Quem é o Espírito Santo?
TEXTO ÁUREO
“Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2Co 3.17 — NAA).
O Senhor é o Espírito. Cristo é o Espírito que dá vida. Talvez haja uma referência ao “ministério do Espírito” em 2 Coríntios 3:8.
O Espírito é o Espírito de Cristo (compare com Atos 16:7; Romanos 8:9; 1Pedro 1:11).
O que se quer dizer é que quem se volta para Cristo recebe o Espírito iluminador e vivificador.
Liberdade – liberdade da escravidão da Lei é o significado principal; mas talvez a liberdade do pecado esteja incluída (compare com Jo 8:31-32).
VERDADE PRÁTICA
É necessário primeiro conhecer a verdadeira identidade do Espírito Santo, à luz da Bíblia, para então poder defendê-la.
Entenda a Verdade Prática
Conhecer e entender esta doutrina é muito importante para se construir uma visão correta sobre muitas coisas como a igreja, dons, revelação divina, santificação, etc.
Diferentemente das doutrinas de Deus e de Jesus, quando se trata do Espírito Santo, as maiores diferenças de opinião estão dentro da própria igreja.
Muitas divisões tem surgido por causa destas diferenças. Talvez esta seja uma das maiores incoerências do povo cristão: criar divisões por causa daquele que tem um papel fundamental na preservação da unidade.
LEITURA BÍBLICA = João 14:16,17,26 = 16: 7-14
João 14.16,17,26
16. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
Ele vos dará outro Consolador. Consolador é uma palavra usada somente por João em seu Evangelho com referência ao Espírito Santo; em sua Primeira Epístola (1João 2:1), com referência ao próprio Cristo.
Em seu sentido próprio é “advogado”, “auxiliar”, “ajudador”.
Neste sentido trata-se claramente de Cristo (1João 2:1) e, nesse sentido, compreende todo o consolo, bem como a ajuda da obra do Espírito. O Espírito está aqui prometido como Aquele que suprirá o próprio lugar de Cristo na Sua ausência.
Para que fique sempre convosco. Nunca vá embora, como Jesus faria no corpo.
17. o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
A quem o mundo não pode receber (Veja 1Coríntios 2:14).
Porque habita convosco, e estará em vós. Embora a plenitude de ambos fosse ainda futura, nosso Senhor, usando tanto o presente como o futuro, parece claramente dizer que eles já tinham a semente dessa grande bênção.
26. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Esse vos ensinará tudo, e tudo quanto tenho dito vós, ele vos fará lembrar (ver em Jo 14:15,17).
Como o Filho veio em nome do Pai, assim o Pai enviará o Espírito em meu nome, diz Jesus, isto é, com poder e autoridade divina para reproduzir em suas almas o que Cristo lhes ensinou, “trazendo à consciência viva o que eram sementes adormecidas em suas mentes” (Olshausen).
Sobre isto repousa a credibilidade e a suprema autoridade divina da história do Evangelho.
O todo do que aqui está dito do Espírito é decisivo de Sua personalidade divina.
João 16:7-14
7. Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
Contudo… Mas, embora vocês estejam em silêncio, incapazes de enxergar além da separação imediata, eu, por minha parte, continuo cumprindo até o fim meu ministério de amor—eu digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá embora. Os discípulos estavam enganados pelas aparências superficiais. Para corrigir esse erro, Cristo lhes revela a verdade, mostrando a realidade oculta aos seus olhos ofuscados pela tristeza.
É melhor para vocês – Compare com João 11:50, 18:14.
De perspectivas opostas (“é melhor para nós”, João 11:50; mas aqui “é melhor para vocês”), o julgamento divino e humano coincidem. Compare com João 7:39.
O pronome “eu” na primeira frase (“que eu vá”) é enfatizado. Isso chama a atenção para a pessoa do Senhor como eles a conheciam, preparando-os para a ideia de “outro Advogado” (João 14:16).
Pois se eu não for – Aqui, a ênfase muda para a necessidade da partida de Jesus. Para deixar essa ideia ainda mais clara, Ele primeiro fala de sua partida como uma separação (ἐὰν μὴ ἀπέλθω), depois como uma jornada que tem um propósito (ἐὰν πορευθῶ).
Em João 16:10, a ideia é a de um afastamento (ὑπάγω). Compare com João 7:33,
O Consolador (Advogado) não virá… mas eu o enviarei – A ausência do pronome antes do verbo (πέμψω, enviarei; compare com ἐγὼ πέμψω, João 15:26, eu o enviarei) destaca o envio do Espírito como um fato. Compare com Lucas 24:49 e Atos 1:4.
A partida de Cristo era uma condição necessária para a vinda do Espírito.
Sua presença limitada em um corpo físico precisava ser retirada para que Sua presença universal fosse reconhecida. Compare com João 7:39.
Além disso, a presença de Cristo junto ao Pai, a plenitude de Sua união com Deus como Deus e Homem, era um pré-requisito para o envio do Espírito.
Ele enviou o Espírito em virtude de Sua ascensão como homem glorificado. Por fim, tanto o envio quanto a recepção do Espírito exigiam uma expiação completa entre Deus e a humanidade (Hebreus 9:26 em diante) e a glorificação da humanidade perfeita em Cristo.
8. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:
8 em diante. A promessa do Paráclito é seguida por uma descrição de Sua vitória. A sinagoga se tornou o mundo, e o mundo encontra seu conquistador.
“E quando ele vier…” – E ele (ἐκεῖνος), quando vier… Toda a obra do Espírito na história da Igreja é resumida em três áreas.
As categorias de pecado, justiça e juízo abrangem tudo o que é essencial para determinar a condição espiritual do ser humano, e a obra do Paráclito se relaciona a esses aspectos. Sua função é convencer (ἐλέγχειν, Vulg. arguere) o mundo—isto é, a humanidade separada de Deus, mas ainda com esperança—sobre (περί, “a respeito de”) o pecado, a justiça e o juízo. A ideia de “convicção” é complexa.
Ela envolve conceitos como exame autoritativo, prova incontestável, julgamento decisivo e poder punitivo. Seja qual for o resultado final, quem “convence” outra pessoa coloca a verdade do caso de forma clara diante dela, de modo que deve ser vista e reconhecida como verdade. Aquele que rejeita a conclusão dessa exposição o faz conscientemente e por sua própria conta e risco.
A verdade, quando reconhecida como tal, traz condenação para aqueles que se recusam a aceitá-la. Os diferentes aspectos dessa “convicção” são evidenciados no uso da palavra no Novo Testamento.
Primeiro, há a análise completa da verdadeira natureza dos fatos (João 3:20; Efésios 5:13); Depois, a aplicação da verdade descoberta à pessoa envolvida (Tiago 2:9; Judas 15, (22); 1 Coríntios 14:24; 2 Timóteo 4:2; compare com Mateus 18:15; João 8:9).
Isso pode ocorrer por meio de disciplina (1 Timóteo 5:20; Tito 1:9, 2:15; compare com Efésios 5:11)
Ou com o propósito específico de restaurar quem está em erro (Apocalipse 3:19; Hebreus 12:5; Tito 1:13).
O efeito da convicção do mundo pelo Espírito permanece indefinido no que diz respeito ao próprio mundo; mas, para os apóstolos, a intercessão do Advogado foi uma defesa soberana de sua causa. No grande julgamento, eles foram demonstrados como aqueles que estavam com a verdade, independentemente de seu testemunho ser aceito ou rejeitado.
A história registrada no livro de Atos ilustra essa ação decisiva e dupla do testemunho divino (2 Coríntios 2:16); pois a apresentação da verdade com poder sempre traz vida ou morte, podendo resultar em qualquer um dos dois.
Nesse sentido, a experiência dos apóstolos no Dia de Pentecostes (Atos 2:13, 2:41) tem sido a experiência da Igreja em todas as épocas.
A repreensão divina não é apenas uma sentença final de condenação, mas também um chamado ao arrependimento, que pode ou não ser ouvido.
O próprio Evangelho de João, como já foi bem observado (Köstlin, Lehrbegriff, 205), é um testemunho da convicção do mundo pelo Espírito em relação ao pecado (João 3:19–21; 5:28–29, 38–47; 8:21
E seguintes, 34–47; 9:41; 14:27; 15:18–24);
À justiça (João 5:30; 7:18, 24; 8:28, 46, 50, 54; 12:32; 14:31; 18:37);
E ao juízo (João 12:31; 14:30; 17:15).
Pecado … justiça … juízo – Os três conceitos de pecado, justiça e juízo são apresentados primeiro de maneira abstrata e geral. Eles são elementos fundamentais na determinação da condição espiritual do homem, resumindo seu passado, presente e futuro.
Depois que a mente compreende essas divisões essenciais da análise espiritual, o fato central de cada um é declarado, a partir do qual ocorre o processo de exame, revelação e condenação.
Em cada caso, o mundo corria o risco de um erro fatal, e esse erro é exposto à luz do critério decisivo ao qual é submetido. Os três temas são apresentados em uma ordem natural e significativa.
Primeiro, a posição do homem é estabelecida: ele é mostrado como caído. Em seguida, a posição das duas forças espirituais que disputam domínio sobre ele é revelada: Cristo ascendeu ao trono da glória, e o príncipe deste mundo foi julgado. Esses temas também podem ser vistos de outra forma.
Quando a convicção do pecado se completa, restam ao homem duas alternativas: de um lado, há uma justiça que pode ser recebida de fora; do outro, um juízo a ser enfrentado. Assim, pode-se dizer que na ideia de pecado, o homem é o centro, pois ele é pecador; na ideia de justiça, Cristo é o centro, pois Ele é o único justo; e na ideia de juízo, o diabo é o centro, pois já foi julgado.
Além disso, as palavras pecado, justiça e juízo ganham um significado ainda mais profundo quando consideradas no contexto em que foram ditas. O mundo, por meio de seus representantes, havia acusado Cristo de ser “um pecador” (João 9:24).
Seus líderes confiavam que eram justos (Lucas 18:9)
E estavam prestes a condenar o “Príncipe da Vida” (Atos 3:15)
Como um criminoso (João 18:30).
Nesse momento, o erro triplo (Atos 3:17), que o Espírito viria revelar e corrigir, havia finalmente produzido seu fruto fatal.
Do… do… do… – O Espírito convencerá o mundo “sobre o pecado, sobre a justiça e sobre o juízo” (περί). Ele não apenas demonstrará que o mundo é pecador, que lhe falta justiça e que está sob juízo, mas mostrará de forma incontestável que o mundo não compreende corretamente o que pecado, justiça e juízo realmente são, e, por isso, precisa de uma transformação completa (μετάνοια).
9. do pecado, porque não creem em mim;
- 9 em diante por que… porque … porque – Três fatos distintos são apresentados, correspondendo às características espirituais do mundo, de Cristo e do príncipe deste mundo.
Cada um desses fatos serve de base para a ação do Espírito.
A conjunção aqui não deve ser entendida apenas como explicativa (“na medida em que”), mas como diretamente causal: “porque isto.
Isto e isto são inquestionáveis, os segredos mais profundos da natureza espiritual do homem podem ser e são revelados. Compare com Lucas 2:34, 2:35.
Do pecado, porque não creem em mim – A falta de fé em Cristo, quando Ele é revelado, está na raiz de todo pecado e expõe sua verdadeira natureza. O pecado é essencialmente o egoísmo que se separa de Deus e, assim, se opõe a Ele. Não é definido por regras limitadas, mas expressa um espírito geral.
Cristo é, portanto, o teste do caráter. Crer Nele significa adotar o princípio da entrega total a Deus. Não crer Nele significa apegar-se a uma visão legalista do dever e do serviço, que resulta em um completo equívoco sobre a essência do pecado.
O Espírito, atuando por meio da Palavra escrita e falada, parte do fato da incredulidade no Filho do Homem e, a partir disso, revela o que é o pecado. Dessa forma, a condição do homem sem Deus é exposta, deixando-o sem desculpa. Compare com João 8:21 e 9:41.
10. Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
Sobre a justiça, porque vou … – A pessoa de Cristo, apresentada como objeto da fé humana, serve como um teste da verdadeira compreensão do pecado. Da mesma forma, a obra histórica de Cristo, concluída em Sua ascensão, serve como um teste da verdadeira compreensão da justiça.
A vida, a morte e a ressurreição do Filho de Deus lançaram uma nova luz sobre a justiça. Por meio desses eventos, a majestade da lei, o poder da obediência e a realidade de uma comunhão divina mais forte que a morte foram revelados de uma vez por todas.
Por um tempo, o Senhor demonstrou externamente o cumprimento perfeito da Lei e a total conformidade de uma vida humana ao ideal divino. Ele também mostrou que o pecado traz consigo consequências que devem ser suportadas e como essas consequências foram levadas de uma forma que as anulou potencialmente.
Na vida de Cristo, encerrada por Seu retorno ao Pai, houve uma manifestação completa da justiça em relação a Deus e aos homens.
O Filho recebeu uma obra a realizar e, tendo-a cumprido, retornou não apenas ao céu, mas ao Pai que O enviou, como sinal de sua realização plena.
Essa revelação foi definitiva. Porque nada poderia ser acrescentado a ela (“vou para o Pai”) e porque, após isso, Cristo foi retirado da visão humana (“vocês não me verão mais”), ficou estabelecido para sempre o padrão pelo qual a justiça dos homens poderia ser avaliada. Por outro lado, até que Cristo fosse glorificado, a justiça ainda não havia sido plenamente confirmada.
A condenação de Cristo pelos representantes de Israel mostrou, na forma mais extrema, como os homens falharam em compreender a verdadeira natureza da justiça. O Espírito, portanto, partindo da totalidade da vida de Cristo – Sua obra, sofrimento e glória –, revela os aspectos divinos da ação humana, conforme se manifestaram no Filho do Homem. Dessa forma, as possibilidades da vida em comunhão com Cristo, que elevou a humanidade ao céu, são expostas.
Justiça – Essa palavra aparece apenas nesta passagem no Evangelho de João. Em sua primeira carta, João usa a expressão “praticar a justiça” (1 João 2:29; 3:7, 3:10; compare com Apocalipse 22:11, 19:11).
Aqui, a justiça é considerada em seu sentido mais amplo. Qualquer visão limitada da justiça – seja a justiça de Deus na rejeição dos judeus, a justiça do homem como crente ou até mesmo a justiça de Cristo fora de sua realização plena em relação a Deus e ao homem – não corresponde ao sentido do texto.
O mundo é examinado e convencido de suas falsas concepções sobre justiça. Em Cristo estava o único modelo absoluto de justiça, e é dEle que o homem pecador deve obtê-la. Assim como o Espírito revela que o pecado é algo muito mais profundo do que a simples violação de mandamentos específicos, Ele também revela que a justiça é algo muito maior do que o cumprimento externo de normas cerimoniais ou morais. Compare com Mateus 5:20; 6:33; Romanos 3:21-22; 10:3.
Vou para o Pai (não ‘meu Pai’), e vocês não me verão mais – A primeira parte da frase expressa a conclusão de uma obra (João 8:14; 13:3); a segunda, uma mudança no modo de existência de Cristo.
No original, o pronome “vocês” não é enfatizado, mas sim o verbo, indicando que a nova forma de existência de Cristo é absoluta e não apenas relativa ao mundo. Compare com João 16:16 e seguintes.
11. e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
Do juízo, porque o príncipe (governante) deste mundo foi julgado – Até então, o mundo havia julgado o sucesso e o fracasso de acordo com seus próprios padrões. No entanto, esse padrão foi derrubado.
Aquele em quem o espírito do mundo estava concentrado foi julgado exatamente no momento e no ato em que, aos olhos humanos, parecia ter triunfado. O Senhor, portanto, antecipa Sua própria paixão como a sentença final na qual os homens podem ver o desfecho da vida e da morte.
O Espírito, partindo desse ponto, revela os últimos resultados das ações humanas diante do Juiz Supremo. Assim, a vitória definitiva do que é justo é revelada na consumação do que já foi realizado.
Juízo – Compare com João 3:18.
Foi julgado – A vitória já havia sido conquistada: João 13:31. Compare com João 12:31.
O príncipe (governante) deste mundo – Compare com João 12:31 e 14:30.
12. Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Ainda tenho… – Os princípios já haviam sido completamente estabelecidos (João 15:15); no entanto, ainda era necessário um comentário divino para aplicá-los à vida individual e à formação da Igreja universal.
Em especial, o significado da Paixão precisava ser revelado, pois, embora a Paixão estivesse potencialmente incluída na Encarnação,
Nem uma nem outra poderiam ser plenamente compreendidas pelos discípulos até que o Filho do Homem fosse glorificado externamente.
Suportar – O termo original (βαστάζειν, Vulgata: portare, também bajulare) indica que um ensinamento como o da Cruz teria sido um fardo esmagador.
Compare com João 19:17; Lucas 11:46; 14:27; Gálatas 6:2, 6:5; Atos 15:10. A ressurreição trouxe a força que permitiu aos crentes suportá-lo.
Agora – Neste ponto do crescimento espiritual (ἄρτι). A palavra é enfatizada no final da frase. Compare com João 13:33.
13. Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
Porém quando vier aquele Espírito de verdade (assim chamado pois) ele vos guiará em toda verdade – A referência não é a “verdade em geral”, mas a “todo aquele círculo de verdade cujo peso é Cristo e Sua obra redentora”.
Porque de si mesmo não falará – O significado não é: ‘Ele não falará sobre Si mesmo’, mas ‘Ele não falará de Si mesmo’, no sentido acrescentado na próxima sentença.
Mas falará tudo o que ouvir (ou receber para comunicar); e ele vos anunciará as coisas que virão – “as coisas vindouras”, referindo-se especialmente às revelações que, nas Epístolas parcialmente, mas mais plenamente no Apocalipse, abrem uma vista para o Futuro do Reino de Deus, cujo horizonte são as colinas eternas.
14. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
Assim, todo o propósito do ministério do Espírito Santo é glorificar a Cristo – não em Sua própria Pessoa, pois isto foi feito pelo Pai quando Ele O exaltou à Sua própria mão direita – mas na visão e estima dos homens. Para este propósito, Ele devia “receber de Cristo” – toda a verdade relacionada a Cristo – “e mostrá-la a eles”, ou fazê-los discernir na sua própria luz.
A natureza subjetiva do ensinamento do Espírito – a descoberta às almas dos homens do que é Cristo exteriormente – é aqui muito claramente expressa; e, ao mesmo tempo, a vaidade de procurar por revelações do Espírito que farão qualquer coisa além de lançar luz na alma sobre o que o próprio Cristo é, e ensinou, e fez na terra.
INTRODUÇÃO
A deidade absoluta do Espírito Santo é revelada nas Escrituras, e essa é a crença da Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade está clara na fórmula batismal, quando o Espírito aparece como Deus igual ao Pai e ao Filho: “batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Não somente na fórmula trinitária, pois a Bíblia revela com clareza a divindade do Espírito (2Sm 23.2,3; 2Co 3.17,18), e mais: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16).
O Espírito Santo é chamado de Deus, pois o apóstolo usa alternadamente os nomes “Deus” e “Espírito Santo”. Isso porque o cristão é templo de Deus (Jo 14.23).
Assim, habita no crente o Deus trino e uno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Como em Atos 5.3,4, Deus e o Espírito Santo são uma mesma deidade.
I. O CONSOLADOR
1. O outro Consolador (14.16). ἄλλος (állos), significa “outro, diferente”. ἄλλος implica em duas ou mais coisas ou espécies são da mesma natureza, da mesma qualidade; Héteros é o outro de natureza diferente ou contrária ao verdadeiro.
Em João 14.16-17 está a primeira de várias passagens nesta seção que descrevem a vinda do Consolador (cf. 14.26; 15.26; 16.7).
A palavra grega traduzida como "Consolador" é parakletos, que tem sido adaptada ao nosso idioma como "paracleto" -"advogado", "intercessor", "solicitante" — e personalizada como o Espírito Santo. A palavra grega "originalmente significava, no sentido passivo, 'aquele que é chamado para ajudar alguém', e tem o significado mais geral de "aquele que aparece em favor de outro, mediador, intercessor, ajudador".'
Várias traduções têm usado palavras diferentes em um esforço de extrair da palavra grega o seu significado pleno — por exemplo, "Conselheiro" (RSV), "Ajudador" (Moffatt, NASB), "Ajudador Divino" (Phillips), "Advogado" (Weymouth). A palavra é traduzida como "Advogado" em I João 2:1, onde se refere a Cristo.
2. O Paracleto (16.7). Se dá ao Espírito Santo o título de Consolador (em grego parákletos), também próprio de Jesus (notar “outro Consolador” e 1Jo 2:1).
O apelativo tem matizes jurídicos (advogado defensor; conforme Jo 16:8-11). A palavra grega se relaciona com o verbo que também significa consolar.
A palavra Grega traduzida por "Consolador" ou "Auxiliador" era usada em linguagem jurídica para o advogado de defesa (1Jo 2:1) e, de modo mais geral, por alguém de quem se pedia ajuda. Jesus foi um tal ajudador para os discípulos; e depois de sua ascensão, o Espírito Santo tomaria para si esta tarefa. O termo dá ênfase à personalidade do Espírito Santo como distinto do Pai e do Filho, e também à sua unidade com eles na obra da redenção.
O Paracleto é identificado como o Espírito da verdade (17), "que traz a verdade e a imprime na consciência do mundo". Mas este Dom não é para todos os homens. O mundo não pode recebê-lo, pela simples razão de que este não o vê, nem o conhece (17). "Aquilo que é espiritual não pode ser compreendido pelos homens ímpios, mas somente por aqueles cujas almas estão harmonizadas com o reino espiritual".
Mas a promessa é íntima, pessoal e preciosa para aqueles que o conhecem: vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (17; cf. Atos 2.4; Rm 8.9-1Jo 2.27-2Jo 2).
Uma vez que habitava em Jesus, o Espírito estava com os discípulos. Mas quando Jesus ascendeu aos céus e o Espírito veio, no Pentecostes, Ele passou a estar dentro deles. Esta bênção é recebida através do batismo no Espírito.
3. Seu uso no Novo Testamento. -Como já visto, a palavra que se traduz Consolador combina as idéias de consolo e conselho. O Espírito Santo é uma pessoa poderosa que está de nossa parte, obrando por nós e conosco. 14.17ss
Os seguintes capítulos ensinam estas verdades sobre o Espírito Santo: estará conosco para sempre (14.16);
O mundo em geral não pode recebê-lo (14.17);
Mora conosco e está em nós (14.17);
Ensina-nos (14.26); recorda-nos as palavras do Jesus (14.26; 15.26); convence-nos de pecado, mostra-nos a justiça de Deus e anuncia que Deus julgará a maldade (16.8); nos guia à verdade e nos comunica as coisas que virão (16.13); glorifica a Cristo (16.14).
O Espírito Santo se manteve ativo entre as pessoas desde o começo dos tempos, mas depois do Pentecostes ele veio viver em todos os crentes. Na antiga dispensação, o Espírito Santo vinha sobre indivíduos, capacitando-os para cumprir uma missão especial e depois se retirava.
Porém, depois que Cristo consumou sua obra, rogou ao Pai e então, o Espírito Santo foi enviado para vir e não mais voltar. Veio para ficar para sempre. Assim como o Calvário é único e irrepetível, de igual modo, o Pentecostes é único e irrepetível.
O Espírito Santo foi dado para ficar para sempre com a igreja. Ninguém pode ter Cristo sem ter o Espírito Santo. Ninguém pode ser salvo, se o Espírito não imergi-lo no corpo de Cristo. Ninguém pode ter garantia de vida eterna sem ser selado pelo Espírito Santo. Ninguém pode ser capacitado para fazer a obra de Deus, sem receber os dons do Espírito. Ninguém está preparado para cumprir a grande comissão dada por Cristo sem o revestimento do poder do Espírito Santo.
II. SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS
1. Sua deidade. - Por Divindade do Espírito Santo se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho (Mt 28.19; Jr 31.31-34; Hb 10.15-17). O Espírito Santo se faz presente na obra da criação, assim como também em toda história da Salvação.
Podemos fazer referencia ao Espírito de Deus desde as primeiras linhas da bíblia, dando ênfase ao principio que da vida e existência a tudo, com que se refere o livro do Gênesis: “O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas” (Gn 1.2).
Esse mesmo Espírito que se manifestou no decorrer da história, falou através de nossos primeiros pais na fé, seguindo através dos profetas, chegando à plenitude dos tempos, quando “Deus enviou o seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial. E porque sois filho, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu filho, que clama : Abba, Pai!” (Gl 4, 4-6).
2. Seus atributos. Alguns textos poderão nos dar uma breve descrição do que a Escritura considera ser a divindade do Espírito Santo. A divindade do Espírito Santo fica demonstrada pela Bíblia no fato de que ele possui atributos divinos. Ele desempenhou papel importante na criação (Gn 1.2), e desempenha na providência (Sl 104.30).
Isso nos fala de sua onipotência. Também percebemos sua Onisciência, pois Isaías pergunta: “Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?”. E Paulo diz que o Espírito “a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1Co 2.10).
Sua Onipresença pode ser vista no Salmo 139:7-8 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também”.
O fato ainda de que o nome do Espírito Santo apareça junto com o nome do Pai e com o nome do Filho na fórmula batismal (Mt 28.19), e na bênção apostólica (2Co 13.13), demonstra a igualdade entre as três pessoas da Trindade, e nos leva a considerar a divindade do Espírito Santo. De todos, o texto que mais claramente aponta a divindade do Espírito Santo é Atos 5.3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Na conhecida história em que Ananias e Safira vendem seu campo, mas resolvem entregar apenas metade do preço, Pedro disse que eles estavam mentindo “ao Espírito Santo”, e dessa forma, não mentiram aos homens, “mas a Deus”. Se mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus, então, o Espírito Santo é Deus.
3. Suas obras. A divindade do Espírito Santo é vista não apenas na declaração direta das Escrituras, nem somente pelo relacionamento dEle com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O Espírito Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30).
Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos (1Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11).
Ele é o Senhor da Igreja (At 20.28); autor do novo nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1Co 12.7-11).
Assim, o Credo Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”. A confirmação bíblica dessa verdade é abundante (2Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp 3.3; 2Pe 1.21).
O Espírito Santo é o meio pelo qual o Pai faz as seguintes obras:
1) criação e manutenção do universo (Gn 1.2; Jó 26.13; Sm 104.30);
2) divina revelação (Jo 16.12-15; Ef 3.5; 2Pd 1.21);
3) salvação (Jo 3.6; Tt 3.5; 1Pd 1.2); e
4) feitos de Jesus (Is 61.1; At 10.38).
Então faz assim o Pai todas estas coisas pelo poder do Espírito Santo. Vê-se o Espírito Santo agindo na criação como o doador da vida e como aquele que qualifica os homens para suas tarefas.
Ele inspirou os escritores sagrados, chama os pecadores, aplica os benefícios da salvação aos que crêem, justificando, regenerando e santificando, e edifica a igreja por meio dos meios da graça.
III. HERESIAS ANTIGAS E NOVAS
1. As primeiras heresias. Não havia consenso sobre o Espírito Santo no Oriente nas primeiras décadas depois do Concílio de Niceia. Havia diversas interpretações.
O termo "espírito", tanto no hebraico, rûah, como no grego, pneuma, denota primariamente "vento", "respiração" e, especialmente, "espírito" que, assim como o vento, é invisível, material e poderoso.
Mas as palavras rûah e pneuma podem referir-se também ao espírito humano, aos anjos e a Deus. Neste último caso, possui uma conotação especial, por tratar-se do Espírito eterno (Hb 9.14).
Quando falamos do Espírito Santo, estamos, na verdade, nos referindo a uma das três pessoas da santíssima Trindade. Dessa forma, o colocamos, automaticamente, em pé de igualdade com as demais pessoas da Divindade, ou seja, o Pai e o Filho. Contudo, se o Espírito Santo é divino, atributo que lhe confere plenos poderes, como poderia alguém usurpar algo de Deus?
a) Os arianistas. Ário, bispo de Alexandria, negava que o Espírito Santo fosse uma personalidade separada de Deus e de Jesus Cristo. Esta doutrina, denominada Arianismo, foi condenada como heresia no Primeiro Concílio de Niceia em 325 d.C
b) Tropicianos. Os tropicianos ensinavam ser o Espírito Santo um anjo, mas Atanásio (295-373) bispo de Alexandria refutou essa heresia com muita propriedade. E, Basílio de Cesareia (329-379) que, a princípio, tinha sido pneumatomaciano, depois de pesquisas profundas nas Escrituras, reconheceu a divindade do Espírito Santo e procurou convencer o seu amigo, Eustáquio, líder dos pneumatomacianos, mas não conseguiu trazer o seu amigo para a ortodoxia cristã.
c) Pneumatomacianos. A religiões não cristãs desconhecem a identidade do Espírito Santo e os grupos religiosos heterodoxos que não acreditam na doutrina bíblica da Trindade defendem conceitos equivocados sobre Ele. Hoje, o movimento das testemunhas de Jeová segue a linha dos pneumatomacianos e alguns grupos dos muçulmanos, e dos tropicianos.
2. As heresias na atualidade. As Testemunhas de Jeová têm uma abordagem única em relação à doutrina do Espírito Santo, que difere de muitas outras correntes cristãs.
Para elas, o Espírito Santo é entendido como uma “força ativa” ou uma influência poderosa que emana de Deus para realizar Seus propósitos no mundo. Isso é evidenciado na forma como traduzem e interpretam passagens bíblicas que fazem referência ao Espírito Santo. Por exemplo, na Tradução do Novo Mundo (TNM), o termo “Espírito Santo” é traduzido como “força ativa de Deus”, e é grafado com iniciais minúsculas.
Essa interpretação se baseia em parte na versatilidade da palavra hebraica “ruach” no Antigo Testamento, que pode ser traduzida como “espírito”, “vento”, “respiração” e outras palavras relacionadas. As Testemunhas de Jeová argumentam que, devido a essa variedade de significados, é possível entender o Espírito Santo como uma manifestação ativa do poder divino.
3. O Espírito Santo em outras religiões. Em algumas religiões no Oriente, a noção sobre o Espírito Santo é confusa, mas se aproxima do pensamento antigo desses heresiarcas, “de modo que nada há novo debaixo do sol” (Ec 1.9).
a) Uma crença estranha. “No Islam, o Espírito Santo é Gabriel, que é um anjo de Deus. Ele às vezes é mencionado pelo nome de “Gabriel”, ao passo que ele é exclusivamente denominado “Espírito Santo”, com exclusão dos outros anjos, devido ao seu papel central na revelação das Sagradas Escrituras e seu apoio aos profetas de Deus e às pessoas piedosas.
O pensamento islâmico sobre o Espírito Santo é confuso. Uns acreditam que ele seja o anjo Gabriel ao interpretar a expressão “Espírito Sagrado” no Alcorão 2.253, visto que Gabriel trouxe a mensagem de Deus para Maria e se[1][1]gundo a tradição islâmica, teria revelado o Alcorão a Maomé.
Mas, segundo a Bíblia, o Espírito Santo é o próprio Deus (At s.3,4; 2 Co 3.17,18).
O termo “espírito” aparece vinte vezes no Alcorão, segundo David Goldmann, em sua obra Islam and the Bible, “e cada vez a palavra é entendida para se referir a um ser criado que possui um corpo sutil que penetra em outro corpo”.128 Isso significa para os muçulmanos que “espírito” diz respeito a um ser criado (Alcorão 15.29) que possui um corpo sutil e é capaz de penetrar num corpo rústico. Eles consideram os anjos e os gênios nessa categoria. Desse modo, afirmar que “Deus é Espírito” (Jo 4.24) para eles é uma blasfêmia.
0 problema está no contexto religioso e cultural deles, pois essas palavras de Jesus significam que a natureza de Deus é imaterial, que ele é invisível e simples, ou seja, não se compõe de matéria ou figura corpórea (Rm 1.20; Cl 1.15; 1 Tm 1.17).
b) Resposta bíblica. A palavra hebraica para espírito (ruach) aparece 377 vezes no Antigo Testamento. Em 100 ocorrências é traduzida como Espírito de Deus e, nas demais, espírito do homem, vento, respiração e sopro. Assim, pelo fato de a palavra ruach ter vários significados, a Sociedade Torre de Vigia (organização que publica a Tradução do Novo Mundo) se apropria da palavra, atribuindo-lhe o significado mais conveniente á sua convicção doutrinária. A Bíblia, contudo, traz evidentes e diversas referências aos atributos pessoais do Espírito Santo veja:
- João 15:26 (NVI): “Quando vier o Conselheiro, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que procede do Pai, ele testificará a meu respeito.”
- Atos dos Apóstolos 5:3-4 (NVI): “Então, disse Pedro: ‘Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo? Você não mentiu aos homens, mas a Deus’.”
- Atos dos Apóstolos 13:2 (NVI): “Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: ‘Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado’.”
- Atos dos Apóstolos 16:6-7 (NVI): “Paulo e os seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na província da Ásia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não permitiu.
- Romanos 8:26-27 (NVI): “Da mesma forma, o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.”
- 1 Coríntios 6:19 (NVI): “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?”
- Mateus 28:19 (NVI): “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
- 2 Coríntios 13:14 (NVI): “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.”
- 1 Coríntios 2:10-11 (NVI): “Mas Deus no-las revelou pelo Espírito, pois o Espírito sonda todas as coisas, até as profundezas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também, ninguém conhece as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”
- João 14:26 (NVI): “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará com que lembrem de tudo o que eu lhes disse.”
CONCLUSÃO
A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento pentecostal. Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade.
As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam tanto a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade, afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal.
Um dos primeiros argumentos usados para defender esta idéia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio dele, e ele habitar em alguém?
Esta é a importância do estudo do Espírito Santo, pelo o que Ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da Igreja.
Ele é o alicerce da vida do crente; Enquanto o mundo associa-o ao fanatismo, ele, no entanto se mantém ativo em todas as áreas da vida, sendo dela o criador.
Também trabalha na providência, na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la.
Sua vinda ao mundo era tão necessária à nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito Santo nossa religião é vã e não temos provas de nossa salvação (Rm. 8.9,16).
É ele quem nos dá a vida física (Jó 33.4), espiritual e ressurreta (Jo 3.5; Rm 8.11), sendo Ele o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gl 5.19-22).
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele seja a glória!
Amem