7 de novembro de 2017

A Salvação pela Graça


A Salvação pela Graça

 TEXTO ÁUREO = "Pois assim como por uma só ofensa veio ajuízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida." (Rm 5.18)

VERDADE PRÁTICA = A nossa salvação é fruto único e exclusivo da graça de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 2.8,9: Salvos pela graça mediante a fé

Terça – Rm 4.25: A Ressurreição de Cristo: o triunfo da graça sobre a morte e o pecado

Quarta – 1Tm 1.14: A Graça de Deus transborda em nós

Quinta – At 15.10,11: Somente pela graça somos salvos

Sexta – Gl 2.16: Nenhuma obra meritória garante a salvação

Sábado – Rm 5.20,21: Onde havia o pecado a graça de Deus  o suplantou

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  = Romanos 5.6-10,15,17,18,20; 11.6

6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.

18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.

20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça.

Romanos 11:6

6 Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.

HINOS SUGERIDOS: 291, 330, 491 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Saber que a nossa salvação é fruto único e exclusivo da graça de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I- Explicar o propósito da Lei e da graça;

II- Discutir a respeito do favor imerecido de Deus;

III- Salientar para o escândalo da graça.

INTRODUÇÃO

Inicie o estudo da lição fazendo a seguinte pergunta: “Jesus aboliu a lei?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida peça que leiam Mateus 5.17-20 (o Texto Bíblico da Lição). Depois, explique que este texto mostra a expressa e total obediência de Jesus à lei do Antigo Testamento, pois a lei não poderia ser anulada. Porém, explique que a “lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do Antigo Testamento (Rm 3.31; Gl 5.14); bem como nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos (1 Co 7.19; Gl 6.2). Essas leis revelam a natureza e a vontade de Deus para todos e continuam em vigor. As leis do Antigo Testamento destinadas à nação de Israel, tais como as leis sacrificais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb 10.1-4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1393).

“A LEI A GRAÇA

O Senhor Jesus cumpriu toda a lei, os preceitos morais, cerimoniais e civis (Mt 5.17, 18). Os Dez Mandamentos com todos os seus juízos e ordenanças foram abolidos, o apóstolo Paulo é muito claro quando fala que “o ministério da morte, gravado com letras em pedras... era transitório” (2 Co 3.7, 11). No entanto, a verdade moral contida no sistema mosaico, como disse o teólogo Chafer, “foi restaurada sob a graça, mas adaptado à graça e não à lei”. Isso diz respeito a sua função e não compromete a sua autoridade como revelação de Deus e parte das Escrituras divinamente inspiradas (2 Tm 3.16, 17).

 

A lei diz “Fareis conforme os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles” (Lv 18.5). O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo citaram essa passagem como meio hipotético de salvação pela observância da lei (Mt 19.17; Gl 3.11). Mas ninguém jamais conseguiu cumprir toda a lei, exceto Jesus. O mais excelente dos rabis de Israel só conseguiu 230 pontos dos 613 preceitos da lei. A lei diz “faça e viva”, no entanto, a graça diz “viva e faça”. Por esta razão os cristãos estão debaixo da graça, e não da lei (Rm 6.14; Gl 3.23-25). A lei não tem domínio sobre nós (Rm 7.1-4).

Perguntaram a Jesus o que se deve fazer para executar a obra de Deus. A resposta não foi guardar o sábado, nem a lei e nem os Dez Mandamento, mas exercer fé em Jesus (Jo 6.28, 29). Essa doutrina é ratificada mais adiante (1 Jo 3.23, 24). Jesus falou diversas vezes sobre o novo mandamento, a lei de Cristo, o amor operado pelo Espírito Santo na vida cristã (Jo 13.34; 14.15, 21; 15.10). O Senhor Jesus não incluiu o sistema mosaico na Grande Comissão, ele disse para: “guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.28). O mandamento de Cristo é a fé nele, é a lei do amor (Rm 13.10; Gl 5.14) e não a letra da lei.

O QUE SIGNIFICA CUMPRIR A LEI?

Jesus disse que veio cumprir a lei e os profetas (5.17). O que significa isso? O verbo grego para “cumprir” é pleroo e significa “cumprir, completar, encher”. Devemos recordar o sentido de torah, como instrução revelada no Sinai. O Antigo Testamento contém instrução e doutrina sobre Deus, o mundo e a salvação, mas sua revelação é parcial. A manifestação do Filho de Deus tornou explícito o que antes estava implícito, e assim o Senhor completou a revelação (Hb. 1.1, 2).

Jesus iniciou o seu ministério terreno dizendo, “o tempo está cumprido” (Mc 1.14). Diversas vezes encontramos no Novo Testamento declaração como: “Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura” (Jo 19.36) ou fraseologia similar, principalmente no evangelho de Mateus (Mt 1.22; 2.17, 19; 4.14) dentre outras citações. As profecias se cumpriram em Cristo.

O SENHOR JESUS VIVEU A LEI

O Senhor Jesus cumpriu o sistema cerimonial da lei na sua morte (Mt 27.50, 51; Lc 24.46). As instituições de Israel com suas festas, os holocaustos e os diversos tipos de sacrifícios da lei de Moisés eram tipos e figuras que se cumpriram em Cristo (Hb 5.4, 5; 1 Co 5.7). Assim, as cerimônias cessaram, mas o significado foi confirmado (Cl 2.17).

Lutero dizia que a função civil da lei ainda continua para manter a ordem e o bem-estar da sociedade. Segundo Martyn Lloyd-Jones, Jesus cumpriu também o sistema jurídico da lei. Com sua morte, ele transferiu os privilégios de Israel para a Igreja (Êx 10.6,7; 1 Pe 2.9, 10). Jesus disse às autoridades judaicas: “O Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21.43). Com isso, Israel deixou de ser um estado teocrático. A Igreja é a plataforma de Deus na Terra para anunciar a verdade (1 Tm 3.15).

Os Dez Mandamentos são representados pelos dois grandes mandamentos: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.28-32). Na verdade, toda a lei e os profetas nisso se resumem (Mt 22.40). Trata-se de uma combinação de duas passagens da lei (Dt 6.4, 5; Lv 19.18). São preceitos que foram resgatados na nova aliança e adaptados à graça de modo que a Igreja segue a lei de Cristo, a lei do amor, e não o sistema mosaico (Rm 6.14; 13.9, 10; Gl 5.18). O Senhor Jesus cumpriu todos esses mandamentos durante a sua vida terrena.

A LEI NÃO PODE SER REVOGADA

Talvez o discurso de Jesus sobre as bem-aventuranças tivesse deixado dúvida sobre a posição de Cristo a respeito da lei e dos profetas. Ele não era um reacionário; nasceu conforme a lei e viveu de acordo com ela (Lc 2.21-24; 4.15, 16; Gl 4.4). Jesus falou de maneira direta que não veio revogar a lei e nem os profetas, mas veio para os cumprir (Mt 5.17). Havia chegado o momento de esclarecer seu pensamento sobre a lei.

Jesus disse que “até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido” (Mt 5.18). O jota é a menor letra do alfabeto hebraico; ocupa a metade da linha na escrita, é a décima letra e se chama iode. O til é um sinal diacrítico para distinguir uma letra da outra. Nenhuma parte da lei passará, nenhuma uma letra ou parte dela ficará em desuso até que tudo se cumpra. Como disse John Stott, “a lei tem a duração do universo”.

A LEI E O EVANGELHO

Ninguém é justificado pelas obras da lei (Rm 3.18; Gl 2.16). A função dela não é salvar, mas nos conduz a Cristo (Gl 3.11, 24). Ela veio para revelar e condenar o pecado (Rm 3.20; 7.7). Deve o cristão anular a lei? A resposta paulina é: “De maneira nenhuma! Antes estabelecemos a lei” (Rm 3.31). O que isso significa? Que a fé cristã não é antinomianista, do grego anti“contra”; nomos“lei”, diz respeito aos que erroneamente pregavam que a graça dispensa a obediência. O apóstolo refutou tal ideia a vida inteira (Gl 5.13).

O termo “lei” na língua hebraica é torá e isso já foi estudado na lição 1. Ali aprendemos também que esta palavra vem de um verbo que significa “instruir, ensinar”. Por essa razão, a palavra “lei”, às vezes, refere-se às Escrituras Sagradas (1 Co 14.21). Esse parece ser o sentido aqui, o apóstolo Paulo estava falando do Antigo Testamento (Rm 3.19). Mas, a possibilidade de uma aplicação ao Pentateuco não é descartada, nesse caso, a frase “antes estabelecemos a lei” (Rm 3.31b) não significa servidão ao sistema mosaico, mas que a fé confirma a lei, visto que o evangelho justifica aqueles que a lei condena (Rm 8.4; 13.10).

Jesus não está desafiando os seus discípulos a seguirem os escrúpulos legalistas dos escribas e fariseus quando afirma: “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).

Mas, que a vida no Espírito requer comunhão com Deus de maneira abundante e profunda que nenhum dos rabis experimentou (Rm 8.8-11)” (SOARES. Esequias. Os Dez Mandamentos: Valores Divinos para uma sociedade em constante mudança. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014).

O FAVOR IMERECIDO DE DEUS

A salvação do homem é vista pelas religiões do mundo inteiro apenas de dois modos: o homem é salvo pelos seus méritos ou pela graça de Deus. A salvação é um caminho aberto pelo homem da terra ao céu ou é resultado do caminho que Deus abriu do céu à terra. O homem constrói sua própria salvação pelo seu esforço ou recebe a salvação como dádiva imerecida da graça divina. Não existe um caminho alternativo nem uma conexão que funde esses dois caminhos. É impossível ser salvo ao mesmo tempo pelas obras e pela graça; chegar ao céu pelo merecimento próprio e ao mesmo tempo através de Cristo.

A soberana graça de Deus é o único meio pelo qual podemos ser salvos. Os reformadores ergueram a bandeira do Sola Gratia, em oposição à pretensão do merecimento humano. Queremos destacar quatro pontos importantes no trato dessa matéria.

1. A graça de Deus é um favor concedido a pecadores indignos. Deus não nos amou, escolheu, chamou e justificou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus; não está no mérito do homem, mas na graça de Deus, não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós. Deus não nos amou porque éramos receptivos ao seu amor, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé; Deus nos escolheu não porque éramos santos, mas para sermos santos; não porque praticávamos boas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência.

2. A graça de Deus é concedida não àqueles que se julgam merecedores, mas àqueles que reconhecem que são pecadores. Aqueles que se aproximam de Deus com altivez, cheios de si mesmos, ostentando uma pretensa espiritualidade, considerando-se superiores e melhores do que os demais homens, são despedidos vazios. Porém, aqueles que batem no peito, cônscios de seus pecados, lamentam sua deplorável condição e se reconhecem indignos do amor de Deus, esses encontram perdão e justificação. A graça de Deus não é dada ao homem como um prêmio, é oferta imerecida; não é um troféu de honra ao mérito que o homem ostenta para a sua própria glória, mas um favor que recebe para que Deus seja glorificado.

3. A graça de Deus não é o resultado das obras, mas as obras são o resultado da graça. Graça e obras estão em lados opostos. Não podem caminhar pela mesma trilha como a causa da salvação. Aqueles que se esforçam para alcançar a salvação pelas obras rejeitam a graça e aqueles que recebem a salvação pela graça não podem ter a pretensão de contribuir com Deus com suas obras.

A salvação é totalmente pela graça, mediante a fé, independente das obras. As obras trazem glória para o homem; a graça exalta a Deus. A graça desemboca nas obras e as obras proclamam e atestam a graça. As obras são o fruto e a graça a raiz. As obras são a consequência e a graça a causa. As obras nascem da graça e a graça é refletida através das obras.

4. A graça de Deus é recebida pela fé e não por meio das obras. A salvação que a graça traz em suas asas é recebida pela fé e não por meio das obras. Não somos aceitos diante de Deus pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz. A fé não é meritória, é dom de Deus. A fé é o instrumento mediante o qual tomamos posse da salvação pela graça. O apóstolo Paulo sintetiza este glorioso ensino, em sua carta aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10).

O ESCÂNDALO DA GRAÇA

Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:24

Jesus andou na companhia de pessoas de reputação duvidosa (aos olhos humanos) ao invés de se afastar delas, como faziam os fariseus. Por isso o salmista disse que: “[Deus] levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo” (Salmo 113.7-8).

A lógica humana diz: “Deus tem que me abençoar porque sou um bom cristão, dou dízimos, sou admirado pela minha espiritualidade, sou líder de um ministério, tenho um bom comportamento”. Deus diz: “tudo o que faço, faço porque amo o ser humano. As bênçãos que derramo, derramo por causa da minha graça”. Não há mérito nosso no que recebemos de Deus, os méritos são inteiramente de Jesus.

O orgulho leva o ser humano a achar que ele é bom e merecedor da bênção divina. Aí vem Deus, pega alguém lá debaixo e o levanta mais alto do que o orgulhoso e lhe mostra que a graça dele é muito superior ao orgulho humano.

Paulo disse que o Evangelho do Cristo crucificado era um “escândalo para os judeus e loucura para os gentios” (1 Coríntios 1.23). Escândalo para os judeus, mas demonstração de graça para os que creem.

A graça é cura para os de coração quebrantado. A graça é a esperança para os que sofrem, para os que se sentem angustiados, para os que não veem uma luz no fim do túnel. Para esses, Deus diz: “Creia na minha graça, confie no meu amor. Não olhe para a aparência de sucesso de muitos ao seu redor nem para o aparente fracasso que você pensa sobre si mesmo, mas olhe para Jesus”.

A graça de Deus é a coisa mais incompreensível que há no Universo. Creio que é por uma razão: ela tira de nós qualquer possibilidade de mérito e de glória nossa. O agir da graça dá a Deus toda a glória, por isso é tão difícil compreendê-la e por isso ela é tanto escândalo quanto a própria cruz.

CONCLUSÃO

A salvação é uma obra dinâmica efetuada por Cristo na vida do crente. Não é estática porque a operosidade dela no crente não terminou. Estamos desfrutando da graça nesta dispensação divina até a vinda de Cristo.

 

Por.  Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia

Teologia Sistemática Pentecostal 2º.  Edição

http://licoesbiblicas.com.br

http://www.ultimato.com.br

Bíblia de Estudo Anotada

Lições bíblicas CPAD 1999

http://estudosbiblicosevangelicos.net

 

1 de novembro de 2017

A Abrangência Universal da Salvação


A Abrangência Universal da Salvação

 TEXTO ÁUREO = "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (Jo 3.17)

VERDADE PRÁTICA = A salvação em Jesus Cristo é de abrangendo universal, pois os que o aceitarem, em todo tempo e lugar, serão salvos pela graça de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gl 5.1: Cristo nos libertou da escravidão do pecado

Terça - Hb 9.28 Cristo ofereceu-se para, de uma única vez, tirar o pecado do mundo

Quarta-  2 Co 5.20: Somos embaixadores da parte de Cristo nesta Nova Aliança

Quinta - Fp 3.20,21: Cristo transformará o nosso corpo de humilhação conforme seu Corpo glorioso

Sexta - Hb 10.16-18: Cristo perdoa todos nossos pecados

Sábado - Rm 8.1,2: Não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – João 3.16-18 = I Timóteo 2: 5,6 =                    Romanos 1.18-20,25-27; 2.1, 17-21

João 3.16-18:

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

1Timóteo 2.5,6:

5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

6 O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.

HINOS SUGERIDOS: 220, 287, 305 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a salvação em Jesus Cristo é de abrangência universal.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Explicar o que é a obra expiatória de Cristo;

II- Discutir a respeito do alcance da obra expiatória de Cristo;

III- Apontar que Cristo oferece salvação a todos.

PONTO CENTRAL

A salvação em Jesus Cristo é de abrangência universal.

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje teremos a oportunidade de compreender que o pecado, em sua universalidade, atingiu os gentios, os judeus e toda a raça humana. Todos ficaram debaixo do impiedoso jugo do pecado. A necessidade de uma salvação universal, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo é um tema bastante claro na argumentação do apóstolo Paulo em Romanos 1.18 a 3.20.

Paulo nos mostra em Romanos que tanto os pagãos, que estavam nas trevas do pecado, quanto os judeus, que se orgulhavam de possuir a Lei divina entregue a Moisés no Sinai, estão sob o domínio do pecado. Veremos nesta lição que somente a revelação da justiça de Deus em Cristo Jesus é suficiente para salvar tanto os judeus quanto os gentios.

Dentre tantas promessas descritas nas Escrituras, a promessa da salvação é, sem dúvidas, uma das mais gloriosas. Isto porque, ela não está restrita ou predestinadas à algumas pessoas, mas sim, para toda a humanidade (Jo 3.16; 1Tm 1.15; 2.3,4; Tt 2.11). Nesta lição, veremos o que significa o termo salvação; estudaremos a universalidade do pecado fazendo uma comparação entre o pecado original e o pessoal; apontaremos esta doutrina quanto ao tempo, ao espaço e as barreiras culturais; debruçaremos sobre os três aspectos da salvação; verificaremos a promessa da salvação tanto no AT como NT; e, finalizaremos observando as suas etapas tanto no lado divino quanto no humano.

O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO?

A NECESSIDADE DE EXPIAÇÃO. Deus fez o homem à sua imagem e, como Criador, tem o maior direito de estipular o procedimento correto para a sua criação, e isso ele fez na forma de leis destinadas para o nosso bem (Deuteronômio 10:13).  O pior que podemos fazer é violar a lei de Deus.  A isso chamamos pecado ou transgressão da lei (1 João 3:4).  Os primeiros seres humanos transgrediram e a culpa deles evidenciou-se pela tentativa de se esconderem de Deus. 

A justiça exigia uma pena pelo pecado.  A pena era a morte, a separação de Deus, manifestada pelo afastamento deles do jardim do Éden (Gênesis 3:8, 24).  O pecado continua até hoje, desde aquele primeiro momento ali.  Paulo resumiu a história e as conseqüências do pecado em Romanos 5:12:  "Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram".  Se morremos em nossos pecados, não podemos ir para onde Cristo está (João 8:21, 24).  Vemos, então, que a necessidade suprema de todo homem é ter os pecados expiados, para que receba o perdão dos pecados!

A universalidade e o jugo do pecado. A argumentação de Paulo em Romanos 3.9-20 é que tanto os gentios como os judeus sem Cristo estão debaixo da condenação do pecado (Rm 3.9). A raça humana sem Cristo está sob o domínio do pecado. A expressão grega hüpo hamartían, traduzida como "debaixo do pecado", tem o seguinte sentido: no poder de, debaixo da autoridade de. Essa mesma construção gramatical ocorre em Mateus 8.9. Nessa passagem encontramos o centurião dizendo: tenho soldados hüpo emautón (por debaixo de mim), que em português tem o sentido de às minhas ordens. A ideia de Paulo é mostrar que a humanidade em seu estado natural, separada de Cristo, portanto, sob o domínio do pecado, é incapaz de libertar-se por si mesma.

Há inequívocas declarações nas Escrituras que indicam a pecaminosidade universal do homem (Sl 143.2; Ec 7.20; Rm 3.1-12, 19, 20, 23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1Jo 1.8, 10). Várias passagens ensinam que o pecado é herança do homem desde a hora do seu nascimento e, portanto, está presente na natureza humana (Sl 51.5; Jó 14.4; Jo 3.6). Em Ef 2.3 diz o apóstolo Paulo que os efésios eram “por natureza” filhos da ira, como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa da própria natureza humana, da qual participam todos os homens e que os fazem culpados diante de Deus. Além disso, de acordo com a Escritura, a morte sobrevém mesmo aos que nunca exerceram uma escolha pessoal e consciente (Rm 5.12-14). A Escritura ensina que todos os homens se acham sob condenação do pecado e necessitam da redenção (BERKHOF, 2000, p.235).

O pecado original ou universal. Originou-se num ato totalmente livre de Adão como o representante da raça humana numa transgressão da lei de Deus e numa corrupção da natureza humana, tornando-se sujeito à punição de Deus (Rm 5.14- 19). É o estado e condição de pecado em que “todos os homens nascem por natureza” (Sl 51.5; 143.2). O pecado não ficou restrito somente a Adão e Eva, mas estendeu-se a toda a raça humana, é o que chamamos de “culpa herdada” (Rm 5.12).

Sendo assim, toda a raça humana passou a ser pecadora. Aos olhos de Deus, o pecado de Adão foi o pecado de todos os seus descendentes, de modo que eles nascem como pecadores, isto é, num estado de culpa e numa condição corrupta. O pecado original tanto é um estado como uma qualidade inerente à corrupção de todos os homens.

 

Devemos estar vigilantes contra o erro de pensar que Deus criou o homem já na condição de pecador e culpar a Deus do mal, ou como alguns afirmam,  que os homens não nascem pecadores, mas sim apenas com a tendência ao pecado, pois isso é uma heresia chamada de pelagianismo (Rm 3.23). Quando Adão pecou ao desobedecer a Deus, toda a raça humana também pecou juntamente (Rm 5.12,16). O único ser cuja natureza humana não se mostrou corruptível (pecadora) desde a sua concepção e nascimento foi o Senhor Jesus Cristo (Hb 4.15; 7.26).

A ABRANGÊNCIA DO PECADO. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Romanos 3.23.

 O que significa ”destituídos da glória de Deus”? Significa que nenhum de nós confiou e estimou a Deus da maneira que deveríamos. Nós não ficamos satisfeitos com a sua grandeza e não andamos em seus caminhos. Temos buscado nossa satisfação em outras coisas, e as tratamos como mais valiosas do que Deus, e isso é a essência da idolatria (Romanos 1:21-23). Desde que o pecado entrou no mundo todos nós temos sido profundamente resistentes a ter Deus como nosso tesouro todo-satisfatório (Efésios 2:3). Isto é uma ofensa terrível contra a grandeza de Deus (Jeremias 2:12-13).

A EXPIAÇÃO DE CRISTO. Como estudamos em lição anterior, os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a obra expiatória de Cristo, em que uma vítima inocente morreria pelo verdadeiro culpado a fim de remir o pecado e a culpa dele. Enquanto os sacrifícios do Antigo Testamento apenas minimizavam a situação do pecador, a obra expiatória de Cristo resolve de uma vez por todas o grave problema do pecado (Rm 3.23-25).

O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO

A IMPOSSIBILIDADE HUMANA. Cristo realizou muitas obras, porém a obra suprema que ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo ( do homem ). (Mat. 1:21; João 1:29.) Incluídas nessa obra expiatória figuram a sua morte, ressurreição, e ascensão. Não somente devia ele morrer por nós, mas também viver por nós. Não somente devia ressuscitar por  nós, mas também ascender para interceder por nós diante de Deus. (Rom. 8:34; 4:25; 5:10.).

O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: "Cristo morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)" (1 Cor. 15:3). A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a Cristo e a Bíblia! É   essa   característica   singular   dos    Evangelhos    que    faz do Cristianismo a única religião; pois o grande problema da humanidade é o problema do pecado, e a religião que apresenta uma perfeita provisão para o resgate do poder e da culpa do pecado tem um propósito divino.

Jesus é o autor da "salvação eterna" (Heb. 5:9), isto é, da salvação final. Tudo quanto a salvação possa significar é assegurado por ele.

CRISTO OCUPOU O LUGAR DO PECADOR.  Havia  certa  relação  verdadeira  entre  o homem e seu Criador. Algo sucedeu que interrompeu essa relação. Não somente está o homem distanciado de Deus, tendo seu caráter manchado, mas existe um obstáculo tão grande no caminho que o homem não pode removê-lo pelos seus próprios esforços. Esse obstáculo é o pecado, ou melhor, a culpa. O homem não pode remover esse obstáculo; a libertação terá que vir da parte de Deus. Para isso Deus teria que tomar a iniciativa de salvar o homem. O testemunho das Escrituras é este: que Deus assim fez. Ele enviou seu Filho do céu à terra para remover esse obstáculo e dessa maneira reconciliou os homens com Deus. Ao morrer por nossos pecados, Jesus removeu a barreira; levou o que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de Cristo. Considerando a suprema importância deste assunto será ele abordado mais pormenorizadamente em um capítulo à parte.

ALCANCE UNIVERSAL DA OBRA EXPIATÓRIA. Porque Deus é amor (Jo 3.16; 1 Jo 4.8), e não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9), a morte expiatória de Cristo é universal; alguns de seus benefícios são automaticamente estendidos a todos (ex. a libertação da condenação do pecado adâmico) e todos os seus benefícios são para todos que os aceitem (ex. o perdão dos pecados efetivos e a imputação de retidão).

A expiação é universal. Isto não quer dizer que toda a humanidade será salva incondicionalmente, mas que a oferta sacrificial de Cristo, até certa extensão, atendeu às reivindicações da lei divina, de modo a tornar a salvação possível a todos. A redenção, portanto, é universal ou geral no sentido provisional, mas especial ou condicional em sua aplicação ao indivíduo.

CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO

Uma Igreja doutrinariamente sadia é aquela que se persevera, sem nenhuma mistura, na doutrina dos apóstolos. O primeiro e importantíssimo passo dessa doutrina é a da Salvação. Não pode haver Igreja e muito menos existirão crentes se não passaram pelo novo nascimento. E isso acontece quando a Palavra de Deus é anunciada com todas as suas verdades através da operação poderosa do Espírito Santo.

 A cruz do nosso Senhor é o grande exemplo de que Ele, antes de partir evangelizou e levou consigo um pecador que pagava pelos seus crimes hediondos. Jesus foi crucificado com dois malfeitores. Em meio à dor e o sofrimento da crucificação um deles blasfema, zomba e O renega. O outro confessa o seu pecado O aceita e O recebe como Salvador e Senhor.

 

Como temos dito em nossos sermões: “Ninguém que tendo ouvido a Palavra de Deus, uma vez que seja, sai da presença do Senhor sem uma tomada de posição. Ou sai crendo nEle e o recebendo ou sai descrendo e negando-O. No entanto, a salvação é oferecida a todos, indistintamente, e o maior exemplo é este da cruz do Calvário. “Cristo Oferece a Grande Oportunidade de Salvação”

SEM OLHAR PARA A CONDIÇÃO MORAL DA PESSOA. A condição do malfeitor era das piores. A palavra já indica: malfeitor. Seus atos foram dos mais perversos e hediondos para levá-lo à pena de morte.

No entanto o Senhor Jesus não olha para quem era ele, simplesmente olha para ele. Conta-se que o Rev. D.L. Moody, o maior evangelista dos Estados Unidos, certa feita pregando na Inglaterra foi abordado por um criminoso que lhe pediu que fosse até sua casa. Moody, apesar dos protestos dos irmãos o acompanhou.

No caminho o criminoso foi contando seus pecados, misérias e vida pervertida. Chegando a casa abriu a gaveta e mostrou-lhe uma arma com a qual havia deixado viúvas e órfãos. “Há salvação para mim?” perguntou ele a Moody.

O velho evangelista abriu a Escritura Sagrada em I João 1.7b: “E o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” A partir daquele momento aquele homem, entendendo o plano da Salvação creu em Jesus. É muito triste quando muitas pessoas preconceituosamente deixam de falar do Evangelho a pessoas por causa da sua condição de pecado. Se assim fosse Jesus não teria salvado ninguém.

Certa feita uma pessoa nos perguntou se estaríamos aceitando uma pessoa como membro da Igreja. Respondemos que Jesus já a havia aceito muito antes de vir para a Igreja, ou melhor, antes a fundação do mundo (Ef 1.4). Quantos perecem por falta de amor e compreensão da parte de muitos que se dizem cristãos, mas que não entenderam que eram tão pecadores como aqueles.

 SEM PROCURAR SABER QUAL É A CONDIÇÃO SOCIAL DA PESSOA. No Seu Ministério terreno o Senhor Jesus teve junto de Si todo tipo de pessoa. Desde um guerrilheiro zelote, como Simão, até um colaboracionista com o Império Romano, como Levi, ou Mateus.

Ele teve ao seu lado crianças e adultos, pobres e ricos, marginalizados, excluídos, bem como príncipes e doutores. À sua mesa todos tinham um pedaço do pão celestial. Pois as migalhas celestiais, oferecidas por Cristo eram muito mais nutritivas e saborosas do que os banquetes terrenos.

Outra coisa triste que vemos é a distinção daqueles que “estão” na Igreja fazem dos menos favorecidos, seja econômica ou socialmente falando. À sua mesa, nas suas rodas de conversas, nas suas viagens, nos seus banquetes, no seu dia a dia só podem ter lugar os que são posicionados na sociedade.

Com Jesus era bem diferente. Comiam com ele prostitutas, ladrões, pecadores, bem como ricos, sábios, poderosos e religiosos fariseus. Quando os cristãos entenderem profundamente a dimensão da graça acolherão a todos, sejam qualificados ou desqualificados, excluídos ou não.

SEM DIZER DA NECESSIDADE DE SE PURIFICAR PRIMEIRO PARA PODER ENTRAR COM ELE NO PARAÍSO. “Hoje estarás comigo no paraíso.” Não da maneira aniquilacionista de determinadas seitas religiosas, e também não, da maneira purificadora no purgatório mas sim: hoje. A suficiência do sangue de Cristo é para perdoar todos os pecados do mundo. Se crermos que alguém que creu nEle aqui na terra terá de passar por purificação, então estamos dizendo que a Sua Obra vicária na cruz é incompleta e insuficiente para lavar, purificar e perdoar todo e qualquer tipo de pecado.

No entanto, a Escritura Sagrada nos mostra que não é assim. O sacrifício do Senhor é suficiente para perdoar, salvar e redimir um malfeitor na cruz como também a cada um de nós.

CONCLUSÃO

A universalidade do pecado, isto é, que todos os homens estão debaixo da condenação eterna, é uma doutrina claramente demonstrada na Epístola aos Romanos. Por outro lado, o universalismo, doutrina herética que afirma que todos os homens, independentemente se acreditam em Cristo ou não, no fim de tudo, serão salvos, é claramente rejeitada nessa mesma carta.

Cabe a nós, portanto, conhecedores desses fatos, viver essa bendita salvação e compartilhá-la com quem ainda não a possui.

demonstrou que quem ouve a sua palavra e crê em Deus, tem a vida eterna, ou seja, não entrará na condenação, pois passou da morte para a vida ( Jo 5:24 ).

A condição do pecador é morte, o mesmo que escravo do pecado, destituído da glória de Deus, filho da desobediência, filho da ira, etc. Quem crê deixa a condição de morto e passa a condição de vida. Quem crê em Cristo não é condenado, mas quem não crê já está condenado, pois permanece sob a condenação imputada a Adão e todos os seus descendentes ( Jo 3:18 ).

A condenação e a ira de Deus veio sobre todos os homens por causa da ofensa de Adão. Através da ofensa de Adão todos pecaram e morreram, ou seja, foram separados d’Aquele que é a vida. Qualquer que crê em Cristo possui vida eterna e não mais será alvo da ira de Deus ( Jo 3:36 ).

A todos que ouvirem a mensagem do evangelho e confessar a Cristo, o sumo sacerdote da nossa confissão, crendo que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para a glória de Deus Pai, serão salvos ( Rm 10:9 -10 ).

 

Serão salvos de que? Da atual condição financeira? Da família problemática? Dos problemas socioeconômicos? Etc. Não! Jesus alertou que os que n’Ele crê serão salvos da condenação estabelecida em Adão, porém, não seriam tirados do mundo e continuariam tendo aflições ( Jo 16:33 ).

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

http://www.semeandovida.org

https://www.estudosdabiblia.net

Lições Bíblicas 2º trimestre de 2016

GILBERTO, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.

CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. CPAD

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã

Comentário Bíblico Volume 08 -Romanos e 1 e 2 Corintios

 

25 de outubro de 2017

A Obra Salvífica de Jesus Cristo


A Obra Salvífica de Jesus Cristo

TEXTO ÁUREO = "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." (Jo 19.30)

VERDADE PRÁTICA = A obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de "Pai".

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 27.29,30: Um evento de humilhação em nosso favor

Terça - Mt 27.39,40: Blasfemado por nossa causa

Quarta - Lc 23.34: O perdão imerecido, Jesus ofereceu na cruz

Quinta - Ef 2.13,14: Pelo sangue de Cristo nos aproximamos de Deus

Sexta - Rm 3.24: Fomos justificados mediante a obra salvífica de Cristo

Sábado - Gl 2.18-20: Fomos crucificados com Cristo: vivamos uma vida santa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – João 19. 23-30

23 Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.

24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas.

25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.

26 Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca.

30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

HINOS SUGERIDOS: 45,196, 533 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Explicar que a obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de Pai.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Apresentar o significado do sacrifício de Cristo;

II- Explicar como se deu a nossa reconciliação com Deus;

III- Discutir a respeito da redenção eterna.

INTRODUÇÃO

Quando pensamos na obra salvífica que Jesus realizou, é comum lembramos em primeiro lugar da cruz que ele carregou e onde foi crucificado. É fato que não podemos desprezar outros aspectos da vida de Cristo como seu nascimento, seus ensinamentos, seus milagres e etc. Mas, podemos afirmar que a cruz é o cerne de sua obra salvífica, já que foi através dela que nosso Senhor se ofereceu em sacrifício pelos pecados de seu povo. “Foi também na cruz, por meio da cruz, experimentando a cruz, que Jesus como Cristo realizou a obra de Redenção e uniu seu povo para a eternidade”.

O SACRIFICIO DE JESUS

Assim, Jesus é o sacrifício perfeito, pois ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). O Cordeiro de Deus puro e imaculado é perfeito porque ele não conheceu pecado (2 Coríntios 5.21; Hebreus 4.15; Hebreus 7.26). Por isto pôde oferecer-se a si mesmo. Sua oferta é perfeita e agradável diante do Pai. Ele o fez porque quis, por causa do seu grande amor para conosco, somente ele poderia oferecer um sacrifício perfeito, o seu próprio corpo. Ele ofereceu sua própria vida por amor de nós (João 10.17-18).

Jesus é também o sacrifício eficaz. Sua morte foi aceita por Deus como expiação pelos nossos pecados. Seu sacrifício se torna totalmente eficaz para todo aquele que nele crê. Seu sangue derramado naquela cruz nos purifica de todo pecado, pois “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22; Mateus 26.28; Atos 10.43).

Em Cristo, pela fé, somos redimidos dos nossos pecados.  Somente encontramos o perdão e a remissão dos nossos pecados mediante o seu sacrifício “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10.4).

Jesus é o sacrifício completo e definitivo. Sua oferta exclui todas as outras. Não há mais necessidade de sacrifícios: “está consumado” (João 19.30). Sua obra na cruz do calvário não somente é perfeita e eficaz, mas completa, suficiente e definitiva. Sua morte na cruz exterminou com o sacrifício de animais e com qualquer outro tipo de sacrifício. Uma vez para sempre. Assim Cristo se ofereceu por nós: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.24-28). Uma vez, uma única vez ele se ofereceu, não resta mais nada a ser feito a não ser crermos no seu grande amor e recebermos tão grande salvação, pela fé.

O SACRIFICIO MERITÓRIO . "Farás também o altar de madeira de acácia, de cinco côvados será o comprimento, de cinco côvados a largura, e de três côvados a altura. Farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas formarão uma só peça, e o cobrirás de bronze. (Ex 27:1-2)

Material: Madeira de Acácia revestida de bronze. Com 4 pontas que formam uma só peça. Uma grelha como se fosse uma rede presa por 4 argolas.

Comentário: Era comum os altares antigos serem quadrados, isso é verdade quando lemos 2Cr 4:1, pelas dimensões que mostram comprimento e largura iguais. O altar era a maior mobília do santuário. Usada para a adoração, sempre estava aberto aos israelitas. Para cristãos, o altar está cheio de significado e ensino espiritual, pois há muita história sobre altares na Bíblia.

A acácia é uma madeira dura, incorruptível, indestrutível que cresce no Deserto de Sinai. Retrata a humanidade de Cristo de que veio formosamente e era sem pecado na sua natureza humana (Hb 4:15; 7:26). A indestrutibilidade da madeira fala de Cristo resistiu o fogo da crucificação (Jo 10:18).

Os metais que cobrem a madeira tipificaram a retidão divina e julgamento de Cristo, o íntegro (1Jo 3:5), que levou o julgamento divino de Deus e se tornou pecado por nós (2Co 5:21).

Como os Israelitas foram salvos da morte quando olharam para a serpente de metal, assim, todos que confiam em Jesus Cristo serão salvos (Jo 3:14-15). O aparecimento de Cristo à João na Ilha de Patmos com "pés como bronze" (Ap 1:15) fala-nos do caráter judicial sobre àqueles que não o aceitam como sacrifício substituto.

O altar de bronze foi posto para sacrifício. Sem sacrifício, não poderia haver nenhuma compensação para o pecado (Lv 17:11; Hb 9:22). Sobriamente, os Israelitas trouxeram os oferecimentos prescritos sem defeito. O ser sacrifício queimado no altar como um doce aroma para Deus (Lv 1:9) tipificou Cristo quando foi oferecido "um sacrifício a Deus como aroma suave".

A localização deste altar fala-nos que antes de se passar ao templo, teria que se oferecer um sacrifício de sangue no altar de bronze. Hoje, ser recebido por Deus só pode se dar passando pela morte sacrificatória de Cristo (1Tm 2:5; Hb 9:15).

Chegar ao tabernáculo sem oferecer um sacrifício no altar significava morte certa. Se nós rejeitarmos o sacrifício meritório do trabalho de Cristo na cruz, nós seremos separados de Deus e o resultado será o mesmo, a morte eterna (Jo 3:36; 1Jo 5:12).

O altar de sacrifícios é o lugar de morte, é a primeira coisa que se via ao entrar no santuário, é o primeiro encontro do ser humano com o plano da redenção, o lugar onde deve-se morrer. Símbolo dos pés da cruz, que é o local onde devemos deixar tudo. "Se alguém quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me" Mt 16:24.

É neste altar que Deus trata com os "Isaques da vida". Você já pensou porque o Senhor pediu o filho a Abraão? Porque o filho ocuparia um lugar que só a Deus pertencia, Isaque começaria a entrar no coração de Abraão e até mesmo "Isaques" não podem ocupar este espaço, o nosso coração diz Deus, deve ser só meu. Portanto se algo tende a ocupar este espaço o Senhor diz em Mt 10:37 "...quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.

O altar de sacrifícios era elevado em um montículo de terra, mais alto que outras mobílias, esta é uma projeção de Cristo, nosso sacrifício erguido para cima na cruz, num local mais alto, o Gólgota, "... importa que o filho do homem seja levantado" Jo 3:14. Havia chifres neste altar, chifres eram um símbolo de força e poder em tempos bíblicos. O sacerdote ao tocar de leve nas pontas do altar mostra o poder do sangue para reconciliar o pecador. Há poder regenerador no sangue de Jesus Cristo. Representa o calvário, onde Cristo deu sua vida em sacrifício contínuo. As ofertas que eram feitas diariamente, pela manhã e pela tarde, são símbolos de Jesus, que está a disposição 24h por dia, queiramos nós ou não. Estes sacrifícios eram feitos em fogo lento para que durassem até a tarde, hora nona (15h) quando o outro chegava. O sacrifício da manhã expiava os pecados da noite e os da noite os pecados da manhã.

A oferta era cortada em pedaços pois simbolizava o que está escrito em Is 53 "...foi moído por nossas iniqüidades". É o primeiro estágio da vida do cristão, a justificação, o momento em que chega aos pés da cruz. O altar de holocausto, com seu sangue derramado, representa a grande verdade evangélica da expiação do pecado por meio do sacrifício de Cristo (Is 53:4-7,10, Hb 13:10-12; 1 Pd 1:18,19; Ap 5:9). A posição deste altar, junto à porta do átrio, numa posição onde seria a primeira coisa que o pecador veria ao entrar ali, indica que a primeira necessidade do pecador é que seus pecados sejam lavados pelo sangue de Cristo (Hb. 9:13,14; 1 Jo 1:7; Ap 7:14), e que até que se faça isso, não deve nem sequer adorar a Deus, nem mesmo entrar em sua presença (Hb 9:22). O altar era uma testemunha da culpa do homem e de sua necessidade de expiação e reconciliação; logo lhe assegurava que isto já era possível (Jo 1:29; Rm 5:10; 2 Cr. 5:18, 19). Existe um fato interessante, assim como os cordeiros da Páscoa eram comidos e depois sacrificados, alguns dos cordeiros mortos também foram comidos. Não foi nenhuma coincidência que na noite antes da Páscoa quando Jesus foi crucificado, Ele "tomou o pão, deu graças e disse: comam, este é o meu corpo" Mt 26:26, mais tarde ele morria pela raça humana. O próprio Jesus é o cordeiro de Deus e o cordeiro da páscoa.

Tipos de ofertas que eram oferecidas: Cordeiro Macho (Ex 12:5); Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou rolinha (Lv 12:6); Cabrito (Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode (Nm 29:5); Aves (Lv 14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19); Novilha que nunca trabalhou (Dt 21:1-9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv 14:10).

Ofertas queimadas: Ao Israelita querer demonstrar sua consagração. O animal era queimado por completo, tirando apenas o couro. Lv 1

Ofertas pacíficas: Ofertas voluntárias, ação de graças, votos. Queimava a gordura no altar, o peito e a coxa direita ficavam para o sacerdote, depois havia um banquete com o resto da carne para demonstrar alegria. Lv 3

Ofertas pelo pecado e pela culpa: Em busca de perdão, aqueles pecados que aconteciam de forma "ignorante". Não havia nenhuma oferta para os que pecavam voluntariamente, devia-se restituir aquele a quem foi a vítima, então a oferta pela culpa esta ali demonstrando que a situação tinha sido resolvida. Era considerado pecador atrevido aquele que afrontasse diretamente a Deus, pecando conscientemente, é eliminado do meio do povo. Lv 4-6

Quando a oferta tinha como motivo pecado e culpa, sendo o transgressor o próprio sacerdote e toda a congregação, levava-se o sangue para dentro do santuário, para aspersão 7 vezes diante da cortina do véu, então a carcaça do animal era queimada fora do acampamento, mas a gordura ficava no altar de sacrifícios. Quando quem pecava eram os príncipes/chefes ou pessoas comuns, o sangue não entrava no santuário, era posto apenas nas pontas dos chifres e na base do altar de sacrifícios. A oferta era comida pelo sacerdote apenas quando o sangue não entrava no santuário e não era oferta pelo pecado. Mas lembre-se, o fato do sacerdote está comendo a carne, transmite-se simbolicamente as responsabilidades dos pecados para o sacerdote.

O SACRIFICO REMIDOR. A palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus — “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou... redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele se associa.

1. Cristo redimiu de todo pecado — original ou atual, público ou secreto, de comissão ou omissão, de pensamentos, palavras ou ações. “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11.26,27; Is 59.20,21). “É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades” (Sl 130.8). Cristo “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).

2. Cristo nos redimiu da culpa do pecado — o pecado visto com base na justiça de Deus. “O Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado” (Sl 34.22). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7; Cl 1.14); “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). (Redenção é um termo legal e, por isso, está mais relacionado à nossa culpa do que à nossa corrupção.)

3. Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).

4. Cristo nos redimiu da punição do pecado — a penalidade de morte merecida pelo pecado, devido à transgressão da lei de Deus. Cristo profetizou a respeito dos eleitos de Deus: “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14; cf. 1 Co 15.54, ss.) Portanto, “vindo... a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).

 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). Por conseguinte, Cristo é o único que “da cova [destruição] redime a tua vida” (Sl 103.4).

5. Cristo nos redimiu da presença do pecado — um benefício a ser outorgado por Ele em sua vinda. O Espírito Santo é “o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade” (Ef 1.14). “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30). “ Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.27-28).

A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI

A nossa reconciliação tem a ver com a nossa inimizade contra Deus e a nossa alienação dele.[9] Assim, a reconciliação, propriamente dita, é a remoção desta alienação proporcionando uma relação harmoniosa e pacífica com Deus.

Esta idéia fica mais clara quando percebemos, por exemplo, a argumentação de John Murray, que expande a idéia. Ao comentar o texto de Romanos 5.11, uma das referências bíblicas centrais acerca da doutrina da reconciliação, ele afirma que na reconciliação o que se destaca não é a remoção da nossa inimizade contra Deus, pelo contrário, o verso supracitado salienta o fato de que Deus removeu de nós a alienação que havia da parte dEle para conosco.

Podemos também observa que esta reconciliação, ou a remoção da base da alienação, tem a ver com a não imputação das nossas transgressões. Ele diz “De modo que em sua misericórdia Deus recusou-se a levar em conta contra nós os nossos pecados ou exigir que sofrêssemos a penalidade deles.”[11]. Contudo, vale ressaltar que esses pecados foram imputados à Cristo. Portanto, cremos que somos plenamente reconciliados com Deus e aceitos por ele, porque nossos pecados foram imputados a Cristo e Sua justiça nos foi imputada.

Desse modo, podemos dizer que a Reconciliação é a obra do Pai através da qual Ele remove a alienação do pecado[12], libertando o homem de toda inimizade, por meio de Cristo. Assim, Deus remove a barreira tanto por causa da nossa rebeldia, quando por causa de sua ira. Devemos notar ainda que ao fazê-lo por meio de Cristo, Deus se revela como o verdadeiro Emanuel, ensinando-nos que toda a manifestação do seu amor pelo eleito tem seu fundamento no sacrifício de Cristo.

A ELIMINAÇÃO DA CAUSA DA INIMIZADE. Inimizade na Bíblia é estar em conflito ou em oposição contra outra pessoa, desejando seu mal. Inimigos lutam um contra o outro. A Bíblia diz que devemos ser inimigos do mal mas amar nossos inimigos humanos. A Bíblia diz que nosso verdadeiro inimigo é o diabo.

O diabo não quer nosso bem; ele quer nos destruir (1 Pedro 5:8). Ele é nosso inimigo porque está lutando ativamente contra nós. Por isso, devemos lutar contra o diabo e suas forças.

Vencendo a inimizade. Jesus veio para trazer reconciliação: com Deus e com outras pessoas. Quando ele morreu e ressuscitou, Jesus destruiu a barreira de inimizade criada pelo pecado (Colossenses 1:21-23). Agora podemos ser amigos de Deus!

Quando deixamos Jesus trabalhar em nossas vidas, ele nos ensina a perdoar e a viver em paz com outras pessoas. Ele nos ajuda a ver nossos inimigos como pessoas que também precisam dele, pessoas que devemos amar (Lucas 6:27-28). O amor de Jesus vence a inimizade e conserta

Vivificado em Cristo – Efésios 2:4-6. Nestes versos, encontramos a verdade mais importante em todo cristianismo. “Por causa de seu grande amor por nós, Deus deu-nos vida com Cristo.” No passado a vida não tinha esperança, agora podemos ter a promessa e segurança em Deus. A vida anterior era vazia e sem efeito, agora temos a alegria do Senhor e podemos começar a ser normal e desfrutar a vida com Ele ao nosso lado.

Olhando mais profundamente para esta passagem maravilhosa realizamos que estávamos mortos espiritualmente, por causa dos pecados e porque não estávamos livres do poder da nossa vida pecaminosa. Nascemos por natureza filhos da ira, e nos tornamos filhos de desobediência, depois de rejeitar Cristo quando atingimos à idade da responsabilidade.

Por causa do Seu grande amor por nós. . . Deus deu-nos vida com Cristo, quando admitimos que somos pecadores e que não podemos alcançar a vida eterna por nós mesmos – (Romanos 3:23).

Acreditamos em Jesus Cristo como Filho único de Deus que foi crucificado por nossos pecados – (Romanos 5:8). E confessamos que Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida – (Romanos 10:9), e Ele perdoou todos os nossos pecados. Então sendo sido salvos pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, os crentes são vivificados por escolher renascimento espiritual de acordo com o amor e a misericórdia de Deus. A salvação é uma escolha feita conscientemente por aqueles que procuram um relacionamento com o Pai divino e Seu filho Jesus Cristo.

Ser vivificados com Cristo significa experimentar a vida de Deus em nós; significa ser nascido de Deus por meio de Seu Espírito. O vazio em nossas vidas é preenchido com a alegria da salvação e somos completados quando somos levantados do túmulo do pecado, e estamos sentados com Ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Ser vivificado com Cristo significa que “somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Efésios 2:10)

Ser vivificado com Cristo significa que Ele veio viver em nós, e Ele se juntou a nós, e nós somos uma pessoa com Ele. O próprio Jesus nos ensinou: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (João 15:05). Assim como a videira e o ramo estão interligados compartilhando a vida juntos, então agora a nossa identidade não é mais em Adão, mas é em Cristo. Nós não somos mais seres humanos comuns, somos novas criações ligadas a vida de Jesus Cristo e estamos intimamente unidos a Ele, porque Cristo é a nossa vida.

REDENÇÃO ETERNA

O ESTADO PERDIDO  DO PECADOR. Quem são os ‘perdidos’ e como Deus os trata? A Bíblia diz em Isaías 53:6: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” De acordo com esse texto todos nós andávamos desgarrados como ovelhas. A humanidade é essa ovelha que se desgarrou e se perdeu no pecado. Então Deus vai em busca do homem para salvá-lo e resgatá-lo do pecado. Sobre Jesus Cristo caiu a iniquidade de todos nós, para que por meio de Seu sacrifício substitutivo pudéssemos ser absolvidos de qualquer penalidade provocada pela transgressão da lei divina. A Bíblia diz que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Quando depomos nossa fé e esperança unicamente em Deus que pode nos salvar por meio do sacrifício que Cristo fez na cruz, somos resgatados, reconciliados e salvos.

Os ‘perdidos’ são muito importantes para Deus. No contexto da parábola da moeda, ovelha e filho perdidos, a Bíblia declara: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7). “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

A REDENÇÃO DO PECADOR. Livramento de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor (q.v.). Ato de remir, isto é libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT, a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de Israel. Um indivíduo israelita podería agir como um redentor, pagando um resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48ss.), para recuperar um campo (Lv 25.23ss.), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Ex 13.12ss.), e em favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Êx 21.28 ss.).

Redenção significa que o próprio Deus, por meio do pagamento de um preço, nos perdoa e paga a nossa divida, dando-nos uma nova vida e a absolvição. Deus perdoa a nossa divida, e a condenação não mais se aplica a nós. Esse preço capaz de pagar a nossa divida altíssima foi a morte de Jesus Cristo na cruz. O sangue de Jesus foi o preço pago pelos nossos pecados. Nós é que deveríamos ser condenados e pagar com o nosso sangue, mas Jesus nos substituiu e foi condenado em nosso lugar para nos dar a absolvição dos nossos crimes (pecados contra Deus).

UMA REDENÇÃO PLENA. A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1Co 15.19).

CONCLUSÃO:

Ao concluir esta mensagem, devemos refletir:

1) Grande foi o nosso resgate! Vivíamos sob o domínio do diabo e escravizados pelo pecado, sem qualquer possibilidade de escapar de tal situação por nós mesmos. No entanto, Deus interveio mediante Jesus e nos “...libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”, Cl 1.13-14.

2) Agora resgatados, salvos, colocados numa posição segura – “...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”, Ef 2.6 – devemos amar intensamente nossos irmãos em Cristo. Devemos lembrar que o amor ao irmão nos é imposto como “mandamento” de Deus: “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1 Jo 4.21.

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.

 

Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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