A
Segundo Vinda de Cristo
Texto
Áureo = "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente
e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem."
(Mt 24.27)
Verdade
Prática = A Segunda Vinda de Cristo será em duas fases
distintas: primeira— invisível ao mundo, para arrebatara sua Igreja; segunda —
visível e. corporal, com a sua Igreja glorificada.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = I Tessalonicenses 4.13-18 = Lucas 21.25-27
HINOS
323, 442, 547 da Harpa Cristã
INTRODUÇÃO
O Arrebatamento da Igreja é comumente chamado de “a
segunda vinda ou a volta do Senhor”. No entanto, é necessário distinguirmos os
eventos e os tempos proféticos que se relacionam a essa expressão. Nos estudos
proféticos, a vinda do Senhor é uma só, porém, manifesta em duas fases
distintas, envolvendo três tipos religiosos de povos (1 Co 10.32). Para a
“Igreja”, o Senhor Jesus virá nos ares, invisível, quando ocorrerá a
ressurreição dos mortos em Cristo e a transformação de nossos corpos mortais em
gloriosos. Para Israel, virá à Terra e de forma visível, ocasião em que
acontecerá a conversão nacional dos judeus e a destruição de seus inimigos.
Para as Nações, também virá à Terra, de forma visível, quando os sistemas
políticos serão julgados e governados por Cristo. Em suma, para a Igreja, Jesus
virá como Noivo; para os Judeus, como Messias; e para os Gentios, como Juiz. O
Arrebatamento da Igreja, que corresponde a primeira fase da volta do Senhor,
será repentino. A segunda fase só se dará sete anos depois da primeira, época
em que Jesus virá para libertar Israel e julgar as nações.
AS ESCRITURAS DÃO TESTEMUNHO
SOBRE A SEGUNDA VINDA DO SENHOR
No tempo dos apóstolos havia pessoas que negava ou
não acreditava na segunda vinda do senhor. mais eles foram instruídos a crerem
e colocarem sua fé e confiança nessa maravilhosa doutrina.
Houve tempo em que a palavra arrebatamento era
praticamente ignorada fora dos círculos teológicos. A expressão mais usual era
a volta de Cristo. Os mais eruditos preferiam o vocábulo advento. Também não se
fazia muita questão de se detalhar os acontecimentos que se seguirão ao rapto
dos santos. De modo geral, acreditava-se que, tão logo o Senhor Jesus levasse
os salvos para o céu, seria deflagrado o Juízo Final com a sumária punição dos ímpios.
Com o incremento dos estudos bíblicos, o vocábulo arrebatamento fez-se
rapidamente conhecido. Hoje, é um dos termos bíblicos mais conhecidos no meio
do povo evangélico.
OS SINAIS DA SUA VINDA
Nos estudos proféticos, “sinal” é tudo aquilo que
serve de advertência e, que possibilita prever ou reconhecer a aproximação de
um fato profético relevante. O vocábulo, no grego sēmeion, tanto aponta para os
atos milagrosos (Mt 12.38; 16.1), quanto para os eventos que antecedem a vinda
de Cristo (Mt 24.3), podendo os dois sentidos virem combinados (At 2.19,22). Os
sinais, no entanto, precisam ser interpretados como eventos que demarcam o
tempo histórico e o profético. No primeiro, um fato real separa um tempo
histórico do outro, como o Nascimento de Cristo que distingue a antiga da nova
aliança, ou o Arrebatamento, que separa a Graça do período da Grande
Tribulação. No segundo, são uma sucessão de eventos que anteveem a aproximação
ou o fim de um tempo profético, como por exemplo, os sinais expostos em Mt 24.1-14;
1 Ts 5.1-3; 1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-9, que apontam para o fechamento do calendário
profético para os gentios. Um estudo das Setenta Semanas de Daniel confirma
tanto um argumento quanto o outro.
a) Sinais na vida da Igreja
1. Os falsos cristos e falsos profetas. O crente
deve estar vigilante, pois um dos sinais da vinda de Jesus são os falsos
cristos e os falsos profetas. Para não sermos enganados, precisamos conhecer a
Palavra de Deus. (Mt 24.4,5).
2. Apostasia. Você sabe o que significa
apostasia? Apostasia significa “desvio”, “afastamento”. Quer dizer “abandono
premeditado e consciente da fé cristã”. O aumento da apostasia é um sinal que
evidencia a segunda vinda de Jesus (2Ts 2.3;1Tm 4.1).).
3. “Doutrinas de demônios” (1Tm 4.1). Os
falsos mestres e os seus ensinos eram e ainda continuam sendo uma ameaça para
Igreja e para a fé cristã.
4. Perseguição aos crentes. Ao falar
a respeito dos tempos do fim, Jesus previu grandes perseguições aos seus
discípulos (Mt 24.9).
5. Sinais do céu. Jesus
alertou que antes de sua vinda haveria vários sinais, como por exemplo,
“grandes terremotos e fomes, pestilências, coisas espantosas e grandes sinais
do céu” (Lc 21.11). Notemos que o texto diz “sinais do céu” e não sinais “no
céu”. Não devemos especular e muito menos ensinar sobre assuntos que não estão
revelados na Palavra de Deus. Não sabemos que sinais serão estes nos céus, pois
as Escrituras não revelam, porém sabemos que eles trarão espanto a todos que o
virem, mostrando que serão algo jamais visto pelo homem, Jesus fala de sinais e
não de datas.
b) OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES AO MUNDO
Apesar de parecerem sem importância aos olhos dos
incrédulos, todos os sinais relativos à vinda de Nosso Senhor tem de ser
bíblica e teologicamente considerados. Vejamos mais alguns deles:
1. Proliferação de falsos profetas e doutores. “E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt
24.4,5).
2. Guerras e conturbações internacionais. “E
ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é
mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará
nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares” (Mt 24.6,7).
3. Aumento dos escândalos na Igreja de Cristo. “Nesse
tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos
outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”
(Mt 24.10,11). Isso decorre da existência da igreja na terra, e do joio que
cresce no meio do trigo (Mt 13.30,40-43).
4. Multiplicação da iniquidade. “E, por
se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que
perseverar até ao fim será salvo” (Mt 24.12,13).
6. Fomes, pestes e terremotos. “e haverá fomes, e
pestes, e terremotos, em vários lugares” (Mt 24.7).
5. A propagação universal do Evangelho de Cristo. “E este
evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
gentes, e então virá o fim” (Mt 24.14).Conquanto existam ainda muitos povos
não-alcançados pelo Evangelho, não podemos ignorar que, em termos universais, o
Evangelho já chegou aos confins da terra.
“Assim como a terra reagiu quando Jesus morreu (cf.
Mt 27.51), também ocorrerão sinais ‘em baixo na terra’ (cf. At 2.19) antes da
segunda vinda de Jesus.
• Terremotos. Esse sinal continua a
manifestar-se em várias partes do mundo. Se compararmos estatisticamente o
número de terremotos ocorridos, veremos que do nascimento de Jesus até o ano de
1900, aconteceram menos terremotos do que entre 1901 e 1908. Torna-se real, em
nossos dias, a profecia de Isaías 24.19.
• Fome (cf. Lc 21.11; Ap 6.8). Secas,
catástrofes e outras causas, têm motivado a fome em várias partes do mundo.
Desde o início do século, o mundo tem presenciado períodos de fome, onde
dezenas de milhares de vidas têm sido ceifadas. Carestia e escassez de víveres
fazem parte da fotografia profética dos últimos tempos (cf. Ap 6.5,6).
• Pestilência (cf. Lc 21.11). Os
jornais mostram que doenças incuráveis têm ceifado a vida de milhões de pessoas
todos os anos. O câncer até o momento não tem solução clínica. Novas bactérias
letais são detectadas com uma frequência assustadora. Com relação à peste,
existe uma observação interessante em Apocalipse 6.8 onde se fala das causas de
mortes nos últimos tempos. Uma delas é ‘com as feras da terra’. No original
grego, a palavra traduzida por ‘fera’ é qhriwn. Essa palavra é um substantivo
genitivo, neutro, plural e encontra-se no diminutivo — ‘pequenas feras’. Isso
certamente se refere aos ratos que são causadores da peste bubônica” (BERGSTÉN,
Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.304).
O QUE É O ARREBATAMENTO
1. Sentido literal. A palavra
“arrebatamento”, no contexto da escatologia cristã, é procedente do verbo grego
harpazō, e significa retirar algo com rapidez e de forma inesperada. Quando o
Novo Testamento foi traduzido para o latim, optou-se pelo vocábulo raptus que,
originando-se do verbo raptare, comporta os seguintes significados: tirar,
arrancar, tomar das mãos alguma coisa de forma violenta.
2. Definição bíblico-teológica. O
arrebatamento, por conseguinte, é a retirada brusca, inesperada e sobrenatural
da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada às regiões celestes, onde
unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus. A essa doutrina, dedica o
Novo Testamento, além de outras passagens, dois capítulos especiais: 1 Co 15 e
1 Ts 4.
Nesta passagem, descreve Paulo a transladação
sobrenatural dos santos; naquela, mostra como nossos corpos serão
transformados, instantaneamente, pelo poder do Espírito Santo. O evento
constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger, de
maneira simultânea, diversos fatos que ultrapassam todos os precedentes
históricos, científicos e lógicos do conhecimento humano.
A palavra arrebatamento no grego é harpazo. Este
vocábulo dá a ideia de rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito. O
arrebatamento da Igreja reunirá os que morreram em Cristo, isto é, confessaram
a Jesus como seu Salvador e permaneceram fiéis até a morte (Ap 2.10; 1Ts 5.23),
e os que estiverem vivos, aguardando o glorioso evento (1Ts 4.13).
MORTOS E VIVOS SURGINDO PARA UMA
NOVA VIDA
Neste momento vem em mente a seguinte pergunta Como
se dará o arrebatamento da igreja?
De acordo com a Primeira Epístola de Paulo aos
Tessalonicenses, o arrebatamento da Igreja de Cristo dar-se-á da seguinte
forma:
a. Ressoada a trombeta de Deus, descerá
o Senhor Jesus dos céus com alarido e voz do arcanjo (1 Ts 4.16).
b. Em seguida, os que morreram em Cristo
ressuscitarão, sendo, de imediato, trasladados (1 Ts 4.16).
c. Ato contínuo, os que estivermos vivos seremos
transformados, arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor (1 Ts 4.17).
A glorificação dos santos, quer vivos quer mortos,
ocorrerá num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.52). A palavra grega que o doutor
dos gentios usa para descrever este instante é mui expressiva: atomō. Trata-se
de uma fração de tempo tão ínfima que não comporta nenhuma divisão. Buscando
exemplificar essa fração de tempo, o apóstolo traz à tona uma imagem comum a
todos nós: o abrir e fechar de olhos; um instante pequeno demais para ser
mensurado pelos instrumentos humanos. Temos aqui um ato, não um processo; um
milagre, não uma operação natural. É algo que desafia as leis da física e das demais
ciências.
CONCLUSÃO
Caro professor, a doutrina da Segunda Vinda do
Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público.
São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é
visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é
visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”. Na presente lição, o aspecto
tratado será o primeiro, ou seja, a doutrina do Arrebatamento da Igreja.
Ao introduzir a lição desta semana na classe,
defina o termo “arrebatamento”. Mostre aos alunos que o termo se origina da
palavra grega harpagêsometha que significa “àquilo que é frequentemente
chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para celebrá-lo como
Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1
Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes
significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de
pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento
e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um
acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo.
Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento
a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor” (1Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas 14 dão conta dos
crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da
Igreja.
REFERENCIAS
ALMEIDA, A. Manual da profecia bíblica. CPAD, 1999.
Bíblia de Aplicação Pessoal. CPAD, 2004.
(Ap 13.16-18).” (AÍAS, F. In Mensageiro da Paz. Ano
72, N° 1.414, Março 2003, p.15).
ALMEIDA, A. Manual da profecia bíblica. CPAD, 1999.
Bíblia de Aplicação Pessoal. CPAD, 2004.
Uma Introdução à Doutrina da Segunda Vinda
"Eis que venho sem demora, e
comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas
obras"
(Apocalipse 22:12).
Introdução
A doutrina da segunda vinda de Cristo é uma das
mais importantes doutrinas da Bíblia. O Novo Testamento está repleto de
referências a ela. Jesus e os apóstolos falaram muito freqüentemente sobre o
assunto. Todos os principais credos, confissões e declarações de fé dos
cristãos, produzidos no decorrer da história, fazem menção desta doutrina. Por
todas essas razões, é importante ter-se um conhecimento exato desta grande
verdade da Palavra de Deus.
A certeza da Segunda Vinda
Que Cristo virá novamente, é tão certo quanto Sua
primeira vinda. O Novo Testamento menciona a volta de Cristo trezentos e
dezenove vezes, além das centenas de referências no Antigo Testamento.
Capítulos inteiros foram dedicados ao tema, como Mateus 24 e 25, Marcos 13 e
Lucas 21; e livros inteiros foram escritos para tratar deste assunto, como I e
II Tessalonicenses.
Jesus disse: "E, quando eu for e vos
preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu
estou, estejais vós também" (João 14:3). Paulo escreveu: "Porquanto
o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus" (I Tessalonicenes
4:16). Na Epístola aos Hebreus é dito que Cristo "aparecerá segunda
vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:28).
Tiago disse que "a vinda do Senhor está próxima" (Tiago 5:8).
E, finalmente, o livro de Apocalipse, que contém várias referências à volta de
Cristo, registra uma promessa de Jesus no final: "Certamente, venho sem
demora" (Apocalipse 22:20).
Como será a Segunda Vinda
Existem diferentes interpretações a respeito de
como será a segunda vinda de Cristo. Há discordância sobre alguns detalhes,
como a seqüência da volta de Cristo, ou seja, o que acontecerá logo antes e
logo depois. Apesar de serem detalhes que não devem dividir os cristãos, se não
entendidos corretamente podem levar a interpretações antibíblicas, algumas
delas muito perigosas. Estaremos estudando as principais linhas de
interpretação sobre a volta de Jesus na próxima lição, e na lição três veremos
com mais detalhes como será a segunda vinda de Cristo. Neste momento nos
concentraremos naquilo que todos os cristãos crêem (ou deveriam crer) em comum
sobre esta doutrina.
A Bíblia
ensina que a segunda vinda de Cristo:
a) Será
pessoal: Isso significa que o próprio Jesus virá novamente,
em pessoa, com o mesmo corpo glorificado com que ressuscitou e da mesma forma
como subiu aos céus. Algumas seitas, como as Testemunhas de Jeová, ensinam que
a volta de Cristo é espiritual e que nem todos saberão quando isso acontecer.
Outros, como os preteristas radicais, ensinam que Jesus já voltou na destruição
de Jerusalém, em 70 d.C. Há quem argumente que a segunda vinda de Cristo foi o
derramamento do Espírito Santo no Pentecostes. Porém, a Bíblia ensina
claramente que Jesus voltará pessoalmente. Enquanto Jesus subia aos céus, dois
anjos disseram aos discípulos: "Esse Jesus que dentre vós foi assunto
ao céu virá do mesmo modo como o vistes subir" (Atos 1:11).
b) Será
visível: A Bíblia ensina que todos verão Jesus quando Ele
voltar. Será um evento público e muito visível. Jesus disse, referindo-se à Sua
vinda: "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os
povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do
céu, com poder e muita glória" (Mateus 24:30). E em Apocalipse lemos:
"Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o
transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente.
Amém" (Apocalipse 1:7).
c) Terá
como conseqüência os acontecimentos finais do mundo: Com a
volta de Cristo haverá a ressurreição dos mortos (I Coríntios 15:22-23), a
transformação dos crentes vivos (I Coríntios 15:51-52), o arrebatamento da
Igreja para encontrar-se com Cristo (I Tessalonicenses 4:15-17), o juízo final
(Atos 17:31) e o surgimento dos novos céus e nova terra (I Pedro 3:11-13). Cada
um desses eventos e seu tempo em relação à volta de Cristo serão estudados
detalhadamente nas próximas lições.
Quando será a Segunda Vinda
Durante a história, muitos falsos profetas tentaram
marcar datas para a volta de Cristo. Mas a Bíblia ensina que a vinda de Cristo
será repentina, como ladrão de noite, e que ninguém sabe o momento de Seu
aparecimento.
A respeito disso, Jesus disse: "Mas a
respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
senão o Pai" (Mateus 24:36). Alguns argumentam que nós não sabemos
apenas o dia e a hora, mas podemos saber o mês e o ano. Isso é uma distorção
das palavras de Jesus, pois é claro pelo contexto que Sua intenção foi
demonstrar a impossibilidade de se prever o Seu retorno em qualquer sentido.
Além disso, a Bíblia não dá pista alguma sobre a data de Sua volta.
Na continuação da passagem, Jesus diz: "Portanto,
vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor... Por isso, ficai
também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem
virá" (Mateus 24:42,44). O fato de não sabermos quando Jesus voltará
deve nos levar a viver em constante vigilância, nos santificando a cada dia e
confirmando a nossa vocação e eleição (II Pedro 1:10), para que não sejamos
pegos de surpresa naquele dia (I Tessalonicenses 5:4).
A Esperança da Segunda Vinda
A segunda
vinda de Cristo deve ser a maior esperança do cristão, pois quando Ele voltar
nossa salvação finalmente se completará, com a glorificação de nossos corpos
mortais para serem semelhantes ao de Jesus (Romanos 8:11,17-25,30). O cristão
deve estar sempre "aguardando a bendita esperança e a manifestação da
glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13). Em
seu viver diário ele deve refletir essa expectativa, vivendo de modo santo e
piedoso, esperando e apressando a vinda de Cristo (II Pedro 3:11-12),
aguardando o grande dia em que "seremos semelhantes a ele, porque
haveremos de vê-lo como ele é" (I João 3:2).
A
segunda vinda de Jesus
PARA MEMORIZAR: “Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se
assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu
for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que,
onde Eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3).
A segunda vinda de Jesus, mencionada mais de 300
vezes no Novo Testamento, é o ponto alto dos nossos ensinamentos. É essencial
para nossa identidade como cristãos adventistas do sétimo dia. Essa doutrina
está gravada em nosso nome e é parte fundamental do evangelho que somos
chamados a proclamar.
Sem a promessa de Sua vinda, nossa fé seria inútil.
Essa gloriosa verdade nos dá um senso de destino e motiva nosso trabalho
missionário.
Pode-se argumentar que a extensão do tempo de espera
além das nossas expectativas poderia enfraquecer nossa crença na promessa da
volta de Jesus. No entanto, isso não aconteceu. Para muitos, nossa paixão pelo
retorno de Cristo é mais forte do que nunca.
Nesta semana, analisaremos o que Jesus disse sobre
“a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus” (Tt 2:13).
Após a última ceia, Jesus disse aos discípulos que
iria para um lugar ao qual, pelo menos por enquanto, eles não poderiam ir (Jo
13:33). O pensamento de estar separados do Mestre encheu o coração deles de
tristeza e medo. Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais? […] por que não
posso seguir-Te agora? (Jo 13:36, 37). Cristo conhecia o desejo deles e assegurou-lhes
que a separação seria apenas temporária.
1.
Leia as promessas de Cristo em João 14:1-3. Aplique essas palavras a você. Por
que elas devem ter um significado importante em sua vida?
A promessa do nosso Senhor não poderia ter sido mais
enfática. Em grego, a promessa “virei outra vez” está no tempo presente,
expressando certeza. Poderia ser traduzida literalmente como: “Eu estou vindo
outra vez.” Jesus nos deu a segurança da Sua segunda vinda. Ele não disse: “Eu
posso voltar”, mas “Eu voltarei”. Toda vez que mencionou Sua volta, Ele Se
referiu a ela com convicção.
Às vezes, fazemos promessas que depois não podemos
cumprir, apesar dos nossos melhores esforços e determinação. Esse não é o caso
com Cristo. Muitas vezes, Ele provou inequivocamente que Sua palavra é
confiável.
Referindo-se à Sua encarnação, o Senhor anunciou
profeticamente por intermédio de Davi: “Eis aqui venho” (Sl 40:7). E Ele veio
(Hb 10:5-7). A realidade de Sua primeira vinda sustenta a certeza da segunda
vinda.
Durante Seu ministério terrestre, Jesus prometeu a
um pai desesperado: “Não temas, crê somente, e ela será salva” (Lc 8:50). E a
filha de Jairo foi libertada, embora estivesse morta. Cristo anunciou que três
dias depois de Sua morte Ele ressuscitaria, e ressuscitou.
Ele prometeu o Espírito Santo aos discípulos, e O
enviou na hora certa. Se nosso Senhor honrou todas as Suas promessas no
passado, mesmo aquelas que, de uma perspectiva humana, pareciam impossíveis,
podemos estar certos de que Ele cumprirá Sua promessa de voltar.
O propósito da segunda vinda de Jesus
O grande plano da redenção terá seu ponto culminante
na segunda vinda de Jesus. Sem o retorno de Cristo à Terra, Sua encarnação,
morte e ressurreição não teriam nenhum efeito para nossa salvação.
2.
Qual é uma das razões básicas para a segunda vinda de Jesus? Mt 16:27
A vida nem
sempre é justa. Na verdade, muitas vezes ela é injusta. Nem sempre vemos
justiça em nossa sociedade. Pessoas inocentes sofrem enquanto as más parecem
prosperar. Muitas pessoas não recebem o que merecem. Mas o mal e pecado não
reinarão para sempre. Jesus virá “para retribuir a cada um segundo as suas
obras” (Ap 22:12).
Essa afirmação implica que um julgamento deve
ocorrer antes da volta de Cristo. Quando Ele vier, o destino de cada ser humano
já terá sido decidido. Jesus sugeriu claramente esse juízo investigativo na parábola
das bodas (Mt 22:11-13).
O fato de que somos julgados pelas obras não
significa que somos salvos por elas ou por nossos próprios méritos. A salvação
é pela graça de Deus e recebida pela fé em Jesus (Mc 16:16; Jo 1:12), que
demonstramos por nossas ações.
O que é importante sobre a promessa de Mateus 16:27
é que a justiça será feita. Temos apenas que esperar por isso.
Além disso, na segunda vinda de Cristo, os que
dormem nEle serão ressuscitados para a vida eterna. Como vimos anteriormente,
visto que sabemos que os mortos estão dormindo na sepultura, as promessas da
segunda vinda e da ressurreição para a vida eterna que se segue são especialmente
importantes para nós.
“Por entre as vacilações da Terra, o clarão do
relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que
dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu,
brada: ‘Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!’ Por
todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que
ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército
extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da
morte eles vêm, revestidos de glória imortal, clamando: ‘Onde está, ó morte, a
tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?’ (1Co 15:55). E os vivos
justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa
aclamação de vitória” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 644).
Como Jesus virá?
Em Seu sermão profético, Cristo manifestou
preocupação a respeito dos ensinamentos errados acerca da Sua segunda vinda, e
advertiu os discípulos contra pessoas que viriam em Seu nome dizendo: “Eu sou o
Cristo” (Mt 24:5, 23-26).
Ele não quer
que Seus seguidores sejam enganados. Por isso, indicou claramente de que modo
virá.
3.
De acordo com Mateus 24:27, como Jesus voltará?
O relâmpago não pode ser escondido nem falsificado.
Ele se manifesta e brilha em todo o céu de tal forma que todos podem vê-lo.
Assim será a segunda vinda de Jesus. Nenhuma propaganda será necessária para
chamar a atenção das pessoas com relação a ela. Todos os seres humanos, bons e
maus, salvos e perdidos, e “até mesmo aqueles que O traspassaram” (Ap 1:7)
verão a Sua vinda (Mt 26:64).
4.
De acordo com Paulo, como será a segunda vinda de Jesus? 1Ts 4:13-18
Em Seu segundo advento, Cristo será visto com toda a
Sua glória divina como “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19:16). Na
encarnação, o Filho veio sozinho e sem nenhum esplendor externo. “Nenhuma
beleza havia que nos agradasse” (Is 53:2). Mas desta vez Ele descerá com toda a
Sua majestade e magnificência, rodeado por “todos os santos anjos” (Mt 25:31,
ARC) e “com grande som de trombeta” (Mt 24:31, NVI). Se tudo isso não bastasse,
os mortos em Cristo ressuscitarão para a imortalidade.
Quando Jesus virá?
Quando Jesus disse a respeito do templo: “Não ficará
aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt 24:2), os discípulos ficaram
admirados e perguntaram: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual
será o sinal da Tua vinda e do fim dos tempos?” (v. 3, NVI). Em seu pensamento,
a destruição do templo coincidiria com o fim da História na volta de Jesus.
A resposta de Jesus combinou de modo habilidoso os
sinais para os dois eventos: a queda de Jerusalém em 70 d.C. e Sua segunda
vinda, porque os discípulos não estavam preparados para compreender a diferença
entre eles. É importante entender a natureza e o propósito desses sinais. Eles
não foram dados para que determinemos a data da volta de Jesus, pois “a
respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho,
senão o Pai” (Mt 24:36).
Ao contrário,
os sinais mostram a tendência histórica de eventos, a fim de nos alertar de que
Sua vinda está próxima, às portas. Embora nunca devamos marcar datas, jamais
devemos ignorar o tempo em que vivemos.
5.
Leia Mateus 24:3-14, 21-26, 29, 37-39 (se possível, leia também Marcos 13 e
Lucas 21). Que quadro do mundo Jesus apresentou nesses textos? Essa descrição
se harmoniza com o mundo em que vivemos?
A ideia mais importante que Jesus quis gravar na
mente dos discípulos era a de que Sua vinda está próxima. Na verdade, todo o
Seu sermão profético dirigiu-se aos apóstolos como se eles devessem estar vivos
quando Jesus viesse (Mt 24:32, 33, 42).
Na verdade, da perspectiva pessoal de cada um de
nós, a segunda vinda de Jesus nunca está mais distante do que um momento depois
da nossa morte. A morte é um sono inconsciente e profundo. Fechamos os olhos na
morte e, quer tenham passado um ano ou mil anos, o acontecimento seguinte, para
nós, será a segunda vinda de Jesus.
Assim, a ideia da proximidade da vinda de Cristo,
que Paulo, Pedro e Tiago também compartilharam, faz todo o sentido. Para cada
um de nós, individualmente, Sua vinda nunca acontece mais do que um momento
depois que morremos.
Vigiar e estar pronto
6.
Por que é fundamental sempre vigiar e estar pronto para a vinda de Jesus? Mt 24:42, 44
A nota tônica do sermão profético de Jesus é o
imperativo para vigiar e estar alerta. Isso não significa esperar ociosamente,
mas estar ativamente vigilante, como está o proprietário de uma casa, que
permanece atento contra qualquer possível ladrão (Mt 24:43). Enquanto esperamos
de modo vigilante, temos algo a fazer, como o servo fiel que executa as tarefas
que seu mestre lhe confiou durante a ausência dele (Mt 24:45; Mc 13:34-37).
7.
Que atitude seria fatal para nós que afirmamos crer na segunda vinda de Jesus?
Como evitar essa atitude? Por que é tão fácil cometer esse erro, se não formos
cuidadosos? Mt 24:48-51; Lc 21:34, 35
A parábola do
servo mau é muito séria, especialmente para nós, adventistas do sétimo dia.
Esse servo representa os que professam crer que Cristo virá outra vez, mas não
imediatamente. Acreditando que o Senhor está atrasado, pensam que ainda há
tempo para viver de forma egoísta e desfrutar de prazeres pecaminosos, porque,
certamente, haverá tempo de sobra para se preparar para a segunda vinda de
Jesus. Infelizmente, essa ideia é uma armadilha mortal, porque ninguém sabe
quando Ele virá. Além disso, mesmo que Cristo não venha logo, qualquer um de
nós pode ser chamado para descansar de forma inesperada, o que acaba com nossa
oportunidade de acertar as contas com Deus.
Mas, acima de tudo, a repetida indulgência com o
pecado endurece gradualmente a consciência e tira dela a sensibilidade,
tornando mais difícil o arrependimento. O diabo não se importa que acreditemos
teoricamente na segunda vinda de Jesus, desde que ele nos leve a adiar nossa
preparação para esse dia.
Como podemos estar prontos hoje? Arrependendo-nos e
confessando os pecados a Jesus, renovando nossa fé em Sua morte expiatória na
cruz em nosso favor, e entregando-Lhe totalmente nossa vontade. Andando em
comunhão com Ele, podemos desfrutar a paz profunda de estar cobertos por Seu
manto de justiça.
“Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra,
aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o
Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus
sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto
se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar uma
grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo
consumidor. Sobre ela está o arco-íris do concerto.
Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. […]
Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável
multidão, O acompanham em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas
radiantes – ‘milhões de milhões e milhares de milhares’ (Ap 5:11). Nenhuma
linguagem humana pode descrever a cena, mente mortal alguma é apta para
conceber seu esplendor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 640, 641).
FONTE
= http://www.adventistas.org