3 de julho de 2018

A Beleza e a Glória do Culto Levítico


A Beleza e a Glória do Culto Levítico

TEXTO ÁUREO = "Então, entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois, saíram e abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo." (Lv. 9.23)

VERDADE PRÁTICA = O verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo nem por sua pompa, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito. A glória de Deus não pode faltar.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Levítico 9.15-24

HINOS SUGERIDOS: 10, 29, 292 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

O culto é um dos mais belos e antigos serviços que os seres humanos celebravam como formas de demonstrar ou expressar sua fé, devoção, gratidão e adoração a Deus (1 Cr 16.29; Sl 34.1-3; 138.1-2; 146.1; 150.1-6). Desde o princípio de sua história, o homem tem oferecido individualmente ofertas e sacrifícios a Deus, como uma forma de culto (Gn 4.3-5; 8.20-22; 12.7-8; 26.24-25; 28.17-22; Jó 1.5).

Coletivamente, o culto cristão deve ser o mais sagrado e solene de todas as reuniões que o povo de Deus realiza aqui na terra (Sl 56.7; Sl 89.7; 93.5; Ec 5.1; Hc 2.20; Jo 2.14-17; 1 Co 11.22; 1 Tm 3.15), pois nela não só reconhecemos a infinita bondade e misericórdia do Senhor, como também, expressamos nossa gratidão por todos os benefícios que nos tem concedidos, inclusive as bênçãos da Salvação (Sl 116.12-13; 103.2-11; 30.11-12; 33.1-3; 101.1).

O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Alvo da Lição: O aluno conhecerá os princípios do culto no Antigo Testamento.

O mundo vive numa constante renovação. O indivíduo busca novos padrões e entendimento para o que acontece ao seu redor; busca novas formas de realizar obras e sonhos; obtém outros pontos de vista a respeito de assuntos e temas já conhecidos. O nosso foco recai sobre a renovação teológica e litúrgica.

Questionamos quanto das mudanças na teologia e na liturgia do culto vêm das Escrituras e quanto vêm do desejo das pessoas. Há diversidade quanto à compreensão de como deve ser o culto prestado a Deus.

 

A Bíblia, ao descrever o que denominamos de culto, não usou termos similares aos que se referiam ao culto em outras religiões. Quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento, essencialmente, o culto é descrito como serviço. Em qualquer língua, etimologicamente, liturgia significa “o trabalho que pessoas realizam”, não pessoas se divertindo, alegrando-se, fazendo o que acham ser bom. No Antigo Testamento, a adoração era prescrita e controlada, era litúrgica.

Como posso adorar a Deus segundo os princípios do Antigo Testamento? Será que o Antigo Testamento oferece direção para uma adoração no culto contemporâneo?

Vamos estudar cinco épocas nas quais o culto era prestado a Deus, no Antigo Testamento.

I. Da criação ao êxodo

A recusa do homem em obedecer a Deus incondicionalmente foi a recusa a uma adoração ao Senhor com base em Sua verdade revelada (Gn 3.1-6). Podemos entender, pelos textos bíblicos, que o culto ao Senhor era familiar, centralizado no altar. Ali, Deus e a família se encontravam e havia:

1. sacrifícios de gratidão (Gn 4.1-6; 8.20);

2. sacrifícios de expiação de pecados ( Jó 1.5).

A fé possibilitou a Abel ter sua oferta aceita pelo Senhor (Hb 11.4). Caim não obedeceu as instruções que estão subentendidas em Gênesis 4.7, daí ter tido sua oferta rejeitada por Deus.

Examinar as intenções e avaliar as ações devem ser exercícios constantes na vida dos que cultuam a Deus (Sl 66.18 e 131.1-3). Deus só aprova o culto sincero.

II. Do êxodo à monarquia

Este foi o período do tabernáculo, a habitação simbólica de Deus. Embora portátil, era um palácio.

Todo o tabernáculo e seus utensílios expressavam a pessoa de Deus, Seus atributos, Sua presença, Seu relacionamento com o povo, e como o povo respondia a Deus. As prescrições para aproximação e purificação eram rigorosas e foram dadas pelo próprio Deus a Moisés. Podemos associar alguns utensílios do tabernáculo com alguns elementos imprescindíveis do culto.

1. A arca e a mesa dos pães – retratam Deus como Rei, Senhor e Provedor do Seu povo – a leitura bíblica (especialmente os Salmos), os hinos e cânticos de louvor.

2. As lâmpadas – a direção de Deus – a pregação da Palavra.

3. O incenso – o local das intercessões pelo povo – as orações.

4. O altar – o lugar do derramamento de sangue – a confissão de pecados.

Notemos ainda a posição do tabernáculo no centro do acampamento (Nm 1.52,53 e 2.1-2) como referência à centralidade do culto para a nação. Notemos que cerca de 40 capítulos foram dedicados à descrição, construção, dedicação e uso. Deus não somente quer nosso culto, mas Ele diz como quer ser cultuado.

Nem toda adoração agrada a Deus. Há o perigo de trazermos “fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor (Lv 10.1-2). Esse “fogo estranho” consistia em contrariar os mandamentos divinos quanto à adoração. Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada (Ml 1.7-10; Os 6.4-6; Am 5.21).

III. Da monarquia ao exílio

Foi o período de maiores mudanças e de centralidade do culto. O povo ia reunido para a adoração ao Senhor. A orientação para o serviço sacerdotal permanecia válida. As prescrições foram dadas por Deus, por meio de Davi, a respeito de grupos corais e grupos instrumentais.

O culto em Israel era participativo. Os dias de festa, as procissões e os sacrifícios exigiam envolvimento do adorador. No AT era um duplo serviço divino: um dirigido ao Seu povo e outro dirigido às outras nações (Sl 67). Deus quer ser adorado pelos Seus no serviço que estes prestam ao próximo.

Este foi o motivo pelo qual os profetas criticaram o culto da antiga aliança (Is 1.11-15): o povo desejava comparecer diante de Deus, receber Dele todos os benefícios do culto, mas não O servia fazendo o bem ao próximo.

Culto não é ato ritual, mas ato de vida. O ato de culto deve expressar-se em gestos eficientes, concretos e claros em nossa relação com o próximo. Este é o serviço do povo a Deus, que em nada precisa de nossos serviços, mas que por misericordiosa graça nos chama para que sejamos participantes de Sua obra neste mundo.

IV. No exílio

Desse período em diante as informações são mais escassas. Todavia, sabemos que não havia templo, não havia sacrifício, não havia sacerdócio. Em meio ao caos, à desesperança e ao temor, Deus enviou profetas como Ezequiel para encorajar Seu povo a se voltar para Ele e cultuá-Lo, pois era o Deus fiel à aliança.

O grupo de israelitas que se reunia no exílio começou o que depois ficou conhecido como “sinagoga”.

V. A era pós-exílica

É o período de Esdras e Neemias. O povo de Israel voltou do exílio babilônico. Houve um retorno à Lei de Deus (Torah), que começou a ser lida perante o povo. O templo foi restaurado, os sacerdotes voltaram à atividade, os sacrifícios e as ofertas tornaram a ser feitos.

Conforme o prof. Marcos Alexandre Faria (Faculdade Teológica Batista de Brasília), estas são algumas influências do exílio babilônico:

1. a figura do rei desaparece;

2. o cativeiro se torna um meio de purificação e ressurgimento da religião dos judeus;

3. as profecias de Jeremias tiveram grande influência;

4. finda a idolatria (estavam no meio de uma nação extremamente idólatra);

5. acaba a monarquia (fica na esperança do Messias – o descendente de Davi virá!);

6. o sumo sacerdote, auxiliado pelos escribas, assume a liderança do povo;

7. Esdras, o sacerdote, convida o povo a voltar para a Palavra (Ed 7.10);

8. o povo gira em torno da Lei: viver de acordo com a Lei passa a ser um estilo de vida;

9. começa o que seria mais tarde a sinagoga – o que se tornou modelo para as igrejas no NT.

É o início do chamado “Judaísmo”, ou seja, o ambiente social, cultural, político e religioso do povo hebreu, formado a partir da volta do exílio babilônico (538 a.C.), e no qual se formou o cristianismo (Dic. Aurélio). Nesse período, três ênfases básicas são: o sábado, a circuncisão e as leis alimentares.

VI. Resumo do culto do AT

Encontramos três princípios nessas cinco épocas.

1. Adoração (Gn 8.20; 35.11, 14; Êx 3.18; 5.1; 2Cr 7.3; Ne 8.6)

O culto era centralizado em Deus, que reivindica e espera isso de Seu povo. Honramos ao Senhor quando O adoramos pelo que Ele é. Deus não está limitado a experiências humanas, as quais não podem determinar ou governar o tipo de liturgia do culto prestado ao Senhor. O Salmo 93 diz que Ele está revestido de majestade. Deus é glorioso, é sublime, é belo na Sua santidade. Devemos adorá-Lo no Seu esplendor e na Sua beleza. É com essa concepção que devemos adorar ao Senhor. O culto no AT é a resposta da criatura:

• à glória do Criador revelada (Sl 19).Deus é o Altíssimo (Sl 83.12), o Deus que vê (Gn 16.13), escudo (Sl 84.11);

• aos atos salvíficos de Deus (Êx15;Sl 105);

• à ação bondosa de seu Criador (Mq6.8;Is 1.13-17; Lv 10.1,2).

2. Oração e confissão (Jó 1.5; Lv 16.15,16; 1Cr 16.39,40;2Cr 6.21-31; Ed 9.1-3)

O pecado tinha que ser coberto, a expiação, a propiciação foi feita por Cristo, em nosso favor. Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para aquilo que Cristo iria fazer. No Antigo Testamento não havia culto nem adoração sem sacrifícios; não havia culto sem altar. Para nós, não há culto sem o significado da cruz, não há culto sem Jesus Cristo, o que foi imolado e que agora reina. Além disso, a adoração devia também incluir ofertas, e os sacrifícios deviam expressar gratidão, devoção, desejo de comunhão e meditação, prontidão, e voluntariedade para compartilhar coisas materiais com os sacerdotes, os levitas, os pobres e as viúvas. Não havia lugar para a mesquinhez no culto.

3. Instrução (Gn 4.7; Dt 31.9-13; 2Cr 34.30; Ne 8.8)

 Este é o meio pelo qual Deus revela Sua vontade. A pregação não pode ser relegada aos momentos finais do culto. Ela não é matéria para ser apenas descrita ou comentada, mas deve ser explicada (Ne 8.3, 7- 8, 12). Deus fala, o homem se cala, medita e responde. Com a pregação fiel e revestida de autoridade da Palavra, Deus é honrado e glorificado, os descrentes são desafiados, os crentes são edificados e a igreja é fortalecida. A adoração genuína também deve ser fruto de um correto entendimento da lei, justiça e misericórdia de Deus, reconhecendo-O assim como Ele Se revela nas Escrituras. Sem a Palavra não há adoração e não importa quão emocionantes sejam os demais atos do culto.

OS ELEMENTOS DO CULTO LEVITICO

 1. Leitura e pregação da Palavra (Cl 3.16; 2Tm 4.2)

A mensagem deve expor e esclarecer um texto bíblico numa linguagem contemporânea e para a realidade do mundo de hoje. Segundo Klaus Douglass, a mensagem tem sete funções:

1 - explicar e esclarecer verdades profundas da fé;

2 - dar orientações sobre como devemos viver e agir como cristãos;

3 - edificar a igreja;

4 -  levar pessoas à fé;

5 - fortalecer a fé;

6 - consolar e animar os que estão em dificuldades;

7 - tirar pessoas da sua inércia.

A esta suficiência das Escrituras no culto cristão os reformadores chamaram de princípio regulador do culto, que não deve se preocupar com coisas sem importância.

Na adoração coletiva, a pregação da Palavra é essencial. Em nosso texto-base lemos que as atividades da igreja do Novo Testamento eram centralizadas “na doutrina dos apóstolos, no partir do pão e nas orações”.

Em seu livro Entre dois mundos, John Stott afirmou: “A Palavra e a adoração pertencem indissoluvelmente uma à outra. Toda a adoração é uma resposta inteligente e amável à revelação de Deus, porque é a adoração do seu nome. Portanto, a adoração aceitável é impossível sem a pregação. Pregar é tornar conhecido o nome de Deus, e adorar é louvar o nome do Senhor sobre o qual fomos informados. Ao invés de ser uma intrusão alienígena à adoração, o ler e o pregar a Palavra são realmente indispensáveis à adoração.”

2. Oração (Ef 5.20; 1Tm 2.8; At 2.42)

As orações podem ser de adoração, invocação, confissão, petição, agradecimento, intercessão, etc. e devem ser dirigidas a Deus.

3. Hinos e cânticos espirituais (Cl 3.16; Hb 13.15)

A música pode, às vezes, nos comover pela beleza da melodia, mas esse sentimento, por si só, não é adoração. A música deve ter verdades bíblicas contidas em suas linhas para que seja um recurso legítimo e fomente a verdadeira adoração. A música ou louvor:

1 - expressa nossa relação com Deus (Hb 13.15);

2 - deve caracterizar nossa comunhão com os irmãos e contribuir como veículo de proclamação da verdade de Deus (Ef 5.19; Cl 3.16).

4. Serviço mútuo (At 2.45; Cl 3.16)

Essencialmente, na Bíblia, culto é serviço, algo que fazemos para outros. Primeiramente, o culto cristão é um ato divino. Respondemos ao favor de Deus concedido a nós, Seus filhos. Ele veio ao nosso encontro, chamou-nos, aceitou-nos, deu-nos o Seu perdão e nos trouxe à Sua presença. À medida que, corretamente motivados, servimos o nosso próximo, estamos servindo a Deus.

FINALIDADE DO CULTO LEVITICO

ADORAR AO ÚNICO E VERDADEIRO DEUS.

A Bíblia ensina que o homem deve amar a Deus de todo o coração, de toda a alma de todas as forças e de todo o entendimento. O que deve ser orar com o entendimento, cantar com o entendimento e falar à igreja com entendimento, pronunciando palavras bem inteligíveis. Em suma, ele deve adorar e louvar a Deus em sua plena consciência. Isto envolve o homem todo, suas faculdades emocionais, espirituais, físicas e mentais. Lucas 10:27; I Coríntios 14:7, 9, 15, 19, 32; Efésios 1:17, 18.

REAFIRMAR AS ALIANCAS ANTIGAS

No culto Levítico, os filhos de Israel professavam as alianças que o Senhor firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Lv 26.9,45). Já em seus cânticos, reafirmavam a fé na presença de Deus em sua vida familiar e comunal (SI 47.9), como mostra o Salmo 105.

PROFESSAR O CREDO DIVINO

“Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de Mim não há Deus;...para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de Mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há outro.” Isaías 45:5 e 6.

 “E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei toda a autoridade e glória destes reinos; porque a mim me foi entregue, e dou-a a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” Lucas 4:6-8.

Todas as evidências são claras. Tanto no Velho Testamento como no Novo testamento, as orientações são de que devemos adorar o Deus único. A certeza se cristaliza quando o próprio Senhor Jesus disse à Satanás: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” O Senhor Jesus não transmitiu a idéia de uma adoração a três deuses. Ele disse à Satanás que deveria adorar unicamente a Deus (Pai), o Todo-Poderoso.  “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deuteronômio 6:4.

AGUARDAR O MESSIAS

No livro de Salmos, há uma elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (SI 22.1-19; 16.10; 110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente, e predisposto a servir a Deus, jamais seria surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto Levítico era essencial e tipo-logicamente cristológico (Lc 2.25-35).

CONCLUSAO

Nesta nossa reflexão sobre adoração e culto cristão temos procurado mostrar que o assunto é essencialmente espiritual e digno de nossa atenção especial. Por sua natureza espiritual, a verdadeira adoração só é possível quando impulsionada pela obra do Espírito Santo dentro de nós (Jo 4.23-24). Além do mais, os passos a serem tomados para uma redescoberta da verdadeira adoração são exercícios altamente espirituais e contradizem profundamente nossa natureza e impulsos carnais. Mas a verdadeira adoração sempre exaltará Cristo (Ap 5.12), transformará o adorador (2 Co 3.18-19), convencerá o incrédulo da presença do adorado entre os adoradores (1 Co 14.24-25) e invocará o "amém" de cada um dos servos de Deus.

Ainda, a verdadeira adoração nos capacita para o testemunho e o serviço diário na seara do Mestre. Como diz Armstrong: "Não estamos no negócio de construir mosteiros evangélicos, mas congregações que servirão o verdadeiro Deus como resultado direto da adoração."

Finalmente, temos que admitir que, de acordo com as Escrituras e a história cristã, adorar a Deus corretamente exige tempo e humildade. Preparação é essencial. Examinar nossas intenções e avaliar nossas ações devem ser exercícios constantes em nossa vida de adoradores (Sl 66.18 e 131). Além do mais, nosso coração deve ser continuamente guardado contra o egocentrismo a fim de que possamos dizer: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória" (Sl 115.1). É somente adorando o Senhor de modo verdadeiro que seremos encontrados por ele e, "Se é a Deus que você está buscando em sua adoração, você não ficará satisfeito sem Deus."

 

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia



REVISTA BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. Adoração & Louvor – A excelência e o propósito de uma vida inteiramente dedicada a Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2016.

 

27 de junho de 2018

Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor



 

TEXTO ÁUREO = "E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará." (Lv 26.11).

 

VERDADE PRÁTICA = A verdadeira adoração a Deus compreende, necessariamente, o nosso serviço voluntário, santo e amoroso ao seu Reino.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Levítico 27.28-34

 

INTROUÇÃO

 

Levítico. Nome do terceiro livro do Pentateuco. Logo que se ergueu o Tabernáculo e se nomeou um sacerdote para servir no altar, seguiu-se a regulamentação do culto divino. É isto que se encontra no livro de Levítico. Sem sacerdotes e sem sacrifícios, ninguém poderia se aproximar de Jeová. O relacionamento com Deus exigia condições de pureza e santidade, tanto morais como cerimoniais. Para se conseguir isto, prepararam-se vários manuais que vieram ter forma no livro de Levítico.

 

0 nome do Livro de Levítico nos vem da Septuaginta através da Vulgata. Durante os primeiros séculos da era cristã, a Bíblia dos cristãos era a Bíblia grega. Jerônimo a traduziu para o latim no século IV (terminou em 405 d.C.). Esta tradução, chamada Vulgata, tomou-se a Bíblia da igreja ocidental até a Reforma. Na Septuaginta, Leveitikon era o nome do terceiro livro do Pentateuco. Em português ficou Levítico, através do latim Leviticus. O livro tem este nome porque trata do sistema levítico de adoração no Antigo Testamento

 

SOBRE O LIVRO DE LEVITICO

 

Autoria

 

O livro em si não atesta a autoria humana, mas a divina. Vinte dos 27 capítulos começam com a fórmula: “Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo”, ou semelhantes. Em sua maioria, o Senhor manda que Moisés transmita uma mensagem a Israel (e.g., 1.1—3.17; 4.1—5.19) ou a Arão e seus filhos (e.g., 6.9,25; 8.1,2). Ocasionalmente, o texto diz que Deus falou com Moisés e Arão (11.1; 13.1; 14.33; 15.1). Pelo menos uma vez Deus fala somente com Arão (10.8). A maior parte do material do livro apresenta mensagens vindas diretamente de Deus para Moisés. A perspectiva tradicional da igreja era que Moisés deu este livro a Israel e, conseqüentemente, a nós.

 

O surgimento da moderna erudição crítica rejeitou esta perspectiva. A adoção da hipótese de fontes documentárias (J [fonte jeovista], E [fonte eloísta], D [fonte deuteronomista], P [fonte sacerdotal, o “p” é de Priestercodex]) levou ao ponto de vista de que Levítico fazia parte do código sacerdotal. Esta norma, diziam, teve muitos séculos de compilação e só recebeu sua forma final no período pós-exílico. Insistiam que grande parte do material, como o suposto “Código da Santidade”, capítulos 17 a 26, era mais antigo que o período pós-exílico, e que parte do material referente à lei também podia ser bastante antiga. Era convicção firme da maioria dos críticos que a fonte P era a mais tardia dos elementos que compunham o Pentateuco.

Estudos recentes abalam a patente unanimidade neste ponto entre os estudiosos. O trabalho de especialistas como J. Pedersen, Ivan Engnell, YehezkelKaufmann e outros revelam certas ambigüidades.1 Estudos da lei no antigo Oriente Próximo tornam este fato evidente: há pouco texto em Levítico que tenha paralelo no mundo antigo que também não tenha paralelo na literatura do segundo milênio a.C. Levando em conta o teor de Levítico que é comum ao mundo do Israel antigo não há razão para supor que Levítico não seja do período mosaico.

Os últimos estudos feitos por eruditos como W. F. Albright mostram que é razoável presumir que a especificidade monoteísta singular da religião de Israel remonta aos dias de Moisés.2 Atualmente, os estudiosos têm mais conhecimentos sobre a tradição legal do mundo do segundo milênio a.C. no Crescente Fértil. A luz destes novos conhecimentos é possível dizer que o caráter legal da religião de Israel, conforme vemos em Levítico, se ajusta ao período mosaico e possa ser igualmente de origem mosaica.

Data do Pentateuco

0 período alocado pelo Pentateuco para a doação desta lei e para os acontecimentos incrustados no Levítico é de precisão nítida. Está datado entre a montagem do Tabernáculo no primeiro mês do segundo ano depois da partida de Israel do Egito (Ex 40.17) e o primeiro dia do segundo mês daquele mesmo ano (Nm 1.1).

Mensagem

É importante verificar a mensagem de Levítico para acompanharmos a progressão do Pentateuco. Gênesis nos conta o chamado do patriarca Abraão e a eleição de sua família para exercer a função de concerto na história humana. Êxodo narra a grandiosa libertação dos descendentes de Abraão, os israelitas, da escravidão do Egito e o estabelecimento do concerto de Deus com este povo no Sinai. Êxodo também expõe o caráter legal deste concerto e o testemunho do concerto no Tabernáculo e o culto a ser administrado ali. Levítico é um tipo de manual dado aos sacerdotes e ao povo de Israel para que soubessem fazer a adoração exigida pelo concerto de maneira eficaz e aceitável ao Deus de Israel.

Levítico é um manual de como cultuar a Deus. Há também instruções diversas sobre como viver de forma que tal adoração seja aceitável ao Senhor, o Deus do concerto.

O teor do livro revela os princípios básicos da religião do Antigo Testamento. As afirmações a seguir estão implicitamente indicadas ao longo do texto levítico.

1. Não é possível comunhão com Deus exceto com base na expiação do pecado. Os capítulos iniciais de Levítico descrevem várias ofertas que são necessárias para que a expiação e a comunhão sejam efetuadas.

2. O homem não pode expiar os próprios pecados. Faz-se necessário um sistema de mediação. O papel dos sacerdotes, os filhos de Arão, é desempenhado em cada trecho do livro. O sistema pressupõe um mediador.

3. A expiação deve ser de acordo com o plano divino. Note a porção apreciável de Levítico que é discurso direto de Deus. Repare no fim trágico de Nadabe e Abiú quando cultuaram segundo padrões próprios em vez de seguir o padrão de Deus dado por Moisés.

4. Somente o bom, o limpo e o são (o perfeito) é aceitável como sacrifício a Deus. O homem não pode se aproximar de Deus de mãos vazias. Deus faz estipulações rígidas sobre o que lhe agrada.

5. As pessoas que andam com Deus devem ser santas, porque Ele é santo. Esta exigência é responsável pela forte ênfase na diferença entre o limpo e o imundo, o puro e o abominável, o santo e o profano. Levítico é um manual sobre “o santo”. A santidade exigida não é meramente cerimonial. É também ética e social, como no capítulo 19, que em grande parte é recapitulação do Decálogo. O tema do livro é a justiça moral e interior. É de Levítico que temos o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (19.18). O significado deste requerimento é explicado nos mínimos detalhes e esta explicação está em cláusulas de justiça pessoal e social.

6. A comunhão com Deus envolve o compromisso da vida total. O livro deixa muito claro que nenhuma área da existência pessoal está fora do direito do Deus de Israel controlar. Há instruções sobre alimentos, hábitos sexuais, posse de propriedades, ofertas a Deus, as ocasiões certas da verdadeira adoração e as relações pessoais com o próximo e o estrangeiro. O Santo de Israel exigiu que a vida inteira de quem anda com Ele seja colocada sob seu controle soberano e sua influência santificadora.

Para quem conhece o Novo Testamento, não é difícil identificar nas declarações acima as raízes da devoção cristã. Talvez a expressão não esteja tão desenvolvida quanto a encontrada no Novo Testamento, mas os princípios são notavelmente os mesmos. E até Levítico sente a necessidade de uma maneira melhor.

Esta necessidade é manifestada minuciosamente na exigência de mediadores do sistema levítico, os sacerdotes arônieos. Os esforços medianeiros necessários por si mesmos são indicativos de que este sistema não é insuperável. Era só um tipo que apontava “um caminho ainda mais excelente”, um caminho elucidado em Cristo e seu novo concerto e que em Levítico é prenunciado.

Esboço

I. Um Manual de Adoração, 1.1—7.38

A. Instruções para os Israelitas, 1.1—6.7

B. Instruções para os Sacerdotes, 6.8—7.38

II. A Consagração dos Sacerdotes, 8.1—10.20

A. Moisés Consagra Arão e seus Filhos, 8.1-36

B. Arão Assume o Ofício Sacerdotal, 9.1-24

C. Um Caso de Sacrilégio, 10.1-20

III. As Leis Relativas à Impureza Cerimonial, 11.1—15.33

A. A Impureza Cerimonial causada por Animais, 11.1-47

B. A Impureza Cerimonial causada pelo Parto, 12.1-8

C. A Impureza Cerimonial causada pela Lepra, 13.1—14.57

D. A Impureza Cerimonial causada por Fluxos, 15.1-33

IV. O Dia da Expiação, 16.1-34

A. A Preparação de Arão, 16.1-19

B. O Bode Expiatório, 16.20-34

C. Algumas Conclusões

V. A Santidade na Vida Diária, 17.1—20.27

A. O Ato de Abater Animais para Consumo Próprio, 17.1-16

B. Os Regulamentos Sociais, 18.1—20.27

VI. A Santidade dos Sacerdotes, 21.1—22.33

VII. Os Dias Santos e as Festas, 23.1-44

A. O Sábado, 23.1-3

B. A Páscoa, 23.4-8

C. As Ofertas das Primícias, 23.9-14

D. A Festa das Semanas, 23.15-22

E. Os Dias Santos do Sétimo Mês, 23.23-44

VIII. O Óleo Santo, o Pão Santo e o Nome Santo, 24.1-23

A. O Óleo Santo, 24.1-4

B. O Pão Santo, 24.5-9

C. O Nome Santo, 24.10-23

IX. Os Anos Santos, 25.1-55

A. 0 Ano Sabático, 25.1-7

B. O Jubileu, 25.8-55

X. Palavras Finais de Promessa e Aviso, 26.1-46

A. Idolatria, Sábados e o Santuário, 26.1,2

B. Promessa, 26.3-13

C. Aviso, 26.14-46

XI. Apêndice: Sobre Votos e Dízimos, 27.1-34

A RAZAO DO LIVRO

PURIFICAR ISRAEL DAS ABOMINACOES DO EGITO

Ao que tudo indica, o ídolo não era de ouro maciço. Normalmente, era de madeira por, dentro, coberto de metal (Is 40.19,20). No Egito, Israel conhecia os falsos deuses, dentre os quais o boi Ápis, uma escultura do culto daquele país. Certamente, quando, pela falta de fé, sentiram-se sem seu líder, quiseram substituir oculto divino por um culto pagão.

Diante do bezerro de ouro, no outro dia, bem cedo, o povo ofereceu sacrificios e ofertas ao ídolo. Em seguida, assentaram-se a comer, a beber e, ao final, foram folgar. Nesse culto, segundo estudiosos do Velho Testamento, havia expansão da carne, da sensualidade e da concupiscência. É lamentável, mas em muitas igrejas ditas pentecostais, o culto está tomando um sentido carnal.

Não há mais glorificação a Deus. Quase não se ora de joelhos. As músicas não evocam ao Senhor, mas lembram ambientes mundanos, pela letra e pelo ritmo. Isso só acontece, porém, porque os pastares, obreiros do Senhor, têm fraquejado, permitindo que o “fogo estranho” seja introduzido no lugar de adoração a Deus.


Deus viu todos os detalhes: a confecção do bezerro, o sacrifício pagão e a festança carnal. Esse fato nos lembra que mesmo que o obreiro, õ pastor, o dirigente, não veja o que está acontecendo no meio do povo, nada passa desapercebido ao Senhor. Deus é um Deus que vê e ouve (Gn 16.13; 1 Sm 16.7; SI 33.13; Êx 2.24; Sl 4.3).

Preservar Israel das iniquidades de Canaã.

Ao deixarem o Egito, um país notoriamente idólatra, os filhos de Israel peregrinaram durante quarenta anos pelo deserto, para receber, por herança, uma terra habitada por nações ainda mais idólatras e abomináveis (Lv 18.3). Por esse motivo, as recomendações divinas eram tão enérgicas (Dt 18.9).

Sem os estatutos, leis e regras do livro de Levítico, os israelitas corriam o risco de perder as suas características como povo exclusivo de Deus.

Transformar Israel num povo santo, adorador e obreiro.

A Moisés cabia também educar os filhos de Israel, a fim de transformá-los num povo santo, adorador e obreiro (Lv 11.45). Sem a educação minuciosa e eficiente proporcionada pelo Livro de Levítico, os israelitas jamais teriam cumprido a missão que o Senhor lhes designara por intermédio de Abraão: ser uma bênção a todas as famílias da Terra (Gn 12.1-3; Dt 14.2). Afinal, Israel teria de portar-se como nação messiânica, pois tinha como missão principal, embora inconsciente, revelar Jesus Cristo ao mundo (Jo 4.22).

LEVÍTICO: MANUAL DE SANTIDADE

O nome do livro é plenamente justificável, haja vista, que o livro trata extensivamente de assuntos referentes ao serviço dos sacerdotes e levitas (Nm 18.21), cujo caráter especial era o culto e as exigências que esse culto impunha sobre a vida e conduta dos homens e mulheres de Israel. Este livro é conhecido como o manual de santidade, pois tudo que é consagrado e separado para Deus e para o seu serviço como: o povo, o tabernáculo, os sacerdotes, as vestes sacerdotais, os sacrifícios e os vasos são tidos como santos e devem seguir as riscas as ordenanças estabelecidas no livro.

Santidade é, portanto, a palavra-chave do livro (Lv 19.2). A expressão citada por Pedro no Novo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.16), por exemplo, vem do livro de Levítico (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7,26). Muitos questionam a validade do livro para os dias atuais alegando que seus preceitos são específicos para o povo de Israel. No entanto, a Bíblia alega que seus rituais e preceitos servem de “exemplo e sombra das coisas celestiais, futuras e espirituais” (Hb 8.5; 9.11; 10.1). A epístola aos hebreus, por exemplo, é tido como a aplicação cristã do livro de Levítico, onde as purificações exteriores significam a purificação do coração e da consciência (Hb 9.14), e os sacrifícios apontam para o calvário (Hb 9.12-13).

Neles, encontramos ensinamentos objetivos e símbolos inesquecíveis de profundas verdades espirituais. Assim, embora sua interpretação bíblica e histórica seja direcionada à nação de Israel, este manual é plenamente aplicável, através de Cristo nos dias atuais, e à Igreja, povo espiritual de Deus.

O livro da lei de Deus

Historicamente Levítico é um livro que trata dos rituais da Lei. É por isso que o segundo e grande mandamento citado pelo Senhor Jesus se encontra no livro Levítico (Lv 19.18; Mc 12.28-33). O propósito do livro é juntar de forma ordenada, em uma só coletânea, diversos regulamentos que dizem respeito ao oferecimento de sacrifícios a Deus, organização do sacerdócio e diversas leis sobre relações pessoais, afazeres cotidianos, comportamentos familiares, manutenção da saúde, higiene no lar e etc.

TRANSFORMAR ISRAEL NJUM POVO SANTO ADORADOR E OBREIRO.

Tanto no livro de Levítico como em todo o restante da Bíblia a vontade de Deus para o homem é que ele seja santificado. Deus é absolutamente Santo, tudo e todos quantos com Ele se relacionam devem ser igualmente santos. Tanto aqui no livro de Levítico como no restante de toda a Bíblia fica muito claro que estão enganados aqueles que pensam poder viver para o mundo e o pecado e também pertencer a Deus ao mesmo tempo (Lv 11.44-45; 19.2; 20.7,26; 1 Pe 1.15-16; 1 Ts 4.7; 5.23; 1 Co 1.2). As Escrituras deixa claro que santificação não é uma mera opção de vida cristã, mas uma necessidade espiritual, pois sem ela, segundo a Bíblia, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

O MANUAL DO SACERDOTE

a) Primeira menção de pessoas a agirem como Sacerdote. Gn 4:3.4

b) Durante o período patriarcal, os chefes agiam como tais. Gn 8:20: 12:8: 35:7

c) Após o Êxodo, certos jovens (primogênitos) fora, nomeados para agirem como tais. Ex 23:5 com, 19:22

d) Os filhos de Arão nomeados sumo sacerdotes por estatuto perpetuo. Ex 29:9: 40:15

e) Todos, com exceção da descendência de Arão. Excluídos do sacerdócio levítico. Nm 3:10; 16:40: 16:7

f) Santificados por Deus para o oficio. Ex 29:44

g) Publicamente consagrados. Ex 28:3; Nm 3:3

Cerimônia de Consagração:

a) Lavagem em água, Ex 29:4: Lv 8:6

b) Vestir em vestes santas Éx. 29:8.9: 40:14: Lv 8:13

c) Ungir com óleo. Ex 30:30: 40:13

d) Oferecer sacrifícios, Ex 29:10-19: 8:14-23

e) Purificação pelo sangue do carneiro da consagração. Ex 29:20.21: Lv 8:23.24

f) Imposição das mãos sobre, a oferta movida. Éx 29:22-24: Lv 8:25-27

g) Participar dos sacrifícios da consagração, Ex 29:31-33: Lv 8:31,32

h) Duravam sete dias. Éx. 29:35-37: Lv 8:33

i) Tinham de ficar no tabernáculo sete dias após sua consagração. Lv 8:33-36

j) Nenhuma Pessoa, defeituosa podia ser consagrada para o sacerdócio levítico. Lv 21:17-23

k) Era necessário provar a genealogia, antes de exercer o oficio. Ed 2:62: Nm 7:64

Suas Vestes:

a) Túnica. Ex 28:40: 39:27

b) Cinto. Ex 20:40c) Tiaras, Ex 28.40: 39:28

d) Calções de linho. Ex 28:42: 39:28

e) Usadas na consagração, Ex. 29:9: 40:15

f) Sempre usadas enquanto oficiavam no tabernáculo. Is 28:43: 39:41

g) Usadas pelo sumo-sacerdote no dia da expiação. Lv 16:4

h) Purificadas por sangue aspergido Ex 29:21

i) Guardadas em câmara santa. Ex 44:19

j) Freqüentemente providas pelo povo. Ed 2:68,69: Nm 7:70.72

k) Era necessário lavar-se na bacia de bronze antes de realizarem seu serviço. Ex 30:17.21

Seus serviços:

a) Tomar conta do tabernáculo, etcNm18:1,5.7

b) Cobrir os objetos sagrados do santuário antes de sua remoção. Nm 4:5-15

c) Oferecimento de sacrifício. Lv cap. 1 a 6; 2 Cr 29:34: 35:11

d) Acender e conservar em ordem as lâmpadas do santuário. Ex 27:20.21; Lv 24:3.4

e) Conservar sempre aceso, o fogo do altar, Lv 6:12.13

f) Queimar o Incenso. Ex 30:7.8: Lc 1:9

g) Colocar e remover os pães da proposição. Lv 24:5-9

h) Oferecer os primeiros frutos. Lv 23:10.11; Dt 26:3.4i) Abençoar o povo. Nm 6:23-27

 j) Purificar os imundos..Lv 15:30.31

k) Decidir os casos de ciúme. Nm 5:14.15

l) Decidir os casos de lepra. Lv 13:2-59: 4:34-45

m) Julgar os casos de controvérsia. Dt 17:9-13; 21:5

n) Ensinar a lei. Dt 33:0.10: Ml 2:7

o) Tocar as trombeta em várias ocasiões. Nm 10:1-10: Is 6:3.4

p) Transportar a arca. Js 3:6.17; 6:12

q) Encorajar a povo, ao irem à guerra. Dt 20:1-4

r) Avaliar as coisas devotadas. Lv 27:8

s) Tinham de viver do altar, visto que não possuíam herança. Dt 18:1.2; 1 Co 9:13

 Viviam sobre leis especiais:

a) Não podiam casar-se oca mulheres divorciadas ou impróprias. Lv 21:7

b) Não podiam contaminar-se pelos mortos, exceto pelos parentes mais próximos. Lv 21:1-6

c) Não podiam beber vinho, etc., enquanto estivessem servindo no tabernáculo. Lv 10:9; Ez 44:21

d) Não podiam contaminar-se, comendo o que tinha morrido por si mesmo. Lv 22:8

e) Enquanto estivessem imundos, não podiam realizar qualquer serviço. Lv 22:1.2 com Nm 19:6.7

f) Enquanto estivessem imundos, não podiam comer das coisas santas. Lv 22.3-7

g) Nenhum hospede ou servo contratado podia comer de sua porção. Lv 22:10

h) Todos os servos comprados os nascidos na casa, podiam comer de sua porção. Lv 22:11

i) Seus filhos, casados com estranhos, não podiam comer sua porção. Lv 22:12

j) As pessoas que ignorantemente comessem de suas coisas santas, tinham de fazer, restituição. Lv 22:14-16

k) Divididos por Davi em vinte e quatro turmas. Cr 24:1-19; 2 Cr 8:14; 35:4.5

l) As quatro turmas que voltaram da Babilônia subdividiram-se em vinte e quatro. Ed 2:36-39 com Lc 1:5

m) Cada turma tinha seu Iíder. 1Cr 24.6,31: 2Cr 36:14

n) Seus serviços divididos por sorte. Lc 1:9

o) Castigo para quem invadisse seu oficio. Nm 16.1-35; 10:7; 2Cr 26:16-21

p) Em ocasiões especiais, pessoas não pertencentes à família de Arão agiram como sacerdotes Jz 6:24-27; 1Sm 7:9; 1Rs 18:33

Foram algumas vezes:

a) Foram cobiçosos. 1Sm 2:13-17

b) Foram beberrões. Is 28:7

c) Foram profano, e ímpios. 1Sm 2:22-24

d) Focam injustos. Jr 6:13O

e) Foram corruptores da lei. Is 28:7 com Ml 2:8

f) Foram lentos em santificar-se ao serviço de Deus.. 1Cr 29:34

g) Geralmente participavam com o povo, em seu castigo. Jr 14:10; Lm 2:20

h) Ou mais vis do povo feitos sacerdotes por Jeroboão e outros. 1Rs 12:31; 2Rs 17:32

i) Suas cerimônias, ineficaz para remover o pecado. Hb 7:11; 10:11

Ilustram:

a) Cristo. Hb 10:11.12

b) Os Santos..Ex 19:6: 1Pe 2:9

Leis referentes:

Is 29:1; 40:15; Lv 10:9; 21:1; Ed 7:24; Ne 7:65

Deviam ser santos:

Ex 19:22; Lv10:3; 21:6; 22:9; 2Cr 6:41; Is 52:11; Ml 2:7

Alguns Idolatras. Exemplo:

Jz 17:5; 1 Sm 5:5; 1Rs 12:31; 13; 2 Rs 10:11; 11:18; 23:5.20

Seus Alimentos:

Ex. 29:32; Lv 6:16; 7:6.15; 8:31; 10:12,17; 24:9: Nm 18:31

 

Sua Herança:

Nm 18:20; 26:62; Dt 10:9; 12:12; 14:27; 18:2; Js 13:14; 14:3; 18:7;Ez 44:28; 45:4.

Sumo Sacerdotes:

a) Especialmente chamado por Deus. Ex 28:1.2; Hb 5:4

b) Consagrado para seu oficio. Ex 40:13; Lv 8.12

Era chamado de:

a) O sacerdote. Ex 29:30; Ne 7:65

b) Sumo-sacerdote de Deus. At 23:4

c) Príncipe do povo. Ex 22:28 com At 23:5

d) Seu oficio. Hereditário. Ex 29:29

e) Segundo em categoria, após o rei. Lm 2.6

f) Freqüentemente exercia poder civil principal. 1 Sm 4:18

Seus Deveres:

a) Oferecer dons e sacrifícios. Hb 5:1

b) Acender as lâmpadas sagrada. Ex 30.8; Nm 8:3

c) Fazer expiação ao santo dos Santos, uma vez por ano. Lv 16; Hb 9:7

d) Apresentar ao Senhor os nomes das tribos de Israel, como memorial.Ex 28:12,29

e) Interrogar a vontade de Deus pelo Urim e Tumim. 1 Sm 23:9-12: 30:7.8

f) Consagrar os levitas. Nm 8:11-21

g) Nomear sacerdotes aos, diversos ofícios. 1 Sm 2.36

h) Cuidar do dinheiro coligido no tesouro sagrado. 2 Rs 12:10; 22:4

i) Presidir o tribunal superior. Mt 26:3.57-62; At 5.21-28; 23.1-5

j) Fazer o recenseamento do povo. Nm 1:3

k) Abençoar o povo. Lv 9:22.23

l) Algumas vezes capacitado a profetizar. Jô 11.49-52

Comissionado:

a) Chamado de segundo sacerdote. 2 Rs 25:18

b) Exercia supervisão sobreo tabernáculo. Nm 4.16

c) Exercia supervisão sobre os levita..Nm 3:32

d) Precisava casar-se com uma virgem da família de Arão. Lv 21.13,14

e) Proibido lamentar quem quer que fosse. Lv 21:10-12

f) Devia ser terno e compassivo. Hb 5:2

g) Precisava oferecer sacrifício por si mesmo. Hb 5:1-3

Tipificava Cristo

a) Por ser chamado por Deus. Hb 5:4,5

b) Por seu título. Hb 3

c) Por sua nomeação. ls 61:1; Jo 1:32-34

d) Por fazer expiação. Lv 16:33: Hb 2:17

e) Por suas vestes esplendidas. Ex 28:2 com Jo 1:14

f) Por estar sujeito à tentação, Hb 2:18

g) Por sua compaixão e simpatia pelos pobres e ignorantes. Hb 4.15; 5.1,2

h) Por casar-se com uma virgem. Lv 21:13.14; 2 Co 11:2

i) Pela santidade de seu oficio. Lv 21:15 com Hb 7:26

j) Por realizar sozinho todo o culto no dia da expiação. Lv 16 com Hb 1:3

k) Por trazer os nomes das tribos de Israel sobre o coração.Ex 28.29 com Ct 8.6

l)Porque só ele entrava no santo dos Santos.Hb 9.27 com vers. 12,24 e Hb 4.14

m) Por sua intercessão. Nm 16:43-48: Hb 7:25

n) Por sua benção. Lv 9.22,23; At 3.26

Inferior a Cristo

a) Por necessitar de expiação para seus próprios pecados.Hb 5:2,3; 7:26-28; 9:7

b) Por ser da ordem de Arão. Hb 6:20; 7:11-17; 8:4.5 com vers. 1.2,6

c) Por ser sem juramento. Hb 7:20-22

d) Por são ser capaz de continuar. Hb 7.23,24

e) Por oferecer continuamente o mesmo sacrifício. Hb 9:25,26,28; 10:11,12,14

f) Por entrar anualmente no santo dos Santos. Hb 9.7,11,15

CONCLUSAO

Deus leva a Sua santidade muito a sério e por isso devemos também. A tendência na igreja pós-moderna é criar Deus em nossa própria imagem, dando-Lhe os atributos que gostaríamos que Ele tivesse em vez daqueles que a Sua Palavra descreve. A santidade absoluta de Deus, o Seu esplendor transcendente e a sua “luz inacessível” (1 Timóteo 6:16) são conceitos estranhos para muitos Cristãos. Somos chamados a caminhar na luz e repudiar a escuridão nas nossas vidas para que possamos ser agradáveis aos Seus olhos. Um Deus santo não pode tolerar o pecado flagrante e desavergonhado em Seu povo e a Sua santidade exige que essa transgressão seja punida. Não devemos de forma alguma ser impertinentes em nossas atitudes para com o pecado ou o ódio de Deus para com ele, nem devemos minimizá-lo de forma alguma.

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia


Comentário Bíblico BeaconGênesis a Deuteronômio4a Impressão/2012

REVISTA BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. Levítico – O ministério sacerdotal levítico e sua relevância para a Igreja. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2018. Ano 28 n° 106. Lição 01 – O livro de Levítico.

BÍBLIA DE ESTUDO MATTHEW HENRY.Português. Tradução Elen Canto, Eliane Mariano e outros. Editora Central Gospel Ltda. 1ª Edição. Rio de Janeiro – RJ. 2014.

BÍBLIA DE ESTUDO NVI - Português. Tradução de Nota: Chown, Gordon. Editora Vida.