17 de abril de 2019

Entrando no Tabernáculo o Pátio


Entrando no Tabernáculo o Pátio
TEXTO ÁUREO
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." (Jo 10.9)
Verdade Prática
Para entrar à presença de Deus, no Lugar Santíssimo, o pecador deve passar por uma única porta: Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 25.8,9: O modelo divino do Tabernáculo
Terça - Êx 29.45,46: O lugar da habitação de Deus
Quarta - Lv 26.11-13: A presença de Deus no Tabernáculo
Quinta - Zc 2.10, 11: Deus deseja estar entre o seu povo
Sexta - Jo 10.7-9: Jesus é a Porta de acesso à presença de Deus
Sábado - Ef 2.13-18: Jesus uniu os povos diante de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 27.9-19
HINOS SUGERIDOS: 134, 456, 495 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar acerca da centralidade de Deus na Igreja de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar o Pátio entre as Tribos de Israel;
- Expor a construção da cerca do Pátio;
- Enfatizar a porta do Pátio.
 INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Tabernáculo está pronto. Os artesãos fizeram um lindo e precioso trabalho. Rememore com os alunos essa construção artesanal revelada na lição passada. Então, inicie a aula dizendo que agora entraremos no Tabernáculo.
Passaremos pela cerca e pela sua primeira porta. Pararemos no Pátio. Assim, apresente a lição aos alunos, revelando os três tópicos principais:
 
(I) O Pátio entre as Tribos de Israel;
(II) A Construção da Cerca do Pátio;
(III) A Porta do Pátio.
Mostre também que o Pátio tinha uma posição especial entre as tribos de Israel, conforme o primeiro tópico expõe. Isso aponta para a necessidade de termos a consciência da centralidade do Pai Celestial em nossa vida e num mundo onde múltiplas coisas nos convidam a violar a centralidade divina.
PONTO CENTRAL
Deus deve ser o centro de nossa vida.
INTRODUÇÃO
Em Êxodo 27:9-19 temos a descrição do pátio que cercava o Tabernáculo. Como tudo que pertence a este assunto, há várias verdades preciosas reveladas aqui.
Descrição
O pátio media cem côvados de comprimento por cinqüenta de largura. Ele era cercado por cortinas de linho fino torcido que eram fixadas através de colunas de cobre e madeira, sendo que as colunas também eram fixadas em encaixes de cobre. O cálculo feito da quantidade de cobre utilizado no Tabernáculo prova que foi utilizado madeira nas suas colunas. Havia sessenta colunas como estas.
Uma porta de vinte côvados de largura permitia a entrada no pátio pelo lado oriental. Ela era feita do mesmo material utilizado na confecção dos véus do Tabernáculo e era fixada através de quatro colunas.
Quando alguém entrava por esta porta dava de frente com o Altar dos Holocaustos, depois com a Pia e finalmente com o Tabernáculo propriamente dito. A localização exata de cada uma destas coisas era significativo.
A Tipologia do Pátio
A. As paredes e o pátio protegiam o Tabernáculo de alguma profanação acidental ou intencional. Isto nos lembra que devemos chegar à presença de Deus de maneira séria e reverente (Eclesiastes 5:1-6). Também somos lembrados que as coisas de Deus como a Sua igreja, ordenanças e adoração devem ser separadas do mundo. (Salomão, que foi uma figura de Cristo, era protegido enquanto dormia em suas viagens por sessenta soldados. Muitos têm a suposição que o número de soldados é uma alusão as sessenta colunas do Pátio. Esta referência está em Cantares de Salomão 3:6-7).
B. O piso do Pátio e do Tabernáculo era a próprio solo. Isto nos lembra o fato de que quando Cristo, em Sua encarnação e origem humana era uma !raiz de uma terra seca? (Isaías 53:2). Não há glória terrena em Seu nascimento.
C. O Pátio tipificava para nós a comunhão e adoração que os santos gozam na igreja. Como a igreja é a casa de Deus hoje (I Timóteo 3:15) o Tabernáculo era o lugar onde Deus encontrava com Seu povo e onde o evangelho era tipificado em suas ordenanças simbólicas. No pátio o povo de Deus adorava e oferecia seus sacrifícios (Salmo 84:1-2, 65:4, 100:1-4, 27:4-6).
Os Cristãos hoje são todos sacerdotes que devem servir á Deus através da Igreja (I Pedro 2:5). (É interessante lembrarmos que a primeira igreja se reuniu para adoração nos pátios do Templo, como vemos em Atos 2:46. Sem dúvida, os eventos do dia de Pentecostes ocorreram no pátio do Templo e não no cenáculo, como muitas vezes é declarado).
D. A parede do Pátio é de difícil interpretação. Talvez as considerações abaixo são mais simples e mais corretas.
Os encaixes de cobre revelam nosso pecado sendo julgado na cruz. A madeira é uma figura de Cristo tomando a forma humana. A prata usada nas colunas, era do que restara da prata recolhida como dinheiro da redenção e utilizada para a confecção dos encaixes do Tabernáculo. Ela revelava a redenção que nos foi comprada, enquanto Cristo era julgado pelos nossos pecados. A prata sustentava as cortinas de linho torcido. As cortinas de linho tipificavam a justiça (Apocalipse 19:8). Se juntarmos todos os itens, a parede poderia ser interpretada de duas maneiras:
1. A redenção que nos foi feita pelo sofrimento de Cristo sustenta a justiça de Deus em perdoar os nossos pecados (Romanos 3:25-26).
2. Poderíamos também ver no linho, um tipo da justiça imputada de Cristo, pois cobre todo o que entra na presença de Deus pela fé em Cristo (II Coríntios 5:21).
E. A Porta ! Certamente a porta é uma figura de Cristo como a porta e o caminho para a presença de Deus (João 10:9, 14:6). Havia somente uma porta para a presença de Deus. Ela fica em frente ao Altar de Bronze, o qual, é uma figura de Cristo sofrendo pelos nossos pecados.
Que lição há aqui! A primeira visão de quem entrava no Tabernáculo era o altar. Nós vamos chegar ao lar celestial pelo caminho da cruz. Os Judeus entravam na presença de Deus vindo primeiramente com um sacrifício para ser oferecido neste altar. Nós entramos na presença de Deus pela fé no Cordeiro do Calvário.
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
1. As montagens provisórias do Tabernáculo.
Como à que era composto o Tabernáculo? Assim corno nós somos Corpo, Alma e Espírito, o Tabernáculo era composto por três partes: o Pátio; o Santo Lugar e o Santo dos Santos.
O Tabernáculo era um templo fixo?Não. O tabernáculo era um santuário portátil, que era desmontado sempre que o povo de Israel se deslocava. Quando se estabeleciam em algum lugar, o Santuário era, novamente, montado,
Como é que ele era montado? Sempre que se procedia ã montagem do Tabernáculo, esta era feita de dentro para fora, ou seja, do Santo dos Santos par a o Pátio, simbolizando a forma como Jesus opera na vida do ser humano: a partir do seu interior.
Segundo a Bíblia, a tarefa de montar e desmontar o Tabernáculo cabia apenas aos levitas. “Faze chegar a tribo de Levi e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam, e tenham cuidado da sua guarda e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para administrar o ministério do tabernáculo, e tenham cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o ministério do tabernáculo.’ (Ex 3.6-8).
Quem o mandou construir? Deus, quando o povo de Israel saiu do Egito em direção á Terra Prometida, mandou Moisés construir o Tabernáculo. “E me farão um santuário, para que eu possa habitar nomeio dela” (Ex 25.8).
Como é que foi construído? O Tabernáculo foi construído através da oferta do povo hebreu. “Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo o homem cujo coração o mover para Isso, dele recebereis a minha oferta. Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o Óleo da unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.” (Ex 25. 2-7). Como no passado, ainda hoje os templos são construídos graças á oferta do povo. De outra maneira não seria possível.
Para que é que servia? Naquela altura, o Tabernáculo era o elo de ligação entre Deus e o Homem. Era utilizado pelo povo hebreu como local de culto a Deus e era através deste que Deus se fazia presente no meio do Seu povo. Para além disso, também era o símbolo do relacionamento e da intimidade do ser humano com Crista “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração (..). Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hb 10.19-23).
2. A posição do Pátio do Tabernáculo.
O santuário do tabernáculo estava ao lado ocidental, sendo a metade de um pátio retangular, cujas dimensões eram 100 x 50 côvados (44 x 22 metros). O Tabernáculo estava situado de Leste para Oeste, tendo a entrada ao Leste. A nuvem da Glória de Deus desceu no tabernáculo:
Qualquer israelita poderia entrar nos átrios, mas só a tribo sacerdotal poderia ir no Tabernáculo, e apenas o Sumo Sacerdote poderia ir além, no Santo dos Santos, uma vez por ano no dia do Yom Kippur, O Dia da Expiação.
3. A posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo.
 
Os exércitos das tribos judaicas estavam localizados em torno do santuário divino.
 
1) De frente para a porta principal de acesso ao Tabernáculo. Os exércitos de Judá, Issacar e Zebulom estavam posicionados na porta principal do Pátio do Santuário. Juntos, esses exércitos somavam 186.400 homens (Nm 2.3-9);
 
2) Aos fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda do Pátio do Tabernáculo estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que, juntas, somavam 108.100 homens (Nm 2.18-23);
 
3) Ao norte. Na lateral do Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e Aser. Juntas, somavam 157.600 homens (Nm 2.25-30);
 
4) Ao Sul. Na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de Ruben, Simeão e Gade. Ambos somavam 151.450 homens (Nm 2.12-19).
 
Ao todo eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam entorno do Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel reconhecia a centralidade de Deus na vida espiritual e social da nação. Assim, devemos tê-Lo como o centro de todas as esferas da vida.
 
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PATIO
1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio.
O pátio ao redor tinha cinqüenta côvados de largura (aproximadamente vinte e cinco metros) e cem côvados de comprimento (cinqüenta metros) – Êx 27: 9-19; Êx 38: 9-20. Ao redor, as cortinas eram de linho fino retorcido (Êx 27: 9) com dois metros e meio de altura e suportadas por quarenta colunas de bronze, com bases de bronze, ganchos e vergas de prata, distribuídas em vinte colunas do lado sul e vinte colunas do lado norte. No lado oeste, as cortinas tinham cinqüenta côvados de comprimento (vinte e cinco metros) e dez colunas com bases de bronze, ganchos e vergas de prata. O lado oriental tinha cinqüenta côvados de comprimento, separados em duas partes, com cortinas de quinze côvados de comprimento (sete metros e meio) para um lado, com três colunas e três bases.
O outro lado era de igual medida. Na entrada do pátio havia uma cortina de estofo azul e púrpura e carmesim, e de linho fino retorcido, com quatro colunas e quatro bases de bronze e ganchos de prata (Êx 27: 18; Êx 38: 18-20), e cujas medidas eram: vinte côvados de comprimento (dez metros) e cinco côvados de altura (dois metros e meio de altura). Em Êx 38: 19-20, podemos também ler em relação a isso: “As suas quatro colunas e as suas quatro bases eram de bronze, os seus ganchos eram de prata, e o revestimento das suas cabeças e as suas vergas, de prata. Todos os pregos do tabernáculo e do átrio ao redor eram de bronze”.
A bíblia também diz (Êx 27: 17) que todas as colunas ao redor do átrio eram ligadas por vergas de prata; seus ganchos eram de prata, e as suas bases, de bronze. Todos os utensílios do tabernáculo para o serviço dos sacerdotes (Êx 27: 19) eram de bronze.
2. Colunas, cortinas e varais do Pátio.
As cortinas do pátio eram brancas, as suas colunas, talvez de madeira, tinham bases de cobre que reluziram gloriosamente. As suas faixas e os seus colchetes de prata em cada coluna manifestaram a glória tanto do pátio quanto o serviço ali ministrado. Quem contemplava essa glória de santidade foi forçado a lamentar por tal glória não fazer parte da sua vida cotidiana nem dos seus pensamentos toda hora. A glória manifesta pelas cortinas e pelas suas bases era convincente que o pecador não podia servir O Senhor Santo perfeitamente. A lei no coração convencia todos que eram contaminados por pensamentos alheios e pela desobediência das leis de Deus. A beleza da santidade requerida, representada pela brancura do linho fino torcido, testificava da separação entre os pecadores e Deus (Jó 42.6; Is 6.1-5).
Vendo as bases de cobre reconhecia que tal santidade era somente pelo julgamento dos seus pecados. A sua consciência pesava muito e reconhecia que não era apto para servir o Deus glorioso. Todavia, essas cortinas eram seguradas às colunas com colchetes de prata. Aquele que desejava ser santo, vendo o uso do cobre nessas cortinas e colunas, percebia que não somente os pecados seriam julgados mas a prata (nos colchetes e faixas) pregava da expiação dada pelo Cordeiro de Deus.
A expiação de Cristo (colchetes de prata) posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de Deus (linho fino). Os pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação idônea. Estes então se dirigiam à Única Porta levando um sacrifício idôneo, que, em tipo, representava o sacrifício do próprio Cristo, foi oferecido diante da porta. Através da fé no que representava este sacrifício idôneo, seus pecados eram remidos e este tornava participante da justiça de Deus. Essa Porta Única testificava da natureza celestial de Cristo (azul), da Sua soberania (púrpura), do Seu sacrifício (carmesim), e da Sua pureza (linho fino), ou seja, da Sua santidade (cor branca do linho). Representando a porta assim o Cristo, o arrependido que buscava agradar a Deus, podia ir a Deus pelas qualidades de Cristo e poderia adorá-LO em espírito e em verdade.
3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de Deus
Entre o pátio e o acampamento havia uma barreira feita por cortinas de linho retorcido sustentadas por uma fundação feita com 60 colunas de madeira cingidas de prata. Sendo 20 em cada comprimento e 10 em cada largura, espaçadas igualmente e encaixadas nas bases de cobre que eram ficadas no chão ou na areia.
No topo de cada pilar existia um acabamento ou cobertura feito de madeira e revestido de prata, chamado de capitel. Existiam colchetes ou ganchos de prata nas colunas para fixarem as cortinas.
3.1. Separação do profano
Tratava-se de uma espécie de barreira para impedir a aproximação ilegal ao edifício sagrado, preservando assim a sua santidade e separação do mundo (Êx 8.23; Is 59.2; Ez 42.20).
3.2. Oportunidades para todos
Enquanto o lugar Santo era um local só para os sacerdotes e todos estavam excluídos do Lugar Santíssimo, exceto o Sumo Sacerdote, o acesso ao pátio era irrestrito.
3.3. Símbolo da justiça divina
A cerca de linho fino branco era uma exposição maravilhosa da Justiça divina (Is 45.8; Ap 19.8).
3.4. Símbolo da palavra de Deus
A palavra revela como o pecado foi julgado e colocado sob os pés de Cristo representados pelas bases de cobre (Ap 1.15) que sustentavam as colunas (Êx 27.10,17).
3.5. Símbolo de resgate
As colunas eram cingidas de prata, tendo no seu topo os capitéis e no entorno um filete ou tira de prata. A prata na bíblia representa resgate.
III – A PORTA DO PÁTIO
1. A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho.
A porta única, que dava acesso ao pátio representa Cristo Que é a própria e Única Porta que dá acesso à presença de Deus e àquela adoração que Ele deseja (Jo 10.7-9). Jesus é o único por Quem a salvação é dada e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é aceita (Jo 14.6). Posso imaginar, se pessoas naquela época são como hoje, muitas pessoas estão ao redor da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber onde a Porta é localizada. Podem avisar a todo mundo que essa é a Porta Única para ter acesso a Deus.
Sentem-se confortadas de estarem ao redor da Porta Única pois seus pais também estavam aí por muito tempo. Todavia, essas religiosas, as que são satisfeitas pelas aparências, as que são enganadas pelos que pregam um outro evangelho, essas nunca entram nEla para terem os pecados expiados. Não conhecem o que é de ter os corações lavados, uma nova natureza e não têem comunhão com Deus.
2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho.
As quatro colunas desta Única Porta podem ser comparadas aos quatro Evangelhos do Novo Testamento e aos quatro animais diante e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9).
Desde que os quatro evangelhos pregam o Evangelho a todo povo, tanto judeu quanto grego, e desde que os quatro animais ao redor do trono eram semelhantes aos quatro evangelhos (leão como rei, Mateus; bezerro como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem, Lucas; águia como Deus, João), as quatro colunas podem representar a verdade que Cristo é universalmente: o Salvador de qualquer pecador arrependido de “toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também podem significar que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).
Se contássemos todas as colunas nas cortinas do pátio mais as quatro da porta teríamos o número de sessenta. É interessante que Salomão no seu cântico diz: “Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel”, Ct 3.7. As sessenta colunas não somente impedem alguém de entrar na presença de Deus por outra maneira a não pela Porta Única, como também guarda os que estão dentro do pátio.
Os que entraram pela Porta Única são guardados pelo O Valente, Cristo. Os que negam a entrar pela Porta Única têm que se encarar os Valentes: a Lei de Moisés - Rm 7.12, 13; a palavra dos profetas – II Pe 1.19; dos apóstolos – Gl 1.6-9; de Deus – Mt 17.5; de Jesus Cristo – Jo 12.48; e da própria Bíblia – Ap 20.12. É melhor submeter-se a Deus e ter os Seus Valentes lhe segurando do que contrariar estes Valentes e encará-los no juízo.
3. As cores da cortina de entrada; diversos tipos.
AS CORES E SEUS SIGNIFICADOS. Objetivando complementar as informações já existentes, procuramos abordar o aspecto “As Cores e seus Significados” através do fundamento bíblico, visando facilitar o trabalho da escolha das cores que irão compor o histórico da bandeira já que a cor ou cores escolhidas tem um “porque” de sua utilização.
As Escrituras não mencionam muitas cores diferentes. O vocabulário total do AT chega ser de quase dez mil palavras. Os escritores do NT, em virtude do seu tema, preocuparam-se ainda menos com a questão.
No texto de Gn. 38:28 e Ex 26:1, há relato sobre a prática do tingimento, arte que os hebreus aprenderam com os egípcios. As cores comumente usadas eram: a púrpura, mais clara e mais carregada, o azul, o escarlate, o vermelhão. Os corantes, na sua maioria eram extraídos de plantas e moluscos. O mais caro era a púrpura extraída do molusco Murex.
O linho era o tecido mais utilizado, e também o mais difícil de ser tingido, os tecidos tingidos eram largamente usados, e as tinturas já eram conhecidas: o carmim era extraído dos insetos, o rosa das romãs, o amarelo do açafrão. Os tintureiros da época costumavam pendurar fios de linha nas orelhas para se identificar: azul ou vermelho numa orelha, o verde ou branco na outra.
Vejamos então, as informações sobre as cores mencionadas na Bíblia:
BRANCO - O branco fala da pureza, retidão, luz, vida, santidade, vitória. Os sacerdotes hebreus vestiam-se de branco, por serem servos do Deus Santo. O branco era a cor básica do véu que dividia o santuário. A Bíblia registra também: A brancura das vestes de Jesus, por ocasião da transfiguração (Mt 17:2); as vestes dos anciãos celestiais que Daniel viu eram brancas(Dn 7:9; nós devemos usar vestes alvas (metáfora) Ec 9:8 ; Sl 51:7; Is 1:18); é a cor das vestes dos remidos, lavados no sangue do Cordeiro (Ap 3:5); a cabeça e os cabelos do Cristo exaltado eram brancos (Ap 1:14); o branco é também a cor do grande trono do juízo final, (Ap 20:11). No AT a cor branca é aplicada a muitos objetos: leite (Gn 49:12), o maná (Ex 16:31), a neve (Is 1:18), etc.
VERMELHO - Há na Bíblia 56 referências sobre esta cor. Ela está associada com sangue, vida e guerra, esta cor envolve também a idéia de brilho. Era um pigmento também usado para os afrescos nas paredes e nos templos; era uma cor muito apreciada pelos assírios conforme a arqueologia. A Bíblia menciona também o “escarlate” (vermelho profundo), produzido por um inseto daninho Coccus Ilicis. Esse corante já era conhecido desde 1700 a.C, pois a parteira pôs um fio escarlate em torno do pulso de Zera a fim de identificá-lo como primogênito (Gn 38:27-30); Em Is 1:18 o escarlate ou escarlata, esta cor está associada ao pecado; o texto de II Sm 1:2, fala das vestes das filhas de Israel; e em Pv 31:21 fala do uso das vestes de lã escarlate; e o “carmesim“, (tom de vermelho forte, brilhante); no AT esta cor é citada 39 vezes e em alguns versões com a grafia “carmezim”; o carmesim aparece em Ex 25:4 quando o Senhor fala a Moisés sobre as ofertas para o tabernáculo; Ex 25:1 se referindo às cortinas do tabernáculo; em II Cr 2:7,14; 3:14 quando Salomão começa a edificação da casa do Senhor.
AZUL - Simboliza o que é celestial, a pureza, a humildade. Na Palestina, essa cor era normalmente produzida pelo uso de um crustáceo, encontrado na costa da Fenícia. Nas bordas das vestes dos hebreus havia um cordão azul (Nm 15:38) onde procuravam demonstrar sua espiritualidade. A cor era usada nos tecidos do tabernáculo e no templo (Ex 26:1; 2 Cr 2:7); nas cortinas dos palácios (Et 1:6); nas roupas (Jr 10:9; Ez 23:6); nas vestes sacerdotais (Ex 28:6, 28,31).
AMARELO - As únicas referências a cor amarelo encontra-se em Sl 68:13 na versão Almeida Corrigida diz: “…cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo”; nas outras versões a expressão “brilho flavo do ouro” que simboliza o amarelo. É citado também em Ap 6:8, quando o Senhor Jesus abriu o quarto selo. Na antiguidade, os corantes dessa cor eram provenientes de várias pétalas e erva como o açafrão, a romã verde. As outras citações bíblicas não se referem ao assunto em pauta. O amarelo simboliza as atividades intelectuais.
VERDE - Indica aquilo que é vigoroso e florescente. Das 42 referências bíblicas com a palavra é usada para descrever vegetação, árvores, gramas, pastos, frutos e leito nupcial, citamos dentre elas, (Dt 12:2; 2 Rs 17:10 Jó 15:33; Sl 23:2; Sl 52:8; Ct 1:16; Os 14:8); No NT (Lc 23:31, Ap 8:7).
PÚRPURA - Essa cor simboliza realeza. Era obtida de uma espécie de molusco. Foi em Tiro que se comercializou, pela primeira vez, o produto. Os reis usavam vestes tingidas de púrpura Jz 8:26, pelos oficiais do governo e ricos em geral (Dn 5:29; Jr 10:9; Lc 16:19; Ap 17:4; 18:16); o manto de Jesus era da cor púrpura (Mc 15:17, 20; Jo 19:2); assim como, os trajes da mulher virtuosa (Pv 31:22); era a cor usada também no tabernáculo, no templo e nos mantos reais (Ex 26:1; 27:16; 2 Cr 2:14, Jz 8:26).
CONCLUSÃO
O Tabernáculo assim construído tem uma semelhança com o nosso ser e com a nossa vida. O Átrio Exterior representa nossos relacionamentos sociais em que muitas pessoas nos vêem, nos cumprimentam, mas conhecem pouco de nós. O Lugar Santo é a nossa alma, da qual participam pessoas mais próximas como a família e os amigos que nos conhecem melhor e sabem do que se passa no nosso coração. No Santo dos Santos, que corresponde ao nosso espírito, onde estão os mais íntimos dos nossos desejos e nosso verdadeiro eu, aí só o Espírito de Deus tem acesso.
Quando Jesus veio, Ele cumpriu o papel do verdadeiro sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5: 5-6), deu o exemplo de como ser o Tabernáculo de Deus na terra, nos ensinou a importância da separação das coisas mundanas para podermos permanecer cobertos pelo Seu sangue e debaixo da Sua bênção e da Sua aprovação sempre. Também nos ensinou a fazermos o nosso sacrifício, ou seja, carregar a nossa cruz, vencer os nossos desafios e poder ser o exemplo para aqueles que ainda não O conhecem possam entrar no Seu reino.
Eles precisam entender que é através do arrependimento sincero e se submetendo ao Seu julgamento que eles conhecerão a Sua justiça e o significado do verdadeiro sacerdócio, que Ele já determinou para todos os Seus filhos, lhes dando o direito de se achegar a Ele sempre que precisarem, sem nenhum impedimento.
Em Hb 4: 14-16 está escrito: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.
 Por: Ev. Isaias Silva de Jesus
Bibliografia
www.palavraprudente.com.br
 

9 de abril de 2019

Os Artesãos do Tabernáculo


Os Artesãos do Tabernáculo

TEXTO ÁUREO

“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." (1 Co 12.11)

Verdade Prática

O Criador dotou cada homem de talentos individuais para a sua honra e glória.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 36.1-3,8: Sabedoria divina para executar a obra
Terça - Êx 28.3: Capacidade divina aos escolhidos
Quarta - Êx 35.10,25,26: Mulheres capacitadas com sabedoria
Quinta - Rm 12.5-8: Fazendo a obra sábia e dedicadamente
Sexta - 2 Co 10.12-14: Sabedoria e humildade
Sábado - Jo 3.8; Ef 4.7: Escolha e capacitação dadas pelo Espírito

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 31.1-11

HINOS SUGERIDOS: 134, 290, 305 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Enfatizar que Deus deseja dotar pessoas de habilidades especiais para realizar obras especiais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Destacar como Deus chama pessoas especiais para executar serviços especiais;
Elencar as virtudes dessas pessoas: cheias do Espírito, sabedoria, entendimento e ciência;
Conscientizar que devemos usar os talentos para a glória de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Para iniciar a lição desta semana, faça uma pequena recapitulação da lição passada. Cinco minutos são suficientes. Rememore sobre a importância do Tabernáculo para Israel e a relação dessa imagem para a Igreja hoje. Lembre que, tal qual o Tabernáculo, a Igreja é um projeto de Deus no mundo.

É importante fazer essa ligação com a lição anterior, pois o aluno deve ter bem claro na mente a concatenação das lições ao longo do trimestre. Assim, você poderá iniciar a reflexão sobre a importância dos artesãos para construir o Tabernáculo. Ora, o Tabernáculo era um projeto divino e Deus precisava de pessoas habilidosas para construí-lo. Por isso, Ele separou essas pessoas e as usou de maneira graciosa.

INTRODUÇÃO

Bezaleel é o maior artífice do velho Testamento. Investido pelo Espírito Santo fez, juntamente com Aoliabe, todos os utensílios do Tabernáculo. Com habilidade incomum, trabalhou o ouro e a prata, o bronze e a madeira. Dos planos que lhe passou Moisés, produziu uma obra mais do que admirável. Decorridos tantos séculos, ainda perguntamos: “Como pode Bezaleel produzir as peças do tabernáculo com tanta perfeição, se naquele tempo não havia tantos recursos como hoje? Se a tecnologia ainda estava a ensaiar seus primeiros passos?”.

Não nos esqueçamos, entretanto, que a capacidade de Bezaleel não vinha dele. Era originaria do Espírito Santo que continua a capacitar-nos a realizar os trabalhos mais difíceis e as mais espinhosas tarefas. Vamos, pois, nos entregar inteiramente nas mãos de Deus para que, à semelhança de Bezaleel e Aoliabe, possamos ser úteis ao reino dos Céus.

HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS

O ESPÍRITO SANTO CAPACITA A BEZALEEL

 1. A história de Bezaleel: Não temos muito a dizer acerca de Bezaleel. Filho de Hur pertencia à tribo de Judá. Quando da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, foi chamado pelo próprio Senhor para encarregar-se do fabrico dos utensílios do tabernáculo (Ex 31.2). Embora não tenhamos outros dados biográficos de Bezaleel, abemos que ele foi um poderoso instrumento nas mãos do Senhor. Porque tudo o que fez, contou com o aval do santo Espírito.

Se confiarmos igualmente no Senhor, ainda que não tenhamos uma nobre ascendência, em seu nome faremos proezas. Na seara do Mestre, o mais importante é esquecer-se das possibilidades humanas e apegar-se Àquele que tudo pode.

2. O ofício de Bezaleel: Capacitado pelo Espírito Santo, Bezaleel iria trabalhar os mais diferentes materiais para que o tabernáculo, onde estaria representada a glória do Senhor, fosse um local digno de honra. E, assim, o neto de Hur começou a manejar suas ferramentas. Trabalhou o ouro, a prata, o bronze. Também trabalhou a madeira e as pedras preciosas. Em suas mãos, os mais delicados objetos ganharam, forma e beleza. E todo o Israel orgulhava-se de ter um lugar de culto tão magnifico. Como não se extasiar diante da beleza  do altar do incenso e da arca do concerto? Da mesa da apresentação e do altar do holocausto. Quando o Espírito Santo nos investe do seu poder, tornamo-nos capazes também de desempenhar as mais delicadas funções no Reino. Se alguém tem falta de sabedoria, recomenda Tiago, peça-a a Deus. 

É o Senhor aquém nos abre o entendimento para compreendermos sua Palavra e expor todos os seus mistérios. É o mesmo Senhor quem inspira os cânticos e as poesias. Sem Ele, nada podemos fazer!

3. O companheiro de Bezaleel: Apesar de sua capacitação, Bezaleel não trabalharia sozinho. Como seu companheiro, designa o Senhor a Aoliabe. Desta vez, entretanto, era o próprio Bezaleel quem prepararia o novo artífice, Bezaleel revelou-se um excelente professor. E, dentro de pouco tempo, ambos estavam executando dificílimas tarefas. Como é grato o trabalho onde há união e confiança!

O Senhor deseja de igual modo que compartilhemos nossas experiências e avanços. Caso contrário, jamais teremos obreiros preparados e que saibam manejar com perfeição a Palavra da Verdade. Acaso não agiram assim Moisés, Samuel e Paulo? Moisés soube preparar Josué para introduzir os israelitas na Terra de Promissão, Samuel, não obstante pesaroso, ungiu a Saul como o primeiro rei de Israel. Com muito carinho e paciência, Paulo deixou obreiros, valorosos e fiéis, em vários continentes. E, o que dizer do próprio Cristo? Soube fazer daqueles rudes galileus, grandes pescadores de homens.
Vamos, portanto, preparar melhor nossos obreiros. Ensinemo-lhes os segredos deste ofício maravilhoso. Compartilhemos com eles nossas dores e também alegrias. Vamos conscientizá-los de que, em Cristo, nosso trabalho não é vão.

O ESPÍRITO CAPACITA OS OBREIROS

 Foi no dia de Pentecoste que os discípulos receberam diversos dons ministeriais que os transformaram em grandes campeões de Deus. Sem aquele batismo de fogo, jamais teriam capacidade para revolucionar o mundo. O apóstolo Pedro, por exemplo, com o seu sermão, ganhou três mil almas e inaugurou uma era de poder e milagres que só será encerrada quando Cristo voltar. Mas tarde, sob a mesma unção, Paulo evangeliza o férreo império. Pequenos e grandes ouvem a sua voz e conscientizam-se de que não existe nenhuma mensagem mais poderosa do que a da cruz de Cristo.

Eis o que o apóstolo diz em sua Epístola aos Efésios: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). 

Desta forma, mune-se a Igreja de Cristo com os obreiros necessários para que os santos não percam o vínculo de sua perfeição. Os obreiros, portanto, nada podemos fazer se não contarmos com a unção do Espírito. À semelhança de Bezaleel e Aoliabe, os apóstolos necessitam de capacitação espiritual para abrir novas frentes de trabalho. Sem essa mesma capacitação, os profetas jamais poderão entregar os recados de Cristo. Se os evangelistas prescindirem do auxilio do Espírito, não ganharão uma alma sequer. E o que dizer dos pastores? Sem a orientação do santo Preceptor, não passariam de mercenários.

Paulo ainda dá outras duas listas de dons ministeriais. Uma se encontra em 1 Co 12.28: a outra acha-se em Rm 12.6-8. É com estes dons maravilhosos que o Senhor Jesus tem capacitado seus Bezaleéis e Aoliabes para a grande tarefa da atual dispensação. Nesta última década do milênio, carecemos mais do que nunca de homens que possuam verdadeiramente os dons ministeriais. Afinal de contas, estamos em plena Década da Colheita.

O ESPÍRITO SANTO CAPITA A IGREJA

 No capítulo 12 da 1ª Epístola aos Coríntios, discorre Paulo acerca dos dons espirituais. Nesta relação, deparamo-nos com três categorias de dons que desde o Pentecoste, têm capacitado milhões de homens e mulheres a desempenhar as mais diversas funções na Igreja de Cristo.

1. Os dons verbais: Através do dom de línguas, de interpretação e de profecia, a Igreja de Cristo fala sobrenaturalmente. Com as línguas estranhas, o crente fala sobrenaturalmente. Com as línguas estranhas, o crente ora em espírito e é fortalecido, e aa sua comunhão é estreitada com o Senhor. Mas, se no momento em que falamos línguas, alguém as interpretar, então, temos uma mensagem profética. Finalmente, temos o dom da profecia que tem tríplice finalidade: consolar, edificar e exortar. Aos desorientados coríntios, recomenda o apóstolo a procura dos melhores dons, principalmente o de profetizar.

2. Os dons de inspiração: Por intermédio destes dons, a Igreja de Cristo conhece sobrenaturalmente. Se algum fato precisa ser revelado, manifesta-se o dom da ciência. Se algum problema difícil precisa ser resolvido, entra em ação a palavra da sabedoria. E, se não sabemos se determinada manifestação procede de Deus, contamos com o dom de discernir Espíritos. Que o Senhor continue a capacitar mais Bezaléeis com esta categoria de dons.

3. Os dons de poder: Finalmente temos os dons de poder. Por meio dos dons de curar, da fé e da operação e milagres, a Igreja de Cristo age sobrenaturalmente. Não podemos desprezar estes dons, pois são uma prova bastante palpável de que o Senhor Jesus Cristo ainda está a operar em nosso meio. Lembre-se de que o Senhor prometeu: “Estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17). Busquemos também estes dons para que a Igreja de Cristo jamais deixe de operar de forma sobrenatural.

ATUANDO BEM NA OBRA DE DEUS

"... e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento"
De uma atuação correta em todos os aspectos do envolvimento pessoal depende o sucesso da governabilidade! Infelizmente as escolhas não têm sido corretamente feitas e o resultado é o lastimável estado que vivenciamos na vida da Nação. 

Raros são os escolhidos que se envolvem corretamente na difícil e importante obra de governar! Isso me levou a considerar a necessidade de homens que se envolvam corretamente na obra de Deus.

Encontramos em Bezalel um digno exemplo.

Personagem pouco conhecido, foi de grande valor no cenário histórico de Israel. Dele lemos em Êxodo 31:2-3; 35:30-35,36 e 38:22.

Incumbido das principais providências para a construção do Tabernáculo, oferece-nos oportunas lições de como nos devemos envolver corretamente na Obra do Senhor. Não basta que disponibilizemos recursos materiais, julgando que, com isso, já cumprimos o nosso correto envolvimento na obra de Deus. O investimento material é necessário e muito útil, mas o investimento pessoal é essencial (2 Coríntios 8:5).

Vejamos algumas lições que Bezalel nos deixou:

CONVICÇÃO DO SEU CHAMADO (35:30)

Lemos aí que o "Senhor chamou pelo nome a Bezalel".
Não significa isso que temos que ficar a espera de um "toque" especial que defina a chamada do Senhor. A decisão de nos envolvermos na obra do Senhor é algo que acontece naturalmente como decorrência da nossa relação pessoal com Cristo.

O chamado do Senhor a todo o cristão já foi claramente feito quando nos comissionou (Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Atos 1:8)

CAPACITADO PELO SENHOR (35:31)

Diz o texto: "e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento".
Ninguém pode se envolver corretamente na obra do Senhor sustentado, apenas, pela sua capacitação pessoal, seja de nível intelectual, artístico ou de outra ordem.

Deus nos quer usar como somos e com o que temos e nada lhe podemos negar.
Mas é essencial a capacitação espiritual, só alcançada pela nossa relação correta com o Senhor Deus e a Sua Palavra. No texto encontramos três elementos dessa capacitação:

a) A "origem" da capacitação: é o "Espírito de Deus". Veja João 14:17,26 e 16:13;

b) A "medida" da capacitação é "plena". Diz o texto que o Espírito de Deus "o encheu". O Senhor nos quer capacitar totalmente. Temos aí a ideia importante definida por Paulo como "plenitude do Espírito" (Efésios 5:18).  Devemos dar espaço total em nós ao Espírito Santo para que Ele tenha condições de atuar, amplamente;

c) A "amplitude" da capacitação: Bezalel foi capacitado com: I - habilidade; II - inteligência; III - conhecimento. 

As importantes áreas da sua personalidade foram atingidas pela atuação ampla do Espírito, o que o colocou em condições de poder envolver-se corretamente na obra do Senhor (1 Coríntios 2:6-16).

DISPOSTO A ENSINAR OUTROS (DISCIPULADOR) (35:34)

Diz o texto: "também lhe dispôs o coração para ensinar a outrem...". Uma das características básicas do servo do Senhor é a sua aplicação constante na discipulando outros, envolvendo-os, também, na obra.

Infelizmente não há muitos que desenvolvem essa aptidão, anulando, assim, a eficácia do serviço para Deus. Veja Mateus 28:19-20... "fazei discípulos... ensinando-os a guardar as coisas que vos tenho ordenado...". Paulo recomendou a Timóteo: "o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fieis e idôneos para ensinar outros" (2 Timóteo 2:2).
O envolvimento de outros na obra do Senhor é dever nosso.

SEMPRE PRONTO A TRABALHAR (36:1)

Diz o texto: "assim trabalharam Bezalel e Adoliabe, e todo o homem hábil a quem o Senhor dera habilidade e inteligência...".

A ociosidade e a preguiça são incompatíveis com o correto envolvimento na obra do Senhor.
Muitas oportunidades preciosas de servir se perdem por causa dessa deficiência na atuação do serviço do Senhor. Devemos estar sempre prontos a trabalhar, aproveitando as oportunidades que o Senhor nos oferece, fazendo o que nos cabe no tempo de Deus. Veja João 5:17; Timóteo 4:2-5; 1 Coríntios 15:58.

FIDELIDADE NO TRABALHO (38:22)

Diz o texto: "Fez Bezalel... tudo quanto o Senhor ordenara a Moisés".
Não basta fazer muito.

Vale somente o que é feito na exata medida da vontade do Senhor. O modelo do Tabernáculo fora dado pelo Senhor, com todos os detalhes. Bezalel e seus companheiros fizeram tudo conforme o modelo (Hebreus 8:5).

Nosso envolvimento na obra do Senhor só será correto se formos fiéis no cumprimento de nossa vocação celestial. Que as lições de Bezalel nos sirvam no envolvimento correto na Obra de Deus.

USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS

No livro do Êxodo 35:30-35 temos o registro de que as habilidades naturais vem do Senhor e que precisam ser utilizadas para a obra dEle, veja que texto interessante:

 Disse então Moisés aos israelitas: “O Senhor escolheu Bezalel, filho de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, e o encheu do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística, para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e lapidar pedras e entalhar madeira para todo tipo de obra artesanal. E concedeu tanto a ele como a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, a habilidade de ensinar os outros. A todos esses deu capacidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas, bordadores de linho fino e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e como tecelões. Eram capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal.

 Vejamos o que este texto nos ensina acerca dos talentos que o Senhor nos concede:

 1) Eles receberam um talento do Senhor e o desenvolveu – Eles desenvolveram o talento que receberam de tal modo que eram capazes de trabalhar com qualquer tipo de material, como por exemplo: ouro, prata, bronze, pedras, madeiras, tecidos, couros, pelos de animais e todo tipo de trabalho artesanal.

 2) Eles compartilharam o que sabiam com outras pessoas – Haviam outras pessoas que igualmente tinham habilidade suficiente para aprenderem a trabalhar com o artesanato. Aoliabe e Bezalel além de serem talentosos para trabalhar, também eram ótimos professores e assim compartilharam com outras pessoas a experiência que tinham.

 3) Eles estavam prontos para grandes projetos – Apesar do Tabernáculo ser cheio de detalhes, medidas e variadas peças, esses servos do Senhor estavam prontos para executar o projeto. Quando desenvolvemos os nossos talentos e os colocamos na mão do Senhor, certamente ele nos usará!

 E agora, você está pronto para responder quais são os seus talentos? O Deus Criador capacitou você com talentos naturais. Ao identificá-los, desenvolva-os conscientemente, depois multiplique-os compartilhando com outras pessoas e por fim, deixe-os na mão do Senhor
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HABILIDADES TALENTOS E DONS DADOS POR DEUS

"Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja" (1Co 14:12).

Habilidades, talentos e dons são presentes dados por Deus a fim de que possamos usá-los para a honra e glória dEle.

Mas como vou descobrir quais habilidades, talentos e dons que Deus me deu?

1) Primeiramente, tenho que colocar no meu coração o desejo de usá-los, independente de vergonha, coragem (que por acaso possa existir) ou tempo. Tenho que prometer ao Senhor que vou usá-los da melhor maneira possível.

Nestes momento de medo, de falta de coragem, de incertezas, de pensar que não sei fazer bem determinadas coisas que Deus quer que eu faça, devo então "orar, orar e orar!" Somente o Senhor é que nos capacita e acalma o nosso coração se Ele vir que estamos, realmente, desejosas de louvá-Lo e glorificá-Lo.

2) Devo fazer uma lista de todas as minhas habilidades:
 
Cozinho bem? Gosto de receber visitas? Gosto de ajudar o necessitado? Aconselho os que estão aflitos? Gosto de cantar? Gosto de ensinar? Gosto de falar do meu Senhor e Salvador? Gosto de conversar com os idosos? Gosto de crianças?

Na verdade, posso usar qualquer uma dessas minhas habilidades para falar do plano de salvação às pessoas e dirigi-las na direção de Jesus Cristo.

Deus conhece os nossos corações e sabe quando estamos usando o nosso dom ou os nossos dons única e exclusivamente para a honra e glória dEle.

Eu posso estar limpando os bancos do templo da igreja, cantarolando hinos de louvor ao nosso Deus e estar fazendo de todo o coração, com toda a sinceridade. Outra pessoa pode estar cantando um hino cuja mensagem é belíssima e profunda (sua voz também é muito bonita) mas as palavras que ela está proferindo estão saindo da boca para fora e não de dentro do coração.
Não creio que algumas habilidades são mais importantes do que outras, porque Deus olha para o coração e sabe se há ou não sinceridade naquilo que estamos fazendo "para Ele"

Efésios 10:31 diz: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus."

Os irmãos de Corinto apreciavam os seus próprios dons e alguns, dentre eles, classificavam uns dons mais importantes do que outros. Puro orgulho!

Em 1 Coríntios 14:12 Paulo nos diz que... "Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurais abundar neles, para edificação da igreja."

Então, não fiquemos preocupados se o dom que estamos usando é um dom que se destaca e que é visto por todos, mas nos preocupemos em usar o nosso dom, seja ele qual for, para a honra e glória de Deus e, também, para edificar aqueles que fazem parte da igreja . Amém!

Quero usar o meu (s) dom (ns) mas algumas dúvidas surgem em meu coração:
 
1- Mas, como posso usar minhas habilidades, os meus dons para o bem de toda a igreja?
2- Como posso usar minhas habilidades, os meus dons, de forma a levar pessoas a querer aceitar Jesus como o Salvador delas?

Posso fazer um sem número de coisas, mas vejamos apenas estas:

1) Dobrar os meus joelhos no chão e fazer como a Palavra de Deus diz em 1 Tessalonicenses 5:17: "Orai sem cessar." Orar sem cessar e confiar que esta é a vontade de Deus.

2) Usar o dom ou dons que Deus me deu, de todo o coração. Fazer a obra do Senhor com esmero e dedicação.

Só temos que agradecer a Deus por esses dons, talentos e habilidades que Ele nos deu e que nunca esqueçamos de usá-los para a glória dEle.

Em 1 Coríntios 14:24-24, a Palavra de Deus diz: "Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós."
CONCLUSÃO

 Não podemos nos mostrar negligentes ao buscar os dons de Deus, estamos no fim dos tempos. A igreja de Cristo precisa de homens e mulheres verdadeiramente poderosos e que exerçam os dons concedidos pelo Cordeiro. Onde estão os nossos Bezaleéis? Onde estão nossos Oaliabes? Na Seara do Mestre, há lugar para todos trabalharem. Basta apenas disposição e coragem.


Por. Ev. Isaias Silva de Jesus

Bibliografia