18 de junho de 2013

A FAMILIA E A IGREJA



A FAMILIA E A IGREJA

TEXTO ÁUREO = “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At  5.42).

VERDADE PRÁTICA = É possível existir família sem igreja, isso precariamente e com graves prejuízos, mas igreja sem família, não.

LEITURA BIBLICA = ATOS 2.41- 47

INTRODUÇÃO

Conforme vimos na primeira lição deste trimestre, a família é a obra-prima de Deus. Ele a instituiu, visando a plena execução de seu plano redentor. Todas as instituições humanas foram criadas a partir da família que, historicamente, é definida como célula-mãe da sociedade. Aliás, até mesmo o povo de Deus, quer do Antigo, quer do Novo Testamento, foi estabelecido e formado a partir da família. A Igreja existiu primeiro no eterno plano e propósito de Deus (Ef 1.4), mas na história surgiu no Dia de Pentecostes. A Igreja aqui na terra é chamada na Bíblia de “família de Deus” (Ef 2.19). Nesta lição, estaremos vendo a relação entre a família e a igreja, como esta poderá auxiliar aquela e vice-versa. Constataremos que ambas, como projetos de Deus, requerem plenamente nossa atenção.

A ORIGEM DA FAMILIA

Com base nas Escrituras Sagradas podemos afirmar que a família é uma instituição de origem divina (Gn 5.1,2).
Após ter criado o homem, Deus fez uma avaliação de toda a Sua Obra e “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

1. Os propósitos divinos. Deus não criou coisa alguma ao acaso. Tudo Ele criou com um propósito previamente estabelecido.

a. A criação do homem. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26) para que tivesse domínio sobre toda a terra. O propósito divino incluía uma vida de felicidade e prazer. Mesmo com trabalho (Gn 2.15), porém sem preocupações, medo ou ansiedade.

b. A criação da mulher. Tudo aquilo que Adão necessitava para sua subsistência havia ali naquele jardim. Contudo, faltava-lhe algo. Deus notou a sua solidão e então providenciou-lhe uma companheira. Deus reconheceu a necessidade de Adão e disse “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele”. (Gn 2.18). Em outra versão (ARA) diz “uma auxiliadora que lhe seja idônea”.

2. Teorias errôneas. Muitos homens ilustres e estudiosos criaram teorias acerca da origem do homem.
Podemos afirmar, sem medo de errar, que tudo o que for escrito a esse respeito que exceda ou se contraponha à Palavra de Deus, é falso e mentiroso. Por essa razão não tem base para despertar credibilidade.

JESUS E A FAMÍLIA

Muitas cenas do ministério de Cristo (pregação, ensino, milagres, refeições, descanso) ocorreram em lares, envolvendo a família inteira, isto é, seus membros em geral. Isto pode ser facilmente visto nos Evangelhos. Quando Ele, da destra do Pai, enviou o Espírito Santo para formar a Igreja no Dia de Pentecostes, seus discípulos estavam reunidos e assentados numa casa de família (At 1.13; 2.2).

1. A família cristã. Na célebre e instrutiva passagem doutrinária sobre a família (Ef 5.22-33), vemos que num lar verdadeiramente cristão, o marido e a mulher, no seu modo de viver e de agir, figuram para a própria família, para a igreja e para o mundo, a união mística, perene e profunda entre Cristo e sua Igreja. A clássica passagem trata da família cristã, entretanto, o nome Igreja é mencionado seis vezes. Isto revela que a família e a igreja são entidades não apenas associadas, mas entretecidas e interdependentes.

2. A importância da família nos planos divinos. Deus deu origem a raça humana mediante uma família: Adão e Eva. Ele fundou a nação escolhida utilizando uma família: Abraão e Sara. Trouxe o Salvador Jesus ao mundo através de uma família: José e Maria, O primeiro ato de Deus após criar a família foi abençoá-la: “E Deus os abençoou” (Gn 1.28). Deus continuou dispensando esta bênção à família, como é patente em Gênesis 5.2; 12.3; 2 8.14, e através de toda a Bíblia.

3. A igreja do lar. Em termos humanos e terrenos, a igreja depende do lar, assim como o lar é dependente da igreja. Uma igreja não pode ser forte, viva e santa com famílias fracas na fé, amortecidas espiritualmente e sem santificação, por adotar o modo de viver do mundo.

4. Cada lar cristão uma igreja. “Lar” vem do latim “lare” que significa parte da cozinha onde se acendia fogo para preparar os alimentos e aquecer o ambiente; daí vem o termo “lareira”. O lar, pois, é o ambiente onde vive a família; ele deve ser aquecido não só pelo “amor do Espírito”, mas também do coração humano o “calor humano”, hoje tão raro, e que tanto ameaça a família. Cada lar cristão deve ser aqui e agora uma igreja do Senhor em miniatura, onde Deus seja conhecido, refletido, visto, obedecido e amado, a piedade seja cultivada e o cristianismo bíblico, praticado.

A FAMÍLIA NA IGREJA PRIMITIVA

1. A Igreja nasceu em um lar. A igreja na sua expressão visível e local nasceu em um lar, como já vimos em Atos 1.13; 2.2 (o cenáculo era um compartimento amplo, acolhedor, mobiliado e arrumado para a ceia). Nos três primeiros séculos da era cristã, provavelmente por razões financeiras, já que era difícil comunidades pequenas e pobres — que normalmente compunham as igrejas locais construírem templos, os irmãos reuniam-se nas casas particulares para partir o pão e comê-lo com alegria e singeleza de coração (At 2.46). Um exemplo disso era a Igreja em Roma: os crentes romanos congregavam-se em casas espalhadas pela cidade, por isso a expressão “a igreja que está em sua casa” (Rm 16.5; 1 Co 16.19; Cl 4.15; Fm v.2).

2. A família no Novo Testamento: quase sinônimo de Igreja. Havia uma perfeita integração entre a família e a igreja. Tão perfeita, que era difícil saber onde terminava a igreja e começava a família. Ambas achavam-se engajadas na expansão do Reino de Deus. E, assim, a igreja caía na graça do povo e crescia diariamente (At 2.47). Não fosse tal integração, a Igreja não teria chegado tão cedo à capital do Império Romano. Além do livro de Cantares de Salomão, que aborda o relacionamento conjugal, a Bíblia não contém mais livros completos sobre a família porque, como já vimos no Novo Testamento, tal instituição é quase sinônimo de igreja, e nos primeiros séculos, as igrejas não tinham templos; congregavam-se em casas de famílias abastadas. A doutrina da família não era apenas ouvida; era vista ao vivo, no lar.

Que este exemplo possa ser seguido rigorosamente! Só pode haver uma igreja forte espiritualmente se as famílias também estiverem fortes, e entre ambas houver perfeita harmonia. Se é verdade que a igreja local e visível procede do lar, logo, o que ocorre diuturnamente na família refletirá na igreja.

A HARMONIA NA FAMÍLIA (Fp 2.2,3)

1. A família comparada à Igreja. Paulo ressaltou a grande importância da família comparando-a à Igreja. Na Igreja existe a cabeça — Cristo, donde emana toda a autoridade e liderança. Da mesma forma deve acontecer com a família.
Assim como a Igreja está sujeita a Cristo voluntariamente, da mesma forma a mulher deve, por amor, estar sujeita ao seu marido.

a. Jesus e a Igreja — um modelo de vida. O homem é chamado a amar sua esposa da mesma forma como Cristo amou a sua Igreja.
Cristo amou a sua Igreja ao ponto de entregar-se por ela. É um amor que significa uma entrega de si mesmo.

2. Como manter uma família feliz (Sl 119.11; At 2.28; Pv 31.30). Viver para Deus é o segredo da felicidade. Ninguém pode sentir-se totalmente realizado se de fato não tem o coração mudado pelo amor de ,Jesus.

a. O crescimento de todos os membros. A família é considerada como um organismo vivo e como tal deve haver um notado crescimento por parte de todos os seus membros.
Este crescimento integral implica na satisfação das necessidades fundamentais e na concretização e realização dos desejos indispensáveis à vida, cumprindo-se assim o propósito divino.

3. A preservação de problemas na família (1 Co 14.40; Rm 12.2; Mt 6.10). Muitos problemas podem ser resolvidos e até mesmo evitados, se cada membro da família se propuser a servir ao Senhor de todo o coração, entregando-se totalmente a Ele, deixando de fato que Ele oriente.
Essa entrega total deve começar cedo, isto é, desde a escolha do cônjuge, e continuar pela vida afora em todas as situações.
Fazer da Bíblia o manual de estudos da família, ter cuidado em cultivar o culto doméstico, saber utilizar o tempo, podendo, dessa forma, reservar momentos agradáveis para reuniões em família, e ainda, que cada membro se conscientize da sua posição na família e cumpra os propósitos de Deus a seu respeito.

O PAPEL DA FAMILIA NA EXPANSÃO DA IGREJA

A Igreja de Cristo nasceu dentro da estrutura familiar no oriente. Estes viviam em comunidades de pessoas que eram ligadas por vínculos de matrimônio e parentesco e regida pela autoridade do pai. Esse sistema foi colocado a serviço de Deus para a edificação da igreja do Novo Testamento (At 10.24-48; 16.15, 31-33). A Escritora Dorothy Flory de Quijada em seu escrito sobre “A Família na missão de Deus” diz o seguinte: “o apóstolo Paulo menciona freqüentemente a família em seus escritos e usa termos de carinho para expressar suas próprias relações com o corpo de Cristo (Gi 1.2,3; 1 Tm 1.2) incluindo a imagem de uma mãe nutrindo e cuidando dos filhos (1 ‘Es 2.7)”. Essa declaração demonstra o quanto a igreja através dos seguidores de Cristo nutre a importância e a referência de uma família na configuração e desenvolvimento da Igreja de Cristo.

O PAPEL DA IGREJA COMO AUXILIADORA DA FAMILIA

A igreja atua como uma auxiliadora tanto na preparação quanto na preservação da família para o cumprimento de seus elevados propósitos e objetivos. Ela deve levar os pais a conscientizarem-se de sua responsabilidade na formação moral e espiritual de seus filhos.
Para que isso aconteça a igreja promove, o batismo (Mt 28.19; At 10.47, 48), a santa ceia (1 Co 11.23-27), a apresentação de recém-nascidos (Lc 2.22), cerimônias religiosas de casamento, que são precedidas de alguns encontros de orientação pastoral, curso e estudos com ênfase sobre a educação da família e seus aspectos primordiais, encoraja à prática da devoção e adoração no lar, promove a integração entre as famílias que compõem a igreja local. Essas e outras funções visam ao reconhecimento da salvação por intermédio de Jesus Cristo, da vida como um dom de Deus (Ef 1.3), traz à compreensão da natureza religiosa do matrimônio e da instituição da família (1 Co 7.10-17), e promove ações sociais (2 Co 8.1-7).
De acordo com o dicionário da língua portuguesa sociedade é o agrupamento de seres que convivem em estado gregário e em colaboração mútua. Dentro de uma concepção bíblica, Paulo procura resgatar através da igreja as condições saudáveis para se ter uma sociedade irrepreensível e sincera (Pp 2.15).
Podemos definir sociedade e seus aspectos sociedade como uma estrutura composta de famílias, cujas peculiaridades sáo descritas em termos das relações familiares nela existente. A estrutura social é formada por grupos que ligados entre si, são considerados como uma unidade onde todos participam e compartilham de uma mesma cultura com leis comuns.

A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA

1. A família coopera eficazmente com a Igreja: através do seu bom testemunho perante o mundo, de uma vida no santo temor de Deus, da obediência às doutrinas bíblicas e observância das normas da igreja local através do seu pastor, uma vez que tudo esteja “conforme a sã doutrina”.

2. A freqüência normal e regular da família aos cultos e a outras atividades da igreja. A família deve apoiar os projetos e trabalhos da igreja não só orando e jejuando, mas também de várias outras formas, de acordo com o que for estabelecido pelo pastor.

3. A família contribuindo para a igreja. Os dízimos e ofertas da família devem ser entregues igreja como expressão da sua adoração, do seu amor e gratidão a Deus.

4. A freqüência normal e regular à Escola Bíblica Dominical. A principal agência de ensino da igreja é fundamental para toda a família: da criança ao idoso.

IV. A IGREJA COOPERANDO COM A FAMILIA

No capítulo 16 de sua Epístola aos Romanos, Paulo cita diversas famílias que muito o ajudaram em seu ministério, O apóstolo deixa bem patente que sem elas o seu trabalho seria infrutífero. Aliás, a mesma preocupação é manifestada em suas outras epístolas.
Por isto, deve a igreja ter um cuidado especial com as famílias, porque se estas forem bem constituídas, aquela também o será; se as segundas forem avivadas, a primeira haverá de experimentar um grande crescimento.

A igreja, por conseguinte, pode ajudar:

1. Orando pelas famílias. A família sofre os mais impiedosos ataques de Satanás. Por isto devem as igrejas estabelecer cultos de oração e intercessão pelos lares, a fim de que estes sejam fortes e espiritualmente sadios.

2. Aconselhando as famílias. É urgente que as igrejas, através de seu ministério, se dediquem ao aconselhamento das famílias. Desta forma, estaremos evitando conflitos e separações entre os cônjuges.

3. Visitando as famílias. As famílias devem ser visitadas regularmente por seus pastores, para que elas se sintam inseridas e engajadas no Reino de Deus. Receber o anjo da igreja, em casa, é sempre uma bênção.

4. Marcando reuniões específicas para as famílias. Nessas reuniões, o pastor da igreja terá oportunidade de dispensar um tratamento especial às famílias, ajudando-as a superar dificuldades e a solucionar problemas, Os temas serão específicos: conflitos conjugais, criação de filhos, finanças etc.

O LUGAR DA FAMÍLIA NA IGREJA

1. Cooperação nos cultos (Hb 10.19-25). Ao que tudo indica os crentes hebreus estavam negligenciando a assistência ao culto. Há muitos pais que se descuidam e não dão muita importância ao fato de levar seus filhos à Igreja.

2. Cooperação nos trabalhos. Todas as famílias da Igreja devem estar envolvidas nos trabalhos. E tempo de todo o crente estar ativo. Há muito trabalho para ser realizado (Rm 12.11).

3. Completando a vida espiritual do lar. (1 Co 16. 15-16). Os pais são os responsáveis diretos pelo bem estar espiritual de seus filhos, mas Deus instituiu a Igreja para os ajudar a cumprir esta árdua tarefa.

CONCLUSÃO

Portanto, não podemos separar a igreja da família, nem esta daquela; ambas fazem parte do grande projeto de Deus para a humanidade. Estava tão consciente disso o apóstolo Paulo que, em sua Epístola aos Efésios, explica ele mistério da Igreja, fazendo um belíssima alegoria com o casamento (Ef 5.22-32).
Esforcemo-nos, pois, a fim d que o nosso lar seja realmente um perfeita simbologia da Igreja. Somente assim, haveremos de glorificar a Deus através de nossa pie dosa atitude.
A família é o principio norteador da sociedade a igreja opera pelo equilíbrio espiritual sendo fonte para a família e referencial para a sociedade. Entendemos que a comunidade cristã tem tarefas que ultrapassam as fronteiras das famílias que a compõem. Por isso estas famílias são chamadas a vivenciar sua vocação cristã e influenciar a sociedade. A família está sendo desafiada nos dias atuais para ser igreja e viver as funções básicas da vida comunitária entre si, crescer espiritualmente, ou ouvir a palavra bíblica orar e cantar, bem como apoiar-se, ajudar-se, aconselhar-se e com isso alcançar o crescimento que é proposto pelo exercício da fé em amor no meio a uma geração corrompida.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas BETEL 2010
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 2004
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1990
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1985



12 de junho de 2013

A FAMILIA E A ESCOLA DOMINICAL



A FAMILIA E A ESCOLA DOMINICAL

TEXTO ÁUREO  = “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16).

VERDADE PRÁTICA = “Evangelizando e ensinando, a Escola Bíblica Dominical constitui-se no principal departamento da igreja”.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO  = Pv 22.6; = 2 Tm 3.14-17; = Dt 6.6,7

INTRODUÇÃO

Ao ensejo do Dia Nacional da Escola Dominical, focalizaremos a importância do ensino sistemático das doutrinas bíblicas no desenvolvimento do caráter cristão. Não se pode conceber urna igreja sem Escola Dominical, pois os crentes necessitamos do ensino bíblico para vencer a todos os percalços de nossa jornada. Sobre a importância da Escola Bíblica Dominical, pronuncia-se A. S. London: “Extinga a Escola Bíblica Dominical e, dentro de 15 anos, sua igreja terá apenas a metade dos seus membros.”

I.O QUE É A ESCOLA DOMINICAL?

A Escola Bíblica Dominical é o principal departamento da igreja. Eis corno o pastor Antonio Gilberto a define: “...a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim os dois lados da comissão de Jesus à Igreja , conforme Mt 28.20 e Mc 16.15. Ela não é uma parte da Igreja; é a própria Igreja ministrando ensino bíblico metódico”.

II. A ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

1. No Velho Testamento. Embora seja uma instituição relativamente moderna, as origens da Escola Bíblica Dominical encontram-se nas Escrituras Sagradas. Vejamos rapidamente, pois, como a Palavra de Deus era ensinada nos antigos tempos.

a. Nos dias de Moisés. No período mosaico, eram os próprios pais os encarregados pelo ensino religioso aos seus filhos. Eis o que recomendou o Senhor por intermédio de Moisés: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando- te e levantando-te” (Dt 6.6,7).  Além do ensino informal ministrado no recesso do lar, eram realizadas também reuniões públicas: “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei’‘ (Dt 31.12).

b. Nos dias dos profetas, sacerdotes e reis. Concomitantemente com os encargos cultuais, dedicavam-se os sacerdotes também ao ensino da lei, ( Jr 18.18). Todas as vezes que um monarca judaíta propunha-se a servir a Deus, unia das primeiras providências que tomava era justamente incentivar os sacerdotes a prosseguir com o doutrinamento do povo. Assim agiram, por exemplo, o piedoso Ezequias e o inigualável Josias. Entre esses notáveis soberanos, incluímos o rei Josafá. De seus ingentes esforços para ensinar seus súditos, registrou o cronista: “E exaltou-se o seu coração nos caminhos do Senhor e ainda de mais tirou os altos e os bosques de Judá. E, no terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes, a Bencail, e a Obadias, e a Micaia, para ensinarem nas cidades de Judá” (2 Cr 17.6,7).

Como seria bom se todos os nossos pastores se dedicassem ao ensino do povo de Deus. Tenho absoluta certeza de que não teríamos mais igrejas fracas e espiritualmente enfermas. Os crentes seriam mais firmes e se dedicariam com muito mais afinco à expansão do Reino de Deus. Pastor, tens ensinado teu rebanho nos santos caminhos do Senhor? Ou tens perdido tempo com vâs filosofias e histórias que nenhuma edificação trazem?

c. Nos dias do cativeiro babilônico. Os judeus foram levados cativos a Babilônia em três sucessivas levas: 606, 596 e 587 a. C. Longe de Israel e do Santo Templo, que já não mais existia, ficaria o povo à mercê das pompas cultuais pagãs e da lubricidade da adoração gentia. Entretanto, mesmo arredados a centenas de quilômetros da Formosa Terra, Deus não permitiu que eles desaparecessem como nação, nem perdessem sua identidade como povo escolhido. Além dos profetas, suscita-lhes o Eterno dedicados escribas e sacerdotes que reavivam o estudo da Lei e dos outros santos escritos. Foi durante o cativeiro babilônico que surgiram as sinagogas. Essas instituições, explica-nos Benson, tinham duplas finalidades: “As sinagogas eram casas de ensino , tanto para crianças como para adultos.”Em suma, pois, eis como funcionavam as sinagogas: Durante a semana serviam como escola para as crianças, e, aos sábados, como ponto de reunião para o estudo da Lei.

d.Nos dias de Esdras. Esdras foi um dos homens mais cultos da nação hebraica. Ele, a propósito, tem sido comparado a Moisés por ter sistematizado as Sagradas Escrituras e delimitado o cânon do Velho Testamento. Como um dos líderes dos repatriados judeus, muito se preocupou com a educação religiosa de seus conterrâneos. O pastor e professor Antonio Gilberto explica-nos como funcionava a escola dirigida pelo esforçado sacerdote: “Esdras era o superintendente (Ne 8.2), o livro-texto era a Bíblia (v.3), os alunos eram os homens, mulheres e crianças (vv. 3;12;43). Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos e outros treze serviam como professores, ministrando o ensino (vv 7;8). O horário ia da manhã ao meio dia (v.3).” Sem a intervenção de Esdras, que além de sacerdote era habilidoso escriba, o povo não teria suportado tantas provações, dores, angústias e não poucas lágrimas.
Os filhos de Deus somente resistirão aos dias maus se estiverem alicerçados nas Sagradas Escrituras.

2. No Novo Testamento. Se o ensino bíblico era importante para a antiga aliança, quanto mais para a nova. Isto porque, como religião universal, o cristianismo não necessita apenas de adeptos. Necessita de homens, mulheres e crianças que realmente tiveram uma experiência marcante com o Senhor Jesus. Mas, deque forma podemos nos inteirar das verdades cristãs a não ser com o ensino sistemático do livro dos livros.

a. Nos dias de Jesus. Cristo foi o Mestre dos mestres. Até mesmo seus mais ferrenhos adversários admiravam- se da excelência e supremacia de seus ensinos. No Evangelho de Marcos, lemos: “E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Mc 1.22). Grande parte do ministério terreno do senhor Jesus foi ocupado com o ensino (Mt 4.23; 9.35). Ele não perdia oportunidade. O Senhor ensinava nas sinagogas e em casas particulares (Mc 6.2; Lc 5.17; Mc 2.1).

Ensinava também no Santo Templo e nas humildes e esquecidas aldeias (Mc 12.35; Mc 6.6). Ante as multidões, expunha com simplicidade e terna beleza os escondidos mistérios do Reino de Deus (Mc 6.34). Cristo, todavia, não esquecia os pequenos grupos, como costumam fazer determinados evangelistas, que falam apenas às massas e se recusam a ministrar a pequenos rebanhos. Os tais se esquecem de alço fundamental: onde estiver dois ou Ires reunidos no nome de Jesus, o próprio Senhor estará no meio deles.

Como o maior de todos os ensinadores, Cristo era chamado com muita justiça de Rabi. Esta expressão hebraica não significa apenas Mestre. Ela quer dizer muito mais. Todas as vezes que alguém se dirige a Cristo, chamando-o de Rabi, declarava-lhe literalmente: “Minha Grandeza”. Como o inigualável Mestre, deixou-nos na Grande Comissão a responsabilidade de não somente evangelizar, como também ensinar (Mt 28.18,19). E, foi isto exatamente o que fizeram seus discípulos.

b. Nos dias da Igreja. Após a ascensão de Cristo, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. Lendo o livro de Atos, vemos que a Igreja em seus primórdios dava muita importância ao ensino das doutrinas bíblicas. Leia Atos 5.41. Em suas viagens missionárias, Paulo jamais se descuidou do ensino cristão. Acompanhado de Barnabé, ele ficou um ano todo a ensinar os irmãos em Antioquia (At 11.26). Com a mesma finalidade, o tolo permaneceu três anos em Éfeso (At 20.20,31). Na capital do Império Romano, Paulo dispendeu seus últimos dias com o ensino do Evangelho (At 28.31).

3. Nos dias atuais. A Escola Bíblica Dominical, como hoje a conhecemos, começou na cidade inglesa de Gloucester. Este maravilhoso empreendimento teve início quando o jornalista evangélico, Robert Raikes, de 44 anos, foi profundamente tocado por Deus a fazer algo pelas crianças de sua cidade, que perambulavam pelos antros.
Desta forma, Robert Raikes saiu às ruas e passou a convidar as crianças para participarem de uma reunião dominical que, daí por diante, tornar-se-ia uma das mais fortes tradições da Igreja Cristã.

Nessa tarefa, Raikes contou com a valiosa ajuda de William Fox. Segundo as diretrizes estabelecidas por Robert Raikes, além dos ensinos bíblicos, ministrar-se-ia também às crianças, nessas reuniões dominicais, outras matérias: gramática, aritmética e moral e cívica. No Brasil, a Escola Dominical começou em Petrópolis em 19 de agosto de 1885. A iniciativa coube ao missionário Robert Read Kalley, da Igreja Congregacional.


III. OS OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL

Como já vimos no início desta lição, a Escola Bíblica Dominical tem dois objetivos básicos: a evangelização e o ensino. Desta forma, ela cumpre integralmente as diretrizes traçadas por Cristo na Grande Comissão.

1. Evangelização. Sendo a evangelização um dos seus objetivos, os ensinos da Escola Dominical não podem ser apenas bíblicos. Precisam ser bíblicos, mas essencialmente evangélicos. Em outras palavras, quaisquer que sejam os assuntos em estudo, temos que nos referir, obrigatoriamente, à morte e ressurreição de Cristo. Sem estes elementos básicos e indispensáveis da fé Cristã, a ED jamais cumprirá a sua missão evangelizadora. Quanto a este aspecto da Escola Dominical, escreve Cathryn Smith: “A Escola Bíblica é uma escola diferente, porque, aqui, professores e alunos são responsáveis pelo recrutamento de novos discípulos. A igreja pode utilizar-se desse princípio como estratégia para alcançar as multidões com a sua influência, coordenando o seu programa de expansão através do organismo já existente na EBD”. Com bastante propriedade, complementa a autora: “A Escola Bíblica Dominical é a agência evangelizadora por excelência da igreja”.

2. Ensino Cristão. É na Escola Bíblica Dominical que vamos adquirir um ensino sistemático e ordenado das doutrinas bíblicas. Sem este embasamento doutrinário, jamais cresceremos na graça e no conhecimento do Senhor. Façamos uma pesquisa e descobriremos que os obreiros bem sucedidos foram assíduos freqüentadores da Escola Dominical. Escreve o Dr. C. H. Benson: “Um cálculo aproximado assinala que 75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% dos pastores e missionários foram, em qualquer tempo, alunos da Escola Dominical” 


Convencer a Igreja desta necessidade tem sido um grande desafio nos dias atuais. Não há dúvidas que a escola bíblica dominical compete com o cansaço e o lazer. E na maioria das vezes é quase uma competição desleal. Pois sempre o lazer e o cansaço vencem!

Infelizmente estes cristãos também são presas fáceis de Satanás justamente por falta de conhecimento bíblico. Grande parte não tem o hábito de ler livros cristãos, freqüentar palestras e cursos de capacitação, ler comentários bíblicos. Outros são ainda piores, nem ao menos lêm a bíblia e quando estão diante de um desafio não têm a menor base para enfrentar aquela situação, lançando mão de uma teologia própria ou mal ouvida de um pastor no rádio, televisão ou de uma mensagem mal compreendida no domingo à noite. Finalmente, por não terem sucesso, culpam a Deus ou a igreja pelos seus infortúnios!

A escola dominical permite o diálogo entre o ouvinte e o professor, privilégio que os cultos normais não oferecem. Permite ao aluno questionar o professor sobre uma questão mal compreendida. E acima de tudo dar a sua opinião sobre o tema.

É verdade que a escola dominical não forma teólogos, até porque não é a sua proposta. Ela forma crente sadios, bem embasados na fé cristã, família comprometida com a verdade e ética cristã e crianças mais bem preparadas para adolescência. Adolescente preparado para a juventude e jovens preparados para assumirem uma família dentro dos padrões do evangelho. Daí a necessidade de toda a família freqüentar a escola bíblica dominical.

Outra grande vantagem da escola bíblica dominical é que, como ela é dividida em classes nas suas faixas etárias, permite uma comunicação mais proveitosa entre professor e aluno através de linguagem e exemplos pertinentes á idade daquela classe. Aí então todos os assuntos são direcionados para atingir as necessidades daquele aluno, independente do tema que esta sendo abordado e dando mais liberdade para o professor falar abertamente do tema, pois o assunto não é segredo para ninguém daquela sala.

Em resumo, você cresce e amadurece muito na fé cristã quando você freqüenta uma escola bíblica dominical.

Venha participar conosco! Se a sua igreja ainda não tem escola dominical, você esta sendo desafiado a procurar o seu pastor e se dispôr a auxiliá-lo no que for necessário a fim de que possa implantar uma escola bíblica dominical na sua igreja.

Escola bíblica dominical
Nossa escola acontece todos os domingos de 9:00hs as 10:30hs da manhã. Termos como principal objetivo proporcionar o amadurecimento cristão de nossos alunos, bem como uma continua reflexão de comportamento e atitudes frente à família, sociedade e Igreja evangélica, tendo como a principal referência a Palavra de Deus - Bíblia.

Abordando temas como infidelidade, medo, orgulho, perdão, nossas aulas para adultos têm levado os alunos a conhecer mais a si mesmos e a entender que apesar de sermos humanos e mesmo com todos os nossos instintos e emoções, somos plenamente capazes de viver uma vida de verdadeiros cristãos. E acima de tudo glorificando a Deus através do fruto do Espírito cultivado em nós, segundo o que nos orienta o livro de Gálatas 5: 22-25. Moldar o caráter á luz da palavra de Deus é a proposta de uma escola bíblica dominical teologicamente correta!

CONCLUSÃO

A Escola Dominical é um agente transformador da sociedade, muitas vidas podem ser modificadas através dos ensinos dominicais. Por isso compareça, traga sua família, convide pessoas não crentes para participar das aulas, você como igreja estará praticando o texto de Mateus citado acima. Temos várias salas de aula para atender todos os públicos da igreja.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1990


2 de junho de 2013

A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMESTICO



A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMESTICO

TEXTO ÁUREO = “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).

VERDADE PRÁTICA = O culto doméstico, além de desenvolver na criança o princípio da adoração a Deus, sedimenta em nossos filhos os verdadeiros valores morais.

LEITURA BIBLICA  = SALMOS 78.1-8

INTRODUÇÃO

Através de Moisés, o Senhor intima os israelitas a repassar aos seus filhos, com toda a diligência, os princípios da Palavra de Deus (Dt 6.7). Isto significa que os mais importantes conceitos da vida são formados na intimidade do lar e reforçados no culto doméstico.
O culto doméstico significa literalmente o culto da família. E, portanto, urna oportunidade da família, reunida, manter a comunhão constante com Deus, através da leitura da Sua Palavra, da oração e dos cânticos de louvor

 PAIS CONSCIENTES DO SEU DEVER

1. Adão. Quando os filhos de Adão ofereceram ao Senhor as primícias do seu trabalho (Gn 4.3,4), demonstraram haver recebido de seus pais conceitos sólidos sobre Deus e seu relacionamento com o homem. Isto significa que Adão e Eva faziam o culto doméstico com os seus filhos; doutra forma: como poderiam eles saber acerca do culto ao verdadeiro Deus?

2. Noé. Por ocasião do encontro de Deus com Noé, ordenou-lhe o Senhor: “Entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo” (Gn 6.18). Conclui-se, pois, que se Noé não houvesse ensinado os seus filhos a obedecerem a Deus, eles não teriam entrado na arca com o pai.

3. Abraão. O próprio Deus dá este testemunho de Abraão: “Pois eu o escolhi para que ele ordene a seus filhos ... para que guardem o caminho do Senhor; deste modo o Senhor realizará para Abraão o que lhe prometeu” (Gn 18.19 – A Bíblia de Jerusalém).

Esta passagem assinala a responsabilidade que Deus confia ao sacerdote do lar. Temos por dever ensinar aos filhos os preceitos da vida espiritual e ter a percepção da vontade divina para a vida de cada membro da família, a fim de que Deus encontre lugar neles para os seus propósitos.

4. Os pais de Moisés. As atitudes de Moisés (Hb 11.24-27) denotam a diligência dos seus pais na transmissão do conhecimento de Deus no âmbito doméstico.
Moisés passou muito mais tempo sob a influência da cultura egípcia, no palácio de Faraó, do que com os seus pais. Todavia, o curto período em que estivera na casa paterna foi suficiente para que a sua fé em Deus fosse devidamente estruturada. Este exemplo é apropriado para a vida moderna. Hoje as crianças permanecem mais com os de fora do que com os pais. Por isto todo o tempo de convívio com a família deve ser sabiamente administrado pelos pais para imprimir e reforçar os valores espirituais indispensáveis à vida de seus filhos.

5. Eunice e Lóide. O ministério de Timóteo tinha como base o conhecimento adquirido em três fontes: os rabinos que o instruíram na sinagoga; os mestres cristãos, entre eles, Paulo; e, principalmente, sua família — sua mãe e sua avó. Em 2 Timóteo 3.15, Paulo faz-nos entender que o conhecimento secular torna o homem culto, ao passo que o conhecimento e a prática (Mt 7.24) das Sagradas Letras faz o homem sábio. Eunice é lembrada como a mãe piedosa e dedicada à instrução espiritual de seu filho. Ë o modelo para todas as mães cristãs.

 PAIS NEGLIGENTES

1. A negligência de Ló. A maneira como Ló comportava-se diante de sua família, assentado passivamente à porta da iníqua e pecaminosa Sodoma (Gn 19.1), contribuiu de forma substancial para que suas filhas chegassem à decadência moral a que chegaram (Gn 19.31-38).
Apesar de suas virtudes, ele não foi diligente na formação espiritual e moral de suas filhas permitindo-lhes conviver numa sociedade como a sodomita, que lhes deformaria o caráter e os padrões morais. Esta falta de firmeza teve como conseqüência a desestrutura da família e a geração de uma descendência ímpia.

2. O povo de Israel. Em Juízes 2.10, vemos a negligência de todo um povo quanto à ordenança divina de repassar os conhecimentos de Deus aos filhos. Tudo aquilo aconteceu porque se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor. Se os pais estivessem comprometidos com a recomendação de Moisés (Dt 6.7), aproveitando todos os momentos em família para transmitir os valores espirituais aos seus filhos, aquela tragédia teria sido evitada.

Se hoje existem filhos de crentes que não reconhecem o poder e a soberania do Senhor, isto se deve à negligência dos pais em relação às Escrituras Sagradas. Deus exige que os pais cuidem da formação espiritual de seus filhos. Se não atentarmos para este dever, traremos desastrosos resultados à sua vida. Se quisermos uma igreja fiel e consciente de seus deveres, devemos cuidar que nossos filhos sejam fiéis ao Senhor e à sua Palavra. E isto deve ser feito através do exemplo e do diálogo.

a)      A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO = Dt 11.13-23

A importância do culto doméstico evidencia-se no fato de que as Escrituras nos ensinam o dever de adorarmos a Deus (Sl 95.1-6; Ap 14.7).

1. É uma prioridade (vv. 13.22). O desconhecimento dos preceitos de Deus pode ocasionar a desobediência. A diligência em ensinar os preceitos de Deus aos filhos contribui para a obediência que cada filho, em particular, deve ao Senhor.

2. É um fator de segurança e prosperidade. Ao insistir pela obediência aos seus preceitos, Deus ensinava a Israel como tornar-se forte e capaz de dominar as forças inimigas que o cercavam. Era o meio seguro para o sucesso e a prosperidade. (v. 18).
Os versículos anteriores enfocam duas importantes advertências feitas a Israel: a primeira diz que a obediência aos preceitos divinos traria força e tranqüilidade ao povo; e a segunda, que o pecado encurtaria os seus dias na terra e impediria a sua prosperidade, quer como indivíduos, quer como povo (vv. 16,17).

3. É uma escola diária e permanente. Esta é a feliz concepção de muitas famílias. Moisés expõe três importantes regras para quem quiser prosperar e vencer na longa jornada da vida:

a. Coração cheio da Palavra de Deus. “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma”. Este é também o meio bíblico, recomendado ao crente, para preservar-se do pecado. Leia SI 119.11.

b. Olhos fixos na Palavra de Deus. “Atai-as por sinal na vossa mão”. Este era o único meio para tê-la sempre presente, como guia no caminho da justiça. Só assim seria possível ao israelita meditar na Palavra de Deus.

e. A Palavra na boca para ser proclamada. (v.. 19-ARA). A Palavra de Deus ensina que devemos aproveitar as nossas oportunidades “remindo o tempo” (Cl 4.5).

b) A IMPORTÃNCIA DO CULTO DOMESTICO

De que maneira conseguiremos formar devidamente nossos filhos? Através do culto doméstico. Somente assim haveremos de fortalecer os laços de afeição, amizade e comunhão entre os membros de nossa família. Quando isto acontece, a própria igreja é fortalecida, pois a sua base é formada por famílias.
Se este padrão for seguido, cada geração será melhor e mais forte espiritualmente do que a anterior. Muitos reclamam da frieza espiritual da igreja moderna, mas será que eles formaram filhos “fervorosos” na fé? Será 
que os cultos familiares são aquecidos com a presença do Espírito? (2 Tm 3.14).

Paulo mostra que a vida de Timóteo achava-se alicerçada naquilo que havia aprendido. Por conseguinte, a superficialidade de alguns rebanhos deve-se a um ensino deficiente que não pode ser atribuído necessariamente àquilo que se aprende ou deixa de se aprender na igreja, mas sim no lar. O culto doméstico é a essência da formação cristã em família.

OS PRIVILÉGIOS DO CULTO DOMÉSTICO

Os crentes realizam o culto doméstico com o propósito de obter comunhão com Deus. Consideram- no um motivo de prazer, um privilégio e não uma obrigação enfadonha.

1. Bênçãos diárias. Jesus ao ensinar os discípulos a orar, disse: “O Pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt 6.11). Ninguém questiona sobre a necessidade que todos têm da alimentação diária para o sustento físico. Do mesmo modo, o culto doméstico deve ser considerado necessário, e, muito mais, ainda, por tratar-se do privilégio da família, reunida, participar da cotidiana “refeição espiritual’.

2. União no lar. Qualquer reunião da família, de algum modo, pode ser um fator de união entre os seus membros. O encontro familiar na presença de Deus, é essencial para esta união. (1 Co 12.12,13).

3. Comunhão com Deus. É óbvio, é lógico, é bíblico que todos os membros da família, os que crêem em Deus e na Sua palavra, participem do culto doméstico, pois eles recebem de Deus as bênçãos materiais indispensáveis à sobrevivência, tais como o alimento e o oxigênio que respiram, bem como todas as outras provisões para a vida e a saúde (At 14.17; Mt 5.45). Além disso, todos têm a esperança da vida eterna, que receberam de graça, mediante a fé em Cristo Jesus (Ef 2.8-10); e, portanto, devem gratidão a Deus pelos benefícios recebidos dEle para esta vida, e, também, para a eterna. (Sl 103.2).

4. A escolha do horário do culto. Cabe à família, por certo, marcar a hora para o culto doméstico, mas, até nisto, a Bíblia oferece uma boa sugestão. “Ensinai-as a vossos filhos.., deitando-te e levantando- te” (v.19). Vemos, então, que o culto pode ser realizado pela manhã ou a noite. Em nossa casa o fazemos na hora do café da manhã, e, também, à noite, antes de deitarmos, em condições de envolver o maior número possível doe filhos neste encontro com Deus e a Sua Palavra. Todavia, qualquer que seja o horário escolhido Imprescindível haver pontualidade, regularidade e devoção na celebração do culto, a fim de não transformado num costume. 

CARACTERISTICAS DO CULTO DOMÉSTICO

1. Seus inegáveis benefícios.

a. E fator de harmonia. Torna o ambiente familiar mais agradável, contribuindo, assim, para estreitar a comunhão entre os membros da família e evitar as desavenças e a desunião no lar. (Sl 133; Rm 14.18,19).

b. E meio divino de fortalecimento espiritual. Começar o dia com um encontro com Deus fortalece os membros da família, para enfrentar com otimismo e segurança os problemas e as tentações durante dia (Hb 13.5,6).

c. Produz consciência da presença Deus no lar. E meio eficaz de recordar os oráculos de Deus e tornar viva a sua presença, como amigo e protetor ilimitado (Sl 73.16, 17).

d. Aviva a convicção de que Deus se interessa por nós. Dá, aos membros da família, a convicção de que Deus é o companheiro constante no lar, interessado em tudo o que fazemos e falamos (Rm 8.28).

e. Revela agradecimento a Deus. E apropriado expressão de reconhecimento e gratidão a Deus pelas suas misericórdias, através das provisões diárias (Sl 103.1-5). -

f. Traz beneficio à mente. E um meio eficiente para suprir a meditação do dia e proporcionar as bem aventuranças do Salmo 1 (Fp 4.8,9).

FINALIDADE DO CULTO DOMÉSTICO

1. O lar como parte da Igreja.

Já é conhecido o conceito de que é em casa que demonstramos quanto de cristianismo possuímos.
Jesus disse: “porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20). Estas palavras nos ensinam duas coisas: que o culto doméstico, em que toda a família se reúne para ler a Palavra de Deus e orar, é oportuno porque todos podem desfrutar da presença de Deus; e que o reconhecimento dessa presença requer de todos um comportamento santo no lar.

2. Uma fé robusta nos membros da família. Como todos os demais dons, a fé é passível de desenvolvimento. Pode aumentar e crescer (2 Co 10.15; 2 Ts 1.3). A fé, que é o canal das bênçãos de Deus, não progride e não cresce automaticamente e, sim, pela prática dos exercícios que compõem o culto doméstico — leitura da Palavra de Deus (Rm 10.17) e a oração (Jd 20).

3. Recursos para perseverar na doutrina. A vida espiritual deve ser compartilhada, especialmente, com os membros da família (At 16.34).
Não é regra, mas é justo esperar que os pais tenham experiência espiritual, conhecimento da Palavra de Deus e convicção das verdades eternas. Só assim serão capazes de ajudar os filhos e despertar neles interesse pela doutrina. Antes de perseverar na doutrina é necessário aprendê-la e conhecer a sua importância para a salvação.

4. Renovação espiritual no seio da família. Tudo no mundo é passível de desgastar-se e envelhecer, e a vida espiritual também está sujeita a sofrer estas coisas. Mas o plano de Deus é que o nosso homem interior se renove de dia em dia (2 Co 4.16).
E vontade de Deus, e é conveniente a nós, que todo o nosso ser, dia a dia, seja renovado “no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10).

5. Despertamento no seio da família (Gn 35.1-5). Só a eternidade poderá revelar a importância dos lares onde pais zelosos se empenham pelo despertamento da família e pela obediência desta à Pala- via de Deus.

6. Um altar no lar. O altar é símbolo de adoração e sacrifício, e aparece na Bíblia desde Gênesis ao Apocalipse (Gn 8.20; Ap 16.7). O altar está relacionado com o progresso espiritual e com as grandes vitórias alcançadas pelo povo de Deus. Leia Gn 22.1-17; 1 Rs 18.30-40. A adoração a Deus deve ser contínua, isto é, uma prática diária ininterrupta, como meio da família manter a comunhão com Deus.

CONCLUSÃO

A falta de tempo para se refletir na Palavra de Deus, em família, é uma ameaça contra a estabilidade espiritual dos filhos e dos cônjuges. Levemos em conta que os dias atuais são mui difíceis, em virtude de seus perversos ensinos tentarem neutralizar os valores bíblicos e espirituais que devem nortear a casa e a igreja.

O mundo impõe um padrão de conduta que nada tem a ver com o do cristão. Ë no lar que a criança deve adquirir convicções que a tornem capaz de resistir aos valores deturpados do mundo. Portanto, muito cuidado! Se o culto doméstico e o ensino sistemático da Palavra forem negligenciados pelos pais, a família estará fadada ao fracasso, às vezes, irreversível.

Por falta do altar de adoração a Deus, através da leitura da Bíblia, do louvor e de oração no culto doméstico, muitas famílias estão empobrecidas na vida espiritual, e outras tantas têm fracassado totalmente.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRARFIA

LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1987
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 2004