AVIVAMENTO ESPIRITUAL
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu irei dos
céus, e perdoarei os seus pecados, sararei a sua terra.” (2 Cr 7.14)
VERDADE PRÁTICA
Humilhar-se diante de Deus, buscar a face do Senhor em oração e
converter-se de seus maus caminhos são atitudes que precedem o avivamento
espiritual.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Crônicas 7.12-15; Ageu 2.5-9
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos o avivamento espiritual. Veremos o quanto
ele é indispensável para o crescimento, o desenvolvimento e o cumprimento da
missão integral da Igreja no mundo. Esse fenômeno espiritual é a condição
primária para que o Corpo de Cristo proclame o Evangelho de Jesus a cada
criatura. Assim, constataremos que o avivamento espiritual, mais do que
movimentos ocasionais, é uma necessidade permanente para a Igreja enfrentar os
desafios atuais.
COMENTÁRIOS
Nos dias presentes, mais do que nunca, a Igreja de
nosso Senhor Jesus Cristo necessita de avivamento espiritual. Em muitos lugares
no Brasil e no mundo, tem-se a impressão de que uma “frente fria” tem passado
por muitas igrejas. As chamadas igrejas históricas, oriundas da Reforma
Protestante do século 16, de modo geral, nunca buscaram um avivamento com poder
de Deus por intermédio do Espírito Santo. A Reforma foi um movimento
extraordinário promovido por Deus para sacudir as bases das igrejas
consideradas cristãs, que se haviam acomodado ao formalismo religioso. De modo
especial, o Senhor levantou homens e mulheres, inclusive no meio da igreja
católica, para promover mudanças marcantes na estrutura religiosa daquela
igreja, que se dizia cristã, mas que se afastara da ortodoxia neotestamentária.
As igrejas oriundas da Reforma tornaram-se formalistas e academicistas por
terem ignorado ou se esquecido do papel maravilhoso do Espírito Santo. As
proposições básicas e fundamentais da Reforma adotaram as expressões latinas
para indicar o seu corolário de fé. Tais proposições foram denominadas Sola
Fide, Sola Gratia, Solus Christus, Sola Scriptura e Soli Deo Gloria. Vê-se que
tais declarações de fé honraram o Pai, o Filho, a Palavra, a fé e a graça, só
que os reformadores esqueceram-se de um “Sola” tão importante quanto as outras.
Esqueceram-se do Solus Spiritus! Não queremos dizer que eles não conheciam o
Espírito Santo, mas, sim, que se esqueceram de contemplar e valorizar a sua
pessoa no meio das proposições características da fé dos reformadores. O
resultado dessa omissão ao valor, à necessidade e à importância do Espírito
Santo para a Igreja do Senhor Jesus foi que, durante cerca de duzentos anos, as
igrejas que adotaram os princípios da Reforma foram dominadas por um formalismo
tal, misturado com academicismo teológico, que se tornaram formalistas e sem
poder. As discussões teológicas causaram grande acirramento nas percepções que
os reformadores tinham da Palavra de Deus. Divisões e fragmentação das igrejas
causaram profundas diferenças no contexto eclesiástico pós-reforma na Europa e
no mundo. Esse formalismo tem atravessado os séculos e manifesta-se até os dias
atuais, causando frieza ou mornidão no meio de muitas denominações. Antes da
Reforma, o Senhor Deus levantou homens que se comprometeram com a fidelidade à
sua Palavra, que levantaram a voz contra o formalismo religioso, sem graça e
sem poder para provocar mudanças a realidade espiritual das nações e das
pessoas. Deus chamou homens inconformados com a letargia espiritual, que foi
provocada pelo catolicismo romano, para promover mudanças na vida dos que se
diziam cristãos. Dentre esses homens, em 1315, destacou-se Jan Huss
(1369–1415), um professor da Universidade de Praga, homem cheio de fé e amor ao
evangelho de Cristo, que condenou os desvios e a apostasia da igreja católica.
Como resultado, Huss foi preso e lançado na fogueira, deixando, porém, muitas
almas salvas por Cristo e com a chama do avivamento nos corações. Entre 1330 e
1384, Deus levantou outra testemunha poderosa, cheia do Espírito Santo, para
despertar os cristãos contra os ensinos heréticos do catolicismo romano. Esse
homem foi John Wycliffe (1328–1384), que proclamou que a sua fé baseava-se no
que está escrito na Palavra de Deus e na obediência aos ensinos de Cristo, nos
Evangelhos, e dos seus apóstolos, nos Atos e nas epístolas. Depois de Wycliffe,
Deus levantou Girolamo Savonarola (1452–1498), homem culto, Superior do
Convento, que, conhecendo a Bíblia, protestou contra os desmandos, a corrupção
e as orgias promovidas pelo clero desviado. Ele foi excomungado pelo Papa
Alexandre VI e, em 1498, foi queimado vivo na fogueira, mas o seu testemunho
não morreu, está queimando até hoje nas consciências dos que desejam ver a
Igreja de Jesus no centro da sua santa vontade. A Reforma Protestante não
atingiu a igreja cristã. Pode até parecer impertinência de nossa parte afirmar
isso, mas a Igreja de Jesus nunca precisou de reforma alguma. Ela sempre
existiu desde a Igreja Primitiva, como vemos em Atos dos Apóstolos e nas
epístolas. Deus, todavia, levantou homens cristãos, como Martinho Lutero
(1483–1546), Ulrico Zuínglio (1484–1531), João Calvino (1509–1564) e outros,
para promover o movimento contra os desmandos e apostasias da igreja deformada
— esta, sim, precisou de reforma. A Reforma trouxe grande contribuição a todos
os que desejavam uma mudança real nos rumos da igreja católica, mas depois se
tornou mais um movimento político do que espiritual. O formalismo e a frieza
tomaram conta das igrejas que aceitaram o movimento reformista. Diante daquela
realidade espiritual das igrejas reformadas, houve uma reação à frieza e ao
conformismo dominante no cerne das diversas denominações. Séculos mais tarde,
com o movimento pentecostal, o Senhor Deus soprou o vento do Espírito Santo
para promover o avivamento no meio do seu povo. Neste capítulo, nossa atenção
estará em parte voltada ao texto de Ageu 2.1-9, que registra um período de
grande frieza espiritual no meio do povo de Israel. O próprio Deus cobrou do
seu povo a reconstrução do Templo, que fora destruído como consequência da
desobediência aos seus mandamentos. O Senhor deu um grande incentivo ao povo
quando este se pôs a trabalhar com afinco para a reconstrução do santuário. E
Deus deu uma promessa gloriosa de avivamento para o seu povo (Ag 2.8,9). Renovato.
Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao
poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
Grosso modo, o que temos proposto nesta
primeiríssima lição de 2023, é algo urgente, necessário e primordial, nestes
dias de profundo esfriamento, descrédito e crescimento do secularismo. O
segredo para o verdadeiro despertamento em nosso tempo é ainda o mesmo.
É necessário que a igreja se divorcie-se do mundo e
do mundanismo; Quando pudermos ignorar os chamados cristãos-artistas, que
tentam combinar show busines com santidade; Quando cessarmos
dos esforços da carne e reconhecermos que a Bíblia escrita ontem é também para
hoje e para amanhã, e que ela, e somente ela tem a fórmula para o Avivamento;
Teremos, ao menos, começado a caminhar na estrada para a restauração da Igreja,
a qual deve preceder o verdadeiro despertar espiritual que pode salvar nossa
geração completamente.
Palavra-Chave: AVIVAMENTO
I. O QUE É AVIVAMENTO ESPIRITUAL
1. O que É Avivamento. Em primeiro lugar, o avivamento espiritual é uma intervenção de Deus. Só
tem início quando o Espírito Santo encontra espaço no coração de uma pessoa, de
um grupo, de uma cidade ou de uma nação (Ap 3.20). E mais ainda, quando uma
igreja local volta-se para Deus, buscando-o de maneira humilde para que Jesus
possa transformar a realidade espiritual. Dessa forma, as circunstâncias de
nossa vida externa também são transformadas pelo poder divino.
COMENTÁRIOS
Avivamento ou reavivamento pode ser descrito de
diversas maneiras. “Avivamento é aquela estranha e soberana obra de Deus na
qual Ele visita o seu próprio povo, restaurando-o, reanimando-o e libertando-o
para receber a plenitude de sua bênção” (Stephen Olford). “Avivamento é um
abundante derramamento do Espirito de Deus sobre o seu povo, renovando-o e
despertando-o de sua preguiça espiritual e desobediência, levando-o a
preocupar-se com o pecado, a santidade de vida e a glória de Deus. O resultado
é que um grande número de pessoas fora da igreja e descrentes é trazido a
Cristo e a sua igreja. No reavivamento, Deus dá uma nova saúde espiritual aos
já crentes e nova vida aos mortos” (David Eby). “Um avivamento fica marcado
pela vitória do Espirito sobre a carne” (Russel Shedd). Em síntese, afirmamos
que o avivamento é uma atividade espiritual realizada por Deus, na vida do seu
povo, por meio da ação poderosa do Espirito Santo. O objetivo do avivamento é a
revitalização espiritual da sua igreja.
O princípio de todos os avivamentos ocorridos ao
longo da história da Igreja sempre foi um retorno às Escrituras; é a busca pela
palavra, somente a palavra.
“Quando Moody
chegou à Inglaterra, talvez não imaginasse o que tencionava fazer o Senhor
naquelas ilhas. Bastaram, porém, os primeiros dias de labor, e agora já
compreendia estar sendo usado para conduzir um dos maiores avivamentos da
história da Igreja Cristã. Se tomarmos emprestada a figura cristalizada pelo
pastor Boanerges Ribeiro, diríamos ter-se incendiado a seara naquele pedaço de
Europa, que já começava a perder a pujança dos avivamentos anteriores. Recuemos
no tempo, e perguntemos a Moody: “O que é o avivamento?” Vivendo-o
intensamente, o evangelista norte-americano responder-nos-á tratar-se de um
movimento do Espírito Santo. Que é um movimento do Espírito, não há dúvida. O
difícil, entretanto, é definir esse poderoso mover do Espírito Santo que tem
muito do vento mencionado pelo Senhor. Um vento que sopra onde quer;
ouvimos-lhe a voz; não sabemos porém de onde vem, nem para onde vai”. Andrade.
Claudionor Corrêa de,. Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento. Editora
CPAD. 1ª edição: 2014. pag. 39
Avivamento é aquele curto espaço de tempo em que o
Espírito Santo de Deus atua poderosamente no meio de um grupo de cristãos, num
determinado lugar, levando-os a buscar a Deus de forma intensa, deixando-se de
lado as tradições, os costumes, a rotina, a frieza, a apatia, a inércia e
usando-os de maneira fora do comum para o engrandecimento do Seu Reino. O
avivamento em si pode até durar pouco, mas os efeitos que ele produz permanecem
ecoando nos corações dos fiéis durante muito tempo.
2. A pré-condição para o avivamento. A Bíblia nos mostra que uma situação de crise espiritual ou moral pode
ser pré-condição para o avivamento. Deus disse ao rei Salomão: “Se eu cerrar os
céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou
se enviar a peste entre o meu povo” (2 Cr 7.13). Aqui, a crise está delineada
em termos climáticos. Entretanto, ela também pode ser moral, política e
econômica, afetando todas as áreas da vida de um indivíduo, de uma igreja local
ou de uma nação.
COMENTÁRIOS
É logico que, para reavivar é necessário que se
esteja em estado letárgico! Que tal olharmos para a Igreja em geral hoje?
Deus disse a Salomão: “Se eu cerrar os céus, e não
houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a
peste entre o meu povo” (2 Cr 7.13). Esses acontecimentos trágicos sempre
Significado de avivamento.
Quando olhamos para a nossa vida espiritual e para
situação espiritual da Igreja hoje, podemos relacionar alguns motivos que nos
impulsionam a orar por avivamento:
– Quando a leitura bíblica e o compromisso com a
Palavra
são desprezados;
– Quando a oração deixa de ser vital para o cristão;
– Quando a santificação é desprezada pelo cristão;
– Quando o lazer e o trabalho prejudicam a piedade;
– Quando o pecado é cometido sem incomodar a
consciência;
– Quando não existe adoração em espirito e verdade;
– Quando não há compromisso com a obra de Deus;
– Quando há mau testemunho por parte dos crentes;
– Quando não há líderes comprometidos;
– Quando não há conversões na Igreja;
– Quando não existe unidade na Igreja;
– Quando faltam visão e ação missionária.
SINOPSE I
Diante de uma crise, Deus pode trazer um avivamento ao seu povo por meio
de uma divina intervenção.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
DEFININDO O AVIVAMENTO
“O Avivamento pode ser definido
como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. É o
retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. É o retorno à oração
como a mais bela expressão do sacerdócio universal do cristão. É o retorno às
experiências genuínas com Cristo, sem as quais inexistiria o corpo místico do
Senhor.
É o retorno à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: ‘… até aos
confins da terra…’ O avivamento, enfim, é o reaparecimento da Igreja como
agência por excelência do Reino de Deus. De acordo com Arthur Wallis, o
avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas espirituais: ‘É o Senhor
desnudando o seu braço e operando com extraordinário poder sobre santos e
pecadores.
Depois de haver reanimado tantas igrejas que jaziam à morte, Charles
Finney já tinha condições de afirmar ser o avivamento um novo começo de
obediência a Deus” (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Fundamentos Bíblicos de um
Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.40).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
AVIVAMENTO E ARREPENDIMENTO
“Acreditemos, pois, e proclamemos Atos 3.19, onde o grego indica que
podemos viver tempos de refrigério até a vinda do Senhor. Mas eles somente
virão quando houver genuíno arrependimento. Voltemos à figura usada por
Schaeffer. O que estamos fazendo para demonstrar nosso amor pelo nosso Noivo
Celestial? De que estamos precisando nos arrepender? E você?. Amplie mais o seu
conhecimento, lendo a obra O Avivamento Pentecostal, editada pela CPAD, 1997,
pp.69-79.
II. AS CONDIÇÕES PARA O AVIVAMENTO ESPIRITUAL (2 Cr
7.13-17)
1. Uma crise. Diante da crise, podemos observar vários comportamentos humanos: o medo;
a revolta; a blasfêmia contra Deus e o próximo; o desespero; a tentativa de
tirar a própria vida. Contudo, a Palavra de Deus pode mudar todo o rumo de uma
crise: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei
dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
Vemos, neste versículo, alguns aspectos importantes que antecedem o avivamento
espiritual.
COMENTÁRIOS
Prestemos atenção! Avivamento não nos vem como
resultado de ajuntamentos avivalistas, barulhentos e vazios de fome pelo
genuíno e racional da Palavra de Deus! O avivamento não acontece “de qualquer
maneira”. Ninguém, por mais santo que seja, produz um avivamento espiritual. O
avivamento vem de cima, dos céus e é produzido por Deus pelo seu Espírito
Santo. Charles Finney (1792–1875) disse sobre isso: “O avivamento é o uso
correto dos meios adequados. Os meios que Deus prescreveu […] produzem
avivamento.
Nós, que vivemos os bastidores de uma igreja local,
pastoreando o rebanho de Cristo, observamos um preocupante paradoxo: mesmo
havendo declínio espiritual há o crescimento numérico na igreja. As igrejas
estão cheias, mas as pessoas estão vazias da Palavra, do compromisso da
obediência e do contentamento do Espirito. Paul E. G. Cook afirma: “O declínio
espiritual nem sempre é refletido numericamente; ele consiste numa retirada da
vida espiritual verdadeira da Igreja e pode até mesmo acontecer em tempos de
aumento numérico”.
A solução para tal situação é o avivamento
espiritual. Precisamos urgentemente de um avivamento! Esse será produzido por
Deus, mas deverá ser buscado pela igreja, através da oração. Maurice Roberts
diz: “A oração suprema, que a Igreja
precisa em nosso mundo, deve ser por reavivamento”.
2. Humilhação diante de Deus. No lugar de se revoltar diante das crises espirituais ou materiais, que
clamam por soluções efetivas, a humilhação diante de Deus é a primeira condição
para o avivamento espiritual acontecer: “e se o meu povo, que se chama pelo meu
nome se humilhar[…]”.
COMENTÁRIOS
Os avivamentos são marcados pelas constantes
orações, seja individualmente ou em grupos, que costumam representar a intensa
participação dos cristãos nos espaços religiosos.
“Arrependimento,
oração e correção nacionais são exigidos, v. 14. Deus espera que seu povo,
chamado pelo seu precioso nome, se o tiver desonrado devido à prática de
iniquidades, honrem-no, aceitando o castigo que merecem devido às iniquidades
cometidas. Eles deveriam se humilhai’ debaixo da sua potente mão, orar pela
remoção do juízo, e buscar a face e o favor de Deus; no entanto, nada disso
servirá a menos que eles se convertam dos seus maus caminhos, e retornem para o
Deus contra quem se rebelaram” HENRY. Matthew. Comentário Matthew
Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 707.
3. Orar e Buscar a face do Senhor. Sem oração, não há avivamento. Sem a disposição dos crentes para buscar
a face do Senhor (Sl 143.1; 84.8), o avivamento tarda e não chega. Nesse
sentido, podemos perceber se uma igreja local busca verdadeiramente um
avivamento espiritual de acordo com a frequência dos crentes aos cultos de
oração, na prática das orações devocionais, na perseverança em orar.com propósito por determinados períodos de tempos. Além de orar, o
suplicante que busca a face do Senhor persevera mais para receber de Deus a
resposta de sua súplica. A ausência dessa disposição perseverante é uma das
razões pelas quais Deus não envia um avivamento em muitos lugares.
COMENTÁRIOS
Um avivamento é uma renovação espiritual que causa
mais fervor e dedicação a Deus. O avivamento pode ser individual ou coletivo,
podendo afetar comunidades inteiras!
Oração: “e orar […]” Tudo começa sempre com a
vontade de Deus. É Deus quem decide a hora certa para um avivamento. Não
podemos forçar Deus a trazer um avivamento mas podemos nos preparar.
A oração é a maneira mais comum de alguém se
comunicar com Deus. Jamais haverá avivamento sem oração. Se, para Israel, a
oração era o meio pelo qual o povo, humilhado e quebrantado diante de Deus,
podia dirigir-se a Ele, suplicando a sua bênção e o seu perdão para resolver
crises espirituais e morais que afligiam o seu povo, imaginem nos dias atuais
quando grande parte dos que se dizem cristãos não dão valor à vida de oração e
preferem ocupar o tempo precioso com coisas supérfluas, como entretenimentos,
redes sociais, que, além de não ter valor para a vida cristã, são armadilhas
para o seu afastamento da presença de Deus. A Bíblia diz: “remindo o tempo,
porquanto os dias são maus” (Ef 5.16) e “Andai com sabedoria para com os que
estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5).
“O caminho
era orar (7.14). Este termo genérico é com frequência associado, como aqui, com
a súplica a Deus por auxílio em tempos de necessidade (ver Introdução: 17)
Oração).
O povo de
Israel deve me buscar (7.14). O cronista usou a expressão “buscar” muitas vezes
com as conotações de adoração e busca do favor divino (ver Introdução: 19)
Busca)”
Richard L. Pratt, Jr. Comentário do Antigo Testamento. 1 E 2crônicas.
Editora Cultura Cristã.
4. Conversão sincera dos pecados. “Se o meu povo […] se converter dos seus maus caminhos”. Não pode haver
avivamento sem confissão de pecados, sem que deixemos os nossos maus caminhos e
nos lancemos às misericórdias de Deus. Eis uma advertência tão séria: “Se eu
atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (SI 66.18).
COMENTÁRIOS
“Como
dissemos acima, para que o avivamento seja enviado por Deus, há uma
pré-condição, que é a existência de uma situação indesejável, uma realidade que
indica a ausência de comunhão com Deus, de afastamento dEle, de desobediência a
Ele, como aconteceu várias vezes com o povo eleito — e tem acontecido ao longo
da história com muitas igrejas em todos os lugares.
Os
avivamentos no Antigo e no Novo Testamento sempre foram antecedidos de um
estado espiritual decadente, pecaminoso e até de afronta contra o Senhor. Para
que haja o avivamento espiritual, é indispensável que as pessoas reconheçam que
estão vivendo de maneira errada e aceitem a submissão à Palavra de Deus: “E te
darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas
saber que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome” (Is
45.3).
Uma vez
despertados à nossa necessidade, precisamos fazer alguma coisa.
A convicção
do pecado leva ao arrependimento. Não pode haver avivamento antes que
confessemos os nossos pecados, deixemos nossos maus caminhos e nos lancemos às
misericórdias de Deus: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não
me ouvirá” (Sl 66.18).
Quando alguém
ou um povo está desviado da vontade de Deus, é dominado pelas “obras da carne”,
há necessidade de um avivamento (ver Gl 5.19-21)” Renovato. Elinaldo,. Aviva
a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus.
Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag.
5. Um caminho preparado. A crise pode ser uma pré-condição para o avivamento espiritual se nos
humilharmos diante de Deus; se buscarmos mais a face do Senhor em oração, se
decidirmos firmemente confessar os nossos pecados e convertemo-nos dos nossos
maus caminhos. Então, o “caminho” está livre para o verdadeiro avivamento
espiritual.
COMENTÁRIOS
A misericórdia nacional é então prometida, para que
Deus perdoe os seus pecados, os quais trouxeram o juízo sobre eles, e para que
então cure a sua terra, e corrija todas as injustiças que eles praticaram. A
misericórdia que perdoa prepara o caminho para a misericórdia que cura, Salmos
103.3; Mateus 9.2. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo
Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 707.
SINOPSE II
As condições para um avivamento espiritual passam por uma crise, pela
humilhação diante de Deus, oração e busca à face do Senhor e arrependimento dos
pecados.
III. A NECESSIDADE DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL (Ag
2.5-9)
1. A Situação Espiritual de Judá. Por causa da desobediência de Judá, profetas alertavam a respeito da
futura destruição da nação, mas o povo não ouviu as divinas advertências (Am
2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7).
a) A destruição do Templo e morte. Por ignorar a voz do Senhor, o povo
foi levado em cativeiro para a Babilônia e o Templo foi destruído. Além disso,
um terço dele morreu de fome e de peste, ao passo que outro terço morreu pela
espada (Ez 5.12; cf. 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1; 52.4).
b) O chamado para reconstruir o Templo. A vida espiritual do povo
pós-exílio não era boa, pois ele não sentia falta do lugar de reunião para
adorar ao Senhor. Por meio do profeta Ageu, Deus cobrou do povo rebelde a
reconstrução do Templo que o exército babilônico destruirá (Ag 1.2-8,9).
c) Deus levanta homens para realizar a obra. O povo pós-exílio se
descuidou e não deu valor à Casa do Senhor. Após a repreensão divina, Deus
levantou homens fiéis para reconstruírem o Templo: Zorobabel (o governador),
Josué (o sumo sacerdote) e o resto do povo (Ag 1.12-15). A Bíblia revela que
Deus está com os que trabalham segundo o seu propósito (Ag 2.4).
d) O desejado das nações e a glória da segunda casa. Conclamando o povo
a se levantar para construir o Segundo Templo, e por intermédio do profeta,
Deus descreveu como seria esse avivamento espiritual: “[…] e virá o desejado de
todas as nações, e encherei esta casa de glória …A glória desta última casa
será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar
darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.6-9).
COMENTÁRIOS
Ageu foi um profeta pós-exílico contemporâneo de
Esdras e Zacarias. A situação espiritual do Reino do Sul, sede em Judá, não
estava nada boa. Por causa da sua desobediência nacional ao Senhor, profetas
alertavam para a sua destruição, ainda que com previsão da misericórdia do
Senhor (Am 2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7). Pela falta de temor de Deus, o povo
continuou ignorando os alertas amorosos do Senhor. O resultado não poderia ser
diferente, pois o Senhor vela pela sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12). O povo
desprezou a eleição de Deus e os privilégios decorrentes dessa escolha e foi
derrotado sucessivamente após cada desprezo a Deus, passando por dois grandes
cativeiros: Judá, Reino do Sul, passou pelo cativeiro babilônico em 609 a.C.,
quando o Templo foi saqueado, e, em 587 a.C., houve nova deportação para aquele
reino, e o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos.
O Templo estava destruído
O Templo em Jerusalém não era somente um santuário
de culto e adoração a Deus, o Senhor. Era o centro espiritual, moral e social
da nação.
Não havia outro lugar para oferecer sacrifícios.
Quando ele fora construído e inaugurado com grande solenidade no ano 1004 a.C.,
Deus mandou um grande avivamento no meio do povo com a oração de Salomão (2 Cr
6.1-3).
O Senhor fez promessas grandiosas a Salomão se o
povo “se [humilhasse], e [orasse], e [buscasse] a [sua] face, e se
[convertesse] dos seus maus caminhos” (2 Cr 7.14). Como o povo não ouviu a voz
do Senhor, o castigo veio dos céus, e o povo foi para o cativeiro, e o Templo
foi destruído: “Um terço do povo morreu de fome e de peste, ao passo que outro
terço foi morto pela espada (Ez 5.12; ver também 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1;
52.4;)”. Deus reclama da omissão do povo A situação espiritual do povo estava
tão decaída que eles não sentiam falta de um lugar de reunião para adorar a
Deus, o Senhor (ver Ag 1.2,7,8,9).
Deus levanta homens para realizar a obra
O povo estava descuidado, sem dar valor à Casa do
Senhor. Depois da repreensão dada por Deus, Ele resolveu levantar homens fiéis
para reconstruírem o Templo (Ag 1.12).
Deus tocou no coração de Zorobabel, de Josué e de
todo o povo para ouvir a sua voz e as palavras de Ageu, profeta do Senhor (Ag
1.13-15).
Ao ouvir a voz do Senhor e do seu profeta, Ageu, o
“resto de todo o povo” começou a obra da reconstrução do segundo Templo. Esse
já era o prenúncio do avivamento espiritual.
Deus promete estar com os que trabalham
O Senhor deu graças aos homens chamados por Ele
para cuidar da construção do segundo Templo (Ag 2.1-4).
Era o chamado de Deus aos líderes e a todo o povo
para esforçarem-se em prol da obra do Senhor.
O Desejado de todas as nações e a glória da segunda
casa Conclamando o povo a levantar-se para construir o segundo Templo, Deus prometeu
e descreveu como seria o avivamento (ver Ag 2.6-9). Renovato. Elinaldo,.
Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de
Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag.
2. Deus Usa Ciro para Libertar Israel
do Cativeiro. Ciro não era filho de Israel, não era
servo de Deus. Ele era o rei da Pérsia (550-530 a.C), mas foi levantado pelo
Altíssimo para executar seus planos de libertação do povo israelita que se
achava cativo na Babilônia.
a) Promessas de Deus a Ciro. Foi tão importante o papel de Ciro, que o
Senhor o chamou de “seu ungido”, fazendo-lhe promessas tão grandes, que só
foram vistas em relação a homens verdadeiramente chamados para realizar seus
divinos propósitos (Is 45.1-3).
b) Ciro liberta Israel do cativeiro. Logo no início do seu reinado, o
rei Ciro ouviu o chamado de Deus para executar a grande missão de libertar
Israel, cumprindo as profecias que anunciavam o fim do cativeiro (Jr 25.12;
29.10). No ano primeiro de Ciro, 538 a.C., ele cumpriu o que Deus colocou em
seu coração (Ed 1.2,3).
c) A conclusão do Templo. Com a graça de Deus, por meio do rei Ciro,
levas de israelitas voltaram a Jerusalém e começaram a reconstruir o Templo (Ed
4.1-5). Em 520 a.C., o Templo se encontrava em ruínas. Com a bênção de Deus, o
Segundo Templo, ou seja, “a Segunda Casa”, foi concluído em 516 a.C. Assim,
houve um grande avivamento como consequência da intervenção de Deus na história
de Israel (Ed 6.16-22).
COMENTÁRIOS
CIRO Filho de Cambises, da família real dos
Aquemênidas, e fundador do Império Persa. Foi profetizado por Isaías como sendo
o ungido de Deus para dominar sobre reis, lugares fortificados, e libertar os
judeus do cativeiro (Is 44,28; 45.1-14). Sob sua política liberal, os judeus
tiveram permissão para sair do exílio (Ed 1).
A história de Ciro é complicada pelo aumento de
fábulas e romances. Até mesmo Heródoto, que viveu no máximo a um século da
época de Ciro, faz referências a estes embelezamentos. Ctesias, meio século
mais tarde, viveu na corte persa e extraiu informações destes arquivos, que
também já estavam influenciados. A obra Cyropaedeia de Xenofonte é vista mais
como um romance histórico do que como uma biografia precisa.
Acredita-se que as melhores fontes sejam as
crónicas babilónicas, persas, os escritos de Heródoto e os manuscritos.
Ciro foi provavelmente nomeado pelo seu avô que,
também, já havia sido rei de Anshan, a capital de Elão. O nome Ciro, sendo
elamita, é de significado duvidoso.
Heródoto (i. 107ss.) faz um relato emocionante de
uma versão da origem de Ciro. O poderoso rei Medo Astíages, ofereceu sua filha
Mandane a Cambises em casamento. Sendo ele um governante persa, através deste
casamento evitaria qualquer dano à descendência de sua filha por alguma
rivalidade em relação ao trono da Média. A Pérsia era então, relativamente
pobre e talvez uma terra dependente, e também estava a uma distância segura.
Por causa de um sonho, o rei Medo tramou a destruição da descendência masculina
desta união. Um pastor, entretanto, salvou e educou Ciro, mas como ele se
revelou um rapaz extraordinário, foi descoberto e retornou para seus pais e
avô. Assim ele teve acesso às habilidades e recursos da realeza dos medos, e
ainda manteve o espírito ousado dos persas. Amigos e admiradores de ambos os
países prepararam o caminho para a sua súbita ascensão ao poder, aproveitando o
descontentamento do povo que estava sob a tirania e injustiça do governante
medo.
Quer estes eventos e relacionamentos tenham sido,
ou não, relatados com precisão, Ciro sucedeu seu pai pela primeira vez no trono
da província de Anshan (559 a.C.).
Então subitamente subiu ao trono Medo-Persa,
ajudado pela deserção em massa do exército medo. Isto ocorreu em aprox. 550
a.C., enquanto Nabonido reinava na Babilónia.
Ciro tomou Ecbatana e levou o seu espólio para sua
cidade.
Croesus, rei da fabulosa Lídia na Ásia Menor,
alarmado e ambicioso, fez alianças gregas poderosas e cruzou o rio Halvs para
invadir ús domínios dos medos e persas. Ciro o subjugou, conquistando a Lídia e
tornando Croesus cativo.
O grande teste foi a Babilónia, com seus muros
sólidos e seu prestígio de séculos de governo.
Ela foi particularmente impenetrável por causa da
vasta área dentro aos muros, onde podia se armazenar e até produzir alimentos,
por causa da sua grande riqueza e do rio Eufrates que passava pela cidade. Diz
se que Ciro colocou uma parte do seu exército no lugar onde o rio entrava na
cidade, e outra, onde o rio terminava. O resto do exército aprofundou os canais
no vale do Eufrates e desviou o rio temporariamente. Em outubro de 539 a.C., o
exército marchou pelo íeito do rio sob a liderança de Gobryas (do acádio,
Ugbaru), que morreu uma semana depois (ANET, p. 306).
A invasão parece ter acontecido sem batalha.
Insatisfeito com o reinado de Nabonido e Beis azar,
o povo fez uma súplica pela paz, e esta foi concedida. Eles foram governados
por um oficial também chamado Gobryas (mas do acádio, Gubaru; ANET, p. 306 não
esclarece esta distinção), que Ciro escolheu como vice-governador da cidade.
Ele pode ser provavelmente identificado com Dario, o medo (Dn 5.31; 6; 9.1;
veja John C, Whitcomb, Jr., Darius the Mede), Junto com o trono da Babilônia
veio a decisão do destino dos cativos hebreus. Ao manter a política generosa de
devolver ao povo suas terras e religião, Ciro permitiu que os judeus retomassem
do exílio. Outra razão para esta concessão pode ter sido a intenção e criar uma
nação divisora entre o Egito e os sátrapas persas.
A maneira como se deu a morte de Ciro é incerta.
Ele cruzou o rio Arax ao norte e atacou os massagetas. Seu exército foi
destruído pelos citas. Acredita-se que ele tenha perdido a vida em uma batalha.
Depois de um reinado de 29 anos, ele foi sucedido pelo seu filho Cambises, em
530 a.C.
Ciro é considerado pela maioria dos comentadores
como o indivíduo da visão de Daniel, do carneiro com dois chifres,
representando as divisões da Pérsia e da Média que faziam parte de seu império
(Dn 8.3,4,20). PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 423-424.
3. A necessidade de um avivamento
espiritual. A inércia de muitas igrejas só pode
ser abalada por meio de um verdadeiro avivamento espiritual. Infelizmente, há
uma tendência natural e histórica para o predomínio de uma letargia espiritual
no meio do povo de Deus, que outrora foi poderosamente avivado. Assim,
presenciamos o crescimento da frieza e mornidão espiritual sobre os corações de
um povo ou de uma igreja local. Há lugares em que, décadas atrás, o percentual
de Cristãos e de igrejas era elevado. Nos últimos anos, esse percentual vem
caindo. Hoje, o fechamento de igrejas é uma realidade.
COMENTÁRIOS
Se a Igreja no Brasil, por conseguinte, cumprir
cabalmente a sua missão profética e sacerdotal, o castelo da corrupção, que se
ergue em todos os rincões da pátria, há de ser abalado. Sim, há de ser abalado
este maldito castelo e as suas portas não hão de resistir o ímpeto do povo de
Deus. No entanto, como agiremos como modelo, se já não somos paradigma? Como
nos conduziremos como voz, se já nos calamos nos comodismos de uma denominação
que deveria continuar movimento? Como haveremos de modificar a política de
nosso país se as armas que agora contamos são meramente humanas? Que as nossas
armas sejam as de John Knox. Este bravo campeão de Deus logrou alterar não
apenas a política, como a própria história de seu país. Que segredo detinha
Knox? Oração e confiança irrestrita na intervenção divina no curso natural dos
negócios humanos. Nas caladas de sua aflição, orava: “Senhor, dá-me a Escócia
senão morrerei! Dá-me a Escócia, senão morrerei!” Espero que ainda haja homens
como John Knox em nosso país. Embora lhes acenem os favores seculares, que
mantenham eles reservas espirituais e morais necessárias para se conduzirem
como profetas e sacerdotes. Nunca o mundo careceu tanto destes ministérios. Que
os ministros do Senhor se ergam para condenar o pecado; não se esqueçam,
todavia, de interceder por aqueles que caminham para o inferno. Que tenham voz
e lágrimas, exemplos e conselhos! Ao invés de se curvarem ante os poderosos,
demonstrem suficiente fibra para interpretar a escritura na parede, e desvendar
as alucinações dos que se levantam contra Deus. Ajamos assim e haveremos de
alterar profundamente a nossa história. Andrade. Claudionor Corrêa de,.
Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento. Editora CPAD. 1ª edição: 2014.
pag. 175.
SINOPSE III
Como o avivamento era uma necessidade ao povo de Israel nos dias de
Ciro, ele é necessário para a Igreja de hoje.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
O AVIVAMENTO PENTECOSTAL É UMA NECESSIDADE PARA HOJE
“Qual dos leitores tinha bastante conhecimento bíblico antes de aceitar
Jesus como seu Salvador e Senhor? Ou quantos conheciam bem o Espírito Santo?
Assim também grande parte das igrejas tradicionais. São como os saduceus.
Quando representantes desse grupo questionaram Jesus acerca da ressurreição, o
Mestre lhes respondeu: ‘Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de
Deus’ (Mt 22.29).
Minha opinião é que você não pode conhecer as Escrituras à parte do
poder de Deus. O conhecimento puro e simples da letra pode levar à morte, mas o
Espírito vivifica’ (2 Co 3.6). Eis a razão de estarem os pentecostais na linha
de frente da batalha contra os liberais (que são, na verdade,
anti-sobrenaturalistas), os secularistas, as doutrinas da Nova Era e todas as
forças anticristãs conhecidas ou não” (HORTON, Stanley M. Avivamento
Pentecostal: As origens e o futuro do maior movimento espiritual dos tempos
modernos. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.09).
CONCLUSÃO
Quando o povo de Deus se encontrar em situação de frieza espiritual, a
vontade divina é a de sempre reacender a chama que está se apagando. Se for
preciso, Ele usará uma crise para isso, usará circunstâncias diversas para
levar o seu povo ao deserto a fim de falar ao seu coração (Os 2.14). A sua
exigência, porém, é que o seu povo se humilhe, busque a sua face e se converta
de seus maus caminhos. Então, o avivamento espiritual não tardará.
COMENTÁRIOS
Devemos orar pedindo a Deus um avivamento
espiritual. A base para tal pedido encontra-se na Bíblia: “E se o meu povo, que
se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14); “Torna-nos a trazer, ó Deus da nossa salvação, e faze cessar a tua ira
de sobre nós. Acaso estarás sempre irado contra nós? Estenderás a tua ira a
todas as gerações? Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre
em ti? Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, e concede-nos a tua salvação”
(Sl 85.4-7); “Porque eu bem sei os
pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; Pensamentos de paz, e não
de mal, para vos dar o fim que desejais. Então me invocarei, passareis a orar a
mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes com todo
o vosso coração” (Jr. 29.11-13; 33.3); “Clama
a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não
sabes” (Lucas 11.9-13).
Pr Francisco
Barbosa, Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande-PB
REVISANDO O CONTEÚDO
⁕ O que é avivamento espiritual?
®Avivamento espiritual é uma intervenção de Deus.
⁕ Qual a pré-condição para o avivamento?
®A existência de uma situação de crise espiritual e
moral.
⁕ Quais as condições para um avivamento?
®Humilhação diante de Deus; Oração e buscar pela
face do Senhor; conversão sincera dos pecados.
⁕ Por que o povo de Israel foi para o cativeiro
na época de Ageu?
®Por ignorar a voz do Senhor, o povo foi levado em
cativeiro para a Babilônia.
⁕ Por que o Altíssimo escolheu Ciro, rei da
Pérsia?
®Para executar a grande missão de libertar Israel,
cumprindo as profecias que anunciavam o fim do cativeiro.