23.4; Os. 7.1; 1.6).

Ben-Hadade II, da Síria, cercou Samaria a princípio sem sucesso (1 Rs. 20. 1-21), Mas posteriormente os sirios reduziram-na à fome gravíssirna ( II Rs. 6.25). Só foi livrada devido pânico e a retirada súbita do sitiadores, O que foi descoberto e anunciado pelos leprosos ( II Rs. 7).

Acabe foi sepultado na cidade, como igualmente certo número de reis israelitas que ali haviam feito sua residência (1 Rs. 22.37; II Rs. 10.1). Ali seus cendentes foram assassinados, incluindo Acazias, que se escondeu em vão na cidade apinhada de gente (1 Cr. 22.9). Samaria foi novamente cercada no tempo de Elizeu, e foi miraculosamente livrada ( Rs. 6.8-23).

Durante o reinado de dez anos de Menaém, este conseguiu evitar os assírios pagando-lhes tributo para se afastassem, Assim comprado a Tiglate-Pileser III (II Rs. 15.17-20). Seu filho Peca, entretanto, atraiu ‘novamente o exercito assírio por causa de sua oposição a Júdá, Que apelou aos assírios pedindo ajuda. Peca deu ouvidos ao apelo do profeta Odede de devolver o despojo e os cativos Judeus, A quem havia trazido para Samaria ( II Cr. 28.8-15).

A cidade, chamada de Samerina ou Bit-Humri ( Casa de Onri) nos anais assírios. 725 722 A. C. ( II Rs. 17.3.), Foi cercada por Salmanezer V, embora sua captura final seja vindicada pelo seu sucessor Sargom II. Os cidadãos, incitados por Iau-bid, de Hamate, se recusaram a pagar o tributo imposto e, no ano seguinte, 721 A. C., Sargom deu inicio a um esquema de deportação em massa dos habitantes de toda aquela área. De conformidade com os seus anais, Sargom levou 27.270 ou 27.290 cativos, E o efeito disso foi o fim da existência do reino norte de Israel como um estado homogêneo e independente.

Os exilados foram levados para certos lugares da Síria, da Assíria e da Babilônia, e o lugar dos mesmos foi tomado por colonos vindos de outras porções agitadas do império assírio ( II Rs. 17.24). O fracasso sofrido no cultivo dos distritos limítrofes. Levou ao aumento das incursões dos assírios ( II Rs. 17.25) . Alguns israelitas chamados samaritanos ( II Rs. 29), Continuavam habitantes em certas partes da cidade e continuavam a ir adorar em Jerusalém ( Jr. 41.5).

A contenção entre Samaria e Judá, de origem bem antiga, gradualmente foi aumentando de intensidade, embora a própria Samaria tivesse declinado em importância.

A cidade foi colonizada pelos gregos, depois de sua captura por Alexandre o Grande em 331 A. C., Mas pouco se sabe a seu respeito, depois disso, até à ocupação efetuada pelos romanos. Foi, contudo, cercada por João Hircano, e as terras ao derredor foram assoladas cerca de 111 — 107 A. C. . Pompeu e Gabínio começaram construí-la, Mas coube a Herodes embelezar a cidade, que dele recebeu o novo nome de Sebaste ( Augusta), Honra ao seu imperador.

Samaria abrigava 6.000 veteranos, incluindo gregos. Por ocasião da morte de Herodes, Samaria se tornou parte do território de Arquelau, E posteriormente foi transformada em colônia romana sob Sétimo Severo. A despeito do mútuo antagonismo entre Judá e Samaria, Jesus Cristo tomou a rota mais curta, Atravessando a Samaria e a Galiléia ( Lc. 17.11), Descansando em Sicar, perto de Siquém, uma cidade samaritana (Jo. 4.4).

SAMARITANOS –

A queda de Samaria, em 722 A. C., marcou uma nova era na história do reino israelita norte. Os principais cidadãos foram deportados por Sargom, Enquanto que exilados de outras partes do império assírio for importados por Sargom, Esar-Hadom e Assurbanípal. Os israelitas que foram deixados, formaram o âmago da nova comunidade e, A despeito da introdução de diversos cultos, ficou garantida a continuidade da adoração a Jeová. Relações mais íntimas passaram a ser mantidas com Judá, antes e depois da queda de Jerusalém, em 586 A. C. ( II Cr. 30.1 e .; II Rs. 23.19,20; Jr. 41.4 e ).

No inicio do periodo persa, quando os judeus receberam permissão de retornar a Jerusalém, Foram eles permitidos a reedificar o Templo e os muros da cidade. Imediatamente tiveram de enfrentar oposição das classes dominantes em Samaria. Não há motivo para que se pense que essa oposição era mais do que política, visto que tão tarde como o término do século quinto A. C.,

Os judeus de Elefantina, no Egito, puderam escrever solicitando auxilio para a reconstrução de seu Templo, Tanto ás autoridades de Jerusalém como às de Samaria. Com o advento de Esdras e Neemias, a tensão, porém, tornou-se ainda mais profunda.

O novo zelo pela pureza da raça, importada pela comunidade judaica na Babilônia, se confrontou com a ascendência mista dos samaritanos. Quando o neto do sumo sacerdote se casou com a filha de Sambalate, Neemias o expulsou ( Ne 13.28). O rompimento final entre os judeus e samaritanos deve ter ocorrido em cerca de 200 A. C. Os samaritanos possuíam a Lei, mas não os escritos proféticos, E isso pode igualmente sugerir um rompimento de relações por essa altura dos acontecimentos. No tempo da revolta dos macabeus, os samaritanos se inclinaram perante a tempestade, E seu templo, no Monto Gerizim, era dedicado ao Zeus Xênio.

Os hasmoneanos. entretanto, adquiriram uma crescente ascendência sobre Samaria. E, por volta de 128 A C, Hircano capturou Siquém e destruiu o templo do Monte Gerizim. Em 63 A C , Pompeu conquistou a Samaria e a anexou a nova provincia da Siria. A cidade de Samaria tornou-se sede favorita de Herodes o Grande, que conforme já vimos, Lhe conferiu o novo nome de Sebaste, em honra a Augusto.

Em 6 D. C., a Judéia e a Samaria foram novamente unidas em uma província de terceira classe sob , Siria, Estando em Cesaréia a sede do procurador Durante esse periodo, O atrito entre os judeus e os samaritanos foi aguçado por diversos incidentes Entre os anos 6 e 9 D C, os samaritanos espalharam ossos no Templo de Jerusalém, por ocasião de certa páscoa. Nos dias do Novo Testamento os samaritanos seguiam a Lei de Moisés,

Á semelhança dos judeus, mais diziam que os sacrificios deviam ser oferecidos no Monte Gerizim em vez de em Jemsalem ( Jo. 4: 19-24) O judeus evitavam ir a Samaria sempre que possivel, Jesus reputava que Sua missão visava primariamente Israel, Mas, depois de sua ressurreição o Senhor comissionou os apóstolos para que pregassem em Samaria (At .8). A missão em Samaria foi levada a efeito especialmente pelos judeus helenistas, depois do martírio de Estevão.

Filipe precisou de coragem para ir até lá. Mas, como os outros, ele foi levado pelo Espírito. Quando chegou a cidade de Samaria, cerca de 16 Km ao norte do ponto em que Jesus conversara com a mulher junto ar poço ( Jo. 4.6-28), Ele começou a pregar a Cristo. Os samaritanos, como os judeus, esperavam por um Messias. Em cumprimento de Deuteronômio 18:15, 18,19.

NOTA IMPORTANTE

A PARABOLA DO BOM SAMARITANO ( Lc 10: 30-42)

A parábola do bom samaritano foi dada a fim de ilustrar o importantíssimo mandamento da Lei : Amarás ao teu próximo como a ti mesmo Podem-se fazer as seguintes observações a respeito:

1- Jesus ensina aqui um importante princípio da ética humanitária. O “próximo” pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida.

2- O “próximo” pode ser de uma raça diferente, e até mesmo desprezada. 3- O “próximo” pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética.
4- Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade devem manifestar-se nas vidas de todos quantos são chamados pelo nome.

É muito instrutivo que Jesus tenha escolhido um samaritano para a sua ilustração.Jesus escolheu de propósito os desprezados samaritanos para ilustrar o correto tratamento que se deve dar ao próximo. Com isso aprendemos que aquele a quem podemos ajudar a qualquer momento, Um ser humano como nós, é o nosso proximo, sem importar as diferenças raciais, religiosas ou de posição social. Amém

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BLIOGRAEIA

Bíblia Sagrada — Edição Revista e Corrigida
O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo (R. N. Champlin, Ph. D. — Editora Candeia)

Estudo Panorâmico da Bíblia ( Henrietta C. Mears - Editora Vida)

O Novo Comentário da Bíblia Volume III ( Edições Vida Nova)

O Livro de Atos ( Stanley M. Horton — Editora Vida) Manual Bíblico ( Henry H. Halley — Edições Vida Nova)

Povos e Nações do Mundo Antigo (Antonio Neves de Mesquita — Juerp)

O Novo Dicionário da Bíblia — Edição em 1 Volume (Edições Vida Nova)

Espada Cortante Volume 1 e II ( Orlando S. Boyer — Instituto Bíblico das Assembléias de Deus)

20 de abril de 2010

CHORANDO AOS PÉS DO SENHOR

CHORANDO AOS PÉS DO SENHOR

Texto Áureo: “Bem aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4)

O Gemido de Desespero ( 9.1 – 26 )

O que o profeta vê é tão atormentador e tão inevitável que, quando procura consolar-se em relação ao destino da sua terra amada, seu coração desfalece. Ele parece ouvir o povo como se já estivesse no exílio, clamando em consternação: Não está o SENHOR em Sião? Não está nela o seu Rei? Deus responde suas perguntas imediatamente: Por que me provocaram à ira? Conhecendo o verdadeiro estado das coisas, o profeta clama com grande lamento:

Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.

Encontramos três coisas nesse texto:

1) O reconhecimento da oportunidade.

2) A confissão da negligência.

3) O pressentimento da destruição (Lange, p. 108).

Mas Jeremias ainda não terminou o seu lamento: Estou quebrantado pela ferida [...] do meu povo; {...] o espanto (“confusão”, Berkeley) se apoderou de mim (21). Ando de luto. Podemos sentir a profunda dor no coração do profeta quando ele volta a se expressar: Porventura, não há ungüento (bálsamo) em Gileade? (22). A resposta esperada é: Sim. Gileade era conhecida, de longa data, pelo bálsamo feito da resina da almecegueira. Não há lá médico? Novamente, a resposta esperada é: Sim. Visto que há um médico por perto, e um remédio à mão, por que, pois, não há cura? Só existe uma resposta. O povo não buscou a ajuda do Médico. Eles não procuraram o remédio. Eles negligenciaram a única fonte segura de ajuda. Negligentes, cegos e teimosos, eles se precipitam impetuosamente em direção ao precipício da ruína. O coração de pastor do profeta se quebra sob o peso do sofrimento, e o grito compassivo irrompe dos seus lábios: Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas (9.1). E esse tipo de lamentação que rendeu a Jeremias o título de “o profeta chorão”.

A Dor de um Coração Amoroso (9.2-22)

Há uma conexão estreita entre o final do capítulo 8 e o início do capítulo 9. O coração quebrantado do profeta afogou-se em uma tristeza profunda e irreconciliável em relação ao destino do seu povo. Ele também está angustiado com o seu isolamento crescente. Ninguém o entende; ele é evitado por alguns e insultado por outros (11.2l ss). Ele está tão dominado pela dor que deseja voar para longe, para uma estalagem de caminhantes no deserto (2). (Ele expressou o sentimento de muitos profetas cansados de dias posteriores!) Visto ser impossível ir embora, ele expressa seu pesar em uma série de lamentos. Esses lamentos, às vezes, parecem vingativos, mas isso é apenas aparente, porque no fundo eles expressam a tristeza de um coração amoroso.

a) O povo infiel (9.2-8). Jeremias recebe agora discernimento sobre a vida íntima do povo. O que vê o enche de grande tristeza. Toda nação tem caminhado na mesma direção — todos eles são adúlteros, são um bando de aleivosos (2). Seu engano toma diversas formas. Eles são adúlteros espirituais, sim, mas eles também são culpados de adultério físico (cf. 5.7-8). Eles também são culpados de falsidade; eles estendem a língua, como se fosse o seu arco para a mentira (3). Ninguém pode confiar no seu próximo, porque todo irmão não faz mais do que enganar (4). A palavra hebraica para enganar é a mesma usada para “Jacó”, e a referência é ao ato enganoso de Jacó para com o seu irmão, Esaú (Gn 27.5ss). “Os descendentes são como seus antepassados, cada um engana (Jacó) seu irmão”.

Ensinam a sua língua a falar a mentira; andam-se cansando em obrar perversamente (“eles se cansam de tanto pecar”, NVI; v. 5). Eles habitam no meio do engano e recusam-se em conhecer ao SENHOR (6). Sua maldade é obstinada e deliberada. Eles são especialmente traiçoeiros com suas línguas (cf. Tg 3.5ss), expressando uma benevolência aparente ao próximo, enquanto no seu interior; planejam sua ruína.

b) A assolação vindoura (9.9-11). Um outro motivo para a aflição de Jeremias se origina na assolação que ele sabe que está vindo sobre o país, especialmente sobre Jerusalém. Tudo será devastado. Levantarei choro e pranto, clama o profeta, porque as pastagens [...] já estão queimadas, [..] ninguém passa por elas; [...] as aves e os animais já se foram (10). Ele então descreve Jerusalém como uma cidade que está deitada em montões, i.e., em ruínas, morada de dragões (chacais); e as cidades de Judá estão assoladas e desabitadas (11). Essa profecia foi cumprida em 586 a.C., quando a cidade foi transformada em um monturo.

c)A falta de entendimento (9.12-16). O profeta lamenta a loucura espiritual do povo. Um homem sábio teria feito algumas perguntas: Por que razão pereceu a terra e se queimou, de sorte que ninguém passa por ela? (12).

Uma pessoa com discernimento teria prontamente percebido o motivo: Porque deixaram a minha lei e andaram após o propósito (teimosia) do seu coração (13-14). Uma pessoa sábia teria prestado atenção e percebido que esse tipo de conduta resultaria em tristeza e tragédia: Eis que darei de comer alosna (“absinto”, ARA; “comida amarga”, NVI) a este povo e lhe darei a beber água de fel. E os espalharei entre nações (15-16). Desde o tempo de Jeremias a expressão “alosna e fel” tem sido usada para caracterizar extrema aflição e tristeza. A referência a espalhá-los entre as nações é uma predição do exílio. Judá deveria ter aprendido com a queda de Israel, mas claramente não aprendeu nada. Jeremias chora porque ninguém discerne o destino da nação. Ele insiste em que, se tivessem conhecido o caráter de Deus, teriam percebido “os sinais dos tempos”.

d) A impiedosa colheita da morte (9.17-22). Deus fala novamente com o profeta, e suas palavras são motivo para uma nova erupção de aflição. A mensagem é tão importante que Jeremias sente-se impelido a chamar as pranteadoras profissionais. As mulheres sábias (hábeis) são as carpideiras. Esse é um exemplo da estrutura paralela da poesia hebraica. As mulheres são chamadas para que levantem o seu lamento a fim de encorajar o povo de Jerusalém a chorar pela cidade: que as nossas pálpebras destilem águas (17-18). O clamor se intensifica: Como estamos arruinados! (19) As possessões têm sido devastadas e o exílio chegou; “eles [os inimigos] derrubaram nossas moradas” (lit.).

Mas existe um motivo ainda maior para estar aflito do que a perda de posses. E, para isso, a lamentação profissional contratada não é suficiente. As mulheres de Judá não deveriam apenas lamentar, mas ensinar (2) uma canção triste às suas filhas, e cada uma, à sua companheira. A morte subiu pelas nossas janelas e em nossos palácios, e nossas crianças e jovens (21) se foram. A morte apareceu de uma maneira súbita e inesperada, e não há nenhuma segurança contra ela. Aqui está um motivo para realmente chorar. Os corpos dos homens jazerão (22) no campo como gavela (feixes) atrás do segador (ceifeiro); não há quem a recolha, i.e., eles não terão um enterro próprio, mas seus cadáveres serão tratados como esterco. A morte é personificada aqui como alguém que corta os moradores da terra da forma como um ceifeiro corta o trigo. A idéia da morte como um “Ceifeiro inflexível” evidentemente se origina desse texto.

Sabedoria — a Falsa e a Verdadeira (9.23-24)

A primeira vista, esses versículos parecem ter pouca relação com o que vem antes e, mesmo assim, são apropriados. Eles poderiam muito bem descrever a única maneira de escapar da destruição futura. Esses versículos certamente traçam um contraste entre a segurança falsa e a genuína. Eles também contrastam a sabedoria dos homens com a sabedoria de Deus. Os homens dos dias de Jeremias, como os homens de qualquer época, se vangloriavam “da sabedoria humana (cultura), do poder militar (habilidade técnica) e da prosperidade material (abundância econômica)”.

Na verdade, esse é o grau mais elevado de loucura, porque essas coisas são passageiras e não oferecem nenhuma base sólida de segurança. Portanto, não se glorie o sábio na sua sabedoria (23). Por outro lado, a única base real de sabedoria e felicidade consiste em conhecer a Deus. Entende-se melhor o caráter de Deus ao observar o que Ele ama, e como lida com os homens.

Ele tem prazer em fazer beneficência (favor gracioso, amor imutável), juízo (equidade, integridade, imparcialidade) e justiça (retidão; 24) na terra. Essas coisas formam a base da verdadeira sabedoria. Justiça (tzedek), juízo (mishpat), e beneficência (hesed) são o grande triunvirato do Antigo Testamento. Sobre essa base o indivíduo ou nação pode construir com segurança. Sem esses aspectos o maior e mais forte é desesperadamente fraco.

O Castigo dos Incircuncisos (9.25-26)

O hebraico desse pequeno oráculo é de difícil interpretação, e os estudiosos o têm traduzido de diversas formas, mas o significado é razoavelmente claro. Jeremias está ressaltando a primazia da religião interior em contraste com a conformidade exterior às práticas religiosas. Jeremias precede o apóstolo Paulo aqui ao citar Deus dizendo:

Eis que vêm dias, [...] em que visitarei a todo circuncidado com o incircunciso (25); i.e., “a circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus” (1 Co 7.19). Quer Egito ou Edom, ou mesmo Judá, pratique a circuncisão ou não, isso não faria diferença, porque o destino do incircunciso de coração será o mesmo do incircunciso na carne. Portanto, a circuncisão (na carne) do judeu será tratada como incircuncisão, a não ser que uma “circuncisão interior” seja conseqüência de um ato exterior (cf. 4.3-4).

A conformidade exterior com a religião sem a graça interior é totalmente insuficiente. Visto que a nação de Judá não tinha entendido o significado mais profundo dos atos exteriores da sua religião, ela será castigada com os gentios, porque não é melhor do que eles. Nessa ênfase na religião interior, Jeremias está definitivamente apontando para a época do evangelho.

Vejamos na Bíblia algumas situações de choro e do consolo de Deus.

Em Gn 21:16, encontramos Hagar, a escrava egípcia de Sarah, chorando por seu filho que morreria de sede e fome no deserto onde ambos estavam. “Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Hagar e lhe disse: Que tens Hagar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino daí onde estás” (Gn 21:17). E Deus abriu os olhos de Hagar para que visse um poço de águas vivas; ambos foram salvos e puderam viver no deserto, junto às águas de Deus. O Senhor recolhe as lágrimas de uma mãe que chora por seu filho.

Vale a pena orar e esperar no Senhor.

Encontramos Ana, a esposa de Elcana, chorando por causa da sua rival, Penina, que a irritava e escarnecia da sua esterilidade. Ana resolveu levar o seu problema para Deus. Ela aproveitou o momento da adoração, quando toda a família ia a Siló para o sacrifício ao Senhor, e derramou, ali, o coração diante de Deus, pedindo-lhe um filho. Ana estava pronta a dar o filho ao Senhor e orou de todo o coração. Deus ouviu-lhe as súplicas e lhe concedeu o pedido. Ele lhe enxugou as lágrimas e encheu o seu coração de doce esperança e alegria.

Lágrimas e tristezas na Bíblia

Em I Sm 11:4, vemos o povo de Israel chorando por causa da afronta dos amonitas aos moradores de Jabes-Gileade. A cidade foi sitiada e propôs aliança com Naás, rei de Amom. Entretanto, a resposta que este lhes deu foi:

“farei aliança convosco sob a condição de vos serem vazados os olhos direitos, trazendo assim eu vergonha sobre todo o Israel” (I Sm 11:2). Os moradores de Jabes pediram sete dias para buscarem ajuda do povo de Israel. Quando a notícia chegou a Saul e ao povo de Gibeá, eles choraram em alta voz. Então Saul levantou um exército formado por toda a nação e livrou a cidade da opressão amonita.

O povo foi sensível à necessidade de seus irmãos, por isso chorou. Deus nos deu as lágrimas para que manifestemos os sentimentos de solidariedade com nossos irmãos. Precisamos ser sensíveis às necessidades do nosso próximo.
Como igreja, somos comparados ao corpo humano, onde cada membro tem uma função e estamos interligados. Quando um membro sofre, todos nós sofremos com ele. Quando um é honrado, todos nós igualmente recebemos a honra. Quando há escândalos, todos nós sofremos, não é mesmo? Assim, pois, Deus quer que sejamos sensíveis ao sofrimento uns dos outros. Deus quer que nos amemos uns aos outros e tenhamos um coração amoroso e cheio de compaixão.

As promessas de Deus

Jesus passou, certa vez, pela cidade de Naim e encontrou um grupo de pessoas que caminhava para o enterro do filho único de uma viúva. “Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!” (Lc 7:13). Mas, como não chorar a morte do único filho, depois de ter também perdido o marido? Pense: como estaria o seu coração na situação dessa mãe?

Mas Jesus tinha para aquela viúva o verdadeiro conforto. E, parando o enterro, ele tocou o esquife que conduzia o morto e ordenou-lhe a vida: “Jovem, eu te digo: Levanta-te” (v.14). O rapaz assentou-se e começou a falar, sendo restituído à sua mãe. A notícia levou o povo a glorificar a Deus e a reconhecer Jesus como um grande profeta de Deus entre eles (Lc 7:16).

Podemos estar certos de que o nosso Deus é cheio de ternura e compaixão. As nossas lágrimas tocam o seu coração e Ele nos consola. A Bíblia está cheia de promessas maravilhosas que nos confortam e levantam o ânimo abatido.

Medite nas promessas de Deus para nós: Sl 6:8-9 (Deus ouve o nosso choro e nos acolhe), Sl 30:5, 11-12 (o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer), Is 65:19 (Deus fará para nós um novo céu e uma nova terra, onde não haverá lagrimas nem tristezas), Jr 31:9-14 (promessas de restauração para Israel e a nova aliança em Cristo, v. 31-33).

Choro por causa do pecado

O pecado traz a separação do homem e gera a morte (Tg 1:14-15). Entretanto é o Espírito de Deus quem nos conduz ao arrependimento e à restauração da comunhão com Deus (Jo 16:8-11, Tt 3:4-7).

Esaú chorou ao perder a bênção de primogenitura (Gn 27:38), que ele mesmo desprezara, vendendo-a por um prato de lentilhas ao seu irmão Jacó (Gn 25:27-34). Entretanto o seu choro não foi de arrependimento, mas do sentimento de perda. O seu coração encheu-se de ódio e ele falou em matar o irmão.

O arrependimento sincero leva à reconciliação, ao pedido de perdão e à concessão do mesmo. O remorso, entretanto, leva apenas à morte. Pessoas cheias de remorso são pessoas feridas e amargas; tristes e deprimidas. O reconhecimento das próprias falhas e o desejo de mudança radical, no interior, é que caracterizam o genuíno arrependimento.

Muitas pessoas, hoje em dia, não conseguem viver a plenitude da vontade de Deus porque não se arrependeram de verdade. Não querem mudar de atitude. Sabem qual é a vontade de Deus, mas se escondem atrás de suas fraquezas com desculpas para não enfrentar a cisão com o mundo (Mt 16:24).

Temos o exemplo de Pedro, que negou conhecer Jesus, por três vezes. Em seguida, seus olhos se encontraram com os do Mestre e ele chorou amargamente (Lc 22:54-62). Pedro se arrependeu e buscou o perdão. Jesus conversou com ele, após a sua ressurreição, e, junto ao mar da Galiléia, Pedro confessou o seu amor por Jesus três vezes (Jo 21:15-19).

Recolhe as minhas lágrimas = Salmo 56

“Registra, tu mesmo, o meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre; acaso não estão anotadas em teu livro?” (Sl. 56.8).

Todos nós já choramos na vida; pelo menos quando nascemos, choramos. Aliás este é o enigma da vida: “nascemos chorando ou pelo menos alguém chora por nós”.

Mas sem dúvidas que todos nós passamos por momentos de lágrimas, lágrimas de emoção, a alegria de uma vitória. Também choramos de sofrimento, alguém querido que vai embora. Chora-se também quando se sofre uma calúnia. Enfim chora-se por vários motivos, mas um dado curioso é que as lágrimas se secam com o lenço, com a mão ou com o ar. Ninguém guarda lágrima, ninguém carrega um vidrinho e vai guardando as suas lágrimas.

Vamos voltar ao texto lido: “...recolhe as minhas lágrimas em teu odre...”. DAVI está dizendo que Deus guarda as nossas lágrimas: “...recolhe as minhas lágrimas..”.

Naquele tempo guardava-se água, vinho e leite dentro de um vasilhame de couro. “Recolhe as minhas lágrimas em teu odre”.

O que DAVI está dizendo é que ele passou um momento muito difícil na sua vida e vem contando isso no seu salmo, mas quando chorou, as lágrimas que deveriam ser secadas com a mão por ele foram guardadas por Deus. É uma figura poética. As lágrimas do fiel são guardadas. Ele descobriu isso na sua experiência. O seu sofrimento e o seu choro não foram desapercebidos por Deus. E podemos dizer que o primeiro significado desta expressão para as nossas vidas é que...

DEUS VÊ AS LÁGRIMAS.

“recolhe as minhas lágrimas”. A idéia é que ele passou por um momento sombrio, vinha passando titubeante e Deus estava contando os passos dele. DEUS estava vigilante no momento da sua crise.

A declaração do salmista é muito simples: Deus está atento ao que se passa conosco, ele vê. Para o Salmista DEUS não é um ídolo qualquer, muito pelo contrário, o salmista ironiza os ídolos: Abra sua Bíblia no Salmo 115:4-7 e veja o que ele diz: (“4 Os ídolos deles, de prata e ouro, são feitos por mãos humanas. 5 Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; 6 têm ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; 7 têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; e não emitem som algum com a garganta.”).

Ou seja o Salmista fica admirado com as pessoas que confiam em ídolos e depois finaliza no v. 8: (“Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.”). Porque eles não podem ver, não fazem nada, são ídolos, são mortos, são inúteis, mas ele diz que o seu Deus contou as suas lágrimas. Com Deus é diferente.

O sofrimento não é algo que Deus ignore. Será que Deus não vê a tempestade em que eu estou? Sim, vê. Ele sabe o que é sofrimento e Ele guarda. O salmista diz, “recolhe as minhas lágrimas no teu odre”. - Ele vê o nosso sofrimento. Se você está passando por aflição ou por alguma necessidade não deve pensar: Deus me esqueceu, ou Deus não está vendo, ou Deus não se importa. Porque Deus nos vê, se importa, Deus sabe, ele conta.

No v. 8, do Capítulo 56, diz ainda o Salmista: “acaso não estão anotadas em teu livro?”. - Ele vê, ele guarda, ele anota.

Segunda lição:

DEUS RECOLHE AS LÁGRIMAS.

Ele põe num odre, num frasco, põe para recordar, elas estão ali. Cada vez que olha vê aquilo ali. As lágrimas do fiel têm valor. Não estão no teu livro? Não estão inscritas no teu livro? Alguns de nós marcamos alguma coisa que nos aconteceu. Registramos o nascimento de um filho, uma formatura, alguma coisa que nos diz valor e que não queremos esquecer. As minhas lágrimas estão inscritas no teu livro. Tu anotaste. É o que o salmista está dizendo. Ele não ignora.

De vez em quando ouvimos alguém dizer: “Deus escreve certo por linhas tortas.” - Entretanto para Deus não há linhas tortas, as linhas são sempre retas, mesmo que em um determinado momento alguma coisa não possa ser explicada, ele viu, ele sabe, ele não perdeu o controle e por vezes o que estraga tudo não é problema em si, mas a nossa reação diante do problema. Quando nos esquecemos que Deus está presente nestes momentos e que Deus conduz estes momentos, participa dele, aí nos desestruturamos. Ele recolhe e ele guarda, ele não ignora. Por fim, podemos dizer, ele vê, ele guarda...

DEUS ENXUGA AS LÁGRIMAS.

Porque se só visse e dissesse, olha ele está chorando, isso não adiantaria muito, mas ele enxuga as lágrimas.

No livro do Apocalipse a Bíblia diz: “ELE enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” . (Ap. 21.4).

Houve um homem que chorou muito no Antigo Testamento, ele era um adolescente e os irmãos não gostavam dele, pensaram primeiro em matá-lo, depois acharam que não valia nem a pena matar e o venderam como escravo. Ele tinha alguns valores morais e resolveu se pautar por eles e quando rejeitou o assédio sexual de uma mulher, ele foi parar na cadeia e lá fez amizade com algumas pessoas. Pediu que elas se lembrassem dele e um sujeito que ele ajudou se esqueceu dele e o tempo se passou.

A história deste homem, e você já sabe que estou falando de JOSÉ. Mas ao longo do sofrimento deste homem nós encontramos uma profunda expressão: “e o Senhor era com José, e o Senhor estava com José.” Não parece, porque a coisa está ruim, mas o Senhor estava com José e este homem acaba saindo da masmorra para ocupar o segundo posto do país, ele sai para ser o governador do Egito. Agora não mais como um adolescente rejeitado, ele será o salvador dos irmãos e do pai, não mais como alguém na masmorra, mas como alguém com toda a autoridade de mando este homem tem as suas lágrimas enxugadas.

E em Gênesis 41.51-52 fala-se que quando nasceu seu primeiro filho, José o chamou de Manassés, pois disse: “Deus me fez esquecer de todos os meus trabalhos, e de toda a casa de meu pai.” Ao segundo chamou-lhe Efraim, pois disse: “Deus me fez próspero na terra da minha aflição.” Dois filhos com duas mensagens: Deus me fez esquecer e Deus me fez próspero.

Estar como escravo, parar numa prisão e sair de lá para ser o segundo homem do país é preciso realmente muito a graça de Deus. Não estava Deus vendo o que estava acontecendo com ele? O Senhor era com José. E depois esta declaração sua: Deus me fez esquecer. As recompensas que Deus tem para dar àqueles que nele confiam são muito maiores do que os dissabores que enfrentamos. Deus me fez prosperar. O caminho que Deus tem para avançarmos, progredirmos é muito maior do que o que nos amarrou atrás. O que está sendo dito é isto: Deus tem muito mais para dar do que o mundo tem para nos afligir de dores.

Deus me fez esquecer, Deus me fez prosperar. Você pode imaginar quantas lágrimas José derramou? Podemos imaginar um adolescente com saudade do pai, porque quando ele encontra os irmãos, anos depois, os irmãos não o reconhecem, ele faz uma pergunta, vosso pai vive? Saudade do irmão caçula. Não tendes um irmão menor? Como está ele? Mas Deus viu, Deus guardou e Deus enxugou.

Uma das lições mais ricas que podemos aprender na Bíblia é que Deus não é uma força, uma energia cósmica, um olho dentro de um triângulo, não é uma pirâmide, mas é um Deus pessoal que ama os homens, entra nas suas vidas, deseja participar delas, pode enxugar as suas lágrimas, pode transformar, modificar a sua vida. A sua vida pode ser mudada e mudada para sempre.

Voltemos ao Salmo. Embora esta passagem seja muito bonita “...recolhe as minhas lágrimas no teu odre, acaso não estão anotadas em teu livro?” a idéia mais forte do Salmo aparece nos versos 4,10 e 11. Veja comigo:

“Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o simples mortal?” (Sl .56.4).

“Confio em Deus, cuja palavra louvo, no SENHOR, cuja palavra louvo, em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o homem?” (Sl. 56.10-11).

É como se ele estivesse dizendo, me fizeram chorar, chorei muito, tive muitas lágrimas mas eu confio neste Deus, louvo este Deus, ponho a minha confiança nele, o que os mortais podem me fazer? E repete: “neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei, que me pode fazer o homem?”. Eu quero terminar a nossa reflexão fazendo a você algumas perguntas: Você tem lágrimas? Talvez visíveis, escorrendo pela face, dentro, no coração. - Você tem a face sombria, tem vontade de chorar, sente que a vida está uma bagunça, desorganizada, precisando ser mudada?

O Salmo 27 diz assim: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação, de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio, de quem terei medo?” (Sl. 27.1).

E no verso 14 ele diz assim: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor.” (Sl. 56.14). Se você chora DEUS quer secar as suas lágrimas, Ele vem notando, vem fazendo anotação de cada sofrimento, de cada crise e de cada sofrimento, mas Ele quer enxugar e parar com isto. Você não vai encontrar alívio espiritual, conforto e nem poder para mudar a sua vida fora do evangelho, os ídolos não podem nada, diz o texto que já lemos, mas Deus pode, ele vê, ele seca, e ele deseja participar da sua vida. Nesta dia eu quero pedir que você deixe DEUS secar as suas lágrimas, entrar na sua vida, transformá-la. Quero convidá-lo a confiar nele de todo o coração, a entender que a sua vida pode mudar e que sem ele a vida não vale a pena de se viver.

Lágrimas que resolvem

"Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão." (Salmos, 126.5)

Para muitos, lágrimas são um sinal de fraqueza. Mas a lágrima, na verdade, é um dos bens mais preciosos. Chorar é um escape, uma forma de esvaziar as dores da alma. Lágrimas retidas certamente endurecem o coração, devido ao acúmulo de mágoas: "Confiai n'Ele, ó povo; em todo tempo derramai perante Ele o vosso coração: Deus é o nosso refúgio." (Salmos, 62.8).

Ana, uma israelita que temia a Deus, recebeu sua bênção (a cura da esterilidade) quando derramou a sua armadura e ressentimento diante do Senhor. Estéril, era humilhada constantemente numa época em que não poderia haver maldição maior - para uma
mulher - do que ter a madre fechada. Mesmo estando diante de uma situação irreversível aos olhos humanos, Ana assumiu sua situação e resolveu derramar diante do Senhor toda a sua dor, amargura e esperança...

Às vezes, choramos por auto-compaixão ou por desânimo, ao invés de chorarmos por desabafo, como quem tem intimidade com o Senhor.

Ele jamais se sensibilizou diante das lágrimas da auto-compaixão, mas sempre veio ao encontro de corações sinceros e humildes. Por isso, às vezes temos a impressão de que o Senhor não escuta nossas orações. Mas Ele escuta! Escuta, e Se cala diante do nosso tom de cobrança e "zero" de humildade. Motivo porque há tantos cristãos amargos e descrentes do poder da oração! "Com amargura na alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente". Ana chorou muito; lágrimas derramadas aos pés do Senhor são valiosas - cada uma delas é recolhida e levada diante de Deus.

As lágrimas da intercessão não devem significar desespero da situação, mas o desnudar-se sem reservas da alma necessitada de Deus. O choro rega as sementes das nossas palavras: "não bebi nem vinho nem bebida forte, porém venho derramando a minha alma perante o Senhor... porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora." (I Samuel, 1.15,16).

Lágrimas diante do Senhor fortalecem a alma. "O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos porquanto me alegro na Tua salvação..." (I Samuel, 2.1).

Lágrimas diante do Senhor prenunciam vitória para todo aquele que consegue vislumbrar, através da escuridão momentânea das nuvens, as chuvas de bênçãos que se seguem. Muitas vezes a escuridão em que nos encontramos simplesmente anuncia o iminente derramar de benção sobre nossas vidas.

Lamentações Inúteis

Depois de ouvir os relatos contraditórios dos espiões que voltaram de Canaã, o povo lamentou. “Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite” (Números 14:1). Tristeza pode nos impelir ao “arrependimento para a salvação” (2 Coríntios 7:10), mas nem sempre tem este efeito. O povo de Israel chorou amargamente, mas não se arrependeu. Consideremos alguns exemplos de lamentações ineficazes.

Dor que não busca a Deus. A dor serve para nos alertar. Se tocar num fogão quente, a dor nos avisa da necessidade de retirar a mão o mais rápido possível. Dor do espírito apresenta motivo para nós buscarmos a Deus, querendo ser salvos por ele. Mas muitos, mesmo sofrendo por causa do pecado, não procuram a Deus. Jesus olhou com compaixão para o sofrimento dos judeus, mas eles recusaram a proteção dele (Mateus 23:37-38).

Pânico que procura outras soluções. Todos nós precisamos do Senhor, mas o homem teimoso procura resolver seus problemas sem reconhecer a supremacia de Deus. Acazias procurou a ajuda do falso deus, Baal-Zebube, e sofreu as conseqüências de sua rebeldia contra Deus (2 Reis 1). O povo de Judá achou conforto nos falsos ensinamentos dos líderes religiosos, mas Deus falou dos seus remédios ineficazes:

“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias 6:14; 8:11). Hoje, há muitas pessoas que oferecem vários caminhos para a “paz” emocional ou espiritual, mas a única paz verdadeira é a reconciliação com o nosso Criador e Redentor (Efésios 2:14-16).

Tristeza que rejeita a consolação. Sofrimento pode nos ajudar, fortalecendo a nossa fé e produzindo perseverança (Tiago 1:2-4). Quando a dor parece insuportável, precisamos de Jesus (Mateus 11:28-29). Algumas pessoas, porém, recusam o alívio de Deus e são consumidas pela angústia dos seus problemas.
“Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma” (Salmo 94:19).

Socorro nas Tribulações

“Os dias em que vivemos são maus...” (Ef 5.15-17)

Como é real e aplicável aos dias atuais esta declaração do Senhor! Refletindo sobre a vida, não foi difícil encontrar subsídios que materializam esta triste verdade. O povo do Senhor não está isento dos muitos problemas que assolam a população brasileira. É a condição financeira que entra em colapso, impossibilitando honrar os compromissos; o emprego que não existe; a violência; assaltos; filhos problemáticos e rebeldes; casamento que não funciona; drogas; sexo; inimizades dentre outros que compõe uma longa lista. As conseqüências são as mais diversas possíveis, a começar pela fé que abalada, escancara a porta principal da vida para o desespero, perde-se por completo a visão da soberania de Deus; transformados em homens comuns, são despidos da esperança, vazios, desafeiçoados, irritados, ranzinzas, maldizentes, faltos de amor, cegos; carnais... Derrotados!

“Os dias em que vivemos são maus...”

Mas, será que esta situação desastrosa justifica a aparente derrota? É evidente que não! Afinal o Senhor chamou homens fortes para compor um exército de vencedores que andam sobre as dificuldades, no entanto, não se deixam tomar por elas (Is 40.31); estrangeiros de passagem por uma terra na qual são odiados e perseguidos pelo rei das trevas (Mt 24.9; 1Pe 2.11). O que esperar de bom então em dias maus? A misericórdia do Senhor!

Os filhos de Deus foram provados de muitas formas, mas, firmes ficaram e foram aprovados. “...Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados.

Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!”. (Hb 11.35-38) O Pai Eterno preparou este exército para enfrentar situações extremamente adversas, devem bravamente resistir, afinal, foram capacitados e enchidos com o Espírito Santo. O entregar-se aos problemas é sinônimo de fraqueza e derrota. A situação está difícil? Persevere na fé! Lembre-se: o Senhor criador dos céus e terra sabe das tuas dificuldades e promete o amparo. “Portanto, não fiquem aflitos, procurando sempre o que comer ou o que beber... O Pai de vocês sabe que vocês precisam de tudo isso... Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus, e Deus lhes dará todas essas coisas”. (Lc 12.29-31)

“Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”. (Sl 37:25)

“E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”. ( 1 Jo 5:15)

Está fraco? Sem forças? Abatido? Não negue ao Senhor! É tempo de levantar a cabeça e andar; Paulo afirmou: “Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim”. (2 Co 12.10)

Lembre-se que além do visível está um Deus todo poderoso que o ama de uma forma tão complexa que homem algum poderá explicar. Você é alvo deste amor. Medite nestas declarações:

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. (1Jo 4:19)

“Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós”. (Ef 1:4)

Porquê alguns sucumbe? Provavelmente, edificaram suas casas sobre a areia! Sem o devido alicerce da comunhão verdadeira com Deus. É a vida cristã aparente; desprovida do Espírito e da genuína filiação. Estes, mesmo apresentando-se como pessoas dinâmicas no Reino, são desconhecidos pelo Pai Eterno. Quando os problemas vêm como um forte vento, logo são abatidos e derrotados.

Os filhos genuínos do Senhor são fortes, inabaláveis, preparados para vencerem as maiores dificuldades que possam sobrevir à vida. Estes não negam a sua filiação e a exemplo de Cristo Jesus, vão até às últimas conseqüências, esperando no amparo incontestável do Pai Celeste.

Mas, como ser assim, semelhante a Cristo?

O principio é amar a Deus e buscá-lo em primeiro lugar.

“...amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força...” (Mc 12.33)

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça...” (Mt 6:33)

Quando o principio de fé é observado, são feitos em novas criaturas (1Co 5.17) que comungam os mesmos pensamentos e objetivos do Senhor Jesus (Rm 12.2; 1Co 2.16). O agir é direcionado pelo Espírito de Deus, dificilmente, decisões são tomadas segundo a carne (empolgação, desejos, orgulho, vaidade, ostentação, etc.). E, quando envolvidos pelas nuvens das muitas dificuldades, são consolados e fortalecidos pelo Santo Espírito que habita em no ser e faz os corações transbordarem de esperança.

Em meio às muitas provações é tempo oportuno para estreitar a comunhão com o Pai Celeste e servir-se da Sua grande misericórdia. Confie, Ele estenderá as mãos em socorro! Esta aproximação consegue-se quando nos jogamos por terra, humilhando-nos diante do Soberano e clamando pela Sua misericórdia.

Abraçando esta decisão, tenho convicção do mover de Deus sobre tua vida e verás que é amado pelo Pai, escolhido desde os tempos eternos para ser servo.

Clame pela restauração de tua comunhão e comprometa-se em viver uma vida digna do Espírito de Deus, ou seja: santa e pura; que tem o seu prazer em meditar na Palavra e na oração perseverante; aprenda a sacrificar com agradáveis jejuns.

Há uma possibilidade dos problemas não desaparecerem, mas, mesmo em meio às grandes crises, terás a paz que apenas ao agraciados do Senhor possuem. E uma convicção que o Todo Poderoso estará movendo a teu favor. “Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”. (Salmos 40:1)

Conclusão:

Amados, Deus planejou um futuro sem morte, luto, pranto ou dor! Um dia haverá novo céu e nova terra ( Ap.21:1 ) O tabernáculo de Deus estará com os homens.Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá; não existirá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas terão passado.

Um dia, isso será passado. Enquanto esse novo tempo não chega, cada um deve prosseguir, levando a preciosa semente, andando e chorando, para colher com alegria os seus feixes de puro trigo. ( Sl. 126:6 )

Prossigam amados. Tudo tem o seu tempo. Há tempo de rir e de chorar. (Ec. 3:4) O seu choro sincero poderá fazer a diferença na sua vida. Libertar a sua alma, destravar situações amarradas, trazer cura.

Lembre-se da promessa de Deus: “ Ao anoitecer pode vir o choro, mas alegria vem pela manhã.” ( Sl. 30: 5 b.)

E após a dor que lhe arrancou o choro, você poderá cantar: “Tu mudaste o meu choro em júbilo; tiraste a minha roupa de luto e me vestiste com roupas de festa. Por isso não ficarei calado, mas cantarei louvores a ti.” ( Sl. 30: 11-12 )

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia

Comentário Bíblico Beacon

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