20 de dezembro de 2016

A fidelidade de deus


A fidelidade de deus
 
TEXTO ÁUREO = “A tua benignidade, Senhor, chega até os céus, até as nuvens a tua fidelidade” Sl 36.5
 
VERDADE PRATICA = A fidelidade de Deus é a base sólida da sustentação de nossa confiança e relacionamento com Ele.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
 
► Reconhecer que a fidelidade de Deus é imutável;
► Crer que todas as promessas de Deus ao Seu tempo se cumprirão;
► Compreender que a infidelidade humana não altera a fidelidade de Deus. 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA
 
Sl 89.1 -  Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor, os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade.
 
Sl 89.2 - Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre: a tua fidelidade, tu a confirmarás até nos céus, dizendo.
 
Sl 89.5 - Celebrem os céus as tuas maravilhas, ó Senhor e na assembleia dos santos a tua fidelidade.
 
Sl 89.24 - A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar e em meu nome crescerá o seu poder.
INTRODUÇÃO
 
A fidelidade de Deus, um dos grandes temas da Bíblia, carrega em si a ideia do compromisso inabalável de Deus em manter, na relação com o Seu povo, tudo quanto se encontra escrito na Sua Palavra. A fidelidade é uma das gloriosas perfeições do Senhor, uma vestimenta do próprio Deus (Sl 89.8). Tudo o que há acerca de Deus é grande, vasto e incomparável, assim é também Sua fidelidade (Sl 36.5).
 
1. A FIDELIDADE É UM ATRIBUTO DO CARÁTER DE DEUS
 
A fidelidade é parte inerente do ser divino e Ele tem enorme satisfação em revelar-se a Seu povo como Deus fiel (Dt 7.9). O apóstolo Paulo afirma que nem mesmo a infidelidade humana pode alterar a fidelidade divina (2 Tm 2.13).
 
 
 
 
1.1 A vida de Deus não muda
 
Ele é desde a antiguidade (Sl 93.2). O salmista Davi compreende uma revelação da perfeição divina (Sl 102.26,27), por da qual Deus não está sujeito a qualquer mudança, não somente em Seu ser, mas também em suas profecias, propósitos e promessas (Hb 6.13,14). A fidelidade de Deus está expressa em Sua coerência moral e pessoal no Seu relacionamento com as pessoas. Por isso. Deus é comparado a uma rocha (Dt 32.4). Ele permanece sempre na mesma posição. Ele é eternamente o pai das luzes, em que não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17).
 
Deus não envelhece. Sua vida não aumenta nem diminui. Ele não ganha novas forças nem perde o que possui. Não amadurece nem se desenvolve. Ele não se torna mais forte nem fica mais fraco, nem mais sábio à medida em que o tempo passa, pois já é perfeito não pode mudar nem para melhor nem para pior. (Arthur W. Pink).
 
1.2 O caráter de Deus não muda
 
No curso da vida humana, gosto, perspectivas, tempo, temperamento, entre outros, pode mudar o caráter de uma pessoa, mas nada pode alterar o caráter de Deus. Ele nunca se torna menos verdadeiro, misericordioso, justo ou fiel (Êx 34.6). O caráter de Deus é hoje, e sempre será, exatamente como era nos tempos bíblicos, conforme a auto-revelação de Deus a Moisés (Êx 3.14). Ele tem vida em si mesmo e o que Ele é agora será eternamente (Hb 13.8).
 
O caráter de Deus é imutável. Assim, Tiago, numa passagem que trata da bondade santidade de Deus, Sua generosidade para com os homens e hostilidade para com o pecado, menciona Deus como aquele “em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1.17).
 
1.3 Os propósitos de Deus não mudam
 
Os planos do homem podem mudar por falta de previsão ou ausência de poder. Porém, os propósitos de Deus nunca se alteram (Sl 33.11), visto que Deus é Onisciente, Onipotente e Onipresente. O que Deus executa no presente, Ele já planejara desde a eternidade (Ef 3.3-11). Tudo o que se encontra em Sua Palavra, Ele se comprometeu a realizar (Mc 13.31). O Seu propósito abrange grandes reinos (Dn 4.32), mas também tem planos para seus servos de forma individual (At 9.15) e com relação à Igreja (Fp 1.6). Podemos ter certeza de que o propósito de Deus com respeito à nossa salvação não é uma vaga possibilidade, mas uma convicção inabalável. A volta de Jesus e a consumação da nossa salvação é uma agenda firmada pelo Pai e Ele a levará avante.
 
Os textos sobre o “arrependimento” de Deus (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; 2Sm 24.16; Jn 3.10; Jl 2.13) abordam a anulação de tratamento prévio dispensado a certos homens, como consequência da resposta deles a esse processo.
Mas não há indicação alguma de que essa reação tenha sido prevista, nem que Deus tenha sido tomado de surpresa, nem que a mesma estivesse estabelecida em Seu plano eterno. Não há mudança alguma em Seu propósito eterno quando Ele começa a agir em relação a uma pessoa de maneira diferente. (J.l Packer).
 
2. DEUS É FIEL NO CUMPRIMENTO DE SUAS PROMESSAS
 
A Bíblia está repleta de promessas de Deus para Seu povo. Em Hebreus 10.23, somos convidados a guardar firmemente a nossa esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Vejamos algumas características das promessas de Deus.
 
2.1 As promessas de Deus podem ser condicionais
 
A maioria das promessas de Deus é incondicional e será cumprida (Gn 18.9-14), outras, porém, dependem da obediência e fé do Seu povo. Em ascensão ao céu, Cristo prometeu aos discípulos que enviaria o Espírito Santo (Lc 24.49), mas estabeleceu uma condição: que permanecesse em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, o que se cumpriu no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Precisamos, portanto, ter uma atitude de fé e perseverança face às promessas de Deus e buscar o Seu cumprimento por meio da oração, como fez o profeta Daniel. Ele entendeu que o fim do cativeiro havia chegado para Israel, então clamou ao Senhor pelo cumprimento da promessa (Dn 9.1,2). Neemias também orou firmado nas promessas de Deus. (Ne 1.9,10).
 
Os cristãos negam a si mesmos os mais altos sólidos conforto pela descrença e aquecimento das promessas de Deus, pois não há situação tão desesperadora para qual não exista uma promessa adequada e perfeitamente capaz de trazer alívio. (Samuel Clark)
 
2.2 As promessas de Deus podem parecer demoradas
 
Os que pensam que as promessas de Deus são tardias não possuem o discernimento necessário para saber que a demora de Deus tem o objetivo de afastar o julgamento e trazer a graça salvadora ao maior número possível de pessoas (2 Pe 3.9). Na vida do cristão, a espera é sem dúvida um amadurecimento pessoal. O tempo de Deus não é o nosso. Os discípulos só esperaram dez dias e foram batizados no Espírito Santo.
 
Alguns homens de Deus, porém, tiveram que esperar com paciência a realização da promessa de Deus. José esperou treze anos para tornar-se primeiro-ministro do Egito. Moisés passou quarenta anos no deserto se preparando (At 7.22,23). Mas ambos alcançaram o cumprimento da promessa de Deus para suas vidas. Deus não atrasa nem adianta, chega sempre na hora certa. É preciso aprender esperar no Senhor (Sl 27.14).
 
 
 
2.3 As promessas de Deus são atuais
 
Há nas Escrituras numerosas ilustrações da fidelidade de Deus em manter Suas promessas sempre atuais. O juramento feito por Deus de que a terra produziria alimentos para todos continua (Gn 8.22). No dia de Pentecostes, Pedro relembrou uma promessa feita por Deus (At 2.39). Após quase dois mil anos, essa promessa continua se cumprindo e pessoas ainda são batizadas no Espírito Santo onde o Evangelho é pregado, confirmando assim a atualidade das promessas de Deus. Vidas libertas, pessoas transformadas, doentes curados e o Evangelho avançando até as mais longínquas regiões do mundo são provas do cumprimento da Palavra de Deus (Mc 16.15-18).
 
As Escrituras afirmam que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), o mesmo se aplica à Palavra de Deus, pois Cristo é a Palavra viva de Deus (Jo 1.14). Se Cristo permanece o mesmo, assim acontece com a Palavra de Deus em tudo quanto ela afirma. Creiamos, portanto, na atualidade das promessas de Deus.
 
3. A FIDELIDADE DE DEUS NA RELAÇÃO COM O SEU POVO
 
No relacionamento entre Deus e o Seu povo, Ele tem se mantido fiel. As gerações vão e vem, e Deus permanece fiel a todas elas. Mesmo quando o povo peca ou se desvia, Deus permanece fiel, pronto a perdoar, restaurar e socorrer, quando estes se voltam para Ele (2 Tm 2.13).
 
3.1 Deus é fiel em perdoar
 
Essa é uma promessa que precisa ser celebrada e ao mesmo tempo compreendida. Não é um convite à licenciosidade, nem um incentivo ao erro. De forma alguma deve se brincar com o pecado. Sansão brincou e quase foi destruído (Jz 16.29,21). Esaú foi profano com as coisas de Deus e não encontrou lugar de arrependimento (Hb 12.16,17). Esses exemplos nos servem de advertência. Deus é fiel em perdoar o cristão sincero e verdadeiramente arrependido. Somos restaurados porque o Senhor é fiel.
 
Dentre as riquezas de Deus está Sua capacidade de perdoar, expressas nas riquezas de Sua misericórdia que transcendem aos nossos mais elevados pensamentos (Sl 103.11). Ninguém pode medi-la. O profeta Miquéias afirma que ninguém pode comparar a Deus, porque além de perdoar a pessoa arrependida, Deus, de forma maravilhosa, esquece-se da transgressão se Seu povo (Mq 7.18).
 
3.2 Deus é fiel em socorrer e livrar
 
O povo de Israel, ao longo de sua história, é testemunha viva dos feitos poderosos do Senhor e Sua fidelidade para livrá-los dos seus inimigos. Davi confessou que sem o Senhor os seus opositores teriam engolidos vivos (Sl 124.1-3).
Na passagem pelo Mar Vermelho (Êx 14.1-31), Moisés disse que Deus pelejaria pelo Seu povo. Na ação de Deus que livrou os jovens hebreus da fornalha ardente (Dn 3.23-25), até o soberbo Nabucodonosor reconheceu Sua grandeza (Dn 3.29). Essas mesmas promessas se aplicam aos cristãos hodiernos. O Senhor não nos prometeu uma vida fácil e sem dificuldades, pelo contrário, Ele nos conscientizou de que neste mundo teríamos aflições (Jo 16.33), mas pediu que tivéssemos ânimo, porque Ele venceu e não desampara nem abandona os Seus servos (Hb 13.5,6). Deus não permite uma luta acima do que podemos suportar (1 Co 10.13). A Palavra assegura que quem nasceu de novo e não vive na prática do pecado, o maligno não lhe toca (1 Jo 5.18).
 
A libertação do apóstolo Pedro é um dos mais poderosos atos do socorro de Deus (At 12.1-10). Herodes representava a lei, ninguém podia escapar das suas mãos. Dentro da ótica humana era o fim de Pedro, fortemente guardados por dezesseis soldados, mas Deus maior que qualquer poder deste mundo, enviou Seu anjo e libertou a Seu servo, revelando tanto a Sua fidelidade, quanto Seu poder em livrar e socorrer.
 
3.3 A promessa da Sua presença
 
A promessa da presença de Deus é uma verdade gloriosa revelada em toda a Bíblia. Quando recebeu a ordem de partir em direção à Canaã, Moisés pediu a Deus que a Sua presença fosse com Eles, caso contrário não sairia dali (Êx 33.12-15). Deus lhe fez uma promessa e, durante quarenta anos no deserto, Ele foi fiel: de dia numa coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo (Êx 13.21,22), ou seja, não importam as circunstâncias (Sl 23.4; Is 43.2), Ele estará presente. O Senhor Jesus corroborou essa promessa de forma maravilhosa para a Igreja (Mt 18.20). Ele estará presente e de forma ativa por todos os dias até o fim dos séculos (Mt 28.20; Ap 2.1).
 
CONCLUSÃO
 
A infidelidade, um dos pecados mais proeminentes destes dias maus, está presente na vida social, nos negócios, nas amizades que se dissolvem tão facilmente e até na vida conjugal. No entanto, é encorajador erguer os olhos e contemplar aquele que é fiel em tudo e em todo o tempo, no qual podemos confiar plenamente na certeza de que Ele nunca falhará conosco.
 
 
FONTES:
 
Revista bete – jovens e adultos: Jovens e Adultos. Fidelidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94. Lição 1 – A fidelidade de Deus.

14 de dezembro de 2016

Sabedoria Divina para a tomada de Decisões.


Lição 12
 
 
Tema: Sabedoria Divina para a tomada de Decisões.
 
Terceiro rei de Israel (971-931 a.C) filho de Davi e Bete-Seba , também foi chamado de Jedidias pelo profeta Natã (  2 Sm 12.25) . Salomão não aparece nas narrativas biblicas até próximo da morte de seu pai Davi (I Rs 1.10) . No tempo determinado por Deus aparece na história biblica como um dos homens mais sábio de todos os tempos.
 
Os empreendimentos políticos de Davi foram assinalados pelo sucesso. Em menos de uma década, depois da morte de Saul, todo o Israel se juntou em apoio a Davi, o qual dera início a seu reinado somente com o pequeno reino de Judá. Por meio de sucessos militares e de gestos de amizade em breve ele controlava o território que vai desde o rio do Egito e o golfo de Acaba até às costas fenícias e a terra de Hamate. O respeito internacional e o reconhecimento obtido por Davi para Israel continuaram intocados pelas potências estrangeiras até aos anos finais do reinado de Salomão.
 
O novo rei também se distinguiu como líder religioso. Embora lhe fosse ne­gado o privilégio de construir o templo, ele fez laboriosos preparativos para sua edificação, por seu filho, Salomão. Através da liderança de Davi, os sacer­dotes e levitas foram profundamente organizados para que participassem eficaz­mente nas atividades religiosas da nação inteira.
 
O livro de 2 Samuel retrata o reinado de Davi com grandes detalhes. Uma lon­ga secção (11 - 20) nos proporciona o relato exclusivo do pecado, crime e rebel­dia que houve na família real. A transferência do trono para Salomão e o fale­cimento de Davi são narrados nos capítulos iniciais de 1 Reis. O livro de 1 Crôni­cas, que igualmente conta a história do período de Davi. Sem dúvida, muitas das cidades dadas aos levitas ou designadas cidades de refúgio, sob Moisés e Josué, não vinham sendo usadas como tais até ao tempo de Davi, quando foram desalojados seus ocupantes pagãos.
 
 
Quando Davi assumiu o reino sobre as doze tribos, selecionou Jerusalém para ser sua capital política. Durante os dias em que foi tido como fora da lei, era seguido por centenas de homens. Esses foram bem organizados sob suas ordens, em Ziclague, e, posteriormente, em Hebrom (1 Cr 11:20 - 12:22). Esses ho­mens se tinham destacado de tal modo em feitos militares que foram nomea­dos príncipes e líderes. Quando todo o Israel se unificou em apoio a Davi, a or­ganização foi ampliada a fim de incluir a nação toda, tendo Jerusalém como centro (1 Cr 12:23-40). Firmando um contrato com os fenícios, um magnificente palácio foi erigido para Davi, o rei (2 Sm 5:11,12).
 
Ao mesmo tempo, Jerusalém tornou-se o centro religioso da nação inteira (1 Cr 13:1 - 17:27 e 2 Sm 6:1 - 7:29). Quando Davi tentou mudar a arca da aliança da casa de Abinadabe, em Quiriate-Jearim, por meio de um carro, ao invés de fazê-la transportar pelos sacerdotes, Uzá subitamente caiu morto. Ao invés de levar a arca para Jerusalém, Davi guardou-a na casa de Obe-de-Edom, em Gibeá. Quando sentiu que o Senhor estava abençoando aquela casa, imediatamente Davi transferiu a arca para Jerusalém, para que fosse abriga­da em uma tenda ou tabernáculo.
 
Por qual razão foi negado a Davi o privilégio de construir o templo? Nos anos finais de seu reinado, ele tomou consciência de que fora comissionado como estadista militar, a fim de estabelecer firmemente o reino de Israel (1 Cr 28:3 e 22:8). Enquanto o reinado de Davi foi caracterizado pela guerra, Salomão desfrutou de um período de paz. Talvez a paz já viesse prevalecendo na época em que Davi exprimiu sua intenção de erigir um templo, mas não há como deter­minar, pelas Escrituras, de que modo às guerras subsequentemente narradas se relacionam cronologicamente a essa mensagem de Natã. Talvez foi somente nos estágios finais de seu reinado que Davi veio a perceber que os dias de Salomão seriam mais oportunos para a edificação do templo.
 
A ascensão de Salomão
 
A vereda que salomão teve de palmilhar até o trono esteve longe de ser suave. A oposição de Absalão foi continuada pelo filho mais velho sobrevivente de Davi, Adonias (2 Sm 3.4) . apoiado pelo general deposto por Davi, Joabe, que havia assassinado Absalão (2Sm 18.14,15)  e por influência do sacerdote Abiatar , Adonias reuniu com os seus e chegou até a fazer uma festa de coroação.
 
Mas Salomão contava com muitos aliados. Benaia filho de Joiada, interessava-se pelo generalato; Zadoque ambicionava uma posição sacerdotal proiminente. O profeta Natã surge como porta-voz e de Salomão. Depois que o profeta Natã e Bate-Seba relembram a Davi sobre a promessa existente em relação a Salomão, o rei da instrução acerca da ascensão de Salomão ao trono, selando-as com um juramento (I Rs 1.28,30). Acerca de ter um final de reinado um tamto turbulento, mesmo sofrendo uma guerra civil liderada pelo seu filho Absalão, Davi encontra forças para manter um padrão equilibrado quando da sua liderança como rei. Ainda que no meio de tantas turbulências do dia a dia, o crente em Jesus precisa estar atentos aos sinais que podem estar lhes conduzindo a uma nova etapa de suas vidas. Quantas pessoas alegam que as portas estão “fechadas”, quantas pessoas reclamam que nada da certo ou simplesmente abandonam emprego, empresas, familias por acharem que Deus os “abandou”. A verdade é uma só Deus tem os seus meios de trabalhar, tem seus meios de chegar aos objetivos que podem nos levam ao fim desejado pelo SENHOR. Portanto qualquer que seja a dificuldade para chegar ao objetivo maior, tenhamos fé porque Deus está no controle de tudo.
 
 
A notícia da coroação de Salomõa interrompeu as festifidades de Adonias ( I Rs 1.41), mas não limitou o seu desejo de controlar o reino. Implorou Bate-Seba  para que confecesse a Salomão a dar-lhe a Abusague, criada de Dvai como sua esposa (I Rs 1.3,4). Salomão percebeu que tal casamento podeia enfraquecer o seu reinado que  havia começado, e recusou a proposta de seu irmão o qual pagou com sua vida por sua proposta precipitada ( I Rs 2.25) .
 
Salomão foi o primeiro govenante dinastico sobre Israel.  A principio não teve uma escolha distinta como foi o caso de Saul e de Davi seu pai. Ambos foram escolhidos por Deus e tiveram um chamado distinto para cada um. O primeiro pela queixa do povo conta Samuel Deus permite a escolha de um rei segundo o coração do povo. Já o segundo acontece com a rejeição do primeiro quando Deus escolhe a Davi de entre todos os teus irmãos. Salomão se tornaria uma exceção regra utilizada pelo SENHOR, na escolha do novo rei. Mas Deus que conhece todos os corações aparece a Salomão em sonhos e oferece a ele tudo o que quizesse.
 
A resposta de muitos que numa situação semelhante poderia escolher fama, riqueza e muitas outars coisas. Salomão foi mais centrado no que diz respeito a sua postura como futuro monarqua de uma grande nação. Certamente o jovem Salomão já havia esperimentado no palacio real as grandes dificuldades enfrentadas pelo seu pai. Governar uma granda nação não seria tarefa fácil a partir do momentos ao qual ele tomasse alguma atidude ou decisão desfaforável. Certamente diante de tamtos embates que seu pai passou pela vida Salomão percebe que com uma sabedoria divina poderia governar com autoridade e respeito dos cidadões de Israel.
 
A Era Áurea de Salomão
 
O reinado de Salomão se caracterizou por paz e prosperidade. Davi estabelece­ra o reino agora Salomão haveria de colher os benefícios dos labores de seu pai. A narrativa sobre essa era é brevemente contada em 1 Rs 1:1, 11:43 e 2 Cr 1:1 -9:31. Os pontos foquem de ambos os livros é a construção e dedicação do templo, o que recebe muito maior consideração do que qualquer outro aspecto do reinado de Salomão. Outros projetos de construção, negócios e comércios, progresso in­dustrial e sábia administração do reino, são mencionados apenas de passagem. Muitas dessas atividades, escassamente mencionadas no registro bíblico, têm sido iluminadas mediante as escavações arqueológicas que tem havido nas três últi­mas décadas.
 
A sagacidade de Salomão tornou-se motivo de profunda admiração. A deci­são dada pelo rei, quando duas mulheres contendiam por um único filho vivo (1 Rs 3:16-28), sem dúvida alguma representa apenas um exemplo dentre os casos que demonstraram a sua sabedoria. Quando essa e outras notícias pas­saram a circular por toda a nação, os israelitas reconheceram que a oração do rei, pedindo sabedoria, lhe fora respondida.
 
            Quando em meio ao caus politico e administrativo Deus levanta um homem com grande sabedoria para governar o seu povo. Pode ser que a história de vida de Salomão não seje a mais brilhante do ponto de vista espiritual. Ele deixou certamente a sua marca na história, pois a sabedoria alcançada do SENHOR, fez toda a diferença na vida e na história de Israel em todas as suas eras.
 
Elaborado pelo : Evangelista Juarez Alves.
 
 

9 de dezembro de 2016

Lição 11 - O Socorro de Deus para livrar o seu Povo


Lição 11 - O Socorro de Deus para livrar o seu Povo
 
Texto Áureo - “Os justo clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angustias.” (Sl 34.17)
 
Introdução
 
Deus por muitas vezes trabalha de maneira oculta em favor de seu povo, mesmo sem ver nitidamente o agir de Deus, os resultados são sempre surpreendentes pois a sua glória e real e no final ela sempre se manifesta. Deus sempre age em favor dos que o servem.
 
ü  PERSONAGENS DO LIVRO DE ESTER
 
Assuero (Et 1.1).
 
Rei da Pérsia, mais conhecido como Assuero (chamado de Xerxes em algumas versões bíblicas) é mencionado no livro de Ester e em Esdras 4.6. Um dos maiores reis do Império Persa, governou de 486 a 465 a.C. Era filho de Dario I, o Grande. No livro de Ester, Assuero é retrato como um rei poderoso, com um grande império “que reinou desde a Índia até Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias” (Et 1.1-b).
 
Vasti (Et 1.9).
 
Rainha da Pérsia, esposa do rei Assuero. No último dia do banquete oferecido por este monarca, Vasti foi convocada para mostrar sua beleza diante dos convidados. Ela recusou o convite e essa atitude gerou controvérsias entre os conselheiros do rei. Receosos de que a desobediência da rainha desacreditasse todos os homens do reino diante de suas esposas. Eles aconselharam o rei que depusesse Vasti do cargo e mandasse trazer as donzelas do reino para delas escolher uma nova rainha. O rei anuiu ao conselho e assim o fez (Et 1.9-22; 2.1-4).
 
Mardoqueu (Et 2.5).
 
Da tribo de Benjamin, filho de Jair, pai adotivo de Ester, também chamado Mordecai em algumas versões bíblicas. Vivia na fortaleza de Susã durante o exílio do povo judeu, reinado de Assuero, onde criou Ester como se fosse sua própria filha (Et 2.5-7).
 
Ester (Et 2.7).
 
O nome hebraico dessa mulher era “Hadassah”, que significa “murta”, o nome de uma planta. Ester era o nome persa que lhe foi dado, quando ela tornou-se parte do harém real. Era uma jovem judia, da tribo de Benjamin,cujos pais morreram na época do exílio babilônico. Foi criada por seu primo Mardoqueu (Et 2.5-7). Estavam entre os judeus que habitavam na fortaleza de Susã, sob o reinado de Assuero. A vida de Ester mudou, quando foi levada para olharem real junto com outras donzelas de Susã. Depois de um ano de embelezamento, ela foi eleita pelo rei como a mais linda jovem entre todas as que foram apresentadas (Et 2.8-17).
 
 
 
Hamã (Et 3.1).
 
Era Filho de Hamedata e tinha um alto cargo político no reinado de Assuero, na Pérsia. Josefo, historiador judeu, diz que Hamã era um amalequita. “Ele é descrito como 'agagita', talvez por causa da sua descendência de Agague, o rei amalequita (I Sm 15.8,33)”. Ele desfrutava de muita confiança do rei (Et 3.10). Hamã tinha um grande ódio de Mardoqueu, bem como de todos os judeus (Et 3.5-6;10).
 
Dos livros da Bíblia, Ester e Cantares são dois livros que se distinguem por evitar usar o nome de Deus, não ensinar a Lei de Moisés, nem destacar a religiosidade israelita. Mas a razão principal que fez com que o livro de Ester fosse reconhecido no Cânon das Escrituras foi o fato de revelar o cuidado divino com o povo de Israel em meio à hostilidade, estando exilado de sua terra.É uma história em que se percebe a presença de Deus de modo inescrutável e invisível nos seus elementos circunstâncias, destacando, em especial, dois personagens importantes, Mardoqueu e Ester.
 
Temos uma história delineada pela providencia divina. Não há determinismo nos ingrediente da história, mas percebe-se a soberania de Deus fazendo valer seus desígnios. Todos os fatos que envolvem pactos e alianças de Deus com o seu povo são cumpridos com aqueles que o servem.Nessa história podemos observar as operações invisíveis de Deus delineando todos os fatos que envolvem o povo de Deus em terra estranha, sofrendo toda sorte de perseguição e rejeição no lugar em que habitavam e os personagens da história. Além de Mardoqueu (ou Mordecai) e Ester, outros três personagens fazem parte de todo o enredo da história, que são: o rei Assuero (ou Xerxes I), a rainha Vasti e Hamã, o oficial da corte do reino de Assuero (Et 1.19; 2.5,6; 3.1).
 
Desde a divisão de Israel em dois reinos – o povo de Israel, chamado Reino do Norte, e o de Judá, chamado Reino do Sul -, os seus reis, com pouca exceção, não foram fiéis a Deus e, por isso, tiveram que arcar com as consequências graves e trágicas na vida do povo de Deus. Os exércitos da Assíria entraram em suas terras, subjugando os dois reinos ao domínio persa. Os judeus serviam aos interesses persas com trabalho forçado, escravidão e muito sofrimento das famílias. Nesse tempo do domínio de Assuero (Xerxes I) entra a história de Ester como uma prova de que Deus não havia se esquecido do seu povo. Ora, o povo de Israel tinha consciência de sua eleição para representar os interesses de Deus entre as nações e que aquela situação momentânea era consequência dos pecados de seus líderes. Por isso, estavam exilados e longe da sua terra.
 
Ao longo da história, o povo de Israel tem sofrido com tentativa de exterminação, porque Satanás odeia esse povo e quer destruí-lo. Então, por desígnio de Deus entra no cenário dessa circunstancia uma jovem temente a Deus que se torna o elemento-chave da libertação do seu povo no reino Persia. A jovemHadassa, criada por seu tio Mardoqueu também chamada Ester entra na cena que Deus armou para que seus desígnios fossem concretizados. Ester, entre as moças do palácio, alcançou graça perante o rei e f oi constituída rainha da Pérsia, no lugar de Vasti. Não imaginava ela que seu papel dentro do palácio real de Assuero seria o de salvar todo o seu povo do extermínio tramado por Hamã e conquistar espaço dentro do império para defender e servir ao seu Deus.
 
I - O PROJETO DIABÓLICO PARA DESTRUIÇÃO DOS JUDEUS
 
ü  A nomeação de Hamã (Et 3.1).
 
O livro de Rute nos informa que Assuero engrandeceu a um homem chamado Hamã.Segundo Beacon (2008, p. 550): Hamã “foi elevado à posição de primeiro ministro. Esta posição lhe trouxe a maior condição entre os príncipes da corte persa, e tornou-se o segundo abaixo do rei em poder. De acordo com a ordem do monarca, segundo o costume dos governos orientais antigos, as princesas e nobres, assim como o povo em geral, todos precisavam inclinar-se perante o grão-vizir quando ele passava pelo palácio e pelas ruas de Susã”. De fato, todos os servos do rei se inclinavam diante de Hamã, no entanto, Mardoqueu o judeu, descumpria esta ordem (Et 3.2). Josefo (2004, p. 503) diz que: “Mardoqueu era o único que não lhe prestava essa homenagem, porque a lei de Deus o proibia”.Talvez uma alusão ao Decálogo, que condenava a adoração a qualquer coisa em lugar de Deus (Êx 20.3-6; Dt 5.7-10).
 
ü  O ódio de Hamã (Et 3.5,6).
 
Ao ver que Mardoqueu não se prostava diante de si, contrariando a ordenação real, Hamãencheu-se de furor. Sua atitude em seguida deste sentimento foi de executar Mardoqueu e também todo o povo judeu aquem ele pertencia. O registro bíblico nos diz que Hamã se tornou adversário dos judeus (Et 3.10).
 
ü  O decreto de Hamã (Et 3.7-15).
 
Para levar adiante o seu plano de provocar um genocídio dos judeus, Hamã, que tinha acesso direto ao rei, lhe propôs exterminar e saquear os bens de um povo que segundo ele tinha leis e costumes diferentes dos povos que estavam sob o domínio de Assuero (Et 3.8). Além de Hamã estar propondo varrer do reino um povo “insubmisso ao rei”, prometeu-lhe também que pagaria ao rei por esta prestação de serviço (Et 3.9). Ao que o rei consentiu, colocando-lhe na mão o seu anel com o qual o decreto poderia ser assinado (Et 3.10). O decreto de morte então foi assinado, para ser colocado em prática no dia 13 do mês de Adar, segundo consultou os seus deuses (Et 3.7,12-14).
 
II – A PROVIDÊNCIA INVISIVEL DE DEUS
 
Existe uma palavra profética de Mardoqueu par Ester que revela a providência divina no cenário daquela história que se iniciava como uma simples jovem do povo judeu. A palavra aconteceu quando uma trama contra o povo de Deus foi armada por Hamã, oficial da corte do rei Assuero. Mardoqueu, tendo notícias da trama, preparou Ester para ser o elo de Deus para salvação do seu povo, e disse-lhe: “Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14). Indiscutivelmente, o dedo de Deus delineia a história do seu povo.
 
 
A expressão “dedo de Deus” encontrada na Bíblia em algumas circunstâncias especiais é uma metáfora antropomórfica que atribui a Deus coisas, figuras e órgãos humanos, como coração, mãos, pés, olhos, ouvidos, que representem ações de Deus. Deus é Espírito, e qualquer figura humana em relação a Deus tem sentido de revelação de um Deus que é Pessoa e fala conosco. Em relação à história do livro de Ester,
o dedo de Deus é uma figura invisível da providência divina. A palavra “providencia” vem do latim providentia, e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”, mas o sufixo da palavra, Videntia, deriva de videre, que significa “ver”. Quando nos referimos a Deus, sua providencia diz respeito ao que Ele faz e vê antecipadamente. É o que Deus vê, e Ele vê todos os incidentes da vida antes que ocorram, algo humanamente não podemos fazer (Sl 139.1-14).
 
Nesse sentido, constatamos que os incidentes históricos naqueles dias dentro do império Pérsia foram delineados e orientados pelo dedo de Deus dirigindo cada circunstância. Por esse modo invisível e providencial, o Senhor colocou a jovem Ester dentro do palácio de Assuero para que o seu povo fosse salvo da destruição. Comprova-se esse fato pelo que Deus disse a Isaias, o profeta: “[...] os meus pensamentos [são] mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.9).
 
III – SOB O DESÍGNIO DE DEUS, ESTER ENTRA NO PALÁCIO DE ASSUERO
 
Segundo o historiador judeu Josefo, do primeiro século da era Cristã, depois que os servos mais leais ao rei sugeriam que ele escolhesse uma das moças do seu harém no palácio para ocupar o lugar de Vasti, foram selecionadas 400 moças virgens como candidata sao trono de rainha junto a Assuero. Depois de todos os preparativos necessários em termos de estéticas e beleza, as moças seriam apresentadas individualmente perante Assuero. Todas as que estavam no palácio e faziam parte do harém do rei teriam a oportunidade de conquistar seu coração, e uma delas seria elevada à posição de rainha (Et 2.14). Foi assim que Deus preparou Ester para ser a moça que conquistaria o coração do rei e seria elevada à posição de rainha.
 
ü  Ester foi designada por Deus para o lugar de Vasti
 
Entre a deposição de Vasti e a chegada de Ester ao palácio, passaram-se quatro anos aproximadamente. Logo depois daquela festa, Assuero empreendeu uma guerra contra a Grécia e todos os planos elaborados não deram certo. Dois anos depois ele volta a Susã, completamente decepcionado porque a guerra não foi vencedora. Ao voltar para o palácio, Assuero estava só e o trono de rainha ao seu lado estava vazio.
Depois da volta da guerra frustrada contra a Grécia, alguns servos de Assuero que o serviam junto ao trono sugeriam que se buscassem moças virgens e formosas e, quem sabe, fosse escolhida pelo rei uma delas para assumir o trono de rainha. Comissários em todas as províncias trouxeram muitas moças bonitas e virgens para o palácio de Susã para que ficassem sob os cuidados do seu eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas para o palácio, foi levada a jovem judia Ester, que ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et2.9). Não há dúvidas de que Ester fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo, mas nem ela podia imaginar isso.
 
ü  Ester, uma jovem graciosa que correspondeu à expectativa de Deus
 
Seu nome hebreu era Hadassa que passou a ser chamada Ester, um nome que provinha de palavra persa que significa “estrela” e derivava do nome de uma deusa babilônica (Isthar), que siginifca “deusa do amor”. Naturalmente esse nome não teve qualquer influência em sua vida de comunhão com Deus de Israel. No seu livro bíblico, Ester é a personagem principal da história que fala de uma jovem cujos valores morais e espirituais serviram para torna-la um instrumento de justiça de Deus para salvar a sua gente. Quando levada para o palácio de Susã, ela era uma jovem entre tantas outras jovens bonitas e prendadas. Entretanto, o seu tio Mardoqueu tinha uma visão mais ampla acerca do futuro de Ester e, por isso, disse-lhe: “[...} quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14).
 
Nesse ponto estamos fazendo uma pequena digressão histórica que nos leva ao primeiro estagio de Ester antes de se tornar a escolhida de Assuero. Depois da deposição de Vasti como rainha, as moça escolhidas de todas as províncias foram levadas para a casa das mulheres do palácio e, depois de apresentadas, uma delas seria escolhida para ser a rainha. Quando veio a vez de Ester, sua presença superou a todas as moças que até então haviam sido apresentadas. Ester achou graça diante do rei, e ele baixou o cetro sobre ela e colocou a coroa de rainha sobre a sua cabeça. Mardoque, que havia orientado o comportamento de Ester para várias situações, estava assentado “à porta do rei” (Et 2.19) e teve o coração emocionado por ver o desígnio de Deus sendo cumprido na vida de sua sobrinha. Um grande banquete foi preparado com a coroação de Ester, e o rei deu-lhe presentes. Essa escolha estava nos designios divinos para que ela, sendo rainha naquele império, tivesse influencia suficiente para conceder uma grande libertação ao seu povo, o povo de Deus, e os desígnios malignos de seus inimigos, especialmente, Hamã, que odiava Ester e Mardoqueu, queria destruí-los dentro do reino.
 
ü  A trama de Hamã, o Agagita
 
Hamã foi um homem descendente de Agague, um rei amalequita (1 Sm 15.8,33). Servindo no palácio de Susã ao rei Assuero, Hamã foi elevado à posição de primeiro ministro do reino, dando-lhe condições superiores entre todos os príncipes da corte persa, tornando-se o segundo homem mais importante do reino depois de Assuero.Sem dúvida alguma, o inimigo maior do povo de Deus é o Diabo, que influenciava pessoas para odiarem o povo judeu naqueles dias. Hamã se tornou um instrumento diabólico para perseguir e desejar a destruição do povo judeu. Sua descendência agagita o lembrava de uma história de derrota dos amalequitas, que eram descendentes de Agague e foram derrotados pelo rei Saul no passado, e tinha o estgma de ódio contra os judeus. Era um povo com uma história de pilhagem e roubo que assaltava os que viajavam no deserto, especialmente, Israel. Por isso, esse povo foi amaldiçoado por Deus (Dt 25.17-19).Hamã era um agagita que odiava os judeus, especialmente Mardoqueu, um judeu que exercia liderança no meio do seu povo. Visto que Hamã tinha poderes políticos advindos do seu “status” de primeiro oficial do reino persa, por sua arrogância, ambição e astúcia resolveu destruir o povo judeu, principalmente, Mardoqueu.
Como Mardoqueu não se inclinava perante ele quando passava entre o povo, o seu ódio cresceu e, para tanto, tramou diabolicamente a destruição de todos os judeus que viviam no império. Pelo fato do enforcamento de dois oficiais que haviam tramado o assassinato do rei, por informação de Mardoqueu, a crueldade de Hamã agitou sua adrenalina, e então cheio de empatia e espírito vingativo, ele sugeriu ao rei a destruição do povo judeu.
 
A postura de Mardoqueu em não se inclinar perante ele quando passava causou tanta fúria em Hamã que este ficou obcecado com a ideia de destruição total do povo judeu dentro doimpério. Para esse intento, Hamã persuadiu Assuero a fazer um decreto contra os judeus. Seu plano continha mentiras e calúnias contra o povo judeu de que queriam a morte do rei e por isso deviam ser destruídos totalmente. O rei aderiu ao plano de assassinato de Hamã, que ordenou o massacre do povo (Et 3.13-15). Foi marcado um dia especial para destruição do povo judeu e, quando esse povo teve notícia desse decreto, houve grande tristeza e lamento do povo judeu. Mardoqueu, percebendo que a tragédia viria e seu povo seria destruído, vestiu-se de saco de cilício e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6).
 
IV - A REAÇÃO DO POVO JUDEU ANTE A AMEAÇA DE EXTINÇÃO
 
Depois que o edito real assinado por Hamã começou a ganhar notoriedade, a cidade de Susã “estava confusa” ( Et 3.15). Mardoqueu e os judeus que estavam na Pérsia, resolveram agir (Et 4.3). Vejamos quais foram as suas atitudes:
 
ü  Oração (Et 4.1-3).
 
Diante da ameaça iminente, os judeus se puseram a orar. Mardoqueu foi o primeiro (Et 4.1). Todo o povo começou a clamar também (Et 4.3). A oração é uma prece dirigida pelo homem ao seu Criador, com o objetivo de adorá-Lo, pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas, agradecer-lhe pelos favores recebidos, buscar proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele. Essa atividade é descrita como: invocar a Deus (Sl 17.6); invocar o nome do Senhor (Gn 4.26); clamar ao Senhor (Sl 3.4); levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1). Este deve ser o primeiro e não o último recurso utilizado pelo crente em todo tempo e principalmente diante das dificuldades (Sl 4.1; 18.6; 77.2; 91.15).
 
ü  Quebrantamento (Et 4.1-3).
 
Além de os judeus orarem, o registro sagrado diz de que forma eles oraram: “e em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza” (Et 4.3). Segundo Champlin (2004, p. 620), “o ato de rasgar as próprias vestes era uma maneira comum e simbólica de exprimir alguma emoção forte, como ira, tristeza ou consternação”. O que Deus requer de cada um de nós é um espírito quebrantado (II Cr 7.14; Sl 34.18; 51.17; Is 57.15).
 
ü  Jejum (Et 4.15-17).
 
Ester ficou sabendo por meio dos seus servos que o seu parente Mardoqueu estava a porta do rei clamando por misericórdia, mandou procurar saber do próprio Mardoqueu o porquê daquela atitude (Et 4.4-7). Ele deu a ela uma cópia do decreto assinado de morte assinado pelo rei e mandou dizer-lhe que como era a rainha e estava no palácio, deveria comparecer diante do rei para suplicar em favor do seu povo (Et 4.7-9). Ester sabia que não podia comparecer ante o rei sem ser chamada (Et 4.11). Diante desta dificuldade, Ester propôs que junto com ela os demais judeus recorressem a Deus em jejum para que Ele pudesse intervir nesse caso (Et 4.10-16). O jejum é a abstinência parcial ou total de alimentos com finalidades específicas. Prática comum entre os judeus em ocasiões específicas, sendo a principal delas os momentos de aflição (II Cr 20.3; Dn 9.3; Jl 1.1-14).
 
V - A AÇÃO DE DEUS PARA PROTEGER O SEU POVO
 
O livro de Ester descreve a soberania e o cuidado de Deus para com o seu povo. Ele relata o grande livramento dado por Deus ao povo judeu na Pérsia. Embora o nome de Deus não seja mencionado no livro, cada página está cheia dEle.Mattew Henry (2010, p. 845), diz: “Ainda que o nome de Deus não se encontre nele, o mesmo não se pode dizer da sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”. Vejamos:
 
ü  Agindo previamente.
 
O livro de Ester nos mostra Deus agindo antes que o mal se levantasse sobre o seu povo, por exemplo:
 
(a)  a nomeação de Ester a rainha (Et 2.17), se deu antes da nomeação de Hamã para primeiro ministro
(Et 3.1);
 
(b) a recompensa pelo livramento que Mardoqueu deu ao rei Assuero (Et 2.21-23), somente aconteceu na ocasião que Hamã intentava lhe pendurar numa forca. Deus fez que ao invés de morto, Mardoqueu fosse honrado pelo próprio opositor (Et 5.14; 6.1-12).
 
ü  Agindo providencialmente.
 
O povo de Israel é a semente de Abraão, a qual Deus fez a seguinte promessa: “e abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3-b). Portanto, pelejar contra a nação de Israel só resultará em desvantagem. Tal concepção foi assimilada pela própria mulher de Hamã, após ele ter chegado frustrado de sua tentativa de executar o judeu Mardoqueu (Et 6.13).Embora Satanás tente através de governantes e nações aniquilar a semente abraâmica jamais conseguirá (Zc 14.1-15).Mardoqueu estava convicto de que Deus providenciaria livramento de uma forma ou de outra (Et 4.14).
 
 
ü  Agindo sabiamente.
 
Por certo, Deus orientou a Ester que junto com os judeus orassem e jejuassem por três dias, para que no terceiro dia, mesmo sem ser chamada, ela comparecesse diante do trono real arriscando a sua própria vida(Et 4.11-16). No terceiro dia, Ester corajosamente compareceu diante do rei, o qual estendeu sobre ela o cetro dizendo que estava disposto a lhe conceder o que pedisse. Ester convidou o rei e Hamã para dois banquetes e neste a rainha revelou o propósito de Hamã de destruição de todos os judeus, do qual povo ela também pertencia (Et 7.1-6). Na mesma hora, o rei também ficou sabendo que Hamã intentava enforcar Mardoqueu, o benfeitor do rei (Et 7.9). Diante disto, Assuero enfurecido mandou que Hamã fosse enforcado nela (Et 7.10). Quanto ao decreto real de destruição de todos os judeus,que foi assinado por Hamã com o anel do rei, que era irrevogável (Et 8.8), Deus sabiamente colocou no coração de Mardoqueu que assumiu o cargo de Hamã (Et 8.1,2), que se fizesse outro decreto dando aos judeus o direito de se defenderem (Et 8.9-12). O luto dos judeus terminou em alegria, pois Deus mudou-lhes a sorte (Et 8.16,17; 9.17-32).
 
Conclusão
 
Aprendemos que Deus está sempre pronto e disposto a ajudar os seus servo quando estes colocam em seu coração a busca-lo através de orações e jejuns. Deus sabe todos os perigos que passamos e espera que cada um de nós coloquemos toda nossa confiança exclusivamente Nele.
 
 
 
Elaboração pelo. Pb Mickel Souza
 
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
REFERÊNCIAS
 
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.
HOWARD, R.E et al. Comentário Bíblico. CPAD.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.CPAD.
Elienai Cabral. O Deus de Toda Provisão. CPAD
I.E.A. D. em Pernambuco - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais