18 de outubro de 2023

Missões Transculturais no Novo Testamento

 

Missões Transculturais no Novo Testamento

Esmiuçando o versículo-chave

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira. A missão do Filho está ligada de maneira inseparável ao supremo amor de Deus pelo "mundo" perverso e pecador da humanidade (Jo 6.32,51; 12.47; Mt 5.44-45), que está em rebelião contra Deus.

A expressão "de tal maneira” enfatiza a intensidade ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em favor dos homens pecadores (2Co 5.21).

Adão trouxe a condenação sobre todos os homens por uma só ofensa — o seu ato deliberado de desobediência (Rm 5.16).

Cristo, entretanto, liberta o eleito da condenação de muitas ofensas.

Em 2 Coríntios 5.21, Paulo resume o cerne do evangelho, explicando como os pecadores podem se reconciliar com Deus por meio de Jesus Cristo.

Essas 15 palavras gregas expressam as doutrinas da imputação e substituição como nenhum outro versículo.

Jesus Cristo, o Filho de Deus sem pecado (Cl 4.4-5; L c 23.4,14,22,47; Jo 8.46; Hb 4.15; 7.26; 1Pe 1.19;-2.22-24; 3.18; Ap 5.2-10),

Se fez pecado por nós - Deus, o Pai, usando o princípio da imputação, tratou Cristo como se ele fosse um pecador, embora não o fosse, e o fez morrer como um substituto, a fim de pagar o castigo pelos pecados daqueles que creem nele (Is 53.4-6; Gl 3.10-13; IP e 2.24).

Na cruz, ele não se tornou um pecador (como alguns sugerem), mas permaneceu tão santo como sempre. Foi tratado com o se fosse culpado de todos os pecados já cometidos por todos aqueles que creriam, um dia, embora ele nunca tivesse cometido nenhum.

A ira de Deus foi exaurida nele e a condição justa da lei de Deus atendida para aqueles pelos quais morrera. A justiça creditada na conta do cristão é a justiça de Jesus Cristo, o Filho de Deus (Rm 1.17; 3.21-24; Fp 3.9).

Como Cristo não era pecador, embora tenha sido tratado como tal, do mesmo modo os cristãos que ainda não foram justificados (até a glorificação) são tratados como se fossem justos.

Ele suportou os pecados deles, por isso eles puderam experimentar a sua justiça. Deus tratou-o com o se ele tivesse cometido os pecados dos cristãos, e trata os cristãos como se tivessem realizado apenas as obras justas do Filho de Deus sem pecado.

Esmiuçando a Verdade Prática

A estratégia de Jesus para sua obra missionária deve ser o modelo essencial para a Igreja. E como Jesus fez sua missão? Lucas 10.1-9 nos indica sete princípios a serem seguidos:

1- Organizou o grupo: v.1: Jesus organizou sua equipe de trabalho e designou uma tarefa para realizarem.

2- Oração em todo o tempo: v.2: A oração é o que sustenta a obra de Deus. Somente o Senhor pode levantar pessoas para realizar a missão.

 

3- Existe uma batalha: v.3: Jesus não prometeu que seria fácil, mas como pastor está sempre pronto a defender suas ovelhas (Salmo 23.4).

4- Deus é o provedor: v.4: Tudo o que precisamos Deus sabe, então se estamos na obra Dele, precisamos crer que Ele nos sustentará.

5- A mensagem: v.5,6: A tarefa missionária é levar o evangelho da paz para todos que aceitarem.

6- Conformidade: v.7,8:  obreiro precisa se conformar com o que recebe e acreditar que Deus pode melhorar tudo. É preciso ter perseverança.

7- Milagres: v.9: O sobrenatural acontece na oba de Deus, que responde orações e opera maravilhas.

LEITURA BÍBLICA = Isaías 61.1-2; Lucas 4.17-2

INTRODUÇÃO

A Bíblia revela um Deus missionário em cada página das Sagradas Escrituras. por vezes pensamos erroneamente que o movimento missionário começou no Novo Testamento, e que no Antigo Testamento, Deus não tinha preocupações missionárias. Porém esse é um grande erro. A missão no Novo Testamento começa em Cristo, o cumprimento do plano de salvação proposto por Deus. E se você ao longo das escrituras concluir que Cristo veio apenas aos judeus por ele também ser um, não se esqueça da grande comissão, escrita lá em Marcos 16:15: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO NOVO TESTAMENTO

1. A Bíblia mostra um Deus missionário. Lucas relata que Jesus, depois de ressuscitar, reuniu seus discípulos e falou-lhes duas coisas: A primeira foi que o Antigo Testamento ensinava claramente que o Messias tinha de morrer e ressuscitar. Em seguida, acrescentou que o evangelho seria pregado a todas as nações. O ensino que Jesus transmitiu aos discípulos após a ressurreição deve ter sido uma novidade para eles, mas estava claramente expresso no texto sagrado: “Está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.46,47). A ordem de fazer missões é muito clara no Novo Testamento, porém Jesus buscou no Antigo Testamento a base para essa declaração. Se lermos a Bíblia toda sem observar sua ênfase sobre missões, provavelmente a estamos lendo superficialmente, sem notar a centralidade do plano de Deus para as nações.

2. Uma perspectiva missionária do Novo Testamento. A mensagem principal dos Evangelhos é a vida do Filho de Deus. Jesus é o centro de cada frase dos Evangelhos. E a vida de Jesus é o exemplo maior de missão. Muitos missionários deixam suas casas, seu conforto, suas famílias para irem ao encontro dos necessitados, dos sofridos, daqueles que estão distantes de Deus. Jesus deixou sua glória, seu trono, e veio estar entre nós, como homem.

E mais, Ele deu a vida por essa missão. Filipenses 2. 7-8 diz que: “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.”

O maior privilégio de uma Igreja é experimentar o cumprimento da vontade de Deus, pois quando vê o envio de missionários, alegra-se sobremodo, sabendo que o coração de Deus, é um coração missionário! David Livingstone disse: “Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”.

Essa frase não nos faz, imediatamente, repensar o que temos pensado ultimamente? Até que ponto estamos dispostos a nos sacrificar, por amor, à algo que nem ao menos merece nosso amor? Esse sacrifício incomparável já foi feito por mim e por você e por toda humanidade, contudo essas boas novas ainda não chegaram a muitos lugares do mundo.

3. A Igreja à luz dessa revelação. Com base na autoridade de Jesus, os discípulos foram enviados a fazer "discípulos de todas as nações" (Mt 28.19). O amplo escopo do comissionamento dos discípulos é consumado por meio da autoridade ilimitada de Jesus.

Marcos registra esta ordem, que Jesus dá aos seus discípulos: “ide e pregai o evangelho”. A responsabilidade é dos discípulos. Pregar as boas novas da salvação pela fé. “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” Os discípulos de Jesus entenderam a mensagem, obedeceram à ordem e pregaram o evangelho. Em consequência, conforme o Livro de Atos dos Apóstolos registra, houve crescimento da igreja.

Paulo escreve que devemos ir e pregar, as pessoas devem conhecer a Cristo para crer: "Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito. Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas"(Rm 10.12-15). Não é dever de um ou outro, mas sim da igreja, é dever da igreja ir, enviar e sustentar, toda ação da igreja deveria ter por base a sua missão, e alcançar a sua missão, que é cumprir o Grande Comandamento.

O Pr Esequias Soares escreve: “Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já está na Bíblia (1Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a "todo o mundo" (Mc 16.15), até os confins da terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa”

A mensagem do Evangelho é necessária para que vidas sejam resgatadas da condenação eterna. O campo (mundo) se encontra branco para a ceifa, precisamos colocar as mãos no arado. O Pr Elienai Cabral escreve: “O progresso de um igreja local não pode ser medido ou avaliado primeiramente por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. O progresso real de uma igreja é avaliado por eu alcance evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais. Como resultado da semeadura da Palavra de Deus. Todas as demais atividades são importantes, mas a prioritária e incessante é a evangelização”. Revista Lições Bíblicas – 1º Trimestre - 2007 - CPAD - Pág.13-14.

II – MISSÕES NOS EVANGELHOS E EM ATOS DOS APÓSTOLOS

1. Nos Evangelhos. Quando lemos Mateus 9.35-36 notamos que o autor descreve a vida missionária de Cristo e vai dizendo como Ele vivia essa vida, como Ele desempenhava a missão. A vida de Jesus é um exemplo vivo de como fazer a obra de evangelização.

Às vezes muitos se prendem a vida de Paulo e ainda acham que Paulo foi o maior missionário, ou as vidas de personagens da história da igreja e não atentam para o maior exemplo: Jesus Cristo. Em Jesus encontramos o Manual de como fazer a missão.

Seu ministério foi missionário, Cristo vivia na missão em todos os lugares, ensinando, proclamando e operando milagres no poder de Deus (Lc. 5.17). Via as necessidades e partia para solucioná-las e trata com seus seguidores ensinando-lhes como fazer missões: orando e indo. Baseado nisso, posso me fazer algumas perguntas: Será que ainda escolho lugar para pregar, ou estou indo a todos sem exceção? Quais são os meus passatempos habituais? Como ocupo meus espaços livres? Todos nós somos discípulos de Jesus e devemos saber que a responsabilidade é nossa. Existe uma obra a ser feita, Jesus Cristo nos deu o exemplo, mas nós estamos muito longe de fazê-la... ainda.

2. Nos Atos dos Apóstolos: os missionários Filipe e Pedro. O que me chama a atenção nestes dois exemplos é que, não havia um plano e uma preparação por nenhum dos dois para missionar. Filipe recebeu uma ordem e prontamente obedeceu. Pedro necessitou ser tratado para poder ir aos gentios.

Judeus que se respeitavam não convidavam nenhum gentio para entrar na sua casa, especialmente soldados do odiado exército romano (At 10.23). Entendo ser necessário, antes do envio, um tratamento por parte do Espírito, missão e sucesso dependem do sobrenatural de Deus. Anunciar o evangelho da paz, ao pagar o preço do pecado mediante morte redentora de Cristo para estabelecer a paz entre o ser humano e Deus (Rm 5.1-11), requer sobretudo, que o próprio Cristo nos prepare para essa missão.

3. Nos Atos dos Apóstolos: os missionários Paulo e Barnabé. O cap. 13 de Atos assinala uma mudança importante: os primeiros 12 capítulos centram-se em Pedro; os demais capítulos giram em torno de Paulo. Com Pedro, a ênfase está na igreja judaica em Jerusalém e na Judeia; com Paulo, o foco é a igreja gentílica dispersa pelo mundo romano, que começou na igreja de Antioquia. O texto começa informando que aquela igreja possuía profetas. Eles desempenhavam papel importante na igreja apostólica. Eram pregadores da Palavra de Deus e eram os responsáveis, nos primeiros anos, pela igreja na função de instruir congregações locais. Em algumas ocasiões, receberam nova revelação de natureza prática, como em Colossenses 11.28 e 21.10.

Antioquia foi a primeira igreja gentílica que veio a ser, depois de Jerusalém, a cidade mais importante para o Cristianismo do primeiro século (At. 11.19-26). Ela não só foi a primeira igreja gentílica a missionar, como também foi a primeira igreja fora de Jerusalém, e tornou-se a maior igreja missionária da época, servindo como base missionária do apóstolo Paulo (At 11.25,26). Antioquia é o exemplo a ser seguido pelas igrejas da atualidade que precisa reconhecer sua responsabilidade na vida dos seus missionários em orar, contribuir, amar, socorrer e compreender.

III – A MISSÃO CUMPRIDA NAS CARTAS E NO APOCALIPSE

1. Nas Cartas Paulinas. A missão de Paulo apóstolo: anunciar o evangelho (1Ts 2,1-12). Ele fala em ousada confiança com o fim de anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta. As boas-novas de Deus proclamadas por Paulo incluíam estas verdades: 1) a autoridade e a veracidade da Escritura (v. 13); 2) a divindade de Cristo (Rm 10.9); 3) a pecaminosidade da raça humana (Rm 3.23); 4) a morte e ressurreição de Cristo (I Co 15.4-5); e 5) a salvação da pessoa pela graça por meio da fé (Ef 2.3-9). A passagem de 1 Co 15.1-3 é um resumo que Paulo faz do evangelho.

Paulo, judeu de língua grega, cidadão romano desde o nascimento (At 22,29), preparado para ser um Rabi, desempenhou com intensa paixão a sua missão entre os Gentios da Ásia Menor e da Grécia. Não foi o primeiro missionário de sua época, mas sem dúvida foi o maior, porque era a pessoa mais qualificada para realizar a missão cristã entre o mundo judaico e o mundo greco-romano, pois pertencia a ambos. É bom lembrar que as cartas mais importantes foram escritas durante o período mais intenso de sua atividade apostólica. Com efeito, todas essas cartas, a não ser Romanos, foram endereçadas a comunidades que surgiram graças ao esforço e à fadiga do trabalho missionário de Paulo.

Já Romanos, surgiu do desejo missionário de chegar mais longe, onde o evangelho ainda não havia sido pregado, e contava com o apoio e ajuda dos crentes de Roma! Romanos é uma carta missional!

Em Paulo, entendemos que a missão consiste:

a. em ter consciência da iniciativa de Deus;

b. em proclamar com franqueza o Evangelho;

c. num contexto de “grandes lutas.”

2. Nas Cartas Gerais. Chamam-se Epístolas Universais ou Gerais às cartas do Novo Testamento que vão de Tiago a Judas. São as oito cartas do Novo Testamento que não foram escritas pelo apóstolo Paulo. São elas: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas. Com exceção de 2º e 3º João, é difícil determinar a quais problemas específicos, se é que existiam, estas cartas pretendiam tratar, nem fica claro se elas foram escritas para destinatários em especial.

Tanto as Epístolas Paulinas quanto as Epístolas Gerais, tratam da continuidade do ministério de Jesus, e nos apresenta os cuidados que seus autores tiveram com as igrejas que iam sendo abertas, com o discipulado, e a obediência até os confins da terra, como o próprio Jesus orientou em Atos 1.8.

3. No Apocalipse. Falar de Missões a partir do livro de Apocalipse pode soar inusitado sendo o gênero apocalíptico comumente relacionado às revelações catastróficas dos últimos dias, à manifestação de poderes satânicos, à perseguição da igreja e ao juízo final.

A definição de missão num estudo desse livro deve ser ampla, não se delimitando ao trabalho da igreja local em ações evangelísticas ou a missões transculturais, mas no sentido empregado no Novo Testamento, que envolve o comissionamento de pessoas para uma determinada tarefa (Mt 28.18-20; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23): a proclamação do evangelho da salvação e perdão dos pecados por meio de Cristo Jesus apropriada pela fé.

Apocalipse 1.7 funciona como uma chave hermenêutica para o tema da missão em todo o livro de Apocalipse. O versículo traz duas citações combinadas de profecias do Antigo Testamento, Daniel 7.13 e Zacarias 12.10, e, estando situado no prólogo do livro, introduz uma deliberada ambiguidade para definir a ação missionária da igreja. A dificuldade interpretativa se encontra no uso do texto de Zacarias 12.10, sendo este o centro das discussões. A tese de que esta profecia fala do futuro das nações em que o lamentar escatológico será em arrependimento não é amplamente aceita pelos acadêmicos. No contexto original de Zacarias 12.10 e no seu uso na literatura no Judaísmo do Segundo Templo, o tom de julgamento está completamente ausente. O lamentar escatológico de todas as tribos de Israel é, então, universalizado para todas as tribos da terra nas citações de Zacarias 12.10 no Novo Testamento

CONCLUINDO

No Novo Testamento há vários paradigmas missiológicos que dão diferentes perspectivas de missão. Por exemplo, os primeiros quatro livros doo Novo Testamento não são simplesmente biografias de Jesus e sim são evangelhos, histórias com uma mensagem específica. A missão no Novo Testamento começa em Cristo, o cumprimento do plano de salvação proposto por Deus. O ide é para todos, não só para os apóstolos, o plano de salvação, como temos visto, não é só para os judeus, desde o começo o plano de Deus era salvar a toda a criatura, como a Bíblia deixa bem claro. A vinda de Cristo não foi aleatória, impensada, feito na emoção, um plano B, ao contrário, Jesus veio em um momento propício, onde existiam estradas, idioma e uma cultura que facilitava a propagação da mensagem. Foi tudo muito bem pensado, planejado como só um Deus o faria, para que o homem ouvisse e recebesse a mensagem de salvação.

BOA AULA COM A PRESENÇA DO ESPIRITO SANTO

11 de outubro de 2023

Missões Transculturais no Antigo Testamento

 

Missões Transculturais no Antigo Testamento

TEXTO ÁUREO

Disse mais: Pouco e que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” (Is 49.6)

Esmiuçando o versículo-chave:

- 49.6 para restaurares as tribos de Jacó... minha salvação ate à extremidade da terra. A meta do Servo do Senhor é a salvação e a restauração de Israel para o cumprimento da promessa da aliança Porém, não limitado a Israel, ele servirá como urna luz para trazer salvação aos gentios.

A missão de Israel sempre foi levar todas as nações para Deus (Is 19.24; 42.26).

Isso Israel finalmente conseguirá fazer, de modo eficiente, no período da Tribulação, depois da conversão das 144.000 testemunhas (Ap 7.1-10; 14.1 -5)

e quando Israel for reconduzido à Terra Prometida por ocasião da segunda vinda do Servo ao mundo. (Is 9.2; 11.10; 42.6; 45.22; Lc 2.32).

Paulo fez uso desse versículo para ministrar aos gentios na sua primeira viagem missionária (At 13.47).

LEITURA BÍBLICA = 1 Reis 17.8,9,17-22; Jonas 1.1,2

INTRODUÇÃO

Falando da nação de Israel, Deuteronômio 7.7-9 nos diz: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos.” Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo através do qual Jesus Cristo iria nascer – o Salvador do pecado e da morte (Jo 3.16).

Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e Eva no pecado (Gn 3.15).

Deus mais tarde confirmou que o Messias viria da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.1-3).

Jesus Cristo é a razão final pela qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus não precisava ter um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma. Jesus tinha que vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel.

No entanto, a razão pela qual Deus escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o propósito da vinda do Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que eles ensinassem aos outros sobre Ele.

Israel deveria ser uma nação de sacerdotes, profetas e missionários para o mundo. O intento de Deus era que Israel fosse um povo distinto, uma nação de pessoas que guiassem os outros em direção a Deus e a Sua providência prometida do Redentor, Messias e Salvador.

Em sua maior parte, Israel falhou nessa tarefa. No entanto, o propósito final de Deus para Israel, o de trazer o Messias e Salvador, foi cumprido perfeitamente na Pessoa de Jesus Cristo.

- A viúva de Sarepta foi uma senhora que acolheu o profeta Elias, apesar de ser muito pobre. Deus recompensou a viúva de Sarepta por sua hospitalidade e cuidou do filho único dela. Deus enviou Elias à viúva de Sarepta para suprir suas necessidades materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (1Rs 17.12), mas a maior bênção que aquele mulher recebeu foi, sem dúvida, o fortalecimento de sua fé no Deus de Elias.  Por meio do profeta Elias, aquela viúva recebeu de Deus não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual. Veja a sua própria declaração após receber de volta o seu filho vivo:” Então, a mulher disse a Elias: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade”(1Rs 17.24).

A resposta da viúva conclui com uma declaração de fé. Ela agora sabia que o Deus de Israel podia sustentar a vida e também dar vida.

- O retrato que o livro de Jonas desenha de Deus é, sem dúvida, belo. Ele é apresentado como aquele cujas ações não podem ser preditas ou controladas.

Ele detém o total controle sobre os elementos da natureza: envia a tempestade (1.4), e a acalma (1.15); envia o grande peixe, e o faz entregar Jonas em segurança (2.15), mostrando que Deus é aquele que é capaz de trazer a tempestade, mas também provê a libertação; ele faz uma planta crescer em uma velocidade incrível,

E também usa um verme para fazer seu plano acontecer (4.6). Não há como esconder-se dele (como lemos também no Salmo 139. Exatamente por conta de quem Deus é, não é de se estranhar que a salvação não seja um direito exclusivo do povo eleito, e essa é a segunda importante lição que Deus está comunicando por meio de Jonas a Israel (ou lembrando-os do que já sabiam) e a todos que, hoje, querem ouvi-lo:

Os marinheiros, no capítulo um, com seus diferentes deuses, ouviram, possivelmente pela primeira vez, a respeito do verdadeiro Deus, criador dos céus e da terra. Como resultado, oraram a Deus e ofereceram seus votos.

O livro mostra como YHWH importa-se com seu relacionamento com outras nações e até mesmo com os animais, não apenas com os que são parte do povo de Israel. “Todos os seres humanos que aparecem no livro clamam por misericórdia e Deus os atende”.

Com exceção de Jonas (o único na história que pertencia ao ‘reino sacerdotal’), “todos os demais personagens da história, incluindo os animais, obedecem a Deus sem hesitar”, mostrando que pessoas de outras nações estavam abertas a Deus, incluídas em seus propósitos e ao seu alcance.

 O Senhor não está restrito a um grupo ou a um povo para fazer seu nome conhecido entre as nações. Israel estava falhando em cumprir sua missão até mesmo para os vizinhos mais próximos, e Deus levanta Jonas para ir a uma nação inimiga distante. “Se aqueles que supõem serem os ‘eleitos’ de Deus falham em sua missão, o soberano Senhor da salvação encontrará seu próprio caminho para comunicar suas misericórdias salvadoras ao mundo perdido”.

I – ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

 

1- O plano de Deus.  ... luz para os gentios (Is 42.5),

 

Simeão viu o início desse cumprimento na primeira vinda de Cristo (Lc 2.32).

 

Ele veio como o Messias de Israel, como o Salvador do mundo, que se revelou e a uma mulher não judia imoral junto a um poço em Samaria (Jo 4.25-26),

 

E ordenou a seus seguidores que pregassem o evangelho ria salvação a iodas as nações rio mundo (Ml 28.19-20).

- A vocação e chamada geral, de Israel, no Antigo Testamento

 “Agora, portanto, se ouvirdes atentamente a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade exclusiva dentre todos os povos, porque toda a terra é minha; mas vós sereis para mim reino de sacerdotes e nação santa. Essas são as palavras que falarás aos israelitas.” (Êx 19.5,6)

    “Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te salvei. Chamei-te pelo teu nome; tu és meu… Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador… Visto que és precioso aos meus olhos e digno de honra, e porque eu te amo, darei pessoas por ti e os povos pela tua vida… Não temas, porque eu sou contigo… Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e o meu servo, a quem escolhi,(Is 43.1-10)

Pois, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. Todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar.(1Co 10.1,2).

2- A falha de Israel. O Senhor deu três títulos a Israel: "propriedade peculiar", “Reino de sacerdotes" e "nação santa", dependendo de serem um povo obediente e cumpridor da aliança. Esses títulos resumiam as bênçãos divinas que um povo como esse experimentaria: pertencer especialmente ao Senhor, representá-lo na terra e ser posto à parte para servir aos propósitos do Senhor.

Os títulos igualmente desdobram o significado ético e moral de Israel ter sido levado ao Senhor. "Porque toda a terra é minha” - no meio dos títulos, dava ênfase à peculiaridade e soberania do Senhor e devia ser tomado no sentido de descartar todas as outras reinvindicações pelos assim chamados de deuses das nações.

3- A contribuição de Israel para o mundo. A expressão “o Salvador do mundo” em João 4.42, ocorre também em 1 Jo 4.14. O versículo constitui o clímax da história da mulher samaritana. Os próprios samaritanos se tornaram testemunhas de uma série de várias no Evangelho de João, que demonstraram a identidade de Jesus como o Messias e o Filho de Deus.

Esse episódio representa o primeiro exemplo de evangelismo transcultural (At 1.8).

- “A história do Antigo Testamento não é uma história onde tudo é uma mar de rosas. Podemos dizer que é o longo e doloroso relato de como Deus amou Israel como um marido a sua esposa, mas esta esposa escolheu repetidamente se prostituir, entregando-se a ídolos e rebelando-se contra o amor de seu Senhor.

É a história de um Deus paciente diante do pecado de seu povo de coração duro.

- Quando Moisés foi chamado por Deus para libertar o povo de Israel do Egito, Deus lhe disse: Diga que o Eu Sou te enviou. Deus estava dando continuidade ao seu projeto de fazer com que Israel fosse bênção a todas as nações. Por isso, Ele dizia: Eu sou o eterno, o único Deus Todo Poderoso.

Foi seguindo essa orientação que Moisés fez a obra libertadora. Jesus veio ao mundo e utilizou várias vezes a expressão Eu Sou. Ele a utilizou para falar daquilo que Ele faz, daquilo também que Ele pretendia fazer com as pessoas. Em todas elas, está a ideia da libertação. Embora Israel tenha falhado em sua missão, a nação contribuiu na revelação do plano de Deus ao mundo.

II – O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES

 

1- Os olhos de Deus sobre todos os povos. As Escrituras nos revelam que Deus amava Israel desde a eternidade de uma forma diferente da forma como ele ama as outras nações. Nelas entendemos que existe um verdadeiro Israel composto de crentes no Messias Jesus, a quem ele amou desde a eternidade de uma forma diferente da forma como ele ama as outras pessoas.

 

Assim, entendo que Ele amos a viúva de Sarepta. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, Deus se empenha em nos dizer isso (Ez 16.1-14).

 

Deus disse a Israel no exílio: “Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí(Jr 31.3).

 

Por trás de todos os atos divinos de amor na história de Israel estava o amor eterno. Ela era amada antes de existir.

O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos… Mas, porque o Senhor vos amava(Dt 7.7-8).

Ele a amava de forma diferente de todas as nações, porque ele a amava. Não foi causado por ela. Foi antes dela existir.

No Novo Testamento, Paulo deixa claro que o tempo todo existia um verdadeiro Israel, um remanescente dentro da nação de Israel — os que realmente confiam no Messias Jesus. “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus(Rm 2.29).

Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência(Rm 9.8).

E esses “filhos de Deus”, ele continua a dizer, estão “não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9.24).

Todo aquele que nele crer não será confundido. Porque não há distinção entre judeu e grego(Rm 10.11-12).

Então, ele deixa claro que estes verdadeiros judeus — estes filhos de Deus, esses crentes no Messias — tem sido amados por Deus desde a eternidade, diferentemente de todas as outras pessoas, e amados com um grande amor: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo… em amor nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo(Ef 1.4-5).

Paulo chama isso de “grande amor”: “Pelo grande amor com que nos amou, Deus nos deu vida com Cristo(Ef 2.4-5). Grande amor nos deu vida.

2- A viúva de Sarepta e o profeta Elias..Deus enviou Elias à viúva de Sarepta para suprir suas necessidades materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (1Rs 17:12),

Mas a maior bênção que aquela mulher recebeu foi, sem dúvida, o fortalecimento de sua fé no Deus de Elias. Por meio do profeta Elias, aquela viúva recebeu de Deus não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade  (1Rs 17.24).

A resposta da viúva conclui com uma declaração de fé. Ela agora sabia que o Deus de Israel podia sustentar a vida e também dar vida. A Bíblia não nos conta mais nada sobre o que aconteceu com a viúva de Sarepta. No entanto, podemos ver por esses dois episódios que a vida dela foi completamente transformada. A viúva de Sarepta conheceu o amor e o poder de Deus e recebeu uma nova esperança!

3- A Missão de Jonas em Nínive. Jonas era galileu e contemporâneo dos profetas Amós e Oséias.

Os fariseus se equivocaram quando disseram que "da Galileia não se levanta profeta" (Jo 7.52), pois Jonas era galileu.

De acordo com uma tradição judaica não atestada, Jonas era o filho da viúva de Sarepta ressuscitado dentre os mortos por Elias (lRs 17.8-24).

Jonas foi o mais estranho de todos os profetas:

- Ele foi o primeiro profeta transcultural da História

- foi o primeiro profeta a desobedecer a uma ordem de Deus.

- foi o primeiro profeta a ver um resultado 100% positivo à sua mensagem.

A pregação de Jonas no capítulo 3 foi um sucesso estrondoso. Este é o maior fenômeno na história do evangelismo mundial. Porém, em vez de Jonas manifestar alegria pelo sucesso do seu trabalho, explode em ressentimento.

Sua mensagem produziu efeitos até naqueles que não o ouviram diretamente. No entanto, nenhum pregador foi tão bem-sucedido. No hebraico, o sermão de Jonas se compunha de apenas cinco palavras, nada mais – (3.4): Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Contudo, o sermão produzia muito impacto. E que impacto!

- Jonas fez todo o possível para que a sua missão fracassasse.

- Jonas tinha um espírito indignado, um preparo insatisfatório, um sermão medíocre.

- Resultado: um sucesso tremendo!

A maioria dos pregadores trabalha duramente para obter bons resultados; Jonas trabalhou duramente para não ter bons resultados, mas ele teve sucesso, apesar da sua atitude. Deus se responsabiliza pelo resultado! E aqui já temos uma preciosa lição!

Isaías 55.11:assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei” - Jonas foi o único pregador da História que ficou frustrado com o seu sucesso. Um pregador que deseja ver a morte e a destruição dos seus ouvintes e não a salvação deles.

Alguns estudiosos, dando rédeas à imaginação, fazem do grande peixe que engoliu Jonas o centro deste livro. Todavia, o peixe não é a personagem principal do livro, nem mesmo Jonas. A personagem principal é Deus.

- Deus é o Senhor não apenas de Israel, mas da natureza, da História e de todas as nações.

- Sua vontade se cumpre, sempre, no final. Os homens não podem criar-Lhe obstáculos nem frustrá-Lo.

- Sua graça é para todo o mundo.

O peixe só é citado duas vezes no livro enquanto Deus é quem ordena a Jonas ir a Nínive.

- Deus é quem envia uma tempestade atrás de Jonas.

- Deus é quem envia o peixe para engolir Jonas e depois vomitá-lo.

- Deus é quem novamente comissiona Jonas a pregar em Nínive.

- Deus é quem perdoa os habitantes de Nínive e exorta o profeta emburrado.

Percebam que Jonas é o único profeta especificamente comissionado a pregar aos gentios. Este é o grande livro missionário do Antigo Testamento. Jonas, um nacionalista zeloso, é chamado por Deus e enviado a Nínive, uma grande cidade para proclamar contra ela.

Nínive, mencionada pela primeira vez em Gênesis 10.11, foi a antiga capital do império assírio. Situava-se na margem oriental do rio Tigre. Senaqueribe fê-la a capital da Assíria e os medos e persas a destruíram no ano 612 antes de Cristo.

Nínive era a maior cidade do mundo daquele tempo (1.2; 3.2; 4.11).

Os pecados dos pagãos sobem até o céu e ofendem a Deus. Todavia, o amor de Deus pelos pagãos desce até a terra e Deus envia a eles um mensageiro para anunciar-lhes Sua Palavra.

O propósito do livro de Jonas é ensinar que a providência e o cuidado de Deus não se limitam a Israel, mas se estendem também aos gentios

O livro de Jonas descreve o maior protótipo da morte e ressurreição de Cristo no Antigo Testamento. O livro de Jonas nos oferece um protótipo das duas mais importantes doutrinas do cristianismo: a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.

III – ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

 

1- Alianças de Deus. Uma aliança com Deus é um acordo que une a pessoa com Deus. Na Bíblia, Deus fez várias alianças com os homens. A maior dessas alianças é a aliança de salvação em Jesus.

- “A Bíblia fala de sete alianças diferentes, das quais quatro (Abraâmica, Mosaica, Palestina ou Palestiniana, Davídica) Deus fez com a nação de Israel e são incondicionais em sua natureza. Ou seja, independentemente da obediência ou desobediência de Israel, Deus ainda vai cumprir essas alianças com Israel. Uma das alianças, a Aliança Mosaica, é de natureza condicional.

Ou seja, esta aliança vai trazer uma bênção ou maldição, dependendo da obediência ou desobediência de Israel. Três das alianças (Adâmica, Noética, Nova) são feitas entre Deus e os homens em geral, e não se limitam à nação de Israel.

Pode-se dividir a Aliança Adâmica em duas partes: a Aliança Edênica (inocência) e a Aliança Adâmica (graça) (Gênesis 3:16-19).

A Aliança Edênica é encontrada em Gênesis 1:26-30; 2:16-17.

 Ela delineia a responsabilidade do homem para com a criação e a direção de Deus a respeito da árvore do conhecimento do bem e do mal. A Aliança Adâmica incluía as maldições proferidas contra a humanidade por causa do pecado de Adão e Eva, assim como a provisão de Deus para esse pecado (Gênesis 3:15).

A Aliança Noética foi uma aliança incondicional entre Deus e Noé (especificamente) e Deus e a humanidade (em geral). Depois do dilúvio, Deus prometeu à humanidade que nunca mais destruiria toda a vida na Terra com um dilúvio (ver Gênesis capítulo 9). Deus deu o arco-íris como sinal da aliança, a promessa de que toda a terra nunca mais teria um dilúvio e um lembrete de que Deus pode e vai julgar o pecado (2 Pedro 2:5).

Aliança Abraâmica (Gênesis 12:1-3, 6-7; 13:14-17, 15, 17:1-14; 22:15-18).

Neste pacto, Deus prometeu muitas coisas para Abraão. Ele pessoalmente prometeu que faria o nome de Abraão grande (Gênesis 12:2),

Que Abraão teria inúmeros descendentes físicos (Gênesis 13:16),

E que ele seria o pai de uma multidão de nações (Gênesis 17:4-5 ).

Deus também fez promessas a respeito de uma nação chamada Israel. Na verdade, os limites geográficos da aliança com Abraão são mencionados em mais de uma ocasião no livro de Gênesis (12:7; 13:14-15; 15:18-21).

Uma outra provisão na Aliança Abraâmica é que as famílias do mundo seriam abençoadas através da linhagem física de Abraão (Gênesis 12:3; 22:18).

Esta é uma referência ao Messias, que viria da linhagem de Abraão.

Aliança Palestiniana/Palestina (Deuteronômio 30:1-10).

A Aliança Palestina amplia o aspecto de terra detalhado na Aliança Abraâmica. De acordo com os termos deste pacto, se o povo desobedecesse, Deus faria com que fossem espalhados pelo mundo (Deuteronômio 30:3-4), mas Ele acabaria restaurando-os em uma nação (v. 5).

Quando a nação for restaurada, então eles vão obedecê-lo perfeitamente (versículo 8), e Deus fará com que prosperem (v. 9).

Aliança Mosaica (Deuteronômio 11; et al.). A Aliança Mosaica era uma aliança condicional que ou trazia bênção direta de Deus pela obediência ou maldição direta de Deus pela desobediência sobre a nação de Israel. Uma parte da Aliança Mosaica (Êxodo 20) eram os Dez Mandamentos e o resto da Lei, que continha mais de 600 comandos, cerca de 300 negativos e 300 positivos. Os livros de história do Antigo Testamento detalham (Josué-Ester) como Israel sucedeu ou fracassou miseravelmente em obediência à Lei. Deuteronômio 11:26-28 detalha o tema de bênção/maldição.

Aliança Davídica (2 Samuel 7:8-16). A Aliança Davídica amplifica o aspecto da "semente" na Aliança Abraâmica. As promessas feitas a Davi nesta passagem são significativas. Deus prometeu que a linhagem de Davi duraria para sempre e que o seu reino jamais deixaria de existir permanentemente (versículo 16). Obviamente, o trono de Davi não tem estado em vigor em todos os momentos. Haverá um tempo, no entanto, quando alguém da linhagem de Davi vai novamente sentar-se no trono e governar como rei. Este futuro rei é Jesus (Lucas 1:32-33).

Nova Aliança (Jeremias 31:31-34). A Nova Aliança é um pacto feito primeiro com a nação de Israel e, no fim das contas, com toda a humanidade. Na Nova Aliança, Deus promete perdoar os pecados, e haverá um conhecimento universal do Senhor. Jesus Cristo veio para cumprir a Lei de Moisés (Mateus 5:17)

E criar uma nova aliança entre Deus e Seu povo. Agora que estamos sob a Nova Aliança, tanto os judeus quanto os gentios podem ser livres da penalidade da Lei. Temos agora a oportunidade de receber a salvação como um dom gratuito (Efésios 2:8-9).

Dentro da discussão sobre as alianças bíblicas, há algumas questões sobre as quais os cristãos discordam entre si.

Primeiro, alguns cristãos pensam que todas as alianças são de natureza condicional. Se as alianças são condicionais, então Israel falhou miseravelmente em cumpri-las. Outros acreditam que as alianças incondicionais ainda tenham de ser totalmente cumpridas e, independentemente da desobediência de Israel, serão concretizadas em algum momento no futuro.

Segundo, como a igreja de Jesus Cristo se relaciona com as alianças? Alguns acreditam que a igreja as cumpre e que Deus nunca irá lidar com Israel novamente. Isso é conhecido como a teologia da substituição e tem pouca evidência bíblica. Outros acreditam que a igreja inicialmente ou parcialmente cumprirá essas alianças.

Embora muitas das promessas para com Israel ainda estejam no futuro, muitos acreditam que a igreja faça parte de alguma forma. Outros acreditam que as alianças sejam apenas para Israel e que a Igreja não tem nenhuma parte nelas.

 

2- Aliança incondicional e condicional. No Antigo Testamento, a palavra hebraica para aliança é berith. Ela é usada 285 vezes. A palavra grega no Novo Testamento para aliança é diatheke. Ela aparece 30 vezes. O significado central de aliança é um laço ou relacionamento entre duas partes na forma de um contrato.

- Existem dois tipos de alianças que Deus fez com Israel: condicional e incondicional. Numa aliança condicional, o acontecimento é futuro e incerto, pois a eficácia da aliança depende exclusivamente do receptor.

Algumas obrigações ou condições devem ser satisfeitas pelo receptor da aliança antes que o outorgador se obrigue a cumprir o acordado. Temos na aliança mosaica, pactuada entre Deus e a nação de Israel como exemplo de aliança condicional.

É caracterizada pela conjunção “se”: “Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara(Êx 15.26).Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos(Dt 28.12) .

Já na aliança incondicional, o acontecimento é futuro e certo. O cumprimento do que foi acordado depende exclusivamente daquele que fez a aliança, portanto o que foi prometido é soberanamente concedido ao receptor da aliança com base na autoridade e integridade daquele que pactuou a aliança Deus.

CONCLUSÃO

A promessa da salvação foi a resposta amorosa de Deus para reconciliar consigo mesmo o ser humano. A partir do momento em que Adão e Eva pecaram, a raça humana passou a expressar e a vivenciar a maldade (Gn 3.6,7 cf. 4.8-26).

Enquanto vivia o período da inocência, o primeiro casal relacionava-se plenamente entre si e com Deus (Gn 2.23-25).

Mas a partir do advento do pecado, o casal passaria a enfrentar conflitos entre si e com o Criador, passando a encobrir a maldade do seu coração. A obra de Cristo, porém, realizada no Calvário não nos permite viver hipocritamente, mas em verdade e sinceridade. Em Jesus, a maldade do coração é substituída pela capacidade de amar, realizar boas obras, pela fé, manifestar a bondade de Deus e cuidar do próximo (Ef 2.10).

- Já em Gênesis, temos a primeira anunciação do Evangelho – “A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher têm ambas sentido fortemente pessoal.

Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20.

A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado de ‘proto-evangelho’, pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo. Em Gênesis 3.14,15, vemos ‘o Calcanhar Ferido’.

1) O Salvador prometido era a Semente da mulher — o Deus-Homem;

2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente — conquistar o pecado;

3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, Ele morreu