22 de julho de 2010

Profecia e Misticismo

Profecia e Misticismo

Texto Áureo: “Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais” (Jr 29.8).

I – Introdução

Primeiramente a paz do Senhor a todos os leitores. Iniciando mais um estudo sobre a palavra de Deus, buscaremos aprofundar um pouco mais a questão tratada na presente lição. A princípio é de suma importância que saibamos que, apesar de extremamente válido este estudo que nos propomos a fazer, sempre devemos orar a Deus rogando-Lhe discernimento para sabermos diferenciar o que é divino do que é mundano ou demoníaco.

II – Avaliação da Profecia

No mundo em que vivemos hoje, com tantas preocupações pelas quais passamos, sempre vem à nossa mente pensamentos como: “Será que esse meu plano vai dar certo? Que curso devo fazer na faculdade? Será que eu vou passar no vestibular? Será que vou conseguir um bom emprego? Quem será a pessoa certa para eu namorar e casar?”. Ou seja, sempre se quer saber o futuro de alguma forma. Muitos, como discorreremos mais adiante, buscam outras maneiras de buscar saber tal futuro como p.ex. os búzios, leitura de cartas, horóscopo, entre outras coisas. Nós que somos cristãos, sabemos que tais práticas são pecaminosas, por isso sempre buscamos confiar nas profecias que ouvimos na igreja, porém, mesmo que inconscientemente, nos perguntamos: “Será que tal profecia é de Deus?”.

Por essa simples constatação inicial já podemos derrubar uma das grandes facetas de pessoas que dizem profetizar. A maioria de nós já ouviu alguém dar a seguinte profecia: “Você vai receber uma benção muito grande, mas se nesse momento você duvidar no seu coração, vai perder a benção!”. Ora, como anteriormente dito, sempre que ouvimos uma profecia nos colocamos a pensar sobre sua veracidade, portanto, Deus não colocaria tal condição para recebermos uma benção. É uma obrigação nossa analisar cada profecia à luz da palavra de Deus.

Como a lição nos indica, devemos sempre analisar as profecias, para tanto devemos ser criteriosos, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mt. 24. 24). É necessário ainda se fazer uma ressalva. Quando se fala em avaliação da profecia e do profeta, não se pode confundir isso com julgamento, pois a própria Bíblia no diz que não devemos julgar os outros.

A lição nos aponta uma forma principal de avaliarmos uma profecia, qual seja, a coerência bíblica da profecia.

Esta é a forma mais segura de avaliação de uma profecia. Não pode existir qualquer profecia que seja desconforme à palavra de Deus, ou ainda um profeta que prega algo contra a Bíblia. Ora, se um profeta é um porta-voz de Deus perante os homens, alguém que fala aquilo que Deus lhe ordena, como poderiam tais palavras contradizerem a Bíblia, que é a autêntica palavra de Deus? Podemos notar nitidamente tal questão no texto encontrado na Leitura Bíblica em Classe da presente lição, sobretudo em Dt. 13. 1 e 2:

1 Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, 2 e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los”

Portanto, quando vir um profeta, e este fizer um sinal ou prodígio, mas em seguida falar algo contra a palavra de Deus, não dê crédito as suas palavras, pois não provém de Deus.

A coerência Bíblica da vida do profeta, bem como da profecia dada, é o melhor critério para avaliação, pois tal critério não pode ser enganado de forma alguma. Deste critério provém outros, mas sempre baseados nele, quais sejam:

1)- Discernir o caráter da pessoa, analisando dentre outras coisas se ele ama aos pecadores, detesta o mal e ama a justiça. Tal critério é bastante válido, porém não conclusivo, pois como nos diz a palavra de Deus existirão homens “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te” (2 Tm 3.5). Tenhamos em mente então que é importante discernirmos o caráter da pessoa, mas não somente o caráter que ele aparenta ter, sempre lembrando de analisar seu caráter conforme a palavra de Deus. A melhor forma de se fazer essa avaliação é notarmos se a pessoa manifesta os frutos do Espírito Santo:

Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança(Gl 5. 21).

2)- Discernir os motivos da pessoa, tais como conduzir a igreja à santificação, salvar os perdidos, honrar a Deus, além de proclamar e defender o evangelho. Tal avaliação é de grande valia, pois o profeta tem duas missões principais, que é predição e exortação, sempre buscando a edificação do povo.

3)- Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Na Bíblia de Estudos Pentecostal, em nota a Mt 7. 16 encontramos que os frutos dos falsos mestres consistem, principalmente, no caráter dos seus seguidores.

Estes são critérios muito valiosos, e todos são corolários do primeiro e principal, qual seja, a coerência bíblica da profecia e do profeta. Há, todavia, ainda um critério que deve ser analisado, dadas as circunstâncias atuais em que vivemos. É necessário verificar a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Tal pessoa gosta de receber grandes somas de dinheiro, ou as recusa? Hodiernamente vemos tantos casos de pastores que utilizam o dinheiro do Senhor de forma não edificante, comprando coisas que são desnecessárias, como p. ex. aviões, entre outras coisas, que chega a nos causar até certa revolta.

Portanto meus irmão, analisemos a profecia e o profeta, sempre lembrando de buscar o discernimento pela oração.

III - Práticas Divinatórias

O ser humano naturalmente possui certa fascinação por saber o que acontecerá com o mundo e consigo mesmo no futuro. Com isso, vemos, através dos diversos meios de comunicação, que tem se disseminado cada vez mais pelo mundo diversas práticas místicas, que possuem como objetivo prever o que há de vir, tais como a astrologia, a leitura das linhas da mão, a utilização de búzios, de cartas, de bolas de cristal e, até mesmo, de borra de café.

Vemos, também, diversas pessoas que buscam formas sobrenaturais para resolverem seus problemas pessoais, tanto no sentido de beneficiar-se, quanto no sentido de prejudicar seus desafetos. Há quem recorra às chamadas práticas divinatórias desde para conseguir fazer com que alguém se apaixone por si, até para tentar ferir outra pessoa fisicamente.

Tudo isso é resultado da necessidade humana de invocar “forças sobrenaturais” tanto para saber seu futuro, quanto para resolver seus problemas. Essa necessidade faz com que muitas sejam enganados por práticas absurdas, que supostamente podem satisfazer diversos desejos humanos.

Vemos que diversas práticas divinatórias servem basicamente como uma ilusão para aqueles sedentos por realizações sobrenaturais. Mas devemos estar atentos, pois existem práticas que podem realmente fazer com que coisas sobrenaturais aconteçam, através do poder que Satanás possui no mundo.

Diante de todo o exposto, vemos que nós, servos de Deus, devemos estar sempre vigilantes e buscando a presença do Senhor, para não sermos iludidos por práticas divinatórias, sobretudo por aquelas que realmente produzem resultados sobrenaturais, mas não provenientes de Deus. Isso porque, à luz da Palavra de Deus, todas essas práticas são abomináveis aos olhos do nosso Senhor. Isto se pode depreender de diversos trechos bíblicos. Talvez o que deixa mais explícito isso, encontra-se em Deuteronômios 18.10-12:

10Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, 11nem encantador de encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, 12pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, as lança fora de diante de ti”.

Esta passagem traz, primeiramente, um rol de práticas divinatórias. Este rol abarca, tomando-o em sentido amplo, praticamente todas as formas existentes deste tipo de prática. Não cabe aqui a descrição de cada delas, posto que a lição em comento já o fez.

Após enumerar as práticas divinatórias, vemos no texto bíblico o que é mais importante para nós, crentes: Deus abomina completamente essas práticas e quem as faz. Mas Deus não abomina somente quem as pratica, mas também aqueles que acreditam nelas e as seguem. Assim vemos em 2 Reis 17.17 e 18:

17Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira. 18Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença”.

Neste capítulo do livro de 2 Reis, vemos diversas coisas que o povo de Israel fez que indignaram a Deus e fizeram com que Ele saísse de diante da presença deles. Muitas dessas coisas devem ser observadas também por nós, pois são coisas que, como dito, entristecem a Deus e podem afetar nossa comunhão com Ele.

Posto isso, vemos que o trecho transcrito fala em “dar-se a adivinhações” e “crer em agouros”. Tomando-se essas expressões em sentido amplo, vamos que todo aquele que crê em práticas divinatórias faz algo que entristece a Deus, afetando nossa comunhão com ele.

Vale, aqui, transcrevermos o que está escrito em Levítico 20.6, posto que é um trecho da Bíblia que deixa clara quão abominável é para o Senhor dos Exércitos essas práticas:

6Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir após eles. Eu porei a minha face contra aquela alma e a extirparei do meio do seu povo”.

O capítulo 20 de Levítico traz as penas de diversos crimes, sendo que essas penas e esses crimes são descritos pelo próprio Deus a Moisés. Observando-se por esta perspectiva, fica claro como Deus vê essas práticas entre nós.

Para finalizar este tópico, mostra-se de grande valia a transcrição do versículo 31, do capítulo 19, do livro de Levítico, o qual traz um mandamento do Senhor para os seus servos:

“Não vos vireis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”.

IV - A Necessidade da Profecia Bíblica

Tendo em vista tudo o que já foi exposto, fica claro quão importante é a profecia bíblica. Isso porque, como já dito, como o humano possui uma necessidade natural de encontrar soluções para seus problemas através de realizações sobrenaturais, muitas vezes ele procura essas realizações em lugares onde elas de fato não existem, ou onde elas se manifestam através de obras de Satanás. Neste contexto, então, a profecia bíblica mostra-se como o caminho certo para o céu e para buscar o sobrenatural.

As únicas obras sobrenaturais realmente boas são as provenientes de Deus, nosso Pai Celestial. Quem é crente de verdade precisa somente da Palavra de Deus para viver em paz, não precisa “correr atrás” de “profecias”, não precisa recorrer a práticas divinatórias para nada.

Deus fala até hoje com cada um dos seus servos através de verdadeiros profetas usados por Ele e, principalmente, através da Bíblia. Esta contém em si diversos mandamentos, profecias, promessas e ensinamentos, traçando o caminho certo que devemos seguir para viver em paz e em perfeita comunhão com Deus.

Devemos estar sempre atentos ao que Moisés escreveu em Deuteronômios 13.4, que diz assim:

6Após o SENHOR, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele voz achegareis”.

V – Conclusão

Notamos no presente estudo a necessidade de nós, que professamos o evangelho de Cristo, nos afastarmos dos costumes mundanos que buscam prever o futuro, ou ainda resolver problemas pelos quais passamos. Tais práticas são contrárias à palavra de Deus. Ainda, mesmo quando ouvimos profecias dentro do seio da igreja, devemos nos acautelar, avaliando, segundo a palavra de Deus, a procedência de tal profecia.

Irmãos, “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores(Mt 7. 15).

Comentários: Jimmy Bruno dos Santos Silva e Jonathan Bruno dos Santos Silva, membros da Igreja Assembléia de Deus, Ministério do Belém, de Dourados-MS.

PROFECIA E MISTICISMO

PROFECIA E MISTICISMO

TEXTO AUREO:- “Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais” Jr. 19:89

VERDADE PRATICA:- Embora o sobrenatural fascine o ser humano, muito do que ocorre, nesse âmbito, não procede de Deus.

INTRODUÇÃO

Diferença entre adivinhações e profecias

"Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19).

Profecias bíblicas se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está perdido!

Só uma coisa é certa a respeito das adivinhações de videntes, astrólogos e cartomantes: a cada ano se repete o fiasco da falha do seu cumprimento! Praticamente todas as previsões para 2003 foram falsas. O "Comitê Para a Investigação Científica das Alegações dos Paranormais" na Alemanha comparou 100 prognósticos com a realidade e verificou que as explicações posteriores dos adivinhos são completamente contraditórias em relação às previsões feitas.

Muitos de seus prognósticos são formulados de maneira tão vaga que o exercício da futurologia nem se faz necessário, pois qualquer um de nós poderia fazer previsões semelhantes usando simplesmente a lógica e o bom senso. As previsões são tão genéricas que acabam acertando em algum detalhe. Dois exemplos: em dezembro de 2002 um astrólogo previu "iminente risco de guerra" para o Iraque. [1] O matemático Michael Kunkel (de Mainz/Alemanha), observou que uma declaração dessas, naquela época, equivalia a afirmar que o sol iria nascer na manhã seguinte. Relativamente a Israel, um dos prognósticos para este ano dizia: "Depois de sérios distúrbios, existe a tendência de que no final de 2004 haja um acordo de paz satisfatório, de modo a que ambas as partes tenham interesse em cumpri-lo". É quase impossível falar de maneira mais genérica. Mas é interessante observar como as pessoas, que nada querem saber da Bíblia, são enganadas rotineiramente e dão ouvidos a esse tipo de "profecia" vaga e superficial.

A adivinhação do futuro pode envolver puro e simples engano visando o lucro fácil. Por outro lado, além do interesse financeiro, a astrologia, por exemplo, tem origem espírita e ocultista, diretamente inspirada por Satanás e seus demônios. Seja como for, ela sempre é mentirosa, pecaminosa e de origem diabólica.

O reformador Martim Lutero declarou, com razão: "O Diabo também sabe profetizar – e mente ao fazê-lo". Em Deuteronômio 18.9-11 está escrito: "Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos". A Bíblia com Anotações de Scofield comenta a respeito:

As oito práticas anatematizadas para determinação do futuro são estas: 1. do adivinhador – os métodos são apresentados em Ez 21.21; 2. do prognosticador – possivelmente referindo-se à feitiçaria ou astrologia; 3. do agoureiro – aquele que usa prognósticos; 4. do feiticeiro – aquele que faz uso da magia, de fórmulas ou encantamentos; 5. dos encantadores – Sl 58.4-5; 6. de quem consulta um espírito adivinhante – veja o número 7; 7. do mágico, geralmente usado com o número 6 – Is 8.19 descreve a prática; e 8. do necromante – aquele que procura interrogar os mortos. Duas coisas precisam ser mantidas em mente: 1) este mandamento tinha aplicações específicas a Israel que estava entrando na terra; foram feitas para preservar os israelitas das abominações dos seus predecessores (vv. 9, 12 e 14) e 2) para se perceber claramente o contraste entre esses falsos profetas e os profetas como Moisés (vv. 15-19).

1 - Profecia bíblica

Vejamos as principais diferenças entre adivinhação e profecia bíblica:

A adivinhação faz afirmações vagas e genéricas e não esclarece os fatos. A profecia bíblica é a história escrita antes que aconteça. Ela parte do próprio Deus Todo-Poderoso, que tem uma visão panorâmica das eras e as estabeleceu em Seu plano divino. O profeta Isaías O engrandece: "" Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Is 25.1). O próprio Senhor afirma: "lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Is 46.9-10).

A adivinhação interpreta algum tipo de sinal. A profecia bíblica não depende da nossa interpretação, mas se sustenta exclusivamente em sua própria realização.

As previsões de astrólogos são especulativas e deixam margem para muitas interpretações. A profecia bíblica acerta em 100% dos casos.

O apóstolo Pedro escreve: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pe 1.16).

2 - A adivinhação interpreta algum tipo de sinal.

Falsas religiões e idéias supersticiosas baseiam-se em fábulas engenhosamente inventadas, mas a fé cristã está fundamentada na auto-revelação do próprio Deus aos homens, da forma como a encontramos na Bíblia. Além disso, Pedro designa a profecia bíblica como "palavra profética" e diz: "...fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso..." (2 Pe 1.19). Por que podemos depositar toda a nossa confiança na palavra profética? Porque a profecia bíblica, segundo a conclusão de Pedro, não é a explicação humana dos acontecimentos históricos: "sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.20-21).

Tendo a profecia, os cristãos possuem um resumo do plano divino para o futuro. Além disso, como centenas de profecias já se cumpriram literalmente – a maioria delas relacionadas à primeira vinda de Cristo – sabemos que todas as promessas em relação ao futuro também se cumprirão integralmente nos tempos finais e por ocasião da volta de Cristo".

· Adivinhação e interpretação de sinais são baseados em mentiras, enquanto a profecia divina é a mais absoluta verdade. Balaão era um "agoureiro" (Nm 24.1) que Balaque, rei dos moabitas, queria usar para amaldiçoar Israel (Nm 23-24). E justamente esse adivinhador foi obrigado a reconhecer: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Nm 23.19).

A Bíblia contém 6.408 versículos com declarações proféticas, das quais 3.268 já se cumpriram. Não se sabe de nenhum caso em que uma profecia bíblica tivesse se cumprido de forma diferente da profetizada.

Esses números equivalem à chance de que ao jogar-se 1.264 dados, todos caiam, sem exceção, com o número 6 para cima. Essa probabilidade é tão pequena que exclui toda e qualquer obra do acaso.

Conforme o Dr. Roger Liebi, 330 profecias extremamente exatas e específicas referentes ao Messias sofredor se cumpriram literalmente por ocasião da primeira vinda de Cristo. Dessa abundância de profecias relacionadas ao nascimento, à vida e à morte de Jesus, destacamos apenas o exemplo do Salmo 22.16-17: "...traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos..." Não há dúvida de que essa passagem fala da crucificação, pois o sofrimento descrito pelo salmista só acontece nesse tipo de morte. Entre os judeus a crucificação jamais foi uma forma de execução de condenados à morte e ainda não era conhecida quando o salmo foi escrito. Bem mais tarde os romanos copiaram dos cartagineses a pena de morte por crucificação. Portanto, seria muito mais lógico se o salmista tivesse descrito a morte por apedrejamento ou pela espada. Numa época tão remota (1000 a.C.), por que ele falou da morte pela cruz, completamente desconhecida dos judeus? A resposta é que o salmista, inspirado pelo Espírito de Deus, era um profeta e apontava a morte futura de Jesus.

A adivinhação cria confusão mental, turva a visão para a verdade bíblica e bloqueia a disposição das pessoas de crerem no Evangelho de Jesus Cristo. Ela embota seus sentidos, prendê-as a falsos ensinos e torna-as inseguras em suas decisões. A profecia divina, entretanto, liberta e dá segurança. Por isso todos deveriam seguir o conselho de Deus: "Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós..." (Is 46.11b-12a). Qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo e confia sua vida a Ele tem um futuro seguro e não precisa ter medo de nada. Quem se entrega a Jesus passa a viver sob a bênção da profecia encontrada em João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também".

3 - O QUE É SATANISMO

Satanismo é a adoração de Satanás e o uso da feitiçaria com intenções malignas. Hoje, grande parte das pessoas que pertencem ao movimento satanista declaram-se neopagãos. Na cosmovisão dos neopagãos, os cristãos distorcem o desenvolvimento da humanidade ao enfatizar o domínio do intelecto sobre outros aspectos da psiquê humana. Os neopagãos afirmam que os seres humanos devem viver em harmonia com a natureza e não subordinar vontade e emoções a Deus. Para os neopagãos, a religião é uma atividade prática realizada mediante rituais e cerimônias para alinhar os participantes com a ordem cósmica e assim liberar o poder místico que existe dentro deles.

As raízes do movimento neopagão estão no romantismo do século 19 e no desejo de exaltar as emoções e sentimentos acima do intelecto. O poeta William Blake e o escritor Alphonse Louis Constant [1810-1875], também conhecido por Eliphas Levi, são considerados pelos neopagãos como expoentes modernos do movimento. Mas não param aí. Também incluem a fundação da Ordem da Aurora Dourada (Golden Dawn), em 1888, na Inglaterra, o poeta W. B. Yeats e o mago negro Aleister Crowley. Esta lista foi crescendo e incluiu Margaret Murray, que disse ter descoberto evidências de uma religião de bruxaria na Inglaterra anterior à Reforma protestante, e Gerald Gardiner, dono de um museu da bruxaria na ilha de Man. A maioria dos grupos de feitiçaria ritual acham suas origens nessas fontes e na crença comum de que são herdeiros de tradições religiosas milenares.

4 - E a Bíblia, o que diz disso?

Tecnicamente, o feiticeiro seria uma pessoa possuidora de conhecimentos sobrenaturais, sob a forma de bruxaria ou magia. Serve-se de poções, cuja eficácia depende de palavras mágicas, proferidas segundo determinados rituais, já que acredita estar investido de forças sobrenaturais, adquiridas por meio da comunicação com os espíritos dos mortos [Is 8.19]. Já a palavra mago, empregada na Bíblia, é tradução grega [magoi] do hebraico hartom, e refere-se à pessoa que pertence a classe dos escribas sagrados, peritos na escrita e possuidor de vastos conhecimentos [Dn 1.20], inclusive ocultos. No Egito, dois magos chamados Janes e Jambres [2 Tm 3.8] se opuseram a Moisés. Os feiticeiros e magos existiram também na Babilônia, Síria e outros países pagãos.

A Bíblia considera as práticas de idolatria, feitiçaria e magia atividades relacionadas às forças satânicas.

"Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa". [Deuteronômio 18.10-14]

"Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei". [1Samuel 15.23].

E a atividade satânica no Antigo Testamento é apresentada como uma força oposta a Deus e aos Seus seres intermediários pessoais, os malakim [anjos]. No Novo Testamento, juntamente com a expressão grega daimon [demônio], a presença de demônios é descrita como sinônimo de espírito imundo [akatharton - Mc 1.24-27; 5.2-3; 7.26; 9.25; At 5.16; 8.7; Ap 16.13] e também espíritos malignos [ponera - At 19.12-16]. A maioria das referências descrevem a atividade desses espíritos ou demônios, em especial a possessão.

Na Bíblia nunca se faz menção do feiticeiro a não ser em conexão com os demônios familiares, porque pertencem a mesma classe dos que invocam os espíritos dos mortos.

Os cananeus consultavam feiticeiros [Dt 18.9-12], assim como os egípcios [Is 19.3], mas ao hebreu fazer tal coisa era uma desonra, significando pecado de apostasia [Lv 19.31; 20.6; Is 8.19]. O pecado de feitiçaria era punido com a morte [Lv 20.27]. Saul e depois dele o rei Josias deram execução a esta lei [1Sm 28.3, 9; 2Rs 23.24]. Porém Manassés a violou vergonhosamente [2Rs 21.6].

Simão, o mago, e Barjesus [Elimas] foram dois célebres magos na história apostólica [At 8.9, 11; 13.6,8].

5 - Cristo é o Libertador!

Devemos levar em conta que muita coisa que era considerada possessão demoníaca no primeiro século, hoje é entendida corretamente como enfermidade psicológica. Mas, o aumento das atividades ligadas à prática da idolatria, feitiçaria e ocultismo, assim como a aceitação da existência e adoração de Satanás [o adversário], devem fazer com que fiquemos alertas quanto aos perigos do Satanismo.

Nós, evangélicos pregamos que a libertação da sujeição aos demônios envolve a confissão de fé do indivíduo em Cristo como Senhor e Salvador, a confissão e o arrependimento por seu envolvimento com a prática da idolatria, feitiçaria e ocultismo e o recebimento da libertação que se pode achar em Cristo.

É importante entender que "a ênfase dada à libertação da possessão através do poder operante de Jesus Cristo deve ser coerente com os ensinamentos do Novo Testamento e não refletir, de modo algum, os abusos e superstições associados com a Idade Média" [S. E. McClelland, Demônio e possessão demoníaca, in Walter A Elwell, Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã, SP, EVN, 1993, pp.405-408].

"Tornou pois Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão [o diabo] não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido" [João 10.7-14].

6 - O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE: FEITICEIRA - FEITICEIRO – FEITICEIROS – FEITIÇARIAS

Êxodo. 22.18 - A feiticeira não deixarás viver.

II Reis 23.24 - E também os adivinhos, e os feiticeiros, e os terafins, e os ídolos, e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, os extirpou Josias, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na Casa do SENHOR.

Isaías 29.4 - Então, serás abatida, falarás de debaixo da terra, e a tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tua voz debaixo da terra como a de um feiticeiro, e a tua fala assobiará desde o pó

Isaias 47.9 - Mas ambas estas coisas virão sobre ti em um momento, no mesmo dia: perda de filhos e viuvez ; em toda a sua força , virão sobre ti , por causa da multidão das tuas feitiçarias , por causa da abundância dos teus muitos encantamentos.

Apocalipse 9.21 - E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das suas ladroíces.

Apocalipse 18.23 - E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçaria

7 - CONSULTA AOS MORTOS – O QUE A BÍBLIA DIZ?

Deuteronômio 18.10-12 - Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, 11 Nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, 12 pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, as lança fora de diante de ti.

8 - O QUE OS MILAGRES PROVAM?

Diz-se que John Wesley, o fundador do Metodismo, um dia recebeu um bilhete de um critico que falava: “O Senhor me pediu para falar com você que ele não precisa de seus estudos acadêmicos, seu grego e seu hebraico.”

Wesley respondeu: “Obrigado, senhor. Entretanto sua carta foi supérflua, porque eu já sabia que o Senhor não precisa de meu estudo acadêmico’, como você disse. Entretanto, embora o Senhor não tenha me dito isto diretamente, tomo a liberdade, sob minha responsabilidade, de dizer que o Senhor não precisa de sua ignorância também.

9 - Milagres com um propósito

Algumas vezes não é fácil determinar o significado de muita informação. A educação de Wesley significava pouca coisa até que foi guiado para o serviço do Senhor. Era um produto neutro para ser aplicado para o bem ou o mal.

Se lermos a Bíblia e crermos nos atos milagrosos de Deus (Mt 4.5-7; Lc 1.1-4), ainda continuaremos com a pergunta: ‘O que significam esses milagres?” Os milagres da Bíblia tendem a se concentrarem em três épocas: de Moisés, de Elias e Eliseu e de Jesus e seus apóstolos. Cada um destes grupos de milagres serviam para provar algo nos dias destes homens, assim com algo para os leitores bíblicos atuais.

Nos tempos de Moisés, as pragas sobre o Egito demonstraram que o Deus de Israel era superior aos deuses do Egito. Os milagres que acompanharam o Exodo confirmavam que Deus estava por trás de todos os eventos e que Moisés tinha sido designado como líder do povo. Nos tempos de Elias e Eliseu, Deus promoveu uma série de sinais espetaculares através das mãos dos profetas para provar ao Reino do Norte de Israel que eles deveriam se voltar do falso deus, Baal, para adorar ao verdadeiro e vivo Deus. Nos dias de Jesus e dos apóstolos, Deus fez muitos milagres para confirmar a identidade do seu Filho e validar a Igreja que nascia.

10 - Milagre para promover a fé

O apóstolo João relatou certos milagres de Jesus “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31). Ele sentiu que a presença dos milagres indicava que Deus estava operando. Enquanto estes três grupos de milagres bíblicos pretendiam manifestar a aprovação das ações ímpares de Deus naquelas épocas mosaica, profética e evangelho os milagres de Jesus foram mais longe. O milagre final ligado a Jesus foi o da ressurreição. Quase todos os eventos associados com seu ministério compassivo entre os necessitados poderia ter sido a obra de Deus através de um mortal comum. Mas a ressurreição de Jesus confirmou sua vida e morte como algo extraordinário. Perante o Jesus ressurreto, devemos nos juntar a Tomé, que duvidou, e confessar “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).

11 - LEI NATURAL OU MILAGRES

“Deus vendeu o gado!”

Pouco tempo após a fundação do Seminário Teológico de Dallas, em 1924, ele já beirava a falência. Os credores ameaçavam executar a hipoteca ao meio-dia de uma determinada data. Obviamente os administradores e o corpo docente se reuniram em oração no escritório do presidente Lewis Sperry Chafer.

Um dos intercessores era Harry Ironside, conhecido pregador, palestrante e escritor de comentários bíblicos. Num estilo muito característico, Dr. Ironsíde orou: “Senhor, sabemos que são seus todos os milhares de cabeças de gado sobre as montanhas. Por favor, venda algumas delas e nos envie o dinheiro.”

Durante a reunião de oração, um fazendeiro usando botas e uma camisa desabotoada entrou no escritório da administração e anunciou: “Acabei de vender dois caminhões carregados de gado em Fort Worth. Tentei fazer um negócio e deu tudo errado, e me senti compelido a dar o dinheiro para o seminário. Não sei se precisam ou não, mas aqui está o cheque!” A secretária pegou o cheque e discretamente bateu na porta doDr. Chafer. Quando alguém finalmente atendeu, ela entregou o cheque para Chafer que notou que era exatamente a quantia da dívida. Em seguida ele reconheceu o nome do fazendeiro de Fort Worth e se virou para o Dr. Ironside e disse, “Harry, Deus vendeu o gado!”

Milagre ou coincidência?

Será que isto foi uma intervenção milagrosa de Deus no decorrer dos eventos ou uma coincidência? Quando um médico faz uma cirurgia para remover um tumor apontado numa série de exames e não encontra este tumor, trata-se de um milagre em que um problema físico foi resolvido ou um acaso da natureza? A objeção mais comum aos milagres é que eles são logicamente impossíveis. Mesmo que haja um Deus, os críticos dirão: ele colocou o mundo para funcionar de uma certa forma. Quando Deus interrompe a ordem de sua criação, ele viola o que fez e chamou de bom (Gn 1.31). Esta visão supõe que sempre que um suposto milagre é rigorosamente examinado, o examinador sempre achará que não há evidências suficientes ou há explicações alternativas possíveis.

Os críticos acusam os crentes de raciocínio circular de milagres: quero testemunhar um milagre, então insisto que este evento incomum é um ato de Deus. Este tipo de abordagem em se negar os milagres é circular também.

Os naturalistas acabam dizendo: “Os milagres não podem ocorrer em nosso universo natural fechado; assim, todos os eventos incomuns possuem uma explicação natural, mesmo que eu não consiga descobrir.uma.”

A abordagem bíblica para os milagres é mais cuidadosa do que muitos críticos naturalistas imaginam. A maioria dos milagres ria Bíblia giram em torno de três eras: a época de Moisés, a época de Elias e Eliseu e a época de Jesus e os apóstolos. Em Mt 4.5-7, Jesus se recusa a deixar que o Diabo o convença de fazer um milagre como publicidade. Mas se Deus existe, e se o universo é mais do que um sistema fechado de leis físicas e está sujeito ao poder sábio do seu Criador, então crer em milagres de tempo, matéria e espaço parece algo realmente razoável.

12 - A Essência da Verdadeira Profecia

"Há tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação." (I Cor. 14.10). "Acautelai-vos, que ninguém vos engane."(Mt.24.4). "Não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus. Porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I Jo.4.1).

Como podemos saber se um profeta é de Deus ou não? Existem muitas pessoas por aí assombradas com as previsões de Nostradamus e de tantos outros videntes. Será que suas mensagens são de Deus? O apóstolo Paulo ensinou aos coríntios que as profecias devem ser julgadas. Vejamos alguns parâmetros bíblicos para analisarmos toda e qualquer mensagem profética que ouvirmos:

Toda profecia de origem divina é inspirada pelo Espírito Santo. Jesus disse que, quando o Espírito Santo viesse, ele convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo. E disse mais: "Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu." (João 16.8,14). Portanto, a mensagem do Espírito Santo terá como objetivo final a glorificação da pessoa de Jesus Cristo. Tudo que ele disser terá esse fundamento. Sua mensagem para o mundo sempre mostrará o pecado, a justiça e o juízo. Mostrará o erro, avisará sobre suas conseqüências e também apresentará o caminho para a salvação: Jesus Cristo. Todo profeta, cujas mensagens não se enquadrarem nestes requisitos, estará automaticamente desqualificado. Não pode ser considerado como profeta de Deus.

As profecias de Nostradamus apontam o pecado? Não. Elas convocam as pessoas ao arrependimento e à salvação em Cristo? Não. Aliás, esse homem nem era um cristão. Por aí já tiramos nossas conclusões.

Mas, como explicar o fato de algumas profecias de não cristãos terem se cumprido? Sobre isso podemos dizer: O Diabo não é onisciente, mas ele sabe de algumas coisas sobre o futuro. Ele sabe aquilo que Deus permitiu que chegasse ao seu conhecimento. Então, o Maligno usa isso para impressionar e para enganar as pessoas. Em outros casos, o Diabo fala que vai acontecer algo, porque ele mesmo planejou aquilo e vai fazer de tudo para que aconteça. Isso, às vezes, acontece em relação às previsões de pessoas comprometidas com o mal. Logicamente, o Diabo só conseguirá fazer aquilo que Deus permitir.

E, muitas vezes, o Senhor permite que Satanás cumpra suas previsões de tragédias na vida de algumas pessoas. Por quê? Porque essas pessoas fizeram algum tipo de negócio com o Inimigo e ele passou a ter alguns direitos sobre elas. Então, ele diz: "Você vai morrer em tal circunstância..." e, em seguida, ele mesmo tomas as providências para que a pessoa morra daquela forma. Estejamos atentos para não sermos enganados pelos falsos profetas. Que a palavra do Senhor habite em nós abundantemente, pois ela é a fonte de todo o conhecimento de que necessitamos para a nossa salvação eterna.

13 - O cumprimento da profecia é contrário a toda lógica

Com a profecia acontece freqüentemente o mesmo que com a oração: mostra-se muitas vezes o contrário daquilo que se está pedindo. Ao invés de salvação de uma aflição, ela aumenta ainda mais. Mas os verdadeiros filhos de Deus não se deixam confundir por isso, pois sabem que, quando aquilo que vêem e experimentam contradiz ao seu pedido, o atendimento está mais próximo. Assim, inicialmente muitas vezes acontece também o contrário da profecia concreta, o que leva os inimigos de Deus a zombarem levianamente (comp. 2 Pe. 3.3-4).

Mas os filhos de Deus santificados sabem, percebem, sim, vêem o que está em movimentação no mundo invisível, o que ainda não vemos no mundo visível. Um exemplo é a profecia de Isaías no capítulo 13.19-20, onde está dito, que Babilônia, glória e orgulho dos caldeus, será transtornada por Deus como Sodoma e Gomorra. Ou como diz o profeta Jeremias no capítulo 51.3 7, que Babilônia se tornará em montões de ruínas e morada de chacais. O cumprimento definitivo dessa promessa ainda está por acontecer, mas se aproxima devido aos acontecimentos com o Iraque.

14 - Profecias são predições

Isso significa: o profeta diz o que sabe da parte de Deus. Expositores da palavra profética devem cuidar- se muito do grande perigo de não fazerem a profecia degenerar em adivinhação. Um exemplo prático: No momento em que alguém diz: “Jesus Cristo voltará nesta ou naquela data”, ele não está profetizando, e sim praticando adivinhação (comp. Mt. 24.36). O ardiloso nas adivinhações, é que freqüentemente estão misturadas nelas consideráveis parcelas de verdade, atrás das quais, entretanto, se esconde o engano. De forma geral isso é assim com todas as falsas doutrinas: sua mentira está embalada em verdade. E em nossos dias, como predisse o Senhor, existem muitos falsos profetas (comp. Mt 24.11).

Com relação à palavra profética, nossa geração experimenta graça extraordinária, porque vemos diante dos nossos olhos o cumprimento de promessas milenares. O maior e mais impressionante cumprimento é a restauração de Israel em nossos dias! Pois em si Israel é um povo profético. Dele foram chamados os profetas da Antiga Aliança e a partir de Israel profetizava-se e julgava-se sobre as nações.

Que exemplo temos no indisposto Jonas, que pelo caminho mais longo através do ventre do grande peixe, teve que pregar a destruição da Nínive de então.

De Israel procede também à maior expressão da Antiga Aliança, Moisés. Antes da sua morte, ele transmitiu uma maravilhosa profecia, que já se cumpriu: “O Senhor teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim: a ele ouvirás” (Dt 18.15). Esse profeta — Jesus Cristo — manifestou-se em Israel na plenitude do tempo. Ele é o cumprimento de todos os profetas, reis, sacerdotes e sacrifícios, que na Antiga Aliança apontavam todos para Ele. Por isso, em nossos dias, não nos devemos deixar confundir pela política em e à volta de Israel, pois Deus prossegue de qualquer maneira! Em Números 23.19 está escrito: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará?”

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliografia

- Norman L. Geisler, Philosophy of Religion, Grand Rapids, Zondervan, 1979.
- Harris, Archer Jr., Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, SP, EVN, 1998.
- Russell Shedd e Alan Pieratt, Imortalidade, SP, EVN, 1992.
- Walter A Elwell, Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã, SP, EVN,

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