18 de outubro de 2011

COMO ENFRENTAR A OP0SIÇAO À OBRA DE DEUS?

COMO ENFRENTAR A OP0SIÇAO À OBRA DE DEUS?

TEXTO ÁUREO = “Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles(Ne 4.9).

VERDADE PRÁTICA = Não devemos nos amedrontar com os que se opõem à obra de Deus, porque o Senhor está conosco e por nós batalha.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Neemias 4.1-9.

INTRODUÇÃO

Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles. ( Ne 4.6)

A oposição aos homens de Deus é comum em qualquer igreja local. É preciso oração e sabedoria para enfrentá-la. Jamais haverá, na face da terra, um líder que faça a vontade de Deus sem despertar opositores ao seu ministério. Isso porque nem Jesus Cristo, o maior dos lideres, agradou a todos. Os “Sambalates” da vida estão em todas as igrejas locais.

O homem de Deus pode realizar grandes obras. Pode esforçar-se pelo Reino de Deus e desgastar-se trabalhando pela Igreja do Senhor Jesus, mas sempre haverá o grupo de opositores sob a liderança de algum “Tobias” ou “Gesém” que procurará prejudicar sua liderança. Entretanto, como aconteceu com Neemias, Deus dá sabedoria, graça e unção, a fim de conduzir-se diante da igreja local e neutralizar a ação dos opositores.

Ninguém pode igualar-se ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no que diz respeito ao desenvolvimento de seu ministério, realizações, obras extraordinárias demonstradas em salvação, curas, libertação e até ssurreiçã0 de mortos. Tudo o que Ele fez foi admirável, sobrenatural e impactante à luz de todas as realizações conhecidas na face da terra. No entanto, a oposição contra Jesus foi de caráter terrível. Como se não bastasse a antipatia de alguns homens, havia também a oposição espiritual. Mas Ele soube enfrentá-las, consciente de sua missão.

No caso de Neemias, no período da restauração dos muros de Jerusalém, portou-se como verdadeiro líder. Um administrador digno de ser referência para os obreiros do Senhor em todos os tempos e lugares. Não se deixou vencer pelas críticas, mas suportou bravamente todos os embates dos seus opositores. Não foi levado pela tentação do poder ou da fama. Neemias trabalhou com ousadia, humildade, determinação e fé.

Os inimigos de Neemias parecem com as pessoas que jamais se juntam aos homens de Deus, mas são usados pelo maligno para inquietar, dificultar e desanimar os que estão à frente da obra do Senhor. Contudo, vamos refletir sobre o exemplo do líder da reedificação de Jerusalém, buscando inspiração para o nosso trabalho na igreja do Senhor.

Oposição Ferrenha

A ira dos adversários. “E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito...” (Ne 4.1). Como vimos no comentário anterior, Sambalate era o líder da oposição a Neemias. Tinha um cargo importante em Samaria. Os samaritanos, historicamente, sempre foram adversários dos judeus.  A princípio, ele e seus comparsas usaram táticas intimidatórias para dissuadir os servos de Deus de continuarem a obra da reconstrução dos muros. Que estratégias eles usaram?

Insinuaram rebelião. Mesmo com todo o cuidado e a prudência de Neemias em manter o silêncio a respeito de seus planos, os inimigos tomaram conhecimento de que uma grande obra estaria para começar em defesa do remanescente de Israel que voltara do cativeiro babilônico. A oposição começou logo. “O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?” (Ne 2.19).

A questão levantada pelos opositores era muito grave. Estariam os judeus tentando rebelar-se contra o rei da Pérsia? Sem informar- se a respeito da autoridade concedida ao servo de Deus, o adversário levantou-se com força usando a insinuação caluniosa a fim de intimidar o líder e seus liderados. Naquele tempo, quando um povo dominado por uma nação ou um império se rebelava, o castigo era terrível, o dominador enviava seus exércitos e arrasava a cidade e destruia o seu povo, não deixando pedra sobre pedra. Os líderes da rebelião eram mortos, degolados, enforcados ou esquartejados publicamente.

A ira dos adversários era violenta. Sambalate vociferava contra os edificadores. “E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-1hes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Os inimigos ficaram felizes ao verem “os montões de pó e as pedras que foram queimadas”. Na reverberação de Sambalate pode-se ter uma ideia rápida de corno se encontravam as ruínas das muralhas de Jerusalém.

Qual a causa da ira dos inimigos de Israel? Muitas, sem dúvida. Mas a principal, certamente, era a inveja. Ficaram admirados como em tão pouco tempo os muros e as portas da cidade foram sendo restauradas! Os judeus eram um pequeno número, mas demonstraram uma união visível que chamou a atenção. Eles viram a competência e a capacidade administrativa de Neemias e seus companheiros, logo arderam em ira e inveja.

A resposta à insinuação caluniosa. Neemias não se intimidou. Tinha consciência de que não estava conspirando contra a autoridade de Artaxerxes. Muito pelo contrário, tinha em mãos cartas e credenciais para promover a reconstrução dos muros de sua cidade natal, a terra de seus pais.
Soube responder de forma precisa à insinuação mentirosa. “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos...” (Ne 2.20).

Normalmente, nas igrejas, quando surgem calúnias contra a liderança ou contra algum membro, temos a tendência de apenas orar e deixar as coisas acontecerem. Mas em muitos casos é necessária uma resposta firme e enérgica. Confiar em Deus é indispensável; orar é preciso, entretanto faz-se necessário confrontar o difamador a fim de que ele assuma a responsabilidade pela sua calúnia ou difamação.

Temos consciência de que nas igrejas locais as pessoas que cometem adultério, fornicam e roubam são disciplinadas, mas não é comum vermos a disciplina aos “Sambalates” quando caluniam prejudicando os líderes ou os membros da congregação. Serão dois pesos e duas medidas?

A Crítica dos Adversários

Além de expressar publicamente a sua indignação contra os edificadores dos muros de Jerusalém, os adversários usaram a arma da crítica e da zombaria contra eles, e, em especial, contra Neemías, a fim de provocar um clima de abatimento entre os que queriam trabalhar.

Sambalate “...escarneceu dos judeus” (Ne 4.1). Além de Sambalate, outro inimigo declarado expressou sua maldade. “E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra” (Ne 4.3). Há um provérbio antigo que diz: “Iguais com iguais facilmente se congregam”. Tobias e Sambalate eram da mesma estirpe. Juntamente com Gesém, uniram-se para prejudicar o trabalho do homem de Deus e dos que queriam trabalhar ao seu lado.

O conteúdo das críticas. Sambalate ficou furioso com o sucesso dos edificadores. “E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2).

1) Desprezo. “...que fazem esses fracos judeus?” Dava ideia de fraqueza entre os judeus. Os edificadores estavam por demais ocupados na obra, mas suas famílias circulavam pela cidade e ouviam as críticas dos adversários. Poderiam temer pelo êxito da construção. Isso ainda acontece hoje. Há pessoas que menosprezam o trabalho dos que se esforçam pela obra do Senhor. Contudo a Bíblia tem palavras de ânimo para os edificadores do Reino de Deus. Jesus disse a Paulo:


“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co 12.9). O profeta Joel teve a percepção correta diante da fraqueza: “Forjai espadas das vossas enxadas e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte” (JI 3.10).

Quando o crente, obreiro ou leigo, se julga forte em si mesmo, em seu orgulho pessoal, não tem o poder e o apoio de Deus em sua vida e nos seus projetos. Muitos grandes ministérios, de fama nacional ou internacional, fracassaram por causa da “fortaleza” de seus líderes fundamentada no dinheiro e na fama (Tg 4.6). No entanto, quando o servo ou a serva de Deus considera-se fraco em si mesmo, e confia em Deus, pode declarar: “Diga o fraco: eu sou forte”. Outra extraordinária promessa para os que se consideram fracos ou são humilhados diante do inimigo é: “Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as Vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15.7).

2) Escarnecimento. “Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu muro de pedras...” Os adversários estavam perplexos. Dentro de poucos dias, os muros, que estavam literalmente no chão, já podiam ser vistos sendo erguidos com presteza. O que fazer para desanimar os edificadores? A ameaça não funcionou. A calúnia não atingiu o seu objetivo. Eles trabalharam arduamente na reconstrução. Sambalate e Tobias apelaram para a crítica e zombaria, tendo como objetivo desqualificar o trabalho de Neemias e de seus amigos.

O que mais os inimigos faziam era depreciar o trabalho dos edifica- dores, ainda que edificassem seu trabalho não teria valor. Qualquer intempérie derrubaria a obra na visão dos invejosos e inimigos. Certamente, os adversários se enganam quando avaliam o potencial de uma comunidade unida e determinada sob liderança de um homem usado por Deus cheio de poder e sua unção. Eles observavam as condições precárias do trabalho e a dificuldade em se obter material.

3) Oposição ao culto a Deus. “Permitir-se-lhes-á isso. Sacrificarão?...” (Ne 4.2). Os inimigos sabiam que quando o povo adora a Deus é vitorioso. Lembravam-se da antiga Jerusalém cheia de glória e poder nos áureos tempos em que o povo de Israel obedecia a Jeová e lhe rendia culto todos os dias. Tinham consciência de que por causa do pecado enfrentaram toda a tragédia que os levou ao cativeiro.

Estavam revoltados com a reconstrução. Sabiam que se Jerusalém fosse reconstruída plenamente seus inimigos não prevaleceriam. O Templo já fora reconstruído, mas o culto estava prejudicado, pois os muros da cidade estavam arruinados. Não havia segurança suficiente para que se adorasse a Deus em paz.
Não é por acaso que hoje há uma tática sub-reptícia do Diabo contra o verdadeiro culto a Deus nas igrejas locais.
Com astúcia e artimanhas, ele consegue incutir na mente de muitos pastores e líderes de igrejas para que deixem os muros de proteção abertos. Os muros do ensino estão arruinados em muitos lugares e a sã doutrina bíblica, devocional e ortodoxa é desprezada.

Em seu lugar, o que se ouve são mensagens vazias de unção e cheias de técnicas psicológicas de manipulação das mentes. Mensagens de auto ajuda, de caráter humanista e triunfalista, do tipo: “você é vencedor...”; “você não pode ser pobre”; “crente não fica doente”; “dê tudo para a obra, e Deus lhe dará cem vezes mais”; “você não precisa orar, basta crer!” Frases e jargões como esses têm influenciado muita gente.

Em muitas igrejas não se veem mensagens contra o pecado e o mundanismo. Muitos muros estão arruinados, e o inimigo comemora o sucesso de suas estratégias, contudo Deus deseja ver a reconstrução não só dos muros, mas dos altares por onde deve começar a restauração espiritual. Antes dos muros, foi reconstruído o Templo em Jerusalém. Os líderes devem ser os primeiros a reconstruir seus ministérios quando estes estão prejudicados pela ação do Inimigo.

4) Crítica à união. Os edificadores, jovens e adultos, estavam todos bem unidos na obra da reconstrução. Sambalate percebeu que eles estavam unidos e disse: “... Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2), Ele estava atônito. A união dos edificadores era visível. O muro já estava pela metade (Ne 4.6) em pouco tempo.

A união é indispensável para o sucesso de qualquer ministério na igreja do Senhor. Sem união somos derrotados. Certo governante, visando estimular seus auxiliares a trabalhar, dizia: “Se unidos não somos fortes, desunidos não seremos nada”. E isso é uma verdade, principalmente quando se trata do trabalho na obra do Senhor. Nossos adversários, às vezes, são piores do que podemos imaginar. São os “Sambalates”, os “Tobias” e os Geséns” que se levantam nas igrejas. São os “falsos irmãos” a que se referia Paulo (2 Co 11.26; Gl 2.4). Os adversários no plano religioso que perseguem os cristãos.

Os políticos e governantes que elaboram leis para prejudicar o povo de Deus. Mas há inimigos piores. Diz o apóstolo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados contra as potestades contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes (Ef 6.10-13).

Em nossos dias acontece a mesma coisa. Os adversários dos homens de Deus minimizam o seu valor, depreciam seu ministério com críticas muitas vezes ácidas e ferinas.

Mas se o líder está no centro da vontade de Deus, pode orar como Davi, que possuía muitos inimigos e zombadores de sua missão: “Apressa-te, ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em ajudar-me. Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; tomem atrás e confundam-se os que me desejam mal. Voltem as costas cobertos de vergonha os que dizem: Ah! Ah! Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus. Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus; tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas!” (Sl 70).

A arma da crítica parece não ter grandes efeitos na vida de um líder competente, maduro e experiente, mas pode causar um estrago na área emocional daqueles que estão iniciando no ministério. Ou pode provocar reações agressivas em resposta à atitude depreciativa dos opositores. Nas igrejas, há pessoas que perdem a coragem quando são criticadas. Sabemos de casos de irmãos que deixaram a sua congregação e se desviaram ressentidos com as críticas injustas de certos opositores da obra. Isso é lamentável, pois na obra do Senhor não deve haver adversários, mas sim cooperadores do Senhor (1 Co 3.9).

Como Neemias Reagiu às Críticas

1) Não se deixou abater em seu ânimo. Neemias disse: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias encarou as críticas improcedentes como um estímulo à sua liderança. Se a crítica procede, e isso pode ocorrer, o líder deve considerar, refletir e, com humildade, reconhecer seus erros ou eventuais falhas, pois nenhum líder é perfeito. Só houve um que não falhou, que nosso Senhor Jesus Cristo.

2) Não deu grande importância às críticas. Disse em sua resposta “... e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos” (Ne 2.20b), mas valorizou sua missão e a de seus liderados. Seu foco era a obra da restauração. Não se fixou nas críticas. Há obreiros que fracassam porque dão muita importância aos “Sambalates” que surgem nas igrejas. Esquecem-se de que existe um grande número de pessoas ao seu lado enviadas por Deus a fim de cooperarem com seu ministério.

3) Apresentou a Deus os seus inimigos. “Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e faze com que sejam um despojo, numa terra de cativeiro” (Ne 4.4). Ele orou a Deus de forma realista e sincera. Sabia que ele e seu povo eram “tão desprezados”. O líder deve ter consciência de que seu trabalho não agrada a todos na igreja em que lidera.
Ele e sua família podem ser alvo de desprezo, crítica e oposição. Satanás sutilmente levanta opositores contra o líder a fim de inquietá-lo ao fustigar a sua família.

O alvo das críticas é a parte emocional do líder. Se conseguirem desestabilizá-lo emocionalmente, já terão grande parte de seus intentos alcançados Um obreiro não pode desempenhar bem o seu trabalho se estiver emocionalmente abalado.

A solução é orar a Deus apresentando os inimigos do ministério. No contexto do Antigo Testamento, era legítimo desejar vingança aos inimigos. Neemias foi incisivo em sua oração contra os inimigos: “E não cubras a sua iniquidade, e não se risque diante de ti o seu pecado pois que te irritaram defronte dos edificadores” (Ne 4.5). Além de desejar que sua vergonha caísse na cabeça dos opositores pediu a Deus que não se esquecesse do seu pecado e de sua maldade.
No contexto do Novo Testamento, Jesus manda amar os inimigos, orar por eles e bendizê-los (Mt 5.44). Mas isso não quer dizer que essa atitude livre os inimigos da pesada mão de Deus.

De modo algum. Amar os inimigos não significa ser condescendentes OU jamais concordar com eles. Significa amá-lOS como Deus ama o pecador e espera o seu arrependimento.

4) Entrou em ação. “Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne 4.6). Essa foi a resposta mais eficaz contra as críticas. Ação, trabalho, esforço e união na continuação da obra. O desejo maligno dos adversários era paralisar a para que Jerusalém continuasse em ruínas. A eles não interessava o sucesso da obra do Senhor. Isso era óbvio.

Enquanto os opositores criticavam os edificadores e menosprezavam o trabalho da reconstrução, Neemias incentivava os seus liderados a trabalhar mais e mais. E estes correspondiam ao incentivo do líder. Ele tinha a visão de um líder espiritual que confia no Senhor C nos seus colaboradores. Fez como Azarias, filho de Obede, num momento de crise, animando o povo de Deus: “Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15.7).

A Guerra contra os Edificadores

Os inimigos se uniram. Se a calúnia não surtiu o efeito desejado, se a Intimidação não fez os construtores pararem a reconstrução, se as críticas não atingiram seus objetivos mesquinhos, o que fazer? Os inimigos se uniram para declarar guerra contra Neemias e seus liderados. Diz o texto: “E sucedeu que, ouvindo Sambalate, e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo. E ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento  (Ne 4.7,8).

Como os planos dos adversários iniciais não tiveram êxito contra os edificadores, convidaram outros para engrossar as fileiras contra o povo de Israel. Agora, as forças adversárias tinham a colaboração dos “arábios”, dos “amonitas” e dos “asdoditas”. Se alguém acha que hoje a perseguição ao povo de Deus diminuiu, está enganado. No século 20, foram mortos mais cristãos do que em todos os séculos anteriores, sobretudo, pelo ódio dos muçulmanos radicais em países islâmicos.

Hoje os inimigos se unem. Se alguém imagina que em nosso país a liberdade religiosa assegurada pela Constituição está garantida, é melhor orar mais e se precaver. No Congresso Nacional há projetos de lei satânicos com o objetivo claro de impedir a marcha da igreja no Brasil. O famoso Projeto de Lei da “Homofobia” tem como objetivo levar à cadeia os que se posicionarem contra o pecado do homossexualismo. Há projetos para a legalização do aborto e do casamento homossexual, leis que vão de encontro às leis de Deus.

Há leis com objetivos corretos, tais como as que visam preservar o meio-ambiente. Tramitam também leis que se voltam contra a construção de templos religiosos. As exigências para o funcionamento de um templo são tão grandes que a maioria das denominações não terá condições de construir sequer um pequeno santuário para a pregação do evangelho. Sendo assim, chegamos à conclusão de que tudo isso é a perseguição do Diabo usando os legisladores contra a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Entretanto a Bíblia declara: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidades” (Is 10.1). E ainda existem muitos evangélicos que apoiam políticos que são inimigos da Palavra e do povo de Deus.

Em parte, os inimigos tiveram êxito. Deus não permite que os inimigos triunfem sobre seu povo. Jesus disse que “as portas do inferno” não prevalecerão (Mt 16.18). Mas os adversários podem ter certos êxitos por permissão de Deus. Os carregadores, os ajudantes das obras, já começavam a fraquejar. “Então, disse Judá: Já desfaleceram as forças dos acarretadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro” (Ne 4.10). Mas Neemias não se abateu, continuou com as suas estratégias espirituais e administrativas incentivando a obra.

Oração e vigilância. “Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles” (Ne 4.9). Diante da ação insistente dos inimigos, Neemias foi firme e decidido, agiu de forma racional, embora se lembrando sempre de buscar ao Senhor.

1) Oração. A guerra estava declarada. Os inimigos eram poderosos e estavam unidos e determinados a impedir a reconstrução dos muros. O líder convocou o povo para orar a Deus. Neemias era um homem inteligente, dotado de grande capacidade de liderança. Contudo, não confiou apenas nos seus conhecimentos humanos e administrativos.
Buscou a proteção de Deus através do maravilhoso recurso da oração. A oração foi o meio pelo qual Deus concedeu grandes livramentos ao seu povo.

Nos tempos do rei Ezequias, o rei senaqueribe, do Império Assírio, invadiu e tomou todas as cidades de Judá. Só faltava Jerusalém. Numa atitude humilde, buscando evitar o confronto armado contra o grande exército assírio, o rei de Jerusalém enviou ouro e prata visando obter a paz. Não adiantou. o inimigo foi arrogante. Zombou de Ezequias e de seus servo5, e os humilhou com terrível provocação e desafiou o Deus de Israel (2 Rs 18).

Mas o homem de Deus, o profeta Ezequias, ao tomar conhecimento da afronta a Deus, entrou no Templo e foi orar. Estendeu as cartas ameaçadoras perante o Senhor e orou (2 Rs 19.14).

Na oração, Ezequias disse a Deus: “E orou Ezequias perante o Senhor e disse: 6 Senhor, Deus de Israel, que habitas entre os querubins tu mesmo, só tu és Deus de todos os remos da terra; tu fizeste os céus e a terra. Inclina, Senhor, o teu ouvido e ouve; abre, Senhor, OS teus olhos e olha: e ouve as palavras de senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo.

Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, S servido de nos livrar da sua mão; e, assim, saberão todos os remos da terra que só tu és o Senhor Deus (2 Rs 19.15-19). E Deus respondeu a oração do profeta, e enviou um só anjo, que destruiu o arraial dos assírios, matando 185 mil soldados, e deu vitória ao seu povo, sem lançar uma seta contra os adversários (2 Rs 19.35-37). A oração é uma arma com alto poder contras os inimigos.

2) Vigilância. “... e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles” (Ne 4.9). Neemias orou a Deus, mas fez o que deveria fazer numa situação de crise ao ser perseguido pelos inimigos. Ele recrutou homens de confiança e os pôs como guardas junto aos trabalhadores. A guarda revezava-se de dia e de noite, como nos quartéis de hoje, visando manter a segurança das obras. Os inimigos poderiam atacar durante a noite.

Nos tempos atuais também é necessário que se tenha uma equipe de segurança na igreja. Em determinados lugares e situações, há igrejas que têm contrato com empresas de vigilância armada. Já foram registrados casos de assaltos nos horários de culto. Já houve casos de pastores terem sido seqüestrados para que bandidos obtivessem resgate com recursos da igreja. Há quem critique esse tipo de providência, mas no tempo de Neemias, do rei Davi ou de Salomão, em plena teocracia, existiam guardas armados com espadas e com lanças. Deus guarda, sem dúvida, contudo é necessário que haja vigilância em tomo dos bens da Casa do Senhor.


As famílias armadas. “Pelo que pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus o povo, pelas suas famílias, com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus arcos” (Ne 4.13). As famílias foram convocadas para participar da reconstrução dos muros. Além dos que trabalhavam diretamente na obra, as famílias foram armadas “com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus arcos” para enfrentar possíveis ataques dos adversários.

Certamente, de dia e de noite havia pessoas armadas em vigilância diante de cada casa, a fim de que não fossem apanhadas de surpresa pelos inimigos. Aqui, temos uma lição de caráter espiritual a ser extraída. Não adianta a igreja estar preparada contra os inimigos, mas as famílias em seus lares darem brechas e oportunidades para que os inimigos as ataquem. Aliás, na maioria das vezes são as familias que não vigiam a vida espiritual. Pais que não cuidam da vida espiritual dos filhos, filhos que não obedecem a seus pais e que se deixam dominar pelos meios escusos do Diabo através das inovações tecnológicas, como a televisão e a internet.

Trabalhadores Armados

A situação era tão crítica e as ameaças eram tão constantes que Neemias teve que usar uma estratégia inusitada para enfrentar a situação. “E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus moços trabalhava na obra, e a outra metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá” (Ne 4.16).

Se a oração era constante, a vigilância armada não era descuidada em um só momento. Metade dos que ajudavam Neemias trabalhava na construção, enquanto a outra metade cuidava das armas para qualquer eventualidade. A liderança dava o exemplo: “... os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá”. Os líderes não ficavam descansados, enquanto os homens trabalhavam.

E o líder da restauração também não se afastava da obra. Tinha o corneteiro ao seu lado durante todo o tempo (Ne 4.18). E deu orientações aos magistrados para que, quando ouvissem a trombeta tocar, procurassem se reunir no local da chamada (Ne 4.19). A ameaça era tão acirrada que sequer podiam ir beber água sem levar suas armas (Ne 4.23). Mas Neemias, em sua convocação para a vigilância, deu o brado de fé: “O nosso Deus pelejará por nós!” (Ne 4.20 b).

Hoje, há muitos trabalhando na obra de Deus desarmados, por isso pagam um alto preço pela sua falta de vigilância. Obreiros que não vigiam seu ministério de dia e de noite são atacados quando menos esperam, e são derrotados pelo inimigo. Uns são derrotados pelo orgulho e pelo desejo de poder (Pv 16.18); outros são derrotados pela cobiça e pela avareza (1 Tm 6.10); e outros têm fracassado na área do sexo, no relacionamento com o sexo oposto (1 Rs 11.4).
A obra do Senhor não é feita em clima de tranqüilidade.

Em todos os lugares, de uma forma ou de outra, há oposições. E elas podem surgir no seio da própria igreja local. Podem advir do âmbito externo, os ímpios podem se levantar a partir de movimentos religiosos, seitas e leis, como ocorre em muitos países e até mesmo no Brasil.

A experiência de Neemias ao Construir em tempos de crise, tem grandes lições para os obreiros e líderes nos dias atuais. Que o Senhor nos dê graça e sabedoria para administrarmos os conflitos que envolvem a obra do Senhor.




Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Livro de Neemias – Integridade e Coragem em Tempo de Crise – Elinaldo Renovato


COMO VENCER AS OPOSIÇÕES À OBRA DE DEUS

TEXTO ÁUREO = “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8: 37).

VERDADE PRÁTICA = Quando depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que todos os obstáculos que encontramos.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO = Ne 4.8-20; 1 Jo 4.4; 5.5

INTRODUÇÃO

Observamos como a construção dos muros em Jerusalém provocou urna dura resistência por parte dos samaritanos. Nesta lição iremos observar, mais detalhadamente, as diferentes formas dos seus ataques, e o modo como os judeus conseguiram vencê-los e concluir a obra. (SB)

I.  QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?

1. A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques. Ela diz:
“Não temos que lutar contra a carne e o sangue. mas sim contra os principados, contra os príncipes da trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Portanto, nossa luta é antes de tudo espiritual.
Os inimigos visíveis são meramente instrumentos dos demônios, os quais nos atacam..Desde que Lúcifer caiu em pecado no céu e foi expulso de lá, ele tem sido o ADVERSARIO de Deus e de sua obra (1 Pe5.8).

2. Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta? Ela diz: ‘Portanto tomai toda a armadura de Deus ,para que possais:

a)RESISTIR NO DIA MAU;
b)TENDO FEITO TUDO;
c)FICAR FIRMES (Ef 6.13).

Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha fugir da luta, mas sim ficar firmes, resistir, e vencer! (Tg 4.7)

3. Nesta luta contra o mundo Invisível a arma mais eficaz é a fé. A Bíblia diz: “Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Por isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, e toma pose da vida eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito Santo e nossa vida ( Gl 3: 2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha abalar a nossa fé, “porque sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos não temer, mas crer- somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.2).

4. Nesta luta as armas devem ser espirituais (2 Co 10.4). Só as armas espirituais atingem e alcançam os reais inimigos, os demônios. As armas carnais só nos prejudicam, pois muitas vezes levam-nos a dar lugar ao inimigo.

II. 0 INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FE.

1.0 Inimigo ataca com a arma do DESPREZO. Diziam: “que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em nós mesmos somos fracos. Paulo disse:
“Quando estou fraco então sou forte” (2 Co 12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram “Não poderemos subir porque o povo é mais forte do que nós” (Nm 13.31), os israelitas recusaram-se a subir, recusaram- se a dar ouvidos à mensagem de fé transmitida por Calebe, que dizia:
“Certamente prevaleceremos contra eles” (Nm 13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9).

2.0 inimigo ataca com a arma do ESCARNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; Sl 79.4).
Trata-se de uma arma que os inimigos da obra de Deus têm usado em todos os tempos. Quando os servos de Deus sofrem escárnio, são tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos lembrar que isso é o que os fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl 35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo Jesus escapou do escárnio (Mt20.19; 27 .29,39).
Jesus é natural que aos seus servos seja dado o mesmo nome” (ML 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos aceitar quando seguimos a Jesus (Mt 10.38,39; 16.24,25). Os que so carnais procuram escapar do escândalo da cruz (Gl5.11).

3.0 Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa. “Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés ao olhar para a dimensão da tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir. Quando, porém, Moisés meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Ex 3.12), e que Deus seria com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as montanhas tornando-se em campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12), mas Ele usa de instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja grande!

4. O inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS. Os samaritanos espalhavam calúnias contra Neemias, dizendo que ele planejava constituir-se rei (Ne 2.19, 6.5;6). Tudo isto para amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua fé em Deus. Neemias respondeu: “Dc tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas no teu coração o inventas” (Ne 6.6). Paulo escreveu: “Tornando-nos recomendáveis em tudo... por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama” (2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles que sofrerem acusações mentirosas a alegrarem-se e a exultarem, e a não atentarem para o que se fala deles (Mt 5.11,12).

5. O inimigo usa como arma a ASTÚCIA. Os samaritanos convidaram os judeus para juntos se congregarem nas aldeias; porém intentavam fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o convite foi repetidamente recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande obra, não poderei descer” (Ne 6.3).

6. O Inimigo usa como arma as AMEAÇAS. Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a fim de espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos a Deus e pusemos guardas contra eles!” (t’Ie 4.9). Os judeus não atacaram os samaritanos, mas defenderam a sua área de trabalho ( Ne 4: 13-20).

III. QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?

1. Os Judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus. Neemias disse aos seus inimigos: “O Deus do céu é que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o Senhor o havia enviado para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza nos guarda de precipitações, (Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (Sl 106.33; Ec 7.9; Pv 25.11). Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32).

2. Os judeus venceram pela oração. Neemias era homem de oração. Com freqüência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso Deus; Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate” (Ne 4.4; 6.14; 13.29).
Aquele que ora, coloca a sua dificuldade diante do Senhor que QUER e PODE RESOLVE-LA! O mesmo Deus que nos exortou a orar, também prometeu nos responder as orações (Jó 22.27; Sl 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11).

3. Devemos também orar ( 1 Ts 5.17). “Oral sem cessar...” Jesus deixou- nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de perseverarmos na oração, usando para isso uma parábola (Lo 18.1). Paulo exortou aos efésios a perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos colossenses ele escreveu:
Perseverai em oração” (Cl 4.2). Que é então perseverança em oração?

a. É impedir que alguma coisa nos estorve a orar, encontrando-nos apenas na oração. Precisamos de uma espécie de autodisciplina, ou de controle sobre nós próprios. Marta não dispunha de tempo para ficar aos pés de Jesus, porque estava ocupada (Lc 10.38-42). Quando começamos a orar, aparecem muitos obstáculos, mas devemos ser vitoriosos. Temos que ter vitória também em nossos pensamentos, porque o inimigo quer nos impedir de orar, fazendo-nos pensar em outras coisas.

b. É persistir em orar, ainda  que o Diabo procure tornar pesada e difícil a oração. Daniel orou 21 dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta demorara, porque os espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11- 14), Jesus mostrou a mesma verdade na  parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).

e. É orar até que venha a resposta! Devemos orar “até que...” (Is 62.8; Lc 24.49). Jesus orou três vezes sobre a mesma coisa (Mt 26.44), e Paulo também orou três vezes, até que Deus lhe respondeu (2 Co 12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45). E os discípulos perseveraram em oração até que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).

d. É uma prova de que o Espírito de oração opera em nós (Zc 12.10; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20). O Espírito Santo ora, em nós, enquanto trabalhamos; enquanto nos ocupamos de nossas tarefas diárias. O Espírito Santo não se preocupa da posição de nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados, deitados ou em pé. Isto é o segredo de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao Espírito - e Ele levar- te-á para esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A VITORIA É NOSSA, PELO SANGUE DE JESUS. Amém.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1993



14 de outubro de 2011

APREDENDO COM AS PORTAS DE JERUSALEM

APREDENDO COM AS PORTAS DE JERUSALEM

TEXTO ÁUREO: Neemias 4. 6. Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.

VERDADE PRÁTICA - A crise, apesar de seu desconforto, sempre nos abre grandes e oportunas portas.

Leitura Bíblica em Classe: Neemias. 3.1,2,3,6,13-15.

INTRODUÇÃO

A CONSTRUÇÃO EM TEMPOS DE CRISE

Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cercou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar (Ne 4.6)

Na obra do Senhor é necessário que haja união, esforço e amor para que a edificação tenha prosperidade. A reconstrução dos muros de Jerusalém foi um grande desafio não só para

Neemias, mas para todos os que desejavam ver o crescimento da Cidade Santa. Graças à bênção de Deus sobre os trabalhos desenvolvidos, com união e amor, foi possível completar a obra, mesmo com a oposição dos inimigos do povo de Deus. Neste capítulo, veremos como os judeus se uniram naquele momento de grande dificuldade.

É uma lição que pode ser aproveitada pelos que amam a obra do Senhor neste tempo de crise espiritual e moral que avassala o mundo. Neste comentário, desejamos aplicar os significados históricos e geográficos aos ensinos espirituais para a Igreja do Senhor, com a edificação das dez portas e das torres da muralha de Jerusalém. Vemos também a execução de um dos conceitos de administração que é a divisão do trabalho.

A união entre os que trabalham na igreja local é fator indispensável para o sucesso da missão profética da Igreja de Cristo. Essa missão foi expressa pelo Senhor na Grande Comissão quando ele disse: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Sempre foi difícil evangelizar, proclamar as Boas Novas de salvação em todos os tempos e em todos os lugares. Para que esse alvo seja alcançado, é indispensável a união entre os líderes e os membros da igreja. A construção dos muros de Jerusalém, sob a liderança dc Neemias, evidenciou uma completa união entre os edificadores.

O esforço dos que trabalham é requisito primordial em qualquer obra que demande a construção, edificação ou o desenvolvimento de qualquer atividade entre o povo de Deus.
Quando Deus chamou Josué para assumir o lugar de Moisés, declarou-lhe: “Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este o povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares” (Js 1.6,7).

Na reconstrução dos muros de Jerusalém, foi notável o esforço dos que se dispuseram a trabalhar. Além disso, eles o fizeram com muito amor. Não havia o sentimento de individualismo, nem o desejo de mostrar-se e nem o de reclamar posição na obra. Os edifica- dores demonstraram desprendimento, ousadia e dedicação à difícil e penosa tarefa de edificar sobre as cinzas e as ruínas dos muros.
O amor a Jerusalém foi a motivação. Sendo assim, todo o esforço foi recompensado. Hoje, mais do que nunca, a obra do Senhor por meio da igreja exige esforço, união e amor.

A Porta do Gado e a Porta do Peixe

A porta do gado. Na Jerusalém cm construção, essa porta era utilizada para a saída e a entrada dos animais usados na celebração do culto a Deus no grande Templo reconstruído no tempo de Esdras. De acordo com os estudiosos, essa porta situava-se na “entrada mais oriental do lado norte das muralhas da antiga cidade de Jerusalém (Ne 12.3 9; Jo 5.2)”) Por essa porta, que se achava queimada, e o muro destruído, foi que se iniciou e se concluiu o circuito da reconstrução dos muros (Ne 3.1,32) no sentido anti-horário. Em algumas versões bíblicas, no Novo Testamento, é chamada de “Porta das Ovelhas”. Junto a essa porta, no tempo de Jesus, havia o “tanque de Betesda”, onde Jesus curou o paralítico enfermo havia trinta e oito anos (Jo 5.2-9).

Quem a edificou. A porta do gado ou “porta das ovelhas” foi edificada sob a liderança do sumo sacerdote Eliasibe, “com os seus irmãos, os sacerdotes, edificaram a Porta do Gado a qual consagraram e levantaram as suas portas; e até a Torre de Meã consagraram e até a Torre de Hananel” (Ne 3.1). Aqui, percebemos que os sacerdotes deram início à reconstrução dos muros da cidade. É um ótimo modelo a ser seguido pelos “sacerdotes” atuais que são os obreiros do Senhor, os quais devem dar o exemplo na edificação espiritual da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Entretanto, os sacerdotes ou os pastores não devem dispensar o trabalho dos leigos na Casa do Senhor. O texto diz: “E, junto a ele, edificaram os homens de Jericó; também, ao seu lado, edificou Zacur, filho de Inri (Ne. 3.2). Isto é, junto ao sumo sacerdote houve o generoso trabalho de outras pessoas igualmente úteis na edificação dos muros.
Nas igrejas pentecostais históricas se reconhece o valioso esforço e trabalho dos leigos, incluindo homens, mulheres, adultos, pessoas de todas as idades. Desde que sejam convertidos, “os homens de Jericó” são úteis na obra do Senhor.

Aplicação à igreja. Nos dias atuais, nas igrejas cristãs, podemos dizer que a “Porta das Ovelhas” é uma figura de Cristo, ou seja, a “Porta da Salvação”: “Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.7-9).

Quando a “Porta das Ovelhas”, nas igrejas locais, é objeto de zelo e dedicação, o rebanho do Senhor Jesus cresce a cada dia não só em número, mas “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Essa porta é de fundamental importância, pois toda a vida cristã começa em Cristo e todo o desenvolvimento da construção espiritual tem início no momento da conversão. Essa porta pode ser queimada ou destruída quando a igreja local ou a denominação descuida-se da pregação do evangelho de Cristo de modo genuíno e passa a pregar mensagens heréticas que são comuns neste século. Na porta da salvação o centro é Cristo, não o homem. Quando o homem tem preeminência, tem-se o “evangelho antropocêntrico”, ou seja, o homem é o centro e Jesus fica de fora, como ocorreu com a Igreja de Laodiceia (Ap 3.20). Como toda porta, a porta da salvação precisa de cuidado, de zelo e manutenção.

A porta do peixe (Ne 3.3). Era a porta vizinha à porta do gado. Segundo estudiosos, essa porta ficava na muralha noroeste. Tinha esse nome pelo fato de ser a porta de entrada e saída para os comerciantes que vendiam peixes em um mercado próximo, mas fora da cidade. Essa porta dava acesso pelo muro exterior.2 Em Sofonias 1.10, lê-se que a Porta do Peixe ficava na Cidade Baixa.

Quem a edificou. Foi edificada pelos “filhos de Hassenaá que emadeiraram e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos. E, ao seu lado, reparou Meremote, filho de Urias, filho de Coz; e, ao seu lado, reparou Mesulão, filho de Berequias, filho de Mesezabel; e, ao seu lado, reparou Zadoque, filho de Baaná. E, ao seu lado, repararam os tecoítas; porém os seus nobres não meteram o seu pescoço ao serviço de seu senhor” (Ne 3.3-5).

Neste registro, dos edificadores da Porta do Peixe, vemos que o trabalho tinha como cabeça “os filhos de Hassenaá”, mas eles tiveram a cooperação de diversas pessoas. A expressão “ao seu lado, reparou...” indica que houve um trabalho cooperativo em que um grupo de habitantes ajudava o outro na dificil tarefa da reconstrução. interessante é que Mesulão era sogro de Tobias, um dos inimigos de Neemias ao lado de Sambalate e Gesém, mas foi um homem de bem, que não se deixou levar pelos laços de família a fim de fosse contra a obra do Senhor.

Também é digno o registro dos homens de Técoa (tecoítas), que nem faziam parte da lista dos que voltaram do cativeiro, contudo trabalharam na reconstrução dos muros. Certamente eram pessoas que admiravam a obra do Senhor e tinham um apreço pela cidade de Jerusalém. Sem dúvida, não ficarão sem o seu galardão (Mc 9.41).

De igual modo, há também uma referência negativa sobre os “nobres” da cidade que não se dispuseram a ajudar no árduo trabalho, pois diziam que “os seus nobres não meteram o seu pescoço ao serviço de seu senhor”. Os “nobres” constituíam-se de pessoas de maior nível social, talvez fossem intelectuais, ou ocupavam cargos elevados na administração da cidade, mas nada faziam para ajudar na restauração dos muros. Eram acomodados, preguiçosos e indolentes. Esse tipo de gente atrapalha no desenvolvimento da obra, pois cria problemas para os que querem trabalhar. Que Deus os mantenha bem longe de nós.
Na edificação dessa porta, o escritor registrou que, além da parte do madeiramento, as portas tinham fechaduras e ferrolhos. Há uma lição importante aqui. Fechaduras e ferrolhos falam de segurança, de portas seguras que não se abrem de qualquer forma.

Aplicação à igreja. Na igreja atual, a “Porta do Peixe” pode ser figura da “Porta da Evangelização”. Os que evangelizam são comparados a pescadores. “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). A pregação do evangelho é comparada por Jesus a uma grande pescaria. “Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora” (Mt 13.47,48).

Dessa forma, em toda igreja local deve estar sempre aberta a “Porta do Peixe”, ou a “Porta da Evangelização”. Por ela devem passar os pregadores, os evangelizadores que são os pescadores de almas para o Reino de Deus. Por ela devem passar também todos aqueles que querem passar pela “Porta das Ovelhas”. Uma dá sequência a outra na vida cristã. Ao entrar pela “Porta do Peixe”, o pecador chega à “Porta das Ovelhas”, que é Jesus.

Vale a pena ressaltar que a construção de portas com fechaduras e ferrolhos pode representar o cuidado com a sã doutrina. Somente a ministração da palavra, com fidelidade e unção, pode evitar que o mundanismo tome conta da Igreja do Senhor. A “Porta do Peixe” nas igrejas locais aponta para a evangelização, que é a missão precípua da Igreja de Jesus. Apenas com a evangelização eficaz e o discipulado dinâmico pode-se ver a “Porta da Evangelização” ou “do Peixe” sendo utilizada para o crescimento do Reino de Deus.




A Porta Velha e a Porta do Vale

A porta velha. Por que esse nome? Não se sabe ao certo. quem afirme que se tratava de uma velha porta na parte mais antiga da cidade. Sua localização não ficou bem clara no livro de Neemias. Champlin diz que “Seja como for, parece que essa entrada da cidade ficava na esquina noroeste ou próximo a ela”.

Quem a edificou. Diz o livro: “E a Porta Velha repararam-na Joiada, filho de Paseia; e Mesulão, filho de Besodias; estes a emadeiraram e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos. E, ao seu lado, repararam Melatias, o gibeonita, e Jadom, meronotita, homens de Gibeão e Mispa, que pertenciam ao domínio do governador daquém do rio. Ao seu lado, reparou Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; e, ao seu lado, reparou Hananias, filho de um dos boticários; e fortificaram a Jerusalém até ao Muro Largo. E, ao seu lado, reparou Refaías, filho de Hur, maioral da metade de Jerusalém. E, ao seu lado, reparou Jedaías, filho de Harumafe, e defronte de sua casa; e, ao seu lado, reparou Hatus, filho de Hasabneias” (Ne 3.6-10).
Nada se sabe acerca dos líderes da construção da “Porta Velha”. Nessa edificação, notamos que há funcionários públicos, como Jadom, homens de Gibeão e Mispá que “pertenciam ao domínio do governador daquém do rio”. Havia ourives, como Uziel; um boticário, uma pessoa que manipulava remédios, e até um “maioral da metade de Jerusalém” participou da reconstrução.

Ap1icaço à igreja. A “Porta Velha” pode-se compreender como a “Porta da Doutrina”. Desde que a Igreja existe, a doutrina fundamental, que é a sua base de fé e prática, está firmada na Palavra de Deus. Ela não é nova, não é moderna, nem pós-moderna. É antiga, quando se pensa no tempo de sua existência. Foi o profeta Jeremias quem melhor recebeu de Deus o sentido dos ensinos antigos que haveriam de nortear a vida do povo de Deus.

Diz o texto bíblico: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos” (ir 6.16). “Veredas antigas” ou “o bom caminho”, sem dúvida alguma, é uma referência aos fundamentos da doutrina que Deus mandou ensinar ao seu povo, mas por causa da rebeldia disseram “Não andaremos”. No mundo atual, em pleno áeulo 21, há muitos crentes, membros de igrejas locais, que não querem submeter-se à doutrina. Não querem passar por baixo da ‘Porta Velha”.

Preferem as “portas novas” construídas sobre o humanismo e o relativismo, que são parâmetros do pósmodemism0. Em muitas igrejas, os modismos doutrinários têm mais importância do que os antigos ensinos sagrados fundamentados na Palavra de Deus. Muitos querem remover os “limites antigos” (Pv 22.28) que constituem a base espiritual e moral sobre a qual a igreja do Senhor se assenta, ao sabor dos modismos e das inovações dos tempos pósmoderno.
A Igreja não é formada de pedras nem de cimento, mas de pessoas resgatadas do mundo, do pecado e do Diabo para serem “o templo do Deus vivente”, como nos declara a Bíblia: “Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (2 Co 6.16).

Como “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), a Igreja do Senhor Jesus Cristo precisa ser a referência espiritual ética, moral e doutrinária para o mundo. Não pode admitir mudanças e inovações que minem suas bases. Na verdade, a igreja não precisa de inovações, mas, sim, de renovação espiritual a fim de receber o poder, a graça e a unção para manter-se como “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27). É um desafio de grande dimensão para os nossos dias, mas podemos confiar em sua vitória, pois Jesus é o responsável por sua edificação, visto que ela é: “a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11.l0).

Os modismos doutrinários, tais como teologia da prosperidade confissão positiva, teísmo aberto, teologia do processo G-12, entre outros, são fruto da mentalidade pós moderna que tem dominado muitos teólogos e ensinadores. É comum ouvirmos desses “mestres” pósmodern05 críticas aos antigos ensinos baseados em argumentos falaciosos, como por exemplo, “não estamos mais nos tempos arcaicos”, “precisamos rever nossos velhos conceitos teológicos”.

Contra tais pseudo-avanços, em termos doutrinários, a Bíblia diz:
“Não removas os limites antigos que fizeram teus pais” (Pv 22.28). Esses limites são fronteiras doutrinárias e ensinos fundamentados na Palavra de Deus. Eles não devem ser ultrapassados sob pena de a Igreja sofrer graves prejuízos espirituais e morais diante do mundo, e perder sua vigorosa e saudável capacidade de ser “sal da terra “e “luz do mundo” (Mt 5.13,14). Se há uma porta que devemos considerar é a “Porta Velha” da doutrina bíblica, consolidada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

A porta do vale. Como o nome indica, essa porta dava saída para um vale ao lado oeste de Jerusalém. É mencionada em 2 Crônicas 28.6 e Neemias 2.13,15; 3.13. Foi por ela que Neemias iniciou a sua inspeção para constatar pessoalmente como se encontrava a cidade. Foi também onde ele concluiu sua inspeção ao passar por outras portas da muralha.

Quem a edificou. A parte que incluía a Porta do Vale era de grande extensão. “A Porta do Vale, reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; estes a edificaram e lhe levantaram as portas com fechaduras e os seus ferrolhos, como também mil côvados do muro, até à Porta do Monturo” (Ne 3.13). Para as condições de trabalho à época, era um trecho muito grande, com cerca de quinhentos metros (1.000 côvados). Ao que parece, a reconstrução não foi apenas da parte de alvenaria, mas das portas de madeira. O texto acrescenta: “levantaram as portas (de madeira), com fechaduras e ferrolhos” (parêntese acrescido).

Aplicação à igreja. Que seria a porta do vale para os dias de hoje? Dentre outras aplicações, podemos dizer que seria “A Porta da Adoração”, ou a “Porta da Oração”, ou ainda “A Porta da Humilhação”. Topograficamente, o vale é uma depressão de terra entre lugares elevados, entre montes ou montanhas. Espiritualmente, existem diversos sentidos para se entender o vale. Significa atitude de descer na presença de Deus. O Senhor queria falar como o profeta Ezequiel. Poderia tê-lo feito onde ele se achava, mas mandou que descesse: “E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te e sai ao vale, e ali falarei contigo” (Ez 3.22). Foi uma experiência extraordinária descer ao vale para ouvir Deus falar.

Diz o texto bíblico: “E levantei-me e sai ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto. Então, entrou em mim o Espírito, e me pôs em pé, e falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te dentro da tua casa” (Ez 3.23).

Descendo ao vale, o profeta viu a glória de Deus; caiu sobre o seu rosto e foi cheio do Espírito de Deus. Muitas vezes o crente está no ápice do ministério, contudo não ouve mais a voz de Deus. Talvez esteja no pedestal do orgulho pessoal da posição social ou financeira, e se esquece de Deus. Assim como Zaqueu, que precisou descer da figueira brava, é necessário descer ao vale da humildade, ao vale da oração e do quebrantamento para sentir a presença de Deus e ouvir a sua voz.
O vale pode ser lugar de lutas e batalhas. No senso comum, muitos irmãos dizem: “Estou atravessando um vale profundo...” referindo-se às tribulações que enfrentam. Gideão enfrentou os midianitas, no vale (Jz 7.1); a batalha contra os filisteus se deu num vale onde Golias foi derrotado por Davi (1 Sm 17.3; 48-5 1). Mas para vencer os vales de lutas, é preciso descer ao vale da oração. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (SI 5 1.17).

A Porta do Monturo e a Porta da Fonte

A porta do monturo. Esta porta só se abria para fora. Era por ela que os lixeiros ou os moradores jogavam o lixo que era despejado flO Vale de Hinon, por onde atravessava o ribeiro de Cedron. Segundo Champlin, era “uma espécie de esgoto a céu aberto. Cf. Ne 2.l3.6

Quem a edificou. “E a Porta do MontUro, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito de Bete-Haquerém este a edificou e lhe levantou as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos” versículo (Ne 3.14). Ao se referir a reparos, o texto sugere que aquela parte do muro não tinha sido destruída, mas necessitava de reparos. Tal como a porta anterior, o versículo em apreço diz que as portas foram levantadas com fechaduras e ferrolhos.
Isso indica que as portas propriamente ditas tinham sido destruídas e queimadas a fogo. O seu edificador foi Malquias, que era uma espécie de governador ou administrador distrital de Bete-Haquerém, que significa “Casa de Vinhedos”.

Aplicação à igreja. Toda a igreja local, em qualquer tempo, precisa ter sua “Porta do Monturo”. Isso porque, em qualquer denominação, no sentido local, há coisas que podem ser comparadas a lixo no sentido espiritual ou moral. Esse “lixo” pode ser pecado, maus procedimentos, mau testemunho, intrigas, invejas, mexericos, fofocas e outros comportamentos que não devem ser tolerados na casa do Senhor. As “obras da carne” (Gi 5.19-2 1) quando surgem na igreja, de uma forma ou de outra, precisam ser despejadas para fora com a autoridade do Espírito Santo.

Inclusive, algumas vezes, o “lixo” é produzido por líderes que ocupam cargos no ministério. Desonestidades, má administração dos recursos financeiros, que incluem os dízimos e as ofertas, muitas vezes, são usados ilicitamente.
Pecados ocultos são lixos guardados nos “depósitos espirituais”, e, quando são expostos, causam grandes prejuízos. Esse é o “lixo” que mais fede. O caminho é a confissão de pecados com o abandono de sua prática (Pv 28.13). Os líderes das igrejas precisam usar a disciplina de modo correto, com justiça, para que a sujeira espiritual não prolifere no meio do povo de Deus.

A porta da fonte. O nome indica que ficava próxima a uma fonte. Seu construtor foi Salum. Os estudos indicam que se tratava da Fonte de Siloé (Selá), pois ficava próxima ao jardim do rei. Em João 9.7, vemos o episódio em que Jesus mandou o cego de nascença ir lavar-se no “Tanque de Siloé”, onde ele foi curado. Ali havia um viveiro de peixes, onde as pessoas se abasteciam do pescado.

Quem a edificou. “E a Porta da Fonte reparou-a Salum, filho de Col-Hozé, maioral do distrito de Mispa; este a edificou, e a cobriu, e lhe levantou as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, corno também o muro do viveiro de Selá, ao pé do jardim do rei, mesmo até aos degraus que descem da Cidade de Davi” (Ne 3.15). A partir dessa parte da muralha, outros edificadOres foram registrados. Neemias, líder da parte “da metade de Bete-Zur”, também contribuiu com um belo exemplo para seus liderados. Esse Neemias não era o escritor do livro.

Diz o texto: “Depois dele, edificou Neemias, filho de Azbuque, maioral da metade de Bete-Zur, até defronte dos sepulcros de Davi, e até ao viveiro artificial, e até a casa dos varões” (Ne 3.16). Ao que parece, foi extensa a faixa da muralha na qual esse Neemias cooperou. O texto destaca o papel dos sacerdotes levitas que não se limitaram a cuidar do louvor ou dos objetos do santuário, mas puseram “a mão na massa” ajudando seus irmãos no esforço para recuperar a cidade. “Depois dele, repararam os levitas, Reum, filho de Bani, e, ao seu lado, reparou Hasabias, maioral da metade de Queila, no seu distrito” (Ne 3.17).

Aplicação à igreja. A Porta da Fonte tem ligação com a Porta Velha (Porta da Doutrina). Mas podemos dizer que “a Fonte”, propriamente dita, é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Esta é a fonte da pregação, do ensino, da doutrina, do discipulado e de todas as orientações necessárias à vida saudável da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

A Palavra de Deus é uma fonte inesgotável de ciência e de sabedoria. É dela que emana a luz para os nossos caminhos (SI 119.105). “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lej, uma luz, e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv 6.23). A Palavra tem a sabedoria do Senhor (Pv 2.6). As palavras do Senhor são fonte de vida espiritual e de saúde para o corpo: “Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar- se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo” (Pv 4.20-22).

A Palavra de Deus é fonte do saber e do entendimento, pois sua eficácia atinge a parte espiritual, emocional e física do homem. “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão fluas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.12,13).

A Porta das Águas e a Porta dos Cavalos

A porta das águas (Ne 3.26). Esta porta “ficava ao lado oriental do monte Siló, defronte da Torre de Giom”, junto da “Torre Alta”. Seu nome deve-se, naturalmente, à existência de fontes de águas em suas proximidades.

Quem a edificou. “Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina e a torre que sai da casa real superior, que está junto ao pátio da prisão; depois dele, reparou Pedalas, filho de Parós, e os netineus, que habitavam em Ofel, até defronte da Porta das Águas, para o oriente, e até à torre alta” (Ne 3.25,26). Os netineus, ou “netinim”, eram serviçais do templo, que cooperavam com os sacerdotes e os levitas (Ed 2.43,58,70). Sua origem remonta aos gibeonitas que enganaram a Josué e foram feitos tiradores de água e rachadores de lenha (Js 9.21). Os que habitavam junto à Porta das Águas, provavelmente, dedicavam-se ao transporte de água para o Templo.

Aplicação à igreja. Em cada igreja local faz-se indispensável ter a “Porta das Águas”. Sem água, é impossível viver. A Terra é formada de 70% de águas. O corpo humano tem a mesma proporção do precioso líquido. No sentido espiritual, águas representam a presença, o enchimento e a unção do Espírito Santo. “E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo 7.37-39).
Quando os crentes creem Jesus, “como diz as Escrituras, rios de água viva” correm do seu interior. Quando há a “Porta das Águas”, por onde passa esse rio, a unção do Espírito Santo flui do púlpito para a comunidade. O profeta Isaías viu essas águas que saem das fontes divinas: “E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12.3).

A porta dos cavalos (Ne 3.28). Corno o nome sugere, por esta porta entravam os cavalos do rei para os estábulos. Situava-se “na extremidade ocidental da ponte que conduzia do monte de Sião ao Templo de Jerusalém (Jr 31 .40)”. Há diversas referências a essa porta no Antigo Testamento. Foi junto a ela que a ímpia rainha, Jezahei, foi morta (2 Rs 11.16; 2 Cr 23.l5).

Quem a edificou. “Desde a Porta dos Cavalos, repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa. Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer, defronte de sua casa, e, depois dele, reparou Semaias, filho de Secanias, guarda da Porta Oriental” (Ne 3.28,29). Aqui, vemos os sacerdotes que serviam no Templo encarregarem-se de participar da reedificação dos muros e das portas. Interessante é notar que eles cuidaram de edificar “cada um defronte de sua casa”. É uma lição positiva. Não adiantaria edificar em outras partes da muralha e deixar a frente de sua casa arruinada.

Não deveria haver nas igrejas a “Porta dos Cavalos”. Ela ficava próxima às residências dos sacerdotes que se situavam entre o Templo e o palácio. Igreja é lugar de ovelhas, e não lugar de equinos. Ao que tudo indica, os antigos reis demonstravam seu poder e sua vaidade possuindo muitas mulheres e muitos cavalos que eram verdadeiras “armas de guerra” usadas pela maioria dos exércitos antigos.

Salomão, por exemplo, foi o exemplo exagerado dessa vaidade e soberba. Ele reuniu milhares desses animais em suas estrebarias. “Tinha também Salomão quarenta mil estrebarias de cavalos para os seus carros e doze mil cavaleiros” (1 Rs 4.26). Como se não bastasse, o filho de Davi construiu um escandaloso harém, com “setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas e suas mulheres lhe perverteram o coração” (1 Rs 11.3).

Em resumo, no nosso entender, cavalos representam a força e o poder humano. Quando numa igreja local o poder humano tem prevalência, o poder do Espírito Santo se afasta. Infelizmente, o que se vê, em muitas igrejas, e, lamentavelmente, em muitas convenções de pastores. A busca pelo poder humano é tão grande, tão ostensiva e tão descarada, que montados em “seus cavalos” de prestígio, carregados de dinheiro, não medem preço para comprar consciências em campanhas políticas que em nada ficam a desejar em termos de corrupção.
Eles entram e saem, transitando pela “Porta dos Cavalos” com total desenvoltura, atropelando a Palavra de Deus, a ética e a moral que deveriam nortear a conduta dos líderes cristãos. Esquecem-se. Mas haverá um julgamento, “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).

A Porta da Guarda e a Porta Oriental

Porta da guarda (Ne 3.31). Há divergências entre os estudiosos da Bíblia quanto ao significado e a localização dessa porta. Na versão portuguesa, é chamada de porta de Micfade (hb. miphkad). O nome também é controverso, pois micfade significa assembleia ou recenseamento. Ficava na seção nordeste de Jerusalém. Intérpretes entendem que em cima da muralha, junto a essa porta, reuniam-se membros do Sinédrio. A nosso ver, é razoável a tradução por Porta da Guarda.

Quem a edificou. “Depois dele, reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos netineus e mercadores, defronte da Porta de Mifcade, e até à câmara do canto.  E, entre a câmara do canto e a Porta do Gado, repararam os ourives e os mercadores” (Ne 3.3 1,32). Essa parte da muralha foi edificada por Malquias, ajudado pelos ourives e pelos pescadores.

Aplicação à igreja. A porta da Guarda é indispensável em qualquer igreja local que se preze. A guarda fala dos encarregados da segurança de uma instituição militar, de um quartel, de um acampamento, de um exército. Depois que o homem pecou, nunca mais as pessoas dormiram tranquilas, sem adotar cuidados de segurança, às vezes, até exagerados. Os perigos rondam por toda a parte, a qualquer hora do dia ou da noite.

Nas igrejas, de igual modo, existe a necessidade de segurança continuamente. Os guardas da igreja local são os obreiros que lideram a obra do Senhor sob a direção do pastor, que é o líder do rebanho que o Senhor lhe confiou. Cada membro deve ter a consciência de que precisa zelar pela segurança da casa do Senhor, não apenas em termos humanos, mas, sobretudo, em termos espirituais. Diz Pedro: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
O pastor é o atalaia da igreja local. Deus lhe confiou a segurança espiritual de seus servos. “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.” (Ez 3.17). É ensinando a palavra, ministrando a sã doutrina, que o obreiro propicia segurança à igreja. Mas se ele for negligente, e houver prejuízo ao rebanho, a cobrança de Deus será terrível.

“Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia.
A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão (Ez 33.6-8).

A porta oriental (Ne 3.29). O nome indica que esta porta ficava bem ao lado oriental da cidade. Era a porta do oriente no Templo. Também se chamava a Porta do Rei, depois que os judeus voltaram do exílio (1 Cr 9.17). O profeta Ezequiel teve visões importantes com essa porta. Os querubins postaram-Se junto a ela (Ez 10.19). Ele viu a glória de Deus entrar na casa do Senhor pela porta oriental (Ez 43.14). Ali, segundo a Bíblia, “o príncipe” entrará por ela, para oferecer holocaustos. Os judeus fecharam essa porta esperando que um dia o Messias entrará por ela (cf. Ez 46.12).

Essa porta é tão importante que é também chamada de Porta Formosa, e ainda hoje, permanece fechada. Certamente, Jesus entrará por ela com a sua igreja para implantar o reino milenial com a sua capital em Jerusalém.

Quem a edificou. “Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer, defronte de sua casa, e, depois dele, reparou SemaíaS, filho de SecaniaS, guarda da Porta Oriental. Depois dele, reparou HananiaS, filho de Selemias, e Hanum, filho de Zalafe, o sexto, outra porção; depois deles reparou Mesulão, filho de Berequias, defronte da sua câmara” (Ne 3.29,30). Aqui, o que nos chama a atenção é o fato de Mesulão ter construído “defronte de sua câmara”, ou seja, em frente ao seu quarto de dormir.

Aplicação à igreja. Nas igrejas locais, a Porta Oriental deve ser a mais observada, a mais vista. Ela também é chamada de

“A Porta Formosa”. Podemos dizer que essa porta, espiritualmente, é a Porta da Direção de Deus. O oriente ou o leste sempre foram o ponto cardeal, símbolo da direção divina. E não o Norte. O Éden foi construído da banda do oriente (Gn 2.8). O exército de Judá que dava direção ao deslocamento das tribos, no deserto, ficava no oriente (Nm 2.3). A glória do Senhor apareceu ao oriente (Ez 11.23; 43.4). As águas purificadoras saíam para o oriente (Ez 47.1). Os magos foram guiados a Jesus por uma estrela que viram no oriente (Mt 2.9). Zacarias, pai de João Batista, cantou, dizendo que “o oriente do alto nos visitou” (Lc 1.78).

Em toda a igreja, é indispensável, mais do que nunca, que haja a direção de Deus. Existe uma confusão espiritual e doutrinária tão grande que causa perplexidade até nos mais experientes seguidores de Cristo. Contudo, a Igreja do Senhor alcançará os seus objetivos e será coroada na vinda do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

A análise sucinta a cerca da reparação ou da edificação, das portas do muro de Jerusalém, ao tempo de Neemias, leva-nos a meditar como é importante não só haver uma igreja local bem edificada espiritual e fisicamente, mas é indispensável que haja muros de proteção, que garantam a segurança espiritual e moral dos salvos em Jesus Cristo.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Livro de Neemias – Integridade e Coragem em Tempo de Crise – Elinaldo Renovato