O Propósito de Missões
TEXTO ÁUREO
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é
imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)
Esmiuçando
o Texto Áureo
Não tenho
de que me gloriar. O que
ele escreve aqui é entendido à luz do versículo 15; aqui ele diz que a sua
glória não era pessoal, enfatizando que não esperava, dissimuladamente, alguma
recompensa deles. Ele não estava orgulhoso como se fosse seu evangelho,
tampouco se orgulhava da maneira como o pregava, como se fosse habilidade dele.
Paulo não pregava por orgulho próprio, mas por obrigação divina. Ele não tinha
outra escolha, porque Deus, de modo soberano, o havia separado para a obra (At 9.3-6,15; 26.13-19; Gl 1.15; Cl 1.25;
Jr 1.5; 20.9; Lc 1.13-1).
O castigo mais severo de Deus está reservado para
os ministros infiéis, por essa razão, o curto termo “Ai” (Hb 13.17; Tg 3.1).
VERDADE PRÁTICA
Pregar o Evangelho a toda a criatura não é uma opção, mas uma imposição
divina.
Esmiuçando a Verdade Prática
Ai de mim… – Deveria estar miserável e miserável se
não pregasse. Minha pregação, portanto, por si só considerada, não pode ser um
assunto de glória. Estou calado para isso. Sou convidado a isso de todas as
formas. Deveria estar miserável se não o fizesse e buscasse qualquer outro
chamado. Minha consciência me reprovaria. Meu julgamento me condenaria. Meu
coração me machucaria. Eu não deveria ter conforto em nenhum outro chamado; e
Deus franziria a testa para mim. Todos os ministros que são devidamente
chamados para o trabalho podem dizer a mesma coisa. Eles seriam miseráveis em
qualquer outro chamado. A consciência deles os reprovaria. Eles não teriam
interesse nos planos do mundo; nos esquemas de riqueza, prazer e fama. O coração
deles está neste trabalho, e somente nele. Nisto, apesar de circunstâncias de
pobreza, perseguição, nudez, frio, perigo, doença, eles têm consolo. Em
qualquer outro chamado, apesar de cercados por riquezas, amigos, riquezas,
honras, prazeres, alegria, moda, eles seriam infelizes. Um homem cujo coração
não está no ministério e que seria tão feliz em qualquer outro chamado, não é
adequado para ser um embaixador de Jesus Cristo. A menos que seu coração esteja
lá, e ele prefira isso a qualquer outro chamado, ele nunca deve pensar em
pregar o evangelho. (1 Coríntios 9:16, Comentário de Albert Barnes).
LEITURA BÍBLICA = Apocalipse 5.9-14
Esmiuçando a Leitura Bíblica em
Classe
5.9 - novo
cântico. Cf.
15.3. O AT está repleto de referências ao novo cântico que provém de um coração
que experimentou a redenção ou libertação de Deus (cf. 14.3; Sl 33.3; 9 6.1 ; 144.9).
Esse novo cântico antecipa a redenção final e
gloriosa que Deus está por iniciar, com o teu sangue compraste para Deus. A
morte sacrifical de Cristo em favor dos pecadores o tornou digno de tomar o
livro (cf. 1Co 6.20; 7.23; 2Co 5.21; Gl
3 .3; 1Pe 1.18-19; 2Pe 2.1).
- Cantavam
– grego, “cantar”: é sua ocupação abençoada continuamente. O tema da redenção é
sempre novo, sempre sugerindo novos pensamentos de louvor, incorporados na
“nova canção”. [Comentário A. R. Fausset]
5.10 - reino
e sacerdotes. Veja
nota em 1.6. reinarão sobre a terra. Veja nota em 1.6.
- Nos fez
– A, B, Aleph, Vulgata, siríaco e copta lêem, “eles”. A construção hebraica da
terceira pessoa para a primeira, tem uma relação gráfica com os remidos, e
também tem um som mais modesto do que nós, sacerdotes (Bengel).
- Então B lê. Mas A, Aleph, Vulgata, copta e
Cipriano lêem: “Um reino”. Aleph também lê “um sacerdócio” para os sacerdotes.
Aqueles que lançam suas coroas diante do trono, não se consideram reis à vista
do grande Rei (Apocalipse 4:10-11);
embora seu acesso sacerdotal tenha tanta dignidade que seu reinado na terra não
pode excedê-lo. Assim, em Apocalipse 20:6 eles não são chamados de “reis”
(Bengel).
Nós
devemos reinar sobre a terra – Este é um novo recurso adicionado a Apocalipse
1:6. Aleph, Vulgata e Copta leram: “Eles reinarão”. A e B leram: “Eles reinam”.
Alford faz essa leitura e a explica da Igreja MESMO AGORA, em Cristo, seu
Cabeça, reinando sobre a terra: “todas as coisas estão sendo colocados sob seus
pés, como sob os seus; seu cargo e hierarquia real são afirmados, mesmo no meio
da perseguição ”. Mas mesmo se lermos (acho que a autoridade mais pesada é
contra),“ Eles reinam ”, ainda é o presente profético para o futuro: o vidente
sendo transportados para o futuro quando o número total de redimidos
(representados pelos quatro seres viventes) será completo e o reino visível
começar. Os santos reinar espiritualmente agora; mas certamente não como quando
o príncipe deste mundo for amarrado (ver Apocalipse 20:2-6). Tão longe de
reinar sobre a terra agora, eles são “feitos como a imundícia do mundo e o
derramamento de todas as coisas”.
Em Apocalipse
11:15,18, a localidade e o tempo do reino são marcados. Kelly traduz,
“reinar sobre a terra” (grego, “{epi tees gees}”), o que é justificado pelo
grego (Septuaginta, Juízes 9:8; Mateus
2:22). Os anciãos, embora governando a terra, não necessariamente (de
acordo com esta passagem) permanecerão na terra. Mas a versão inglesa é
justificada por Apocalipse 3:10. “Os
anciãos eram mansos, mas o rebanho dos mansos é independentemente maior”
(Bengel). [Fausset, aguardando revisão]
5.11 - Milhões
de milhões e milhares de milhares. Lit., "miríades de miríades". O número
tenciona expressar uma quantidade impossível de ser calculada. A expressão
grega também pode ser traduzida por "inumerável" (Lc 12.1; Hb 12.22).
- E eu
olhei – os
anjos: que formam o círculo externo, enquanto a Igreja, o objeto da redenção,
forma o círculo mais próximo do trono. Os exércitos celestiais rodeavam o olhar
com intenso amor e adoração nesta manifestação suprema do amor, da sabedoria e
do poder de Deus.
Dez mil vezes dez mil – grego, “miríades de
miríades”. [Fausset, aguardando revisão]
5.12 - Poder...
e louvor. Esta
doxologia registra sete qualidades intrínsecas de Deus e do Cordeiro, que
exigem o nosso louvor.
- De receber
poder – grego, “o poder”. Os seis restantes (sendo o todo sete, o número
para perfeição e completude) são todos, assim como “poder”, variou sob o único
artigo grego, para marcar que eles formam um agregado completo pertencente a
Deus e Seu co-igual, o Cordeiro. Compare Apocalipse
7:12, onde cada um dos sete tem o artigo.
- Riquezas
– espirituais e terrenas.
- Bênção –
louvor atribuído: a vontade da parte da criatura, embora não acompanhada pelo
poder, para retornar bênção para a bênção conferida (Alford). [Fausset,
aguardando revisão]
5.13 - No
céu e sobre a terra, debaixo da terra. O coro universal da criação, incluindo os círculos
externos e internos (de santos e anjos), acaba com a doxologia. A plena
realização disto é ser quando Cristo toma Seu grande poder e reina
visivelmente.
- Cada criatura – “todas as suas obras em todos os
lugares do seu domínio” (Salmo 103:22).
- Debaixo da
terra – os espíritos que partiram no Hades.
- No mar
grego “, no mar”: os animais marinhos que são considerados na superfície
(Alford).
- Todas as coisas
que nelas há – Então a Vulgata lê. A omite “todas (coisas)” aqui (em grego,
“{panta}”), e lê, “Eu ouvi tudo (grego, {pantas}) dizendo”: implicando o
concerto harmonioso de todos nos quatro quartos do universo.
- Bênção,
etc. – Grego, “a bênção, a honra, a glória e o poder aos séculos dos séculos”.
A atribuição quadruplicada indica universalidade mundial. [Fausset, aguardando
revisão]
5.14 - Quatro
seres viventes. disse –
Então A, Vulgata e Siríaco leem. Mas B e Coptic leram: “(eu ouvi) dizendo”.
- Amém –
Então A lê. Mas B lê, “o (acostumado) Amém.” Como em Apocalipse 4:11, os vinte e quatro anciãos afirmaram que Deus
merecia receber a glória, como tendo criado todas as coisas, então aqui os
quatro seres viventes ratificam por sua “ Amém ”toda a criação da atribuição da
glória a ele.
- Quatro e vinte
– omitidos nos manuscritos mais antigos: a Vulgata o apoia.
- Aquele que vive para todo o sempre – omitido em todos os
manuscritos: inserido pelos comentaristas de Apocalipse 4:9. Mas lá, onde a ação de graças é expressa, as
palavras são apropriadas; mas aqui menos, como o culto deles é o da prostração
silenciosa. “Adorado” (a saber, Deus e o Cordeiro). Assim, em Apocalipse 11:1, “adoração” é usada de
maneira absoluta. [Fausset, aguardando revisão]
INTRODUÇÃO
Como introdução, cabe esclarecer que, o propósito
da Igreja neste mundo está definido em Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina
dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Assim,
entendemos que, de acordo com esta Escritura, o propósito da Igreja é
quadruplo:
- (1) o ensino da doutrina bíblica;
- (2) providenciar um espaço de adoração para os
crentes;
- (3) observar a Ceia do Senhor, e
- (4) oração.
Há ainda uma outra “comissão” dada à igreja: proclamar o Evangelho de salvação através
de Jesus Cristo (Mt 28.18-20; At
1.8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o Evangelho através de
palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade: mostrando às
pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve
tanto promover o Evangelho quanto preparar seus membros para proclamar o
Evangelho (1Pe 3.15).
Por fim, para ilustrar bem qual o propósito da
Igreja no mundo, 1º Coríntios 12:12-27,
Paulo ensina que a Igreja é o “Corpo” de Deus; somos Suas mãos, boca e pés
neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse
aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser “cristã”, no que esta palavra
significava para os crentes de Antioquia da Síria: “como Cristo”, “parecidos
com Cristo” e “seguidora de Cristo”.
I. O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
1. O fundamento
da realidade salvífica. A salvação é a maior de todas as bênçãos
espirituais que o ser humano pode receber de Deus. Apesar disso, muitas pessoas
não sabem o que ela é. Isso se deve, em parte, ao caráter simplório e
superficial de boa parte da educação cristã ministrada em algumas denominações
evangélicas e, em parte, pela ampla divulgação de algumas doutrinas
massificantes que não chegam à essência da questão. Salvação é a mudança do
estado de condenação em que o pecador se encontra, por causa do pecado, para o
estado de bem-aventurança, para o qual é conduzido pela graça de Deus. O
apóstolo Paulo menciona esta mudança de estado em sua carta aos crentes de
Colossos: “Ele [Deus] nos libertou do império das trevas e nos transportou para
o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”
(Cl 1.13-14). Então, entenda que a
nossa missão é fazer essa ‘boa notícia’ se espalhar e chegar ao conhecimento de
todos.
2. Um propósito global. A Escritura afirma com muita clareza que todos os
seres humanos são pecadores (Rm 3.23;
5.12). Portanto, todos nós somos igualmente merecedores da retribuição
correspondente ao pecado. De acordo com a Escritura, esta justa retribuição é
a morte (Rm 6.23) no seu sentido
mais profundo e abrangente: morte física, morte espiritual e morte eterna. Isso
implica no total rompimento de nossa comunhão com Deus.
E é importante, então, que se diga, a missão da
Igreja é levar o Evangelho a toda criatura; essa ordem é atemporal, acultural e
urgente! Não se trata de comunicar uma tradição, ou uma cultura, ou placa, mas
de comunicar o evangelho, a boa notícia de que o homem se encontra
terrivelmente condenado e precisa desesperadamente de salvação porque esta é a
única maneira de termos nossa comunhão com Deus restaurada e, também, de
escaparmos da condenação do inferno (Ef
2.1; Is 59.2).
II. PREGAR O EVANGELHO: A RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO
1. Qual é a
nossa disposição? “Para os
incrédulos, o Reino de Deus é só uma promessa lançada ao vento, para os
discípulos de Cristo é uma realidade encarnada e já vivenciada hoje. Os
fariseus, assim como os discípulos de Jesus, em determinado momento de suas
jornadas, não tinham maturidade espiritual suficiente para perceber que a
transformação prometida pelos profetas no Antigo Testamento não iniciaria com
uma mudança governamental, como a restauração política de Judá, mas com a
libertação dos corações da opressão do Inferno (Jo 14.8,9). O problema de muitos dos crentes carnais é exatamente
este: como eles são afeitos às manifestações exteriores (Mt 23-5-7). Sua compreensão do Reino também é refém de sinais
materiais (Lc 17.21). Só os santos
vêem o invisível (Cl 1.15)”. 3°
Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Imitadores de Cristo –
Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos | Escola Bíblica
Dominical | Lição 06: Quem segue a Cristo Compreende o Reino de Deus.
Baseados no que acabamos de ler nessa lição
destinadas aos jovens, fazer o Reino avançar parte de pequenas ações no nosso
dia-a-dia, até o comprometimento de fato com a Missões. São todas as ações
originadas no amor, que promove justiça, paz e alegria para a glória de Deus,
ações que devem caracterizar o nascido de novo. Nunca abandone a alegria que
vem do Céu (Ne 8.10) por momentos
efêmeros de prazeres fugazes! Mantenha-se firme no propósito de fazer tudo para
a glória de Deus (1Co 10.32). Paulo,
de uma forma eloquente, caracteriza o modo como devemos servir ao Reino de
Deus. Nossos juízos acerca dos outros devem ser carregados da misericórdia de
Cristo, caso contrário, não passam de acusações covardes e injustas contra as
filhas e filhos de Deus. A vida no Reino é de doação, de dedicação ao outro,
quem vive no egoísmo serve ao Maligno, nunca ao Altíssimo. É sempre importante
destacar que, na medida em que o apóstolo afirmava as qualidades intrínsecas do
Reino de Deus, ele estava, em 1 Coríntios 4, desmascarando o estilo de vida
reprovável daqueles que, de modo arrogante, tentavam trazer confusão sobre os
coríntios. E aqui mais uma vez, entenda que, espalhar o reino não significa
levar nossa placa mais longe, mas sim, levar o evangelho mais longe!
2. “Pois me é imposta essa obrigação”. O apóstolo Paulo via a
responsabilidade de pregar o Evangelho como uma obrigação imposta a ele (1 Co 9.16). A expressão “ai de mim se
não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros: 1) a obrigação; 2) a punição.
O apóstolo estava consciente de que pregar o Evangelho é uma obrigação que
inside privilégio, pois é a partir do que Cristo fez por nós. Nesse sentido, é
um ato de obediência a Deus. Contudo, essa obrigação também leva em conta a
punição em relação à recusa sistemática dessa obrigação imposta ao apóstolo.
Ora, pregar o Evangelho não é uma opção para o cristão, mas uma imposição
divina.
Paulo não se gloriava de suas realizações pelo
Evangelho [o quanto difere dos fenômenos de hoje...]. A glória para Paulo não
era pessoal. Ele não estava orgulhoso como se fosse seu evangelho, tampouco se
orgulhava da maneira como o pregava, com o se fosse habilidade dele.
Paulo não pregava por orgulho próprio, mas por
obrigação divina. Ele não tinha outra escolha, porque Deus, de modo soberano, o
havia separado para a obra (At 9.3-6,15;
26.13-19).
O Comentário de A. R. Fausset, neste versículo de 1Co 9.16, afirma: “para mim não é
orgulho – isto é, se eu pregar o Evangelho, e não o fizer gratuitamente, eu não
tenho nenhum motivo para “orgulhar-me”. Pela “obrigação” que me é colocada de
pregar (compare Jeremias 20:9, e o
caso de Jonas) acaba-se a base para o
“orgulho”. O único fundamento para que eu tenho para me “orgulhar” é
pregar o evangelho de graça (1Coríntios
9:18): já que não tenho necessidade quanto ao último, é meu ato voluntário
pelo amor do Evangelho” [Jamieson; Fausset; Brown].
Não há glória em fazer o que se é obrigado a fazer;
todo cristão é obrigado a pregar o Evangelho.
CONCLUSÃO
A salvação é a ação de Deus que nos tira do império
das trevas e nos conduz graciosamente ao reino de seu Filho. Esta salvação
oferecida graciosamente por Deus em Cristo é a única solução para o problema do
pecado e o único recurso dado por Deus para que o homem não seja condenado ao
inferno, mas desfrute da eterna e gloriosa comunhão com seu Senhor.
Boa aula