A Doutrina do Culto Levítico
TEXTO
ÁUREO = “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e
aqueles que nele habitam.” (Sl 24.1)
VERDADE
PRÁTICA = Tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor
deve ser consagrado, principalmente o nosso ser.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE =
Levítico 9.1-14
OBJETIVO
GERAL
Explicar que tudo
quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado,
principalmente o nosso ser.
HINOS
SUGERIDOS: 3, 23, 25 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a Terra é
do Senhor
II. Mostrar que os
animais e vegetais são do Senhor;
III. Compreender que o
ser humano é do Senhor.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição
de hoje estudaremos três princípios bíblicos expostos no capítulo 9 do livro de
Levítico que todo israelita deveria observar:
1) tudo quanto existe
foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador
de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
3) tudo quanto há deve
ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro. Embora o livro de Levítico tenha
sido escrito na Antiga Aliança, num tempo e contexto social diferente do nosso,
tais princípios também devem ser observados pela Igreja e crentes da
atualidade. Que venhamos como filhos de Deus, alcançados pela graça, consagrar
tudo a Ele e em especial todo o nosso ser.
INTRODUÇÃO
No livro de Levítico, há uma teologia sublime e altamente devocional,
cujo objetivo é levar o crente israelita a reconhecer três verdades:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado;
e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
Se observasse esse princípio, o povo de Israel ver-se-ia livre dos
resquícios da idolatria do Egito, prevenindo-se didaticamente quanto às
abominações de Canaã.
Nesta lição, veremos que a essência do culto levítico é conduzir o crente
a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem. Porque tudo pertence ao
Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva. Essa consagração, porém, só terá
eficácia se começar pelo nosso próprio ser (Rm 12.1-3).
A TERRA É DO SENHOR
Deus
é o Criador dos Céus e da Terra. Deus criou o universo do nada; é
a chamada creatio ex nihilo da teologia
judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis
é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é: “No
princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo hebraico “criou” é bará, e este apresenta características peculiares:
o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi aplicado a
deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora de Deus a
fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do “faça-se”, é apoiada em
toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira
instantânea, pela sua soberana e livre vontade (Sl 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).
A
narrativa da criação em Gênesis 1. No primeiro dia, Deus
trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento
(vv.6-8); e, no terceiro, “disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num
lugar; e apareça a porção seca” (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao
ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os
continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o
sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os
animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).
Deus
é o Libertador de Israel. Deus ordenou que Moisés renovasse a
confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam libertos da servidão
egípcia, que Deus os resgataria com braço estendido e com juízos grandes sobre
os opressores. Israel seria o povo especial de Deus e lhe daria a terra da
promessa por herança. Estas palavras tranqüilizadoras foram apoiadas pela
declaração: Eu, o SENHOR.
Israel é o templo de Deus. A teologia de Levítico
tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua vocação divina (Lv
20.26). Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o será) um templo de
adoração ao Senhor (Lv.10.3). Isso significa que o povo hebreu não se limitava
a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração por excelência ao Senhor
(Lv 9.23).
OS AIMAIS E OS VEGETAIS
SÃO DO SENHOR
1. No Egito, os animais
eram deuses. Os egípcios não faziam distinção entre
o Criador e a criação, nem estavam preocupados em distinguir os animais limpos
dos impuros. Por isso, adoravam o boi, o crocodilo, o falcão e até o gato (Rm
1.25). Eis porque Deus, ao punir o Egito com as dez pragas, mostrou quão
inúteis eram os deuses egípcios.
O
panteão egípcio, diferentemente do grego, parecia mais um zoológico do que um
depósito de deuses. Examinemos o caso de Thot. Patrono dos estudos, da escrita
e dos cálculos, era representado por um homem com uma imensa cabeça de macaco.
No Levítico, o babuíno nem mencionado é. Mas os egípcios veneravam-no como
divindade.
2. Os animais e a
adoração a Deus. Ao contrário dos egípcios, os
israelitas não se davam ao culto dos animais. Mas os apresentavam em sacrifício
ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam distinção entre os animais limpos e
impuros (Lv 11). O povo de Israel sabia que os animais não são deuses, e, sim,
criaturas do Deus que as sustenta (Sl 104.14).
Quanto
aos egípcios, tinham eles como deus o boi que, em sua mitologia, representava
dois deuses: Osíris e Ptá. A primeira divindade era, às vezes, descrita como um
morto-vivo; um amedrontador zumbi. Em Israel, de acordo com as recomendações
levíticas, o gado vacum tinha apenas três finalidades: trabalho, alimentação e
adoração ao Senhor.
Lembremo-nos
do carneiro. Na mitologia faraônica, era o deus Knum, cuja função era moldar,
qual oleiro, a aparência de deuses e dos homens. No sistema levítico, iria logo
para o altar, quer para representar um sacrifício pacífico, quer para oficiar
uma oferenda pelo pecado.
3. Os vegetais e a
adoração a Deus. O mesmo Deus que preconiza a
preservação da natureza condena a sua idolatria; prática corriqueira entre os
antigos cananeus (I Rs 14.23). Já em Israel, os frutos da terra serviam para
duas coisas: nutrir o povo e adorar a Deus; gratidão àquEle que “(faz) a terra
dar a sua messe e, a árvore do campo, o seu fruto” (Lv 23.10; 26.4,5, ARA).
Que
Deus nos guarde da idolatria. Às vezes, sem o percebermos, tornamo-nos tão
idólatras quanto os egípcios do Faraó. Se retivermos o fruto da terra, e
deixarmos o faminto perecer de fome, o que é isso senão avareza; abjeta idolatria
(Cl 3.5)? A Terra é do Senhor. Logo, todas as suas novidades e produtos lhe
pertencem. Então, que tudo seja-lhe apresentado em ações de graça.
O SER HUMANO É DO SENHOR
O ser humano é a Imagem De Deus
O
conceito de imagem de Deus é o coração da antropologia cristã. Precisamos
entender bem este conceito. O homem distingue-se das demais criaturas de Deus,
porque foi criado de uma maneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi
criado à imagem de Deus. Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua
existência, ele é um ser que reflete e espelha Deus. (Gn 1:26-28).
Também
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem
e mulher os criou.
E
Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo
animal que rasteja pela terra. (Gn 1:26-28).
A
imagem de Deus no homem não é algo acidental, mas é algo essencial à natureza
humana. O homem não pode ser homem sem a imagem de Deus. O homem é a imagem de
Deus, não simplesmente a possui, como se fosse algo que lhe foi acrescentado.
No
Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam de forma
específica a questão da imagem de Deus. (Gen. 1:26-28; 5:1-3; 9:6).
"Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança" . Sobre o significado das palavras "Imagem e
Semelhança" entendemos que elas não se referem a coisas diferentes, embora
alguns defensores da fé do passado tivessem crido diferente (1).
Veja
as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar a mesma
coisa: Em Gen. 1:26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança";
em 1:27 o autor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve
substituir o termo por outro - "semelhança", e, em 5:3, o autor
novamente volta a usar as duas palavras , contudo em ordem diferente daquela
usada em 1:26 - "semelhança e imagem" e em 9:6 ele volta a usar
apenas um dos termos, optando agora pelo termo "imagem". Isto, deixa
suficientemente claro para nós que "imagem e semelhança" são termos
sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Caso não fosse assim, o autor não
faria estas mudanças alternando os termos
A vida humana é sagrada.
JEOVÁ
é o verdadeiro Deus”, disse o profeta Jeremias. “Ele é o Deus vivente.”
(Jeremias 10:10) Além do mais, Jeová Deus é o Criador de todas as coisas vivas.
Criaturas celestiais disseram-lhe: “Criaste todas as coisas, e por tua vontade
elas vieram à existência e foram criadas.” (Apocalipse 4:11) Num cântico de
louvor a Deus, o Rei Davi disse: “Contigo está a fonte da vida.” (Salmo 36:9) A
vida, portanto, é uma dádiva de Deus.
O
nosso Deus também sustenta a nossa vida. (Atos 17:28) Ele provê o alimento que
comemos, a água que bebemos, o ar que respiramos e o solo em que pisamos. (Leia
Atos 14:15-17.) Jeová tem feito isso de um modo que torna a vida agradável.
Mas, para levar uma vida satisfatória, temos de aprender as leis de Deus e
obedecê-las. — Isaías 48:17, 18.
O ser humano é servo e adorador de
Deus.
Se
os israelitas observassem a Lei de Moisés, não teriam dificuldades em viver a
essência de sua teologia. No livro de Levítico, seriam conduzidos a uma vida de
santidade, pureza e serviço ao Senhor. Mas, em consequência de suas muitas
apostasias, não puderam alcançar o cerne teológico das celebrações e
sacrifícios prescritos. No tempo de Isaias, a situação espiritual da nação
estava de tal forma degenerada, que Deus censurou-a energicamente. (Is 29.13,
ARA).
O sacrificio pacífico.
Moisés
estava agora ministrando instruções dos sacrifícios pacíficos – ou sacrifícios
de comunhão ou sacrifícios de reconciliação -, cujo significado no hebraico
parece associado à palavra shalom, que significa “paz” ou “bem-estar”, aos
leigos, conforme também Lv 7:11, 28-34.
O
significado preciso se perdeu, mas parece indicar harmonia e paz entre Deus e o
adorador, uma posição que capacitava aos adoradores individuais, o
compartilhamento do sacrifício.
O
adorador deveria se identificar simbolicamente com o sacrifício e entregá-lo ao
sacerdote, o qual aspergia o sangue em todos os lados do altar. Ele era muito
peculiar pelo fato do adorador e sua família poderem comer grande parte da
carne, sendo apenas uma porção dela entregue ao sacerdote ou queimada sobre o
altar.
CONCLUSÃO
Somos
uma geração centralizada no homem, mas a igreja não pode tornar-se
antropocêntrica. A distração e o entretenimento da nossa era tecnológica não
podem tornar-se o centro. Nosso desejo por santidade deve ser maior que o nosso
desejo por felicidade. O culto pode e deve, sim, ser agradável às pessoas, mas
com base na instrução bíblica apresentada e não no grau de satisfação pessoal
alcançado. Que possamos dizer: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome
da glória” (Sl 115.1).
Por:
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibliografia
Comentário Bíblico
Beacon
Lições
Bíblicas CPAD - 3° Trimestre de 2017
Livro Adoração,
Santidade e Serviço – lª. Edição CPAD –
Claudionor de Andrade