12 de maio de 2010

O CUIDADO COM AS OVELHAS ( 2 )

O CUIDADO COM AS OVELHAS ( 2 )

TEXTO AUREO:- “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas” João 10: 11

VERDADE PRATICA:- Senão cuidarmos das ovelhas de Cristo, de acordo com o que prescreve o Sumo Pastor, como haveremos de comparecer perante Ele?

INTRODUÇÃO

REFRIGÉRIO PARA A ALMA ou A CURA DA ALMA

O Salmo 23 é o cântico de uma pessoa que encontra em Deus a resposta às suas necessidades mais profundas na vida. Davi, autor do salmo, sendo pastor de ovelhas, faz um paralelo entre a vida da ovelha e seu pastor, e entre o homem e o bom pastor, que é Deus. Por isso, o Salmo 23 é uma ilustração do relacionamento que deve existir entre Jesus, o bom pastor e as pessoas, ovelhas.

1 - O SENHOR é o meu pastor; de nada terei falta. 2 Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranqüilas; 3 restaura-me o vigor.

Na caminhada da vida enfrentamos vários problemas que devemos superar. Muitos deles estão relacionados a doenças que afetam os nossos sentimentos, a nossa alma. É nesse contexto que o salmista pede que Deus venha restaurar-lhe as forças e o vigor. Não são poucas as pessoas que estão sofrendo, com suas emoções abaladas, com sentimentos confusos, sem esperança, com o coração amargurado, aflitos, com sentimentos de rejeição e baixa auto-estima.

Mas todo este sofrimento tem sua raiz no pecado. Quando Adão pecou, sua queda afetou todos os seus descendentes, gerados à sua imagem e semelhança, conforme Gênesis 5.3. Davi sabia dos sofrimentos que a alma humana enfrenta e, a partir da sua experiência pessoal com Deus, usando esta metáfora do pastor e as ovelhas, ensina que a restauração da alma é encontrada somente com a intervenção de Deus. Na experiência de Phllip Keller como pastor de ovelhas, ele aponta para um problema que afeta profundamente uma ovelha, podendo levá-la a adoecer e até morrer.

II - DIFICULDADES DE UMA OVELHA

As ovelhas passam por algumas dificuldades que, se não socorridas a tempo, podem levá-las a morte. O autor conta uma experiência comum que aconteceu a uma de suas ovelhas, denominada: “ovelha virada”. É comum a ovelha, vez por outra, deitar-se em um lugar de patas para cima, e não conseguir virar-se novamente. Neste caso, por estar pesada ela não consegue desvirar-se sozinha, ficando vulnerável a ataques de lobos e outros predadores. Além disso, com o passar do tempo, começa a formar na bolsa ruminante, gases que se expandem e prejudicam a circulação do sangue em seu corpo.

Dependendo da situação do tempo, ela pode vir a morrer em questão de horas, ou ficar agonizando por longos dias, se estiver longe do pastor. Enquanto a ovelha se debate, ela experimenta medo, angústia, pânico, e desamparo, não podendo fazer nada para se salvar, pois precisa de ajuda externa.

O pastor diligentemente fica atento e a procura de suas ovelhas para que possam ser salvas, e serem curadas dos traumas dessa experiência ruim.

Quando essa queda é mais comum à ovelha?

Quando procura um lugar confortável para deitar e descansar;

Quando está com a lã muito cheia, não tosquiada;

Quando a ovelha está bem alimentada e gorda.

Toda essa experiência negativa causa traumas, e leva tempo para a ovelha se recuperar. Keller conta que socorreu muitas vezes ovelhas nesta situação.

Esse paralelo é usado por Davi para fazer menção aos sofrimentos que passamos neste mundo, quando tropeçamos e ficamos prostrados diante de algumas situações. O que fazer para superarmos os traumas na alma?

Este salmo trás lições preciosas, alguns princípios que ensinam a não andarmos sem direção, a fim de sermos cuidados e sarados em nossas almas.

III - PARA EXPERIMENTAR O REFRIGÉRIO NA ALMA, VOCÊ PRECISA...

ACEITAR A DISCIPLINA QUE O LIVRA DA QUEDA (3a-4b).

“Restaura-me o vigor. (...) a tua vara e o teu cajado me protegem”.

A Bíblia diz: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia”. (1 Co 10.12)

À semelhança da ovelha, o maior risco de se ficar prostrado é quando se procura o lugar mais fácil, a situação mais confortável para viver.

A autoconfiança, a sensação de auto-suficiência sinaliza e precede a queda.

Para isso, o pastor precisa impedir que a ovelha busque lugares para acomodar-se, e acabe ficando virada. É assim que o pastor a corrige com cajado e a vara. Ele utiliza a vara para corrigí-la quando está se comportando de forma preguiçosa e errada perante as demais, e o cajado para reconduzi-la de volta ao caminho.

Enquanto caminhamos neste mundo, Jesus o pastor impõe algumas disciplinas que visam manter-nos alertas e focados naquilo que é certo.

O objetivo da disciplina é nos curar da visão errada da vida, nos libertando da procrastinação. A disciplina é uma ferramenta terapêutica divina que nos livra da ociosidade, de uma vida sem frutos.

IV - SER CURADO DE UMA VIDA CENTRADA EM SI MESMO (v. 3-a).

“Restaura-me o vigor”.

A ovelha, por causa da lã muito grande, acaba por ficar “virada”, cheia de carrapichos e carrapatos, presa à lama e ao esterco, muitas vezes.

Isso ocorre porque a ovelha busca alívio fora do cuidado do pastor, evitando ser tosquiada. Quando se joga em algum lugar para descansar, longe do pastor, fica refém daquela situação que pode até matá-la. Nesta situação, suas forças vão embora.

Quando é tosquiada, cuidada pelo pastor, ela se vê livre daquele destino. Embora, não seja agradável a tosquia, ela produz bons resultados no final.

Segundo Keller, nas Escrituras, a lã representa a velha vida egoísta.

A lã grande simboliza a satisfação nas coisas materiais, acumulação de bens, o se deixar ser dirigido pelos valores desta geração sem Deus, o que acaba nos arrastando para a queda. De modo semelhante, o bom pastor Jesus, usa como um fio cortante a sua Palavra para nos “tosquiar”. Podemos lutar um pouco, mas apreciaremos o refrigério de sermos livres de nós mesmos.

Fomos criados por Deus para darmos frutos, e frutos em abundância.

V - ENTREGAR A DIREÇÃO DA VIDA NAS MÃOS DO BOM PASTOR (v. 3).

“Restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome”.

A ovelha precisa estar debaixo do cuidado pleno do pastor. O Salmo 23 é o reconhecimento do cuidado que abrange todas as dimensões da vida da ovelha.

A ovelha desgarrada fica a mercê do predador e dos perigos inerentes do caminho.

Quando a ovelha está gorda demais ela fica improdutiva, perde o seu vigor, e se perde no caminho com mais facilidade. É quando ela pode ficar virada e não conseguir levantar-se sozinha.

Para evitar isso, ele muda os seus hábitos alimentares, impõe uma dieta rigorosa, para que através da disciplina, elas voltem a ficar fortes, resistentes e cheias de energia. Elas são curadas para caminharem livres aos pastos verdejantes a que são conduzidas. Semelhantemente, o pastor de nossas almas quer curar nossos caminhos, para que sejamos sadios e produtivos como ovelhas do seu pastorado.

VI - COMO TER DEUS COMO O MEU PASTOR?

Deus não é Pastor de todas as pessoas. Ele é somente Pastor daqueles que lhe dão a oportunidade de Ele os pastorear. Por isso,

VII - VOCÊ DEVE RECEBER JESUS COMO SEU PASTOR.

“O SENHOR é o meu Pastor.” – O Senhor não pode ser o seu Pastor, enquanto o Pastor não for o seu Senhor. Os dois caminham juntos. Não se pode pedir que Ele seja Pastor sem permitir que Ele também seja Senhor. O que significa ser Senhor? Significa estar no controle. Senhor simplesmente significa aquele que está no comando. Jesus Cristo deve ser o Senhor da sua vida, sendo Ele é quem dá as ordens e mostra o caminho que você deve andar. O refrigério, o alivio ou cura para a nossa alma só se encontra quando entregamos a vida aos cuidados do Bom Pastor.

Ao contrario, ficamos refém das doenças em nossa alma e do predador da alma sem Cristo.

VIII - OVELHA SATISFEITA É A RECOMPENSA DO MINISTÉRIO PASTORAL

No conhecido salmo 23, lemos a seguinte afirmação: "Deitar-me faz em verdes pastos". Segundo a afirmação de muitos ovinocultores, que o fator mais estranho com relação as ovelhas que, por sua própria constituição, é quase impossível deitar-se, a menos que se satisfaçam quatro condições.

1) A OVELHA NÃO SE DEITA SE TIVER TEMORES:

Sabe-se que as ovelhas são animais medrosos e se assustam facilmente, pois até um coelho que salta de repente de trás de uma moita pode provocar uma correria no rebanho. Quando uma ovelha sai em disparada, dezenas de outras correrão com ela, numa debandada cega, sem procurar ver o que provocou o susto. Mesmo que seja uma leve sombra de suspeita que existe um perigo iminente, provenientes de cães, coiotes, onças, ursos ou qualquer outro tipo de animal, as ovelhas se levantam prontas para fugir. Elas possuem pouca ou nenhuma defesa e são totalmente desprovidas de resistências em si mesmas, tendo como único recurso o ato de fugir. E somente se sentem seguras e tranqüilas com a presença de seu pastor. Que gloriosa verdade para o Obreiro. Que exemplo para o homem de Deus! Ele deve sempre transmitir segurança e tranqüilidade ao seu rebanho, sempre defendendo-o das forças inimigas que rodeiam o redil.

2) A OVELHA NÃO SE DEITA SE FOR ATACADA POR INSETOS:

Principalmente no verão as ovelhas são afligidas por insetos, carrapatos e moscas de todas as espécies. Quando se sentem atormentadas por esses insetos é virtualmente impossível para elas aquietarem-se ou mesmo se deitarem. Ficam sempre em pé, sacudindo as pernas, abanando a cabeça, sempre querendo correr para o mato em busca de alívio. Somente o cuidado diligente do pastor evitará esse terrível distúrbio para o rebanho.Um bom pastor aplica vários tipos de repelentes de insetos no pelo das ovelhas.

Ele deve cuidar para que as mesmas sejam mergulhadas numa solução própria para matar carrapatos que se apegam à lã. E cuidará para que estejam sempre perto de arvoredo onde, por certo, poderão se refugiar a fim de se livrarem do tormento dos insetos.Lição maravilhosa para nós todos os ministros de Deus, em nossa senda cristã. Creio que Davi ao dizer no mesmo salmo 23 no versículo 5, tinha por intenção, não só as virtudes consoladoras de Deus, mas também da proteção do Senhor em sua vida.

Na vida espiritual muitas pessoas estão sendo verdadeiramente atormentadas por demônios, são os insetos, que não dão sossego às ovelhas. Para sanar tal problema, o Obreiro deve ministrar as ovelhas que estão sob o seu cuidado pastoral o verdadeiro bálsamo celestial, que é o Espírito Santo, através da Palavra, da doutrina e do poder.Assim fazendo guardará o rebanho em calma e proteção.

3) A OVELHA NÃO DEITA QUANDO ESTÁ EM ATRITO COM OUTRA OVELHA:

Isto também leva a ovelha à insatisfação e insegurança. Em todas as sociedades de animais existe uma ordem de dominação no seio do grupo. Em um galinheiro isto é chamado a "ordem da bicada", em uma boiada a "ordem da chifrada", entre as ovelhas a ordem da marrada". Quando as mais fortes e hostis prevalecem sobre as mais fracas. Em geral, uma ovelha mais velha, arrogante, ardilosa e dominadora se arvorará em líder de qualquer grupo de carneiros. Ela mantém sua posição e prestígio com marradas, expulsando as outras fêmeas e cordeiros das melhores partes dos pastos ou de um recanto predileto. Sucedendo-a numa ordem precisa, seguem-se os outros animais, todos estabelecendo e mantendo uma posição exata no rebanho pelo emprego da mesma tática das marradas e empurrões contra aqueles que se acham abaixo ou ao redor.Este fato é retratado de maneira clara em Ezequiel 34.15,16; 20-22.

Trata-se de um espantoso exemplo de perfeição científica das Escrituras ao descrever um fenômeno natural. Por causa de senso de rivalidade, tensão e competição pela posição melhor e alto-afirmação é que existe esse conflito no rebanho. No seio do rebanho espiritual, deve o pastor, com amor e sabedoria, promover a paz e a cordialidade, das ovelhas consigo mesmo e entre si. Lembre-se que todo bom pastor precisa reunir algumas características.

Ei-las:

a) O pastor deve ser um pacificador (Mt 5.9)

b) O pastor deve ser um homem que divulgue a paz (Rm 14.19; Hb 12.14)

c) O pastor deve sempre promover a paz (Pv 12.20)

4) A OVELHA NÃO SE DEITA SE ESTIVER COM FOME:

Esta afirmação está implícita no texto do salmo 23.2: "deitar-me faz em verdes pastos". O Obreiro é responsável pela alimentação da igreja. Como despenseiros dos mistérios de Deus tem a responsabilidade de conduzir o povo em direção às insondáveis riquezas do céu (1 Co 4.1,2).

"Dai-lhes vós de comer", Mt 14.16, é o imperativo divino a todos os obreiros. Vivemos tempos trabalhosos como igrejas e mais do que nunca urge o cumprimento da ordem que recebemos de alimentarmos as ovelhas de Deus.

É o tempo de se comer as gorduras e de beber as doçuras. Além disso, temos que enviar porções aos que não têm nada preparado para si, Ne 8.10.

É tempo também de ensinarmos que não é só de pão que viverá o homem, mas de toda a Palavra que sair da boca de Deus (Mt 4.4). Porque a Palavra é fonte de doçura e felicidade, é fonte de saúde e produz no crente gozo e alegria. Sejamos Obreiros pregando a Palavra, vivendo de acordo com a Palavra, e ensinando a Palavra poderosa e santa. Assim sendo, veremos as ovelhas satisfeitas e saudáveis no rebanho que pertence a Deus.

IX - A IGREJA E OS DIVERSOS TIPOS DE OVELHAS

No capítulo 34 do livro do profeta Ezequiel, o Senhor faz uma relação de tipos de ovelhas e acusa os pastores de Israel (os sacerdotes) de estarem negligenciando o devido cuidado que as ovelhas necessitavam: Assim se espalharam, por não haver pastor; e tornaram-se pasto a todas as feras do campo... (v. 6).

Após descrever o estado de abandono das ovelhas de Israel, Deus faz uma promessa: E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi... (v. 23). O Deus Eterno se referiu a Jesus, o Filho de Davi, o nosso pastor! Ele veio ao mundo para arrebanhar as ovelhas dispersas e para oferecer a elas um abrigo e o devido tratamento (Heb 13:20, I Pe 2:25, 5:4).

A Igreja, Corpo de Cristo, que tem Jesus como seu Sumo-Pastor, deve estar apta a líder com todos os tipos de ovelhas descritos em Ez 34:4 e 16 e em Is 40:10 e 11:

a) Ovelhas perdidas: São milhões e estão espalhadas pelo mundo. A Igreja tem que procurá-las, movida pela compaixão (leia Mt 9:36-38).

b) Ovelhas desgarradas: As que já foram do rebanho de Jesus, mas iludiram-se com o mundo, ou decepcionaram-se com o rebanho. A Igreja tem que procurar buscá-las (leia Lc 15:3 e 4).

c) Ovelhas fracas: São do rebanho mas não têm como prosseguir sem auxílio. As ovelhas fortes têm que suportar suas fraquezas e praticar tudo o que for bom para edificá-las (leia Rm 15:1 e 2).

d) Ovelhas doentes: A Igreja é um hospital que trata dos males que afligem a alma humana. A terapia ministrada resultará no desfrutar das bênçãos conquistadas para nós na cruz: vida em abundância (Jo 10:10), paz de Cristo (Jo 14:27 e 16:33) e alegria de Cristo (Jo 15:11 e 17:13).

e) Ovelhas quebradas: São irmãos que caíram em tentação e que precisam de tratamento para corrigir as fraturas (leia Gl 6:1 e 2).

f) Ovelhas gordas e fortes: Ez 34:18-21 contém reprimendas de Deus àquelas ovelhas egoístas, que maltratavam as fracas, impedindo-as de comerem e beberem. A Igreja é um lugar onde as ovelhas aprendem a amar como o Pastor!

g) Os cordeirinhos: Em Is 40:10, o Senhor afirma que “entre os seus braços os recolherá”. A Igreja deve dar às crianças o carinho, o cuidado, o valor que o próprio Jesus demonstrou (leia Mt 19:13-15).

h) Ovelhas procriadoras: O mesmo texto em Isaías descreve o cuidado do Sumo-Pastor pelas ovelhas que geram outras ovelhas: ele as guiará mansamente. A Igreja precisa despertar, incentivar e treinar as ovelhas a serem multiplicadoras (leia Jo 4:35-37).

X - JESUS SE DECLARA O BOM PASTOR (João 10:11 a 14)

Explique aos seus discípulos ( suas ovelhas ) que neste texto ocorre algo pouco comum em Jesus: a referência elogiosa a ele mesmo (vs. 11 e 14). A razão para que duas vezes o Senhor se referisse a Ele mesmo como o bom pastor é a necessidade de que nós o reconheçamos assim! Neste texto Jesus explica duas características que distinguem o Bom Pastor:

Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas (v. 11): Em contrapartida, o mercenário, que somente pensa nos benefícios pessoais, deixa as ovelhas à mercê do lobo (v. 12). Jesus não é como um pastor mercenário, que foge deixando as ovelhas em perigo (v. 13), mas verdadeiramente se importa com o bem estar de Suas ovelhas (veja o v. 10).

O Bom Pastor tem comunhão (intimidade) com as ovelhas (v. 14): Um bom pastor dos tempos do AT e do NT era aquele que se tornava íntimo do rebanho, a tal ponto de conhecer pessoalmente cada ovelha e de ser reconhecido por elas. Sua voz se tornava inconfundível para as ovelhas (vs. 3 e 4).

O Bom Pastor livra as ovelhas dos perigosos lobos e dos ladrões. Os versos 8 em diante contém referências a salteadores, mercenários e lobos. Jesus se referiu aos falsos profetas e ao próprio Satanás com estes termos. Pois o Senhor se apresentou como uma porta por onde as ovelhas podem entrar em encontrar refúgio seguro (leia de 7 a 9).

O Bom Pastor ensina o caminho seguro para suas ovelhas (vs. 27,28): Elas me seguem, diz o Senhor. E para as ovelhas que o seguem, o Senhor promete:elas jamais perecerão e ninguém poderá rouba-las de mim. Faça uma leitura do Salmo 23 com seus discípulos e destaque o cuidado pastoral que Deus exerce sobre seu povo: suprindo, conduzindo, protegendo, confortando...

CONCLUSÃO:

Em dias tão difíceis, você deve experimentar a cura para as emoções da alma.

Deus quer restaurar o seu vigor, sua força e alegria de viver. Isso é cura para a alma.

É possível ser cuidado por Deus e poder enfrentar com disposição e força através do cuidado divino.

Nenhuma religião pode curar as doenças da alma.

Você precisa de um relacionamento com Deus.

Você precisa de um Pastor – alguém que cure as doenças da sua alma.

Eu convido você a tomar o primeiro passo, abrindo a sua vida para Jesus Cristo, se você ainda não fez isso. Leve seus discípulos ( suas ovelhas ) a orarem com você e a pedirem ao Senhor: Jesus, seja o meu Pastor; eu quero entrar pela porta do Teu Aprisco! Jesus, abre os meus ouvidos para que eu possa ouvir a Tua voz. Livra-me dos lobos, dos mercenários e dos salteadores. Jesus, por favor, dirija a minha vida de acordo com Sua perfeita vontade. Este é o meu desejo: segui-lo para sempre!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia

www.marciodoni.multiply.com www.pregaapalavra.com.br www.pregaapalavra.com.br www.pibjacarei.com

9 de maio de 2010

O CUIDADO COM AS OVELHAS ( 01 )

O CUIDADO COM AS OVELHAS ( 01 )

TEXTO AUREO:- “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas” João 10: 11

VERDADE PRATICA:- Senão cuidarmos das ovelhas de Cristo, de acordo com o que prescreve o Sumo Pastor, como haveremos de comparecer perante Ele?

INTRODUÇÃO

“No ensino de Cristo por parábolas, ... as coisas naturais eram o veículo para as espirituais; cenas da Natureza e da experiência diária de seus ouvintes eram relacionadas com as verdades das Escrituras Sagradas. Guiando assim do reino natural para o espiritual, são as parábolas de Cristo, elos na cadeia da verdade que une o homem a Deus, e a Terra ao Céu.” (1)

I - A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA

EM BUSCA DA OVELHA PERDIDA

“Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (2)

Nesta parábola encontramos a revelação clara do misericordioso amor de

Deus para com aqueles que se desviam. Deus não os abandona na miséria. Está cheio de amor e terna compaixão para com todos os que estão expostos às tentações do astucioso inimigo. “Minha atenção foi chamada para a parábola da ovelha perdida, as noventa e nove ovelhas são deixadas no deserto, e começa a busca daquela que se extraviou. Ao encontrar a ovelha perdida, o pastor suspende-a aos ombros, e volta cheio de regozijo. Não volta murmurando e censurando a pobre ovelha perdida por haver-lhe causado tanta dificuldade; pelo contrário, com júbilo ela é carregada.” (3)

II - NECESSIDADES DA OVELHA PERDIDA

1. Cuidado.

A ovelha é de estrutura física frágil – facilmente se cansa; visão limitada – só enxerga de 8 a 10 metros; indefesa - necessita sempre da presença do pastor para protegê-la e livrá-la dos perigos.

Tal como a ovelha, o homem não tem força em si mesmo.O pecado consumiu-lhe o vigor moral e espiritual. Não pode por si mesmo sair do abismo do pecado - depende inteiramente do Bom Pastor. Disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”.

2. Orientação.

Um cão, um gato ou um cavalo, quando se extraviam, sabem perfeitamente achar o caminho de volta. Eles parecem possuir uma bússola interior. Com a ovelha isso não acontece. Diferente de outros animais, a ovelha que se encontra perdida, precisa ser buscada e orientada para retornar ao aprisco. Há uma lição aqui: Da mesma forma, toda a alma que se encontra longe da Casa Paterna, necessita de busca e da orientação divina para voltar ao aprisco. Jesus afirmou: “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”.

3. Segurança e Proteção.

Devido a sua fragilidade, a ovelha não sabe defender-se, e facilmente torna-se presa de animais ferozes. Assim como a ovelha indefesa, o pecador necessita da presença e do poder divino para defender-se dos ataques do inimigo. O diabo é representado “como leão que ruge procurando alguém para devorar.” Quando a alma se encontra no esconderijo de Deus, ali há segurança e proteção.

4. Descanso.

Uma das necessidades da ovelha que está perdida é descansar, para isto ela precisa de um lugar limpo, onde não haja nada que a incomode. A alma que se encontra longe de Deus carrega o fardo terrível do pecado, até não mais poder voltar para casa, necessita descansar das torturas que o pecado lhe causou. É neste momento que aparece o Pastor das Ovelhas oferecendo descanso e paz fazendo o solene convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (4)

III - LIÇÕES DA PARÁBOLA

No estudo da parábola da ovelha perdida extraímos lições espirituais que devem ser bem compreendidas.

1. Todo homem é propriedade de Deus.

Uma verdade básica que todos devem reconhecer é: Os homens são propriedade de Deus, foram criados e comprados por Ele. “Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso Deus, diz o SENHOR Deus.” (6)

“Entre a multidão que rodeava a Jesus, havia pastores e também homens que investiam dinheiro em rebanhos e gado; e todos podiam apreciar Sua ilustração. Estas almas que vós desprezais, dizia Jesus, são propriedade de Deus. Pertencem-Lhe pela criação e redenção, e a Seus olhos são de grande valor.” (7)

2. O amor de Deus alcança todos os perdidos.

“Assim como o pastor ama as ovelhas e não pode sossegar enquanto uma única lhe falta, também Deus, em grau infinitamente mais alto, ama todo perdido.... Nenhuma das ovelhas extraviadas do redil de Deus é desprezada, nem abandonada sem socorro. Cristo salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da corrupção e dos espinheiros do pecado.” (8)

“Ele veio mostrar que Seu dom de misericórdia e amor é tão ilimitado como o ar, a luz ou a chuva que refrigera a Terra. Seu amor é tão vasto, tão profundo, tão pleno, que tudo penetra.” (9)

3. Cristo se identifica com a alma que se encontra perdida.

Para resgatar o homem das mãos de Satanás, o Filho de Deus desceu a este mundo, tomou a forma humana, e identificou-se com as fraquezas do homem. “Sabeis a altura de que Ele desceu, a profundeza de humilhação a que Se sujeitou; Seus pés caminharam na senda do sacrifício, e não se apartaram dela até que deu Sua vida. Para Ele não houve descanso entre o trono do Céu e a cruz. Seu amor pelo homem levou-O a aceitar todas as indignidades e a suportar todos os abusos.” (10)

Ele conhece todas as ansiedades da alma, suas lutas, fraquezas e derrotas. E como o Bom Pastor, chegou ao ponto de entregar a vida pelas Suas ovelhas. “Eu sou o bom pastor,” disse Jesus, “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.”(11) Escrevendo aos filipenses diz o apóstolo Paulo: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” (12)

4. Cristo vai à procura do homem perdido.

Longe do Pastor a alma não tem segurança e proteção. Ela fica vulnerável às mais terríveis tentações do inimigo. Desorientada e sem força para voltar a ovelha perdida há de perecer. Ela não sabe o caminho de retorno ao aprisco. “A ovelha desgarrada do rebanho é a mais desamparada de todas as criaturas. Precisa ser procurada pelo pastor, pois não pode, sozinha, encontrar o caminho de volta. O mesmo se dá com a alma que se desviou de Deus; está tão desamparada quanto a ovelha perdida, e se o amor divino não fosse salvá-la, jamais poderia achar o caminho para Deus.” (13)

Então, o divino Pastor sai pelos caminhos e valados, procurando a alma triste e desamparada que não sabe mais voltar. “Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.”(14)

“O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: "Tenho noventa e nove, e custar-me-á muita perturbação ir em busca da desgarrada. Ela que volte; abrir-lhe-ei a porta do redil e a deixarei entrar." Não; logo que a ovelha se afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não dormita. Deixa as noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto mais escura e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto maior é a apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos os esforços possíveis para encontrar a ovelha perdida.” (15)

IV - CUIDADO COM O CENSURAR

“Quando alguém que vagou longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: "Ele não tem estabilidade; não creio que resista." Tais pessoas não fazem a obra de Deus, porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera. Confie no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e suspeita dos fariseus.” (16)

V - NOSSA MISSÃO: BUSCAR A OVELHA PERDIDA

"Todo pecador que Cristo salvou, é chamado a atuar em Seu nome pela salvação dos perdidos. Essa obra fora negligenciada em Israel. Não é também hoje negligenciada pelos que professam ser seguidores de Cristo? Quantos afastados, caro ouvinte, procuraste e trouxeste ao redil? Reconheces que desprezas os que Cristo procura, quando te desvias dos que parecem pouco promissores e não atraentes? Justamente no momento em que te esquivas deles, podem carecer muito de tua compaixão. Em toda assembléia de culto, há os que anseiam descanso e paz. Podem parecer como se vivessem indiferentemente, mas não são insensíveis à influência do Espírito Santo. Muitos deles podem ser ganhos para Cristo.

Se a ovelha perdida não é trazida ao aprisco, vagueia até perecer. E muitas almas descem à ruína pela falta de uma mão estendida para salvá-las. Estes errantes podem aparentar ser endurecidos e indiferentes, mas se tivessem tido os mesmos privilégios que outros, poderiam ter revelado muito maior nobreza de caráter e maior talento para utilidade. Os anjos se compadecem desses errantes. Eles choram, enquanto os olhos humanos estão enxutos e os corações cerrados à compaixão. Oh, que falta de profunda e tocante simpatia pelos tentados e errantes! Oh, se houvesse mais do espírito de Cristo e menos, muito menos do próprio eu!” (17)

VI - O PASTOR E SUAS OVELHAS

Pastores e ovelhas eram uma parte tão familiar do mundo antigo que se tornaram uma pronta metáfora para os escritores bíblicos. O temo cuidado dos pastores com suas ovelhas levaram Davi e seus companheiros salmistas a falar do Senhor como o pastor de Israel (Salmos 23; 80:1), e de Israel como “as ovelhas do teu pasto” (Salmos 100:3; 95:7; 79:13; 78:52).

Os profetas também, em suas visões messiânicas, viram Deus de modo semelhante: “Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente.” (Isaias 40:11); “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei...” (Ezequiel 34:15-16).

Escritores do Velho Testamento também fizeram uso efetivo da bem conhecida disposição das ovelhas para se desgarrarem. De nossos caminhos pecaminosos Isaías escreveu: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas” (Isaías 53:6) e o mais longo dos salmos termina com este queixoso apelo: “Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos” (Salmo 119:176).

Em sua ilustração do pastor e das ovelhas (Lucas 15:3-7; Mateus 18:12-14), Jesus estava não somente abordando seus ouvintes pela prática conhecida, mas com uma metáfora bíblica conhecida. Não havia meio deles perderem a lição. Jesus, como o fez seu Pai, via os homens como “aflitos e exaustos, como ovelhas sem pastor” (Mateus 9:35).

As ovelhas comumente se perdem devido a sua própria despreocupação. Esquecendo tanto o rebanho como o pastor elas perambulam sem destino, tendo na mente nada mais do que a próxima moita de capim. Não há pensamento em lobos ou profundos precipícios. Como isto espelha acuradamente nossos modos ineptos! Não é que um dia tenhamos a idéia de ser ímpios e então comecemos metodicamente a cumprir nossa ambição.

Estamos meramente tão preocupados com os desejos e circunstâncias presentes que nos tornamos distraídos das conseqüências de nossas escolhas. Vidas vividas sem propósito tornam-nos peões de nossas paixões e, seja de propósito ou não, encontramo-nos antes que o saibamos, longe de Deus, miseráveis em nosso desamparo e feridos. Tais ovelhas não representam os orgulhosos e os teimosos, mas os infelizes, aqueles que são rápidos em admitir sua própria estupidez e pecado mas, não obstante, são assim mesmo perdidos.

Mas o foco da parábola está no pastor. Argumentando do menor para o maior, Jesus toma a atitude conhecida de um pastor para com uma ovelha perdida, para justificar sua atitude para com as pessoas perdidas, e para expor o espírito sem misericórdia de seus críticos. Ele tinha antes usado o mesmo tipo de argumento, da atitude de um médico para com o doente (Mateus 9:12).

Os fariseus sabiam que nenhum pastor verdadeiro jamais abandonaria uma ovelha perdida ainda que o resto do seu rebanho estivesse seguro. Com pastores a preocupação não era meramente econômica, mas sentimental. Eles ficariam freqüentemente ligados às ovelhas até o ponto de chamar cada uma delas por seu próprio nome especial (2 Samuel 12:3; João 10:3).

Os fariseus também sabiam que o pastor, quando achasse sua ovelha, não a esmurraria com raiva, mas carregaria a desgarrada, agora severamente enfraquecida, gentilmente em seus ombros. Mais ainda, quando ele retornasse, ele voltaria em franca alegria. Com esta simples ilustração Jesus levantou uma questão implícita com seus detratores: como poderiam eles ter tal compaixão por uma ovelha e tratar os homens com tal arrogante e egoísta dureza. Eles não somente não tinham buscado o pecador perdido, mas não se regozijariam com sua recuperação. E com isto eles tinham mostrado dramaticamente como sua própria disposição diferia da divina. Enquanto Deus se regozija, eles amuam. Enquanto o céu perdoa, eles cospem seu desprezo. Enquanto o bom Pastor busca recuperar o rebanho espalhado, eles vivem para devastá-lo. É um quadro sombrio.

Mas alguns podem ficar envergonhados pela observação conclusiva de Jesus que “haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos (retos) que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7). Ele está sugerindo que Deus sente uma alegria menor pelos justos do que pelo pecador recuperado? As duas coisas. A alegria de recuperar o perdido é um tipo especial de alegria, uma alegria cheia de alívio, mas isso nunca exclui como profundo, um deleite naquilo que nunca foi perdido.

E, o termo justo ou reto que Jesus usa aqui tem um toque irônico em si. Quem, no mundo, seria tão justo que não precisasse de arrependimento? Infelizmente, os fariseus pensavam que poderiam nos dizer. A verdade é que todas as ovelhas desgarraram (Romanos 3:9, 10) e precisam da misericórdia daquele “grande Pastor das ovelhas” que nos redime “pelo sangue da eterna aliança” (Hebreus 13:20). Este grande Pastor “apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seu seio; as que amamentam, ele guiará mansamente” (Isaías 40:11).

VII - QUEM VOCÊ CONHECE: O SALMO DO BOM PASTOR OU PASTOR DO SALMO?

Este salmo é muito conhecido e recitado por muitas pessoas. Ele ficou consagrado como o Salmo do Bom Pastor. Porém, mais importante do que conhecer o Salmo do Bom Pastor é conhecer o Pastor do Salmo.

Neste Salmo nós podemos perceber o cuidado que o Bom Pastor dispensa às suas ovelhas, e por isso elas o seguem.

1- Não deixa faltar nada as suas ovelhas. (v1)

Quando lemos este 1º versículo: “O Senhor é o meu Pastor; nada me faltará”, somos levados a imaginar o que o Salmista estava querendo dizer com “nada me faltará”? Com certeza ele estava dizendo que não faltaria o cuidado, a proteção e o amor do Bom Pastor. Mas o salmista aqui, que conhecia o Bom Pastor do Salmo, também estava afirmando que nada falta em nossa vida para a realização da vontade de Deus.

Que mesmo nos tempos difíceis, nós precisamos estar nos alegrando com a provisão do Bom Pastor, crendo que em todos os momentos Ele cuida de nós. Não vão faltar os desafios e as provações. Porém precisamos crer que “todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”.

2- Cuida das ovelhas providenciando descanso e paz para as suas ovelhas. (v2)

O Pastor tem o cuidado de providenciar alimento, água, descanso para as suas ovelhas. Com a presença do Bom Pastor é possível descansar em paz, livre do medo e, mesmo diante das provações, quando estamos querendo desanimar, o Bom Pastor reanima e revigora a nossa alma.

Diante das dificuldades, dos perigos e até mesmo da morte, o discípulo de Jesus, o Bom Pastor, não tem medo. Porque o Bom Pastor está sempre presente em todas as situações da vida. Ele usa a vara como arma de defesa para proteger as ovelhas e a usa também com instrumento de disciplina para ensinar as ovelhas, demonstrando seu poder e autoridade. Mas o salmista nos diz ainda que o Bom Pastor usa também o cajado que serve para puxar a ovelha para perto de si e para guia-la no caminho certo ou para tira-la do perigo. Jesus, o Bom Pastor, está pronto para nos defender, nos proteger, nos guiar e nos guardar. Basta aceita-lo e recebe-lo em nossos corações.

3- Dá a própria vida pelas suas ovelhas.

No evangelho de João 10:1-5, o Senhor Jesus se apresenta como o Bom Pastor dizendo que o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. E foi isso que Ele fez quando morreu na cruz para nos dar a vida eterna.

CONCLUSÃO:

“Cristo salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da corrupção e dos espinheiros do pecado. Alma abatida, anime-se, embora tendo procedido impiamente. Não pense que Deus talvez lhe perdoe as transgressões e permita ir à Sua presença. Deus deu o primeiro passo. Enquanto você estava em rebelião contra Ele, saiu a sua procura. Com o temo coração de Pastor, deixou as noventa e nove e foi ao deserto para buscar a que se perdera.” (18)

Jesus ainda diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz, e Ele as conhece e elas o seguem. Quem você conhece: O Salmo do Bom Pastor ou o Bom Pastor do Salmo? Se você conhece apenas o Salmo do Bom Pastor, eu quero convida-lo a seguir o Senhor Jesus, o Bom Pastor, que não deixa faltar nada a nossa vida, que cuida de nós providenciando descanso e paz e que está sempre conosco, através do Espírito Santo. Receba o Senhor Jesus no seu coração e passe a experimentar as bênçãos que Ele tem para a sua vida, pois somente aqueles que professam a sua fé em Cristo Jesus podem conhecer o Bom Pastor do Salmo. Amém.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Referências:

Bíblia de Estudo Pentecostal

www.estudosdabiblia.net

mibac.com.br

(1) Parábolas de Jesus, pág. 18

(2) Lucas 15: 3 a 7

(3) Testemunho Seleto Mundial Vol. 1, pág. 305

(4) Mateus 11:28 a 30

(5) Parábolas de Jesus, pág. 198

(6) Ezequiel 34:31

(7) Parábolas de Jesus, pág. 188

(8) Idem

(9) A fé pela qual eu vivo, pág. 65

(10)Ciência do Bom Viver, pág. 501

(11) João 10:11

(12)Filipenses 2:5 a 8

(13)Parábolas de Jesus, pág. 188

(14)Ezequiel 34:11

(15)Parábolas de Jesus, pág. 188

(16) Idem, pág. 190

(17) Idem, pág. 191,192

(18) Idem, pág. 189

8 de maio de 2010

A Dádiva de ser Mãe







“Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom senso.” I Timóteo 2:15

Mãe é a expressão do Amor de Deus. Ser mãe é uma dádiva de Deus. Ser mãe é receber de Deus um sublime dom. (Gera posteridade)

Ser mãe é receber um singelo dom. (Pois não existe outra forma de gerar o homem a não ser do ventre de uma mãe)

Ser mãe é receber um perpétuo dom. (Ela concebe um ser que nasce para ser eterno, nunca morrerá)

Dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o homem.

A MISSÃO DE SER MÃE

“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava a mulher de uma de suasfunções mais importante na vida. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2). R. C.

Quanto ao caráter negativo:

Muitas noites acordadas, cansaços físicos, frustrações, renúncias, ingratidões, uma tarefa difícil, árdua. Ser mãe não é simplesmente colocar uma criança no mundo. Ser mãe não é eximir-se de sua responsabilidade e repassá-la a outrem, como empregadas, babás, parentes, amigos e creches.

Ninguém substitui o amor e o cuidado de uma mãe.

Quanto ao caráter positivo:

É gratificante para a mãe ver o filho que ela amamentou crescido, criado, formado, bem encaminhado na vida.

É honroso para a mãe ver em seus filhos suas próprias virtudes. É alentador para a mãe ser reconhecida por seus filhos como aquela que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis, educando, corrigindo, formando, protegendo, consolando, animando.

Todo e qualquer investimento, afim de que seja próspero tem que ter uma boa mão de que o cuida. Assim é a mãe, para que seu filho seja prospero durante sua vida.

As Ás várias funções da Mãe:

Gerar (conceber). Alimentar. Consolar. Dar amor. Proteção. Educar. (ensinar, edificar, exortar, corrigir, repreender).

“ Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” Pv 22:6 “ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagrada letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo.” II Tm 3:14,15

AS VÁRIAS MÃES DA BÍBLIA

Ana (mãe de Samuel) a dor da esterilidade, não a faz desistir, mas clama a Deus que lhe responde dando-lhe o primeiro dos grandes profetas de Deus: Samuel, I Sm

1. Depois teve outros cinco filhos como bênção do Deus Altíssimo.

Rispa, a mãe modelo, mãe amorosa, não abandonou seus filhos nem quando morreram; passando aproximadamente seis meses enxotando as aves de rapina para que não comessem os corpos de seus dois filhos expostos na terra. Foi honrada por rei Davi, enterrando seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel. (2 Sm. 21:8-14).

Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos? Uma tristeza.

Rispa, foi uma mãe virtuosa que entendeu e aceitou a missão de ser mãe. Uma mãe verdadeiramente convertida aos seus filhos. ( Malaquias 4:6) Mesmo em face ao sofrimento, e morte, não abandonou seus filhos nem de dia e noite ficava perto de seus corpos não deixando as aves devorar seus corpos.

Quantas mães já desistiram de seus filhos, deixando que as aves das drogas, dos traficantes, prostituições, más campaninhas, os pecados diversos, filmes e revistas pornográficas, namoros fornicares, namorados dormirem na casa.

Enxote essas aves de seus filhos, mande embora, mas não perca seus filhos.

Maria, mãe de Jesus, o acompanhava em todos os momentos até na hora do sofrimento da Cruz.

Mãe da filha possessa. Saiu da sua cidade Grécia de origem Siro-Fenícia levou sua filha possessa a Jesus para ser liberta. Mc 7:24-30

AS BÊNCÃOS DA MÃE VIRTUOSA

Será sempre lembrada em suas virtudes ( “Como dizia minha mãe”). Não é abandonada na velhice. Não será esquecida nem quando morrer. Será sempre amada. Seu caráter estará evidente em seus filhos e na sua posteridade. Deus a honrará como honrou a Rispa.

O amor de Deus representado simbolicamente pelo amor de mãe:

“ Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que se compadece do filho do seu ventre? Mas ainda que essa viesse esquecer-se dele, eu, todavia , não me esqueceria de ti” Is 49:14,15

“ Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho… Todavia eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para com eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer.” Os 11:1,3,4

Deus abençoe cada dia as mães. Para que compreendendo a sua missão na terra, nunca desfaleça, nunca desista, nunca desanime, pois estará plantando uma semente, regando com amor, paciência e oração.

Com certeza mãe você verá um dia o fruto de teu trabalho, da noite mal dormida, das lágrimas escorridas, daquele filho que se foi sem dar noticia; Deus te mostrará os frutos de tuas orações, dizendo: “filha bendita nem tudo está perdido vi tuas lágrimas e acolhi tuas orações, vede os frutos de tuas orações e de teu labor.”

4 de maio de 2010

A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS

A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Esta importante lição nos desafia a penetrar em um dos temas mais complexos e profundos da teologia. Entender a “Soberania de DEUS” e o “Livre Arbítrio” do homem, dentro do contexto soteriológico da Eleição, não é tarefa fácil. São assuntos que não conseguimos entender completamente. Este conhecimento está relacionado às coisas de DEUS, os aspectos de DEUS, o SER de DEUS e a respeito DELE, nunca saberemos tudo. O ETERNO não pode estar contido dentro de uma mente finita e limitada como a nossa. Sobre DEUS nós nunca vamos aprender tudo, pois DEUS é muito maior do que a nossa capacidade de aprendizado, muito maior do que a nossa capacidade de raciocínio. O que conhecemos DELE é o que ELE nos revela, através de SUA Palavra e não a partir de nossas experiências de vida, conceitos ou opiniões pessoais.

Soberania e Livre Arbítrio são doutrinas paradoxais; excludentes. Não pode haver soberania absoluta, plena, havendo livre arbítrio para o homem; esta soberania estaria limitada. Havendo soberania plena, não teria possibilidade de haver liberdade de ação para o homem, exercendo seu livre arbítrio. Os teólogos, durante séculos, tem tentado harmonizar tais temas. Toda tentativa de conciliá-los, redundou em heresias. Estas Doutrinas são Bíblicas, mas a sua harmonização, advindas de seu aspecto paradoxal, não nos foi revelada por DEUS. São verdadeiras, excludentes e reais.

Por fim, o objetivo deste estudo não é trazer soluções simplistas, pois estas, normalmente, advêm de análises superficiais. O objetivo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica clássica, com as finalidades de ampliar a visão sobre o assunto abordado pela lição da EBD (Escola Bíblica Dominical), agregar conhecimentos teológicos e despertar o desejo de pesquisa e reflexão sobre estes temas espirituais.

I. O QUE É “CALVINISTA EXTREMADO”?

É alguém que é mais calvinista que João Calvino (1509-1564), de cujos ensinos vêm o termo. As raízes de muitos pontos do calvinismo extremado podem ser traçadas até o período final da vida de Agostinho (354-430). Em seus últimos escritos, como resultado de sua controvérsia com os pelagianos (que enfatizavam o livre arbítrio às expensas da graça), Agostinho reagiu excessivamente com ênfase na graça em detrimento ao livre arbítrio. Igualmente, em resposta aos donatistas, grupo cismático que havia rompido com a igreja reconhecida, Agostinho reagiu exageradamente ao afirmar que os hereges poderiam ser coagidos a crer contra a sua livre escolha para confessar a fé católica. A lógica lhe pareceu irresistível: se a igreja pode coagir hereges a crer contra a vontade deles, porque DEUS não pode forçar pecadores a crer contra a sua própria vontade?

Após a Reforma Protestante, Teodoro Beza (1519-1605), discípulo de João Calvino e colaborador do Sínodo de Dort (1618-1619), onde formulou uma confissão calvinista em resposta aos seguidores de Jacob Armínio (1560-1609) no chamado Protesto Arminiano de 1610, adotou os seguintes ensinos: depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos santos.

Depravação total

Eliminação de toda capacidade humana de entender ou responder a DEUS.

Eleição incondicional

DEUS escolheu um número definido de indivíduos para obter a salvação.

Expiação limitada

Somente para os eleitos.

Graça irresistível

O indivíduo escolhido para salvação não resiste ao chamamento Divino.

Perseverança dos santos

Nenhum dos eleitos morrerá em pecado.

II. A SOBERANIA DE DEUS

A lição da EBD define “Soberania de DEUS” como autoridade inquestionável que ELE exerce sobre todas as coisas criadas, (...) de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios (...) todos precisamos DELE para existir; sem ELE, não há vida nem movimento.

Estas definições de Soberania recaem nas Doutrinas da Preservação e Providência Divina. Preservação é a contínua ação de DEUS pela qual ELE mantém em existência as coisas que criou, junto com as propriedades e poderes com que ELE as dotou. Providência é o contínuo agir de DEUS, pelo qual ELE faz com que todos os eventos do universo, tanto físicos quanto morais, cumpram o propósito original para o que ELE o criou.

Em vários textos Bíblicos, a Preservação e a Providência são expressamente distintas da criação. Embora DEUS tivesse descansado da SUA obra da criação e estabelecido uma nova ordem de forças naturais, atividades contínuas e especiais, exercidas por DEUS, são verificadas na manutenção do universo e seus poderes, assim como no cumprimento dos propósitos originais para o que ELE o criou. Estas atividades são exercidas por CRISTO; assim como CRISTO é o agente mediador na criação, assim também o é na Preservação e na Providência.

I Co 8;6 todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas,

Jo 5;17 Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.

DEUS, ao preservar todas as coisas que fez, também a faz conservar as propriedades com que as criou. DEUS preserva a água de forma tal que continue sendo água. Faz a grama continuar sendo grama, com todas as suas características distintivas. Um aspecto da Preservação divina é o fato de ELE continuamente nos dá a respiração, a cada momento. “Se ele retirasse para si o seu espírito, e recolhesse para si o seu fôlego, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó” (Jó 34;14 e 15). Outros textos Bíblicos que se referem à Preservação:

Ne 9;6 Tu, só tu, és Senhor; tu fizeste o céu e o céu dos céus, juntamente com todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela existe, os mares e tudo quanto neles já, e tu os conservas a todos, e o exército do céu te adora.

Jó 7;20 Se peco, que te faço a ti, ó vigia dos homens? Por que me fizeste alvo dos teus dardos? Por que a mim mesmo me tornei pesado? – (vigia no sentido de guarda, preservador)

Sl 36;6 A tua justiça é como os montes de Deus, os teus juízos são como o abismo profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais.

Sl 104;29,30 Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó. Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra.

At 17;28 porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração.

Cl 1;17 Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas;

Hb 1;2,3 nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas,

DEUS está continuamente envolvido com todas as coisas criadas. As Escrituras testemunham que, o governo e controle geral de DEUS são providenciais sobre:

a) O universo em geralSl 103;19 O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.” Ver (Dn 4;35-Ef 1;11)

b) O mundo físicoSl 135;6,7 Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.” Ver (Jó 37;5,10-Mt 5;45-6;30)

c) A criação bruta (animais) - Mt 6;26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?” Ver (Sl 104;21-28 Mt 10;29)

d) Os negócios das nações - Sl 22;28 Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações.” Ver (Jó 12;23-Sl 66;7-At 17;26)

e) O nascimento do homem e o destino da vida - I Sm 16;1 Então disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite, e vem; enviar-te-ei a Jessé o belemita, porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.” Ver (Sl 139;16-Is 45;5-Jr 1;5-Gl 1;15,16)

f) Os sucessos e processos exteriores da vida dos homens - Sl 75;6,7 Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o que julga; a um abate, e a outro exalta.” Ver Lc 1;52

g) As coisas aparentemente acidentais ou insignificantes - Pv 16;33A sorte se lança no regaço; mas do Senhor procede toda a disposição dela.” Ver Mt 10;30

h) A proteção do justo Sl 4;8Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Ver Sl 5;2-63;8-121;3-Rm 8;28)

i) O suprimento das necessidades do povo de DEUS - Gn 22;8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos. Ver (Gn 8;14- Dt 8;3-Fp 4;19)

j) Orienta os desejos e inclinações dos crentes - Fp 2;13porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.”

k) O preparo de respostas à oração - Sl 68;10Nela habitava o teu rebanho; da tua bondade, ó Deus, proveste o pobre. Ver Is 64;4-Mt 6;8,32,33

l) O desmascaramento e punição do ímpio - Sl 11;6 Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo.” Ver Sl 7;12,13

A Bíblia também retrata o SEU governo e controle sobre às livres ações dos homem. Vejamos os textos:

Jó 14;5 Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; tu lhe puseste limites, e ele não poderá passar além deles.

Sl 33;14,15 da sua morada observa todos os moradores da terra, aquele que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.

Pv 16;1 Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor.

Pv 19;21 Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá.

Pv 20;24 Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?

Pv 21;1 Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer.

Jr 1;5 Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta.

Jr 10;23 Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem é do homem que caminha o dirigir os seus passos.

Fp 2;13 porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.

Ef 2;10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.

Tg 4;15 “...Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.”

Diante destas numerosas passagens que afirmam sobre o governo e o controle de DEUS sobre tudo, inclusive o homem, controle este que não se baseia no simples conhecimento do que o homem haverá de fazer (presciência), e sim em SUA atuação direta nos destinos deste mesmo homem, como dizer que nossas escolhas são reais (Livre Arbítrio), ou seja, não causadas por DEUS? Não há como negar a ação de DEUS, sua preservação e providência. O número de passagens que afirmam este controle é considerável e dar outra interpretação a elas se tornaria exercício de dificuldades insuperáveis.

Seria mais justo afirmar que DEUS faz todas as coisas que acontecem, mas ELE o faz de maneira tal que, de algum modo, garante a nossa capacidade de tomar decisões voluntárias, que tragam resultados reais e eternos, e pelos quais somos responsáveis (Livre Arbítrio).

Js 24;15 Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

Mt 23;37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!

Jo 1;12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

Rm 6;16 Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?

I Pe 5;2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;

III. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

Para ampliarmos o entendimento de Eleição e Predestinação, se faz necessário conhecermos algo sobre os Decretos de DEUS. Os Decretos de DEUS são os DIVINOS desígnios eternos por meio dos quais, antes da criação do mundo, ELE determinou realizar, eficaz ou permissivamente, tudo o que acontece. Esta doutrina é semelhante a da Providência, mas aqui estamos considerando as decisões DIVINAS anteriores à criação do mundo e não SEUS atos providenciais no tempo.

Os Decretos são os eternos propósitos de DEUS. ELE não faz ou altera SEUS planos à medida que a história humana vai se desenvolvendo; eles são inalterados, pois se baseiam em SUA sabedoria, santidade e onisciência. Originam-se na liberdade de DEUS. Ao se propor a fazer algo, o fará sem restrições de espécie alguma. A finalidade destes Decretos é a SUA glória. Seu objetivo principal não é a felicidade da criatura nem o aperfeiçoamento dos Santos, embora estas duas coisas estejam incluídas em SEUS objetivos, mas sim na glória d’AQUELE que é absoluta perfeição “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Sl 19;1. Eles se dividem em dois tipos: os eficazes e os permissivos. Por fim, os Decretos abrangem tudo o que vem a ocorrer. Incluem todo o passado, presente e o futuro. As coisas decretadas vêm a acontecer com o tempo e em séries sucessivas, mas constitui um grande sistema que, como um todo e uma unidade, foi compreendido em um eterno propósito de DEUS.

Is 14;24,26,27 O Senhor dos exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Este é o conselho que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.

Pois o Senhor dos exércitos o determinou, e quem o invalidará? A sua mão estendida está, e quem a fará voltar atrás?

Ef 1;9,11 fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs (...) nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade,

Os Decretos relativos à nossa lição estão ordenados na seguinte seqüência:

· O decreto de criar

· O decreto de permitir a queda

· O decreto de prover salvação para todos

· O decreto de aplicar a salvação para alguns; àqueles que crêem.

Com esta resumida explanação sobre os Decretos de DEUS, poderemos agora definir, com maior clareza, Eleição. Em seu aspecto redentor, Eleição é o ato soberano de DEUS em graça, pelo qual ELE escolheu em JESUS CRISTO para a salvação de todos aqueles que de antemão sabia que O aceitaria. Eleição é um ato soberano de DEUS. ELE não tinha obrigação alguma de eleger ninguém, já que todos tinham perdido sua posição diante de DEUS. Foi um ato em graça por ter ELE escolhido a quem era completamente indigno de salvação. ELE os escolheu “em CRISTO”. Não poderia escolhê-los em si mesmo por causa de sua indignidade; por isso os escolheu pelos méritos de outro. Como a humanidade está irremediavelmente morta em seus delitos e pecados e nada podendo fazer para obter a salvação, DEUS graciosamente restaura a todos os homens capacidade suficiente pra fazer a escolha na questão da submissão a ELE (Livre Arbítrio).

As Escrituras baseiam a Eleição de DEUS em SUA presciência “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas..I Pe 1;2, mas DEUS, conforme vimos quando tratamos de Providência e o seu “governo e controle nas livres ações do homem”, também predeterminou o que haveria de acontecer e que ELE mesmo asseguraria o cumprimento disso, operando eficazmente para fazer acontecer o que determinou que acontecesse “tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus, Fp 1;6 “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Fp 2;13.

A idéia de haver uma seqüencia cronológica ou mesmo lógica nos pensamentos de DEUS (presciência e determinação) fere a teologia evangélica no que tange a Doutrina da Simplicidade de DEUS onde postula que seus pensamentos não são seqüenciais, mas simultâneos. ELE não conhece as coisas de modo inferencial, mas intuitivo. Em conseqüência, tanto a presciência quanto predeterminação é uma só coisa em DEUS.

Tudo que DEUS conhece também determina. E qualquer coisa que determina também conhece. Estes dois atos de DEUS devem ser simultâneos, eternos e coordenados. DEUS é totalmente soberano no sentido de que realmente determina o que ocorre e, todavia, o homem é completamente livre e responsável pelo que escolhe.

Predestinação é o exercício eficaz da vontade de DEUS pelo qual as coisas de antemão determinadas por ELE são levadas a acontecer. Quando aplicada à redenção, significa que, na Eleição, DEUS decidiu salvar aqueles que aceitarem SEU FILHO e em predestinação ELE determinou eficazmente cumprir esse propósito; propósito de tão somente salvar àqueles que aceitarem a CRISTO. Não conferindo com a predestinação universal defendida pelo comentarista da lição.

CONCLUSÃO

Na confecção deste pequeno estudo, buscamos consultar literatura que mais se aproxima com o pensamento de nossa denominação, tentando não perder a coerência teológica. Evitamos expressar conceitos e opiniões pessoais sem o devido embasamento na Palavra, pois as finalidades do estudo são: agregar conhecimentos, enriquecer a aula da escola dominical e proporcionar ao professor domínio sobre a matéria em tela. Caso alcance tais finalidades, agradeço ao meu DEUS por esta grandiosa oportunidade.

Ev. José Costa Junior

Assembléia de DEUS em Dourados-MS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GEISLER, Norman. Eleitos, mas livres: uma perspectiva equilibrada entre a eleição divina e o livre-arbítrio – 2ª Ed. – São Paulo, SP: Editora Vida, 2005

GRUDEM, Weine A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999

HORTON, Stanley (org.). Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal – 1ª Ed. – Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.

STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática Vol II - 1ª Ed. - São Paulo, SP: HAGNOS, 2003

THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática – 3ª Ed. – São Paulo, SP: IBR, 1994