20 de dezembro de 2017

Glorificados em Cristo


Glorificados em Cristo

TEXTO ÁUREO = "Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp 3.20)

VERDADE PRÁTICA = A plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

LEITURA DIARIA

Segunda -1 Co 15.42-44: A transformação do corpo natural em corpo glorificado

Terça - Rm 8.22,23: A esperança na plena glorificação do nosso corpo

Quarta - 2 Co 5.4: O que é mortal será absorvido pela vida

Quinta - Jd vv.24,25: Conservados para se apresentar diante de Deus

Sexta - 1Pe 5.10,11: Convidados a participar da eterna glória de Deus

Sábado – Cl 3.4: A manifestação em glória de Cristo, juntamente com a sua Noiva

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = I Coríntios 15 = 13 - 23

13 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.

14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.

16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.

17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

18 E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.

19 Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.

21 Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.

22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.

23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

HINOS SUGERIDOS: 310, 411, 597 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Explicar qual é a esperança dos salvos em Cristo;

II- Compreender que a salvação plena foi garantida por Jesus e confirmada pelo Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

A glorificação dos santos é o final da corrente de ouro da graça divina que começa com a preordenação e predestinação. Assim lemos em Romanos 8:29 30: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”.

Note-se primeiramente que “dantes conhecer” é, como vimos anteriormente, a mesma palavra grega traduzida como “conhecer antes” em 1 Pedro 1:20 (RA), e esse é seu sentido aqui. E o conhecimento de antemão não se refere às ações de certas pessoas, mas em vez disso às próprias pessoas, de modo que por mais que liberemos a imaginação, não dá para ser uma referência à fé prevista. A fé não está em “Qual” (Isso vem discutido no Capítulo 2, sob o ponto II, e no Capítulo 9). E de novo temos de notar que não há espaço para perda ou acumulo entre os elos dessa corrente de graça. Repetidamente a fórmula é “aos quais… a eles”, “aos quais… a eles”, “aos quais… a eles”. As mesmas que o Pai preordenou em Seu conselho na eternidade serão glorificadas na eternidade futura — uma prova simples da segurança eterna de todos os santos de Deus.

Essa cadeia de ouro da graça divina que é composta de elos forjados e inquebráveis é a base da garantia de que “sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. (Romanos 8:28) A palavra “para” no versículo 29 mostra isso. Mas não dá para haver essa certeza para a pessoa que mutila, por meio de descrença, um ou mais elos dessa corrente de ouro.

O propósito de Deus para Seu povo é inevitável e certo e completamente glorioso, pois a glorificação eterna é a promessa bendita e inevitável que é estendida ao verdadeiro filho de Deus. Paulo estava disposto a aguentar todas as coisas, não só para que os eleitos fossem salvos, mas também para que eles pudessem obter aquela glória plena que Deus tem para os Seus eleitos, e para a qual Ele os predestinou. “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”. (2 Timóteo 2:10) E embora essa condição conhecida como glorificação deva ser a maravilhosa condição final e eterna do povo de Deus, porém pesquisaríamos em vão na maioria dos livros teológicos em busca de uma menção a esse termo. E os que realmente o mencionam em geral o fazem apenas do modo apressado, e isso só em conexão com algum outro assunto.

A glorificação é o ponto em que a doutrina da salvação e a doutrina das últimas coisas têm algo em comum, pois olha para além desta vida; olha para o mundo futuro. Esse assunto recebe pouco tratamento nos livros teológicos tipo padrão, e ainda menos atenção nos sermões, mas é rico em importância prática, pois dá aos crentes incentivo e fortalece a esperança deles. — Millard J. Erickson, Christian Theology [Teologia Cristã], p. 997. Baker Book House, Grand Rapids, 49506, 1991.

O autor deste, depois de consultar mais de trinta livros teológicos de escritores de quase todas as escolas filosóficas, só descobriu meia dúzia ou mais que mencionavam essa glorificação especificamente. Sem dúvida, alguns tratavam desse assunto sob os tópicos de “céu” e outros, mas cremos que a frequência com que esta palavra aparece na Bíblia assegura tratamento mais específico do que esse, principalmente porque esse é o alvo para onde se inclinam todas as nossas ambições e ações como cristãos. Andrew Fuller, numa seção de suas Obras sobre “The Heavenly Glory [A Glória Celestial]”, bem diz:

Uma das principais características com que se distingue a religião da Bíblia daqueles sistemas de filosofia e moralidade que muitos querem impor sobre nós em seu lugar é que tudo o que tem a ver com ela sustenta uma relação com a eternidade. O objeto de todos os outros sistemas é na melhor das hipóteses reformar as maneiras; mas essa retifica o coração. Eles aspiram somente a preparar os homens para este mundo; mas essa, embora transmita aquelas disposições que tendem mais do que qualquer coisa a promover a paz, a ordem e a felicidade na sociedade, fixa a paixão de forma suprema em Deus e nas coisas de cima… Esse é o tempo de semear e a eternidade é a colheita. Tudo o que se sabe de Deus e é feito por ele nesta vida prepara para a alegria que está colocada diante de nós. — Works, Vol. III, pp. 725, 726. Sprinkle Publications, Harrisonburg, VA., 1988. (O destaque é meu — DWH.)

A glorificação é resultado da justificação, conforme Romanos 8:30, acima citado, mostra, e assim é garantida pela graça de Deus, que é o poder por trás de todas as ações de Deus lidando com Seus eleitos. É também resultado da eleição e predestinação eterna de Deus, que estão apenas dois elos atrás a mais nessa corrente da graça. Assim, se um homem quiser ter certeza de sua glorificação, ele tem de se certificar de seu chamado e eleição, a única coisa que garante sua rica entrada no eterno reino de glória do Senhor. “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. (2 Pedro 1:10-11) Essa passagem é um contraste do versículo 9. É essa certeza de glória futura que capacita o crente a aguentar tudo o que o mundo possa trazer sobre ele: ele tem uma esperança que olha para além deste mundo e sua glória que logo passa. Alexander Carson diz dos santos:

Se as esperanças deles se confinassem a este mundo, de todos os homens vivos eles, na verdade, seriam os mais miseráveis; pois, embora a sobriedade, a dedicação e outras virtudes da vida cristã os isentem de muitos dos males aos quais outros são expostos, mas as tribulações peculiares às quais são sujeitos seriam mais do que um contrapeso a isso. A maior parte de sua presente felicidade consiste na antecipação de sua glória futura. — The Doctrine of the Atonement [A Doutrina da Expiação], pp. 240 241. Edward H. Fletcher, New York, 1853. (O destaque é meu — DWH).

A glorificação não é a mesma coisa que recompensas, embora as duas tenham relação, pois a glorificação é o destino de toda alma verdadeiramente nascida de novo, embora ela possa não ter feito uma única obra em sua vida cristã que seja digna de recompensa. As recompensas se basearão na nossa fidelidade ao Senhor. A extensão da nossa glorificação poderá ser ampliada por nossa atitude de mais fidelidade e de servir a Deus a partir de motivos certos. Talvez Daniel 12:3 indique isso. “Os que forem sábios [ou ‘mestres’], pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente”. Alguns sustentam que isso apresenta dois graus de fidelidade com graus correspondentes de glória.

Talvez isso seja o que o termo “amplamente” de 2 Pedro 1:11 indique. Pois embora o homem justificado verdadeiramente seja glorificado no reino eterno de nosso Senhor, embora ele entre cheio de dúvidas e temores e com pouco serviço alegre para seu crédito. Contudo, aquele que assegurou seu chamado e eleição com o resultado de que ele serve alegremente seu Senhor na certeza da glória futura, terá ampla entrada, em oposição à entrada infrutífera e sem recompensa do outro.

É evidente em tais textos como 2 Coríntios 4:17 que a perseverança do crente nas tribulações e aflições tem algo a ver com o grau de glória que será dele. Esse versículo diz: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. Como então temos de nos envergonhar por toda a choradeira e reclamação por causa de nossas pequenas e insignificantes inconveniências e desconfortos quando nosso Senhor gracioso nos prometeu que essas situações serão o próprio meio para mais glorificação para nós se as aguardarmos com paciência para que em tudo Deus seja glorificado. Lembremo-nos: Deus não será devedor do homem: o que se faz por Ele será recompensado no devido tempo. “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido”. (Gálatas 6:9)

A “glória” tem a ver com aquela sublime e inconcebível condição e estado que vem logo após a vida presente, e que, desde Sua ressurreição, agora caracteriza Jesus como o Deus-homem (Lucas 24:26; 1 Pedro 1:11). É isso o que caracterizará todos os santos depois de sua ressurreição (Romanos 8:17 24; Filipenses 3:20 21). Essa é a condição para a qual todos os santos verdadeiros estão se mudando, pois é seu destino predeterminado e prometido (Romanos 8:29 30; 9:23; 1 Coríntios 2:7). Não conhecemos nenhum outro texto que seja mais adequado para nosso estudo desse assunto do que Colossenses 3:4, que diz: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”.

I. A CERTEZA DA GLORIFICAÇÃO.

A glorificação é tão certa quanto a nossa justificação, pois é tanto parte da salvação quanto é a justificação, conforme dá testemunho Romanos 8:30. A glorificação é a condição final na salvação, pois é a redenção do corpo, e é defesa da fé e esperança do santo. Possamos notar de passagem que a Bíblia fala de salvação sob três tempos gramaticais, e assim, sugere as três frases dele: (1) Na conversão, somos libertos da pena de todos os pecados, pois somos declarados justificados por Deus, e isso é tempo passado a partir do momento da fé. Mas a Bíblia às vezes fala do tempo presente da salvação — salvação como um processo progressivo — estamos “sendo salvos”, conforme às vezes diz o tempo grego. Assim, (2) na santificação estamos sendo libertos do poder do pecado que habita o corpo, conforme vamos ficando mais santos e vamos nos dedicando mais ao Senhor. Mas às vezes a Bíblia fala de salvação no tempo futuro — “seremos salvos” — que tem a ver com (3) Glorificação, que é nossa liberdade da própria presença do pecado em nós ao recebermos novos corpos e mentes na volta de nosso Senhor do céu. Não são três salvações, mas em vez disso três fases da única salvação completa que nosso Senhor comprou para todos os Seus eleitos na Cruz. Depois de se referir a 2 Timóteo 1:9; Filipenses 2:12 e Romanos 13:11, A. W. Pink observa.

Ora, esses versículos não se referem a três salvações diferentes, mas a três aspectos separados de uma e a menos que aprendamos a distinguir com clareza entre elas, não poderá haver nada senão confusão e dúvidas em nossos pensamentos. Essas passagens apresentam três fases e estágios distintos da salvação: a salvação como um fato realizado, como um processo presente e como uma esperança futura. Tantos hoje ignoram essas distinções, misturando-as. Alguns defendem uma e argumentam contra as outras duas; e vice-versa. Alguns insistem em que eles já estão salvos, e negam que estejam agora sendo salvos. Alguns declaram que a salvação é inteiramente futura, e negam que sejam em algum sentido já realizada. Ambos estão errados. O fato é que a grande maioria das pessoas que professam ser cristãs não consegue ver que “salvação” é um dos muitos termos abrangentes em todas as Escrituras, inclusive predestinação, regeneração, justificação, santificação e glorificação. — The Doctrine of Salvation [A Doutrina da Salvação], pp. 106 107. Guardian Press, Grand Rapids, 49509, 1925.

A glorificação dos santos é tão certa como a própria glorificação de Cristo, e isso é garantido pois é agora um fato passado e não se pode mudar a história. João 17:22 24 diz: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo”. Observa como nosso Senhor diz no versículo 22 que Ele deu (tempo passado) Sua própria glória a eles.

Esse mesmo fato se vê em Romanos 8:30. O conhecimento de antemão e a predestinação no versículo 29 são tempo passado: podemos facilmente ver e compreender isso. E o chamado e justificação no versículo 30 são ambos tempo passado: podemos também facilmente ver e compreender como isso é assim para toda pessoa salva. Mas que a glorificação é também tempo passado é difícil para nós aceitarmos, e somos inclinados a tentar evitar tal entendimento por meio de argumentos. “Com certeza”, raciocinamos, “o Senhor ainda não voltou. Com certeza a ressurreição ainda não ocorreu. Com certeza ainda não recebi meu novo corpo. Como então se pode usar o tempo passado aqui?” Assim por mero raciocínio humano, podemos eficazmente invalidar alguma verdade preciosa de Deus acerca da posição gloriosa que Deus nos deu.

Na grande maioria das vezes, avaliamos pela aparência, e somos tão sujeitos ao tempo e espaço que achamos difícil compreender que nosso grande Deus está acima tanto do tempo quanto do espaço, e Ele não está sujeito a nenhum dos dois. Ele considera a glorificação dos santos como passada porque em Sua mente e propósito é tão certa quanto se já tivesse sido feita.

Duvidamos disso em geral porque aceitamos o humanismo — tentamos sujeitar o propósito de Deus às ações do homem em vez de reconhecermos a capacidade soberana de Deus de fazer tudo o que Ele quer onde quer que Ele queira fazê-lo sem nem mesmo pedir um simples “com licença” ao homem. Aliás, pelo fato de que Deus não está sujeito ao tempo e espaço, todas as coisas são para Ele como se só houvesse um grande presente, algo que nós criaturas do tempo e espaço não podemos visualizar e compreender.

O texto em Colossenses 3:4 mostra que a glorificação do santo é tão garantida quanto a volta do Senhor Jesus Cristo, pois diz “quando”, não “se Ele aparecer”. Não é uma questão de se o santo será glorificado, mas só uma questão de quando. Não há incerteza em nada com o Senhor, pois Ele sabe todas as coisas, e Ele controla todas as coisas. Não há possibilidades inesperadas com Deus, como há com o homem, pois Ele faz tudo o que Ele tenciona fazer. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. Que chamo a ave de rapina desde o oriente, e de uma terra remota o homem do meu conselho; porque assim o disse, e assim o farei vir; eu o formei, e também o farei”. (Isaías 46:9-11) Deus tencionar algo e então não fazê-lo se cumprir não refletiria na capacidade da Sua Divindade. Pois implicaria que ou Ele não tinha a sabedoria de antever todas as possibilidades e fazer-lhes espaço para eles. Ou que antevendo todas elas, Ele não tinha o poder de resolver os seus problemas. Ou que, tendo tanto a sabedoria quanto o poder, Ele apesar disso mudou de ideia acerca do que Ele queria fazer. Mas os atributos divinos da onisciência, onipotência e imutabilidade são contra todas essas suposições.

A certeza da volta de Cristo, e a subsequente glorificação dos santos, é apresentada em Filipenses 3:20 21: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”. A palavra aí traduzida “esperar” significa literalmente esperar e aguardar, em confiança e expectação, algo. Note como essa mesma palavra grega é usada no mesmo sentido básico em todas as sete vezes em que aparece em Romanos 8:19,23,25; 1 Coríntios 1:7; Gálatas 5:5; Filipenses 3:20 e Hebreus 9:28. Com a possível exceção de Gálatas 5:5, todas essas passagens olhem para com a grande esperança do cristão — a volta do Senhor Jesus para completar sua salvação. E mesmo Gálatas 5:5 pode ter essa mesma aplicação, pois foi falado por, e dirigido a, aqueles que já estão salvos, de modo que essa espera da justiça pode se referir ao reino de justiça de Cristo em que os santos terão parte. Embora uma palavra diferente seja usada em 1 Tessalonicenses 1:10, porém essa é a mesma ideia. É na volta de Jesus que Sua vontade, conforme expressa em João 17:22, se cumprirá.

A glória para a qual Cristo foi exaltado não é assunto de especulação ociosa, no qual nenhum interesse temos. Em sua fala ao seu Pai, ele disse, em alusão a seus discípulos, “Eu dei-lhes a glória que a mim me deste”. Daí, embora soframos com Cristo e por Cristo neste mundo, podemos nos regozijar na esperança de sermos glorificados com ele. — J.L. Dagg, Manual of Theology [Manual de Teologia], p. 207. Sprinkle Publications, Harrisonburg, VA., 22801, 1982.

De novo, a glorificação para o povo de Deus é tão garantida quanto a Palavra de Deus, pois Sua integridade se fundamenta em que Ele guarda a Sua palavra. Ele promete que assim será, e assim, não poderá ser de outro jeito. Virá a todos os que buscam glória por meio da verdade, mas a todos os que rejeitam a verdade, só indignação, ira, tribulação e angústia (Romanos 2:6 11). “O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego; Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”.

No que se refere ao juízo e recompensa, Deus é totalmente imparcial e não faz acepção de pessoas. Mas é um grande erro tentar aplicar tal princípio a Deus em todas as situações, e manifesta ignorância das Escrituras, pois em várias áreas Ele realmente faz acepção de pessoas, conforme declaram muitas passagens das Escrituras, principalmente onde há o assunto de eleição, salvação ou qualquer questão envolvendo aliança de Deus (veja Gênesis 4:4; Êxodo 2:25; Levítico 26:9; 2 Reis 13:23; Salmo 74:20; 138:6, e outros). E, na medida em que Deus é a fonte de todos os dons bons e perfeitos (Tiago 1:17), e é Aquele que distingue uma pessoa de outra (1 Coríntios 4:7), vê-se comumente na vida essa acepção de pessoas.

Por exemplo, nem todos os homens têm as mesmas vantagens na vida ou fisicamente, mentalmente, moralmente, psicologicamente, espiritualmente, pois todos não são dotados com as mesmas capacidades e talentos, e as oportunidades variam de pessoa à pessoa. Só isso, mesmo que não houvesse tantas Escrituras declarando o contrário, seria suficiente para refutar a ideia de que Deus jamais faz acepção de pessoas em qualquer área. Uma análise de todos os textos que declaram que “Deus não faz acepção de pessoas” revelará que esse termo só é aplicado com relação ao juízo, e no juízo final não se verá graça nenhuma, mas só pura justiça condenatória que cobra tudo o que é devido dos pecadores.

 

Na eleição e salvação Deus respeita e faz acepção de algumas pessoas acima de outras, pois a própria palavra “eleito” indica que alguns foram escolhidos e outros foram deixados. Uma eleição universal é uma contradição de termos. A própria primeira vez em que a palavra “respeito” aparece na Bíblia (e as primeiras vezes são sempre importantes, e são muitas vezes as mais decisivas) em Gênesis 4:4 5 mostra que Deus teve respeito tanto por Abel quanto por sua adoração, mas não por Caim e sua adoração. Esse texto e os outros citados acima nesse aspecto mostram com clareza que Deus realmente respeita e faz acepção de uma pessoa sobre outra em assuntos da Sua graça. O motivo disso é que a graça é sempre incondicional, do contrário não é graça. Os homens mais sábios reconheciam essa verdade, e oravam para gozá-la (1 Reis 8:28). Só em juízo e recompensas, repetimos, deve Deus lidar imparcialmente com os homens; todas as Suas ações em graça, pelo motivo de que não notam algum mérito ou valor na criatura, têm de respeitar ou fazer acepção de pessoas.

Deus se comprometeu a dar glória a toda alma salva porque ela é salva. Isso envolve graça, em que há respeito e acepção de pessoas em todo exemplo. Mas Deus também se comprometeu a recompensar todo serviço (corretamente motivado) feito para Ele, aumentando essa glória inicial. E pelo fato de que envolve serviço e recompensas Deus não respeita e não faz acepção de pessoa, mas o baseia na fidelidade das atitudes certas (Romanos 2:7,10). Esse é um ponto em que temos de “distinguir corretamente a Palavra da verdade”, e não apenas papaguear alguma frase bíblica indevidamente aplicada que se encaixe em nossos preconceitos. As Escrituras falam claramente sobre esse assunto. Qual será a nossa resposta?

II. A BASE DA GLORIFICAÇÃO.

Qualquer coisa que não tenha uma base adequada é vã esperança. O crente não é arbitrariamente e infundadamente glorificado, mas a glorificação lhe é garantida na base da associação com o Cristo glorificado. Não há tal coisa como glória fora de Cristo, mas somos predestinados a nos tornamos semelhantes à imagem de nosso Senhor.

O processo de santificação, que é prosseguido durante a vida presente, se completa quando os santificados são perfeitamente preparados para o serviço e gozos do céu. Nessa obra do Espírito, inclui-se a ressurreição do corpo, e a adaptação dele para ser conforme o corpo glorioso de Cristo. Havendo sido predestinados para sermos conforme a imagem do querido Filho de Deus, a proposta obra da graça não se completa até que apareçamos em glória, com nossos corpos como o glorioso corpo do Redentor. Há muito os santos na terra anseiam essa conformidade perfeita e a esperam como a consumação de seus desejos e esperanças: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar”. (Salmos 17:15) — J.L. Dagg, Manual of Theology [Manual de Teologia], p. 300 301. Sprinkle Publications Gano Books, Harrisonburg, VA., 22801, 1982.

Colossenses 3:4 enfatiza essa unidade com a vida de Cristo quando diz: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”. Nossa glorificação depende de possuirmos dessa vida divina que nos é concedida na regeneração (2 Pedro 1:1 4). Colossenses 1:27 com clareza declara isso: “…Cristo em vós, esperança da glória”. “Esperança” nas Escrituras é um termo mais forte do que a moderna palavra, que geralmente quer dizer pouco mais do que um mero desejo sem nenhuma certeza de receber o alvo dessa esperança. A esperança bíblica, por outro lado, é a expectação fortemente baseada do bem futuro, porque se baseia numa promessa divina. Assim, Cristo habitando em nossos corações pela fé é a evidência do novo nascimento, e é a base de nossa expectação da glória futura.

Notamos sob a divisão precedente que nossa glorificação é tão certa quanto nossa justificação, pois Romanos 8:30 mostra que a glorificação se baseia na justificação. Deus tem uma ordem em tudo e o homem não pode anular essa ordem. A ordem de Deus no tempo é (1) Chamado. (2) Justificação, e (3) Glorificação. “…aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”. A glorificação é um resultado da justificação, e não pode existir sem ela, pois esse versículo não deixa espaço ou para ganho ou perda de pessoas entre os elos dessa corrente. As mesmas pessoas — os eleitos de Deus — estão na fase do conhecimento de antemão e predestinação como estão na fase da glorificação, e vice-versa. As mesmas pessoas que são chamadas deverão ser glorificadas, pois foram justificadas, que é prova incidental da segurança dos santos.

Mas alguém sem dúvida objetará que: “Como é que pode ser isso, pois a maioria das pessoas que ouvem o Evangelho não responde ao convite de Deus?” Verdade, mas essa objeção se baseia numa ideia errada do sentido de “chamado” aí. Presume-se que “chamados” se refere somente ao convite geral para a salvação. “Chamado” se usa em dois sentidos na doutrina bíblica da salvação: (1) O chamado geral do Evangelho, que todos os homens rejeitam até que o Espírito Santo opere em seus corações para vivificá-los a fim de capacitá-los a ouvir, prestar atenção e responderem a ele. (2) O chamado eficaz do Espírito Santo pelo qual os homens nascem de novo e são capacitados com isso a se arrependerem, crerem e responderem ao convite de Deus. Todos os eleitos respondem a esse chamado, pois Deus opera eficazmente, “vivificando aqueles que quer” (João 5:21), sem nenhuma resposta do pecador até que se complete a regeneração. A cooperação da vontade humana não é parte disso (Romanos 9:15 16), pois estando espiritualmente morta não tem a capacidade de nenhuma ação espiritual certa até que o Espírito de Deus a vivifique. Assim ninguém chega a se salvar apenas pelo chamado geral do Evangelho, mas todos são salvos aos quais vem o chamado eficaz. É o poder perfeito de Deus que torna esse segundo “chamado” eficaz. Romanos 8:30 e outros textos fazem referência a esse chamado, onde o termo é usado nesse sentido especial.

Esse “chamado” é “para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”. (2 Tessalonicenses 2:14) E precisamos notar no versículo precedente que isso se baseia na escolha soberana de Cristo, conforme Romanos 8:29 30. O crente em Cristo recebe a glória de Cristo de forma futura na salvação, pois a glorificação se baseia na salvação, sendo realmente parte dela.

Para nos informar quem a possuirá, e sobre que base, se chama herança. Indicando claramente, que ninguém, senão os filhos de Deus, a gozarão: pois um servo, em si mesmo, não pode herdar. Temos, pois, de ser os filhos do Altíssimo, por adoção e regeneração, antes que possamos com justiça gozar o patrimônio celestial. — Abraham Booth, The Reign of Grace [O Reino da Graça], p. 269. American Baptist Publication Society, Philadelphia, sem data.

A glorificação também se baseia em nossa posição como crentes, pois somos predestinados a sermos aceitos no amado Filho de Deus, conforme declara Efésios 1:5 6. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado”. A beleza da glorificação está não em nós e em nossos esforços, mas totalmente em Cristo e em Sua beleza espiritual que foi colocada sobre nós, conforme Ezequiel 16:14 representa de modo belo. “E correu de ti a tua fama entre os gentios, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor DEUS”. De modo geral Israel, e também os gentios, não conseguiram de forma alguma entender essa verdade.

É tanto por meio da vida ressurreta e glorificada de Cristo, quanto por Sua morte sacrificial, que somos aceitos diante do Pai, pois Sua justiça nos é imputada conforme Romanos 4 testifica de forma tão abundante. E Romanos 5:10 diz claramente: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”. É por isso que aqueles que negam a ressurreição de Cristo não têm nenhuma esperança de vida e glória eterna, pois negam aquilo que é parte integral da salvação e glorificação do santo. Somente na vida de Cristo há vida e luz para os homens (João 1:4), e é aos que receberam essa vida e luz que se dá a promessa de participar da glória de Cristo.

A justiça imputada de Cristo é aquela que, sozinha, torna os homens dignos de serem aceitos diante de Deus e de entrarem em Seu reino. A justiça humana jamais é suficiente, pois os fariseus e escribas eram as pessoas mais legalmente justas na terra, mas nosso Senhor advertiu Seus discípulos em Mateus 5:20 de que eles precisavam mais do que essa justiça para serem aceitos no reino de Deus. “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”.

A vinda de nosso Senhor em majestade gloriosa à terra é apresentada em Apocalipse 19:11 13, e o versículo 14 nos mostra quem são Seus companheiros. “E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro”. Esse simbolismo é explicado no contexto imediato, pois o versículo 8 diz: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos”.

Na base do versículo 7 “já a sua esposa se aprontou”, alguns crêem que a justiça no versículo 8 é uma justiça pessoal, não imputada, mas uma palavra no versículo 8 refuta isso. “Garantido” é a palavra grega comum para “dado”, de modo que claramente a justiça que caracteriza os santos é uma justiça imputada — o único tipo que qualquer pessoa pode ter.

Assim, quer eles sejam considerados como indivíduos ou coletivamente como a esposa do Cordeiro (versículo 7 8), ou militantemente como um exército (versículo 14), a glória deles é um resultado da justiça imputada de Cristo. Mas não só por isso, pois conforme notamos sob a primeira divisão, a glorificação do crente se baseia no poder onipotente de Deus, em Sua onisciência, e na verdade em todos os Seus atributos gloriosos. Abraham Booth observa:

Portanto, sua felicidade é permanente como a perfeição divina que eles adoram e gozam; e garantidos para suas próprias mentes abrangentes além da possibilidade de dúvida. Isso torna a condição deles supremamente gloriosa. Isso constitui o céu, aliás. E além disso, e se os limites das capacidades deles eternamente se ampliassem, e eternamente recebessem medidas maiores de glória? Pois a Deidade é uma fonte infinita de bem-aventurança; e vasos finitos poderão se expandir eternamente, e se encher eternamente, naquele oceano da total suficiência divina. — The Reign of Grace [O Reino da Graça], p. 284. American Baptist Publication Society, Philadelphia, No date.

Rastreando até o fundamento máximo, a glorificação dos santos se baseia na graça de Deus conforme indica Efésios 1:3, 10. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo… De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”.

Esses dois versículos estão ligados pelos versículos interpostos que detalham como a graça trabalha para trazer essa bênção espiritual até nós. A glorificação, como o chamado e a justificação, tem de ser baseados na graça de Deus, já que nenhum de nós pode reivindicar merecer mesmo que seja a menor parte dessas bênçãos espirituais.

 

 

III. O TEMPO DA GLORIFICAÇÃO.

Quando é que poderemos esperar que essa experiência maravilhosa ocorra? E onde deverá acontecer? Muitas pessoas acham que ocorre logo que morremos, quando passamos para o céu. Isso é incorreto, embora seja correto dizer que alguém que morreu “entrou na glória”, pois a frase descreve a presença de Deus, aonde vamos quando morremos (Eclesiastes 12:7; 2 Coríntios 5:8). Contudo, não descreve a condição dos santos no céu enquanto eles estão aguardando o episódio final em sua redenção. Há um sentido em que aqueles que morreram em Cristo foram aperfeiçoados. Dagg diz:

Além dessa perfeição final, à qual os santos são ensinados a aspirar, há fases em seu progresso às quais o nome perfeição é, num sentido subordinado, aplicado nas Santas Escrituras. Os santos fora do corpo, agora na presença de Deus, embora não tenham alcançado a ressurreição do corpo, são apesar disso chamados “os espíritos dos justos aperfeiçoados”. Eles são livres do corpo da morte, livres do pecado, livres de todas as tribulações e tristezas deste mundo, e estão presentes com o Senhor, e no gozo de seu amor. — Manual of Theology [Manual de Teologia], p. 301. Sprinkle Publications Gano Books, Harrisonburg, VA., 22801, 1982.

A citação mencionada aqui é Hebreus 12:23. E como prova do que Dagg diz dessa “perfeição” sendo usada apenas num sentido subordinado, e não num sentido absoluto, temos apenas de notar a negação anterior de perfeição absoluta naqueles que ainda não alcançaram a ressurreição. Depois de ter enumerado muitos que haviam triunfado pela fé no Senhor, Hebreus 11:39 40 diz de todos eles que eles não haviam ainda sido aperfeiçoados. “E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”.

O aperfeiçoamento, ou consumação, final e absoluto, como muitas vezes a palavra grega quer dizer, dos santos, ocorrerá tudo de uma vez só quando todos os santos de todas as épocas forem glorificados juntos. E fazemos essa declaração com esta exceção: estamos inteiramente cientes de que havia alguns santos do Antigo Testamento que, junto com Cristo, constituíam as primícias da ressurreição (Mateus 27:51 53). Não temos nenhuma explicação para isso, exceto aceitá-la como revelação verdadeira dos fatos. É o negócio de Deus cuidar de tudo o que está envolvido nisso.

Nosso Senhor gracioso revelou “as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou”. (Romanos 9:23) E é o fato de que Ele os preparou antes para a glória, e glória para eles, que a glorificação foi colocada no tempo passado em Romanos 8:30. Mas o crente não pode ser fisicamente glorificado até o julgamento de Cristo, pois é ali e naquela época que o grau de sua glória será decidido, conforme mostra 2 Coríntios 5:9 10.

“Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”. Mas esse julgamento ocorre na volta de Cristo à terra, após a Grande Tribulação, conforme diz Mateus 16:27: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras”. Sua vinda então será com poder e grande glória (Lucas 21:27), e Ele se sentará no trono de sua glória (Mateus 19:28). A glória será a característica principal desse grande evento.

O grau da glória de uma pessoa dependerá da fidelidade de seu serviço, e assim, recompensas entram nesse assunto, e essas recompensas deverão ser distribuídas na vinda de Cristo. Mas considere: tanto as ações boas quanto más praticadas por cristãos têm consequências que não terminam, como as ondulações que uma simples pedra atirada num lago deixam, e não dá para se saber plenamente as consequências totais de um ato por várias gerações. Daí, só no julgamento de Cristo, quando todas as ações humanas forem avaliadas, os homens saberão as consequências totais de qualquer ato determinado, bom ou mau, e assim se saberá devidamente os graus de recompensa.

A ordem divina de tudo isso vem apresentada em 1 Tessalonicenses 4:16 17. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. Aí vemos: (1) A vinda de Cristo do céu com um alarido, e com a voz do arcanjo, e com a trombeta de Deus. (2) A redenção do corpo (Romanos 8:23), pois os corpos dos santos mortos são ressuscitados (Isaías 26:19), então os corpos dos santos vivos são transformados sendo instantaneamente renovados (1 Coríntios 15:51). (3) Esse será nossa ajuntamento juntos com Ele (Salmo 50:3 5; 2 Tessalonicenses 2:1), a bendita esperança de todos os crentes (Tito 2:13). (4) O momento das recompensas será depois disso (Mateus 16:27; Apocalipse 22:12). (5) Esse momento de recompensas incluirá o direito de governar sobre toda a terra como reis e sacerdotes (Salmo 149:5 9; Apocalipse 5:9 10; 11:15 18).

Claramente o tempo da glorificação dos santos será na época da própria entronização de Cristo sobre toda a terra. O que confirma isso é a parábola que Jesus ensinou em Lucas 19:12,15. “Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois… E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando”. Aí está (1) A Volta. (2) A Autoridade para Reinar. (3) As Recompensas. Não dá também para se entender isso como um presente “reinado da igreja” como foi o popular ensino do passado. A. W. Pink bem diz desses versículos:

Aí aprendemos que a volta de Cristo e Sua recepção do “Reino” são inseparavelmente conectados. Não só as Escrituras claramente refutam a afirmação de que Cristo está agora reinando, mas também não dá para se ajustar as condições presentes com essa descrença. Como é absurdo dizer que Cristo está agora reinando sobre a terra quando o mundo descrente inteiro despreza e rejeita Sua autoridade. — The Redeemer’s Return [A Volta do Redentor], p. 108. Calvary Baptist Church Book Store, Ashland, KY., No date.

Na base desse fato, os crente são ensinados na oração modelo a orar “Venha o teu reino” (Mateus 6:10), pois a vinda do Reino de Cristo será a realização das esperanças e desejos de todos os santos também, pois marcará a entrada deles na glória de Cristo em toda a sua plenitude. Mas esse próprio dever de orar isso torna evidente que o Reino ainda não chegou à terra, caso contrário o dever de orar teria sido revogado.

Não sabemos quais profecias ainda restam para se cumprir antes da volta do Senhor, e nossa consequente glorificação. Talvez não haja nenhuma para se cumprir, mas só a soberana vontade de Deus segura esse grande evento porque Seu tempo ainda não chegou. Embora Deus nos tenha chamado já para ter parte nessa glória, porém Ele declarou que isso só ocorrerá depois que tivermos “sofrido um tempo” (1 Pedro 5:10), pois nosso sofrimento aumentará nossa apreciação dessa glória quando aparecer. Aliás, mostra-se que há uma correlação entre nosso sofrimento com Cristo, e nossa glorificação junto com Ele (Romanos 8:17): “…se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”. E 2 Timóteo 2:11 12 diz: “Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; Se sofrermos, também com ele reinaremos…” A disposição de sofrer por amor a Cristo é uma prova da nossa fidelidade e amor a Ele, bem como nos ensina a apreciar a glória quando vir. A. J. Gordon diz:

Essa frase repetida na parábola que segue a das dez virgens — “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” — parece indicar a natureza da herança dos santos. Reinar com Cristo sobre a terra durante o milênio inteiro, o posto deles em Seu reino manifesto será de acordo com a fidelidade deles durante o tempo de Sua ausência. No julgamento das nações que agora segue, eles serão associados com seu Senhor — “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?” (1 Coríntios 6:2) — e em sua proximidade dEle em honra e autoridade consistirá a grandeza de sua recompensa. — Ecce Venit, p. 271. Hodder and Stoughton, London, 1900.

Assim, se torna uma questão de grande importância perguntar a nós mesmos, sobre quanto estamos dispostos a sofrer por amor ao Senhor, à luz de Sua promessa de recompensar a todos os que sofrem por Seu amor. Um ponto importante é, que Ele determinou nos permitir sofrer por um tempo para Sua glória, que é em si um dom de Sua graça, conforme mostra Filipenses 1:29.

“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”. Assim, aqueles que estão indispostos a sofrer por Cristo tentam frustrar a própria razão para a aparente demora de Sua volta para glorificá-los, e os próprios meios do aumento de sua própria glorificação.

Quando ocorrerá a vinda de Cristo, e a glorificação dos santos? Não se fixou nenhum tempo definido, e é tolice tentar marcar datas. O que é importante é estar atento ao cumprimento dos eventos que marcam a aproximação do grande evento, e ter cuidado para que sejamos sempre preparados para não termos vergonha de nos encontrar com Ele em Sua vinda.

Queremos nos livrar da ideia de que há uma data que o Senhor fixou para Sua vinda. Sem dúvida Deus sabe o tempo exato quando ocorrerá. Mas a coisa para marcarmos é que não ocorrerá porque chegou determinada data fixada. Esse é o jeito que ajustamos todos os nossos assuntos humanos, fixando datas, e então fazendo as coisas nessas datas, a menos que comprovem ser impossíveis. Esse não é o jeito aqui. E quanto mais claramente isso for fixado em nossas mentes, melhor entenderemos os planejamentos de Deus. O tempo da Vinda é fixado como o tempo da colheita é fixado, isto é, ocorrerá quando as coisas estiverem maduras. Esse é o princípio que determina o tempo. — S.D. Gordon, Quiet Talks About Our Lord’s Return [Conversas Tranquilas acerca da Volta de Nosso Senhor], p. 177. Fleming H. Revell, New York, 1912.

Em harmonia com isso está a palavra que nosso próprio Senhor falou em Mateus 25:13: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. Temos de estar atentos aos sinais dos tempos (Mateus 24:32 34) e esses sinais nos darão uma ideia geral do tempo da volta de nosso Senhor à terra, e de nossa glorificação com Ele.

IV. A ASSOCIAÇÃO NA GLORIFICAÇÃO.

O texto em Colossenses 3:4 mostra isso nas palavras “então também vós vos manifestareis com ele em glória”. Romanos 8:17 de modo semelhante diz: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”. Essa associação na glorificação se baseia no fato feliz de que o plano e propósito de Deus sempre foi transformar todo crente verdadeiro na semelhança da imagem de Jesus Cristo, conforme mostra Romanos 8:29. “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Isso está ligado ao fato de Jesus “trazendo muitos filhos à glória”, assim santificando-os para que eles sejam todos um com Cristo mediante as ações de Deus (Hebreus 2:10-11).

 

“A ressurreição de Cristo é tanto nosso exemplo quanto nossa prova" (1 Coríntios 15:20; 1 Pedro 1:3). Primeiro, demonstra que a obra é possível para Deus. Segundo, demonstra a suficiência e aceitação da satisfação de Cristo pela culpa de Seu povo: mas a morte física é pois uma parte de nossa penalidade: e só veremos nossa restauração quando formos dotados com os benefícios dessa compra. Terceiro, as Escrituras mostram tal união entre Cristo, O Cabeça e Seus membros; que nossa glorificação deve resultar como a dEle resulta (1 Coríntios 6:15). — R.L. Dabney, Lectures in Systematic Theology [Palestras na Teologia Sistemática], p. 836. Baker Book House, Grand Rapids, 49506, 1985.

Vários termos usados sobre glorificação sugerem ou indicam essa associação com Cristo nesse evento grandioso. A glorificação se chama “a liberdade da glória dos filhos de Deus,” em Romanos 8:21, sugerindo com isso que como Cristo, o preeminente Filho de Deus, é livre de toda fraqueza, e as limitações da carne mortal, assim Seus irmãos também serão. Chama-se “a adoção” em Romanos 8:23, sugerindo nossa posição como filhos adultos de Deus com Jesus Cristo: temos parte em Sua herança com Ele.

Chama-se também “a redenção do nosso corpo”, nesse mesmo texto. Isso não só mostra o que é a adoção na Bíblia — a colocação dos filhos adultos de Deus sobre sua herança — mas também mostra que nossos corpos físicos serão redimidos da mortalidade e transformados na semelhança de Seu corpo glorioso e imortal (Filipenses 3:21). É exaltação com Cristo, pois exatamente como Ele foi altamente exaltado depois de ter se humilhado para fazer a vontade do Pai na encarnação (Filipenses 2:5-¬11), assim todo crente verdadeiro tem de se humilhar de modo que ele possa ser exaltado no devido tempo. Veja 1 Pedro 5:6, onde essa exaltação está certamente vindo “no devido tempo”.

Logo antes dessa declaração, Pedro havia falado de ser participante da glória futura. No versículo 1 ele disse: “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar”. Ele falou disso como certo porque é certo para todos os crentes, pois eles não podem perder sua salvação, e consequentemente não podem deixar de ser glorificados.

O grau da glorificação pode variar por causa de infidelidade, mas não o fato dela. Temos a garantia de que seremos glorificados por causa de Cristo em nós, conforme Colossenses 1:27 declara: “…Cristo em vós, esperança [expectação] da glória”. A ressurreição do corpo, que é a glorificação, é parte integral da salvação, e assim, a glorificação do corpo é absolutamente garantida pela salvação da alma. B. H. Carroll com acerto observa em suas notas sobre Romanos 8:

 

A plenitude da salvação em nós é a regeneração da alma, sua santificação máxima e a ressurreição e glorificação do corpo. Sempre foi impossível satisfazer os anseios de um coração humano com a esperança da salvação da alma apenas. Está impregnado na própria constituição de nosso ser que nós ansiamos a revivificação do corpo… Daí, a ressurreição dos mortos se torna no sistema cristão uma doutrina importante, conforme aprendemos na carta aos Coríntios: que nossa fé é vã, nossa pregação é vã, estamos ainda em nossos pecados, nossos pais pereceram e os apóstolos de Deus são testemunhas falsas, se os mortos não ressuscitam. Isto é a conclusão dessa doutrina da salvação em nós — An Interpretation of the English Bible [Uma Interpretação da Bíblia em Inglês], Volume XIV, p. 169, 170. Broadman Press, Nashville, 1947.

Paulo também foi inspirado a mostrar essa mesma coisa em 2 Timóteo 2:10: “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”. Assim, quer judeu ou gentio, todos os vasos de misericórdia — isto é, todos os que Deus misericordiosamente determinou salvar — Ele também preparou para a glória. Romanos 9:23 24 diz: “Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”

Exatamente como Deus o Pai e Deus o Filho, sendo um, compartilham as coisas que são comuns a cada um, assim também o santo, sendo associado com Cristo, compartilha Sua glória que o Pai deu a Ele. João 17:21 22 revela: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um”. Nossa glorificação então se fundamenta na nossa ligação com Cristo por meio do novo nascimento, e é garantida pelo poder onipotente de Deus. A incredulidade pode perguntar: “Como é que pode ser isso?” (Veja 1 Coríntios 15:35). Mas as Escrituras respondem: “Pelo poder de Deus, que é absoluto”. Filipenses 3:21 diz em termos claros: “Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”. Não há espaço para dúvida nesse assunto se Deus é Deus, e se estamos ligados a Ele por meio da fé salvadora em Seu Filho, Jesus Cristo.

Além do mais, a ligação do crente com Cristo na glorificação se vê em tais textos como 2 Timóteo 2:12; Apocalipse 1:6; 5:10; 2:26 27, e Salmo 149, que falam que os santos reinarão juntamente com Cristo sobre toda a terra no Reino Milenial. A glorificação também envolverá nossa posição como reis e sacerdotes sobre toda a terra. Pois durante o governo milenial de Cristo todo posto do governo civil, e toda posição religiosa, será ocupada por aqueles que não só nasceram de novo, mas também que possuem novos corpos e mentes que são incapazes de erros em julgamento e justiça.

É por isso que será um reino de perfeita paz e justiça (Salmo 85:9 11; Isaías 32:17 18). Então a confiança dos santos em Cristo será sustentada diante do mundo inteiro, e Satanás não mais dará honras e riquezas mundanas aos homens maus para fazer parecer que o mal é proveitoso. Com esse aspecto da glorificação se mostrará que Deus abençoa aqueles que confiam nEle e obedecem a Ele, e que ninguém perde permanentemente ao servir a Deus. E de forma semelhante, que seguir Satanás, embora possa parecer temporariamente proveitoso e agradável nesta presente era má, ainda envolverá a perda das glórias da era vindoura, e depois disso, perda eterna.

Quem pode imaginar a realização bendita dessa promessa? Por dois mil anos os santos têm (mais ou menos) vivido como estrangeiros e peregrinos na terra. Muitos deles têm sido difamados, isolados, perseguidos e martirizados. Eles foram até Cristo “fora do arraial, levando o seu vitupério”. (Hebreus 13:13).

Mas agora eles serão ricamente recompensados. Eles sofreram “com Ele” e agora eles também serão “glorificados juntos”. (Romanos 8:17) E então se manifestará plenamente que “as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8:18) — A. W. Pink, The Redeemer’s Return [A Volta do Redentor], p. 299. Calvary Baptist Church Book Store, Ashland, KY., sem data.

Uma das mentiras sutis de Satanás com que ele desvia muitas almas sinceras, é a mentira de que é um custo elevado demais ser cristão. Instilou-se na mente carnal de milhões que temos de agarrar o que pudermos agora, pois o futuro é incerto. Mas com essa mentira os homens são enganados e levados a perder essa esperança gloriosa que é estendida como absolutamente certa para todos os santos verdadeiros de Deus, e eles trocam uma glória eterna por um brilho berrante da glória falsa e decadente de alguns minutos da terra. Eles acham as mentiras de Satanás mais fáceis de crer do que as promessas de Deus porque eles são descrentes no coração, e eles estão só fazendo o que lhes vêm naturalmente. E as pessoas não compreendem que, já que pertencem a Deus por direito de criação se não por direito de redenção, é um ato de adultério espiritual amar o mundo (1 João 2:15).

O tempo do homem na terra é desgraçadamente curto — até mesmo quando ele vive além de seus ordenados setenta anos (Salmo 90:10) — e assim Satanás convence o homem de que ele tem de agarrar tudo o que pode, enquanto pode. Mas a verdade é, a vida presente é o tempo da prova e preparação para o mundo futuro — um mundo glorioso para todos os que são dignos dele mediante justificação, santificação e glorificação. Mas quem pode mesmo imaginar a glória do mundo futuro, pois não só envolverá glória inconcebível, mas até mesmo crescimento na capacidade de gozá-la e apreciá-la. Numa descrição do céu, A. H. Strong diz:

O céu envolverá libertação da deficiente vida física e tudo o que a envolve, bem como os restos de mal em nossos corações. O descanso, no céu, será de acordo com o serviço, uma atividade sem cansaço, um serviço que é liberdade perfeita. Seremos perfeitos quando entrarmos no céu, no sentido de sermos livres do pecado; mas cresceremos até maior perfeição depois, no sentido de uma existência maior e mais completa. — Sys¬tematic Theology [Teologia Sistemática], p. 1031. Fleming H. Revell, New York, 1954.

Mas tragicamente, muitos falham na prova do que é mais importante para eles, e por meio de egoísmo, que sempre leva ao fracasso, eles perdem o bem máximo. A prova principal que vem aos homens durante esta vida presente é: “O que você fará com Jesus Cristo, o Filho de Deus? Você se arrependerá do pecado contra Deus, e alegremente confiará no Seu Filho para ser seu soberano Senhor e Salvador? Ou você tentará fazer tudo com as próprias forças?” Milhões diariamente confiam em sua própria capacidade, e assim, colocam-se sob a maldição de Deus por causa de sua incapacidade de perfeitamente estarem à altura dos requisitos (Gálatas 3:10), mas essas tentativas são um ato de adoração a si mesmo, que é idolatria, e assim, trazem a maldição de Deus (Jeremias 17:5).

Qual será sua condição eterna, querido leitor? Será glória eterna com Cristo ou vergonha eterna com Satanás e todos os outros rebeldes? Tudo depende de se você está ligado com Cristo por meio da fé em Sua obra redentora.

 

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibigrafia

Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

 

 

12 de dezembro de 2017

Perseverando na Fé



Perseverando na Fé

TEXTO ÁUREO = "A que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono." (Ap 3.21)

VERDADE PRÁTICA = A vida cristã exige perseverança, coragem e determinação. Há uma gloriosa promessa para quem perseverar até o fim.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gl 6.9,10: Perseverando em fazer o bem
Terra - Tg 1.2-4: Quando a perseverança amadurece a nossa caminhada de fé
Quarta - Fp 3.13,14: Mantendo os olhos fixos em Cristo Jesus
Quinta - Mc 13.13: A promessa para quem perseverar até o fim
Sexta – Ap 3.11: Guardando o que tem para ninguém roubar a nossa coroa
Sábado - 2 Ts 2.16,17: Consolando o coração durante a caminhada da fé

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = 2 Timóteo 4.6-8

6 Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.
7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
HINOS SUGERIDOS; 25, 320, 539 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a vida cristã exige perseverança, coragem e determinação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I- Explicar que é preciso perseverar na fé cristã;
II- Mostrar o perigo da apostasia;
III- Compreender que em Cristo estamos seguros.

INTRODUÇÃO

Conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, Continuar a ser ou ficar; manter-se, permanecer, conservar-se, persistir, Conservar a sua força ou ação; continuar, perdurar, subsistir, persistir, Ter ou mostrar perseverança, firmeza; permanecer sem mudar ou sem variar de intento.
A perseverança é uma das mais belas e maravilhosas virtudes encontradas na vida cristã, acredito que a perseverança é uma das características que compõe a base, a estrutura, o alicerce para garantirmos o sucesso, alcançando todas as vitórias almejadas na vida cristã. E, também acredito que o motivo de muitas derrotas, na vida de muitos cristãos é devido à abstinência desta admirável virtude que é a PERSEVERANÇA.

Conceito bíblico de perseverança. A perseverança trabalha na natureza, no temperamento, no comportamento do cristão, tornando-o resistente para vencer os obstáculos, II Pe 1:4.
Logo, o cristão passa ter a mente de Cristo, I Co 2: 16 .A perseverança ajuda o cristão a vencer as provações e tribulações da vida espiritual, Rm 12:12 .A perseverança é sinal de vitória, II Tm 4:7. A perseverança produz vitória !!! O cristão perseverante não pode se separar de Cristo, Gl 5: 4 .
Devemos perseverar porque a Bíblia nos diz em Mateus 24:13 - "Mas aquele que perseverar até o fim, será salvo".

A Palavra de Deus também nos adverte em relação a apostasia, que significa: desviar-se da fé, desistir ... , não podemos parar, não podemos desistir, e sim, devemos seguir olhando para o alvo que é Cristo Jesus, I Tm 4:1-3; Mt 24:4-5. E satanás anda enganando, seduzindo o mundo, portanto não se deixe levar pelas banalidades desta vida, pelas camuflagens do inimigo, pois este mundo está rodeado de falsas aparências, seja um vencedor e tenha discernimento do Espírito de Deus para identificar as ciladas do inimigo, Ap 12:9; I Jo 2:16,17.

Provisão divina e cooperação humana.

Abraão. Ele passou um longo período de tempo aguardando o cumprimento das promessas do Senhor. Acredito que o exemplo de Abraão é mais próximo de nossas atitudes (enquanto ser humano), pois depois de receber a promessa que seria pai de muitas nações (Gn 12:2 e 13.16), tentou “encurtar o caminho” tendo um filho com a serva de Sara, a Agar. Prosseguindo na história, vemos que não era este os planos do Senhor para Abraão (Gn 17.16, 19, 21), acredito inclusive que a passagem em Gn 17.1 é um “puxão de orelha” que o Senhor deu em Abraão.

A promessa do Senhor de fazer a descendência de Abraão prospera e incontável, implicaria em um início de no mínimo um filho, mas havia ali uma enorme dificuldade, uma vez que Sara era estéril (Gn 11.30), mas Deus não se limita as circunstâncias naturais. 

Podemos crer em suas promessas, por mais que pareçam impossíveis como no caso de Abraão. Não precisamos encurtar o caminho! Mas tenho que admitir que é isso é muito mais fácil na “teoria” do que na prática.

A promessa do Senhor de fazer a descendência de Abraão prospera e incontável, implicaria em um início de no mínimo um filho, mas havia ali uma enorme dificuldade, uma vez que Sara era estéril (Gn 11.30), mas Deus não se limita as circunstâncias naturais. Podemos crer em suas promessas, por mais que pareçam impossíveis como no caso de Abraão. Não precisamos encurtar o caminho! Mas tenho que admitir que é isso é muito mais fácil na “teoria” do que na prática.

Outro grande exemplo bíblico de perseverança é José, que após ter revelações em sonhos (Gn 37.5-9), passou por situações adversas, sendo inclusive jogado em uma cova por seus próprios irmãos (Gn 37.24) e depois foi vendido como escravo a mercadores (Gn 37.28). Neste instante, vemos que a situação não estava nada favorável a José. Ele poderia pensar que todos os seus sonhos não passaram de bobagens e ilusões, mas não foi o que aconteceu. Durante todo o momento de adversidade que José estava vivendo, o Senhor era com ele (Gn 39:2, 21), e com perseverança, José alcançou as promessas reveladas por sonho a ele (Gn 42.6).

Provisão divina e cooperação humana. A perseverança dos santos e o pecado. A esta altura é importante salientar que esta perseverança  não significa ausência de lutas na vida cristã e a abolição por completo da responsabilidade pessoal que cada um tem diante de Deus. Temos a convicção que há uma luta ferrenha contra a carne, o mundo e o diabo. A vida cristã é uma batalha diária contra as forças do mal, contra a nossa natureza pecaminosa e contra o mundo que nos rodeia.
Porém, o que esta perseverança nos ensina, é que apesar de todas estas lutas, temos a garantia da vitória. Não por causa das nossas próprias forças, mas porque o Senhor que nos manda ser fiéis até a morte e perseverar até o fim, ele também nos dá os meios para cumpramos os seus mandamentos. Esta doutrina nos auxilia e nos estimula na nossa caminhada cristã, sabendo que podemos lutar dia após dia, que o inimigo não será vitorioso na nossa vida e que se Deus é por nós, quem será contra nós. 

A perseverança revela os crente genuínos. A Bíblia diz em Marcos 13:13 “E sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.”
A perseverança revela fé genuína. A Bíblia diz em Hebreus 3:6 “Mas Cristo é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança.” 

Àqueles que perseveram, Deus promete-lhes victória. A Bíblia diz em Filipenses 3:13-14 “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.”

O PERIGO DA APOSTASIA

Conceituando apostasia. Apostasia significa o abandono e a negação da fé. Ou seja, a negação daquilo que se crê, ou melhor, que se cria anteriormente. De uma forma bem simples, apostasia na Bíblia é a negação do ensino bíblico e o afastamento das pessoas da vontade de Deus. A apostasia acontece quando a pessoa renega sua fé e deixa para trás tudo aquilo que cria, abandonando totalmente a filosofia de vida pautada na Palavra de Deus.

Destaco na Bíblia um exemplo de dois homens que apostataram da sua fé, ou seja, que a abandonaram e a negaram. Vejamos: “Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.” (2 Timóteo 2. 17)

Estes dois homens (Himeneu e Fileto) estavam pregando algo contrário ao que as Sagradas Escrituras (a verdade) ensinavam e foram rapidamente identificados por Paulo como apóstatas. Geralmente o apóstata tem dificuldade de se arrepender e defende a sua “doutrina” com unhas e dentes. Daí a necessidade de serem rapidamente questionados e combatidos. Himineu, Fileto e outros, traziam confusão no seio da igreja, negando a verdade da Palavra de Deus que outrora criam. Isso nos leva a entender que é muito importante que a liderança da igreja de Cristo esteja atenta com relação a pessoas apóstatas, principalmente aquelas que tem o prazer de disseminar heresias e todo tipo de falsa doutrina, questionando elementos fundamentais da palavra de Deus.

A Bíblia também nos mostra que nos últimos tempos haverá um abandono da fé por parte de muitas pessoas. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Timóteo 4. 1). Justamente por não valorizarem a Bíblia, estas pessoas se perderão em ensinos que não vêm de Deus, ensinos de espíritos enganadores e de demônios.    
                                                                                                                                  
Infelizmente estamos vivendo um tempo de grande apostasia no mundo, pois as pessoas têm rejeitado a Palavra de Deus, trocando-a por outros ensinos que têm “aparência” de verdadeiros, mas que as levam para cada vez mais longe de Deus. E o pior de tudo é que muitas igrejas têm sido totalmente apóstatas inventando doutrinas que não existem na Bíblia e transformando-se em igreja de satanás e não de Deus.

A pratica da apostasia. Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, exigem abstinência de alimentos, que Deus criou para serem recebidos, com ação de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido, com ação de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração é santificado." 1 Timóteo 4.1-5

Sabemos  que NÓS SOMOS A IGREJA, NÓS SOMOS HABITAÇÃO DE DEUS VIVO! Isso implica numa vida de santidade não apenas quando estamos aqui no templo, mas em toda a nossa existência, já que somos templos do Espírito Santo. 

E quanto A FUNÇÃO DA IGREJA, aprendemos que nosso papel como igreja é DEFENDER E PROMOVER a verdade que o evangelho ensina. Devemos defender pregar a mensagem da cruz sem distorções ou tentativas de amenizar.

Mas, infelizmente nem sempre isso acontece. Nem sempre a igreja promove e defende a verdade que foi confiada a ela. E quando alguns procedem assim, chamamos isso de APOSTASIA.
Apostasia é o ABANDONO DA FÉ. É quando alguém renuncia a verdade bíblica e parte para outras doutrinas. 

É disso que Paulo vai tratar agora. De pessoas que, mesmo dentro das igrejas, estão levando muitos ao engano.

 SEGUROS EM CRISTO

Cristo garante a salvação. Jesus demonstrou que quem ouve a sua palavra e crê em Deus, tem a vida eterna, ou seja, não entrará na condenação, pois passou da morte para a vida ( Jo 5:24 ).
A condição do pecador é morte, o mesmo que escravo do pecado, destituído da glória de Deus, filho da desobediência, filho da ira, etc. Quem crê deixa a condição de morto e passa a condição de vida. Quem crê em Cristo não é condenado, mas quem não crê já está condenado, pois permanece sob a condenação imputada a Adão e todos os seus descendentes ( Jo 3:18 ).

A condenação e a ira de Deus veio sobre todos os homens por causa da ofensa de Adão. Através da ofensa de Adão todos pecaram e morreram, ou seja, foram separados d’Aquele que é a vida. Qualquer que crê em Cristo possui vida eterna e não mais será alvo da ira de Deus ( Jo 3:36 ).
A todos que ouvirem a mensagem do evangelho e confessar a Cristo, o sumo sacerdote da nossa confissão, crendo que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para a glória de Deus Pai, serão salvos ( Rm 10:9 -10 ).

Serão salvos de que? Da atual condição financeira? Da família problemática? Dos problemas socioeconômicos? Etc. Não! Jesus alertou que os que n’Ele crê serão salvos da condenação estabelecida em Adão, porém, não seriam tirados do mundo e continuariam tendo aflições ( Jo 16:33 ). Qualquer que crer em um pseudo-evangelho que anuncia que Deus mudará a condição social do homem, ou que haverá uma mudança financeira radical daquele que segue a Cristo, não será salvo, nem da ira vindoura, nem das questões relativo a este mundo, pois o evangelho de Deus é segundo as escrituras e não se constitui programa social.

A Bíblia é clara: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” ( Rm 10:13 ), porém, a promessa de Deus diz da esperança futura, e não das coisas deste mundo.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna, ou seja, o evangelho não veio promover riquezas deste mundo ( Jo 3:16 ). Por que é necessário ao homem crer em Cristo? Para justificação de todo que crê ( Rm 10:4 ).
Qual a preocupação do carcereiro que guardava Paulo e Silas? Aumento de salário? Mudança na sua posição social? Comandar uma empresa? Ser um magistrado? Não! A pergunta dele é clara: “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” ( At 16:30 ).

A alegria da salvação. "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor." (Salmos 122:1).  A Bíblia fala muito sobre alegria. Infelizmente nós vivemos em um mundo onde há muita tristeza, tragédias e preocupações. Se você olhar para os lados, você vai ver faces longas e tristes, corações pesados, más notícias. Os jornais flama de tragédias, calamidades, desemprego e acidentes terríveis. As circunstâncias querem nos esmagar e nos abater.

Houve um momento em que Davi havia perdido a alegria de viver, estava sendo consumido  pelo remorso e pela culpa e a sua oração foi apenas uma, dizendo assim: “Restitui-me a alegria  da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário” (Sl 51.12). Restitui-me a alegria, o  prazer, o gozo da salvação.

É possível perceber quando um casamento está doente pelo fato de um dos cônjuges se  entristecer no momento de voltar para a casa. Isso pode ser um dos motivos de os bares  estarem quase sempre muito cheios. Algumas pessoas que ainda não tiveram um encontro com  Cristo, em vez de irem para a casa ao final de um dia de trabalho, preferem ir para os bares, e  permanecem lá até um horário em que não mais encontrarão com aquele(a) que as aborrecem,  pois certamente já estará dormindo. Tudo isso porque a casa deixou de ser prazerosa, e  escolhem ficar ao lado dos colegas do que com a família. E por quê? Porque a alegria na família  terminou para elas.

Se perdemos a alegria, ir aos cultos passa a ser enfadonho, entregar os dízimos se torna algo terrível, mas quando o nosso coração passa a viver o contentamento da salvação, a alegria extravasa não somente em palavras, mas por meio dos atos. Em toda a nossa vida haverá um brilho no olhar, e só de ouvirmos o nome “Jesus”, a adoração será intensa e a leitura da Bíblia um prazer.

Como viver a alegria da salvação? É preciso perseverança. Perseverança é a nossa condição de estarmos seguros em Cristo Jesus até que Ele volte, ou até que tenhamos o privilégio de irmos ao encontro dele. É sempre, todos os dias, e não apenas aos domingos.

Deus é perseverante, é constante. Ele não mudará jamais as Suas promessas, e sim cumpre cada uma delas, está escrito que “nem uma promessa falhou de todas as suas boas promessas” (1Rs 8.56).
Muitas vezes achamos que as promessas do Senhor estão demorando a serem cumpridas, mas Deus não retarda as Suas promessas, ainda que o tempo dele seja diferente do nosso. Não adianta você querer ser avô hoje se seu filho tem apenas oito anos de idade, ou seja, há um tempo de maturação. Todas as promessas do Senhor têm o sim e o amém, mas existe também o tempo do Senhor.
Tome posse desta declaração para a sua vida, para a sua família: “Porque eu, o SENHOR, falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá e não será retardada” (Ez 12.25). “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5.18).

Deus nos guarda em meio à tribulação. Todos nós estamos sujeitos a passarmos por tribulação, por um tempo de provas. E muitas vezes diante da prova muitos têm tendência a desanimar. É muito fácil perseverar num tempo cheio de abundância, mas o desafio é perseverar também no tempo de tribulação.

Deus cumpre o que promete. Mas a confiança não deve estar na nossa capacidade de fazer obras que nos mantém salvos, mas a nossa perseverança na capacidade de vivermos com Jesus. É confiarmos que Deus não nos enganará de maneira alguma, pois não Ele não é como os seres humanos.
Do início ao fim do livro de Jó parece que há somente provas e tribulações. Quando olhamos para a vida dele, vemos que perseverou até o final, e tudo que perdeu foi restituído em dobro, até mesmo a quantidade de filhos (Jó 42.10-17).

“No momento que abrimos o nosso coração e proclamamos Jesus como Senhor e Salvador, Ele entra na nossa vida e recebemos salvação. Viva essa realidade!

CONCLUSÃO

Arte da perseverança está renúncia, na busca constante da consagração e comunhão com o Senhor nosso Deus. É preciso abrir mão de muitos desejos pessoais, é preciso sacrificar as suas intenções naturais, para seguir no perfeito caminho da vontade de nosso Senhor Jesus Cristo.
Observamos que a igreja verdadeira é a coluna e baluarte da verdade do evangelho                                ( ALGUMAS TEM DEIXADO O EVANGELHO E SE TORNANDO FONTE DE SECA ENGANANDO OS SEUS FIEIS),  porque nem sempre a mesma promove e defende a verdade que foi confiada),  a ela. É quando acontece a APOSTASIA, o ABANDONO DA FÉ.


1. Experimente hoje a alegria da salvação.

a) Se você está se sentindo como a menina cativa, escrava em um mundo estranho, rodeada de pessoas impuras numa sociedade secularizada, brilhe! Testemunhe de Jesus!

b) Conte que há um poder que está acima de todo poder, conte que há um poder restaura e traz alegria.

2. Experimente hoje a alegria de ser salvo e restaurado por Jesus.

a) Se você se sente massacrado pelo pecado, se você se sente humilhado e vencido pelos vícios, por problemas, incertezas, lembre-se de Jesus, a Água da Vida que cura a restaura.

3. Experimente hoje a alegria da salvação.

a) Se você está na igreja mas ainda não é uma testemunha do poder de Jesus, se você ainda não se entregou ao serviço do Mestre, hoje é o dia! Esta é a hora de mudar! Deus está chamando!

b) Deus está chamando para ser um instrumento de Salvação. É hora de sentir a maior alegria... a alegria da salvação!

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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