3 de janeiro de 2018

A CARTA AOS HEBREUS E A EXCELÊNCIA DE CRISTO


A CARTA AOS HEBREUS E A EXCELÊNCIA DE CRISTO

 

                                                       Pr. JOSÉ COSTA JUNIOR

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

A Epístola aos Hebreus não é igual a nenhum outro livro do Novo Testamento. Ela começa como um tratado, continua como um sermão e conclui como uma carta. Conclui como uma carta, mas não começa como tal, pois não tem a saudação costumeira e não dá nem o nome do escritor nem o nome da comunidade à qual foi enviada. Contudo, por toda parte, o livro está claramente escrito para um grupo particular de leitores. Está escrito no melhor grego literário encontrado no Novo Testamento. O vocabulário é copioso e o estilo mostra traços de esforço e cuidado. A linguagem, ordem, ritmo, sintaxe, todos contribuem para o efeito total. O autor jamais é impetuoso; ele não é levado a se desviar por seus pensamentos. A beleza da carta pode mais facilmente ser apreciada que os detalhes do argumento, que demandam uma familiaridade não somente com o Velho Testamento, mas também certos tipos de interpretação do Velho Testa­mento vigentes no primeiro século.

 

Contudo, o leitor moderno sente que o autor de Hebreus o está dirigindo aos problemas com que o cristão se confronta hoje. Os primeiros leitores foram confrontados com fatos angustiantes. Particularmente na qualidade de quem anteriormente haviam sido zelosos aderentes do judaísmo. Parece muito provável que os primeiros leitores da epístola tinham ficado pessoalmente desapontados com o Cristianismo porque, por um lado, ele não lhes tinha proporcionado qualquer reino visível terreno e, por outro lado, o Cristianismo havia sido decisivamente rejeitado pela grande maioria dos seus irmãos de raça, os judeus. Além disso o contínuo apego ao Evangelho parecia apenas envolvê-los na participação das repreensões injuriosas de um Messias sofredor e crucificado, e no ter de enfrentar a possibilidade de violenta perseguição anticristã. É bem possível, portanto que se sentissem seriamente tentados a renegar a Jesus como o Messias e tornar a abraçar os bens visíveis e preferíveis, que o judaísmo parecia continuar a oferecer-lhes.

 

Que era o judaísmo que assim os atraía, em detrimento do Cristianismo, parece confirmado pelo modo óbvio com que o escritor resolve, desde o início da epístola, demonstrar a superioridade do novo pacto sobre o antigo, exibindo particularmente a proeminente excelência de Jesus, o Filho de Deus, em comparação com os profetas e os anjos, os líderes e os sumos sacerdotes que operavam na antiga dispensação. Portanto, o escritor mostra que se a antiga ordem era imperfeita e provisória, o Cristianismo trouxe perfeição (7.19), e perfeição que é eterna (5.9; 9.12,15; 13.20). Tanto o autor como seus leitores originais aparentemente eram judeus helenistas que tinham alguma familiaridade com o pensamento filosófico dos gregos, e parece que o autor lança mão de ideias baseadas em tais origens ao declarar que a antiga ordem continha meramente "figura do verdadeiro" (9.24) ou então apenas a "sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas" (10.1).

 

O leitor moderno também vive numa época de sublevação social, religiosa e cultural. As dificuldades pressionam de todos os lados, à medida que o cristão encara problemas desconcertantes, de proporções gigantescas. Onde está o Cristo em tudo isto? Este livro fala ao cristão de hoje, bem como ao cristão daqueles dias, urgindo-o a encontrar a solução para o problema básico, numa visão mais plena da pessoa e da obra de Jesus, o Cristo. O escritor diz que a religião, ou a verdadeira adoração, não é presa a coisas externas; ela é derivada de uma fé na supremacia de Cristo em todas as coisas: a palavra perfeita de Deus ao homem e o representante perfeito do homem perante Deus. Este livro lembra ao crente que não é parte de sua chamada ser complacente, procurar uma facilitação nas dificuldades, voltando às antigas formas de vida, ou mesmo ser desencorajado pela natureza complexa dos assuntos mundiais, conforme eles o afetam pessoalmente. O crente deve pôr-se, em primeiro lugar, continuamente no propósito de Deus, ao longo do caminho já marcado por Jesus Cristo, o autor e aperfeiçoador da fé do crente (12:2).

 

Há alguns problemas críticos em Hebreus, contudo, para os quais não há soluções fáceis. Faltando uma saudação, dois problemas estão imedia­tamente evidentes: Quem escreveu este livro e a quem foi dirigido? Problemas concomitantes são os do propósito, ocasião, data e local. Há muita discussão sobre cada um desses pontos pelos eruditos bíblicos modernos, com muito pouco acordo sobre qualquer um. Mas, para que este livro possa falar à nossa própria situação, é necessário determinar-se algo do cenário original em que a epístola foi produzida e o que ela significou para seus primeiros leitores.

 

            O objetivo deste estudo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão sobre a carta aos Hebreus e a excelência de Cristo. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

 

 

I.                   AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO

 

Na própria epístola não encontramos indicação explícita sobre seu escritor. Os escritores cristãos primitivos também não nos provem qualquer testemunho unânime ou convincente. Tertuliano afirma que Barnabé foi quem a escreveu. Mas a tal afirmação falta confirmação; ainda que reste algo a dizer a favor do mesmo. O homem a quem foi dado o nome cristão que significa "filho da exortação" (At 4.36), bem poderia ter sido o responsável por esta "presente palavra de exortação" (13.22). Sendo levita, certamente ele se interessava mais que ordinariamente nos rituais sacrificais; sendo judeu de Chipre, mui possivelmente ele tivera íntimo contato com os ensinos helenistas e filosóficos do judaísmo de Alexandria, com os quais tanto o escritor como os seus leitores parecem ter tido alguma familiaridade; na qualidade de alguém que se converteu imediatamente após Pentecoste (o que talvez seja referido em 2.3-4) indubitavelmente ele foi influenciado pelo ensino de Estêvão, uma influência que parece persistir nesta epístola.

 

Em Alexandria, onde a epístola foi aceita por seus próprios méritos, há evidência de uma tendência crescente, no terceiro século de nossa era, de ligá-la ao apóstolo Paulo, ainda que bastante indiretamente. Clemente sugeriu que Paulo escreveu-a em hebraico e que Lucas a traduziu para o grego. Orígenes se inclinava a pensar que os pensamentos originais fossem do apóstolo, ainda que não a forma escrita e a linguagem finais. Tal conexão dessa epístola ao nome de Paulo muito contribuiu para que lhe conferissem autoridade apostólica, na falta do que muitos hesitaram em aceitá-la como canônica. Por consequência, muitas cópias manuscritas vieram a ser intituladas "A Epístola de Paulo aos Hebreus". Entretanto, essa atribuição da epístola ao apóstolo, não é aceita pela maioria dos eruditos contemporâneos. A própria evidência interna da epístola, como sua linguagem, estilo e conteúdo, é considerada como prova conclusiva contra essa suposição (por exemplo, contrastar Hb 2.3 com Gl 1.12; Gl 2.6).

 

Outras sugestões são inteiramente especulativas. Incluem os nomes de Apolo, Silas, Áquila (ou Prisca e Áquila) e Filipe, o evangelista. Dentre essas, a sugestão de Lutero-Apolo-é talvez a mais acertada. Pelo que sabemos de Apolo (ver At 18.24-28), ele é exatamente o tipo de homem que poderia ter escrito tal epístola. Porém, não existe qualquer outra evidência para comprovar que ele tenha sido seu autor. Quando um escritor humano das Escrituras foi providencialmente levado a ocultar sua identidade, não há necessidade de tentar descobri-la, havendo pouco ou nenhuma esperança de sucesso nessa tentativa. É mais sábio que nos contentemos em não sabê-lo.

 

            Juntamente com o problema da autoria, a Epístola aos Hebreus apresenta um problema quanto a seus primeiros leitores. A quem escreveu o autor? Assim como a falta de uma introdução impede a atribuição do nome do autor, igualmente a destinação não é apresentada. Se este livro é verdadeiramente uma carta, isto seria razão suficiente para se crer que o título não é original. Supõe-se que o título foi acrescentado, para se distinguir este livro de outros que foram aceitos, lidos e discutidos pelas igrejas primitivas. O título expressa, contudo, a crença dos escrito­res patrísticos de que o livro foi escrito àqueles que, por nascimento, eram judeus. Também não há evidência de que a carta tenha tido um título diferente. Embora Clemente de Roma e Hermas (também de Roma) não tenham citado a carta em seus escritos, o título é antigo. Panteno e Clemente de Alexandria conheciam este título na última metade do segundo século, e o manuscrito Papiro II, de Chester Beatly, do final do segundo século, tem o título pr/oj  0ebra/iouj "A Hebreus"). Tertuliano (por volta de 200) conheceu o título correspondente em latim, Ad Hebraeos. Foi sugerido que talvez o título tenha vindo a ser usado por analogia com os títulos da Epístola aos Romanos e a Epístola aos Gálatas. A falácia disto é imediatamente aparente quando se observa que os versículos introdutórios dessas duas cartas expressam uma igreja, ou igrejas, num contexto geográfico (Rm. 1:7; Gl. 1:2). A falta dos versículos introdutórios, nos manuscritos existentes, obstaria esta analo­gia. Além do mais, é improvável que uma carta fosse enviada com uma saudação contendo somente "Aos hebreus". É muito mais provável que o título tenha surgido da impressão recebida, ao se ler a carta, e sido uma tentativa de se determinar pelo conteúdo o caráter de seus primeiros leitores. Portanto, o título representa a impressão de que a carta foi originalmente escrita a um grupo de cristãos judeus, num lugar específico geograficamente.

É pressuposto, pelo escritor, que seus leitores estão muito familiarizados com o sacerdócio aarônico e levítico, tendo um interesse ativo nele, bem como estando totalmente familiari­zados com o Velho Testamento, o aceitando como autoridade e como sendo sagrado. Além disso, sente-se que o escritor estava dirigindo suas palavras a um grupo particular, a quem conhecia pessoalmente (6:9,10; 10:34; 13:7,19).

 

Era uma igreja, ou um grupo dentro de uma igreja, que estivera em existência por algum tempo (5:12; 13:7), mas não havia visto ou ouvido Jesus em pessoa (2:3,4). Era um grupo que já havia sofrido perseguição (10:32-34), mas não havia ainda experimentado o martírio (12:4). Tinha uma história de liberalidade e generosidade em cuidar daqueles que sofreram mais, em tempos de perseguição (6:10; 10:34). Havia tido alguns grandes líderes e mestres no passado (13:7), mas não havia progredido na fé cristã (2:1-4; 3:12-19; 6:4-6; 10:25-29; 12:14-16). Parece que estava começando a separar-se de outros cristãos na comuni­dade (10:25).

 

Mas, onde vivia esse grupo? Tradicionalmente, supunha-se que a carta foi primeiramente enviada a Jerusalém, pois lá o sacerdócio aarônico (levítico) servia no ritual do templo. O principal obstáculo a esta suposição é que a carta tem muito a dizer acerca do tabernáculo móvel, mas não do templo. Também teria havido alguns em Jerusalém que teriam ouvido e visto Jesus (contrariamente a Hb 2:3). O uso familiar da Septuaginta, em contrário ao Velho Testamento em hebraico, é outro argumento contra Jerusalém como a destinação desta carta. Também estes leitores não haviam "resistido até o sangue" (12:4), ao passo que os cristãos judeus em Jerusalém haviam sofrido martírio cedo ('At. 7:58-8:3), e, através da era apostólica, a igreja em Jerusalém fora mais uma receptora que doadora de auxílio (6:10; cf. At. 11:29; Rom. 15:26; etc).

 

De alguma maneira, a Epístola aos Hebreus está ligada com Roma. A expressão contida em 13:24 ("Os de Itália vos saúdam") é melhor entendida como aqueles que vieram da Itália e agora, na presença do autor da carta, estavam enviando saudações de volta a seus amigos na Itália. Esta é a maneira normal de se interpretar a frase. Contudo, ela poderia significar "os que estão na Itália", onde está também o escritor, mas isto força o sentido. Apoiando uma destinação romana, estão as alusões literárias mais antigas a esta carta, que vem de Roma.

 

Embora nem Clemente nem Hermas (ambos de Roma) mencionem a carta por nome, existem paralelos significativos, no vocabulário, para se concluir que ambos conheceram esta carta. De recursos extra bíblicos, o que se sabe acerca da igreja romana, desde seu princípio, mostra que ela era caracterizada por sua liberalidade e generosidade. Ela também tinha sofrido perseguição e perda de possessões (10:32), mas não perda de vidas (12:4), o que poderia ter ocorrido durante a época em que Cláudio expulsou os judeus de Roma (49 d.C). Na Epístola de Paulo aos Romanos (Rm. 14), a igreja em Roma parece ser escrupulosa em relação à comida, o que também é visto em Hebreus (13:9). Além disso, é sugerido, em Romanos 11:13,18, que a igreja em Roma tinha uma base cristã-judaica.

 

Embora estas considerações não sejam conclusivas, elas parecem encaixar-se melhor na situação que outras sugestões. Da informação contida na carta, parece que as pessoas endereçadas eram cristãos judeus que viviam fora da Palestina, na tradição do judaísmo não-conformista. Além disso, a carta está, de algum modo, relacionada com a Itália (13:24), que provavelmente significa Roma. Certeza além deste ponto é impossível, pelos materiais que temos à nossa disposição. Assim como a autoria permanece sendo um enigma, também a identidade da destina­ção desta carta.

 

Há, provavelmente, tanto debate acerca do propósito de Hebreus quanto há acerca de sua autoria e destinação. A

 

identificação do autor e dos primeiros leitores são de menos importância que determinar a razão para a escrita. A carta foi escrita de tal maneira que sua própria interpretação está determinada por seu propósito. O autor descreve sua mensagem como uma "palavra de exortação" (13:22), e isto deve indicar algo de seu propósito. Além disso, a palavra "exortar" (como verbo, substantivo e adjetivo) é usada seis vezes, através da epístola, e o verbo "advertir" aparece três vezes. Deve-se concluir que o assunto era de importância prática vital. Mas, qual era o assunto? O que foram os leitores exortados a fazerem ou não fazerem?

 

          É uma admoestação para que os cristãos judeus façam um completo rompimento com as velhas formas do judaísmo e para que entrem na maturidade da "vida abundante", que só pode ocorrer em Jesus Cristo e através dele (João 10:10). Era a tendência, na igreja primitiva, ficar o cristão perto demais dos elementos judaicos do grupo primitivo. Aqui está uma admoestação para ele afastar-se dos elementos do ritual judaico; uma exortação para encontrar a maturidade não no ritualismo do velho concerto, mas na nova religião do Espírito e da liberdade (João 3:1-15). O cristianismo não deve ser desenvolvido dentro do judaísmo (Luc. 5:36-39). O autor estava escrevendo àqueles que haviam-se tornado cristãos, mas ainda estavam-se prendendo ao ritualismo do judaísmo, o ritualismo que jamais poderia efetuar um resultado permanente (7:19; 10:1). Continuar com o ritualismo seria equivalente ao fracasso de seus pais em entrarem na Terra Prometida; demonstra uma falta de fé completa na obra de Jesus Cristo.

 

É por esta razão que o autor desenvolveu seu argumento como fez. Tudo de bom no judaísmo não era mais que uma sombra do que é real em Jesus Cristo (9:23-10:18 - 12:14-17). Jesus é superior, em todos os aspectos, àquilo sobre o que o judaísmo foi construído: as revelações através dos pais e dos anjos (1:1-2:18), Moisés (3:1-4:13), Arão (4:14-7:28), o sistema sacrificial (8:1-10:18). O autor não condena estes elementos como sendo maus, nem fala acerca deles de maneira depreciadora; mostra, sim, que eles foram substituídos. Eles foram úteis, mas agora serviram para sua finalidade e devem ser abandonados, desde que Jesus veio (1:2; 3:3; 8:12; 10:14). Há cinco passagens admonitórias, cada uma sendo uma exortação ou advertência contra o deixar de crescer na maturidade cristã (2:1-4; 3:7-19; 6:4-8; 10:26-39; 12:14-17). A urgência e necessidade do cresci­mento espiritual (6:1-20) são confirmadas por aqueles que, na história de Israel, se apressaram em completa fé na promessa de Deus de uma vida espiritual mais rica (10:36-11:40), sendo o próprio Jesus o exemplo supremo (12:2).

Mas qual é a mensagem de Hebreus para o cristão moderno? É sempre a tendência de o novo crente ficar perto demais dos elementos de sua vida anterior, de trazer alguns desses elementos para dentro de sua nova vida. Algumas das coisas velhas são bem obviamente erradas e devem ser abandonadas desde o início. Há outras coisas, contudo, que não são más em si, e é difícil determinar-se quais são realmente prejudiciais e quais não são. Hebreus assenta os princípios básicos para a maturidade cristã. Esta epístola foi escrita a cristãos que estavam num estado de crescimento impedido (5:11-6:3); ainda eram crianças espirituais. Precisavam crescer tão naturalmente na vida espiritual como as crianças normais o fazem na vida física. Há um perigo em permanecer-se sempre uma criança (6:4-20). Mas, esse crescimento deve ocorrer em Jesus Cristo; tudo o que se precisa para o crescimento encontra-se no Senhor e Salvador Jesus Cristo. O crescimento só pode ocorrer à medida que os olhos da pessoa estejam centralizados em Jesus (Hb. 12:2) e a vida seja rendida completamente a ele, em fé. Ele é nosso tudo em todos, o eterno (13:8). Ele é capaz de aperfeiçoar em nós tudo o que é necessário para nosso crescimento até a maturidade espiritual (4:14-16).

 
II.                CRISTO A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS


O primeiro capítulo da epístola Aos Hebreus trata de assuntos primordiais à nossa vida de fé. O autor estava imbuído da responsabilidade de mostrar que a revelação em Cristo ultrapassa e é superior a todos os outros mediadores entre Deus e os homens, a saber: profetas e anjos. Para demonstrar essa realidade, utiliza-se da Palavra de Deus como única fonte. Assim, podemos dizer que o conceito pode ser desenvolvido por meio de algumas perguntas simples: como Deus falou? Quando falou? Por intermédio de quem falou? A quem falou? O que falou? E para que falou?

 

            O Cristianismo é uma religião de revelação. Deus fala às pessoas e por intermédio das pessoas. O Velho Testamento nos dá conta de que Ele falou por teofanias, visões, oráculos e sinais, por meio de voz suave, pela chorosa compaixão de Jeremias, por denúncias feitas por Amós ao som de trombeta, usando a fome, seca e pestilência, também a colheita abundante, a libertação do exílio, a lei, juízes, poetas e profetas.

 

            Apesar disso, o autor informa aos hebreus que, nos últimos dias, Deus falou por meio de um que com ele tem relacionamento de filho e, consequentemente, completa autoridade. É bom que o ouvinte compreenda que a expressão nestes últimos dias era comum aos hebreus e possuía sentido messiânico. Assim, quando Deus falou teria como resposta os dias recentes, nos últimos dias, cumprindo a expectativa da chegada do Messias.

 

            O profeta Amós havia apregoado a justiça; Isaías, a santidade; Oséias, o amor perdoador. Nestes últimos dias, Deus mandou seu mais autorizado porta-voz, Cristo.  Vemos que o entendimento do Velho Testamento que o autor exibe aponta para uma continuidade na revelação. As formas utilizadas pelo Antigo Testamento não sofrem solução de continuidade, pelo contrário, são aperfeiçoadas com a revelação final em Jesus Cristo.

Cristo, declara-nos o autor, é o cumprimento das promessas de Deus.

 

Deparamo-nos com alguns pensamentos que podem nos ajudar a compreender com mais facilidade por que dizemos que a fé cristã é melhor, é superior. Com o auxílio da chamada Bíblia Shedd, Edições Vida Nova, podemos elencar sete declarações que revelam a majestade e poder de Cristo, mencionadas pelo autor da epístola e ratificadas por outras referências bíblicas:

 

1.      Cristo é o herdeiro de todas as coisas: Efésios 1:20-23;

2.      Ele é o Agente da Criação: João 1:3;

3.       Ele é o brilho que irradia o Deus que é Luz: I João 1:5;

4.      Ele manifesta a verdadeira natureza de Deus: II Coríntios 4:4; Colossenses 1:5;

 

5.      Sua palavra poderosa sustenta o Universo: Colossenses 1:17;

6.      Ele é o sacerdote que se oferece a si mesmo como sacrifício para purificar os pecados: João 1:29, e

7.      Ele ocupa o trono soberano, à direita de Deus: Salmos 110:1 e Efésios 4:10.

           

Porque oportuno, detenhamo-nos na leitura dos quatro primeiros versículos, que tornarão o que acabamos de destacar ainda mais significativo: “havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”.

           

Importante destacar que Hebreus nos aponta Cristo como o Logos de Deus, a sabedoria de Deus e o agente de Deus na criação. Os estudiosos do assunto costumam chamar a nossa atenção para duas correntes de pensamento que tinham destaque naqueles dias com relação à interpretação do relacionamento entre Jesus e Deus.

 

            A primeira é conhecida como adopcionista e diz que Jesus se tornara, na História, o Filho de Deus por nomeação do Pai e a outra afirma que Jesus era o Filho preexistente, estava com Deus no princípio. Sabedores disso, compreendemos melhor a razão do autor destacar com tanta certeza que Jesus era o herdeiro de todas as coisas, criador do Universo, resplendor da glória de Deus e sustentador do Universo pelo seu poder. Além de criar ele sustenta, não abandona a coisa criada à sua própria sorte.

 

Em Seu ser eterno Ele é Deidade genuína e absoluta, o resplendor ou brilho visível da glória de Deus, sendo Ele mesmo a expressão exata da deidade (gr. charakter tes hupostaseos, "reprodução da substância"), o Filho eterno do Pai, "vero Deus do Deus verdadeiro". No planejamento divino do universo, Cristo é o autor, sustentador e fim. Tudo foi criado por Ele. Ele sustenta a criação inteira. Ele é o seu herdeiro. Note-se que o fim é visto desde o início; a divina nomeação do Filho como herdeiro do universo precede a criação do universo.

 

Em relação aos homens, Cristo é o Profeta, o Sacerdote e o Rei dos homens. Em Cristo Deus proferiu Sua final palavra de revelação; e assim Ele traz Deus aos homens (cfr. Jo 1.14-18). Em Sua própria Pessoa Ele expurgou nossos pecados e consumou a obra de reconciliação; e assim Ele apresenta os homens a Deus. Agora Ele está entronizado à mão direita de Deus. Na qualidade de exaltado Deus-Homem, Ele obteve, por virtude de herança, uma posição muito acima de todos os outros (cfr. Ef 1.20-21; Fp 2.9-11).

 

III.             CRISTO SUPERIOR AOS ANJOS

Muitos judeus tinham um respeito supersticioso ou idólatra pelos anjos, porque tinham recebido a lei e outras notícias da vontade divina por sua ministração. Os consideravam como mediadores entre Deus e os homens, e alguns chegaram tão longe como para dar-lhes uma espécie de homenagem religiosa ou adoração. De modo que era necessário não só que o apóstolo insistisse em que Cristo é o Criador de todas as coisas e, portanto, criador dos próprios anjos, senão em que era o Messias em natureza humana ressuscitado e exaltado, a quem estão sujeitos os anjos, as autoridades e as potestades.

Para provar isto cita várias passagens do Antigo Testamento. Comparando o que Deus diz ali dos anjos com o que diz a Cristo, manifesta-se claramente a infinidade dos anjos a respeito de Cristo. aqui está o ofício dos anjos: são os ministros ou servos de Deus para fazerem sua vontade, porém, que coisas grandiosas diz o Pai de Cristo! Reconheçamo-lo e honremo-lo como Deus, pois se não tivesse sido Deus, nunca teria feito a obra de mediador e nunca teria levado a coroa do Mediador. Declara-se como Cristo foi apto para o ofício de Mediador e como foi confirmado nele: leva o nome de Messias por ser o Ungido. Somente como Homem tem seus semelhantes, e como ungido com o Espírito Santo; mas está por acima de todos os profetas, sacerdotes e reis que jamais tenham sido utilizados no serviço de Deus na terra.

Cita-se outra passagem da Escritura, o Salmo 102.25-27, no qual se declara o poder onipotente do Senhor Jesus Cristo, tanto ao criar o mundo como ao mudá-lo. Cristo envolverá este mundo como se for uma vestidura, para que não se abuse mais dele, nem seja usado como o tem sido. Assim como o soberano, quando as roupagens de seu estado lhe são tiradas para serem dobradas e guardadas, continua sendo o soberano, do mesmo modo nosso Senhor continuará sendo o Senhor quando tiver deixado a terra e os céus, como uma vestimenta. Então, não coloquemos nossos corações no que não é o que acreditamos que seja, e não será o que é agora. O pecado tem feito uma grande mudança no mundo, para pior, e Cristo fará uma grande mudança para melhor. Que estes pensamentos nos alertem, diligentes e desejosos do mundo melhor.

O Salvador tem realizado muito para fazer que todos os homens sejam seus amigos, porém tem inimigos, embora serão colocados por estrado embaixo de seus pés, pela submissão humilde ou pela destruição extrema. Cristo continuará vencendo. Os anjos mais excelsos não são senão espíritos ministradores, somente servos de Cristo para executarem seus mandamentos.

Os santos são herdeiros no presente, que ainda não entraram na plena possessão. Os anjos os ministram opondo-se à maldade e consolando suas almas, submetidos a Cristo e ao Espírito Santo. Os anjos reunirão a todos os santos no último dia, quando sejam lançados da presença de Cristo à miséria eterna todos os que depositaram seu coração e suas esperanças nos tesouros perecíveis e nas glórias passageiras.

 

CONCLUSÃO

 

Na confecção deste pequeno estudo, buscamos consultar literatura que mais se aproxima com o pensamento de nossa denominação, tentando não perder a coerência teológica. Evitamos expressar conceitos e opiniões pessoais sem o devido embasamento na Palavra, pois a finalidade é agregar conhecimentos, enriquecer a aula da escola dominical e proporcionar ao professor domínio sobre a matéria em tela. Caso alcance tais finalidades, agradeço ao meu DEUS por esta grandiosa oportunidade.

 

 

 

 

                                                       Pr. JOSÉ COSTA JUNIOR

 

31 de dezembro de 2017

Adoração a Deus - ANO NOVO


Adoração a Deus

INTRODUÇÃO:

1. Estamos chegando ao final de mais um ano. Nesta época muitos de nós fazem propósitos diante do Senhor de melhorarmos nossa vida cristã, através de um envolvimento mais profundo com Deus, onde prometemos nos entregar de “corpo e alma” ao seu trabalho.

2. Normalmente, também idealizamos planos e propósitos para nossa vida profissional, e outras áreas de nossa vida, através de alvos que procuraremos atingir no decorrer do ano que se inicia.

3. Porém, quase sempre nossos ideais não são atingidos e nos perdemos pelo meio do caminho, “digo ano”. Chegamos à reta final, muitas vezes frustrados, decepcionados, por não termos conseguido levar a termos nossos ideais.

4. Neste final de anos, a mensagem pastoral não será de um convite para apresentarmos diante de Deus novos ideais a serem atingidos, mas queremos conscientizar os irmãos sobre a necessidade de adorarmos a Deus, por tudo o que Ele é. Devemos lembrar que o mundo não tem condições de adorar a Deus, como Ele é e merece. Entretanto, o filho de Deus, tem condições de adorar o Senhor. Nossa adoração deve ser algo normal.

5. Vamos ver nesta noite “ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS DEVEMOS ADORAR A DEUS”:

I – PORQUE DEUS É ÚNICO – VS. 5

1. As nações antigas se caracterizavam pela adoração de inúmeros deuses. Alguns deles foram conhecidos e até mesmo adorados pelos israelitas. Entre eles estavam Baal, Astarote, Dagon, etc..

2. Esta pluralidade de deuses, atingiu seu auge na Grécia antigo, quando havia deuses para cada coisa: Deus do amor, deus da fertilidade, deus do tempo, deus da natureza, etc. E hoje?

3. O Deus de Israel, e nosso Deus, sempre insistiu com seu povo, que Ele é único:

a. Único Senhor

– Dt 6.4, “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR”.

– Mc 12.29, “Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!”

b. Não há outro Deus além do Senhor:

– Is 44.8, “Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça”.

c. Is 44.6, “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus”.

d. Is 45.22, “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro”.

3. Devemos adorar a Deus, porque Ele é único.

II – PORQUE DEUS DÁ PODER E FORMOSURA – VS. 6.

1. O Deus que adoramos é glorioso, majestoso.

2. Pelo culto que lhe rendemos, adquirimos poder e somos transformados para nos assemelharmos mais e mais a Jesus, recebendo formosura moral e espiritual:

– 1 Co 2.4, “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder”.

– 1 Co 4.20, “Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder”.

– Is 4.2, “Naquele dia, o Renovo do SENHOR será de beleza e de glória; e o fruto da terra, orgulho e adorno para os de Israel que forem salvos”.

– 2 Co 3.18, “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.

3. Devemos adorar a Deus pela sua glória, poder e formosura, e principalmente porque este poder, esta formosura e esta glória, é a nós comunicada pela redenção e na própria adoração.

III – PORQUE DEUS É CRIADOR DE TODAS AS COISAS – VS. 5

1. Quantas vezes, nós homenageamos homens, que têm criado coisas em benefício da humanidade? Porque não rendemos culto e adoração àquele que é o verdadeiro Criador de todas as coisas?

– Ap 4.9-11, “9 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, 10 os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: 11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas”.

– Gn 1.1, “No princípio, criou Deus os céus e a terra”.

– At 17.24-26, “24 O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25 Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; 26 de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”.

2. Devemos adorar a Deus, porque Ele é Criador e Sustentador de todas as coisas.

IV – PORQUE ELE É DIGNO DE SER LOUVADO E DESEJA QUE NÓS O ADOREMOS – VS. 4, 8

1. Deus procura adoradores: Jo 4.23-24, “23 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. 24 Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

2. Este conceito é claro na Criação da nação israelita: Is 43.15,20-21, “15 Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso Rei. 20 Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, 21 ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor”.

3. É claro também na formação do Povo de Deus no Novo Testamento:

– Ef 1.5-6, “5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado”.

– Ef 1.11-14, “11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo, 13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória”.

4. Deus será adorado também no Reino futuro, Ap 5.13-14, “13 Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. 14 E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram”.

V – PORQUE DEUS É SANTO – VS. 9

1. A santidade de Deus, é parte integrante de seu caráter:

a) Sl 22.3, “Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel”.

b) Sl 89.18, “Pois ao SENHOR pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei”.

c. Os 11.9, “Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira”.

2. Deus deseja que expressemos através da adoração, a sua santidade.

a) Serafins, cantavam: Santo, Santo, Santo, Is 6.2-3, ” 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”.

b. O louvor dos “Quatro Seres Viventes”, Ap 4.8, ” E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”.

c. O louvor dos “Vencedores da Besta”, Ap 15.2-4, ” 2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; 3 e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos”.

CONCLUSÃO:

1. Adoremos sem reservas ao Senhor.

2. Há muitas outras razões porque devemos adorá-lo, mas só as razões que mencionamos, já são suficientes:

a. Ele é Único,

b. Ele dá poder e formosura,

c. Ele é Criador,

d. Ele é digno de louvor,

e. Ele é Santo.

 

26 de dezembro de 2017

Vivendo com a Mente de Cristo


Vivendo com a Mente de Cristo

TEXTO ÁUREO = "Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (1Co 2.16)

VERDADE PRÁTICA  = Diante de um mundo marcado pelos dias maus, não podemos viver sem ter a mente de Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 5.1-12: As bem-aventuranças trazem bom senso para a vida

Terça - Mt 5.13-16: Sendo sal para temperar e luz para iluminar

Quarta-  Mt 5,21-26: Sabedoria no relacionamento interpessoal

Quinta - Mt 5.38-42: Guardando o coração do ódio e do mal

Sexta -  Mt 6.1-4: Fazendo o bem com a motivação correta

Sábado - Mt 6.9-15 Orando a Deus com sabedoria

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = I Coríntios 2.12 - 16

12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.

13 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.

14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.

16 Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.

HINOS SUGERIDOS: 159, 463, 620 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Explicar porque não podemos viver sem ter a mente de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Mostrar que somos peregrinos neste mundo tenebroso;

II - Compreender que precisamos viver em esperança e com a mente de Cristo.

INTRODUÇÃO

O que é um peregrino?  Segundo o dicionário de língua portuguesa peregrino:- é aquele que peregrina, que viaja, é o romeiro, o estranho, o estrangeiro.

O peregrino é alguém que não tem um lugar fixo. Alguém que está sempre passando por vários lugares.

O peregrino é alguém que não possui residência certa. Por esta razão o peregrino é alguém que não se apega ao lugar onde passa,

O peregrino é alguém que não possui muitas coisas, pois sempre está de saída para algum lugar.

Quando nós falamos em um peregrino, logo nós vêm à mente a figura de um andarilho, quem sabe uma pessoa com uma mochila nas costas, carregando consigo somente o que é essencial, indispensável a sua jornada.

Espiritualmente falando o crente é um peregrino nesta terra, pois, nós só estamos aqui neste mundo de passagem, a nossa pátria não é aqui! A nossa pátria é no céu onde o nosso Senhor e Salvador Jesus esta nos aguardando.

Somos estrangeiros, peregrinos neste mundo! E como peregrinos nesta terra não podemos nós apegar exageradamente as coisas deste mundo. Como peregrinos na terra devemos estar vivendo preparados, como se a qualquer momento nos fossemos partir para outro lugar,

E não é assim que o crente vive, preparado, por que a qualquer momento a trombeta de Deus irá soar, e  nós iremos partir deste mundo para viver eternamente ao lado de Cristo.

Jesus disse: - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Jo. 15: 19. O que Jesus está dizendo neste texto é que estamos no mundo, mas não somos deste mundo.

Então eu você podemos confessar com firmeza: eu sou peregrino na terra! A bíblia declara que nós os salvos em Cristo Jesus somos peregrinos na terra. Agora, é claro, existem alguns procedimentos e características que nos devemos ter para sermos identificados como peregrinos na terra.

 

 

PEREGRINOS NESTA TERRA

Peregrinos na terra. Ser um estrangeiro tem certo charme e aventura. Estar num país estranho desperta nossa atenção. O novo e o diferente criam um senso de expectativa e excitamento. Mas, também, há fragilidades e ameaças, pois vem a sensação de perigo e incerteza.

O forasteiro está longe de casa, das pessoas e coisas com as quais está acostumado. Normalmente ele não é um conhecedor adequado da língua, costumes, e lugares, do país onde se encontra. E isto o deixa desarmado diante dos imprevistos. Vive uma situação onde todos desconfiam dele, e ele não pode confiar em ninguém. Quem está longe de sua terra e de seus parentes, fica à mercê de pessoas desconhecidas. Isto pode ser assustador ou no mínimo desconfortável.

O estrangeiro, que é peregrino e forasteiro e não um turista é alguém que não tem onde criar raízes. Vive solto. Não tem uma situação fixa, sua vida é mais como uma tenda que ele arma e desarma conforme a situação. Este tipo de vida lhe dá liberdade, permite ir e vir sem muito compromisso, mas também lhe deixa desprotegido diante das tempestades e acidentes. Pode ser pego no meio de um temporal e não ter onde se abrigar, dependendo de favores de pessoas estranhas.

No Antigo Testamento, as palavras “peregrino” e “forasteiro”, referiam-se ao viajante que estava passando apenas uma noite ou uma temporada em lugar estranho (Jó 31.32). Como Abraão, que planejava ficar no Egito enquanto havia fome em Canaã, ou mesmo Jacó, na terra de seu sogro Labão, até passar a ira de seu irmão (Gn 12.10; 32.5). Aquele que morava em um país estranho, também era chamado de peregrino. Abraão havia chegado em Canaã para ficar. Seu filho Isaque, e seu neto Jacó, haviam nascido ali, mesmo assim eram forasteiros (Gn 35.27; Ex 6.4). Pois sua família de origem era de outro lugar, e eles não eram os proprietários de terra, não tinham os mesmos direitos que os cidadãos do lugar. Dependiam da boa vontade das pessoas dali, para sua manutenção e proteção.

Os filhos de Israel foram forasteiros no Egito (Deut 26.5). Quando chegaram à Canaã, passaram a ter sua própria terra. Em certo sentido deixaram de ser peregrinos e forasteiros. Tinham um lugar que era seu, onde poderiam criar raízes, e se estabelecerem. Mas, sendo eles o povo de Deus, deviam ter a consciência de que sempre seriam peregrinos e forasteiros. A terra que habitavam não era sua, mas de Deus (Lv 25.23). Todos nós somos peregrinos diante de Deus. O lugar onde moramos não é nosso, mesmo que estejamos vivendo ali há muitos anos.

Somos peregrinos e forasteiros porque estamos neste mundo de passagem. Passamos apenas uma chuva. Como viajantes que necessitam morar por apenas uma temporada. Esta consciência de brevidade geralmente nos falta, mas, como já foi dito: um homem precisa viver muito para perceber que sua vida é muito curta.

No salmo 39, Davi pede a Deus que lhe mostre como a vida é passageira, semelhante à medida de alguns palmos e a uma sombra, que desaparece junto com o sol. Por isso ele é peregrino (Sl 39.13). Nossa esperança é Deus. Dependemos do favor Dele para passarmos nossa temporada com alento e felicidade. Ele é o único Eterno neste mundo. O único que permanece de geração em geração.

Somos peregrinos e forasteiros, porque não possuímos nada neste mundo. Quando Davi louva a Deus pelas ofertas que o povo havia trazido para a construção do templo, ele declara esta verdade (1 Cr 29.10-15). Tudo o que temos: riqueza, conhecimento, poder, influência, posição, foi nos dado por Deus, veio de Suas mãos. Ele de fato é o Dono. O que ofertamos a Deus nada mais é do que uma devolução do que Ele já nos deu. A própria vontade de dar é obra Dele em nós. Como forasteiros residentes, não possuímos nada, dependemos da boa vontade e favor do verdadeiro Dono para desfrutarmos de qualquer coisa.

Somos peregrinos e forasteiros porque não temos os valores e crenças daqueles que são cidadãos deste mundo. Era assim que se sentia o peregrino do Salmo 120.6-7. Ele almejava viver em paz, mas os que o rodeavam só pensavam na guerra. Este mundo é hostil àqueles que não comungam com seu comportamento de indiferença e desobediência para com Deus. Vivemos no mundo dos que acreditam ser fortes e autônomos, que não querem depender de Deus. Que vivem a fazer guerras para satisfazerem suas cobiças (Tg 4.1,2). Mas, o peregrino sabe que é frágil e dependente, que precisa de Deus. Por isto, é desprezado como fraco pelo mundo.

Somos peregrinos e forasteiros porque nosso lugar de segurança é no tabernáculo de Deus, na Sua morada. Este era o lugar de refúgio onde o salmista gostaria de estar hospedado, (Sl 61.4). Para isto havia certas condições (Sl 15). Peregrinos precisam das instruções de Deus, (Sl 119.19). Ele é Aquele que tem o conhecimento de todas as situações e lugares neste mundo que é estranho para nós. Precisamos conhecer como Ele quer que nós vivamos neste mundo. E clamar para que Ele nos dê a capacidade de seguir suas ordens.

VIVENDO  EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO

Passando pelas provações com a mente de Crito. O que todo crente precisa, mas não quer; tem, mas não sabe o que fazer com elas? A resposta é: provações. Não as queremos, mas as temos. Quando as temos, não sabemos o que fazer com elas. E, embora elas sejam sempre individualizadas, todas envolvem a mesma questão subjacente: confiar na Palavra de Deus e viver por ela.

O Livro de Tiago tem muito a dizer sobre passarmos por provações e confiarmos na Palavra. Ele foi escrito pelo meio-irmão de Jesus, que era o líder espiritual da igreja de Jerusalém. Ele estava escrevendo aos milhares de crentes judeus que foram forçados a fugir de Jerusalém devido à intensa perseguição. Essas pessoas haviam perdido seus empregos, suas casas, e seus bens. Em alguns casos, haviam também perdido sua família e seus amigos. A vida para elas estava extremamente difícil, e Tiago escreveu para encorajá-las, confortá-las e ajudá-las a direcionarem seus caminhos.

Primeiro, ele lhes lembrou que as provações produzem a maturidade; portanto, devemos aceitá-las com alegria: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg 1.2). As provações deveriam nos fazer antever o que Deus realizará. Devemos aceitá-las com alegria, não porque gostamos de provações, mas porque gostamos dos resultados.

Para agirmos assim, precisamos da sabedoria de Deus: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (v.5). Alguns de nós estamos enfrentando o desemprego, problemas familiares, questões de saúde, ou lutas relacionadas ao futuro de Deus para nós. Em todos esses casos, precisamos da sabedoria de Deus. Devemos nos perguntar: “Como estou reagindo a esta situação? Qual é o caminho de Deus? Qual é o plano dEle para mim nas circunstâncias que estou enfrentando?”.

As Escrituras dizem: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (v.17). Tiago estava se referindo às provações. Deus as deu a você com amor. A frase “todo dom perfeito”descreve o dom em si e o fato de que ele foi perfeitamente projetado para a sua situação.

Deus dirige e supervisiona tudo o que Ele lhe dá. Ele sabe quanto você pode suportar e o que é necessário para que você amadureça. Deus vê o seu potencial. Ele é como um professor gabaritado e um pai perfeito em uma só pessoa, e quer apenas o melhor para você. Ele usa de provações para ajudá-lo a crescer, para que você possa maximizar seu serviço em Seu Reino.

A chave para suportarmos as provações é a sabedoria de Deus, que vem apenas por meio de Sua Palavra. Conseqüentemente, devemos aplicar as Escrituras às nossas situações diárias com diligência, sendo “praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes” (v.22). A sabedoria de Deus sempre funciona. Ela é perfeita. Quando obedecemos à Palavra, superamos o pecado e impedimos a provação (que é neutra) de se transformar em uma tentação (que é negativa).

Segundo, Tiago relembrou a esses crentes em sofrimento que, se uma pessoa tem fé, mas não tem obras, ela realmente não tem fé: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.17). Esta afirmação não é sobre ser nascido de novo ou ser salvo do pecado. É sobre ser livre das provações. Quando Tiago perguntou: “Qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” (v.14), a resposta é “não”. A fé sem obras não ajudará você a passar pelas lutas. Sua fé tem que ser ativa.

CARACTERÍSTICAS DO HOMEM QUE TEM A MENTE DE CRISTO

 

Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”, 1Co 2.16.

 

Veja bem, quando aceitamos a Cristo, a Bíblia afirma que o nosso espírito é recriado. Nascemos de novo, somos Novas Criaturas em Cristo Jesus! Amém! Deixe eu lhe perguntar uma coisa, o nosso espírito é recriado e isso é um fato, mas o que dizer do nosso corpo, o que dizer da nossa mente? Não foram recriados? Não. Vejam, que em si tratando da mente isso é algo que nós temos que fazer Rom 12:2... “Mas, transformai-vos pela renovação das vossas mentes”. O Apóstolo Paulo disse no Espírito que o homem espiritual tem a mente de Cristo.

 

O que é ter a mente de Cristo? Significa literalmente ter os mesmos padrões de pensamentos de Cristo; significa ser guiado pelo Espírito Santo na luz da Palavra bendita de Deus. Todos os crentes podem ter a mente de Cristo? Sim. É bíblico afirmarmos isso. Glória a Deus Por isso. Deus quer que tenhamos a exemplo do apóstolo Paulo a mente de Cristo. Aleluia!

 

Precisamos entender que Deus quer que tenhamos a mente de Cristo, sim, mas daí afirmarmos que já a temos não é verdade. Pouquíssimas pessoas podem realmente fazer tal afirmação. O que dizer então da grande maioria? Todos os crentes têm a mente de Cristo? Não. Foi exatamente isso que Paulo estava afirmando, nem todos têm a mente de Cristo. Quando nascemos de novo o nosso espírito é recriado (Jo 3.3) Amém! Mas, o que dizer do nosso corpo? O que dizer da nossa mente? Continuam as mesmas coisas, não mudou. Para mudar é preciso passar por um processo contínuo destruindo as fortalezas inimigas existentes nelas (2Co 10.4-5; 4.4; 11.3; Cl 1.21) e renovando-as pela Palavra de Deus, conforme (Rm 12.2).

 

As fortalezas inimigas existem, elas são invisíveis, mas são reais. Existem fortalezas inimigas com objetivos específicos que é contra o conhecimento de Deus, impedem o povo de Deus de crescer, na Graça e conhecimento de Cristo Jesus. O fato da mente humana ser um dos se não o maior, campo de batalha existencial com profunda influência espiritual é comumente aceito por todos, pastores, obreiros, e demais pregadores e estudiosos da Palavra de Deus. Mas, talvez o que não tenha ficado muito claro é exatamente o porquê desta afirmação. A resposta é muito simples: “A mente é o órgão de controle geral do ser humano, quem a controla, controlará também todo seu ser”. Vejamos quais são as características do homem que tem a mente de Cristo:

 

1. Ele entende as coisas do Espírito de Deus, 1 Cor 2.14, “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.

 

2. Ele tem discernimento espiritual; 1 Cor 2.15, “Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém”.

 

3. Alimenta-se do alimento sólido 1 Cor 3.1-2, “1 Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. 2 Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais”.

 

4. Ele conhece as Escrituras, Mt 22.29, “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”.

 

5. Ele tem a mente renovada pela Palavra de Deus, Rm 12.2, “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Ver ainda 1Co 2.16, “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

 

6. Manifesta os frutos do Espírito, Gl 5.22-23, “22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.

 

7. Está num processo contínuo de crescimento na graça e conhecimento, Lc 2.40, “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”. Ver ainda 2Co 3.18, “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.

 

8. Ele é maduro, perfeito, adulto, 1Co 13.11b, “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino...”. Ver ainda 1Co 2.15, “Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém”.

 

9. Ele já crucificou a carne com sua paixão e concupiscência, Gl 5.24, “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências”.

 

10. Ele é homem de Oração e Jejum, 1Co 14.18, “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós”.

 

11. Prega a palavra de Deus não com sabedoria humana, 1Co 2.13, “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais”. Ver ainda 1Co 3.19, “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles”.

 

12. Ele é um ungido de Deus e por Deus, 2Co 1.21, “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus”.

 

13. Ele anda no espírito, anda na sua vontade, Gl 5.16, 25, “16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.

 

14. Anda pela fé no nome de Jesus Cristo, 2Co 4.18, “não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”.

 

15. Ama a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como ele mesmo, 1Co 13.

 

16. Prega no poder o Espírito Santo, 1Ts 1.5, “porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós” ...etc..

 

17. Não se ensoberbece; não se recente do mal; ama ao seu inimigo e ora por aqueles que lhe perseguem, tudo suporta, tudo crê, tudo supera; é paciente, benigno, é manso, humilde de coração...etc.

 

Conclusão

Deus disse: Jeremias 31:33; Hebreus 8:10; 10:16; Rom 12:2;

Porque este é o conserto (aliança; pacto; testamento) que farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas Leis no seu entendimento (mente), e em seu coração (espírito) as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.

Não existe transformação real de vida sem destruição das Fortalezas Inimigas e renovação da mente. De fato esta é à vontade de Deus para a vida de todo crente! O Pai deseja que seus filhos sejam semelhantes a ele em pensamento, atos, atitudes, costumes e caráter. É, preciso fazermos a nossa parte, ou seja, amar a palavra de Deus, nela meditar de dia e de noite, praticar a palavra de Deus. Só então começaremos a crescer, crescer... Tornando-nos a cada dia mais parecidos com o Pai. “Quando eu crescer vou querer ser igual ao Papai”.

É preciso impregnar-mos nossas mentes com sua palavra, afim de que ela possa nos transformar, estabelecendo um novo padrão de pensamento à semelhança da mente de Cristo. Aleluia!

 

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

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