12 de fevereiro de 2013

A VINHA DE NABOTE


A VINHA DE NABOTE

TEXTO ÁUREO = “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifarã” (GI 67)

VERDADE PRÁTICA = A trama orquestrada pela rainha Jezabel e o rei Acabe contra Nabote demonstra quão danoso é render-se aos desejos da cobiça e de uma satisfação pessoal.

LEITURA BIBLICA = I Reis 21: 1-5; 15,16

INTRODUÇÃO

A história do rei Acabe é a evolução de uma sequência de erros: Primeiramente ele trocou o Deus verdadeiro por um falso. Isso ele fez quando tentou erradicar o culto ao Senhor e implantar a adoração cananeia no deus Baal.

Em segundo lugar, ele tentou substituir os profetas do Senhor pelos profetas de Baal. Para que seu intento fosse alcançado, promoveu o extermínio dos profetas verdadeiros e pôs em seus lugares os profetas de Baal e de Aserá.

Em terceiro lugar, ele tenta transformar uma vinha em uma horta. O problema residia no fato de que a vinha não era dele, mas de um dos seus súditos que como legítimo proprietário possuía seu direito de posse. Em conluio com sua esposa, a famigerada Jezabel, esse rei fraco e sem personalidade arquiteta uma das mais sórdidas tramas registradas nas páginas Sagradas — a morte do inocente Nabote. E exatamente nesse último episódio que Acabe recebe a visita do profeta Elias, que ao contemplá-lo anuncia um duro julgamento sobre ele (1 Rs 21.1-29).

O episódio envolvendo o rei Acabe e a vinha de Nabote é um dos mais tristes do registro bíblico. Uma grande injustiça é cometida contra um homem inocente. Triste porque vemos até onde pode chegar um coração cobiçoso. Por outro lado, esse fato é um dos que melhor revela a manifestação da justiça divina ante as injustiças dos homens. Acabe matou Nabote e apropriou-se de suas terras, todavia não pôde participar do fruto de seu pecado porque o Senhor, através do profeta Elias, o denunciou e o disciplinou.

Infelizmente a injustiça está presente em todas as culturas e povos,me se manifesta das mais variadas formas, como essa narrada na poesia de
Patativa do Assaré:


Seu moço, me escute uma triste verdade,

Que até dá vontade
Da gente chorar;
Escute quem foi que azarou a minha vida,
Nas terras querida
Do meu Ceará.

Eu era rendeiro do J. Veloso,
Um rico invejoso,
Malvado sem par,
Senhor de dinheiro e de léguas de terras,
De baixa e de serra,
Disponível para arrendar.

Eu, vendo as terras daquele ricaço,
Um certo pedaço
Com gosto arrendei,
Pois vi que o terreno para tudo convinha,
A terra só tinha
Madeira de lei.

Joguei-me deveras na serra fechada,
De foice Conrad,
Machado Collins
Jucá revirava, pau d’arco caía,
E a cobra fugia
Com medo de mim.

Depois de algum tempo, no dito baixio,
De carga de milho
Quebrei mais de cem.
Havia de tudo, melão, macaxeira,
E muita fruteira
Vingando também
De tudo o tributo correto eu pagava,
E sempre me achava
De bom a melhor.
Vivia contente, gostando da vida,
Com minha querida
Maria Loló.

Então, seu moço, fugiu a penúria,
Chegou a fartura
Me enchendo de fé;
Mas veio depois uma inveja danada,
A filha gerada
Do monstro Lusbel.
O J. Veloso, me vendo arranjado,
Ficou afobado,
Pegou a invejar,
Falando zangado, com raiva e com grito,
Dizendo que o sitio
Me vinha tomar.

Pedi a justiça com muito respeito,
Meu justo direito
Naquela questão,
Porém ao matuto sem letra e grosseiro,
Faltando dinheiro,
Ninguém dá razão.
Deixei minha terra, a querida Mombaça,
Que grande desgraça
Seu moço, eu sofri!

Deixei as belezas da terra adorada,
E triste e sem nada,
Cheguei por aqui.
Por causa de inveja, por esse motivo,
Doente hoje eu vivo
No seu Maranhão.
Sofrendo saudade, tormento e canseira,
Gemendo na esteira
Com febre e sezão.

Me resta somente a feliz sepultura,
E a vida futura
Que Nosso Senhor
Promete a quem sofre e padece inocente;
A vida presente
Para mim acabou.
Eu hoje devia viver sossegado,
No sitio arrendado,
No caro torrão:
Porém ao matuto sem letra e grosseiro,
Faltando o dinheiro,
Ninguém dá razão!”

O direito à propriedade no Antigo Israel

De acordo com o livro de Levítico, a terra pertencia ao Senhor (Lv 25.23). Um israelita da Antiga Aliança estava consciente de que o Senhor havia lhe dado o direito de explorar a terra como uma concessão. Assim sendo, ele não poderia vender aquilo que lhe fora dado como uma herança do Senhor. O livro de Números destaca esse fato: “Assim, a herança dos filhos de Israel não passará de tribo em tribo; pois os filhos de Israel se hão de vincular cada um à herança da tribo de seus pais” (Nm 36.7,9). Com isso o Senhor queria proteger seu povo da cobiça, além de garantir-lhe o direito de cultivar a terra para sua subsistência.

A herança de Nabote = Acabe queria a vinha de Nabote de qualquer jeito, mas diante de sua insistência, Nabote contra argumentou (1 Rs 21.3). Nabote era obediente ao Senhor e invocou o poder da lei para se proteger. Diante desse fato o rei cobiçoso ficou triste, pois sabia que até mesmo um monarca hebreu precisava se submeter à lei divina (1 Sm 10.25). Mas Jezabel, sua esposa, que viera de um reino pagão, ficou escandalizada com esse fato.

Entre os reinos pagãos os governantes não eram apenas soberanos, eram também tiranos (1 Rs 21.5-7). Dessa forma ela arquitetou um plano para se apossar da vinha de Nabote (1 Rs 21.8-14).

Os comentaristas Jamieson, Fausset e Brown (1994, pp.288,289) destacam que: “Acabe estava desejoso, devido à proximidade do seu palácio, de possuir esta vinha para fazer uma horta. Propôs a Nabote dar-lhe uma melhor em troca, ou obtê-la por compra; mas o dono se negou a se desfazer dela; e ao persistir em sua negativa, Nabote não foi motivado por sentimentos de deslealdade ou por falta de respeito ao rei, senão por uma consideração consciente da lei divina, a qual por razões importantes havia proibido a venda de uma herança paterna; ou se por extrema pobreza ou dívida, fosse inevitável a cessão dela, a transferência era feita sob a condição de que fosse resgatada a qualquer momento; e em todo caso, que seria devolvida a seu dono no ano do jubileu.

Enfim, não poderia ser desanexada da família, e foi por esse motivo (v.3) que Nabote se negou a cumprir a demanda do rei. Não foi, pois, alguma ignorância ou falta de respeito que irou e desgostou a Acabe, senão seu espírito egoísta que não podia tolerar ser frustrado em seu propósito.

A casa de campo de Acabe e sua horta = Como já ficou demonstrado, o livro de 1 Reis destaca que Acabe possuía uma segunda residência em Jezreel (1 Rs 18.45,46). Era uma casa de verão. Já vimos que a vinha de Nabote estava, pois, localizada próxima a residência de Acabe (1 Rs 21.1). Acabe possuía uma casa real, uma casa de campo, mas não estava satisfeito enquanto não possuísse a pequena vinha do seu súdito Nabote.
Há um grande número de pessoas, mesmos sendo ricas, que não se satisfazem com o que tem. Estão sempre querendo mais, todavia não conseguem encontrar satisfação verdadeira nesse processo. Nenhum ser humano conseguirá se satisfazer plenamente se o seu centro de satisfação não estiver em Deus.

Acabe estava dominado pelo desejo de “ter”, de possuir. Somente a casa de verão, que sem dúvida era majestosa, não lhe satisfazia. Queria agora construir ao seu lado uma horta para que seus desejos pudessem ser realizados. Não se importava em quebrar o mandamento divino: “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Queria por que queria aquilo que pertencia a outrem (1 Rs 21.1,2). Mais do que qualquer motivação externa, Acabe estava totalmente dominado pelos desejos cobiçosos de seu coração. Acabe, portanto, estava mais preocupado com questões estéticas do que éticas. Ele não estava preocupado como agradar a Deus através de sua administração, mas como desfrutar prazerosamente a vida.

Uma excelente exposição sobre o ato de “desejar”, tanto em seu aspecto positivo como negativo, foi feito pelo reverendo J.A. MacDonald na obra The Pulpit Commentary (2011, pp.520,521).

Em primeiro lugar, MacDonald observa que o simples desejo não se configura como cobiça. Ele destaca que a troca é um dos princípios naturais do comércio, visto que se as pessoas não tivessem vontade de irem além do que já possuem, então não haveria motivos para se fazer negócio algum. Todo comércio está fundamentado sobre o desejo de se fazer intercâmbio.

Em segundo lugar, MacDonald destaca que o comércio pode se configurar como uma fonte de bênçãos. Ele põe em relevo os males que se juntam ao comércio como, por exemplo, quando práticas desonestas se agregam a ele. Mas ele observa oportunamente que essas intrusões ilegítimas devem ser vistas como exceções e não como se fossem a regra.

O fato é que o comércio genuíno coloca os países e povos do mundo inteiro em intercâmbio. Dessa forma, o comércio amplia o nosso conhecimento desses países, seus povos e produtos, o que de outra maneira estimula a ciência. Ele também incentiva a filantropia. Socorro é oferecido para angústias que vem através de: fomes, inundações, incêndios, terremotos, e dessa forma missões religiosas são organizadas.

Em terceiro lugar, observa MacDonald que o desejo ilícito se configura em cobiça. Assim sendo não devemos desejar aquilo que Deus já proibiu. Nesse sentido, Acabe estava errado em querer a vinha de Nabote.

Era herança de seus pais, transmitida na família de Nabote, desde os dias de Josué, e que teria sido ilegal se ele se desfizesse dela. (Lv 25.23; Nm 34.7). Acabe estava errado em tentar fazer Nabote transgredir o mandamento do Senhor. Ele nunca deveria ter incentivado o desejo, uma gratificação que teria uma consequência.

MacDonald conclui chamando a atenção para o estudo sistemático da
Palavra de Deus como uma forma de proteção contra toda prática errada.  Não podemos alegar ignorância quando temos a Bíblia em nossas mãos. Também não podemos transferir agora a nossa responsabilidade para os outros. Fazemos pouco uso de nossas Bíblias? Será que a lemos em oração? Não devemos vender a herança moral que temos recebido do passado.

Falso testemunho, assassinato e apropriação indevida As atitudes de Acabe foram acontecendo como uma reação em cadeia. Ê evidente que um desejo pecaminoso não pode dar frutos bons. O problema agora não era somente de Acabe, mas também da sua famigerada mulher, Jezabel (1 Rs 21.7). Foi ela que arquitetou um plano sórdido para se apossar da propriedade de Nabote. Diz o texto sagrado que ela envolveu várias pessoas nesse intento, incluindo os nobres do reino (1 Rs 21.8). Nobres sem nenhuma nobreza! Escreveu uma carta e selou com o anel de Acabe, portanto, com o seu consentimento, para que Nabote, o Jezreelita, fosse acusado de ter blasfemado contra Deus e contra o rei (1 Rs 21.10). Um falso testemunho. Um simples desejo que evoluiu para a cobiça e transformou-se em falso testemunho.

A trama precisava ser bem feita para não gerar desconfiança, e por isso um jejum deveria ser proclamado, como sinal de lamento por haver Nabote blasfemado contra Deus (1 Rs 21.9). Uma prática religiosa foi usada para dar uma roupagem espiritual ao caso. Como foi planejado, Nabote foi apedrejado e morto injustamente! (1 Rs 21.13). Quantas vezes a Bíblia é usada para justificar práticas pecaminosas! Resolvido o problema, agora o rei poderia se apoderar da vinha de Nabote (1 Rs 21.16). Um abismo chama outro abismo. O pecado havia evoluído da cobiça para um assassinato!

Julgamento divino = Acabe e sua esposa Jezabel estavam convencidos de que ninguém mais sabia dos seus intentos. De fato ninguém dentre o povo soube dos bastidores desse estratagema diabólico, exceto Elias, o Tesbita. Tão logo Acabe se apossou da vinha de Nabote, a Escritura diz: “Falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o S e n h o r : Mataste e, ainda por cima, tomaste a herança? Dir-lhe-ás mais: Assim diz o S e n h o r : No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo” (1 Rs 21.17-20).

Deus, portanto, envia o seu julgamento como punição contra a desobediência (Lv 26.14-16; 2 Co 7.19,20); desprezo às advertências divinas (2 Cr 36.16; Pv 1.24-31; Jr 44.4-6); murmuração contra Deus (Nm 14.29); idolatria (2 Rs 22.17; Jr 16.18); iniquidade (Is 26.21; Ez 24.13-14); pecados dos líderes (1 Cr 21.2,12).

Arrependimento e morte = Duas atitudes podem ser tomadas diante de uma sentença divina de julgamento: arrepender-se ou rejeitar a correção. No caso de Acabe o texto sagrado destaca que logo após receber a profecia sentenciando a sua morte, ele: “rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo e jejuou; dormia em panos de saco e andava cabisbaixo. Então, veio a palavra do S e n h o r  a Elias, o tesbita, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante mim? Portanto, visto que se humilha perante mim, não trarei este
mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa” (1 Rs 21.27-29). Acabe arrependeu-se, mas mesmo assim não teve como se livrar das consequências de suas ações (1 Rs 22.29-40; 2 Rs 1.1-17). O pecado sempre tem seu alto custo!

Mesmo no caso de Acabe, a graça de Deus superabunda! A graça de
Deus é de fato algo surpreendente! A graça faz com que um julgamento iminente seja adiado! É, contudo, no Novo Testamento que encontramos quão maravilhosa é a graça de Deus.

Vejamos alguns fatos sobre essa graça:

1. A graça é salvadora — “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). A nossa salvação tem origem na graça de Deus; não foi fruto de méritos pessoais! Todos pecaram (Rm 3.23), mas a graça foi estendida a todo pecador. Onde deveria haver o julgamento, a graça trouxe o perdão! Onde deveria haver morte, a graça trouxe a vida. O texto do capítulo 27 de Atos dos Apóstolos ilustra o poder dessa graça. Esse capítulo revela que o apóstolo Paulo, com muitos outros detentos, era conduzido a Roma para ser julgado. No total estavam no navio 276 pessoas. O texto não diz, mas podemos imaginar que havia no meio dos detentos aqueles que haviam sido presos por roubo, homicídios, etc.

Quando o navio ameaçou afundar, os soldados eram de opinião que os presos, inclusive o apóstolo Paulo, deveriam ser mortos!
Todavia Paulo já havia sido revelado que Deus, por sua graça, não permitiria que ninguém daquele navio morresse naquele naufrágio.
Deus poupou a vida não somente da tripulação do navio, mas de todos os demais presos (At 27.22-44)!

2. A graça impede que o passado nos machuque —- ‘Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.10Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co 15.9-10). Paulo disse que não merecia ser um apóstolo e, se dependesse do seu passado jamais teria sido. Mas a graça foi muito além disso, ela não levou em conta o seu passado e não permitiu que ele machucasse o apóstolo. Não havia mais passado!

3. A graça nos faz operantes — “Trabalhei mais do que todos eles”
(1 Co 15.10). Sem dúvida, Paulo foi o mais ativo dos apóstolos. Por quê? A resposta está no poder da graça de Deus na vida dele. A graça nos tira de uma vida sem sentido e inoperante para nos dar um sentido para viver. A graça nos fortalece!

4. A graça nos ajuda a conviver com as adversidades — “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.8Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.

Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte (2 Co 12.7-10).

A graça de Deus fez com que o apóstolo encontrasse até mesmo no sofrimento razão para se alegrar! Isso soa muito diferente das mensagens pregadas hoje em dia por aqueles que se intitulam “apóstolos”. Esses apóstolos de hoje pregam uma vida abastada e livre de sofrimento. Todavia é um evangelho desprovido da graça de Deus.

5. A graça nos faz vitoriosos — “Graça a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.57). A graça nos faz vitoriosos! O relato da vinha de Nabote revela que o pecado não compensa.

Todas as nossas ações terão consequências, e algumas delas extremamente amargas. Deveríamos medir nossas intenções primeiramente pela Palavra de Deus e somente assim evitaríamos dar vazão aos nossos instintos. Nossas ações glorificariam [a Deus em vez de satisfazer nossos egos. Acabe fracassou porque se esqueceu da Palavra de Deus, preferindo ouvir e seguir a orientação de uma pagã que nada sabia sobre a Lei do Senhor.

Quando alguém quebra a Palavra de Deus, na verdade é ele quem está se quebrando! O texto nos mostra que o nosso Deus é em primeiro lugar onisciente. Acabe fez suas ações sem o conhecimento do povo, mas não de Deus. Ele inspeciona todas as ações dos homens.

Ele é um Deus que perscruta todas as nossas motivações. Isso nos leva à conclusão que nada está oculto aos seus olhos. Por outro lado, o relato nos mostra que o Senhor é grande juiz. Ele faz com que experimentemos o amargor de nossas ações quando elas estão erradas. Essa passagem também demonstra que todo julgamento atende ao propósito de Deus.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

1 -A obra The Pulpit Commentary, relaciona os sete pecados de Acabe: 1 O pecado da divisão — mantendo a adoração falsa em Dã e Betei; 2. O pecado de seu casamento — uma clara violação da lei (Dt 7.1-3); 3. O pecado da idolatria — ele cometeu abominação seguindo os ídolos; 4. O pecado da impureza — ele seguiu a impureza da adoração Cananeia; 5. O pecado de perseguir os profetas — ele também concordou com as ações de sua esposa; 6. O pecado de se relacionar com o perseguidor do povo de Deus — quando poupou Bem-Hadade, rei da Síria; 7. O pecado de assassinar Nabote e seus filhos (vol. 5, Kings, pp.517,518).

2 - Todas as poesias de Patativa do Assará foram compiladas na íntegra no livro: Cante Lá que eu Canto Cá—filosofia de um trovador nordestino. Nessa excepcional obra a editora Vozes optou por manter a fonética do trovador.

3 - JAMIESON, Roberto, FAUSSET, A.R, BROWN, David. Comentário
Exegetico Y Explicativo de La Biblia - tomo I: El Antiguo Testamento. Casa Bautista de Publicaciones. El Paso, Texas, USA.

4 - “Kimchi informa-nos que era costumeiro às pessoas mais ricas ocupar-se de pequenos projetos agrícolas, próximo de suas casa, a fim de embelezá-las, além de dar-lhes um suprimento de verduras frescas. Acabe ofereceu uma vinha melhor, ou dinheiro, se Nabote assim preferisse: mas esse homem não queria fazer nenhum tipo de negócio. Isso lhe custaria a própria vida. A oferta de Acabe, pois, foi “cortês e liberal (ellicott, in loc). Mas era contrária à herança dos hebreus.” (CHAMPLIN, Russel N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, CPAD).

5 - MACDONALD, J.A. in The Pulpit Commentary, vol V, Kings. Hendrickson, USA. Tradução e adaptação do autor.
6 - (berakta) é literalmente “tem abençoado.” Porque era considerado blasfêmia mencionar uma maldição contra Deus (cf. Jó 1.5; 2.5, 9; SI 10.3), os judeus empregavam um eufemismo para mencionar essa prática. A NVI coloca a mensagem no discurso indireto e dá o sentido pretendido: “amaldiçoado” (The Expositors Bible Commentary - 1 & 2 Kings, 1 & 2 Chronicles, Ezra, Nehemiah, Esther,Job. Vol. 4. Zondervan, 1988.
7-  Enciclopédia Temática da Bíblia. São Paulo: Shedd Publicações.

8 - Livro Porção Dobrada - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - José Gonçalves – 2012

7 de fevereiro de 2013

A VIÚVA DE SAREPTA


A VIÚVA DE SAREPTA

TEXTO ÁUREO = “Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Si- dom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25,26).

VERDADE PRÁTICA = Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.

TEXTO BIBLICO = I Reis 17: 8-16

UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA = I Rs 17:13

Seca e fome, assolavam Samaria. Região, governada pelo cruel rei Acabe. Baal, era considerado padroeiro de Israel, pelos idolátras que multiplicavam os cultos pagãos. Uma situação, que não agradava a Deus, em Sua soberania, em contraste com a ineficácia de Baal, os céus são cerrados. O Soberano Criador, envia um mensageiro, para anunciar o "caos" que está por vir. Quem era Baal? um deus, sem poder. Não salvaria Israel e seus muitos seguidores.

Elias, cheio do espírito Santo, do Senhor, se apresenta diante do rei, com uma sentença: "Vive O Senhor, Deus, perante cuja face estou, que nestes anos, nem orvalho, nem chuva, haverá segundo a minha palavra" I Rs 17:1. O rei achou uma afronta "segundo a minha palavra"? Quem ele pensa que é? Ele era, a boca de Deus. A espada, cortante, esmiuçando as imagens e o "poderio" do falso Baal. A partir, de então, Elias, passa a ser perseguido e odiado. O duro coração do rei, não se humilha para O Deus de Elias.

Em provisão, de Pai, Deus, envia Elias ao ribeiro de Querite. Querite, significa: "cortar", "colocar no tamanho certo". Ali, a sós com Deus, o profeta seria moldado. Mas, ele era, um homem de fé, um profeta! Não estaria pronto? A Bíblia, no livro de Tiago, nos diz, que Elias "Era um homem comum, sujeito às mesmas paixões que nós"? Tg 5:17. Você, acha que Elias, não olhava para o céu sem nuvens, procurando os corvos? Não teve, temores durante a noite? Barulhos de animais e o medo, de ser encontrado pelo exército de Acabe? Elias, sofreu. Ele estava acolhido por Deus. Toda Samaria em sequidão, ele à beira de uma fonte de água.

Todos nós, passamos por "Querite". Lugar de "corte", "molde". Também, lugar de intensificar a comunhão, sentar às margens do Rio de Deus. Ali, Elias, estabeleceu, longos diálogos com O Senhor. Derramou lágrimas, foi confortado e transformado. Elias, cresceu. Ficou em Querite, até o dia, em que o riacho secou. Como assim, Deus o deixou? Não, nunca jamais. A seca duraria, três anos e seis meses. É tempo demais. Ele precisaria, partir, prosseguir. Alguns dirão: Já estou em "Querite", fazem mais de três anos. Quando partirei? Deus, tem o tempo e as estações em Suas mãos. Para cada "Elias", um tempo. A nós, cabe, confiar e confiar. Se Ele te sustentou, até aqui, por que temer?


Partindo para Sarepta:

Os problemas acabaram. Agora, o profeta Elias, teria água e comida a vontade "eu mereço", "é minha recompensa". E lá se foi, Elias, para Sarepta, o lugar era escolhido por Deus. Ele obedeceu: "Eis que te enviarei, ali, a uma mulher viúva, que te sustente" I Rs 17:9. Ao chegar, à porta da cidade, ali estava uma viúva, apanhando lenha. "se tem lenha tem fogo, se tem fogo, tem comida, é esta a viúva de quem Deus me falou".

Sarepta, significa "lugar de fundição". Mais uma vez, o homem de Deus, precisaria, confiar e confiar: "traze-me pão". A viúva responde: "Vive o Senhor, que nem um bolo tenho, senão um punhado de farinha e um pouco de azeite" I Rs 17:12. 

"Como esta mulher irá me sustentar, se não tem sequer para si"? Se não tivesse aprendido a confiar na sequidão, talvez, Elias, pensasse assim. Muitos de nós pensaria. Mas não, ele fortaleceu a mulher: "não temas". Em Sarepta, o milagre da multiplicação! Aquela mulher ao ofertar, na dificuldade, recebeu em tão grande quantidade que distribuiu para muitas e muitas, pessoas.

Elias, o sustentado por corvos. Agora, era o corvo para a viúva de Sarepta. È assim que Deus faz conosco. Ele nos consola, para sermos consoladores. Em Sarepta, mais uma preciosa lição: Quantas vezes, estamos, no lugar certo, na hora certa, na direção do Senhor, e não vemos nada? è hora de confiar. Ele honrará nossa fé e obediência. Como fez com Elias, homem comum e sujeito às mesmas paixões que nós.

O que me impressiona, é saber que a viúva de Sarepta, também viveu os mesmos estágios de dificuldade que Elias. Primeiro, esteve em "Querite"(fome e seca), recebeu a provisão, de Deus, "o riacho e os corvos". Depois, ela partiu para o "lugar de fundição". Sim, ela morava lá, mas, falo espiritualmente- Querite e Sarepta são lugares espirituais- Ao partir de Querite, sofreu com a morte do filho. O profeta não havia lhe prometido bençãos? Como é que isto aconteceria? Mais uma vez, a provisão, Deus, Ressuscita seu filho, aleluia! Como passou a viver esta mulher, depois de tão grandes milagres? Certamente, creio que ela foi ser "corvo e riacho", na vida de muitos.

"Deus não vos deixará ser tentado, além do que possas suportar, Ele dará o escape" I Cor 10:13.

Ao nos depararmos em Querite e Sarepta, confiemos e confiemos. Para que, prossigamos, sendo "corvos e riachos", na vida dos que Deus, nos enviar. A Ele, Soberano, Pai amoroso, seja, toda a glória, para sempre e eternamente.

A VIÚVA DE SAREPTA - EXEMPLO DE HUMILDADE E FÉ

"E Elias disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois para ti e para teu filho." (1Re 17:13).
O seu nome não sabemos mas a conhecemos como "a viúva de Sarepta". Mulher de coração bom que nos deixou um exemplo de humildade e fé no Deus que pouco a pouco ela foi conhecendo.

Tudo começou quando o profeta Elias disse ao rei Acabe - o rei que irritou Deus mais "do que todos os reis de Israel que foram antes dele." (1Re 16:33b):
"Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, segundo a minha palavra." (1Re 17:1b).
Esta tremenda seca atingiu a todos, até mesmo o profeta Elias. Mas Deus cuidou dele assim como cuida de todos nós, seus filhos. A Bíblia nos diz que ele foi morar perto do ribeiro de Querite, bebeu de suas águas e foi alimentado por corvos que traziam pão e carne pela manhã e pão e carne à noite. Deus estava no controle de tudo e cuidava muito bem do seu servo. Por causa do plano perfeito que o Senhor tinha para a sua vida, Ele, então, enviou Elias para Sarepta para ali viver.
Lá, naquela cidade, vivia uma mulher viúva, juntamente com seu filho. Por causa da terrível seca que assolava aquela terra, ela esta prestes a morrer quando o Senhor falou com ela. O que Ele disse a esta pobre viúva, não sabemos mas a Bíblia em 1 Reis 17:9 nos diz que Ele falou com Elias o seguinte: "Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eia que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente."

Irmã, esta pobre viúva tinha apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite para fazer um bolo que só dava para ela e para seu filho comerem e, depois, morrerem. Ah, irmã, eu não sei o que faria nesta situação! Não sei como estaria o meu coração - se aberto para ouvir o que o profeta falava (de um Deus que eu não conhecia) ou se fechado pensando apenas em mim e no meu filho. Por um lado, eu estaria agindo com amor, misericórdia e pena de alguém que, assim como eu, também estava faminto e, por outro lado, estaria agindo egoisticamente, pensando somente em mim e no meu filho. Que o Senhor, através do Seu Espírito, sempre esteja me convencendo a ter um espírito misericordioso e sempre pronto a dividir o punhado que Ele tão amorosamente me concede a cada dia!

A decisão desta mulher, que estava a um passo da morte, foi uma decisão sábia, corajosa, misericordiosa e cheia de compaixão para com o profeta. Ela decidiu não só abrir a sua mão mas também o seu coração para dividir o pouco que tinha.

Assim como a viúva de Sarepta, conhecemos pessoas que arriscaram suas vidas ou mesmo doaram toda a sua vida para ajudar pessoas que estavam precisando delas. Por exemplo:
1) Corrie ten Boom foi uma mulher de Deus que viveu na época da Segunda Grande Guerra Mundial, onde a mão pesada de Hittler caía sobre o povo judeu. Muitos e muitos deles foram escondidos no porão de sua casa a fim de escaparem da morte e de campos de concentração. Esta sua decisão a levou para um campo de concentração alemão onde ela foi a única dentre suas irmãs que sobreviveu. Ela arriscou a sua vida por amor a Deus e a Seu povo.
2) Raabe foi uma extraordinária mulher que arriscou a sua vida porque amava a Deus. Ela ajudou os dois espias enviados por Josué, escondendo-os em sua casa para que não fossem mortos pelos homens de sua terra. Ela poderia ser morta mas agiu corajosamente e ficou do lado de Deus e do seu povo.

Irmã, no nosso dia a dia também enfrentamos situações que, muitas vezes, são permitidas pelo Senhor e nos deixam atônitas. O que devemos fazer? Que medida devemos tomar? O que poderá acontecer conosco? Quando estas perguntas surgem em nossas mentes devemos recorrer ao Senhor e ver o que é que Ele quer de nós. Devemos esquecer o  nosso egoísmo, esquecer o nosso eu e ficar do lado do Senhor e do Seu povo. Não pensemos só em nós, em nosso conforto, em nosso bel prazer mas pensemos nos que estão precisando de nós e que tipos de bênçãos podemos derramar nas vidas de outras pessoas. Que o Senhor nosso Deus nos use e nos fortaleça, dando-nos sabedoria e coragem!

No livro "Mulheres Que Amaram a Deus", a autora, Elizabeth George, faz uma comparação entre a viúva de Sarepta e uma outra mulher que viveu nesta mesma época - Jezabel. Ela disse: "A Bíblia nos diz: 'Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons (Provérbios 15:3)'. Na história da vida dessas duas mulheres, vemos o mal e o bem:

A Viúva de Sarepta--------------------------------------Jezabel
 
1- Era pobre porém generosa --------------------------1- Era rica e má
2- Cuidou de Elias -----------------------------------------2- Prometeu matar Elias
3- Acreditou no Deus Todo Poderoso ----------------3- Acreditava em Baal
4- Não possuía nada mas possuía tudo ---------------4- Possuía tudo mas não possuía nada
5- É mencionada na Palavra de Deus ------------------5- Morreu de forma brutal "

Com qual destas duas mulheres você se parece?
Com qual destas duas mulheres você quer se parecer?
Você é uma mulher hospitaleira? Você tem prazer em dividir o pão que o Senhor lhe dá, diariamente? A escolha é sua. A decisão é sua. O querer agradar ao Senhor depende de você. A viúva de Sarepta é um bom exemplo para a sua vida. Siga os seus passos. Seja um exemplo de mulher que tem prazer em dividir não apenas coisas materiais mas principalmente as espirituais. Seja sensível às necessidades daqueles que o Senhor coloca diante de você.

Amada irmã: aja com fé, crendo que o Senhor é Aquele que supre as suas necessidades; aja com fé, crendo que o Senhor é Aquele que vai transformá-la numa mulher hospitaleira (a sua parte é querer ser hospitaleira e a do Senhor é mudar o seu coração); aja com fé, crendo que o Senhor é Aquele que vai transformá-la na mulher do Seu coração - dócil, misericordiosa e sábia. Que o Senhor esteja nos ajudando neste tão grande desejo de mudança e de transformação! E que esta vontade tenha início AGORA para que possamos nos apresentar diante de Deus "aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar..." (2Ti 2:15) Amém!

A VIÚVA DE SAREPTA = 2 Reis 4:1-7

Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos. (II Reis 4:1 RA).

Esta situação nos mostra que também nós, os servos do Senhor, passamos por dificuldades nesta vida. O próprio Senhor Jesus nos diz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16:33 RA).

Esta situação nos mostra também o perigo que corremos quando se perde o cabeça do casal. O inimigo, o credor deste mundo, vem cobrar; ele quer nos arrebatar de volta para a escravidão, ele quer que nossos filhos lhe sejam escravos, e nessa hora, se entrarmos em pânico, entregamos tudo de bandeja para o nosso inimigo, o diabo, o príncipe deste mundo, tudo o que nos pertence. Mas, se procurarmos pela pessoa certa, Ele nos ajudará, Ele nos livrará da escravidão. Precisamos, em tudo que fizermos, primeiramente consultar o Senhor...

Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. (II Reis 4:2 RA)

Precisamos aprender a valorizar o que temos, se soubemos usar o que o Senhor nos dá, seremos muito ricos. Que riqueza maior que o Espírito desejaremos? Se temos o Espírito em nosso espírito, que nos poderá faltar? Somos vasos do Senhor.

Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? (Romanos 9:21 RA). Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. (II Coríntios 4:7 RA).

O Senhor é o nosso oleiro, nós somos seus vasos. Que sejamos vasos que honrem o Senhor. Nossas vasilhas devem sempre estar cheias, devemos nos encher do espírito, e para isso precisamos comer mais da Palavra .

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, (Efésios 5:18 RA).

Precisamos ser como as virgens prudentes, as nossas vasilhas devem estar sempre cheias, transbordando no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. (Mateus 25:4 RA)

E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. (Mateus 25:10 RA).
Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas.
Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia. (II Reis 4:3-4 RA).

Essa Palavra vem nos expor. Senhor, temos o Teu Espírito, que o Senhor nos deu gratuitamente, mas que temos feito? Nossa vasilha está cheia, mas e a de nossos familiares, parentes, amigos, colegas de trabalho, vizinhos, etc., estão vazias. O Senhor nos conclama a que enchamos as vasilhas de todos. O Senhor quer terminar Sua obra, Sua edificação, a igreja, para que Ele possa voltar, mas ainda faltam algumas pedras. Que temos feito para apressar a vinda do Senhor? Temos pregado Seu Evangelho? Temos levado Sua santa Palavra aos que estão procurando? Oh! Senhor tem misericórdia de nós. Faze-nos vasos de honra.

Precisamos também, para que o nosso vaso transborde, estar na presença do Senhor , por isso, entremos no nosso quarto e oremos pedindo ao Senhor que nos ilumine e nos dê força para prosseguimos nessa empreitada. Levemos nossos filhos para que se não deixem atrair pelas coisas do mundo e se tornem escravos do seu credor, o diabo. O Senhor nos conclama a entrarmos na Sua presença e orar.

Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. (Mateus 6:6-8 RA)

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém! Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. (Mateus 6:9-15 RA).

Ele nos livrará do credor deste mundo e não nos deixará ser provado além do que podemos suportar. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. (I Coríntios 10:13 RA).

Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou. Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto. (II Reis 4:5-7 RA).
O Senhor é a nossa provisão, ele excede o que desejamos.

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, (Efésios 3:20 RA)
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7 RA).
E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. (I João 5:14-15 RA).

O PODER DA PALAVRA DE DEUS

Elias foi um dos mais destacados servos de Deus mencionados no Velho Testamento, um daqueles que teve o privilégio de aparecer no monte da Transfiguração (Mateus 17:3). Ele testificou de Deus no meio da idolatria, enfrentando o rei de Israel, a rainha Jezabel, os 450 profetas de Baal e os 400 profetas do poste-ídolo (I Reis cap. 18); ele orou a Deus, e não choveu naquela terra por três anos e seis meses! Um super-homem? Não; “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tiago 5:17).

De onde vinha, então, o seu poder? A resposta é clara: ele dependia do Senhor. Ele confiou, não em si mesmo, mas na força do Senhor, e Deus pôde operar através do Seu servo. Deus é quem o fortalecia (I Reis 18:46), e também foi Deus quem cuidou dele durante o seu ministério. Em três ocasiões diferentes, o Senhor providenciou alimento de forma milagrosa para Elias, alimento indispensável para que ele pudesse continuar testemunhando do Senhor: junto ao ribeiro de Querite (I Reis 17:5,6), na casa da viúva de Sarepta (17:9) e no deserto (19:4-7). Como o número 3, na Bíblia, nos fala de algo pleno, completo, podemos ver aqui, em figura, como Deus pode prover plenamente para todas as nossas necessidades.
Vamos analizar, então, as três ocasiões em que o Senhor, por meio da Sua Palavra Deus fez milagres, providenciou alimento material para Seu servo.

1. Junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão (I Reis 17:1-6)

Note bem o contexto em que Elias se encontrava. O rei Acabe, diz a Bíblia, “fez … o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (I Reis 16:30), trazendo a idolatria para Samaria e Israel, edificando um altar e uma casa para Baal em Samaria, fazendo “muito mais para irritar ao Senhor Deus de Israel do que todos os reis de Israel que foram antes dele” (16:33). Em 16:34 lemos que foi nesses dias que Jericó foi reedificada. Jericó nos fala daquelas coisas que tentam impedir o progresso do plano de Deus, e devem ser destruídas. Deus havia amaldiçoado aquela cidade, dizendo que ela nunca deveria ser reconstruída (Josué 6:26); mas eis um homem, Hiel, o betelita, desafiando o Todo Poderoso.
”Então, Elias…” (17:1). Foi neste cenário que Elias começou a testemunhar. Quando o povo se prostituia com os ídolos, quando a cidade que Deus amaldiçoara estava sendo reconstruída, “então Elias” enfrentou a Acabe e a todo este sistema pecaminoso.

Deus, vendo a sua fidelidade, lhe disse: “Retira-te daqui, vai para a banda do Oriente, e esconde-te junto à torrente de Querite … E ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem”. Elias era o Tesbita (que significa “cativo”); Deus queria que ele fosse para Querite (que significa “separação, alienação”). 

Deus não queria um profeta cativo daquele sistema religioso idólatra, mas um servo que estivesse disposto a partir para um lugar de separação. E “ali mesmo” (não em qualquer outro lugar, mas ali mesmo), Deus iria lhe providenciar alimento.

Elias teve fé, deixou Samaria, foi para Querite, o lugar de separação, e Deus o sustentou com a água daquele lugar e com a comida que os corvos lhe traziam. Que milagre impressionante! Corvos trazendo pão e carne duas vezes ao dia para Elias! Só mesmo o poder de Deus poderia efetuar isto.

Este milagre, porém, só ocorreu porque Elias confiou no Senhor, indo para um lugar deserto na certeza de que o seu Deus poderia sustê-lo. Veja que exemplo de dependência. Um servo menos fiel poderia ter entrado em contato com Obadias, o mordomo do rei, que já havia escondido e sustentado a 100 profetas (I Reis 18:4), e pedido ajuda a ele. Afinal, “Obadias temia muito ao Senhor” (18:3), era um discípulo também; porque não falar com Obadias, “só para garantir”? Elias, porém, possuía a maior de todas as garantias — a palavra do Senhor! Ele sabia que não estava dependendo de Obadias, nem de qualquer outro servo; ele confiava no próprio Deus para o seu sustento. Ele sabia que o seu Deus, o Criador dos céus e da terra, Aquele que cuida dos pássaros e dos lírios, tinha poder para cuidar dele também.

Mas, e hoje em dia? Será que este poder tem diminuído? É claro que não; seria blasfêmia pensar desta maneira. O que acontece hoje em dia é que a nossa visão do poder de Deus é bem menor. Deus ainda deseja que os seus servos se dirijam à Querite, sendo separados (e esta separação é exigida de todo filho de Deus, não só dos “obreiros”). Deus ainda está disposto a nos sustentar “ali mesmo”, através do Seu poder divino.
Mas nós temos achado um meio caminho: queremos ir à Querite, mas insistimos em deixar alguém em Samaria para nos sustentar. Achamos que é necessário criar organizações humanas para poder servir ao Senhor, esquecendo que, se Ele nos chamou, é claro que Ele irá nos sustentar.
Iremos nós, quer por palavras, quer por atitudes, duvidar da Palavra e do poder de Deus? Que possamos ter mais fé: “Retira-te daqui, vai … para junto à torrente de Querite,… E ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem”. “Separai-vos, diz o Senhor; e Eu vos receberei” (II Cor. 6:17-18).”Retirai-vos, saí de lá, … Porque o Senhor irá adiante de vós, e o Deus de Israel será a vossa retaguarda” (Isaías 52:11-12).

Em Querite, então, vemos como o Senhor sustentou Seu servo quando este estava disposto a se separar para o Senhor. Se obedecermos ao nosso Deus, jamais nos faltará o necessário.
Mas Elias, além de ser sustentado quando sua fé foi evidenciada, também foi fortalecido por Deus quando sua fé foi provada e quando sua fé enfraqueceu.

2. Em Sarepta de Sidom (I Reis 17:7-16)

A situação, agora, se torna mais adversa, pois lemos que, “passados dias, a torrente secou, porque não chovia sobre a terra” (v 7). Elias havia sido fiel, os pecadores estavam sendo castigados, mas parecia que ele próprio seria atingido pela disciplina de Deus contra os pecadores! A torrente secou; será que o Senhor iria desamparar aquele que havia obedecido a Ele? Será que Deus se esquecera de Elias, sozinho lá em Querite?

É certo que não! “Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças. Pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de modo que a possais suportar” (I Cor. 10:13). Deus, o mesmo que fez com que a rocha produzisse água no deserto para o povo de Israel (Ex. 17:6) poderia facilmente ter feito com que a torrente não secasse, mesmo sem a chuva. Mas Ele queria fortalecer a fé de Seu servo, e lhe mostrar como, mesmo nas mais adversas circunstâncias, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom. 8:28). O Senhor queria ensiná-lo a não desanimar com as circunstâncias, mas confiar no Senhor para o seu sustento.

Repare nos métodos que Deus usa: primeiro, corvos; agora, uma mulher viúva. A Bíblia descreve somente 9 viúvas, que são facilmente divididas em três grupos de três:
=3 viúvas não muito louváveis: Tamar, que praticou imoralidade (Gen. 38); a viúva de Tecoa, que mentiu ao rei Davi (II Sam. 14:1-21); e a viúva que importunou o juiz (Luc. 18:1-5). Todas estas alcançaram seus objetivos (provavelmente com boas intenções), mas por meios errados.
=3 cujos filhos foram alvos da graça de Deus: Zerua, a mãe de Jeroboão, cujo filho foi escolhido por Deus para reinar sobre Israel (I Reis 11:26, 31); a mãe de Hirão, cujo filho era cheio de sabedoria para fazer os utensílios do templo (I Reis 7:14); e a viúva de Naim, cujo filho foi ressuscitado pelo Senhor Jesus (Luc. 7:12).

=3 viúvas que puseram o Senhor em primeiro lugar: a viúva de Sarepta, que fez um bolo primeiro para o servo do Senhor, e depois para ela e seu filho (I Reis 17:13-15); a viúva pobre, que “deu tudo o que possuía, todo o seu sustento” ao Senhor (Luc. 21:4); e Ana, que “não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações” (Luc. 2:37).
Como é gostoso ver estas maravilhas da Palavra de Deus. Mas além de demonstrar a inspiração verbal e perfeita da Bíblia, estas nove viúvas nos mostram que nosso sucesso não depende tanto de nossas próprias qualidades, mas sim de como deixamos Deus operar em nossas vidas. 

Já temos visto como Elias foi sustentado pelo Senhor quando sua fé foi evidenciada (em Querite, I Reis 17:1-6), e também quando sua fé foi provada (em Sarepta, I Reis 17:7-16). Na terceira vez em que lemos que Deus providenciou alimento material de forma milagrosa para o Seu servo, vemos Elias sendo sustentado mesmo quando sua fé enfraqueceu.

3. No deserto, perto de Berseba (I Reis 19:1-8)

Elias desanimou. Depois de enfrentar ao rei Acabe e aos 850 profetas falsos, ele teve medo da ameaça de uma mulher (Jezabel), fugiu para o deserto, e pediu que Deus lhe tirasse a vida. Depois de demonstrar uma coragem exemplar, ele olha para baixo, assim como fez Pedro quando andava sobre o mar (Mateus 14:25-32), e começa a afundar. Se olharmos para as circunstâncias, fatalmente iremos desanimar. Há outros exemplos na Bíblia de homens que saíram de uma grande vitória e sofreram uma terrível derrota (veja o caso de Noé, por exemplo, em Gên. cap. 9). “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (I Cor. 10:12).
Lemos que Elias veio e se sentou debaixo de um zimbro. Esta planta, que é mencionada só mais duas vezes na Bíblia, sempre nos fala de coisas ruins. Em Jó 30:4, lemos de “filhos de doidos, e filhos de gente sem nome” (v 8), que se alimentavam de raizes de zimbro; e em Salmo 120:4, vemos as brasas vivas de zimbro relacionadas com a língua enganadora (v 3). Este fato reforça a triste situação de Elias, fugindo, no deserto, debaixo de um zimbro, pedindo a morte à Deus.

Elias acordou, comeu, e se fortaleceu, mas ainda teve que andar quarenta dias e quarenta noites até chegar a Horebe, o monte de Deus (v._8). Quarenta é símbolo de provação, e vemos ilustrado aqui o caminho longo e difícil para o crente que se afasta de Deus, e deseja voltar novamente. É sempre mais difícil levantar do que cair. Quando um cristão se afasta de Deus, ele logo vai sentir o peso do seu pecado, e vai querer voltar ao Senhor. Mas todos os maus hábitos que ele aprendeu terão que ser deixados; tudo aquilo que ele já sabia, mas do qual se esqueceu, terá que ser reaprendido; Deus terá que discipliná-lo para que ele possa ser “participante da Sua santidade” (Hebreus 12:10). Elias foi apenas “caminho de um dia” ao deserto (I Reis 19:4), mas teve que caminhar “quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus” (v. 8). Irmãos, vamos permanecer firmes, lembrando quão difícil é o caminho de volta.

Há uma palavra de ânimo e incentivo aqui para aqueles que estão caídos. O caminho de volta foi longo para Elias, mas ele não percorreu este caminho nas suas próprias forças. A Bíblia diz: “Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou … até Horebe, o monte de Deus”! O caminho de volta foi cumprido com a força da comida que Deus lhe havia providenciado. Deus o estava disciplinando, mas Deus mesmo lhe deu as forças para suportar a disciplina.
Isto é semelhante ao caso dos irmãos de José. Eles o haviam abandonado, e o vendido à escravidão, mas, reconhecendo o seu erro, estavam arrependidos (Gên. 42:21-22). Antes de se revelar a seus irmãos, porém, José fez com que eles passassem por maus momentos (Gên. caps. 42-44). Mas naqueles capítulos nós percebemos como este processo estava causando sofrimento até mesmo a José. Duas vezes lemos que ele, escondido dos seus irmãos, chorou (42:24; 43:30); para os irmãos de José, o caminho de volta foi longo, mas José sofreu junto com eles. Que verdade preciosa. Quando um cristão cair, e tentar voltar a ter a mesma comunhão com Deus que ele tinha antes, ele terá um caminho longo e árduo pela frente. Mas ele nunca deve pensar que Deus o abandonou. Quando Deus o disciplinar, Ele o fará com amor, e Ele, como um Pai bondoso, estará se preocupando com o Seu filho.

Vamos lembrar, então, destas três situações na vida de Elias quando Deus o sustentou, lembrando que Deus é poderoso para prover plenamente para todas as nossas necessidades. Em primeiro lugar, se estivermos dispostos a nos separar do mundo e do pecado, segundo a ordem de Deus, podemos ter certeza de que Ele vai nos sustentar ali mesmo, sem a necessidade de recorrermos à métodos ou “instituições” humanas. Em segundo lugar, mesmo quando a situação parecesse adversa, mesmo quando a torrente se seca e pensamos que estamos sozinhos, vamos lembrar que Ele é fiel, e se permanecermos fiéis à Ele, teremos o nosso sustento. E finalmente, até quando nós somos infiéis, Ele permanece fiel, ainda querendo restaurar a nossa comunhão, ainda querendo nos alimentar (espiritualmente).
“Oh! provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia. Temei ao Senhor, vós os Seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor, bem nenhum lhes faltará”. (Salmo 34:8-10).

O PODER DA INTERCESSÃO

1. O intercessor tem consciência do seu papel sacerdotal. A Bíblia nos fala do ministério sacerdotal. No Antigo Testamento, a sua função era a de representar o povo diante de Deus, somente os da linhagem de Arão podiam exercê-lo. No Novo, ele tem um caráter individual e geral, cada crente é um sacerdote de Deus, conforme declara Pedro em sua epístola:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9). E, ainda: “Também. vós mesmos.., sois edificados. ..para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5).

2. O ministério da intercessão no Novo Testamento. No capítulo 17 do evangelho de João, como exemplo, temos a bela oração intercessória de Jesus, em prol dos seus discípulos. A obra da salvação foi completa no Calvário. 

Somente Ele pôde começá-la e concluí-la, perfeitamente (Is 53.1-12). Porém, como intercessor, seu ofício continua. Na cruz, como sacerdote do Altíssimo, ofereceu-se a si mesmo, para expiar a nossa culpa com o seu próprio sangue, e entrou no Céu, para interceder por todos.

a) A oração intercessória deve ser espontânea. Ainda que signifique uma batalha espiritual, porque lutamos contra as hostes satânicas, a oração não deve ser forçada, nem mecanizada. Ela deve brotar do coração como uma nascente de água que jorra da terra com toda a força. Não devemos interceder sem fé, sem acreditar no poder desse tipo de oração.

b) a oração intercessória deve ser feita com um coração disposto, sincero e consciente, perante o Senhor. Não se trata, como alguns pensam, de se expressar palavras bonitas e poéticas, sem uma disposição consciente do coração. E o tipo de oração que revela a sensibilidade para com as necessidades das outras pessoas. É um derramar da alma perante o Senhor (SI 42.2-4; 62.8)..

c) a oração intercessória é um ato em que o íntimo se revela, afetuosamente, em favor das pessoas. Esta afetuosidade na oração é o testemunho do Espírito contra o egoísmo.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus 

BIBLIOGRAFIA

Comentário Bíblico Beacon 


Lições bíblicas CPAD 1995