15 de junho de 2010

O significado e as bênçãos da salvação

O significado e as bênçãos da salvação

A doutrina da salvação é, ao mesmo tempo, simples e complexa. De um lado, a maioria dos cristãos pode citar João 3:16 de cor, ou a resposta de Paulo ao carcereiro de Filipos sobre o que é necessário para a salvação (At 16:31). Por outro lado, quem pode explicar como um Deus-homem santo poderia tornar-se pecado e morrer por amor a homens pecadores e rebeldes?

E essencial entender corretamente a salvação. A Bíblia coloca um anátema (maldição) sobre qualquer um (incluindo anjos e pregadores) que se atreva a ensinar um evangelho da salvação diferente daquele ensinado nas Escrituras (GI 1:8). O que, então, é a verdadeira salvação? Como ela é oferecida? Como pode ser alcançada? Quais são os seus benefícios e as suas bênçãos?

A verdadeira salvação é oferecida pelo próprio Deus pela morte sacrificial de seu Filho Jesus Cristo. Não há outro meio pelo qual alguém possa ser salvo da condenação eterna e receber vida eterna (At 4:12).

ALGUNS RESULTADOS DA MORTE DE CRISTO

Foi uma substituição pelo pecado

O significado da morte de Cristo apresenta muitas facetas, porém, a mais central sem a qual as demais não teriam nenhum sentido eterno é a substituição. Isto simplesmente significa que Cristo morreu no lugar dos pecadores. O uso da preposição grega anti ensina claramente essa verdade, pois tal preposição significa “em lugar de”. Ela é usada com esse sentido, por exemplo, em uma passagem sem nenhuma relação com a morte de Cristo (Lc 11:11). Mais significativo, porém, é seu uso em passagens que apresentam a interpretação do próprio Senhor Jesus Cristo para a sua morte (Mt 20:28; Mc 10:45). Nas palavras de Cristo, sua morte seria um pagamento em lugar de muitos.

Outra preposição grega, huper, também é usada no Novo Testamento e apresenta dois significados: em algumas ocasiões, significa “em benefício de” e, em outras, significa “em lugar de”. Sem dúvida alguma, a morte de Cristo foi, ao mesmo tempo, um ato realizado em nosso lugar e em nosso benefício, e não há razão para que huper não inclua ambas as idéias ao ser usada em relação à morte de Cristo (veja, por exemplo, 2 Co 5:21 e l Pe 3:18).

Ofereceu redenção do pecado

A doutrina da redenção é edificada sobre três palavras do NT.

A primeira é uma palavra simples que significa “comprar, adquirir ou pagar um preço por alguma coisa”.

É usada com este sentido comum e cotidiano na parábola do tesouro escondido num campo, que levou o homem a comprar (redimir) o campo (Mt 13:44). Em relação à nossa salvação, a palavra significa pagar o preço que nosso pecado exigiu para que pudéssemos ser redimidos.

A segunda palavra provém do mesmo radical do termo mencionado acima, precedido de uma preposição que lhe intensifica o sentido. Em nossa língua, o termo adquire o sentido de “pagar o preço para tirar do mercado”. Assim, a idéia dessa segunda palavra é que a morte de Cristo, além de pagar o preço do pecado, retirou-nos do mercado de escravos do pecado para nos dar plena certeza de que jamais voltaremos a ser submetidos à servidão e às penalidades do pecado.

A terceira palavra para redenção é totalmente distinta. Seu sentido básico é “soltar”, e isto significa que a pessoa resgatada é libertada no sentido mais completo da palavra. Essa libertação é obtida pela ação substitutiva realizada por Cristo (veja l Tm 2:6, onde esta terceira palavra é precedida da preposição anti); sua base é o sangue de Cristo (Hb 9:12); o resultado desejado é a purificação de um povo zeloso de boas obras (Tt 2:14). Assim, a doutrina da redenção significa que os cristãos foram comprados, libertados da escravidão e postos em plena liberdade por causa do derramamento do sangue de Cristo.

Produziu reconciliação

Reconciliar significa “mudar”. A reconciliação produzida pela morte de Cristo significa que o estado de alienação do ser humano em relação a Deus foi alterado, de modo que ele agora pode ser salvo (2 Co 5:19). Quando o homem crê, seu antigo estado de alienação de Deus é transformado, e ele se torna membro da família de Deus.

Oferece propiciação

Propiciar significa “apaziguar ou satisfazer um deus”. Isto naturalmente levanta a questão: Por que a divindade precisa ser apaziguada? A resposta bíblica a esta pergunta é simplesmente que o verdadeiro Deus está irado com a humanidade por causa de seu pecado.

O tema da ira de Deus aparece freqüentemente ao longo da Bíblia, inclusive nos ensinamentos de Cristo (Mc 3:29; 14:21). Ira não é apenas o desdobramento impessoal e inevitável da lei da causa e efeito, mas também a intervenção pessoal de Deus na vida da humanidade (Rm 1:18; Ef 5:6).

A morte de Cristo permitiu que Deus desviasse sua ira e recebesse em sua família aqueles que colocam sua fé naquele que a satisfez, Jesus Cristo. A extensão da obra propiciatória de Cristo é universal (l Jo 2:2), e a base da propiciação é o seu sangue derramado (Rm 3:25).

Pelo fato de Cristo ter morrido, Deus está satisfeito. Portanto, não devemos nem precisamos pedir a alguém que realize alguma coisa para satisfazê-lo. Isso significaria tentar apaziguar alguém que já está apaziguado, algo totalmente desnecessário. Antes da cruz, não havia como o indivíduo ter certeza de que Deus ficaria satisfeito com a oferta que lhe era feita. Por isso o publicano orou: “Ó Deus, sé propício a mim, pecador!” (Lc 18:13).

Hoje, tal oração seria desperdício de fôlego, pois Deus já foi propiciado pela morte de Cristo. Assim, a nossa mensagem aos homens hoje não deve sugerir de modo algum que eles podem agradar ou satisfazer a Deus praticando alguma ação, mas que podem alegrar-se e descansar com o sacrifício de Cristo, que satisfez completamente a ira de Deus.

Julgou a natureza pecaminosa

A morte de Cristo nos trouxe um benefício importante ao tornar inoperante o poder prevalecente de nossa natureza pecaminosa (Rm 6:1-10). Embora este conceito não seja fácil de entender, Paulo diz que nossa união com Cristo pelo batismo envolve a participação em sua morte, de modo que estamos mortos para o pecado. Esse batismo deve ser o batismo com o Espírito Santo, pois nenhuma água, independentemente da quantidade, poderia realizar o que esses versículos descrevem. A idéia de morte, tão proeminente nessa passagem, não significa extinguir ou cessar, mas, como sempre na Bíblia, separar.

A crucificação do cristão com Cristo significa separação do domínio do pecado sobre sua vida. A pergunta “Permaneceremos no pecado...?” é respondida com um enfático não, com base em nossa morte com Cristo (Rm 6:1). Isso “destruiu” o corpo do pecado. “Destruir” não significa aniquilar, pois, se fosse o caso, a natureza pecaminosa seria erradicada, um fato que nossa experiência dificilmente comprova! Antes, significa tornar ineficaz a natureza pecaminosa.

O cristão está livre, portanto, para viver uma vida agradável a Deus. Embora ainda seja possível ouvir e seguir as instigações do pecado, ele nunca será capaz de reconquistar o domínio e o controle que possuía antes da conversão,

Trouxe o fim da Lei

O fato de que a morte de Cristo trouxe o fim da Lei de Moisés é ensinado claramente no NT (Rm 10:4; Cl 2:14). A importância deste fato está relacionada com a justificação e a santificação, sendo mais fácil perceber a primeira que a segunda. A razão é que a Lei simplesmente não podia justificar o pecador (At 13:39; Rm 3:20); portanto, se os homens devem ser justificados, outro caminho precisa ser providenciado. A Lei pode mostrar ao homem a sua necessidade, mas não pode prover uma resposta a essa necessidade (GI 3:23-25). Assim, a morte de Cristo ofereceu o meio da justificação pela fé exclusiva nele.

No entanto, a relação do fim da Lei com a santificação é mais difícil de compreender, visto que certas partes da Lei de Moisés são repetidas no NT com respeito à santificação do cristão. Além disso, os mandamentos específicos repetidos no NT não provêem de apenas uma seção da Lei (como os-Dez Mandamentos). De fato, nove dos Dez Mandamentos são repetidos, assim como outras partes da Lei (Rm 13:9). Isto torna impossível dizer que a Lei foi abolida, com exceção dos Dez Mandamentos.

Além do mais, a passagem de 2 Coríntios 3:7-11 afirma claramente que os Dez Mandamentos (“gravados com letras em pedras”) foram abolidos. Como conciliar todos esses fatos? Acaso o cristão está sob a Lei no que se refere à santificação?

A única solução realista que pareceu coerente a este autor é a que distingue entre um código de leis e as leis nele contidas. A Lei de Moisés foi um dentre vários códigos que Deus outorgou ao homem ao longo da história, e

como código está abolida. O código sob o qual o cristão vive é chamado de “a lei de Cristo” (GI 6:2) ou a “lei do Espírito da vida” (Rm 8:2).

Quando um código é revogado e outro instituído, nem todos os mandamentos contidos no novo código serão inéditos e diferentes. A permissão de comer carne na lei de Cristo (l Tm 4:3) também fazia parte do código sob o qual Noé viveu depois do dilúvio (Gn 9:3).

Da mesma forma, alguns dos mandamentos específicos que faziam parte da

Lei de Moisés foram incorporados à lei de Cristo, e outros não, O código como um todo, porém, foi definitivamente revogado.

É a base para a purificação do pecado do cristão

O sangue (a morte) de Cristo é a base de nossa purificação contínua do pecado ( l Jo 1:7). Isto não significa que haja uma recrucificação ou uma imersão em sangue, com o qual o cristão que pecar será tocado, Significa que o sacrifício definitivo de nosso Senhor oferece purificação constante ao cristão quando peca. Nossa posição de membros da família de Deus é mantida pela morte de Cristo; nossa comunhão familiar é restaurada pela confissão do pecado.

ALGUNS BENEFÍCIOS DA MORTE DE CRISTO

Dentre as bênçãos quase incontáveis da salvação, há muitas que são evidentes para os cristãos, pois podem ser experimentadas, como a oração, por exemplo. Muitas outras, porém, não são experimentadas em si mesmas (embora possamos experimentar seus efeitos) e nem sempre são devidamente compreendidas. Apesar disso, são imprescindíveis para uma vida cristã exemplar.

Justificação

O fato de a morte de Cristo nos tornar aceitáveis diante de Deus é expresso em doutrinas como a redenção (Rm 3:24), a reconciliação (2 Co 5:19-21), o perdão (Rm 3:25), a libertação (Cl 1:13), a aceitação no Amado (Ef 1:6), a certeza da glorificação futura (Rm 8:30) e a justificação (Rm 3:24).

Justificar significa “declarar justo”. É um termo judicial que indica o anúncio de um veredicto de absolvição, excluindo qualquer possibilidade de condenação. De fato, nas Escrituras o termo justificação é sempre contrastado com condenação (Dt 25:1; Rm 5:16; 8:33,34). As exigências da lei de Deus ao pecador foram plenamente satisfeitas.

A justificação não se deve a nenhuma omissão, suspensão ou alteração na justiça de Deus e em suas exigências, mas ao fato de todas as exigências divinas terem sido cumpridas em Cristo. A vida de perfeita obediência à lei por parte de Cristo e sua morte expiatória que pagou a penalidade do pecado são as bases para a nossa justificação (Rm 5:9). Esta jamais poderia basear-se em nossas boas obras, pois Deus requer perfeita obediência, o que é impossível para o ser humano.

O meio para obter a justificação é a fé (Rm 3:22,25,28,30). Ela nunca é a base ou causa da justificação, mas o meio ou canal pelo qual a graça de Deus pode imputar a justiça de Cristo ao pecador que crê. Quando cremos, Deus “deposita em nossa conta” tudo aquilo que Cristo é e, assim, somos absolvidos. Logo, Deus pode anunciar legitimamente a nossa absolvição, um pronunciamento chamado “justificação”.

Adoção

Adoção é um beneficio particularmente maravilhoso da morte de Cristo para o cristão. A doutrina é ensinada de maneira mais clara apenas por Paulo. Quando, nos escritos de João, a palavra “filho” é usada para o cristão (não em relação a Cristo), por exemplo, você sempre deve pensar em filho natural, pois João não fala de filiação legal ou judicial do cristão. Somente Paulo nos revela que somos adotados como filhos. É verdade que somos filhos de Deus pelo novo nascimento, mas também é verdade que somos adotados na família de Deus.

No ato da adoção, uma criança de determinada família é tomada por uma pessoa de outra família, colocada nessa nova família e considerada filha legítima com todos os privilégios e responsabilidades inerentes a esse novo relacionamento. O quadro retratado pela filiação ou geração espiritual é o do nascimento, crescimento, desenvolvimento e maturidade; a idéia de adoção é a do pleno privilégio na família de Deus. A adoção concede um novo status àquele que recebe a Cristo. Os resultados da adoção consistem na libertação da escravidão, de tutores e da carne (GI 4:1-5; Rm 8:14-1 7), e é o Espírito Santo que nos capacita para desfrutar dos privilégios de nossa posição.

Santificação

A palavra santificar significa “separar”. Para o cristão, a santificação possui três aspectos. Em primeiro lugar, o cristão foi separado por meio de sua posição na família de Deus. A esse aspecto normalmente se dá o nome de santificação posicional. Significa ser separado como membro da família de Deus. Tal fato se aplica a todos os cristãos, a despeito de sua condição espiritual, pois é um estado espiritual (leia 1 Co 6:11 para lembrar quão carnal era a condição daqueles cristãos). Em Hebreus 10:10, fica evidente que esta santificação posicional está baseada na morte de Cristo.

Sem dúvida alguma, existe também o aspecto experimental da santificação. Uma vez que fomos separados, devemos assim mostrar-nos cada vez mais em nossa vida diária ( l Pe 1:16).

No sentido posicional, ninguém é mais santo que os demais, mas no aspecto vivencial é correto dizer que determinado cristão é mais santo ou mais santificado que outro. Todas as exortações do NT sobre o crescimento espiritual se referem a esta faceta progressiva e experimental da santificação

Em certo sentido, porém, nenhum cristão será totalmente santificado para Deus até que nossa posição e nossa prática estejam em perfeita harmonia, algo que só ocorrerá quando virmos a Cristo em sua vinda e nos tornarmos semelhantes a ele ( I Jo 3:1-3). Esta é nossa santificação futura ou definitiva, que aguarda nossa completa glorificação num corpo ressurreto (Ef 5:26,27; Jd 24,25).

Extraído de A survey of Bíble doctrine, por Charies C. Ryrie (Moody Press). Copyright © 1972 The Moody Rible Institute of Chicago.

Fonte:- Bíblia de Estudo Anotada Expandida

Por:- Evangelista Isaias Silva de Jesus Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

9 de junho de 2010

LIÇÃO 11 – A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO.

LIÇÃO 11 – A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO.

Texto Áureo: “SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim” (Salmo 131.1).

A Palavra Sucesso segundo o dicionário, sendo um substantivo masculino, vindo do latim successu, significa entre outros: Aquilo que sucede ou sucedeu; Acontecimento; Resultado bom ou mau de um negócio; Conclusão; Êxito, resultado feliz.

Por sua vez, a palavra excelência, sendo um substantivo feminino, também proveniente do latim excellentia, significa: Qualidade de excelente; Superioridade de qualidade; Tratamento devido a pessoas nobres.

BARUQUE – UM SERVO

Quando lemos um texto bíblico, até mesmo uma história, ou um comentário, principalmente diante de uma situação tão adversa quanto a existente nos dias do profeta Jeremias, tomemos muito cuidado, primeiramente com a ajuda do Espírito Santo de Deus e com meditação e leitura nas Sagradas Escrituras, e é isso que temos proposto aqui.

Sobre Baruque, não temos tantas informações assim para discorrer, sabendo que era filho de Nerias, irmão de Seraías, camareiro-mor do rei Zedequias (Jr. 51.59); e seu nome em hebraico significa “abençoado”, sendo um jovem culto e bem educado.

Pensemos desta forma, qual jovem na mesma posição de Baruque, com sonhos e projetos, uma vida inteira pela frente, que tinha liberdade de ir e vir, ao ver o país, cidade, casa em que morava, juntamente com seu pai, mãe, irmãos, família, próximo á destruição, onde as casas e muros seriam demolidos, perto de serem levados cativos... Mesmo assim dedica sua vida para não somente servir um homem de Deus, mas também ser servo de Deus... Zelando para transmitir a mensagem de Deus que recebia da boca do profeta... Mas vendo que não era aceita esta mensagem, que os próprios amigos e familiares, viraram as costas e menosprezaram a única fonte de esperança para aquele momento de dor... Qual homem, jovem, etc. que não se frustraria?

Qual era o sucesso que Baruque procurava? A fama? O dinheiro? O Reconhecimento das pessoas? ... Ou será que dentro de si tinha um clamor para que fosse aceito não a sua pessoa, mas sim a mensagem que lhes eram transmitida?...

Verdade é que o próprio Deus o instruiu para não buscar grandezas (Jr. 45.5); mas vejo isto como um atestado da parte de Deus (assim como foi para com todos os seus profetas e servos) de que não seriam aceitos diante da face daquele povo de coração endurecido.


Não esqueçamos (cito aqui os próprios tópicos da lição, até mesmo da leitura diária), que mesmo sendo um jovem de classe nobre, MAS BARUQUE ERA UM SERVO; tinha tudo para abandonar Jeremias e desviar-se dos caminhos do SENHOR, mas dedicou-se á ser um servo obediente, um arauto, que não fazia apenas um mero trabalho burocrático não, mas que nas pequenas coisas estava também sendo preparado por Deus; que era fiel nos registros transmitidos pelo profeta; que mesmo sob acusação não deixou de ler e proclamar as palavras do Deus de Israel ao ouvidos daquele povo.

O Apóstolo Paulo disse: E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2º Timóteo 3.12); e até mesmo Jesus Cristo deixou-nos esta advertência: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa” (João 15. 18-20).

Servos do Senhor Jesus, realmente enquanto vivermos neste mundo, nós seremos frustrados, seremos odiados e não seremos aceitos. E Graças á Deus por isto, pois: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4.4).

MEUS IRMÃOS, MUITOS DE VÓS NÃO SEJAM MESTRES, SABENDO QUE RECEBEREMOS MAIS DURO JUÍZO. (Tiago 3.1)

Quantos com pretexto de humildade (Colossenses 2.18); querendo ser “doutores”, mas não entendem nem mesmo o que dizem nem o que afirmam (1º Timóteo 1.7); tendo comichão nos seus ouvidos, não atentando mais para a sã doutrina (2º Timóteo 4.3); tendo aparência de piedade (2º Timóteo 3.5); estão usando o dom, o ministério concedido por Deus, para adquirirem posição e fama... Iguais os filhos de Eli, estão tornando execráveis diante do Senhor (1º Samuel 3.13).

Para entender o que estou dizendo, veja as palavras da própria bíblia:

“Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.

Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram; e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia; assim como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.

E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as autoridades. Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais, se corrompem. Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá. Estes são manchas em vossas festas de caridade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam que, no último tempo, haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências.

Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito. Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. E apiedai-vos de alguns que estão duvidosos; e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne” (Judas. 4ao23).

Quantas “estrelas” em nosso meio, mas sem brilho algum, primando pelos primeiros assentos e desejando serem chamados mestres, almejando as saudações em público, não rejeitando a veneração pelos incautos (Marcos 12. 38-40; Lucas 11. 39-52).

Mas nós os homens de Deus, vamos fugir destas coisas, seguindo a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. (1º Timóteo 6.11); vamos primar pela excelência do ministério, vamos lutar pela boa qualidade diante da igreja e perante este mundo. Vamos ver em nossos ministros o que Baruque conseguiu ver em Jeremias, e que estes ministros sejam reconhecidos assim como foi o profeta Eliseu (2º Reis 4.9), sabendo que: “Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia” (Tiago 3.17).

Servos do Senhor! “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6.9); “E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem(2º Tessalonicenses 3.13).

Vamos agir como eleitos de Deus (Colossenses 3.12); sabendo que nosso galardão está perante o Senhor.

“Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus. Eis que o Senhor JEOVÁ virá como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua face” (Isaías 40. 9 e 10).

Amém!

Thiago Rodrigues Teixeira

Professor Escola Bíblica Dominical

www.conhecendoabibliathr.blogspot.com

5 de junho de 2010

"Fofocas na Igreja"

"Fofocas na Igreja" -- Levítico 19:16-19

Penso que o motivo real porque Deus nos deixa transmitir algo sobre a "fofoca", é que esse problema de maneira nenhuma nos é estranha. Nós não somente ouvimos fofocas, também as espalhamos e nós mesmos fomos vítimas delas. E acreditem: Todas as três coisas doem ao Senhor da mesma maneira!

Quando conto adiante algo que eu deveria Ter ficado para mim, normalmente o justifico com as palavras: "Precisamos de qualquer maneira orar por fulano ou sicrano, ele tem o seguinte grave problema..." Mas então normalmente não oramos, mas falamos bastante sobre o assunto. Naturalmente sempre foi altamente interessante ficar sabendo das últimas histórias sobre uma pessoa ou uma obra.

I. O que é fofoca?

Por ocasião da nossa conversão a Jesus, deixamos os "grandes pecados" como por exemplo, mentir, roubar, beber, enganar, uso de drogas, etc. Começamos a passar nosso tempo com nossos novos amigos, falando a respeito de nosso Senhor, sobre nossa vida e sobre o que acontecem à nossa volta. Complemente inofensivo... pensamos. Mas, observemos a coisa um pouco mais de perto! Quantas vezes essas conversas estão cheias de julgamentos, de boatos, de "ouvi dizer"... escondidos cuidadosamente atrás de um sorriso cristão!

Já sabias que a bíblia fala muito sobre fofoca? E não se trata de um "pequeno pecado", como muitos de nós pensamos. Na bíblia está escrito: "...a boca perversa, aborreço" (Prov. 8:13). Deus nos ordena: "Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo." (Lev. 19:16). Ele também diz: "...aprendam também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem." (I Tim. 5:13).

E no Salmo 101:5, Deus diz: "Ao que as ocultas calunias o próximo, a esse destruirei." Deus é de opinião que pessoas tagarelas não o reconhecem, estando entregues aos seus pensamentos corrompidos. Ele equipara pessoas difamadoras com aqueles que não merecem confiança, como assassinos e aborrecedores de Deus. Ele continua, dizendo que aqueles que fazem tais coisas, sabem que merecem a morte. Mas isso não os impede de continuar a fazê-las e até a animar outras a praticá-las (Rom. 1:28-32).

Além disso as fofocas não precisam ser obrigatoriamente mentirosas. Muitos pensam: "O assunto é verdade, por isso posso contá-lo a todos." Mas isso não está certo! Dizer a verdade com falsos motivos pode Ter efeito ainda mais funestos do que falar inverdade. A seguinte definição de "fofoca" deixa isso claro: Falar algo de alguém é fofoca, quando o que é dito não contribui para a solução do problema da pessoa em questão.

II. Orientação na Bíblia

Quando somos ofendidos por alguém ou vemos que alguém vive em pecado, temos que ir a essa pessoa e a nenhuma outra! (Mat. 18:15e16). Se alguém vive em pecado, que valor teria, falar a respeito a outros? O que os outros irão fazer a respeito? Ao invés disso, é nossa tarefa reconduzir o irmão ou a irmã à comunhão com Deus. Poderias mostrar-lhe o ponto escuro em sua vida, que o Senhor gostaria tanto purificar. Se a pessoa não der ouvidos, deve-se dar outros passos. "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-lo, com espírito de bradura; e guarda-te para que não sejais também tentado." (Gal. 6.:1)

III. Envolver outros

Transmitir a outros nossas mágoas e amarguras e ouvir quando eles falam das suas, é outra área em que devemos ser bem cuidadosos. Se alguém feriu teu amigo, e este te falar da sua dor, provavelmente ficará ofendido por simpatia por ele. Então também te sentes ofendido e talvez ficas bravo com a pessoa que fez tal coisa ao teu amigo. Mais tarde é possível que os dois se reconciliem, e tudo estará perdoado e esquecido. Mas um problema permanece: Tu continuas amargurado!

Uma briga causada por um pequeno incidente, pode ter conseqüências muito amplas e estender-se por muito tempo, dependendo de quantas pessoas tomam conhecimento dela. Vês, é complemente injustificável envolver outros em tuas mágoas. Não temos o direito de ir a outro, exceto a Deus e aquele que nos ofendeu.

IV. A diferença entre aconselhamento e fofoca

Muitas vezes, fofocas e difamações são camufladas como "aconselhamento espiritual". Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente falar com conselheiro espiritual, um conselheiro espiritual é um crente maduro, que te exorta numa vida espiritual e à reconciliação, que aponta seu pecado na situação que está sendo analisada! Ele não exagera a importância da questão e não fica logo ofendido pessoalmente. A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a tua.

Na maior parte das vezes, nem procuramos seriamente uma solução quando falamos com alguém sobre um problema, mas somente um ouvinte compassivo, que também defende nosso ponto de vista. Parece-nos indiferente, quantas divisões provocamos, enquanto pudermos atrair pessoas para o "nosso lado". "Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre os irmãos." (Prov. 6:16-19)

V. "Mas estou somente ouvindo!"

Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalhá-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: "O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna." (Prov. 17:4).

Em I Samuel 24:9, Davi exorta a Saul: "Porque dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal?" Sim, porque lhes damos ouvidos?! Porque estamos tão rapidamente dispostos a acreditar o pior? Na bíblia está escrito: "(o amor) tudo espera" (I Cor. 13:7). Porque não respondemos educada mas decididamente: "Desculpe, tenho a impressão que você está contando algo, que eu nem deveria ouvir. Você deveria contá-lo ao Senhor e aquele quem se refere, mas a mim não."

Algumas exortações desse tipo, mataria em germe a maior parte das histórias de mexericos. Ao menos, elas impedirão as pessoas de vir a ti com sua conversa fiada. Talvez, assim também as estimule uma vez a pensar sobre coisas mais importantes que os assuntos de outras pessoas. A bíblia nos adverte claramente sobre o envolvimento com fofocas: "O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas com quem muito abre seus lábios." (Prov. 20:19)

VI. Um sinal de maturidade

"Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo." (Mat. 12:36). Em cada palavra que dizemos, tomamos uma decisão. Ou nos decidimos a glorificar a Deus ou a entristecê-lo, rebelando-nos contra sua palavra; "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim, unicamente a que for boa para edificação." (Ef. 4:29). Freqüentemente não levamos a sério a ordem de Deus para controlar nossa língua. Trata-se, entretanto, de uma das características de um crente maduro. Tiago diz: "Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã." ( Tiago 1:26). Sabemos que o coração é enganoso mais do que todas as coisas (Jer. 17:9), e assim seria fácil justificar desse modo nosso comportamento errado.

VII. Um pensamento final

Fofoca e difamação, são instrumentos de Satanás. Ele sabe: se consegui dividir-nos e fazer com que lutemos entre nós, estaremos muito ocupados para lutar entra ele. Temos que parar e pensar, antes de falar! Deveríamos decidir em nosso coração, nunca mais dar ouvidos a fofocas ou espalhá-las! Isso é possível pela graça de Deus e através da nossa decisão de fazer a escolha certa! Talvez tenhas que pedir desculpas a alguma pessoa. Talvez será preciso revelar amarguras e curá-las. Vai primeiro a Deus e deixa Ele ordenar teu coração! Ele também te dará forças para fazer o restante: (Apoc. 19:7)

Fonte: www.palavraprudente.com.br

4 de junho de 2010

O VALOR DA TEMPERANÇA 02

O VALOR DA TEMPERANÇA

Texto Áureo = “Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade. “ Pv 16.32.

Verdade Prática = O autodomínio é uma condição outorgada ao crente pelo Espírito Santo que o ajuda a vencer as lutas da vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:- Jr 35:1-5, 8, 18-19

INTRODUÇÃO

A lição “O Valor da Temperança” abre-nos perspectivas maravilhosas sobre como Deus nos dá meios para vencer os ataques do inimigo e para nós nos dominarmos a fim de sermos úteis ao Senhor.

1. A IMPORTÂNCIA DA TEMPERANÇA

1. Temperança é moderação. Temperança é a qualidade de quem é moderado, de quem tem autocontrole, sendo capaz de dominar seu

espírito, seus sentimentos e paixões. A Bíblia, na edição revista e atualizada no Brasil, usa a expressão “domínio próprio”.

2. A perda do domínio próprio e da criação. Desde o principio Deus entregou ao homem o domínio 8obre a criação (Gn 1.26), bem como domínio sobre o mal, pois Ele disse a Caim: “O pecado jaz à porta e para ti será o seu desejo e sobre ele DOMINARÁS” (Gn 4.7). A queda do homem tirou-lhe esta força de domínio e o escravizou, tanto debaixo do pecado (Rm 7.14; J0 8.34), como debaixo das coisas materiais. Jesus falou do homem rico que se deixou dominar pelas suas grandes colheitas e na sua avareza esqueceu de cuidar de sua alma (Lc 12.15-21). A Bíblia adverte contra o perigo de honrar e servir mais à criatura do que ao Criador (Rm 1.25).

3. A temperança restaurada. A salvação restaura na vida do homem também, esse domínio perdido. Em primeiro lugar a salvação liberta o homem da escravidão sob o inimigo (Rm 6.18-22), dando-lhe poder para dominar o mal (Rm 6.6- 13; 8.12-15). Nesta luta contra o mal Deus enriquece a vida do crente com o fruto do Espírito, cuja última expressão é a temperança (Gl 5.22).

Temperança não se refere à força de vontade de origem humana que alguns possuem e outros não, mas refere-se a um suprimento de força dado pelo Espírito Santo, com a qual o crente toma-se apto para vencer a sua própria carne, não permitindo que o mal entre na sua vida. Vamos neste comentário dividir este importante assunto em duas partes:

• Domínio sobre o mal para viver uma vida de vitória espiritual.

• Domínio sobre as coisas materiais para que elas não nos impeçam de servir ao Senhor.

II. DOMINANDO O MAL

O crente deve dominar o mal e não ser dominado por ele. A Bíblia nos oferece uma mensagem de esperança, pois diz: “Deus nos deu o espírito de domínio próprio” (2 Tm 1.7), (Bíblia de Scofield). Vejamos alguns exemplos que mostram como Deus ajuda o crente a exercer o domínio sobre o mal.

1. Daniel venceu o perigo de se contaminar. Daniel e seus três amigos foram levados cativos para Babilônia. Na escola de preparação para o serviço palaciano era-lhes determinado que comecem comidas que, conforme a lei de Deus, não lhes eram lícitas. Daniel “Assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei” (Dn 1.8). Deus o ajudou a cumprir este propósito e Daniel obteve uma grande vitória a qual lhe abriu as portas para ser uma bênção tanto para seu próprio povo como para o povo em cujo meio vivia.

A mesma coisa repete-se hoje, pois muitos crentes enfrentam imposições por parte do meio em que convivem, para que em nome de um comportamento social adequado levantem um brinde de álcool, assistam a teatros, bailes, etc. Através do domínio próprio o crente pode educadamente dizer NÃO. Idem quando o crente é convidado a participar de negócios ilícitos ou de coisas semelhantes.

2. O crente domina-se com a ajuda do Espírito Santo. O Espírito Santo ajuda o crente a ter condições de impedir que entre na sua vida o pecado que jaz à sua porta (Gn 4.7)

a. O inimigo ataca a “porta” do pensamento. A Bíblia diz que os maus pensamentos procedem do coração (Mt 15.19). Para o crente, porém, a coisa é diferente porque o seu coração foi purificado pela fé (At 15.8), e se tornou limpo (Mt 5.8). Agora, “O homem bom tira coisas boas do seu bom tesouro” (Mt 12.35). “Não pode a árvore boa dar maus frutos’ (Mt 7.18). Quando maus pensamentos querem dominar o crente, ele então deve estar ciente de que isto não procede mais do seu coração mas vem de fora, do inimigo, que desta forma deseja entrar. Pelo Espírito Santo, que ajuda no domínio próprio, o crente tem poder para dizer: “por aqui não entra”, e assim os seus pensamentos serão guardados em Cristo Jesus (Fp 4.7) (Tradução Brasileira).

b. O inimigo ataca a “porta” dos olhos, procurando através de revistas obscenas e programas imorais de TV, e até de propagandas comerciais, induzir o crente cair em tentação. Através do domínio próprio o crente diz: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3; Is 33.15). Ele prefere olhar para Jesus (Hb 12.2), e ver as maravilhas da Sua lei (Sl 119.18).

c. O inimigo procura entrar pela “porta” dos ouvidos. Assim ele fez quando falou aos ouvidos de Eva as palavras pelas quais ela caiu em pecado. O crente deve reagir, não aceitando as “más conversações”, pois elas corrompem (1 Co 15.33; Pv 17.4). O crente tapa seus ouvidos (Is 33.15), para não ouvir o mal, pois ele deseja ouvir aquilo que promove edificação (Ef 4.29; Ap 2.7; Is 50.4).

d. O crente deve vigiara “porta” dos sentimentos, e qualquer outra entrada que o inimigo possa utilizar. Assim fazendo o crente sempre terá plena vitória.

III. DOMINANDO SOBRE OS BENS MATERIAIS

O crente deve ter domínio sobre , as coisas materiais. Jesus disse:

“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6.33). necessário saber dominar as coisas materiais para que elas jamais venham a impedir a nossa vida espiritual. Através do domínio próprio o crente usufrui das coisas materias sem tornar-se escravo delas.

1. Dominando o tempo e o trabalho. O crente deve dominar o seu tempo e o seu trabalho a fim de que as suas atividades materiais não lhe roubem o tempo de oração e meditação na Palavra de Deus. Não é razoável deixar a Palavra de Deus (At 6.2).

2. Dominando-se para servir ao Senhor. O crente deve dominar- se para ter condições de servir ao Senhor. Assim como um atleta se abstém de muitas coisas para ganhar uma coroa corruptível, (1 Co 9.25), assim também o crente deve, quando necessário, abrir mão da comida, para jejuar; do descanso, para orar; do conforto do lar no seio da família, para atender o trabalho do Senhor, subjugando assim o seu corpo à servidão para ganhar valores eternos (1 Co 9.25-27).

ARMAS PARA O DOMÍNIO PRÓPRIO

Obviamente, a temperança é fruto do Espírito e, portanto, somente conseguirá ter domínio próprio àquele que possui o Espírito de Deus. Algumas religiões pregam a “meditação”, outras a “concentração”, outras os exercícios de “repetição”, algumas o jejum e outras o isolamento, para seus adeptos conquistarem o autocontrole. Claramente estes esforços tornam-se vãos, Algumas conquistas ser conseguidas na esfera do corpo ou da mente, no entanto, somente Jesus pode trabalhar no coração do homem. Algumas “armas” auxiliam o cristão a ter o domínio próprio, mais não podemos cair na ilusão de que com nossos esforços e méritos conseguiremos a temperança. Estas “armas” visam uma maior proximidade com o Senhor para encontrar nele a força para vencer. Vejam a seguir algumas atitudes que vão ajudá-lo:

ORAÇÃO -Através dela falamos com Deus e nos tornamos mais sensíveis a sua voz.
Na sua Bíblia, leia Mt 6. 5-15

JEJUM -O jejum é uma arma poderosa para auxiliar a autodisciplina, através dele nos separamos para consagrar ao Senhor, permitindo que Deus mortifique a nossa carne, santificando a nossa vida.
Quanto ao jejum, leia: Mt 6. 16-18 ; Is 58

VIGILÂNCIA -Sem ela não adianta orar e nem jejuar!
Leia: Mc 14.38

BÍBLIA –Nela está a revelação de Deus para a nossa vida e o modelo de caráter. Leia: Jo 17.17

O DOMÍNIO PRÓPRIO E O AMADURECIMENTO

Você já observou um recém convertido? Muitas vezes ele tem atitudes precipitadas, isso acontece devido ao fruto do Espírito amadurecer na vida do cristão à medida que ele busca ao se Senhor. Quanto mais amadurecido for o cristão, maior será o seu domínio próprio; não estou falando de tempo de conversão, mais o amadurecimento acontece à medida que abrimos o coração para a vontade de Deus e o obedecemos.

CONCLUSÃO:

Vimos nesta aula que o domínio próprio é uma qualidade do fruto do Espírito muito preciosa e que Deus deseja que ele exista em todas as áreas da nossa vida.
Vimos também que existem atitudes que nos aproximam mais de Deus e que, portanto, aumentam a temperança. Aprendemos também que esse domínio próprio é sinal de amadurecimento. Busquemos então uma vida de consagração para que tenhamos mais domínio próprio e sejamos sóbrios, não nos precipitando no responder ou no falar, controlando pelo poder do Espírito a nossa “velha natureza” em todas as áreas da nossa vida.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliografia

www.igrejasementedavida.com.br

Lições bíblicas CPAD 1984

1 de junho de 2010

O valor da temperança

O valor da temperança

Texto Áureo = “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” Ef 5.18.

Introdução:

Como vimos em toda lição de jeremias, a principal mensagem levada ao povo de Judá, era o arrependimento, a volta ao primeiro amor, Deus através do profeta conclamava o povo a obedecer a sua palavra. Nesta lição que ora estudaremos Deus chama-nos a atenção para o exemplo dos Recabitas, com seu exemplo de obediência e temperança em meio ao caos que viviam, eram nômades, peregrinos, andavam de terra em terra, porém, sem se misturarem com os costumes locais. E nós como estamos vivendo em meio a globalização, aos costumes mundanos? Estamos fazendo como os Recabitas conservando a sã doutrina, os ensinamentos que nos deixou nossos pais na fé, ou isso já não importa? Pensemos nisso para que venhamos a voltar os bons costumes que a palavra de |Deus nos ensina.

O que é Temperança.

A temperança é uma das virtudes ditas universais, uma dais quais propostas pelo Cristianismo. Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, "moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados".

Com essa definição está claro, a intenção do comentarista, ao analisar o exemplo dos recabitas trazendo para os nossos dias.

Lembrando que o apóstolo Paulo em sua carta aos gálatas, fala sobre as obras da carne e os frutos do Espírito, e a temperança encontra-se entre um dos fruto do Espírito. Não é um Dom, mas um fruto isso significa que não é dado, e sim, trabalhado, adquirido.

I. A origem dos recabitas

1 – Sua origem. Quando o Senhor ordenou a Jeremias que visitasse os recabitas, tinham estes já uma história de aproximadamente 250 anos. Observe que eles tinham 250 anos e se mantinham firmes as recomendações dos seus pais, será que isso não fala alguma coisa para nós assembleianos? Que, agora que vamos completar 100 anos e estamos debaixo de muita pressão para abandonar-mos os costumes, maneira de celebrar a ceia, de dirigir os cultos, os hinos da harpa cristã que muitos acham ultrapassado. De uma tribo nômade e dedicada ao pastoreio, foram pouco a pouco aparentando-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, sogro de Moisés (1 Co 2.55), até se constituírem num clã expressivo e piedoso.

2 – Seu relacionamento com Israel. Em 2 Rs 10:15-27 os recabitas entram na história do povo de Deus de maneira heróica. Jonabade, um de seus patriarcas, é convidado pelo rei Jeú a extirpar os profetas de Baal do Reino do Norte. Nesta ocasião, o recabita identifica-se como tendo um coração reto diante de Deus, vs 15.

3 – O encontro dos recabitas com Jeremias. Os recabitas encontravam-se em Jerusalém para escapar às forças babilônicas que, dentro em breve, haveriam de destruir a cidade. Jr 35:11. Na periferia desta, armaram eles tendas.

Observe que o recabitas eram fiéis as suas tradições, modo de viver, pois assim falou seus pais, conforme vs 6 e 7. e Deus querendo ensinar uma lição, não para os recabitas, mas, para Israel utilizando-se deste povo, assim Jeremias ouvindo a voz do Senhor, convida-os para um banquete na casa do Senhor vs 2.

II – O estilo de vida dos recabitas.

Em meio as trevas e as apostasias de Israel, Jonadabe sentiu o desejo de fundar uma sociedade que tinha por base a temperança, a modéstia, a frugalidade e principalmente, o temor a Deus. Mais uma vez aprendemos uma lição com os recabitas, Jonadabe ensinou seus descendentes a viverem uma vida de temor a Deus em toda e qualquer ocasião, a não misturarem-se com os outros povos, com seus costumes. Vejamos pois qual estilo de vida que eles levavam.

1. Abstinência de bebidas fortes.

Resolveram eles absterem-se totalmente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem estas nocivas à moral e aos bons costumes (Gn 9.20-23; 19.32-38). Jonadabe, bem sabia dos efeitos da bebida, pois vivia no palácio vendo o que a bebida faz no homem, deixando reis como bobos da corte quando embriagavam-se."O VINHO é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio." (Pv 20 : 1). A mãe do Rei Lemuel o aconselha a não beber "Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte;" (Pv 31 : 4).

Lv 10.8-10 E falou o SENHOR a Arão, dizendo:

Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; E para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo.

O Apóstolo Paulo escreve que os bêbados não herdarão o Reino de Deus."nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus." (I Cor 6:10)

A Bebida não escolhe cara, cor, raça, posição social, se é novo convertido ou já é um pastor experiente, todos que enveredarem por seus caminhos, estão sujeitos a expor ao ridículo e por fim perder a vida eterna.

"Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo." (Isaías 28 : 7).

O texto áureo é enfático. "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;" (Efésios 5 : 18)

A recomendação de Paulo aos Bispos. I Tm 3.1-3

ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;

Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe...

Obs. Alguns irmãos insistem em beber socialmente, dizendo que não tem nada há ver, pois o pecado está em embriagar-se, porém, eu pergunto ao amado irmão, onde fica o ensinamento da palavra de Deus quando diz “fugi da aparência do mal” a bebida é viciante, quem conhece seu organismo, se vai ou viciar, se vai continuar em apenas um copo, de uma coisa eu tenho certeza que o viciado em bebida não começou com um litro, e sim, com uma dose. Cuidado meu irmão é melhor encher-se do espírito.

2. Peregrinações.

Os recabitas para entendermos eram nômades, habitavam em tendas conforme Jr 35.7 Não edificareis casa, nem semeareis semente, nem plantareis vinha, nem a possuireis; mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra, em que vós andais peregrinando.

Os Recabitas passaram por muitos lugares, viram muitos povos, observaram muitos costumes, os mais variados possíveis, talvez foram chamados de esquisitos, ou santarrão, talvez os jovens recabitas, sofreram discriminação, dos colegas, as moças foram rejeitadas pelos rapazes, por não se vestirem como eles, em uma festa por não beberem com eles. Mas Aprendemos com este povo de costumes diferentes que eles foram fiéis aos mandamentos de seus pais, preservaram seus usos e costumes, não se deixaram levar pelos usos e costumes locais. E nós como estamos, nestes últimos dias da igreja na face da terra? Temos conservado a sã doutrina conforme os mandamentos do Senhor, ou temos nos moldados a este século, estando conformado com ele? Rm 12.2 “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos... (não tomais a fórmula do mundo).

3. Honravam a tradição de seus antepassados.

RECABITAS

ISRAELITA

Mantinham votos feitos a um líder humano

Quebraram a aliança

com o Todo-Poderoso

Obedeciam as leis que tratavam de questões temporais.

Recusaram-se

a obedecer

as leis Divinas

Obedeceram por 200 anos

Desobedeceram

por centenas de anos

Seriam recompensados

Seriam castigados

Ao contrário dos Judeus que já se haviam esquecido da Lei de Moisés e do exemplo dos patriarcas, levavam os recabitas em consideração o que lhes havia recomendado Jonadabe filho de Recabe. Observe o que o apóstolo Paulo escreve aos Tessalonicenses: Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa I Ts 2.15.

Mais uma vez é hora de repensar-nos no caminho que algumas AD tem tomado, louvo ao Senhor Jesus pela vida do Pr Jeováh Alves, da Cidade de Dourados-MS, que tem conservado a sã doutrina e os bons costumes, pois nesse Brasil a fora, tem Assembléias de Deus que não cantam mais os hinos da harpa, não tem mais aquela semana de oração antes da Santa Ceia, acredite, nem disciplina tem mais. Amados irmão não permitamos que a “modernidade” invada nossas igrejas, e nos afaste dos bons costumes, e por fim da palavra de Deus. Que exemplo maravilhoso dos Recabitas, mesmo depois de 200 anos continuaram firmes em seu propósito de não se contaminar com as coisas deste mundo. E nós das Assembléias de Deus, vamos fazer 100 anos e parece que estamos esquecendo dos bons costumes, que os nossos pioneiros tanto primaram, para que andássemos neles.

III – O Exemplo dos recabitas

O profeta Jeremias usado por Deus, chama toda a família dos recabitas a se apresentarem no templo, e na câmara de Hanã, oferece-lhes taças cheias de vinho, e ordena-lhes que bebam. Mas o chefe do clã dos Recabitas, recusa-se a fazê-lo, observe que o Exemplo partiu do chefe do clã, com isso aprendemos que o exemplo começa de cima.

Com essa atitude Jazanias o maioral dos Recabitas, sem querer está dizendo aos sacerdotes que o exemplo começa por eles, observe que Deus já havia dito aos sacerdotes em Lv 10. 8-10, que os sacerdotes deveriam afastar-se do vinho.

O mais interessante de tudo isso, é que Deus chama os recabitas a apresentarem-se no templo, e não na rua, ou no pátio dos gentios ou no pátio das mulheres, mas na câmara de Hanã, demonstrando que o concerto deveria começar pelos sacerdotes, e que Deus não estava satisfeito com a atitude deles, com a falta de compromisso com o povo dando-lhes mal exemplo, pois foram escolhidos para este ofício. Meu pastor como anda o seu compromisso e comprometimento com a igreja do Senhor Jesus? Lembre-se que foste chamado para cuidar do rebanho do Senhor, e como tal deves dar o exemplo de um verdadeiro servo, tens produzido frutos dignos de arrependimento, inclusive a temperança? Ou tens deixado levar-se pelos vícios que tão nocivos são ao teu ministério ou melhor ao ministério que Deus confiou a tí. Não abra nenhum precedente. Não se deixe contaminar seja pelo ambiente social seja pela herança cultural. Lembre-se: Noé e Ló eram muito mais piedosos e firmes do que nós. Todavia, induzidos pelo vinho, portaram-se inconvenientemente.

Conclusão:

"Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo." (I João 3 : 7) Filhinhos já é a última hora. E nestes últimos dias a igreja do Senhor Jesus precisa destacar-se pela temperança, sobriedade e vigilância. A palavra pode convencer, mas é o exemplo que arrasta. “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.”I Tm 3.7

Nossa vida deve e tem que ser pautada na palavra do Senhor, o mundo diz: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Porém o cristão é o sal da terra e a luz do mundo. Pastores, fiquem firme na doutrina, e nos bons costumes, e principalmente na simplicidade do evangelho. Ninguém tropeça em pedras grandes, mas nas pequenas. Assim é as pequenas coisas, as escondidas, derrubarão, muitos irmãos. Que o Senhor Jesus Cristo tenha misericórdia de Nós.

Elaboração por:- Pb. Josenildo Cardoso Cavalcante