15 de agosto de 2010

JOÃO BATISTA O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO

JOÃO BATISTA O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO

TEXTO ÁUREO: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Jo 1.29.

VERDADE PRÁTICA: João Batista convocou o povo ao arrependimento, confissão de pecados e retorno a Deus, bem como foi o precursor de Jesus, o Messias. A verdadeira mensagem cristã exalta a Cristo como Rei e Salvador.

LEITURA EM CLASSE == Mt 3.1-12 = Isaias 40: 3-4; = João 1: 15-29

INTRODUÇÃO

Um período de 400 anos havia passado entre o último profeta do V. Testamento, chamado Malaquias, e João Batista. Foi ele chamado o período do “silêncio profético” Como uma estrela que aparece na mais escura e tempestuosa noite, assim apareceu o profeta João Batista pondo fim àquele período entre os dois Testamentos. Primo de Jesus veio seis meses antes que ele, como a “Voz que clama no deserto”, para preparar os corações daquela gente que aguardava o Messias, mas que estava habitando em regiões de sombra da morte. Is 9.2. João Batista era o precursor dessa luz que é Jesus Cristo. Seu ministério foi de importância fundamental, visto que não sendo ele a Luz, dizia: “aquele que vem &pós mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar, ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Esse do qual ele falava era Jesus.

O autor do Evangelho de João apresenta o precursor de Jesus da seguinte maneira: Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João (1.6). Foi à melhor descrição possível de João Batista. Ele foi realmente enviado por Deus, portador duma mensagem celestial, a qual ele com todo empenho entregou ao povo no poder do Espírito Santo. Nessa época de sequidão espiritual, o povo de Israel foi despertado pelo arauto do Messias. O governo romano mudara sua sede para Cesaréia, à beira-mar. Muita política havia entre os fariseus e os saduceus. As idéias sobre o Messias eram mais teóricas do que reais. Alguns mestres opinavam que se toda pessoa em Israel se arrependesse, então viria o Messias; mas ninguém esperava acontecer tal coisa. Ocupar-se com as tradições era mais fácil do que corrigir sua vida, ao justificarem suas iniqüidades. Portanto, a nação precisava dum homem poderoso como João que, à maneira dum Elias, despertasse o povo do perigoso sono espiritual em que havia caído. João não chamou a atenção para sua própria pessoa, mas sim para o Messias prometido por Deus.

I. A VOZ PROMETIDA

II.

1. A voz por Deus. Setecentos anos antes do nascimento do Cristo, o profeta Isaias predisse a vinda daquele que precederia o Messias. O capítulo 40 do seu livro inicia com muitas profecias messiânicas.

Logo adiante, vêm as maravilhosas promessas do capítulo 53, que se referem à salvação e à libertação do pecado. A voz que prepararia o caminho do Messias seria João Batista.

2. O caminho para Deus. Na antiguidade, antes que um rei visitasse seus domínios, um grupo de trabalhadores ia adiante dele, limpando, consertando e aplainando as estradas. Assim foi o ministério de João Batista, o precursor de Cristo, e assim devemos nós também preparar o caminho para Cristo entrar nos corações dos perdidos. Para tanto, é preciso remover os obstáculos do coração, afastando o orgulho e o egoísmo. E de um modo completo, o arrependimento dos pecados. E Deus dará então o avivamento espiritual e a bênção em geral.

O mesmo capítulo (40.9-12) afirma: “Eis aqui está o vosso Deus” (v.9). Sim, Ele vem como o “Bom Pastor” (Jo 10.14); como aquele que domina a natureza (Lc 8.25); como aquele que dá poder aos fracos e vista aos cegos. Jesus quando veio pregou as boas novas aos mansos; sofreu em nosso lugar e chamou a todos a aceitarem a salvação (Mt. 11.28).

As bênçãos divinas serão nossas se crermos em Jesus, segundo a revelação divina. Desde Malaquias, o último profeta literário do Antigo Testamento, até o aparecimento de João Batista, houve um período de cerca de quatrocentos anos de silêncio profético, conhecido como PERÍODO INTERBÍBLICO, no qual a voz de Deus não se fez ouvir. Durante esse período, Israel viveu debaixo do domínio estrangeiro, primeiramente dos persas, depois dos gregos, e por último dos romanos. Entre o domínio grego e o romano, Israel obteve uma curta Independência através da revolta dos Macabeus (167 - 63 a.C.) chefiada pelo velho sacerdote Matatias, na qual tomaram parte seus filhos João, Judas, Eleazar, Simão e Jônatas. Em 63 a.C. a luta pelo poder, entre os dois irmãos Hircano II e Aristóbulo II, resultou numa sangrenta guerra civil que teve como conseqüência a perda da independência de Israel.

Nesta ocasião, Roma, com seu poderio militar, já dominava várias nações. Pompeu, general romano, intervém na guerra fratricida, captura Jerusalém e submete-a ao domínio romano. Daí em diante como parte da província romana da Síria, a Palestina teve vários governantes, até que foi dividida em seis distritos:

Judéia, Samaria, Galiléia, Peréia, lduméia, Ituréia. Foi do deserto da Judéia, em meio ao caos político-religioso, que veio o Batista, um estranho personagem de características semelhantes às do profeta Elias, pregando a vinda do Messias. E, conclamando o povo ao arrependimento, batizava nas águas do Jordão os que a ele vinham.

II. A VOZ QUE CLAMA

1. O testemunho de João a respeito de Cristo. Jo 1.14 mostra que Jesus no seu ministério terreno revelou a glória de Deus, estando ele cheio de graça e verdade.

João chamou a atenção do povo para esta glória, e humilhou-se a si mesmo dizendo-se indigno de desatar as correias das sandálias de Cristo. Reconheceu também que, embora tivesse nascido primeiro, Jesus era preexistente; era desde a eternidade (Lc. L36; Jo 1.1,2; 8.58).

2. O testemunho de João experimentado. Os discípulos tiveram confirmado em sua experiência de salvação, o testemunho de João. Embora não podendo ver a Deus, começaram a entender como Deus é ao caminharem com Jesus e ouvirem as suas palavras. Jesus é Deus Ele tomou forma humana, não para ocultar sua divindade, mas sim para revelá-la aos homens (Fp. 2.7). Ele pôs de lado (esvaziou-se) os direitos e privilégios divinos e celestiais, mas não abdicou de suas divinas qualidades e atributos. A glória divina revelada em Cristo não é apenas aquela maravilha revelada no Monte da Transfiguração, mas também as suas divinas qualidades de amor, bondade, graça e verdade. Jamais outra pessoa revelou em toda plenitude essas qualidades, nem mesmo Moisés. Moisés viu e revelou algo da glória de Deus, mas o povo não pôde suportá-la (Ex. 33.18; 34.30). Mas em Cristo todos podemos contemplar e experimentar o favor e a bondade de Deus; graça sobre graça, sempre renovada e abundante. Aleluia! (Jo 1.16-18). Jesus pode revelar Deus porque Ele é Deus.

3. O testemunho de João questionado. Embora João estivesse pregando no deserto da Judéia, as multidões afluíam para ouvi-lo. A sua pregação destemida e poderosa despertava esperança no povo. Em princípio, os líderes não o ouviam, mas quando o despertamento espiritual alcançou a nação, uma comissão de líderes foi enviada para entrevistá-lo. Uma pessoa menos piedosa e consagrada se sentiria lisonjeada ao deparar com tão importante comitiva que procurou, com hipocrisia, persuadi-lo de sua importância pessoal. Assim fazem os formalistas, focalizando a atenção sobre o mensageiro e esquecendo-se da mensagem que ele conduz.

João deixou bem claro que ele não era Elias, nem o profeta predito por

Moisés (Dt 18.18,19), nem o Messias, e nem Jeremias ou algum dos profetas do Antigo Testamento, ressuscitado. Não. João era apenas uma “voz”. O mensageiro não importava, mas sim a sua mensagem. Como precursor, seu papel era o de focalizar toda a atenção sobre o Cristo que logo havia de aparecer, Façamos todos assim também e acabemos de uma vez com a bajulação e com a exaltação do homem, e exaltemos a Deus!

O fato de o Batista ser chamado de Elias tem sido, para muitos, ponto de discussões teológicas, por não terem maiores esclarecimentos sobre o que seja uma figurada retórica. João Batista foi chamado de Elias em sentido figurado, tal como nós muitas vezes damos a alguém o nome da pessoa com quem ela tem características físicas ou morais semelhantes. “Por exemplo: “dizemos de um indivíduo muito inteligente, ‘Fulano é um Rui Barbosa”, ou ainda de um grande compositor ‘Este rapaz é um Carlos Gomes” e assim por diante.

O Batista não podia ser a “reencarnação” de Elias, como querem alguns, pois este foi trasladado ao céu sem ter morrido (II Rs. 2.1-12) e se João Batista fosse o antigo profeta, ou outro qualquer, não teria negado sua identidade quando interrogado pelos sacerdotes e levitas de Jerusalém (Jo 1.19-23). Ele era tão somente “A voz que clama no deserto”. De Elias mesmo, o Batista possuía alguns traços de semelhança moral e física, tais como:

a) Caráter firme e destemido. Sabia quem era para o que viera, e o que tinha a fazer, estava fazendo integralmente, sem temer reações das autoridades ou do povo (Mt. 3.7-10). Compare com Elias (I Rs. 18.15-40);

b) Humildade (Mt. 3.14; Jo 1.25,29; 3.23). Quanto ao aspecto físico:

Elias (II Rs. 1.7,8); João Batista (Mt. 3.4). Além disso, a Bíblia declara o princípio universal que diz: “Aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27). Ela não fala em “reencarnação”, mas sim de ressurreição dos que “dormem no pó da terra”, isto é, dos mortos justos e injustos (Dn. 12.2; Jo 5.28,29; Ap. 20.4-6, 11, 15).

4. O testemunho de João confirmado. João respondeu às interrogações dos fariseus, declarando que eles entenderiam a razão do seu ministério de arrependimento e batismo, uma vez que conhecessem Aquele que já estava entre eles, porém ainda desconhecido. João centralizou sua mensagem na pessoa de Cristo, exemplo que também devemos seguir. Nos versículos 32 a 34, João Batista declarou que Deus confirmaria a importância do seu batismo, e que esse batismo seria aceito por Ele como preparação para uma realidade muito maior, isto é, o batismo com o Espírito Santo. A Bíblia faz menção de vários batismos, alguns em linguagem literal, outros, porém, em linguagem figurada. Vejamos alguns:

1) Batismo de arrependimento (Mc 1.4). Foi o batismo pregado por João Batista antes do ministério público de Jesus, e foi transitório e de caráter nacional, isto é, só para o povo judeu. Não tendo nada a ver com a Igreja de Cristo. Prova disso é o fato que Paulo batizou os novos convertidos de Éfeso em nome de Jesus, quando estes já haviam sido batizados no batismo de João (At. 19.1-5).

2) O batismo dós cristãos (Mt. 19). Ordenado pelo próprio Cristo. E para todos os que crêem em seu nome, e por isso mesmo é de caráter universal e ministrado como rito inicial aos que ingressam na Igreja de Cristo. Sua forma, como indica o próprio sentido do termo grego “baptismos” (que significa mergulhar), deve ser efetuado por imersão completa do batizando em água, corrente ou não, e simboliza o sepultamento da velha vida anterior no pecado. Ao ser emerso (levantado) das águas, o novo convertido está testemunhando que, havendo morrido para o pecado, está agora “ressuscitando” para uma nova vida em Cristo Jesus.

Quanto à fórmula, o próprio Jesus a estabeleceu: “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt. 28.19).

3) Batismo com o Espírito Santo (Mt. 3.11; Mc 1.8; Lc. 3.16; Jo 1.33). Batizar com o Espírito Santo é prerrogativa do Senhor Jesus Cristo, conforme o próprio Batista afirmou, que tem como objetivo principal conceder poder para que o crente seja Sua testemunha com toda ousadia, em todo tempo e em todo lugar (At.1.8) principal conceder poder para que o crente seja Sua testemunha com toda ousadia, em todo tempo e em todo lugar (At. 1.8).

III. A PREPARAÇÃO DO CAMINHO.

1. João, o Arauto Prometido, Mt 3.3. Aproximadamente 700 anos antes, o profeta Isaías, predisse a vinda de João Batista, descrevendo, as características de seu ministério. Ele é chamado Batista, porque batizava em água, e não por outra razão. Nos tempos antigos, era costume os reis era suas viagens serem precedidos por arautos que avisavam e conclamavam o povo a preparar o caminho por onde o rei haveria de passar. Gn 41.41-43; Et 6.8,9.

Foi exatamente isso que João Batista veio fazer, como arauto de Jesus Cristo; preparar o caminho para Jesus passar. Não um caminho ou estrada que conduzisse a Jerusalém, mas o caminho espiritual. Ele veio preparar o coração do povo para receber o Messias, Mt 3.3.

2. João, Um Homem Diferente. Mt 3.4. João Batista foi um homem diferente. Sua roupa, sua comida, seu modo de vida, faziam-no semelhante ao profeta Elias, que também se vestia e viva de maneira rústica. (II Rs 1.8; Lc 1.17).

3. O tema da mensagem de João Batista. Mt 32. João pregava urna mensagem veemente e direta na qual dizia: Arrependei-vos.. Era um estilo dos profetas antigos falarem diretamente ao pecador, conclamando-os para que mudassem de vida.

4. Arrepender-se, quer dizer: Mudar de atitude, de pensamentos, de maneira de viver. E o único caminho indicado para o bom relacionamento com Deus. Jesus também usou esse estilo de pregação. Mt 4.17. De igual modo os apóstolos. At 2.38; 17.30. Como as estradas antigas que eram muito tortuosas, assim era a vida daquela gente. Em nossos dias não há diferença. Tal qual estradas que precisam ser endireitadas, assim é a vida do pecador.

IV. A PROCLAMAÇÃO DA MENSAGEM.

1. A Afluência do Povo, Mt 3: 5. Apesar de proclamar urna mensagem enérgica e direta aos corações, João Batista conseguia arrebatar multidões que para ele acorriam. Não era eloqüente no sentido da oratória, nem era de aparência pessoal muito atrativa. Sua roupa era diferente das que usavam os moradores das cidades. Era de pelo de camelo. Viveu antes em reclusão, Lc 1.80. Contudo sua fama espalhou-se rapidamente de tal maneira que de todas as cidades vinham caravanas para ouvi-lo tanto de Jerusalém como de toda a Judéia. Não falava para agradar, mas falava com autoridade divina. Pela primeira vez em quatro séculos, ali estava um profeta anunciando a chegada do Messias prometido. A esperança que quase se extinguira começou a acender-se outra vez;

2. O Que Atraiu o Povo, Mt, 3.5,6. A mensagem de João Batista era cheia de verdade, e ele, desprovido de qualquer vaidade pessoal, Ele não chamou a atenção do povo para sua pessoa, mas levou-os, a olharem para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jo 1.29. Aquele que era maior do que ele.

Os fariseus e saduceus também foram ter com João Batista. Lá chegando, viram uma coisa que deve tê-los espantado.

O povo atendia ao apelo de João, e numa demonstração de arrependimento, eram batizados no rio Jordão. Aquilo deve ter deixado perplexo aqueles religiosos de fachada.

Certamente a ida daqueles (fariseus e saduceus para falar com João era mais uma maneira de aparentarem sua religiosidade, procurando interesses pessoais. João, pelo Espírito Santo, sabendo de suas mazelas e malícias, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi pois frutos de arrependimento. E não presumais em vós mesmos dizendo: Temos por pai a Abraão.. Mt 3.7-9. Pregadores há que pregam para agradar determinados grupos, Esses tais não teriam recebido Jogo Batista naqueles dias. Ele não pregava para agradar. Pregava a mensagem que recebera de Deus.

3. Uma Mensagem Sem Acepção de Pessoas, Mt 3.9. O Evangelho não faz acepção de pessoas. Exige de todos a mesma atitude: arrependimento.

Os israelitas e especialmente os lideres, orgulhavam-se de descenderem de Abraão. Seu parentesco com ele, não lhes dava imunidade nenhuma contra o pecado. Tão mortos espiritualmente estavam esses líderes, que João teve que lhes dizer que Deus poderia fazer até das pedras do deserto, filhos de Abraão! Que coragem de João proferir tal denúncia contra os mais elevados lideres em Israel! As vezes é isso mesmo que tem que ser dito.

4. O Batismo - Símbolo de Arrependimento, Mt 3.11. Nunca antes tal procedimento havia sido exigido em Israel. A lei exigia circuncisão, guarda do sábado, sacrifícios e outras coisas, mas batismo em água, aquela era a primeira vez. A mensagem de João sobre a ‘necessidade do arrependimento, foi bem dramatizada pelo batismo que ele efetuava nas águas do Rio Jordão. Quem se arrependia considerava-se como morto à vida de outrora. João trouxe consigo uma mensagem diferente, e dois tipos de batismos. Um em água para arrependimento; outro com o Espírito Santo, para revestimento de poder Ele dizia: Eu batizo com água... mas Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo... Lc 3.16.

Eis ai uma coisa que muita gente não entende. Misturam arrependimento e poder numa mesma vasilha. Ambos são diferentes. Arrependimento é mudança de atitude, é vida nova. Poder é força. é coragem, é dinamismo, é capacidade para vencer. Tudo isso da parte dê Deus, O batismo com Espírito Santo é diferente do batismo em água. O primeiro, um ministro de Deus pode efetuar; o segundo, só Jesus. O batismo de João simbolizava o arrependimento, mas o batismo desse Outro seria um batismo mais poderoso! Seria o batismo com o Espírito Santo, e com fogo! O fogo é um símbolo muito próprio da obra do Espírito Santo em purificar a vida da pessoa, pois o fogo queima qualquer impureza.

O Espírito Santo, limpa e faz a vida da pessoa alcançar novas dimensões em Deus, Ele comunica calor e poder à vida espiritual que nunca antes a pessoa conheceu.

V. A APRESENTAÇÃO DO REI, Mt 3.13-17.

Que momento de extraordinária alegria foi para João quando ele viu Jesus se aproximando do Rio Jordão. E para ele foi grande a surpresa quando Jesus lhe pediu que O batizasse. Mas o Espírito Santo testificou ao coração de João que essa Pessoa era de fato o mui prometido Messias:

1. Jesus Apresentado como o Messias. Foi quádrupla essa apresentação

a. João O apresentou como o Messias, Jo 1.29-34

b. Jesus apresentou-se a Si mesmo, Jo 1:51.

c. O Espírito Santo apresentou-O descendo como pomba sobre Ele, Jo 1.32,33.

d. O Pai apresentou-O testificando dEle, Mt 3,16,17.

VI. O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA = JOÃO 1.15-18,27,29-34

O apóstolo João constituiu-se em o maior apologista do Cristianismo. Por isso, fez questão de mencionar em seu evangelho o testemunho de João Batista a respeito do Messias, com o objetivo de combater os discípulos do precursor de Cristo que aumentaram em quantidade, e não admitiam ser Jesus o Filho de Deus. Registramos nesta lição o testemunho de João Batista, o qual convenceu dois de seus discípulos que o deixaram e seguiram a Jesus, pois acreditaram ser Ele o Messias, o Filho de Deus, o Salvador do mundo. João Batista fez questão de falar aos sacerdotes e levitas, enviados pelos judeus de Jerusalém, para lhe perguntarem sobre a sua procedência, que não era o Messias, tão esperado por todos, mas Somente o arauto, ou seja, o que anunciava a chegada do Salvador do mundo.

1. “O que vem depois de mim é antes de mim” (1.15). Quando lemos Lucas 1.37, constatamos que João Batista, como ser humano, era mais velho que Jesus em tomo de seis meses, conforme as palavras do anjo Gabriel: “E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e este é o sexto mês para aquela que era chamada estéril”,.

Se levarmos em consideração que a concepção de Cristo deu-se no versículo 38, quando Maria declarou sua aceitação de ser a mãe do Salvador. Por isso, não é um paradoxo a afirmação do filho do sacerdote Zacarias:

“O que vem depois de mim é antes de mim”, pois ele se, referia à existência eterna do “Verbo” divino. Mencionamos, na lição anterior, que o “Verbo” é preexistente, ou seja, Ele é Deus antes de estabelecer todas as coisas (Jo 1.3); participou da criação do homem. (Gn .1.26); confundiu a língua humana (Gn 11.7); apareceu (pré-encarnado), acompanhado de dois anjos, a Abraão (Gn 18.1-3) salvou os três companheiros de Daniel de serem mortos na fornalha ardente de Nabucodonosor. (Dn 3.24,25).

2. “A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (1.17). João Batista, através deste versículo, estabelece o divisor de águas entre a Lei, representada por Moisés, e a Graça, estabelecida pelo Filho de Deus.

a) A Lei condena (Dt 32.46,47). Ninguém foi capaz de se salvar por intermédio da Lei, pois todos os regidos por ela, a transgrediram, inclusive Moisés, considerado o grande legislador. Ele desobedeceu a ordem divina de apenas falar à rocha, que figurava Cristo, e não feri-ia, irado com os murmuradores (Nm 20.10-12). Bastava apenas descumprir um só dos mandamentos, para ser transgressor dos dez.

b) A Graça redime (Rm .23-25). Jesus foi o único que cumpriu toda a Lei e, por isso, estabeleceu uma nova dispensação, por meio da qual todos têm acesso à vida eterna (Ef 2.8). Agora, o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1,7). Se, diariamente, arrependidos, confessarmos os nossos pecados ao nosso Pai celestial, Ele, que nos justificou, através da morte vicária de seu Filho, purifica-nos de toda transgressão.

3. “Deus nunca foi visto por alguém” (1.18). João Batista prova a seus interlocutores, através deste versículo, a deidade de Cristo. O próprio Jesus deixou patente a Filipe, um de seus apóstolos, que Ele e o Pai formavam uma unidade perfeita e quem o via, contemplava também a Trindade (Jo 14.8,9).

Deus jamais fora visto por alguém, pois sabia que, por causa do pecado, o homem não suportaria a sua glória. Moisés, que possuía íntima comunhão com Jeová, desejou, ardentemente, vê-lo face a face, mas o Senhor não permitiu, pois ele não resistiria (Ex 33.20-23). O “Verbo”, no entanto, encarnou-se, e permitiu que todos o vissem e sentissem como o Emanuel (Is 7.14).

4. “Não sou digno de desatar a correia da alparca” (1.27). Apesar do tempo que se passara, quase setenta anos depois, o Espírito Santo lembrou ao apóstolo João (lo 14.26) aquela notória colocação do precursor de cristo: “Não sou digno de desatar a correia da alparca”, não somente por causa de sua humildade, mas pela sua impossibilidade de servir, senão por intermédio da misericórdia do Senhor, pois ele estava diante de Deus, um fogo consumidor (Hb 12.28,29).

O propósito das nossas lições, neste trimestre, é o de mostrar aos alunos da Escola Bíblica Dominical que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, em consonância com o desejo do apóstolo João de escrever o seu evangelho,no fim de sua vida, em avançada idade, quando pastoreava a igreja em Éfeso, em tomo do ano 95 d.C., para combater as heresias dos que achavam impossível a encarnação do “Verbo” (2 Jo 7).

VII. O EFEITO DO TESTEMUNHO DO BATISTA

Alguns estudiosos afirmam que João Batista exerceu o seu ministério durante, apenas, 12 meses, no decorrer de um ano sabático, ocasião em que a terra descansava, a fim de recobrar a sua vitalidade. Por isso, os judeus podiam ouvi-lo e batizar- se no rio Jordão, durante os dias úteis da semana No entanto, ele sabia que a sua missão era a de apenas preparar os corações, para ouvirem a mensagem de salvação, anunciada pelo Filho de Deus que estava na eminência de chegar.

Ao avistá-lo, testificou, com veemência: “Eis o Cordeiro de Deus” (1.29), diante dos sacerdotes e levitas que o foram interrogar. No dia seguinte, quando se encontrava sozinho com dois de seus discípulos, ao contemplar, novamente, Jesus, voltou a declarar: “Eis aqui o Cordeiro de Deus” (1.36).

1. A decisão dos dois discípulos (1.37). Os dois discípulos ficaram tão convictos daquela verdade, que deixaram o mestre e seguiram a Jesus. Como dissemos na lição passada, um deles chamava-se André, irmão de Pedro, e o outro, provavelmente, João, o evangelista, que não quis se identificar pelo nome, devido sua humildade, O testemunho de João Batista surtiu profundo efeito em suas vidas, e tiveram a certeza de ser aquele o “Verbo” divino que viera ao mundo para salvar a humanidade, irremediavelmente perdida (Hb 2.11).

1. O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA - II

Lucas escreve sua história, depois de se informar “minuciosamente de tudo desde o princípio’ v.1. Foi seu alvo levar seus leitores a ter plena certeza da Mensagem divina, v.4. Começa, portanto, narrando os acontecimentos na ocasião do nascimento do precursor de Cristo,João Batista, cuja vinda foi profetizada pelo último profeta do Velho Testamento, cap. 1.1-4.

2. O PREFÁCIO DE LUCAS AO SEU EVANGELHO, 1.1-4.

Essa introdução é uma verdadeira jóia da língua grega, em que o livro foi escrito, e merece a nossa solene meditação. E como se entrássemos no gabinete de um célebre historiador que nos mostrasse importantes documentos, preciosos manuscritos, livros raros e tudo que empregasse para produzir uma obra verídica, útil, prática e que há de adquirir grande fama através dos séculos.

3. A CONCEPÇÃO DE JOÃO BATISTA = 1.24,25

1.24 - “E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu e, por cinco meses, se ocultou, dizendo:

25 - “Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.

Por cinco meses se ocultou (v.24): Isabel ocultou-se até quando o evento se tornou evidente? Ou se ocultou para orar e adorar?!

4. PREDITO O NASCIMENTO DE JESUS = 1.26-38.

Foi no Éden que Deus prometeu à humanidade caída um Libertador, Gn

3.15. A promessa foi repetida a Abraão, Gn 22.18. A mesma promessa foi dada novamente por intermédio de Jacó, na hora da sua morte, Gn 49.10. Através dos séculos foi repetida pelos profetas, Is 11.1-5; Mq 5.2; Dn 9.25; etc. Lucas narra, com palavras santas, o anúncio a Maria da concepção e do nascimento de Jesus, o Libertador. Esta narrativa é importantíssima, a coroa de toda a profecia. Nela se descobre o supremo mistério da fé cristã, isto é, a natureza do Cristo humano e divino. Lucas, muito mais que qualquer outro dos Evangelistas, recorda o ministério altamente amoroso e variadíssimo de mulheres.

E no sexto mês (v.26): No sexto mês depois de conceber a envelhecida Isabel, vv. 24,36. Os acontecimentos da terra são atenciosamente cuidados por Deus.

5. O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA = 1.57-66.

A história do nascimento de João Batista é o relato dos acontecimentos na ocasião do nascimento de uma “candeia que ardia e alumiava” a Igreja de Deus.

Que tinha Deus usado para com ela de grande misericórdia (v.58): Foi grande misericórdia para com Isabel porque:

1) Ela ficou livre do “opróbrio entre os homens” de não ter filhos,

2) Sua família foi engrandecida, especialmente sendo família de sacerdotes dedicados a Deus,

3) Isabel era velha. Se uma jovem mãe, com o primogênito nos braços louva a Deus com gozo indizível, quanto mais a idosa Isabel com seu filhinho, o precursor do Messias. Felizes são as famílias que assim reconhecem a misericórdia de Deus em conceder-lhes o nascimento de filhos.

O seu nome é João (v.63): Zacarias, por causa de sua incredulidade, ficou mudo, v.20. Mas, ao confessar publicamente sua fé, declarando que o seu filho devia ter o nome dado pelo anjo, “logo a boca lhe abriu’ v.64. E com a nossa manifestação de fé que Deus nos pode abençoar com gozo mais sublime e testemunho mais largo. No caso de Zacarias, ele foi cheio do Espírito Santo e proferiu palavras tão sublimes que são contadas depois, através dos séculos, pelo povo de Deus.

VIII. O CÂNTICO DE ZACARIAS, 1.67-80.

O canto de Zacarias é cântico de fé, de esperança, de gratidão; é hino de salvação pelo amor de Deus em Jesus Cristo, nosso Senhor. Chama-se o cântico de Zacarias o Benedictus, da primeira palavra do canto no latim. E uma expressão extática da gratidão do pai de João Batista, na face da superabundante bondade de Deus.

Foi cheio do Espírito Santo (v.67): Zacarias nesta ocasião, foi cheio até transbordar. Deus não somente lhe perdoara o pecado da incredulidade; honrou-o maravilhosamente na Sua grande misericórdia.

Zacarias... profetizou (v.67): Naquele tempo, os dons do Espírito Santo foram “emprestados” apenas a alguns dos filhos de Deus mais abençoados. Todos nós, porém, depois do Pentecoste (At 2), podemos profetizar, 1 Co 14.3 1. Mas nos convém que seja, todas as vezes, como nestes exemplos de Isabel, Maria e Zacarias, para magnificar o nome de Deus e jamais para engrandecer a nós mesmos.

Libertados.., o serviríamos... (v. 74): Enganam-se muito os que pensam que Deus os salvou meramente para se sentirem satisfeitos e contentes.

Tais sentimentos não são dignos da graça de Deus. Os que vivem somente para comer são egoístas e glutões, são adoradores de seus próprios estômagos. Comemos para viver diante de Deus, para amar o próximo, para trabalhar por Cristo em prol de Sua causa. Somos salvos para servir, libertados.., o serviríamos., todos os dias da nossa vida, vv. 74,75.

E tu, ó menino... (v.76): Zacarias não disse: “E tu, meu filho...” O velho sacerdote tomado pela grandeza de Deus, reconhecia somente seu parentesco Àquele maior que qualquer dos dois.

Hás de ir ante a face do Senhor (v.76): Os que andam ante a face do Senhor pregam como moribundos prevenindo moribundos. Certo pregador foi informado, pelo diretor da penitenciária onde devia pregar, que dois dos ouvintes, ocupando cadeiras enlutadas tinham de cumprir sentença de morte, logo após ouvir seu sermão. O pregador, certamente, não falou com leviandade nem se elogiou a si mesmo. Lembremo-nos de que há ouvintes, em muitos de nossos cultos, ocupando cadeiras cobertas de luto.

O Oriente do alto (v. 78): O sol nascente das alturas (ARA). O Messias é o Sol da justiça (Ml 4.2); A Estrela da alva (2 Pe 1.19); a resplandecente Estrela da manhã (Ap 22.16). Todas são expressões figuradas, que salientam o glorioso fato de Ele ser a Luz do mundo Jo 8.12.

Observem-se seis nomes de Cristo no primeiro capitulo de Lucas: Senhor, vv. 17,43 e 76. Jesus, v.31. Filho do Altíssimo, v.32. Filho de Deus, v.35. Altíssimo, v.76. O Oriente do alto, v.78.

O menino crescia e se robustecia em espírito (v.80): Encontra-se neste versículo a história abreviadíssima de meninice de João Batista. Desenvolvia-se tanto em espírito como em corpo.

E esteve nos desertos (v.80): Apesar de ser filho de sacerdote não foi ao templo para ministrar perante o Senhor, como fizera Samuel. Foi destinado a preparar

caminho para sacerdócio melhor. Nos desertos havia oportunidade de ter íntima comunhão com Deus. Não cremos que vivia como eremita, separado de toda a convivência dos homens, mas que residia em uma das casas isoladas, em um deserto como o de Maom, mencionado na história de Davi, no deserto, 1 Sm 23.24,25.Todos nós não podemos morar no deserto, como João, mas podemos passar tempo, diariamente, sozinho, com o Senhor. Acerca de oração nos desertos, lede cap. 5.16; 6.1; 9.28; 22.39-46; At 16.13; Ex 33.7; Dt 9.15-10.

Até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel (v.80): Vivia nos desertos, com Deus, até a idade de tinta anos (compare cap. 3.23) quando lhe veio a palavra de Deus e a Voz começou a clamar no deserto.

CONCLUSÃO

Na atualidade, o evangelho de João precisa ser mais evidenciado em nossas igrejas, a fim de que os cristãos vejam os movimentos adversos, os quais não condizem com a Palavra de Deus, e não se escandalizem, pois as contendas e as discórdias são tantas que muitos já não acreditam ser Jesus o “Verbo” encarnado, por causa das heresias que são ensinadas (At 20.29,30), e desviam-se do caminho da verdade, ou estão fracos na fé. Esquecem-se que, propositada- mente, Jesus sustentou a vida de seu servo João, enquanto todos os outros de sua geração foram martirizados. Cumpriu-se, literalmente, o que Cristo dissera a Pedro, a respeito dele (Jo 21.21,22), ou seja, ele só partiria para a eternidade, quando o visse glorificado na ilha de Patmos (Ap 1.9), onde se encontrava exilado, ocasião em que recebeu mensagens profundas sobre os acontecimentos futuros.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliogragia

Espada Cortante volume 2 – Orlando Boyer

Lições bíblicas CPAD 1980

Lições bíblicas CPAD 1995

10 de agosto de 2010

OS FALSOS PROFETAS 2

OS FALSOS PROFETAS 2

TEXTO ÁUREO = “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade; como na presença de Deus” ( 2 Co 2.17 )

VERDADE PRÁTICA = A atual multiplicação de seitas falsas e seus falsos profetas é um evidente sinal dos últimos dias.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, por falta de maior espaço, abordaremos três igrejas falsas: O movimento Só Jesus, o Tabernáculo da Fé, e o Moonismo. Todos três “deixando o caminho direito, erraram”, como diz 2 Pe 2.5 e têm conduzido muita gente ao erro, mesmo bem intencionados como são, O grupo Só Jesus é também conhecido por Nova Luz, e Igreja Pentecostal Unida; dividiu- se de Assembléia de Deus em 1914. Organizou-se em 1917 sob John Scheppe, nos Estados Unidos.

O Tabernáculo da Fé teve seu início organizado em 1946,por William Branham, dai ser também conhecido por Branhamismo. Antes de 1946 os falsos ensinos do grupo já eram difundidos, mas sem organização formal. Teve origem nos Estados Unidos.Quanto à seita falsa do Moonismo, é de índole oriental e surgiu na Coréia em 1954, fundada por Sun Myung Moon. É mais conhecida por Igreja da Unificação.

1. CRENÇAS E ATIVIDADES

1.O movimento Só Jesus. Sabélio, um bispo da África do Norte, no Século 3 foi o primeiro a perverter a doutrina da Trindade. Agora no Século 20, são várias as perversões surgidas, desta doutrina, como já vimos nesta série de lições. John Scheppe, mencionado na Introdução, afirma que em 1913 teve uma revelação específica de Deus sobre esta doutrina. Ele passou a ensinar que o batismo em água era parte da salvação, e que para “nascer da água” ( Jo 3.5) a pessoa terá que ser batizada em água. Além dos apropriadas referências bíblicas já apresentadas do Deus Triúno, aqui estão mais algumas: Gn 1.1 Hb 26; 3.22; 11.2; Is 6.8; Mt 3.16,17; 28.19; Jo 14.16; 1526; Is 6.8; 2Co 13.13; 1 Pe 1.2.

Crê e ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são urna única pessoa, a saber, Jesus.

Os textos mais debatidos são Mt 28.19 comparado com At 2.38. O primeiro diz “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. O segundo diz: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Partindo daí, eles batizam com água só “em nome de Jesus”.

a. Eles afirmam ainda que o título divino Senhor Jesus Cristo,como em At 16.31, corresponde aos nomes do Pai, Filho, e Espírito Santo.

b. Textos que revelam Jesus e o Pai como pessoas divinas distintas: Jo 1.1; 2Jo v.2; At 7.55,56; Ap 3.21. Em 1 Tm 2.5 vemos que se Jesus é o mediador entre Deus é o homem, logo Ele não é o mesmo que Deus o Pai.

c. Eles ensinam que Deus consiste em única pessoa, apenas com diferentes manifestações. Citam Dt 6.4 e Mc 12.29. O termo “único” em Dt 4.6 é “ echaci” que no original é um substantivo coletivo, indicando pluralidade.

d. João 17.21. Aqui Jesus ora ao Pai para que todos os crentes sejam um. É porventura a Igreja uma única pessoa? De medo nenhum; somos milhões, Em que sentido, pois, devemos ser um? Em desejo, vontade, espírito, sentimento, propósito, etc., como temos em Ef 4.3- 6, Assim, na Trindade há três pessoas que são ao mesmo tempo uma.

e. Mateus 28.19 e Atos 2.38. Em Mt 28.19 temos da parte de Jesus a fórmula do batismo, bem como a autoridade para batizar, Mas palavras: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, No sentido bíblico, a expressão “em nome de” tem muito mais peso do que em nossas línguas da atualidade. “Nome”, tanto no hebraico, como no grego denota autoridade, poder, honra, caráter. Aqui temos a autoridade divina para batizar; a autoridade contida no nome do Deus Trino. A fórmula para o ato do batismo nós a temos na expressão completa: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

Em At 238 ternos apenas a autoridade expressa para batizar: “em nome de Jesus”; isto porque, das três pessoas da Trindade foi Ele quem ensinou sobre isso, estando comissionado para isso, conforme Mt 28.18; Fp 2.6-11. E não é só em At 2.38 que temos apenas a autoridade divina para batizar: temo-la também em At 8.16; 10.48; 19.5.

f. O batismo não salva. Ele deve ser um testemunho da salvação.

(a) “nascer da água”, em Jo 3.3, significa nascer de novo (espiritualmente) por instrumentalidade da Palavra de Deus (Ef 5.26; 1 Pe 1.23);

b)”nascer do Espírito”, em Jo 3.5 é nascer de novo, pela instrumentalidade do Espírito Santo (Tt 3.5);

c) 1 Pe 3.21 “Agora vos salva, batismo”, Este versículo deve ser estudado à luz do v. precedente (v.20). Ali falada água física do dilúvio, através da qual foram salvos da morte Noé e sua família. As condições essenciais à salvação são a fé em Cristo, e, o arrependimento de coração (Mc 1.15). A fé honra a pessoa de Deus, de onde vem a salvação, e o arrependimento honra a lei de Deus que foi ultrajada pelos nossos pecados.

2. O Tabernáculo da Fé. Esta igreja é chamada também Branhainismo devido ao seu fundador William Branham. Ensinam que Jesus é um ser criado, e portanto Ele não é o eterno Filho de Deus. Branham começou suas atividades por volta de 1933. Em 1946, ele conta que viu um anjo, o qual conferiu-lhe o poder de curar. Escreveu o livro AS SETE ERAS DA IGREJA, no qual ele fixa o ano de 1977 para o começo do Milênio, e mais outras coisas similares. Nada disto aconteceu. Não se deve confundir Branhamismo com Brahmanismo. Este último vem de Brahma, a principal divindade pagã dos antigos hindus. São muitas igrejas que já perderam membros para o Branhamismo, e que sofreram divisões por causa dos seus falsos ensinos.

3. O Moonismo. É populannente conhecido por Igreja da Unificação. O Moonismo não faz parte do Cristianismo, nem da Igreja como corpo de Cristo. Urna tática muito comum deles é persuadir e aliciar membros de igrejas evangélicas, e levá-los a causar uma divisão na congregação para conseguirem mais simpatizantes e enfraquecer a igreja local, Moon espalha por toda parte que sua missão é completar a obra de Cristo, e que numa visão que ele teve de Cristo, recebeu dele ordens para isso. Ele foi excluído da Igreja Presbiteriana da Coréia.

O Moonismo é uma potência financeira, e como chegou a isso e consegue manter-se assim é uma longa história de meios excusos. O próprio fundador ora cumpre sentença judicial em prisão, por lesar o fisco dos Estados Unidos.

a. Literatura. Usam a Bíblia apenas para impressionar o público. O livro que eles tem como inspirado é o “Princípios Divinos”, escritos por Moon.

b. Filiação à Igreja. A preferência deles é pelos jovens de ambos os sexos, a quem os líderes ministram um curso secreto de iniciação, verdadeira lavagem cerebral, e a seguir procuram meios de interná-los, separando-os de suas famílias.

É proibido esses jovens comunicar-se com seus familiares, A obediência aos pais passa a ser conforme os preceitos de Moon. Os moonistas não se identificam, para mais facilmente enganar suas vítimas Para atrair os estudiosos e profissionais, costumam realizar congressos científicos e nacionais e internacionais com todas as despesas pagas, mas não dizem quem são.

c. Principais ensinos falsos. Afirmam que Moon é o Messias de Deus que veio completar a obra que Jesus não terminou porque foi morto. Para falar disso, eles misturam passagens bíblicas com o livro Princípios Divinos, escritos por Moon. Esse livro é a principal fonte de autoridade espiritual do Moonismo. A interpretação da Bíblia é toda pervertida para adaptar-se ao conteúdo do livro Princípios Divinos. Há rituais e normas nitidamente satânicas para desestruturar a família, pondo-a fora do plano divino, conforme nos ensina a Bíblia. Isso tem resultado em reações violentas da sociedade cristã e secular conta o Moonismo.

2. FALSOS MESTRES = (2 Pe 2.1-22)

Heresias (2 Pe 2.1-3)

Nas ultimas linhas do capitulo 1, Pedro menciona a “palavra profética” falada da parte de Deus por homens movidos pelo Espírito Santo. No primeiro versículo do capítulo dois, ele relembra a seus leitores um outro “tipo” de mensagem que apareceria entre os crentes. Trata-se das heresias destrutivas dos falsos mestres. Por estranho que pareça, elas surgem, também, na Igreja (“entre vós”). Por esta razão o crente descuidado ode facilmente ser enganado. Ele precisa estar sempre alerta neste sentido.

Preparando os crentes, Pedro descreve cuidadosamente os falsos mestre sobre quatro aspectos;-

1. Seu Método

2. Sua Mensagem

3. Sua Motivação

4. Sua Maldição.

Método

Diz o texto que eles introduzem dissimuladamente ( encobertamente) “heresias destruidoras” (2.1). Isto implica que não agem publicamente, mas, ensinam em “cultos” particulares, clandestinos, inclusive nos lares. Paulo denunciou o mesmo problema advertindo em suas cartas contra os que entram nos lares para ensinarem outras doutrinas e desviarem da verdade, famílias inteiras (2Tm 3.6).

Mensagem

A mensagem de tais mestres tem dois elementos principais: atacar a natureza divina de Cristo. Quanto ao primeiro, Pedro afirma que estes homens chegarão “... ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou (2Pe 2.1). Isto não significa que tal rejeição é feita somente por palavras e declarações. Esses falsos mestres se apresentam como crentes de grande maturidade e grande conhecimento espiritual, mas, seu modo de viver contradiz suas palavras.

O segundo aspecto do ensino falso é que elem toma o lugar de Deus ao homem, e nega a inspiração divina das Escrituras. Estes homens “... farão comércio de vás, com palavras fictícias...” (2Pe 2.3). Eles, astutamente, forjam histórias e ensinos que desviam os ouvintes da salvação de suas almas. Seria fácil identificar esses falsos mestres se eles rejeitassem publicamente a Cristo, mas seu ensino é realizado as escondidas. Quando um crente notório diz ser portador de conhecimento especial ou de revelações divinas, muitos podem ser enganados ao aceitarem novas doutrinas como a que permite viver no pecado sem qualquer condenação (2Pe 2.2).

Quando um crente peca abertamente e continua assim, sem qualquer demonstração de remorso ou a n me o, “caminho da verdade” é blasfemado (infamado) ( 2 Pe 2: 2 ).

Motivação

A motivação desses falsos mestres é a avareza, um desejo anormal ou extremo de ter e possuir cada vez mais daquilo que já se tem. Freqüentemente trata-se de cobiça do dinheiro, de fama e de poder. Avareza é o que leva esses falsos mestres a se interessarem somente por sua própria pessoa e não pelo “rebanho de Deus”. Compare este trecho com João 10.11-13.

Maldição

Finalmente Pedro fala sobre a maldição que há de vir sobre esses hereges. O seu fim será a destruição, mesmo parecendo que o seu julgamento demora (2Pe 2.3).

Julgamento de Deus (2 Pe 2.4-9)

O julgamento de Deus não falha quando consideramos seu padrão estabelecido nas Escrituras. Nem os anjos escaparam do juízo de Deus quando pecaram. ( 2Pe 2: 4 ) O mesmo Deus não julgará também, o homem. O julgamento do mundo nos dias de Noé é prova de que Deus há de julgar o homem, não importa quantos estejam envolvidos no pecado. Ainda que toda a humanidade comete pecado, ainda que toda a humanidade comete pecado, Deus julgará cada pessoa individualmente ( 2Pe 2: 5)

Os casos dos dias de Noé, de Sodoma e Gomorra demonstram que, ainda que o julgamento divino pareça demorado em começar e o pecado se multiplique assustadoramente, por fim o Senhor efetuará o Seu julgamento. Os julgamentos ocorridos no passado servem de exemplos para os de hoje e do futuro (2Pe 2.6).

Mas, Pedro acrescenta que “... o Senhor sabe livrar da provação os piedosos ( 2 Pe 2. 9 ). Nos casos de Noé e Ló, como crentes eles se afligiam, por causa do vil pecado que prevalecia a sua volta, mas o Altíssimo os guardou (2Pe 2.7,8).

3. FALSOS PROFETAS = (I Jo 4.1-6)

Provai os espíritos ( I Jo 4.1-2)

Nestes versículos temos um assunto vital para a vida da Igreja e do crente individualmente. Trata-se de provar os espíritos, isto é, sua procedência.

João percebera que alguns crentes estavam aceitando qualquer ensino e, também, qualquer manifestação espiritual. Deste modo, influências e doutrinas nocivas que pareciam certas e justas estavam destruindo a fé.

Muitos na igreja estavam recebendo de braços abertos os falsos profetas, sem antes verificar que eles eram falsários ou não. Os apóstolos estava alertando, por ação do Espírito Santo, os crentes dos seus dias e de todas as épocas, para serem cautelosos nesse sentido. É possível os crentes serem enganados pelo inimigo. Daí, Deus ter guiado João a escrever esta mensagem. O perigo continua em nossos dias. O apóstolo amado os adverte: “... não deis crédito a qualquer espírito...” Isto envolve a pessoa do enganador, sua doutrina, os princípios e ensinos do mesmo. Provai (testai, examinai, verificai) os espíritos! Eles podem ser provados segundo maturidade, sabedoria e graça do crente; pela Palavra de Deus, pelo fruto e dons do Espírito Santo.

Por que provar os espíritos? Duas razões para se provar os espíritos:

1. Para ver se procedem de Deus;

2. Têm saído muitos falsos profetas pelo mundo afora.

Se não procede de Deus, o crente deve no mesmo instante rejeitar e repreender tal espírito e sua falsa doutrina. Uma maneira de reconhecer esses “espíritos” é observar sua confissão de fé a respeito de Jesus. Todo espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus. Uma paráfrase diz o seguinte: “Todo espírito que confessa abertamente que Jesus veio em carne e é Cristo, tem sua origem em Deus.” Podemos ver nisto, que a encarnação de Cristo é central e vital à fé cristã.

Na sua primeira admoestação contra os anticristos, em 2.18-29, João diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, que nega o Pai e o Filho”. Um dos ensinos dos gnósticos daqueles dias era que no homem, a matéria só contém-maldade e que somente o espírito é bom. Isto leva à conclusão de que Jesus não poderia ser Deus encarnado, porque Deus é espírito e desta forma, sendo Ele bom, não podia ter nada com a carne, uma vez que a matéria só contém maldade. Este ensino filosófico anula a doutrina da redenção e salvação, uma vez que somente através do sangue remidor de Cristo Jesus é que obtemos perdão dos nossos pecados.

O espírito do Anticristo = ( I Jo 4: 3 )

A prova fundamental de que um espírito é verdadeiro é a sua confissão de que Jesus Ci 1 veio em carne, isto é, como homem. E evidente que além dessa confissão, precisamos verificar seu sistema de doutrina e seu testemunho cristão autêntico. A prova fundamental do espírito falso é sua negação de que Cristo veio em carne. Tal pessoa não procede de Deus, Esse é o espírito do Anticristo.

Observe que é o “espírito” do Anticristo e não o próprio Anticristo. Este espírito teve origem em Lúcifer, quando ele se rebelou contra Deus para ficar acima dele. Esse espírito de rebelião prevalece desde então no mundo.

Aqueles que são de Cristo sabem que há uma batalha espiritual se travando. Esta batalha se intensifica cada dia e incluí cada membro da Igreja do Senhor. A peleja entre a santidade mundanismo, a luz e as trevas, a verdade e a mentira, está aumentando. Um dia, o espírito do Anticristo será personificado num ser humano que será o verdadeiro Anticristo, o falso messias enviado de Satanás. Talvez, já esteja vivo por aí, apenas aguardando o tempo da sua manifestação (2Ts 2.3-9).

Maior é o nosso Deus ( I Jo 4: 4-6 )

“... sois de Deus”, diz João. Depois ele se inclui no grupo: “... somos de Deus!” Somos dEle e temos vencido estes falsos espíritos ou profetas. Somos vitoriosos contra o mal porque maior é o nosso Deus que em nós habita, do que enganador e príncipe das trevas que está no mundo. Isto prova que o mundo pecador não faz parte de nós. Há uma distinção, uma separação.

Deus está conosco e através dEle temos vitória. Mas, não podemos esquecer da luta espiritual e nos tornar indolentes e acomodados. Se facilitarmos seremos arrastados pela força do mal e levados para dentro do círculo da mentira.

Nossa total dedicação ao Senhor é de suprema importância. Nossa oração diária deve ser: “Pai, permanece em mim; ocupa todo o meti coração com a tua verdade. Envolve a minha vida com teu amor e teu poder. Assim, serei vencedor e continuarei a crescer e a produzir frutos abundantes para o Teu reino. Amém.”

4. A IDENTIFICAÇÃO DO VERDADEIRO PROFETA DE DEUS

MEDITAÇÃO NOS CAPÍTULOS 1 2, 1 3, 14. 11 DE EZEQUIEL

CAPITULO 12. 1-20

(Tema: o homem de Deus servindo de sinal para o povo)

a) o profeta servindo de sinal, v.6,11. Incluía cavar um buraco na parede da sua casa, tirar os móveis às escuras, levando no ombro, v.3-7;

b) Deus queria com isto chamar a atenção de Israel para o cumprimento

das profecias que vinha falando, ao povo que se tornara indiferente: “bem pode ser que reparem nisso”, v.3, tudo porque o povo tinha se tornado “casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve”, v.2;

c) O profeta revelava por seus gestos e conduta o que logo aconteceria ao

rei Zedequias, o que “endureceu a cerviz”, 2 Rs 25.4; 2Cr 36.13-16.

CAPÍTULO 12.21 ao 14.11 (Tema: A atitude do povo com relação às profecias e aos profetas)

a) dois provérbios foram cunhados naqueles dias pelo povo: “Prolongar-seão os dias, e perecerá toda visão? v.22, e “A visão que este vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe”, v.27. Ou seja, o primeiro demonstrava total descrença nas revelações e mensagens proféticas; o segundo, até cria nas mensagens, porém diziam que não aconteceriam já, era para tempo distante;

b) Certamente pelo fato do profeta Jeremias ter profetizado durante trinta anos sobre os juízos divinos que se aproximavam, fez com que o povo fizesse “ouvido de mercador” Jr 1.2-3;

c) Deus responde a ambos: “Não será mais retardada nenhuma das minhas palavras, e a palavra que falei se cumprirá, ...” v.28;

CAPITULO 13 (Tema: Características do profeta falso)

a) profetizam “o que vê o seu coração”, v.2, “seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram “, ( imaginação) v.3. a imaginação é a faculdade de inventar, de criar inerente a todos os humanos, Gn 6.5, Pv 23.7 “Porque, como imaginou na sua alma, assim é;” Sl 2.1, Mq 2.1 “Ai daqueles que, nas suas camas, intentam a iniquidade e maquinam o

mal; ...”

b) “vêem vaidade e adivinhação mentirosa”, v.6-8. Definindo: vaidade (Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice) e adivinhar

1. Conhecer ou descobrir, por meios sobrenaturais ou artifícios hábeis, o que está oculto em (o passado, presente ou futuro).

2. Descobrir por interpretação, indução, conjetura, intuição, etc. Adivinhação (Arte de conhecer por meio sobrenaturais, sendo esta muito comum em quase todos os povos. A idéia quase universal é que certos deuses, ou certos espíritos, têm conhecimento, escondido aos homens, mas que, sob certas condições, esses espíritos ficam prontos a revelar);

c) A Bíblia aponta para os vários meios de adivinhar: astrologia ou

astromancia, pela observação dos astros, Is 47.13, Hidromancia, pela observação de líquidos, Gn 44.5, Necromancia, pela evocação dos mortos, Dt 18.11, Rabdomancia, pela varinha mágica, Os 4.12, Sonhos, costume de adivinhar, dormindo junto à sepultura do antepassado, Dt 13.1; Is 65.4, Sortilégios, adivinhação por meio de lançar sortes, Mt 27.35, Belomancia, por meio de flechas, e Hepatoscopia, por mio da inspeção do fígado do animal sacrificado, Ez 21.21;

d) Tais profetas são chamados por Deus de “loucos”, 13.3, e comparados a “raposas nos desertos”, 13.4, isto é, são nocivos e destruidores;

e) Tinham as “profetisas” que usavam determinados tipos de adereços nas roupas para “caçarem (Perseguir (animais silvestres) a tiro, a laço, a rede, etc., para os aprisionar ou matar) as almas”, 13.18. Na igreja de Tiatira tinha Jezabel, “que a si mesmo se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos...”, Ap 2.20;

f) A característica mais distintiva do verdadeiro para o falso profeta, é que, o falso, procura agradar o ouvinte, notadamente se tem interesse material, pois, disse o Senhor, “profetizam de Jerusalém e vêem para ela visão de paz, não havendo paz, ”, 13.16, o que leva a entristecer o justo, não havendo Deus o entristecido, e animado o ímpio, não havendo Deus o animado, 13.22. O profeta Jeremias teve um combate com o falso Hananias , Jr 28; porém, Deus não deixou Jeremias envergonhado.

CAPITULO 14.1-11

( Tema: o Juízo de Deus contra os falsos profetas e os que lhe procuravam)

a) é estabelecida uma identidade entre o profeta falso e a pessoa que o procura, mesmo para ouvir a Palavra de Deus, v.10;

b) o juízo de Deus se manifestaria em o consulente ouvir a mensagem que quer ouvir, e não a verdadeira mensagem, v.4,5,7 “eu, o Senhor, vindo ele, lhe responderei conforme a multidão de seus ídolos, para que possa apanhar a casa de Israel no seu coração”, como conseqüência da alienação (alienar: afastar-se, distanciar-se; tornar-se alienado; manter-se alheio aos acontecimentos)de Deus ;

c) a verdadeira mensagem de Deus ao pecador: “convertei- vos, e deixai os vossos ídolos, e desviai o vosso rosto. . . ”, v.6.

5. OITO CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.

Que tipo de pessoa era o profeta do AT?

(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus e que se tomava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.

(2) O profeta, por estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus. E em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus. Como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

(3) À semelhança de Deus, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (ver o livro de Lamentações). Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.

(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a Ele. Eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos. E nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações. Conforme o seu concerto estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.

(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado. E do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7 Am 8.4-7; Mq 3.8):

Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus. O profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência como mal, complacência, fingimento. E desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1).

Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão. E do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota).

(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo. Procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Pemanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a sua justiça manifestadas no povo de Deus.

(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição. (e.g., 63.1-6; Jr 11.22-23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27

Bem como em restauração e renovação (e.g., 61-62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37).

Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias

(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17-18; 20.14-18; Am 7.10-13 = Jn 3-4). perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11: Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus. Não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliografia

www.adesal.org

Lições bíblicas CPAD 1992

Livro As Epistolas Gerais EETAD

Livro As Epistolas Paulinas - EETAD

Bíblia de Estudo Pentecostal