25 de junho de 2021

A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

 

A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

Texto Áureo

para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

Efésios 3.10

“Multiforme” ( do “grego” polypoikilos) ocorre somente aqui no Novo Testamento. Significa “matizado,isto é, variado com diferentes cores”. Esta “metáfora é retirada da beleza complexa de um padrão bordado das costureiras”. O vocábulo “polypoikilos” pinta a sabedoria divina como algo que tem muitíssimas facetas, dotado de enorme variedade, com os mais variados modos de manifestação e expressão Indicando a beleza e a variedade da sabedoria de Deus em seu grande plano de salvação.

 

Quem pode sondar a majestade e a diversidade da sabedoria de Deus em redimir o mundo? Em Romanos 11.33, Paulo excplica que: “Fica maravilhado diante da insondável riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus. Como o homem poderia entender os motivos das ações divinas ou explicar seus métodos de trabalho?”

Os planos de Deus são perfeitos em sua conformidade com a santidade divina, e, ao mesmo tempo, são ordenados de acordo com a capacidade humana e as necessidades complicadas da vida humana. O resultado final é a redenção das almas.

 1. Os Dons Espirituais e Ministeriais

1.  São diversos.

2.  São Amplos.

3.  Dádivas do Pai.

 

A Bíblia não dá uma lista exaustiva ou completa sobre a quantidade exata de “dons espirituais” que existem. Eles são concedidos ao homem de acordo com a soberana vontade de Deus e não de acordo com a vontade do homem. No que diz respeito a “dons espirituais”, os cristãos tem de evitar dois erros comuns;

 

1-  Alguns se orgulham dos dons recebidos tornando-se soberbos espirituais, isto deve ser evitado a todo custo,  pois Deus resiste aos soberbos (Tiago 4.6).

 

 

2-  Alguns por terem dons que consideram “menores ou inferiores” ou por não terem o real conhecimento sobre os “dons” pensam que não tem nada a oferecer para “Igreja” e se sentem inferiorizados ou até chateados com Deus.

 

Em vez de nos compararmos com os outros, devemos usar nossos dons (sejam quais forem) para, juntos, propagarmos o Evangelho.

 

Todos os dons espirituais e ministeriais são dádivas de Deus e devem ser usados para a edificação da “Igreja” (Tiago 1.17; Efésios 4.11-13).

 

As dádivas (ou dons de Deus) são dados não por merecimento, não para aqueles que se consideram “superiores”, mas são dados pela misericórdia de Deus e por sua graça. Não deveria haver de forma alguma rivalidade entre possuidores de “dons espirituais ou ministeriais”, pois os dons são para ser usados em benefício da “Igreja” e não em benefício próprio. Devemos procurar ser cristãos maduros na fé, deixando de lado toda a soberba, todo sentimento de grandeza e todo o “espírito competitivo” dentro da “Igreja”, pois cristãos maduros, crescem em sua fé e conhecimento de Cristo e veem as coisas do ponto de vista de Cristo. Busquemos pois ser cristãos maduros na fé.

 2. Bons Despenseiros dos Mistérios Divinos

1.  Com sobriedade e vigilância.

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;

1 Timóteo 3.2

Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado (isto é, o trabalho na obra de Deus) como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério. Esse termo (Vigilante) pode significar «ajuizado» (cuidadoso, atento, espiritualmente apto a enxergar a aparência do mal).

 

“Sóbrio” do grego sõphrón”, é um vocábulo grego que quer dizer

«prudente», «previdente»,«autocontrolado», ao passo que, quando aplicado a mulheres, esse adjetivo significava «casta», «decente», «modesta».

2.  Amor e hospitalidade.

Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos. Quem não ama seus irmãos, não pode ser considerado cristão em hipótese alguma.

Conhecemos a caridade (amor) nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

1 João 3.16

Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade (amor).

1 João 4.8

34.   Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

 

35.   Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

João 13.34,35

A respeito da “hospitalidade”, todo o pastor deveria ser «amante da hospitalidade». E isso deveria ser feito sem «murmurações», mas antes, livre e espontaneamente (isto é, sem se sentir forçado) , como demonstração do amor e da amizade fraternais (conforme se lê em I Pedro 4:9). Havia a necessidade de hospitalidade, na “Igreja” cristã primitiva, porquanto naquele tempo eram raríssimas as hospedarias, as quais, com grande freqüência, eram apenas antros de ladrões e meretrizes. Os crentes, porém, que são membros da família divina, deveriam ter interesse por seus irmãos na fé, provendo-lhes conforto e o necessário para a vida diária sempre que houver necessidade. E os oficiais da “Igreja”, por serem os representantes da “Igreja”, com freqüência tinham de abrigar visitantes,  evangelistas em viagem, vindos de outros lugares, além de simples irmãos na fé, o que significa que deveriam mostrar-se dispostos a cumprir essa obrigação, com verdadeiro interesse e amor cristãos.

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade.

 

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu (Em outras palavras, use o “dom” que Deus te deu para “servir aos outros”.De um modo geral, mas particularmente neste versículo, este servir aos outros quer dizer “trabalho físico”, ou seja, é preciso estar disposto para usar seu tempo, seu dinheiro, sua vida para “servir a Deus e aos outros), como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (Champlin observa que, cada cristão tem uma missão específica dada por Deus, e Deus espera que tal missão seja cumprida com fidelidade).

1 Pedro 4.10

 

Quando Deus dá um dom a um cristão, Ele espera que, o recebedor do “dom” use o “dom” com fidelidade, honrando a Deus e aos irmãos.

A vida na comunidade cristã é uma vida de serviço aos outros. Jesus foi o Servo de Deus, Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Marcos 10.45).

Na Sua vida, tal como nos ensina a Bíblia, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao seu povo e aos seus (como ilustrado em João 13.1-17). Servir uns aos outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos outros. É nessa exteriorização que está o fundamento da ética cristã, como vida de serviço aos outros.

3-                                                                           Os Dons espirituais e o Fruto do Espírito 

1. A necessidade dos dons espirituais. 2.Os dons espirituais e o amor cristão.


Os dons espirituais dados por Deus sempre foram necessários para o crescimento da “Igreja” de Deus no mundo, e continuam sendo.

 

Atualmente muitos usam os “dons” recebidos por Deus para ganhar fama, posição no meio da “Igreja” e “status”, mas Deus nunca ensinou ao se povo esse tipo de “caminho”.

 

Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.

1 Coríntios 12.31

 

O “caminho ainda mais excelenteque Paulo cita aqui é o caminho do Amor, que Paulo passaria a descrever no capítulo 13 de 1 Coríntios.

Não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.

3. A necessidade do fruto do Espírito.

 

O fruto do ESPÍRITO é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento espiritual. Em outras palavras, o fruto do ESPÍRITO consiste em virtudes ou qualidades cristãs produzidas pelo habitar do ESPÍRITO SANTO na vida do cristão que permanece em Cristo.

Você viu alguém que se diz cristão falar palavrões, maldizer o seu patrão ou local de trabalho, comprar e não pagar, ter o nome sujo “na praça”, maltratar o cônjuge, não respeitar os pais, ou a liderança espiritual que DEUS colocou acima dele?

Pois bem, se já, saiba que tal cristão não demonstra os frutos do ESPÍRITO, mas sim, as obras da carne (tal cristão nem deveria ser chamado de cristão, pois, em uma vida onde não frutos do ESPÍRITO, não um compromisso verdadeiro com DEUS)

Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5.22

 

O fruto de que Paulo está tratando é a criação do ESPÍRITO SANTO. Ele (o fruto) não brota da nossa natureza, nem é produto da educação mais refinada. Esse fruto é variado, uma vez que Paulo menciona nove virtudes morais que são produzidas pelo próprio Espírito. Finalmente, esse fruto precisa ser cultivado de forma espontânea para que se torne proveitoso e saboroso, por assim dizer.

 

O bacharel em teologia Juarez Marcondes Filho observa que, “O fruto do ESPÍRITO não pode ser criado artificialmente e nem pode ser simulado, ninguém frutificará sem a operação do ESPÍRITO SANTO, essas nove virtudes são como gomos de um mesmo fruto”. (Gálatas 5.22).

 

(Saiba mais sobre os frutos do Espírito solicitando gratuitamente meu estudo da lição 5 do 1º Trimestre de 2021 pelo Whatsapp: 18 9 9691-1591).

Conclusão:

 

A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.

Fontes:

Revista Cristão Alerta Trimestre de 2021,

O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo – Russel Norman Champlin,

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,

Bíblia de Estudo Pentecostal,

Comentários Expositivos Hagnos,

1 Pedro Introdução e Comentário – Ênio R. Mueller,

Apontamentos teológicos professor José Junior.