20 de julho de 2017

O SENHOR SALVADOR JESUS CRISTO – Pr. José Costa Junior


O SENHOR SALVADOR JESUS CRISTO – Pr. José Costa Junior

 

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

Durante séculos o relato dos Evangelhos acerca de Jesus vem sendo aceito pela Igreja cristã em geral como sendo fidedigno, isto é, correspondendo com exatidão aos fatos que realmente ocorreram no início do primeiro século, e que formam a base histórica do cristianismo. Baseando-se nesse relato, o cristianismo vem ensinando, desde o seu surgimento, que Jesus é o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que nasceu de uma virgem, que realizou milagres e que ressuscitou fisicamente de entre os mortos. A teologia cristã nunca teve dificuldade séria em admitir a atuação miraculosa de Deus na história, e sempre encarou a mensagem da Igreja apostólica registrada no Novo Testamento (como as cartas de Paulo e os Evangelhos) como sendo o registro acurado dos eventos sobrenaturais que se sucederam na vida de Jesus de Nazaré. Os Concílios cristãos que elaboraram dogmas a respeito da pessoa de Jesus (Nicéia, 325; Constantinopla, 381; Calcedônia, 451), não o fizeram como meras ideias divorciadas da história e de fatos concretos. Para eles, a Segunda Pessoa da Trindade encarnou, viveu, atuou, morreu e ressuscitou dentro da história real.

 

A situação mudou, com o surgimento do Iluminismo no início do século XVIII. A razão humana foi endeusada como capaz de explicar todas as dimensões do universo e da existência do homem. Tudo que não pudesse ser aceito pela razão deveria ser rejeitado. Houve uma "desmistificação" de todos os aspectos da vida e do pensamento. A própria Igreja se viu invadida pelo racionalismo. Muitos estudiosos cristãos se tornaram racionalistas em alguma medida. Como resultado, em muitas universidades e seminários chegou-se à conclusão de que milagres realmente não acontecem. Os relatos dos Evangelhos acerca da divindade de Jesus e de sua atividade sobrenatural passaram a ser desacreditados. Era preciso pesquisar para encontrar o verdadeiro Jesus, já que aquele pintado nos Evangelhos nunca poderia ter realmente existido. E assim teve, inicio a "busca do Jesus histórico", levada a efeito por professores e eruditos de universidades e seminários cristãos que achavam irracional o Jesus sobrenatural dos Evangelhos.

 

Eles afirmaram que para reconstruir o verdadeiro Jesus era necessário abandonar os antigos dogmas da Igreja acerca da inspiração e infalibilidade das Escrituras, bem como sobre a divindade de Jesus Cristo. Era preciso usar o critério da razão para separar nos relatos bíblicos a verdade da fantasia, Para isso, desenvolveram vários métodos que analisavam os Evangelhos como qualquer outro livro antigo de religião, procurando descobrir como as ideias fantasiosas acerca de Jesus se originaram nas igrejas cristãs primitivas. Pensavam (ingenuamente) que seria possível examinar a história de forma isenta de preconceitos ou pressuposições.

 

No século passado, os estudiosos, em busca do Jesus histórico, começaram a aceitar a ideia do "mito", ou seja, a ideia de que os Evangelhos são relatos mitológicos sobre Cristo, lendas piedosas criadas em torno da figura histórica de Jesus pelos seus discípulos. Assim, firmou-se a ideia de que Jesus não ressuscitou fisicamente. A ressurreição, na verdade, era a crença dos discípulos na presença espiritual de Jesus.

A essa altura, os próprios estudiosos perceberam que a "busca" não os estava levando a lugar algum. Era fácil destruir o Cristo dos Evangelhos, mas eles não conseguiam reconstruir um Jesus histórico que os satisfizesse. As vidas de Jesus reconstruídas pelos pesquisadores diziam mais acerca dos autores do que da pessoa que eles tentavam descrever. Os autores olharam no poço profundo da história em busca de Jesus, e o que viram foi seu próprio reflexo no fundo do poço.

 

 Apesar das diversas tentativas de reconstrução, ao fim chegava-se a um Jesus cuja existência era não apenas implausível, como impossível de ser provada. O Jesus liberal, desprovido do sobrenatural e da divindade, foi uma criação da obstinação liberal, que se recusava a receber como autêntico o relato dos Evangelhos sobre Jesus. A falta de comprovação histórica e documentária quanto ao Jesus liberal acabou por dar fim à "busca".

 

 O Jesus do liberalismo pouco se parecia com o Jesus da concepção histórica da Igreja de Jesus Cristo, como sendo tanto humano quanto divino, as duas naturezas unidas organicamente numa mesma pessoa. O racionalismo eliminou a natureza divina de Cristo e a considerou como produto da Igreja, dissociada do Jesus da história. Jesus era apenas o grande exemplo, e a religião que Ele ensinou era simplesmente um moralismo ético e social.

 

Entretanto, é preciso mais do que teorias para tornar convincente a tese de que a comunidade cristã inventou tanto material sobre Cristo, e que ela mesma acabou crendo em sua mentira. É quase inconcebível que uma comunidade tenha criado material histórico para dar sustentação histórica à sua fé. Uma comunidade que dá tal importância aos fatos históricos, não os criaria! Além do mais, essas teorias não levam em conta o fato de que os eventos e ditos de Jesus foram testemunhados por pessoas que estiveram com Ele, e que essas testemunhas oculares certamente teriam exercido uma influência conservadora na imaginação criativa da Igreja. Também ignoram o fato de que os líderes iniciais da comunidade os apóstolos, estiveram com Jesus e muito perto dos fatos históricos para dar asas à livre imaginação. Também deixa sem explicação o alto grau de unanimidade que existe entre os Evangelhos. Se cada Evangelho é o produto da imaginação criativa da igreja, como explicar diferenças entre eles? E se é o produto de comunidades isoladas, como explicar as semelhanças? Essas teorias são especulações e nada podem nos dar de evidência concreta. Portanto, continuamos a crer nas evidências internas e externas de que os Evangelho dão testemunho confiável do Jesus histórico, que é o mesmo Cristo da fé.

 

O objetivo deste estudo é trazer algumas informações e textos, colhidos dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão desta lição “O Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.


O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS

 

 

Quando os escritores do Novo Testamento se referem a Jesus como o Filho de Deus (João 1:49; 10:36), eles estão atribuindo divindade a ele. Como lemos em João 5:18, os judeus contemporâneos de Jesus entenderam claramente que quando Jesus disse que Deus era o seu Pai, ele estava “fazendo-se igual a Deus”. Em seu julgamento diante do sumo-sacerdote, quando perguntado: “tu és o Cristo, o Filho de Deus?” (Mateus 26:63), Jesus replicou no afirmativo (versículo 64). Os juízes, reconhecendo essa reivindicação de divindade ontológica, encontraram-no culpado de blasfêmia, e o sentenciaram a morte de acordo com Levítico 24:16 (versículos 65-66). 

 

Jesus, como o Filho de Deus, não é ontologicamente subordinado ao Pai.  Sua Filiação é uma relação intra-trinitariana, conforme lição III da EBD, que denota uma unidade essencial com o Pai. Algumas vezes o Novo Testamento se refere a Cristo como o “unigênito” (monogenes) do Pai (João 1:14,18; 3:16). Mas a palavra monogenes, que é derivada de duas palavras gregas — mono (um) e genos (tipo) — significa “um de um tipo”, e tem a ver com a “exclusividade” de Cristo.  Ela não implica que Jesus, como a Segunda Pessoa da Trindade, tenha sido criado ou nascido, ou que em algum sentido ele seja ontologicamente subordinado ao Pai. Como B. B. Warfield escreve: “O adjetivo ‘unigênito’ transmite a ideia, não de derivação e subordinação, mas de exclusividade e consubstancialidade: Jesus é tudo o que Deus é, e somente ele é isso”.  

 

Como o Filho unigênito do Pai, então, Jesus é único. Os cristãos são como filhos e filhas de Deus o Pai, mas eles são filhos adotados (Romanos 8:14-16; Gálatas 4:4-6). Em João 20:17, Jesus faz uma distinção entre seu relacionamento com o Pai e o relacionamento de seus discípulos com o Pai: “Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus”.

 

A DEIDADE DO FILHO DE DEUS

 

Na história da igreja, sempre tem havido aqueles que negam a divindade de Cristo. Os Ebionistas do segundo século, provavelmente um desdobramento do movimento judaizante, que Paulo denuncia em sua carta aos Gálatas, mantinham que Jesus era o filho natural de José e Maria, afirmando assim sua natureza humana. Mas os Ebionistas negavam que Jesus era divino. Os Arianos do quarto século também rejeitaram a eternidade de Jesus como o Logos. Distorcendo passagens tais como Provérbios 8:22, Romanos 8:29 e Colossenses 1:15, Ário alegava que Jesus era gerado e, portanto, devia ter tido um começo. Ário dizia que Cristo era a maior de todas as criaturas de Deus, tinha sido criado antes do restante da criação e tinha uma natureza divina similar àquela que é de Deus, mas ele não era o mesmo que Deus. O Arianismo foi condenado como herético no Concílio de Nicéia (325 d.C.). As Testemunhas de Jeová de hoje são uma forma moderna de Arianismo. No século dezenove homens tais como Ernest Renan e David Strauss foram instrumentais em iniciar movimento que veio a ser conhecido como “a busca do Jesus histórico”.

 

Negando que os evangelhos nos dão um relato exato dos verdadeiros ensinos de Jesus Cristo, estes estudiosos pensavam ser necessário ir além do texto da Escritura, um texto cheio de mitos e folclore, e encontrar o Jesus histórico. De modo crescente, o “Jesus real” foi descrito como um bom professor de princípios espirituais, mas certamente não a Segunda Pessoa da Trindade. 

 

A Confissão de Fé de Westminster (8:2) ensina a visão bíblica de que Jesus Cristo é “o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai e igual a ele”. A Bíblia está repleta de passagens que apoiam esta posição. Já vimos que os títulos Cristológicos “Cristo”, “Senhor”, “Filho do Homem”, “Filho de Davi”, “Palavra de Deus”, “Deus” e “Filho de Deus”, juntamente com os “EU SOU” encontrados no Evangelho de João – tudo isso – afirma a natureza divina de Cristo.  

 

A pré-existência da Segunda Pessoa da Trindade é claramente ensinada em passagens tais como João 1:1 (“No princípio era o Verbo”), João 3:13 (“Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu”), e João 3:31 (“Aquele [Cristo] que vem de cima é sobre todos”, ARC) e outras.

 

               No Antigo Testamento, há várias passagens que falam sobre o “Anjo do Senhor”, onde está claro que o Anjo é uma manifestação do próprio Deus. Ele tanto se identifica como Deus como também exerce prerrogativas divinas (Gênesis 16:7-13; 18:1-21; 19:1-21; 22:1118; Êxodo 3:2; Juízes 2:1-4; 6:11-22; 2 Samuel 24:16). Todavia, ao mesmo tempo, o Anjo é distinguido do Senhor (Gênesis 48:15-16; Êxodo 23:20-23; Zacarias 1:12-13). O que temos aqui é uma “Cristofania”, uma manifestação da Segunda Pessoa pré-encarnada da Trindade. Como Reymond afirma: “O registro bíblico sugere que o Anjo, como uma Pessoa divina, era incriado”.

 

Da mesma forma, Isaías 9:6 e Miquéias 5:2 profetizam sobre a vinda do Messias, o qual é dito ser “eterno”. A profecia de Isaías é especialmente forte, visto que ele afirma que o Messias vindouro é “Deus Forte”. O Novo Testamento revela que essas duas profecias do Antigo Testamento foram cumpridas em Cristo, afirmando assim sua divindade (Lucas 2:11; João 3:16; Efésios 2:14; Tito 2:13; Mateus 2:1-12).

 

Várias outras profecias do Antigo Testamento revelam a natureza divina do Messias vindouro. Salmo 2 ensina sobre a vinda de um Filho entronizado, que é igual ao Pai. Hebreus 1:5, Atos 4:25-26 e 13:33 nos ensinam que este Filho é Jesus Cristo. Salmo 45 fala sobre um Rei e Noivo divino. Hebreus 1:8-9 nos revela que este é Cristo. Salmo 102 refere-se às atividades criativas do Deus eterno. Hebreus 1:10-12 nos diz que isto refere-se a Jesus Cristo. Salmo 110 nos ensina sobre um Sacerdote e Rei que é Senhor. Mateus 22:41-45, Hebreus 1:3,13 e 5:6,10 nos informa que este é Cristo. E em Malaquias 3-4 somos informados sobre a vinda do Mensageiro divino do pacto. Marcos 1:2 nos diz que este também é a Segunda Pessoa da Deidade, Jesus Cristo. 

 

A natureza divina de Jesus Cristo é revelada de várias outras formas. Como temos visto, ele é o Criador (João 1:1; Colossenses 1:16; Hebreus 1:2) e Sustentador providencial (Colossenses 1:17; Hebreus 1:3) do universo. Ele perdoa pecados (Marcos 2:1-12). Ele tem poder e autoridade universal (Mateus 28:18; Efésios 1:22). Ele ressuscita mortos (João 11:38-44). Ele tem o poder e autoridade para conceder vida eterna (Mateus 11:25-27; João 5:26; 6:63). Ele é o objeto de adoração (Mateus 28:16; João 20:28; Atos 7:59). Ele realizou milagres “quais nenhum outro fez” (João 15:24) – milagres que “manifestaram sua glória [isto é, sua divindade]” (João 2:11), e deu autoridade a outros para realizar milagres também (Mateus 10:1-8). Todas estas revelações do poder e autoridade de Cristo falam da sua natureza divina. 

 

O Novo Testamento também ensina que Jesus Cristo possui atributos divinos. Ele demonstrou sua onipotência e soberania ao criar e (continuamente) sustentar o universo (Colossenses 1:16-17), ao silenciar uma tempestade no mar (Marcos 4:35-41), ao andar sobre a água (Mateus 14:22-33), ao transformar água em vinho (João 2:1-11) e ao ressuscitar Lázaro dentre os mortos (João 11:38-44). Ele ensinou que ele é eterno nas declarações “EU SOU”  e isso é confirmado adicionalmente em Hebreus 1:10-12. Ele demonstrou sua onisciência ao conhecer os pensamentos das pessoas (Marcos 2:8; João 1:48; 2:25), ao saber “desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (João 6:64), ao proclamar que ele tinha um conhecimento igual àqueles de Deus o Pai (Mateus 11:25-27), e  ao reconhecer a afirmação de seus discípulos de que “[tu] sabes todas as coisas” (João 16:30; 21:17). Jesus demonstrou sua onipresença ao afirmar que ele sempre estaria com a sua igreja (Mateus 18:20; 28:20). E a imutabilidade de Deus o Filho é ensinada em Hebreus 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (ARC). 

 

Finalmente, somos ensinados no Evangelho de João que Jesus Cristo, que é a Palavra de Deus encarnada (1:1,14), é “um” em essência com o Pai  (10:30), recebe a mesma honra que o Pai (5:23), deve-se confiar e crer nele assim como se deve confiar e crer no Pai (14:1), manifesta o nome de Deus em sua Pessoa (17:6), revela a obra de Deus em sua obra (17:4), e revela as palavras de Deus em suas palavras (12:44-50; 17:8). De acordo com a Escritura, Jesus é plenamente divino. 

 

A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS

 

Assim como na história da igreja sempre houve aqueles que negaram a divindade genuína de Jesus Cristo, assim também sempre houve aqueles que negaram sua humanidade genuína, obviamente negando através disso não somente sua encarnação, mas também sua crucificação, sua ressurreição corporal e sua ascensão. No primeiro século emergiu uma forma de Gnosticismo conhecida como Docetismo (do verbo grego dokeo, “parecer ou aparentar”). Esta visão sustentava que seria mal para Deus tomar sobre si uma natureza humana, pois o mundo físico é em si mesmo pecaminoso. Assim, somente “parece ou aparenta” que Cristo tinha um corpo físico. O apóstolo João fala contra o Docetismo em 1João 4:1-6. 

Então, no quarto século, Apolinário ensinou que Cristo tinha um corpo humano e uma alma humana, mas seu espírito humano tinha sido substituído pelo Logos divino. Isto, certamente, faz de Cristo menos do que humano. Esta visão foi condenada no Concílio de Constantinopla (381 d.C.). 

 

A natureza humana de Jesus Cristo é manifesta de várias formas no Novo Testamento. Mateus (1:18-25) e Lucas (1:26-38) nos informam, nas palavras da Confissão, que “quando chegou o cumprimento do tempo”, Cristo foi “concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria e da substância dela”. Isto, de acordo com Mateus 1:23, foi o cumprimento de Isaías 7:14: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. Não é que o Filho de Deus se tornou um homem no sentido de abrir mão da sua divindade. Antes a Segunda Pessoa tomou sobre si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo sem pecado (veja João 1:14; Hebreus 4:15). 

 

Jesus chama a si mesmo de homem em João 8:40, e ele é chamado de homem em inúmeras circunstâncias (Marcos 14:71; Lucas 23:4; João 4:29; 5:12; 10:33; 1Timóteo 2:5). O autor de Hebreus é muito claro quando escreve que “visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele [Cristo], igualmente, participou... Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos  (2:14,17). Além do mais, a descendência humana de Jesus é traçada tanto em Mateus 1:1-17 (até Abraão) como em Lucas 3:23-37 (até Adão). Então, em Mateus 26:26,38 e Lucas 23:46, lemos que Jesus Cristo tinha uma alma humana. Assim, aprendemos, a partir destes versículos, que Cristo, o Filho de Deus, fez-se homem tomando um verdadeiro corpo, e uma alma racional. 

 

Além disso, em Lucas 2:52 lemos que Jesus Cristo passou por um período de desenvolvimento humano, no qual ele “crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. A Bíblia nos ensina que Jesus tinha necessidades humanas, tais como comida (Mateus 4:2), bebida (John 4:7) e sono (Marcos 4:38). Somos informados também que Jesus “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8). Ele se cansava (João 4:6), e tinha sangue humano em suas veias (João 19:34; Hebreus 2:14). Em Tiago 1:13 somos ensinados que Deus não pode ser tentado. Mas em Mateus 4:1-11 e Hebreus 2:17-18, é nos dito que Jesus foi tentado. Obviamente, então, esta tentação tinha a ver com sua natureza humana, e não com sua natureza divina. Também, a Escritura ensina que Deus é onisciente (Atos 15:18; 1João 3:20), mas em Marcos 13:32 lemos que o Filho não sabia o tempo do segundo advento – uma referência óbvia à sua humanidade. A Bíblia também ensina que Deus é o doador da lei (Isaías 33:22; James 4:12), e, portanto, ele está acima da lei: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmo 115:3; 135:6). Mas Cristo como um ser humano, foi “nascido sob [sujeito] a lei” (Gálatas 4:4). Então também, sabemos que Deus, sendo imutável, não se emociona. Todavia, Jesus, como um ser humano, se emocionava.

Por exemplo, ele expressou irritação ou indignação (Marcos 10:14), se entristeceu (Marcos 3:5), ficou perplexo, angustiado e perturbado (Marcos 14:34; João 12:27), e expressou surpresa ou admiração (Marcos 6:6; Lucas 7:9). 

 

Outras evidências da humanidade genuína de Jesus são vistas no fato de que ele “cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo” (João 9:6). Ele chorou a morte de Lázaro (João 11:35). Ele teve uma coroa de espinhos “posta na sua cabeça” e deram-lhe [os líderes judeus] “bofetadas” (João 19:2-3). E enquanto Jesus estava sobre a cruz, “um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19:34). Finalmente, Jesus morreu (Marcos 15:44-46). Mas mesmo após a ressurreição, ele revelou suas feridas aos seus discípulos (João 20:20,27). Em várias ocasiões ele comeu com eles (Lucas 24:28-43; João 21:9-14). E ele mostrou aos seus discípulos suas mãos e pés, e encorajou-os da seguinte forma: “apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:39). Então, como um ser humano, Cristo ascendeu à destra do Pai (Marcos 16:19; Atos 1:9-11).  

 

 Pois nele [Cristo] habita continuamente toda a plenitude da Divindade corporalmente”. E em Filipenses 3:20-21, o apóstolo ensina que Cristo está agora mesmo à destra do Pai na forma corpórea, e na sua segunda vinda “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória”. Então, também, após a ascensão de Jesus, Estevão “fitou os olhos no céu e viu... o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos 7:55-56). E o apóstolo João, tendo visto o Cristo ascendido como “o Filho do homem”, vestido em suas vestimentas sacerdotais, “caiu a seus pés como morto” (Apocalipse 1:12-17). 

 

Isso de forma alguma implica que a natureza humana de Jesus é uma parte da Trindade. Não é! Sua humanidade é tanto uma parte da criação de Deus como o restante da humanidade. O que é único sobre o homem Jesus é que ele não tinha pecado. Esta verdade é frequentemente testemunhada no Novo Testamento. Jesus nasceu da virgem Maria, tendo sido concebido pelo Espírito Santo, evitando através disso a natureza corrupta que ele teria de outra forma herdado através da semente de Adão (Lucas 1:35). E durante toda a sua vida ele permaneceu “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores” (Hebreus 7:26). Ele era o cordeiro de Deus, “sem defeito e sem mácula” (1Pedro 1:19). Embora ele tenha sido “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, todavia [ele permaneceu] sem pecado (Hebreus 4:15). E quando sofreu em favor dos seus eleitos, ele “não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca” (1Pedro 2:21-22). Por conseguinte, Deus o Pai, “àquele [Cristo] que não conheceu pecado, o fez pecado por nós [os eleitos]; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Coríntios 5:21). 

 

Além do mais, a Bíblia ensina que para Jesus Cristo ser o Salvador da sua igreja, era essencial que ele fosse tanto Deus como homem. Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e guardá-la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi-lo à salvação eterna. 

 

Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as nossas enfermidades; para que recebêssemos a adoção de filhos, e tivéssemos conforto e acesso com confiança ao trono da graça. 

 

Era necessário que o Mediador, que havia de reconciliar o homem com Deus, fosse Deus e homem e isto em uma só pessoa, para que as obras próprias de cada natureza fossem aceitas por Deus a nosso favor e que nós confiássemos nelas como as obras da pessoa inteira. 

 

CONCLUSÃO

 

            Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão difícil tema e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS.

 

 

 

Pr. José Costa Junior

 

13 de julho de 2017

A Santíssima Trindade: Um só Deus em três Pessoas

A Santíssima Trindade Um só Deus em três Pessoas

Texto Áureo = "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mt 28.19)

Verdade Prática = Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo iguais em substância, glória, poder e majestade.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – I Corintios 12:4-6 = 2 Corintios13:13
= Gn 1.1,2,26 = Dt 6.4 = Lc 3.22 = Mt 28.19 = Jo 1.1,14,18; 14.26;

HINOS SUGERIDOS: 10,185, 507 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a doutrina da Trindade Divina: o Pai, o Pilho e o Espírito Santo, dando ênfase maior ao Filho, o Senhor Jesus Crista. Já vimos durante este trimestre que o alva principal das seitas e doutrinas falsas, direta ou indiretamente, e desmerecer Jesus Cristo, porque o Inimigo sabe que Jesus é o único Redentor da humanidade,e que se Ele for desconhecido do povo, as almas não se salvarão e a vantagem será da Inimigo. Mesma quando o pecador sabe que Jesus é o Salvador do mundo, a Inimigo ainda lhe diz para aceitar Jesus depois; mais tarde. Esta lição também serve para o aluno observar quão longe da verdade divina estão os que abraçam as seitas falsas.

A TRINDADE DEFINIDA (Gn1.1,2,26; Dt 6.4; Lc 3.22)

O único e verdadeiro Deus revela-se através das Sagradas Escrituras coma a eterno “Eu Sou”, o Criador do universo e Redentor do gênero humano. Deus ainda se revela deixando claro que reúne em si os princípios de relacionamento e associação pessoal, como Pai, Filho, e Espírito Santo. A Bíblia revelam Deus único em essência ou substância, subsistindo em três distintas e divinas pessoas (Dt 6.4; Is 48.16; Lc 3.22; Mt2&19). A Bíblia começa revelando a Trindade, pois em Gn 1.1, Elohim é um plural, e no v.2, temos o Espírita Santo em atividade.

Cada Pessoa divina tem ofícios distintos na criação, na preservação, todavia as três são perfeitamente uma em natureza e harmonia, de modo as três constituem um Deus uno; não três deuses. O termo trindade não se acha escrito na Bíblia, mas a realidade da Trindade está lá claramente. Os inimigos da sã doutrina não vêem isso porque não querem crer e porque não podem ver, devido a seus preconceitos e as trevas em que se encontram.

Há muitos fatos do mundo que auxiliam na compreensão da Trindade. Três lâmpadas acesas formam uma única luz, e entretanto são três elementos. A imagem é uma só, porém tem três dimensões. Nenhuma delas é a imagem completa, somente as três.

1. A doutrina da Trindade no AT. Esta doutrina aparece muitas vezes na Bíblia. Todas as nações em volta de Israel eram politeístas. Era preciso fixar em Israel a verdade bíblica que o verdadeiro Deus 6 uno. Se a Trindade santa fosse revelada a Israel explicitamente, como no NT, sem dúvida eles ficariam confusos e disso surgiria má compreensão e má interpretação.

a. Gênesis 1.1. “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Aqui temos Deus sendo uno e trino ao mesmo tempo. Aqui, a palavra “Deus” é no original “Elohim”, um plural, enquanto que o verbo da frase (criar) está na singular. Elohim é o nome de Deus como Criador.

b. Gênesis 126. Deus ao efetuar a criação do homem, disse: “Façamos o homem, conforme a nossa semelhança”. Os inimigos da verdade afirmam que Deus estava aqui dirigindo-se aos anjos, mas o v. 27 desfaz essa idéia, pois ali está dito que Deus caiou o homem segundo a sua imagem, e não segundo a imagem dos anjos.

c. Deuteronômio 64. “O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Apalavra “Deus” aqui, é Elohim, um nome plural, denotando uma unidade sim, mas composta Por sua vez, a palavra “única”, é no original echad e indica uma unidade composta. Outros exemplos do termo “echad”, sempre indicando unidade também composta: Gn 2.24” e serão ambos uma carne”; ora marido e mulher são um em propósito, harmonia e vivência, mas individualmente duas pessoas. Gn 11.6:

“Eis que o povo é um”. Em que sentido uma multidão de pessoas pode ser um? Outros casos são: Ed 3:1 e Ez 37.17. A unidade absoluta em hebraico tem outro termo diferente para designá-la. Em Jo 10.30, Jesus disse “Em e o Pai somos um”. A palavra um aqui, é no original “heis”, correspondente a echad m Antigo Testamento.

2. A doutrina da Trindade no NT. Aqui, destacamos Le 3.22; Jo 14.16; Mt
28.19; 2Co 13.14; 1 Pe 1.2; 3.18; Lc 5.14.

3. A distinção entre as três pessoas. O Filho está no Pai, e vice-versa; em comunhão. O Pai está o Filho, mas o Filho procede do Pai em autoridade. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, em natureza, relacionamento, cooperação e autoridade. Não são três deuses distintos, nem também são uma só pessoa São três pessoas e uma só essência. Quando em conjunto, a menção mais comum destas pessoas são: Pai, Pilho, Espírito Santo, mas isso não se trata de uma ordem fixa; pode ser diferente, como: Mt 20.192 Co 13.13; Jo 14.26.

A SECO UNDA PESSOA DA TRINDADE (Lc 3.22; Mt 28.19; Jo 1.1,14,18).

1. Jesus como Filho de Deus. Tem um título que somente lhe pertence como Filho de Deus: Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7). Quanto a sua divina e eterna natureza, Ele é o Senhor Jesus Cristo, porém, quanto a sua natureza humana, Ele é chamado Filho do Homem. “Filho”, nas línguas bíblicas, não quer dizer somente gerado, mas também participante; da mesma natureza ( Dn 7.13; Mt 9.6; Jo 3.13).
Portanto, Jesus encerra em si, tanto a natureza divina, como a humana (pura, como Adão antes de pecar, 1Co 15.45). Porque Jesus é divino e humano, Ele é o Emanuel, que significa Deus com os homens (Mt 1.23; 1 Jo 4.2; Ap 1.13).

Uma vez que o nome Emanuel abrange tanto Deus como o homem numa só pessoa Cristo; conclui-se que o título Filho de Deus refere-se a sua deidade, e Filho do Homem, à sua humanidade. Nós nos tomamos filhos de Deus mediante o novo nascimento, mas Jesus é o Filho de Deus num sentido único, desde toda eternidade.

2. A posição de Cristo antes dEle vir ao mundo. Crista já existia desde toda eternidade como o Filho de Deus, antes de nascer como um bebê. Jo 1.1 afirma “O Verbo era Deus”. Em Fp2, o Apóstolo Paulo mostra que o Filho é igual ao Pai. Ele “não teve usurpação ser igual a Deus (v.6).

3. Como e por que o Filho de Deus fez-se homem. O milagre da encarnação do Filho de Deus vai além da nossa compreendo. Ele deixou de lado suas prerrogativas coma Deus. Ele tornou-se homem o viveu entre os homens. Cristo veio para redimir a humanidade por sua morte na cruz,mas Ele veio também para revelar Deus ao mundo (Jo 1.18).

A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO (Mt 28d9; Lc 3.22; At 10.19,20).

O Espírito Santo é Deus (At 5.3,4). Ele é a terceira pessoa da Trindade. Em Mt 28: 19 Ele é posto juntamente com o Pai e o Filho. Logo, se o Pai e o Filho são pessoas, o Espírito Santo também é. Em Lc 3: 22 temos o Espírito Santo manifesto “em forma corpórea como uma pomba”; junto ao pai e ao Filho. Ele não apareceu ali em forma humana, porque Deus queria destacar a pessoa do Filho, que a partir dali iniciaria o seu ministério de poder entre os homens através do Espírito Santo (Lc 438,19; At 10: 38). A operação do Espírito Santo seria na vida de Jesus como o Filho do Homem. É a mesma razão porque Ele não se manifestou em forma humana no dia de Pentecoste:

Destacar e glorificar a pessoa de Jesus, e, deixar claro que na Igreja a sua operação é interior, isto é, habitando no crente e capacitando-o para viver a vida cristã e realizar a obra de Deus.
Porém o Espírito Santo é também Senhor (1Co 3.18 ARA) e Criador (Jó 33.4; SI 33.6). Seu ministério principal 6 interior, dando vida, daí Ele ser chamado “Espírito de Vida” (Riu 8.2; Jo 6.63).

1. Atos 15: 28. “Parece bem ao Espírito Santo e a nós”. Aqui o Espírito Santo aparece como uma pessoa em definida e séria atividade mental na tomada de uma resolução, em consulta e cooperação numa assembléia de crentes. Portanto, se o leitor é uma pessoa real com os seus devidos atributos, o Espírito santo também é. Em Ez 8.3, vemo-lo agindo de forma nitidamente pessoal.

2. Atos 10: 19,20. Aqui o Espírito Santo fala como pessoa (“disse-lhe o Espírito”), e, identifica-se como pessoa (“eu os enviei”). Algo inexistente não faz isso, nem também uma simples influência, poder ou unção. Ver Ez 3.24.

CONCLUSÃO.

O Deus uno e triúno ao mesmo tempo, são das doutrinas bíblicas que transcendem a razão humana, mas que as aceitamos pela fé. Há outras verdades e doutrinas bíblias do mesmo quilate.
Se a unidade composta do homem (espírito, alma e corpo), encerram fatos inexplicáveis para sábios, cientistas, e teólogos, quanto mais a triunidade de Deus: Pai, Filho, Espírito Santo. Contudo, em resumo podemos afirmar

Que o Pai é a plenitude da divindade invisível.
Que o Filho é a plenitude da divindade manifesta
Que o Espírito Santo é a plenitude da divindade agindo na criatura.
Todas as três divinas Pessoas da Trindade são co-eternas e iguais entre Si, mas distintas em suas operações concernentes a Criação.

a. O Pai criou tudo, planejando (Ef 3.9)
O Filho criou tudo, executando (Hb 1.3)
O Espírito Santo criou tudo, dando vida e pondo ordem ( jó 33.4; Gn 1.2).

b. Na obra da Redenção.

O Pai planejou a salvação no céu.
O Filho consumou a salvação na cruz.
O Espírito Santo realiza a salvação na vida das pessoas.
Entretanto, em qualquer desses atos grandiosos as três divinas Pessoas estão presentes. Tal é o nosso Deus, a Quem seja a glória, a honra e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1992


A SANTÍSSIMA TRINDADE – UMA VERDADE INCONTESTÁVEL

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos

TEMA – As Verdades Centrais da Fé Cristã

Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correia de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva






TEXTO ÁUREO:“A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos. Amém!” (2Co 13.13).




VERDADE PRÁTICA:A doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade bíblica fundamental e não pode ser ignorada nem desprezada por aqueles que aceitaram a CRISTO como Salvador.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE : MATEUS 3.13-17

13 = Então, veio JESUS da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 = Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
15 = JESUS, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
16 = E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 = E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu FILHO amado, em quem me comprazo.

3.13 = O BATISMO DE JESUS. JESUS foi batizado por João pelas seguintes razões:

(1) Para cumprir toda a justiça (v. 15; cf. Lv 16.4; Gl 4.4,5). CRISTO, mediante o batismo, consagrou-se publicamente a DEUS, e assim cumpriu a justa exigência de DEUS.

(2) Para identificar-se com os pecadores embora o próprio JESUS não precisasse de arrependimento de pecado (2Co 5.21; 1 Pe 2.24).

(3) Para associar-se com o novo movimento da parte de DEUS, pelo qual Ele chamava todos ao arrependimento. Este movimento teve início com João Batista como o precursor do Messias (Jo l.23,32,33).

3.16 = O ESPÍRITO DE DEUS DESCENDO... SOBRE ELE. Tudo quanto JESUS fez sua pregação, seu sofrimento, sua vitória sobre o pecado Ele o fez pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Se JESUS nada podia fazer sem a operação do ESPÍRITO SANTO, quanto precisa o povo de DEUS da capacitação do ESPÍRITO SANTO! (cf. Lc 4.1,14, 18; Jo 3.34; At 1.2; 10.38). O ESPÍRITO veio sobre JESUS para dotá-lo de poder para efetuar a obra da redenção (ver Lc 3.22). O próprio JESUS posteriormente iria batizar seus seguidores com o ESPÍRITO SANTO a fim de que eles também tivessem a capacitação do ESPÍRITO (ver 3.11; At 1.5,8; 2.4).

3.17 = ESTE É O MEU FILHO AMADO. O batismo de JESUS é uma grandiosa manifestação da realidade da Trindade.

(1) JESUS CRISTO, declarado igual a DEUS (Jo 10.30), é batizado no Jordão.

(2) O ESPÍRITO SANTO, que também é igual ao PAI (At 5.3,4), desce sobre JESUS em forma de pomba.

(3) O PAI declara que se compraz em JESUS. Temos, portanto, neste ato três pessoas divinas iguais. Contraria a integridade das Escrituras explanar este evento de qualquer outra maneira. A doutrina da Trindade mostra que as três pessoas divinas subsistem em tal unidade que constituem o DEUS uno (ver Mc 1.11, sobre a Trindade; cf. Mt 28.19; Jo 15.26; 1 Co 12.4-6; Ef 2.18; 1 Pe 1.2).

VOZ:
Isaías 40.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso DEUS.

Marcos 1.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

Lucas 3.4 segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz:

Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.

João 1.23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

Lucas 1.76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,

ESPÍRITO:

Isaías 4.4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,

Isaías 44.3 Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu ESPÍRITO sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.

Malaquias 3.2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
Atos dos Apóstolos 2.3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 = E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

1 Coríntios 12.13 Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer Judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO.A TRINDADE (Willian W.Menzies e Stanley M.Horton - Doutrinas Bíblicas - CPAD - 1995 - RJ)

Um grande mistério está à nossa espreita: há somente um DEUS, e uma só Trindade (ou "triunidade"). Para desvendar tal mistério, não dispomos de analogias ou comparações adequadas. Mas a realidade da Palavra de DEUS aí está: o Supremo Ser subsiste numa unidade de três pessoas igualmente divinas e distintas.

Por mais difícil que nos seja compreender toda essa verdade, temos aí, não obstante, uma doutrina vital e urgente. A história eclesiástica traz dramáticos relatos de grupos cristãos que teimaram em não fazer caso da Trindade.

A oração familiar e cotidiana dos judeus, extraída de Deuteronômio 6.4, enfatiza a suprema grandeza da unidade divina: "Ouve, Israel, o Senhor nosso DEUS é o único Senhor". A palavra "único", aqui usada, corresponde ao hebraico, "echad", que pode representar uma unidade composta ou complexa. Embora o hebraico possua uma palavra que signifique "somente um" ou "o único", "yachid", esta jamais é usada em relação a DEUS.

Paralelamente a unidade de DEUS, deparamo-nos com o conceito de sua personalidade.

A personalidade envolve o conhecimento (ou inteligência), os sentimentos (ou afetos) e a vontade. O PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, cada um de per si, revelam tais características à sua própria maneira.

O ESPÍRITO SANTO, por exemplo, faz coisas que o mostram realmente como uma pessoa distinta, e não como mero poder impessoal (At 8.29; 11.12; 13.2,4; 16.6,7; Rm 8.27; 15.30; 1Co 2.11; 12.11). A personalidade também requer comunhão. Todavia, antes da existência do Universo, onde estava a possibilidade de comunhão? A resposta jaz no complexo arranjo dentro da deidade.

A unidade de DEUS não exclui a possibilidade de nela haver personalidades compostas. Há três personalidades distintas, cada qual inteiramente divina, mas encontram-se tão harmonicamente inter-relacionadas que resultam numa única essência. Como se vê, seria totalmente errado afirmar que na Trindade haja três deuses e Uma maneira de se desvendar as distinções das pessoas, na divindade, consiste em se observar as funções atribuídas especificamente a cada uma delas.

Exemplificando: DEUS PAI é relacionado à obra da criação; DEUS FILHO é o principal agente da obra de redenção da humanidade; e DEUS ESPÍRITO SANTO é agarantia de nossa herança futura. Esta tríplice distinção é esboçada no primeiro capítulo de Efésios.

Contudo, não devemos pressionar tais distinções, pois há abundante testemunho bíblico quanto à cooperação do FILHO e do ESPÍRITO SANTO na obra da criação: o PAI criou através do FILHO (Jo 1.3); o ESPÍRITO SANTO pairava gentilmente sobre a terra, preparando-a para os seis dias da criação (Gn 1.2). O PAI enviou o FILHO ao mundo para efetuar a redenção (Jo 3.16), e o próprio FILHO, em seu ministério, veio "no poder do ESPÍRITO" (Lc4.14).

O PAI e o FILHO, de igual modo, tomam parte no ministério do ESPÍRITO SANTO, que consiste em santificar o crente. A Trindade é uma comunhão harmoniosa dentro da deidade. Essa comunhão é amorosa, porque DEUS é amor. Mas esse amor é expansivo, e não auto-centralizado.

Ele requeria que, antes da criação, houvesse mais de uma Pessoa dentro do Divino Ser. Um importante vocábulo para se guardar, no tocante à doutrina da Trindade, é "subordinação". Há uma espécie de subordinação na ordem das relações das pessoas da Trindade, mas sem qualquer implicação quanto à natureza de cada uma delas.

O FILHO e o ESPÍRITO são declarados como "procedentes" do PAI. É uma subordinação, pois, quanto às relações, mas não quanto à essência. O ESPÍRITO, por sua vez, é declarado procedente do PAI e do FILHO. Esta é a declaração ortodoxa da Igreja Ocidental, adotada por ocasião do Concílio de Nicéia, em 325 d.C, e incorporada em diversos credos.

Duas notórias heresias opuseram-se à Igreja quanto à doutrina da Trindade: sabelianismo e arianismo.

Por volta do século III, Sabélio, numa tentativa de evitar a possibilidade de que se ensinasse a existência de três deuses, promoveu a idéia de que há apenas um DEUS. Embora, segundo ele, possua o Ser Supremo uma única personalidade, manifesta-se de três diferentes modos. Primeiramente, há o DEUS PAI, o Criador. que, posteriormente, manifestou-se como o FILHO, o Redentor. E, finalmente, veio Ele a se revelar como o ESPÍRITO SANTO. Para Sabélio, DEUS estava apenas exibindo-se sob três "máscaras" diferentes. Uma modalidade dessa heresia irrompeu nos círculos pentecostais por volta de 1915, assumindo o epíteto de "JESUS Somente" ou de "Unidade".

Usualmente apontam eles para o fato de que a palavra "nome", em Mateus 28.19, é singular, e arrematam, dizendo que esse "nome" é JESUS. Entretanto, nos tempos bíblicos, o substantivo "nome" incluía tanto os nomes pessoais como os títulos (Lc6.13), e somente era usado no singular quando dado a uma pessoa - como em Rute 1.2, onde "nome" aparece no singular hebraico. Notemos ainda que, em Mateus 28.19, o mandamento foi, literalmente, batizar os convertidos "no nome", que era a maneira de se referir à adoração e serviço do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Todavia, em Atos 2.38, há uma forma diferente usada no original grego, e que significa "no nome de JESUS": era a maneira de se realçar a expressão "sob a autoridade de JESUS"; autoridade esta expressa em Mateus 28.19.

Lucas usou igual terminologia para distinguir o batismo de CRISTO do batismo de João Batista. Essa espécie de unitarismo simplifica demasiadamente a Trindade.

Os defensores dessa posição usam a seguinte ilustração: O Dr. William Jones é tratado por seu título, Dr. Jones, em seu consultório. No bairro, os amigos chamam-no por seu nome pessoal, William. Em casa, seus filhos chamam-no de pai ou papai. O problema com tal ilustração é que William Jones, numa reunião na sede comunitária de seu bairro, não irá ao telefone falar com o pai Jones, em casa, ou para com o Dr. Jones, em seu consultório. E, no entanto, JESUS orou ao PAI, e o PAI declarou: "Tu és o meu FILHO amado, em ti me comprazo" (Lc 3.22).

A simplificação unitarista, pois, arrasta DEUS para o nível humano. Ora, no nível humano só há uma pessoa para cada ser. Sem importar qual seja a parte de uma pessoa (vontade, emoções etc) que esteja agindo, ela deverá dizer: "Eu fiz isso". No nível divino, porém, há três pessoas para um só Ser. A maioria dos que seguem a doutrina do "JESUS Somente", ensinam que só pode considerar-se salvo o que é batizado no ESPÍRITO SANTO, e fala línguas estranhas. Tal confusão deriva-se de sua falha em não distinguir entre a redenção operada por CRISTO e a unção que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO.

Outra heresia que tem afligido periodicamente certos segmentos da Igreja é o arianismo.
Em 325 d.C., Ario descambou para um outro extremo. Ele enfatizou de tal forma a distinção entre as pessoas da divindade, que acabou por dividi-la em três essências distintas. E o resultado foi a subordinação não só entre as relações pessoais, mas também quanto à natureza do FILHO e do ESPÍRITO SANTO.

Semelhante arremedo doutrinário esvaziou a divindade tanto de CRISTO quanto do ESPÍRITO SANTO. Ario negava a eterna filiação de CRISTO, sugerindo ter Ele começado a existir nalgum ponto do tempo após o PAI. Além disso, declarou que o ESPÍRITO SANTO teria vindo à existência através da operação do PAI e do FILHO, tornando-lhe a deidade inferior à deidade do FILHO. Há vários grupos hoje que negam igualmente a divindade do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Tais grupos consideram,se herdeiros espirituais de Ário.

Eis algumas passagens que refutam a tal subordinação: Jo 15.26; 16.13; 17.1,18,23; 1 Co12.4,6; Ef 4.1,6 e Hb 10.7,17.

VEJA ESTES EXEMPLOS:

Jo 15.26= Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.

1Co 12.4 = Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

Ef 4.1 = ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

Embora o termo "trindade" não seja encontrado em nenhum lugar da Bíblia, há numerosas passagens que lhe fazem alusão. Um vívido exemplo é visto de maneira clara nos eventos que cercam o batismo de JESUS no rio Jordão: -Batizado JESUS, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é meu FILHO amado, em quem me comprazo" (Mt 3.16,17).

Admitimos ser a Trindade um mistério; um mistério mui profundo: não pode ser compreendido pela mente humana. Mas o ESPÍRITO da Verdade ajuda-nos em nossa fraqueza e incapacidade (1Co 2.13-16). Adoramos o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO.Reconhecemos-Ihes suas respectivas personalidades por suas atuações descritas pela Bíblia. Por conseguinte, humildemente reconhecemos serem Eles Um em comunhão, propósito e substância.

LEITURA DIÁRIA

Segunda
Gn 1.2
A Trindade na criação do Universo.
Terça
Gn 1.26
A Trindade na criação do homem.
Quarta
2 Co 13.13
A Trindade na bênção apostólica.
Quinta
Mt 3.13-17
A Trindade no batismo de CRISTO.
Sexta
Jo 1.32-34
A Trindade no testemunho de João Batista.
Sábado
Jo 14.16,26
A Trindade testemunhada pelo próprio CRISTO.

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

Definir o termo Trindade.

Descrever a Trindade no Antigo e Novo Testamento.

Defender a doutrina da Trindade.

PONTO DE CONTATO

Professor, o termo “trindade” foi empregado por Teófilo de Antioquia, no século II d.C. Entretanto, é possível que essa expressão tenha sido usada pelos cristãos nos primórdios da igreja. Esse vocábulo era usado para designar o mistério de uma só divindade coexistindo em três Pessoas absolutamente distintas e co-iguais. Todavia, o estabelecimento do termo é atribuído ao apologista cristão, Tertuliano de Cartago. Coube ao bispo de Alexandria, Atanásio, a elaboração do credo que sedimentou a ortodoxia trinitária.

Nesta lição, evite tropeçar em questões básicas a respeito dessa doutrina. Não se precipite nas questões cujas respostas você não tenha firmeza. Sobre esse tema, portemo-nos como o salmista: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima, tão alta que não posso atingir” (Sl 139.6).

SÍNTESE TEXTUAL

Entendemos, mediante a Doutrina da Trindade, que a divindade subsiste eterna e plenamente em três pessoas: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Não são três Deuses como falsamente afirmam os hereges, mas um só DEUS. Uma é a pessoa do PAI, outra, a do FILHO, e outra, a do ESPÍRITO SANTO. O PAI não é maior do que o FILHO. O FILHO não é maior do que o ESPÍRITO SANTO, e assim respectivamente.

O PAI não é o FILHO. O FILHO não é o ESPÍRITO SANTO. E o ESPÍRITO SANTO não é nenhuma das Pessoas anteriores. Todavia, a divindade pertence a cada uma das três pessoas, constituindo um só DEUS. Conforme afirmou Atanásio de Alexandria: “Adoramos um só DEUS na Trindade, a Trindade na Unidade, sem confusão de pessoas, e sem separação de substância”.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

Prezado professor, a doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade incontestável. As Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, atestam a veracidade desse ensinamento. No estudo desta semana, devemos evitar dois erros:

1) o erro do modalismo – afirma que o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO são a manifestação da mesma pessoa;

2) o erro do subordinacionismo – afirma que o PAI é maior do que o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, e que tanto o FILHO quanto o ESPÍRITO SANTO, estão subordinados ao PAI. Todavia, sabemos que a Trindade é Una, pois só há uma deidade; e Trina, pois são três distintas pessoas que participam da mesma deidade.
O triângulo eqüilátero é uma excelente figura para facilitar a compreensão da Trindade. Reproduza-o conforme os recursos disponíveis.]


COMENTÁRIO RESUMO DA REVISTA DA CPAD - COMENTARISTA
Pr. Claudionor):

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos um dos capítulos mais importantes da teologia. Se para constatar a existência de DEUS, é-nos suficiente a fé e a razão; para compreender a Trindade, carecemos, conjuntamente, da revelação divina que só encontramos na Bíblia Sagrada. Não é algo que se aprende através da luz natural da razão; e, sim, da iluminação espiritual que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO na Palavra de DEUS.




I. O QUE É A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. Definição. Doutrina segundo a qual a Divindade, embora una em sua essência, subsiste eternamente nas pessoas do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO.

2. A origem do termo.

3. O Credo Atanasiano. “Adoramos um DEUS em trindade, e a trindade em unidade, sem confundir as pessoas, sem separar a substância”.




II. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

A Trindade é claramente apresentada tanto na criação do Universo, como na expectativa messiânica da alma hebréia e em cada episódio da História Sagrada.

1. A Trindade na criação do Universo. Se levarmos em conta que a palavra hebraica ’ĕlōhîm(Gn 1.1) é um substantivo plural, concluiremos: a Santíssima Trindade encontrava-se ativa na criação do Universo.

2. A Trindade na expectativa messiânica da alma hebréia.
Um trecho que mostra, de maneira explícita e clara, a presença da Santíssima Trindade no Antigo Testamento é Daniel 7.13-14.




III. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO

É no Novo Testamento que encontramos as mais claras e explícitas manifestações da Santíssima Trindade: no batismo de JESUS, em seu ministério e em sua ressurreição e ascensão e, de forma abundante, na vida da Igreja Primitiva.

1. No batismo de JESUS(Mt 3.16,17).

2. No ministério de JESUS(Lc 4.18,19).

3. Na ressurreição e na ascensão de JESUS.

4. Na vida da Igreja Primitiva.

CONCLUSÃO

A doutrina da Santíssima Trindade não é um mero exercício intelectual; é uma verdade consoladora: ensina-nos diversas coisas vitais para a nossa vida cristã. Em primeiro lugar, com a ascensão de Nosso Senhor, não fomos deixados órfãos. Ele rogou ao PAI que, amorosa e prontamente, enviou-nos o Consolador. E este, com inexprimíveis gemidos, intercede por nós e testifica que somos filhos de DEUS através dos méritos de Nosso Senhor JESUS CRISTO.
Quão consoladora é a doutrina da Santíssima Trindade.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES:

Subsídio Teológico
“A Santíssima Trindade

1. Doutrina revelada. A doutrina da Santíssima Trindade é verdade revelada para o coração. Falando sobre isso declarou Anselmo: ‘O amor e a fé estão em seu ambiente no ministério da Divindade. Que a razão se ajoelhe, reverente, do lado de fora’.

Uma crença popular entre os cristãos divide a obra de DEUS entre as três pessoas, dando uma tarefa específica a cada uma delas; como por exemplo, a criação ao PAI, a redenção ao FILHO e a regeneração ao ESPÍRITO SANTO. Isto, porém, é parcialmente verdade, mas não de todo, pois DEUS não pode dividir-se de forma que apenas uma pessoa trabalhe isolada, enquanto às outras, JESUS e o ESPÍRITO SANTO, permanecem inativas.

2. O argumento em si. As Escrituras mostram as três pessoas da Divindade agindo em perfeita unidade, em todas as obras poderosas operadas no Universo e na redenção humana. Nas Escrituras Sagradas a obra da criação é atribuída ao PAI (Gn 1.1), ao FILHO (Cl 1.16), e ao ESPÍRITO SANTO (Jó 26.13; Sl 104.30). A encarnação é mostrada como tendo sido realizada pelas três pessoas (Lc 1.35), embora apenas o FILHO tenha se tornado carne e habitado entre nós. No batismo de JESUS, o FILHO saiu da água, o ESPÍRITO pairou sobre Ele e a voz do PAI falou do Céu (Mt 3.16,17).”
(SILVA, S.Pedro da. A doutrina de DEUS. 5.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.109-10.)

Bibliografia

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos = Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva