24 de dezembro de 2016
20 de dezembro de 2016
A fidelidade de deus
A fidelidade de deus
TEXTO ÁUREO = “A tua benignidade, Senhor, chega
até os céus, até as nuvens a tua fidelidade” Sl 36.5
VERDADE PRATICA = A fidelidade de Deus é a base sólida da
sustentação de nossa confiança e relacionamento com Ele.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Reconhecer
que a fidelidade de Deus é imutável;
► Crer que
todas as promessas de Deus ao Seu tempo se cumprirão;
► Compreender
que a infidelidade humana não altera a fidelidade de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sl 89.1 - Cantarei
para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor, os meus lábios proclamarão a todas
as gerações a tua fidelidade.
Sl 89.2 - Pois
disse eu: a benignidade está fundada para sempre: a tua fidelidade, tu a
confirmarás até nos céus, dizendo.
Sl 89.5 - Celebrem
os céus as tuas maravilhas, ó Senhor e na assembleia dos santos a tua
fidelidade.
Sl 89.24 - A minha
fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar e em meu nome crescerá o seu
poder.
INTRODUÇÃO
A
fidelidade de Deus, um dos grandes temas da Bíblia, carrega em si a ideia do
compromisso inabalável de Deus em manter, na relação com o Seu povo, tudo
quanto se encontra escrito na Sua Palavra. A fidelidade é uma das gloriosas
perfeições do Senhor, uma vestimenta do próprio Deus (Sl 89.8). Tudo o
que há acerca de Deus é grande, vasto e incomparável, assim é também Sua
fidelidade (Sl 36.5).
1. A FIDELIDADE É UM ATRIBUTO DO
CARÁTER DE DEUS
A
fidelidade é parte inerente do ser divino e Ele tem enorme satisfação em
revelar-se a Seu povo como Deus fiel (Dt 7.9). O apóstolo Paulo afirma
que nem mesmo a infidelidade humana pode alterar a fidelidade divina (2 Tm
2.13).
1.1 A vida de Deus não muda
Ele é
desde a antiguidade (Sl 93.2). O salmista Davi compreende uma revelação
da perfeição divina (Sl 102.26,27), por da qual Deus não está sujeito a
qualquer mudança, não somente em Seu ser, mas também em suas profecias,
propósitos e promessas (Hb 6.13,14). A fidelidade de Deus está expressa
em Sua coerência moral e pessoal no Seu relacionamento com as pessoas. Por
isso. Deus é comparado a uma rocha (Dt 32.4). Ele permanece sempre na
mesma posição. Ele é eternamente o pai das luzes, em que não há mudança nem
sombra de variação (Tg 1.17).
Deus não
envelhece. Sua vida não aumenta nem diminui. Ele não ganha novas forças nem
perde o que possui. Não amadurece nem se desenvolve. Ele não se torna mais
forte nem fica mais fraco, nem mais sábio à medida em que o tempo passa, pois
já é perfeito não pode mudar nem para melhor nem para pior. (Arthur W. Pink).
1.2 O caráter de Deus não muda
No curso
da vida humana, gosto, perspectivas, tempo, temperamento, entre outros, pode
mudar o caráter de uma pessoa, mas nada pode alterar o caráter de Deus. Ele
nunca se torna menos verdadeiro, misericordioso, justo ou fiel (Êx 34.6). O
caráter de Deus é hoje, e sempre será, exatamente como era nos tempos bíblicos,
conforme a auto-revelação de Deus a Moisés (Êx 3.14). Ele tem vida em si
mesmo e o que Ele é agora será eternamente (Hb 13.8).
O
caráter de Deus é imutável. Assim, Tiago, numa passagem que trata da bondade
santidade de Deus, Sua generosidade para com os homens e hostilidade para com o
pecado, menciona Deus como aquele “em quem não pode existir variação ou sombra
de mudança” (Tg 1.17).
1.3 Os propósitos de Deus não
mudam
Os
planos do homem podem mudar por falta de previsão ou ausência de poder. Porém,
os propósitos de Deus nunca se alteram (Sl 33.11), visto que Deus é
Onisciente, Onipotente e Onipresente. O que Deus executa no presente, Ele já
planejara desde a eternidade (Ef 3.3-11). Tudo o que se encontra em Sua
Palavra, Ele se comprometeu a realizar (Mc 13.31). O Seu propósito
abrange grandes reinos (Dn 4.32), mas também tem planos para seus servos
de forma individual (At 9.15) e com relação à Igreja (Fp 1.6). Podemos
ter certeza de que o propósito de Deus com respeito à nossa salvação não é uma
vaga possibilidade, mas uma convicção inabalável. A volta de Jesus e a
consumação da nossa salvação é uma agenda firmada pelo Pai e Ele a levará
avante.
Os
textos sobre o “arrependimento” de Deus (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; 2Sm 24.16; Jn
3.10; Jl 2.13) abordam a anulação de tratamento prévio dispensado a certos
homens, como consequência da resposta deles a esse processo.
Mas não
há indicação alguma de que essa reação tenha sido prevista, nem que Deus tenha
sido tomado de surpresa, nem que a mesma estivesse estabelecida em Seu plano
eterno. Não há mudança alguma em Seu propósito eterno quando Ele começa a agir
em relação a uma pessoa de maneira diferente. (J.l Packer).
2. DEUS É FIEL NO CUMPRIMENTO DE
SUAS PROMESSAS
A Bíblia
está repleta de promessas de Deus para Seu povo. Em Hebreus 10.23, somos
convidados a guardar firmemente a nossa esperança, sem vacilar, pois quem fez a
promessa é fiel. Vejamos algumas características das promessas de Deus.
2.1 As promessas de Deus podem ser
condicionais
A
maioria das promessas de Deus é incondicional e será cumprida (Gn 18.9-14), outras,
porém, dependem da obediência e fé do Seu povo. Em ascensão ao céu, Cristo
prometeu aos discípulos que enviaria o Espírito Santo (Lc 24.49), mas
estabeleceu uma condição: que permanecesse em Jerusalém até que do alto fossem
revestidos de poder, o que se cumpriu no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Precisamos,
portanto, ter uma atitude de fé e perseverança face às promessas de Deus e
buscar o Seu cumprimento por meio da oração, como fez o profeta Daniel. Ele
entendeu que o fim do cativeiro havia chegado para Israel, então clamou ao
Senhor pelo cumprimento da promessa (Dn 9.1,2). Neemias também orou
firmado nas promessas de Deus. (Ne 1.9,10).
Os
cristãos negam a si mesmos os mais altos sólidos conforto pela descrença e
aquecimento das promessas de Deus, pois não há situação tão desesperadora para
qual não exista uma promessa adequada e perfeitamente capaz de trazer alívio.
(Samuel Clark)
2.2 As promessas de Deus podem
parecer demoradas
Os que
pensam que as promessas de Deus são tardias não possuem o discernimento
necessário para saber que a demora de Deus tem o objetivo de afastar o
julgamento e trazer a graça salvadora ao maior número possível de pessoas (2
Pe 3.9). Na vida do cristão, a espera é sem dúvida um amadurecimento
pessoal. O tempo de Deus não é o nosso. Os discípulos só esperaram dez dias e
foram batizados no Espírito Santo.
Alguns
homens de Deus, porém, tiveram que esperar com paciência a realização da
promessa de Deus. José esperou treze anos para tornar-se primeiro-ministro do
Egito. Moisés passou quarenta anos no deserto se preparando (At 7.22,23). Mas
ambos alcançaram o cumprimento da promessa de Deus para suas vidas. Deus não
atrasa nem adianta, chega sempre na hora certa. É preciso aprender esperar no
Senhor (Sl 27.14).
2.3 As promessas de Deus são
atuais
Há nas
Escrituras numerosas ilustrações da fidelidade de Deus em manter Suas promessas
sempre atuais. O juramento feito por Deus de que a terra produziria alimentos
para todos continua (Gn 8.22). No dia de Pentecostes, Pedro relembrou
uma promessa feita por Deus (At 2.39). Após quase dois mil anos, essa
promessa continua se cumprindo e pessoas ainda são batizadas no Espírito Santo
onde o Evangelho é pregado, confirmando assim a atualidade das promessas de
Deus. Vidas libertas, pessoas transformadas, doentes curados e o Evangelho
avançando até as mais longínquas regiões do mundo são provas do cumprimento da
Palavra de Deus (Mc 16.15-18).
As
Escrituras afirmam que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb
13.8), o mesmo se aplica à Palavra de Deus, pois Cristo é a Palavra viva de
Deus (Jo 1.14). Se Cristo permanece
o mesmo, assim acontece com a Palavra de Deus em tudo quanto ela afirma.
Creiamos, portanto, na atualidade das promessas de Deus.
3. A FIDELIDADE DE DEUS NA RELAÇÃO
COM O SEU POVO
No
relacionamento entre Deus e o Seu povo, Ele tem se mantido fiel. As gerações
vão e vem, e Deus permanece fiel a todas elas. Mesmo quando o povo peca ou se
desvia, Deus permanece fiel, pronto a perdoar, restaurar e socorrer, quando
estes se voltam para Ele (2 Tm 2.13).
3.1 Deus é fiel em perdoar
Essa é
uma promessa que precisa ser celebrada e ao mesmo tempo compreendida. Não é um
convite à licenciosidade, nem um incentivo ao erro. De forma alguma deve se
brincar com o pecado. Sansão brincou e quase foi destruído (Jz 16.29,21). Esaú
foi profano com as coisas de Deus e não encontrou lugar de arrependimento
(Hb 12.16,17). Esses exemplos nos servem de advertência. Deus é fiel em
perdoar o cristão sincero e verdadeiramente arrependido. Somos restaurados
porque o Senhor é fiel.
Dentre
as riquezas de Deus está Sua capacidade de perdoar, expressas nas riquezas de
Sua misericórdia que transcendem aos nossos mais elevados pensamentos (Sl
103.11). Ninguém pode medi-la. O profeta Miquéias afirma que ninguém pode
comparar a Deus, porque além de perdoar a pessoa arrependida, Deus, de forma
maravilhosa, esquece-se da transgressão se Seu povo (Mq 7.18).
3.2 Deus é fiel em socorrer e
livrar
O povo
de Israel, ao longo de sua história, é testemunha viva dos feitos poderosos do
Senhor e Sua fidelidade para livrá-los dos seus inimigos. Davi confessou que
sem o Senhor os seus opositores teriam engolidos vivos (Sl 124.1-3).
Na
passagem pelo Mar Vermelho (Êx 14.1-31), Moisés disse que Deus pelejaria
pelo Seu povo. Na ação de Deus que livrou os jovens hebreus da fornalha ardente
(Dn 3.23-25), até o soberbo Nabucodonosor reconheceu Sua grandeza (Dn
3.29). Essas mesmas promessas se aplicam aos cristãos hodiernos. O Senhor
não nos prometeu uma vida fácil e sem dificuldades, pelo contrário, Ele nos
conscientizou de que neste mundo teríamos aflições (Jo 16.33), mas pediu
que tivéssemos ânimo, porque Ele venceu e não desampara nem abandona os Seus
servos (Hb 13.5,6). Deus não permite uma luta acima do que podemos
suportar (1 Co 10.13). A Palavra assegura que quem nasceu de novo e não
vive na prática do pecado, o maligno não lhe toca (1 Jo 5.18).
A
libertação do apóstolo Pedro é um dos mais poderosos atos do socorro de Deus
(At 12.1-10). Herodes representava a lei, ninguém podia escapar das suas
mãos. Dentro da ótica humana era o fim de Pedro, fortemente guardados por
dezesseis soldados, mas Deus maior que qualquer poder deste mundo, enviou Seu
anjo e libertou a Seu servo, revelando tanto a Sua fidelidade, quanto Seu poder
em livrar e socorrer.
3.3 A promessa da Sua presença
A
promessa da presença de Deus é uma verdade gloriosa revelada em toda a Bíblia.
Quando recebeu a ordem de partir em direção à Canaã, Moisés pediu a Deus que a
Sua presença fosse com Eles, caso contrário não sairia dali (Êx 33.12-15). Deus
lhe fez uma promessa e, durante quarenta anos no deserto, Ele foi fiel: de dia
numa coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo (Êx 13.21,22), ou
seja, não importam as circunstâncias (Sl 23.4; Is 43.2), Ele estará
presente. O Senhor Jesus corroborou essa promessa de forma maravilhosa para a
Igreja (Mt 18.20). Ele estará presente e de forma ativa por todos os
dias até o fim dos séculos (Mt 28.20; Ap 2.1).
CONCLUSÃO
A
infidelidade, um dos pecados mais proeminentes destes dias maus, está presente
na vida social, nos negócios, nas amizades que se dissolvem tão facilmente e
até na vida conjugal. No entanto, é encorajador erguer os olhos e contemplar
aquele que é fiel em tudo e em todo o tempo, no qual podemos confiar plenamente
na certeza de que Ele nunca falhará conosco.
FONTES:
Revista bete – jovens e
adultos: Jovens e Adultos. Fidelidade. Rio de Janeiro:
Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94. Lição 1 – A fidelidade de
Deus.
14 de dezembro de 2016
Sabedoria Divina para a tomada de Decisões.
Lição 12
Tema: Sabedoria Divina para a tomada
de Decisões.
Terceiro rei de Israel
(971-931 a.C) filho de Davi e Bete-Seba , também foi chamado de Jedidias pelo
profeta Natã ( 2 Sm 12.25) . Salomão não
aparece nas narrativas biblicas até próximo da morte de seu pai Davi (I Rs 1.10)
. No tempo determinado por Deus aparece na história biblica como um dos homens
mais sábio de todos os tempos.
Os empreendimentos políticos de Davi foram assinalados
pelo sucesso. Em menos de uma década, depois da morte de Saul, todo o Israel se
juntou em apoio a Davi, o qual dera início a seu reinado somente com o pequeno
reino de Judá. Por meio de sucessos militares e de gestos de amizade em breve
ele controlava o território que vai desde o rio do Egito e o golfo de Acaba até
às costas fenícias e a terra de Hamate. O respeito internacional e o
reconhecimento obtido por Davi para Israel continuaram intocados pelas
potências estrangeiras até aos anos finais do reinado de Salomão.
O novo rei também se distinguiu como líder religioso.
Embora lhe fosse negado o privilégio de construir o templo, ele fez laboriosos
preparativos para sua edificação, por seu filho, Salomão. Através da liderança
de Davi, os sacerdotes e levitas foram profundamente organizados para que
participassem eficazmente nas atividades religiosas da nação inteira.
O livro de 2 Samuel retrata o reinado de Davi com
grandes detalhes. Uma longa secção (11 - 20) nos proporciona o relato
exclusivo do pecado, crime e rebeldia que houve na família real. A transferência
do trono para Salomão e o falecimento de Davi são narrados nos capítulos
iniciais de 1 Reis. O livro de 1 Crônicas, que igualmente conta a história do
período de Davi. Sem dúvida, muitas das cidades dadas aos levitas ou designadas
cidades de refúgio, sob Moisés e Josué, não vinham sendo usadas como tais até
ao tempo de Davi, quando foram desalojados seus ocupantes pagãos.
Quando Davi assumiu o reino sobre as doze tribos,
selecionou Jerusalém para ser sua capital política. Durante os dias em que foi
tido como fora da lei, era seguido por centenas de homens. Esses foram bem
organizados sob suas ordens, em Ziclague, e, posteriormente, em Hebrom (1 Cr 11:20 - 12:22). Esses homens se
tinham destacado de tal modo em feitos militares que foram nomeados príncipes
e líderes. Quando todo o Israel se unificou em apoio a Davi, a organização foi
ampliada a fim de incluir a nação toda, tendo Jerusalém como centro (1 Cr
12:23-40). Firmando um contrato com os fenícios, um magnificente palácio foi
erigido para Davi, o rei (2 Sm 5:11, 12).
Ao mesmo tempo,
Jerusalém tornou-se o centro religioso da nação inteira (1 Cr 13:1 - 17:27 e 2
Sm 6:1 - 7:29). Quando Davi tentou mudar a arca da aliança da casa de
Abinadabe, em Quiriate-Jearim, por meio de um carro, ao invés de fazê-la transportar
pelos sacerdotes, Uzá subitamente caiu morto. Ao invés de levar a arca para
Jerusalém, Davi guardou-a na casa de Obe-de-Edom, em Gibeá. Quando sentiu que o
Senhor estava abençoando aquela casa, imediatamente Davi transferiu a arca para
Jerusalém, para que fosse abrigada em uma tenda ou tabernáculo.
Por qual razão foi negado a Davi o privilégio de
construir o templo? Nos anos finais de seu reinado, ele tomou consciência de
que fora comissionado como estadista militar, a fim de estabelecer firmemente o
reino de Israel (1 Cr 28:3 e 22:8). Enquanto o reinado de Davi foi
caracterizado pela guerra, Salomão desfrutou de um período de paz. Talvez a paz
já viesse prevalecendo na época em que Davi exprimiu sua intenção de erigir um
templo, mas não há como determinar, pelas Escrituras, de que modo às guerras
subsequentemente narradas se relacionam cronologicamente a essa mensagem de
Natã. Talvez foi somente nos estágios finais de seu reinado que Davi veio a
perceber que os dias de Salomão seriam mais oportunos para a edificação do
templo.
A ascensão de Salomão
A vereda que salomão teve de palmilhar até o trono
esteve longe de ser suave. A oposição de Absalão foi continuada pelo filho mais
velho sobrevivente de Davi, Adonias (2 Sm 3.4) . apoiado pelo general deposto
por Davi, Joabe, que havia assassinado Absalão (2Sm 18.14,15) e por influência do sacerdote Abiatar ,
Adonias reuniu com os seus e chegou até a fazer uma festa de coroação.
Mas Salomão contava com muitos aliados. Benaia filho
de Joiada, interessava-se pelo generalato; Zadoque ambicionava uma posição
sacerdotal proiminente. O profeta Natã surge como porta-voz e de Salomão.
Depois que o profeta Natã e Bate-Seba relembram a Davi sobre a promessa
existente em relação a Salomão, o rei da instrução acerca da ascensão de
Salomão ao trono, selando-as com um juramento (I Rs 1.28,30). Acerca de ter um
final de reinado um tamto turbulento, mesmo sofrendo uma guerra civil liderada
pelo seu filho Absalão, Davi encontra forças para manter um padrão equilibrado
quando da sua liderança como rei. Ainda que no meio de tantas turbulências do
dia a dia, o crente em Jesus precisa estar atentos aos sinais que podem estar
lhes conduzindo a uma nova etapa de suas vidas. Quantas pessoas alegam que as
portas estão “fechadas”, quantas pessoas reclamam que nada da certo ou
simplesmente abandonam emprego, empresas, familias por acharem que Deus os
“abandou”. A verdade é uma só Deus tem os seus meios de trabalhar, tem seus
meios de chegar aos objetivos que podem nos levam ao fim desejado pelo SENHOR.
Portanto qualquer que seja a dificuldade para chegar ao objetivo maior,
tenhamos fé porque Deus está no controle de tudo.
A notícia da coroação de
Salomõa interrompeu as festifidades de Adonias ( I Rs 1.41), mas não limitou o
seu desejo de controlar o reino. Implorou Bate-Seba para que confecesse a Salomão a dar-lhe a
Abusague, criada de Dvai como sua esposa (I Rs 1.3,4). Salomão percebeu que tal
casamento podeia enfraquecer o seu reinado que havia começado, e recusou a proposta de seu
irmão o qual pagou com sua vida por sua proposta precipitada ( I Rs 2.25) .
Salomão foi o primeiro
govenante dinastico sobre Israel. A
principio não teve uma escolha distinta como foi o caso de Saul e de Davi seu
pai. Ambos foram escolhidos por Deus e tiveram um chamado distinto para cada
um. O primeiro pela queixa do povo conta Samuel Deus permite a escolha de um
rei segundo o coração do povo. Já o segundo acontece com a rejeição do primeiro
quando Deus escolhe a Davi de entre todos os teus irmãos. Salomão se tornaria
uma exceção regra utilizada pelo SENHOR, na escolha do novo rei. Mas Deus que
conhece todos os corações aparece a Salomão em sonhos e oferece a ele tudo o
que quizesse.
A resposta de muitos que
numa situação semelhante poderia escolher fama, riqueza e muitas outars coisas.
Salomão foi mais centrado no que diz respeito a sua postura como futuro
monarqua de uma grande nação. Certamente o jovem Salomão já havia esperimentado
no palacio real as grandes dificuldades enfrentadas pelo seu pai. Governar uma granda
nação não seria tarefa fácil a partir do momentos ao qual ele tomasse alguma
atidude ou decisão desfaforável. Certamente diante de tamtos embates que seu
pai passou pela vida Salomão percebe que com uma sabedoria divina poderia
governar com autoridade e respeito dos cidadões de Israel.
A Era Áurea de Salomão
O reinado de Salomão se caracterizou por paz e
prosperidade. Davi estabelecera o reino agora Salomão haveria de colher os
benefícios dos labores de seu pai. A narrativa sobre essa era é brevemente
contada em 1 Rs 1:1, 11:43 e 2 Cr 1:1 -9:31. Os pontos foquem de ambos os
livros é a construção e dedicação do templo, o que recebe muito maior consideração
do que qualquer outro aspecto do reinado de Salomão. Outros projetos de
construção, negócios e comércios, progresso industrial e sábia administração
do reino, são mencionados apenas de passagem. Muitas dessas atividades,
escassamente mencionadas no registro bíblico, têm sido iluminadas mediante as
escavações arqueológicas que tem havido nas três últimas décadas.
A sagacidade de Salomão tornou-se motivo de profunda
admiração. A decisão dada pelo rei, quando duas mulheres contendiam por um único
filho vivo (1 Rs 3:16-28), sem dúvida alguma representa apenas um exemplo
dentre os casos que demonstraram a sua sabedoria. Quando essa e outras notícias
passaram a circular por toda a nação, os israelitas reconheceram que a oração
do rei, pedindo sabedoria, lhe fora respondida.
Quando
em meio ao caus politico e administrativo Deus levanta um homem com grande
sabedoria para governar o seu povo. Pode ser que a história de vida de Salomão
não seje a mais brilhante do ponto de vista espiritual. Ele deixou certamente a
sua marca na história, pois a sabedoria alcançada do SENHOR, fez toda a
diferença na vida e na história de Israel em todas as suas eras.
Elaborado pelo : Evangelista Juarez
Alves.
9 de dezembro de 2016
Lição 11 - O Socorro de Deus para livrar o seu Povo
Lição
11 - O Socorro de Deus para livrar o seu Povo
Texto Áureo - “Os
justo clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angustias.” (Sl
34.17)
Introdução
Deus por muitas vezes trabalha de maneira oculta em favor de seu povo,
mesmo sem ver nitidamente o agir de Deus, os resultados são sempre
surpreendentes pois a sua glória e real e no final ela sempre se manifesta.
Deus sempre age em favor dos que o servem.
ü PERSONAGENS DO
LIVRO DE ESTER
Assuero
(Et 1.1).
Rei
da Pérsia, mais conhecido como Assuero (chamado de Xerxes em algumas versões
bíblicas) é mencionado no livro de Ester e em Esdras 4.6. Um dos maiores reis
do Império Persa, governou de 486 a 465 a.C. Era filho de Dario I, o Grande. No
livro de Ester, Assuero é retrato como um rei poderoso, com um grande império “que
reinou desde a Índia até Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias” (Et
1.1-b).
Vasti
(Et 1.9).
Rainha
da Pérsia, esposa do rei Assuero. No último dia do banquete oferecido por este
monarca, Vasti foi convocada para mostrar sua beleza diante dos convidados. Ela
recusou o convite e essa atitude gerou controvérsias entre os conselheiros do
rei. Receosos de que a desobediência da rainha desacreditasse todos os homens
do reino diante de suas esposas. Eles aconselharam o rei que depusesse Vasti do
cargo e mandasse trazer as donzelas do reino para delas escolher uma nova
rainha. O rei anuiu ao conselho e assim o fez (Et 1.9-22; 2.1-4).
Mardoqueu
(Et 2.5).
Da
tribo de Benjamin, filho de Jair, pai adotivo de Ester, também chamado Mordecai
em algumas versões bíblicas. Vivia na fortaleza de Susã durante o exílio do
povo judeu, reinado de Assuero, onde criou Ester como se fosse sua própria
filha (Et 2.5-7).
Ester
(Et 2.7).
O
nome hebraico dessa mulher era “Hadassah”, que significa “murta”,
o nome de uma planta. Ester era o nome persa que lhe foi dado, quando ela
tornou-se parte do harém real. Era uma jovem judia, da tribo de Benjamin,cujos
pais morreram na época do exílio babilônico. Foi criada por seu primo Mardoqueu
(Et 2.5-7). Estavam entre os judeus que habitavam na fortaleza de Susã, sob o
reinado de Assuero. A vida de Ester mudou, quando foi levada para olharem real
junto com outras donzelas de Susã. Depois de um ano de embelezamento, ela foi
eleita pelo rei como a mais linda jovem entre todas as que foram apresentadas
(Et 2.8-17).
Hamã
(Et 3.1).
Era
Filho de Hamedata e tinha um alto cargo político no reinado de Assuero, na
Pérsia. Josefo, historiador judeu, diz que Hamã era um amalequita. “Ele é
descrito como 'agagita', talvez por causa da sua descendência de
Agague, o rei amalequita (I Sm 15.8,33)”. Ele desfrutava de muita confiança do
rei (Et 3.10). Hamã tinha um grande ódio de Mardoqueu, bem como de todos os
judeus (Et 3.5-6;10).
Dos livros da Bíblia, Ester e Cantares são dois
livros que se distinguem por evitar usar o nome de Deus, não ensinar a Lei de
Moisés, nem destacar a religiosidade israelita. Mas a razão principal que fez
com que o livro de Ester fosse reconhecido no Cânon das Escrituras foi o fato
de revelar o cuidado divino com o povo de Israel em meio à hostilidade, estando
exilado de sua terra.É uma história em que se percebe a presença de Deus de
modo inescrutável e invisível nos seus elementos circunstâncias, destacando, em
especial, dois personagens importantes, Mardoqueu e Ester.
Temos uma história delineada pela providencia
divina. Não há determinismo nos ingrediente da história, mas percebe-se a
soberania de Deus fazendo valer seus desígnios. Todos os fatos que envolvem
pactos e alianças de Deus com o seu povo são cumpridos com aqueles que o
servem.Nessa história podemos observar as operações invisíveis de Deus
delineando todos os fatos que envolvem o povo de Deus em terra estranha,
sofrendo toda sorte de perseguição e rejeição no lugar em que habitavam e os
personagens da história. Além de Mardoqueu (ou Mordecai) e Ester, outros três personagens
fazem parte de todo o enredo da história, que são: o rei Assuero (ou Xerxes I),
a rainha Vasti e Hamã, o oficial da corte do reino de Assuero (Et 1.19; 2.5,6;
3.1).
Desde a divisão
de Israel em dois reinos – o povo de Israel, chamado Reino do Norte, e o de
Judá, chamado Reino do Sul -, os seus reis, com pouca exceção, não foram fiéis
a Deus e, por isso, tiveram que arcar com as consequências graves e trágicas na
vida do povo de Deus. Os exércitos da Assíria entraram em suas terras,
subjugando os dois reinos ao domínio persa. Os judeus serviam aos interesses
persas com trabalho forçado, escravidão e muito sofrimento das famílias. Nesse
tempo do domínio de Assuero (Xerxes I) entra a história de Ester como uma prova
de que Deus não havia se esquecido do seu povo. Ora, o povo de Israel tinha
consciência de sua eleição para representar os interesses de Deus entre as
nações e que aquela situação momentânea era consequência dos pecados de seus
líderes. Por isso, estavam exilados e longe da sua terra.
Ao longo da
história, o povo de Israel tem sofrido com tentativa de exterminação, porque
Satanás odeia esse povo e quer destruí-lo. Então, por desígnio de Deus entra no
cenário dessa circunstancia uma jovem temente a Deus que se torna o
elemento-chave da libertação do seu povo no reino Persia. A jovemHadassa,
criada por seu tio Mardoqueu também chamada Ester entra na cena que Deus armou
para que seus desígnios fossem concretizados. Ester, entre as moças do palácio,
alcançou graça perante o rei e f oi constituída rainha da Pérsia, no lugar de
Vasti. Não imaginava ela que seu papel dentro do palácio real de Assuero seria
o de salvar todo o seu povo do extermínio tramado por Hamã e conquistar espaço
dentro do império para defender e servir ao seu Deus.
I
- O PROJETO DIABÓLICO PARA DESTRUIÇÃO DOS JUDEUS
ü A nomeação de
Hamã (Et 3.1).
O
livro de Rute nos informa que Assuero engrandeceu a um homem chamado
Hamã.Segundo Beacon (2008, p. 550): Hamã “foi elevado à posição de primeiro
ministro. Esta posição lhe trouxe a maior condição entre os príncipes da corte
persa, e tornou-se o segundo abaixo do rei em poder. De acordo com a ordem do monarca,
segundo o costume dos governos orientais antigos, as princesas e nobres, assim
como o povo em geral, todos precisavam inclinar-se perante o grão-vizir quando
ele passava pelo palácio e pelas ruas de Susã”. De fato, todos os servos do rei
se inclinavam diante de Hamã, no entanto, Mardoqueu o judeu, descumpria esta
ordem (Et 3.2). Josefo (2004, p. 503) diz que: “Mardoqueu era o único que não
lhe prestava essa homenagem, porque a lei de Deus o proibia”.Talvez uma alusão
ao Decálogo, que condenava a adoração a qualquer coisa em lugar de Deus (Êx
20.3-6; Dt 5.7-10).
ü O ódio de Hamã
(Et 3.5,6).
Ao
ver que Mardoqueu não se prostava diante de si, contrariando a ordenação real,
Hamãencheu-se de furor. Sua atitude em seguida deste sentimento foi de executar
Mardoqueu e também todo o povo judeu aquem ele pertencia. O registro bíblico
nos diz que Hamã se tornou adversário dos judeus (Et 3.10).
ü O decreto de
Hamã (Et 3.7-15).
Para
levar adiante o seu plano de provocar um genocídio dos judeus, Hamã, que tinha
acesso direto ao rei, lhe propôs exterminar e saquear os bens de um povo que
segundo ele tinha leis e costumes diferentes dos povos que estavam sob o
domínio de Assuero (Et 3.8). Além de Hamã estar propondo varrer do reino um povo
“insubmisso ao rei”, prometeu-lhe também que pagaria ao rei por esta prestação
de serviço (Et 3.9). Ao que o rei consentiu, colocando-lhe na mão o seu anel
com o qual o decreto poderia ser assinado (Et 3.10). O decreto de morte então foi
assinado, para ser colocado em prática no dia 13 do mês de Adar, segundo
consultou os seus deuses (Et 3.7,12-14).
II – A PROVIDÊNCIA INVISIVEL DE DEUS
Existe uma
palavra profética de Mardoqueu par Ester que revela a providência divina no
cenário daquela história que se iniciava como uma simples jovem do povo judeu.
A palavra aconteceu quando uma trama contra o povo de Deus foi armada por Hamã,
oficial da corte do rei Assuero. Mardoqueu, tendo notícias da trama, preparou
Ester para ser o elo de Deus para salvação do seu povo, e disse-lhe: “Não
imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os
outros judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento
doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem
sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14). Indiscutivelmente,
o dedo de Deus delineia a história do seu povo.
A expressão “dedo de Deus” encontrada na Bíblia em
algumas circunstâncias especiais é uma metáfora antropomórfica que atribui a
Deus coisas, figuras e órgãos humanos, como coração, mãos, pés, olhos, ouvidos,
que representem ações de Deus. Deus é Espírito, e qualquer figura humana em
relação a Deus tem sentido de revelação de um Deus que é Pessoa e fala conosco.
Em relação à história do livro de Ester,
o dedo de Deus é
uma figura invisível da providência divina. A palavra “providencia” vem do
latim providentia, e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”,
mas o sufixo da palavra, Videntia, deriva de videre, que significa “ver”.
Quando nos referimos a Deus, sua providencia diz respeito ao que Ele faz e vê
antecipadamente. É o que Deus vê, e Ele vê todos os incidentes da vida antes
que ocorram, algo humanamente não podemos fazer (Sl 139.1-14).
Nesse sentido,
constatamos que os incidentes históricos naqueles dias dentro do império Pérsia
foram delineados e orientados pelo dedo de Deus dirigindo cada circunstância.
Por esse modo invisível e providencial, o Senhor colocou a jovem Ester dentro
do palácio de Assuero para que o seu povo fosse salvo da destruição.
Comprova-se esse fato pelo que Deus disse a Isaias, o profeta: “[...] os meus
pensamentos [são] mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.9).
III – SOB O DESÍGNIO DE DEUS, ESTER
ENTRA NO PALÁCIO DE ASSUERO
Segundo o
historiador judeu Josefo, do primeiro século da era Cristã, depois que os
servos mais leais ao rei sugeriam que ele escolhesse uma das moças do seu harém
no palácio para ocupar o lugar de Vasti, foram selecionadas 400 moças virgens
como candidata sao trono de rainha junto a Assuero. Depois de todos os
preparativos necessários em termos de estéticas e beleza, as moças seriam
apresentadas individualmente perante Assuero. Todas as que estavam no palácio e
faziam parte do harém do rei teriam a oportunidade de conquistar seu coração, e
uma delas seria elevada à posição de rainha (Et 2.14). Foi assim que Deus
preparou Ester para ser a moça que conquistaria o coração do rei e seria
elevada à posição de rainha.
ü Ester foi designada por Deus para o lugar de Vasti
Entre
a deposição de Vasti e a chegada de Ester ao palácio, passaram-se quatro anos
aproximadamente. Logo depois daquela festa, Assuero empreendeu uma guerra
contra a Grécia e todos os planos elaborados não deram certo. Dois anos depois
ele volta a Susã, completamente decepcionado porque a guerra não foi vencedora.
Ao voltar para o palácio, Assuero estava só e o trono de rainha ao seu lado
estava vazio.
Depois
da volta da guerra frustrada contra a Grécia, alguns servos de Assuero que o
serviam junto ao trono sugeriam que se buscassem moças virgens e formosas e, quem
sabe, fosse escolhida pelo rei uma delas para assumir o trono de rainha.
Comissários em todas as províncias trouxeram muitas moças bonitas e virgens
para o palácio de Susã para que ficassem sob os cuidados do seu eunuco Hegai,
que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas para o palácio, foi
levada a jovem judia Ester, que ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et2.9). Não
há dúvidas de que Ester fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo,
mas nem ela podia imaginar isso.
ü Ester, uma jovem graciosa que correspondeu à
expectativa de Deus
Seu
nome hebreu era Hadassa que passou a ser chamada Ester, um nome que provinha de
palavra persa que significa “estrela” e derivava do nome de uma deusa
babilônica (Isthar), que siginifca “deusa do amor”. Naturalmente esse nome não
teve qualquer influência em sua vida de comunhão com Deus de Israel. No seu
livro bíblico, Ester é a personagem principal da história que fala de uma jovem
cujos valores morais e espirituais serviram para torna-la um instrumento de
justiça de Deus para salvar a sua gente. Quando levada para o palácio de Susã,
ela era uma jovem entre tantas outras jovens bonitas e prendadas. Entretanto, o
seu tio Mardoqueu tinha uma visão mais ampla acerca do futuro de Ester e, por
isso, disse-lhe: “[...} quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este
reino?” (Et 4.14).
Nesse
ponto estamos fazendo uma pequena digressão histórica que nos leva ao primeiro
estagio de Ester antes de se tornar a escolhida de Assuero. Depois da deposição
de Vasti como rainha, as moça escolhidas de todas as províncias foram levadas
para a casa das mulheres do palácio e, depois de apresentadas, uma delas seria
escolhida para ser a rainha. Quando veio a vez de Ester, sua presença superou a
todas as moças que até então haviam sido apresentadas. Ester achou graça diante
do rei, e ele baixou o cetro sobre ela e colocou a coroa de rainha sobre a sua
cabeça. Mardoque, que havia orientado o comportamento de Ester para várias
situações, estava assentado “à porta do rei” (Et 2.19) e teve o coração
emocionado por ver o desígnio de Deus sendo cumprido na vida de sua sobrinha.
Um grande banquete foi preparado com a coroação de Ester, e o rei deu-lhe
presentes. Essa escolha estava nos designios divinos para que ela, sendo rainha
naquele império, tivesse influencia suficiente para conceder uma grande
libertação ao seu povo, o povo de Deus, e os desígnios malignos de seus
inimigos, especialmente, Hamã, que odiava Ester e Mardoqueu, queria destruí-los
dentro do reino.
ü A trama de Hamã, o Agagita
Hamã
foi um homem descendente de Agague, um rei amalequita (1 Sm 15.8,33). Servindo
no palácio de Susã ao rei Assuero, Hamã foi elevado à posição de primeiro
ministro do reino, dando-lhe condições superiores entre todos os príncipes da
corte persa, tornando-se o segundo homem mais importante do reino depois de
Assuero.Sem dúvida alguma, o inimigo maior do povo de Deus é o Diabo, que
influenciava pessoas para odiarem o povo judeu naqueles dias. Hamã se tornou um
instrumento diabólico para perseguir e desejar a destruição do povo judeu. Sua
descendência agagita o lembrava de uma história de derrota dos amalequitas, que
eram descendentes de Agague e foram derrotados pelo rei Saul no passado, e
tinha o estgma de ódio contra os judeus. Era um povo com uma história de
pilhagem e roubo que assaltava os que viajavam no deserto, especialmente,
Israel. Por isso, esse povo foi amaldiçoado por Deus (Dt 25.17-19).Hamã era um
agagita que odiava os judeus, especialmente Mardoqueu, um judeu que exercia
liderança no meio do seu povo. Visto que Hamã tinha poderes políticos advindos
do seu “status” de primeiro oficial do reino persa, por sua arrogância, ambição
e astúcia resolveu destruir o povo judeu, principalmente, Mardoqueu.
Como
Mardoqueu não se inclinava perante ele quando passava entre o povo, o seu ódio
cresceu e, para tanto, tramou diabolicamente a destruição de todos os judeus
que viviam no império. Pelo fato do enforcamento de dois oficiais que haviam
tramado o assassinato do rei, por informação de Mardoqueu, a crueldade de Hamã
agitou sua adrenalina, e então cheio de empatia e espírito vingativo, ele
sugeriu ao rei a destruição do povo judeu.
A
postura de Mardoqueu em não se inclinar perante ele quando passava causou tanta
fúria em Hamã que este ficou obcecado com a ideia de destruição total do povo
judeu dentro doimpério. Para esse intento, Hamã persuadiu Assuero a fazer um
decreto contra os judeus. Seu plano continha mentiras e calúnias contra o povo
judeu de que queriam a morte do rei e por isso deviam ser destruídos
totalmente. O rei aderiu ao plano de assassinato de Hamã, que ordenou o
massacre do povo (Et 3.13-15). Foi marcado um dia especial para destruição do
povo judeu e, quando esse povo teve notícia desse decreto, houve grande
tristeza e lamento do povo judeu. Mardoqueu, percebendo que a tragédia viria e
seu povo seria destruído, vestiu-se de saco de cilício e foi para a porta do
palácio de Assuero (Et 4.1-6).
IV
- A REAÇÃO DO POVO JUDEU ANTE A AMEAÇA DE EXTINÇÃO
Depois que o
edito real assinado por Hamã começou a ganhar notoriedade, a cidade de Susã “estava
confusa” ( Et 3.15). Mardoqueu e os judeus que estavam na Pérsia,
resolveram agir (Et 4.3). Vejamos quais foram as suas atitudes:
ü Oração (Et
4.1-3).
Diante
da ameaça iminente, os judeus se puseram a orar. Mardoqueu foi o primeiro (Et
4.1). Todo o povo começou a clamar também (Et 4.3). A oração é uma prece
dirigida pelo homem ao seu Criador, com o objetivo de adorá-Lo, pedir-lhe
perdão pelas faltas cometidas, agradecer-lhe pelos favores recebidos, buscar
proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele. Essa atividade é
descrita como: invocar a Deus (Sl 17.6); invocar o nome do Senhor (Gn 4.26);
clamar ao Senhor (Sl 3.4); levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1). Este deve ser
o primeiro e não o último recurso utilizado pelo crente em todo tempo e
principalmente diante das dificuldades (Sl 4.1; 18.6; 77.2; 91.15).
ü
Quebrantamento (Et 4.1-3).
Além
de os judeus orarem, o registro sagrado diz de que forma eles oraram: “e
em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre
os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam
deitados em saco e em cinza” (Et 4.3). Segundo Champlin (2004, p. 620),
“o ato de rasgar as próprias vestes era uma maneira comum e simbólica de
exprimir alguma emoção forte, como ira, tristeza ou consternação”. O que Deus
requer de cada um de nós é um espírito quebrantado (II Cr 7.14; Sl 34.18;
51.17; Is 57.15).
ü Jejum (Et
4.15-17).
Ester ficou sabendo por meio dos seus servos que o
seu parente Mardoqueu estava a porta do rei clamando por misericórdia, mandou
procurar saber do próprio Mardoqueu o porquê daquela atitude (Et 4.4-7). Ele
deu a ela uma cópia do decreto assinado de morte assinado pelo rei e mandou
dizer-lhe que como era a rainha e estava no palácio, deveria comparecer diante
do rei para suplicar em favor do seu povo (Et 4.7-9). Ester sabia que não podia
comparecer ante o rei sem ser chamada (Et 4.11). Diante desta dificuldade,
Ester propôs que junto com ela os demais judeus recorressem a Deus em jejum
para que Ele pudesse intervir nesse caso (Et 4.10-16). O jejum é a abstinência
parcial ou total de alimentos com finalidades específicas. Prática comum entre
os judeus em ocasiões específicas, sendo a principal delas os momentos de
aflição (II Cr 20.3; Dn 9.3; Jl 1.1-14).
V - A AÇÃO DE DEUS PARA PROTEGER O SEU POVO
O livro de Ester
descreve a soberania e o cuidado de Deus para com o seu povo. Ele relata o
grande livramento dado por Deus ao povo judeu na Pérsia. Embora o nome de Deus
não seja mencionado no livro, cada página está cheia dEle.Mattew Henry (2010,
p. 845), diz: “Ainda que o nome de Deus não se encontre nele, o mesmo não se
pode dizer da sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na
libertação de seu povo”. Vejamos:
ü Agindo
previamente.
O
livro de Ester nos mostra Deus agindo antes que o mal se levantasse sobre o seu
povo, por exemplo:
(a) a nomeação de
Ester a rainha (Et 2.17), se deu antes da nomeação de Hamã para primeiro
ministro
(Et 3.1);
(b) a recompensa pelo livramento que
Mardoqueu deu ao rei Assuero (Et 2.21-23), somente aconteceu na ocasião que Hamã
intentava lhe pendurar numa forca. Deus fez que ao invés de morto, Mardoqueu
fosse honrado pelo próprio opositor (Et 5.14; 6.1-12).
ü Agindo
providencialmente.
O
povo de Israel é a semente de Abraão, a qual Deus fez a seguinte promessa: “e
abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3-b). Portanto,
pelejar contra a nação de Israel só resultará em desvantagem. Tal concepção foi
assimilada pela própria mulher de Hamã, após ele ter chegado frustrado de sua
tentativa de executar o judeu Mardoqueu (Et 6.13).Embora Satanás tente através
de governantes e nações aniquilar a semente abraâmica jamais conseguirá (Zc
14.1-15).Mardoqueu estava convicto de que Deus providenciaria livramento de uma
forma ou de outra (Et 4.14).
ü Agindo
sabiamente.
Por
certo, Deus orientou a Ester que junto com os judeus orassem e jejuassem por
três dias, para que no terceiro dia, mesmo sem ser chamada, ela comparecesse
diante do trono real arriscando a sua própria vida(Et 4.11-16). No terceiro
dia, Ester corajosamente compareceu diante do rei, o qual estendeu sobre ela o cetro
dizendo que estava disposto a lhe conceder o que pedisse. Ester convidou o rei
e Hamã para dois banquetes e neste a rainha revelou o propósito de Hamã de
destruição de todos os judeus, do qual povo ela também pertencia (Et 7.1-6). Na
mesma hora, o rei também ficou sabendo que Hamã intentava enforcar Mardoqueu, o
benfeitor do rei (Et 7.9). Diante disto, Assuero enfurecido mandou que Hamã
fosse enforcado nela (Et 7.10). Quanto ao decreto real de destruição de todos
os judeus,que foi assinado por Hamã com o anel do rei, que era irrevogável (Et
8.8), Deus sabiamente colocou no coração de Mardoqueu que assumiu o cargo de
Hamã (Et 8.1,2), que se fizesse outro decreto dando aos judeus o direito de se defenderem
(Et 8.9-12). O luto dos judeus terminou em alegria, pois Deus mudou-lhes a
sorte (Et 8.16,17; 9.17-32).
Conclusão
Aprendemos
que Deus está sempre pronto e disposto a ajudar os seus servo quando estes
colocam em seu coração a busca-lo através de orações e jejuns. Deus sabe todos
os perigos que passamos e espera que cada um de nós coloquemos toda nossa
confiança exclusivamente Nele.
Elaboração pelo.
Pb Mickel Souza
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
REFERÊNCIAS
GARDNER, Paul. Quem é quem na
Bíblia Sagrada. VIDA.
HOWARD, R.E et al. Comentário Bíblico. CPAD.
HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de
Estudo Pentecostal.CPAD.
Elienai Cabral. O Deus de Toda Provisão. CPAD
I.E.A.
D. em Pernambuco - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
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