24 de abril de 2024

Como se Conduzir na Caminhada

 

Como se Conduzir na Caminhada

TEXTO ÁUREO

“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5)

Entenda o Texto Áureo

 

Os que são de fora. Diz respeito aos incrédulos. Os cristãos são chamados para viverem de maneira a estabelecer a credibilidade da fé cristã e a aproveitar ao máximo cada oportunidade de evangelização.

 

VERDADE PRÁTICA

 

A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição à nossa maneira de viver.

Entenda a Verdade Prática

 

O progresso do Evangelho depende não só da liberdade e eficácia da pregação, mas também da consistência da vida dos convertidos, tanto na sua conduta (versículo 5) como na sua conversa (versículo 6).

 

LEITURA BÍBLIA EM CLASSE – Efésios 5: 15-17

 

15. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

 

Prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios. Esse termo quer dizer "corretamente ou precisamente com grande cuidado" (cf. SI 1.1; Mt 7.4).

 

Viver moralmente é viver com sabedoria. Segundo a Bíblia, um "néscio" ou não é assim chamado por causa de limitações intelectuais, mas devido à incredulidade e aos consequentes feitos abomináveis (SI 14.1; Rm 1.22).

 

Ele vive separado de Deus e contra a lei de Deus (Pv 1.7,22; 14.9),

E não pode compreender a verdade (1Co 2.14)

Nem a sua verdadeira condição (Rm 1.21-22).

 

Não há dúvida de que os cristãos devem evitar se comportar como os néscios (veja Lc 24.25; Cl 3.1-3).

 

16. remindo 0 tempo, porquanto os dias são maus.

 

Remindo o tempo. A palavra grega para "tempo" indica um período fixo, mensurado e demarcado; com o artigo definido "o" refere-se, provavelmente, ao tempo de vida de alguém como cristão.

 

Nós devemos fazer tom que a maior parte do nosso tempo nesta terra ímpia seja usada para cumprir os propósitos de Deus, aproveitando toda oportunidade para a adoração proveitosa e para o serviço.

 

Devemos estar cientes da brevidade da vida (SI 39.4-5; 89.46-47; Tg 4.14,17).

 

17. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

 

Conhecer e compreender a vontade de Deus por meio da sua Palavra é sabedoria espiritual.

 

Por exemplo, a vontade de Deus revelada a nós é que as pessoas devem.

 

Ser salvas (1Tm 2.3-4),

Cheias do Espírito (v. 18),

Santificadas (1Ts 4.3),

Submissas (1Pe 2.13-15),

Sofredoras (1Pe 2.20)

E agradecidas (1Is 5.18).

 

Jesus é o exemplo supremo para tido (veja Jo 4.4; 5.19,30; 1Pe 4.1-2).

 

 

INTRODUÇÃO

 

É interessante que o apóstolo Paulo afirma que é sábia a pessoa que consegue aproveitar bem as oportunidades para dar bom testemunho e pregar o Evangelho aos descrentes. Uma vez que o alicerce está pronto, ele não é jamais construído novamente.

Constrói-se sobre ele". Os crentes, chamados no livro de Atos, ‘os do caminho", distinguem-se dos demais religiosos. Esses traçam diretivas fundamentadas em modelos criados pela imaginação humana, "construamos uma cidade e uma torre cujo ápice penetre nos céus" (Gn 11.4); nós, uma crença respaldada, fundamentalmente, por uma revelação que vem do alto, de cima, para os que estão em baixo, nas trevas. "Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho" (Hb 1.1-3).

 

Nosso texto de ouro traz Paulo falando sobre a conduta dos crentes em relação aos não crentes. Ele os exorta a serem sábios em sua maneira de agir com os de fora, aproveitando as oportunidades para falar com graça, de modo a responder a cada pessoa de forma apropriada.

 

I. O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

 

1. Jesus como nosso padrão de conduta. Jesus é um modelo a ser seguido e não somente apreciado. Muitas pessoas são encantadas com Jesus sem segui-lo. Muitos admiram a pessoa de Jesus, porém não estão dispostas a seguir seus ensinamentos.  (Hb 12.2) diz o seguinte: “olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus”.

 

Todos os dias temos que olhar para Ele. Ser como Ele é e fazer o que Ele fez. Paulo imitava ao Senhor Jesus Cristo. Um discípulo de Cristo é alguém que o tem como modelo. Isso significa ser cristão.

 

Em (Gn 17.1) está escrito: “...Eu sou o Deus todo-poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”. Andar com Deus é muito mais do que pertencer a uma religião, é muito mais do que ser um santarrão, do que ser um Presbiteriano ou um Batista, mas é caminhar com o Senhor Jesus Cristo.

 

O propósito de Deus é nos vincular a Cristo e nos tornar semelhantes a Ele. Isso está muito claro em (Rm 8.29) “Porquanto aos que antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho”.  Ninguém se torna um cristão simplesmente porque se declara um cristão, mas sim, porque se torna um imitador de Jesus.

 

2. Fazendo a vontade de Deus. Parte-se do princípio de que a vontade de Deus pode ser conhecida. Não devemos ir atrás do que Deus não intentou revelar, mas devemos conhecer bem o que nos revelou. Desde o primeiro capítulo de Gênesis, até o ápice da revelação em Jesus Cristo (Hb 1.1-2), nosso Senhor é um Deus que se revela.

 

Jesus Cristo é o ápice da revelação, ele próprio afirma que nos deu a conhecer tudo quanto ouviu de seu Pai (Jo 15.15).

 

Cristo não nos poupou de nada que precisávamos saber. Pelo contrário, ele fez questão de enviar-nos o Espírito para reforçar e completar essa revelação, que atingiu seu clímax em Jesus (Jo 16.12-14).

 

Tal reforço e complemento ocorrem no ministério dos apóstolos, que nos proporcionaram o fundamento da vida cristã (Ef 2.20). Não há nada além das Escrituras que precisemos conhecer para uma vida agradável a Deus.

 

3. Uma vida cristã bem-sucedida. Em 1º Coríntios 9.24-27, Paulo discorre sobre a liberdade não poder ser limitada sem o autocontrole, visto que a carne resiste aos limites à sua liberdade. Aqui, Paulo fala a respeito de seu próprio autocontrole.

 

Os gregos apreciavam dois grandes eventos atléticos, os jogos Olímpicos e os jogos do istmo, e como os jogos do istmo eram sediados em Corinto, os cristãos estavam bem familiarizados com essa analogia de correr para ganhar. O autocontrole é essencial para a vitória. Uma grinalda de folhas era entregue ao vencedor da corrida (2Tm 4.8; 1Pe 5.4).

 

Por quatro vezes ele mencionou o seu objetivo de ganhar pessoas para a salvação (vs. 19,22). Logo em seguida, Paulo muda a metáfora para a luta de boxe, a fim de ilustrar a verdade de que ele não era um boxeador que lutava com um adversário imaginário, apenas brandindo seus braços sem propósito (cf. 1Tm 1.18).

 

Ele “esmurrava-se”, de um termo que significa, literalmente, golpear sob os olhos. Ele golpeou seus impulsos do corpo para evitar que eles impedissem a sua missão de ganhar almas para Cristo, e fosse encontrado “desqualificado”, em outra metáfora que usa os jogos atléticos. Um competidor que não consegue atender às exigências básicas do treinamento não podia participar de modo algum, muito menos ter a oportunidade de ganhar.

 

Paulo deve estar se referindo, especialmente, a esses pecados da carne que desqualificam um homem de pregar e de liderar uma igreja, sendo, em particular, impecável e por estar acima de qualquer censura na área sexual, uma vez que tal pecado é uma desqualificação (SI 101.6; ITm 3.2; Tt 1.6).

II. FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

 

1. O que é prudência? O termo da língua portuguesa “prudência” é um substantivo feminino, de origem etimológica latina - prudentia,-ae - previdência, previsão, conhecimento, saber, competência, bom senso, sagacidade, significando:

 

1. Cuidado, geralmente antecipado, na realização de alguma coisa ou no tratamento de algum assunto, evitando os perigos;

 

2. Qualidade de quem age ou fala de forma moderada, ponderada ou sensata (ex.: prudência no discurso), e

 

3. Usado em Religião significando: Virtude cardeal que consiste em conseguir ou praticar o que é desejado, evitando todos os perigos.

 

Em Efésios 1.8, significa o entendimento espiritual concedido divinamente, quando da redenção, o crente recebe juntamente com a graça ilimitada de Deus (Rm .5.20) e o perdão do pecado (1Co 2.6-7,12,16).

 

2. Não andeis como néscios! Em Efésios 5.15 “prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios”, esse termo quer dizer "corretamente ou precisamente com grande cuidado" (cf. SI 1.1; Mt 7.4).

 

Viver moralmente é viver com sabedoria.

 

Segundo a Bíblia, um "néscio" ou não é assim chamado por causa de limitações intelectuais, mas devido à incredulidade e aos consequentes feitos abomináveis (SI 14.1; Rm 1.22).

 

Ele vive separado de Deus e contra a lei de Deus (Pv 1.7,22; 14.9),

E não pode compreender a verdade (1 Co 2.14)

 

Nem a sua verdadeira condição (Rm 1.21-22).

 

Não há dúvida de que os cristãos devem evitar se comportar como os néscios (Lc 24.25; Cl 3.1-3).

 

Nas Escrituras, esse andar desordenado é classificado sempre pelo termo “carne”; A Escritura emprega esse termo num sentido não moral para descrever a existência física do homem (Jo 1.14), e num sentido moralmente mal para descrever a humanidade do ser humano não redimido (Rm 6.6; Rm 8; Gl 5; Ef 2),

 

ou seja, o remanescente do velho homem que permanecerá com cada cristão até que ele receba o seu corpo glorificado (Rm 8.23).

 

"Na carne" descreve uma pessoa capaz de atuar apenas na esfera da humanidade caída, uma pessoa não redimida, não regenerada (Rm 8.9). Embora o cristão possa manifestar algumas obras da carne, ele não pode nunca mais "estar na carne", preso às paixões pecaminosas - os impulsos incontroláveis de pensar e fazer o que é mal, os quais caracterizam aqueles que "estão na carne" (Ef 2.3).

 

3. Andeis como sábios! Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor” (Ef 5.17); Compreender e viver de acordo com ela - isso é sabedoria.

 

Fazer o contrário seria “insensato” e “tolo”, um lapso de tempo na escuridão, um retorno à fossa pagã da qual os efésios foram resgatados recentemente.

 

O capítulo 5 de Efésios começa dizendo para nós sermos imitadores de Deus. Como filhos amados nós devemos viver em amor e entregar nossa vida à disposição do Senhor. Deus deseja nos conduzir em cada detalhe das nossas vidas, por isso Ele depositou em nós o Seu Espírito, que é o nosso maior mestre e melhor conselheiro.

Todo esse capítulo de Efésios nos ensina a como nos comportarmos. A estrutura dessa carta é bem interessante, nos três primeiros capítulos o apóstolo Paulo ensina sobre quem somos em Cristo e nos últimos três, ele escreve sobre como nos comportarmos em diversas situações.

É como se ele estivesse dizendo: agora que vocês compreenderam toda a graça de Deus e sabem quem são em Cristo Jesus, coloquem em prática essa vida que vocês receberam. Somos convocados a viver de maneira sensata, aproveitando cada oportunidade que temos para manifestar a vida de Cristo, afinal os dias são maus e nosso propósito como filhos de Deus é deixarmos que a vida do Senhor flua através de nós.

 

III. VENCENDO OS DIAS MAUS

 

1. Remindo o tempo. Remir o tempo significa ter poder sobre o nosso tempo, resgatá-lo e usá-lo com sabedoria para as coisas que são verdadeiramente importantes. Assim, remir o tempo tem o significado de ter poder sobre o nosso tempo, resgatá-lo e usá-lo com sabedoria para as coisas que são verdadeiramente importantes (sic); especialmente preservar forças para os dias maus.

 

A frase remindo o tempo também é encontrada em Colossenses 4.5: "Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades." Em ambas as passagens, remir ou aproveitar o tempo está relacionado à sabedoria em como "andamos", ou seja, como vivemos.

 

2. Remindo o tempo e a Volta do Senhor. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.2, 3).

 

Os que aguardam a volta de Cristo São os filhos de Deus que aguardam a volta de Cristo, Sua manifestação. Os filhos de Deus são aqueles que creem no nome de Jesus (Jo 1.12).

 

Os filhos de Deus são alvos do amor de Deus e é justamente por isso que o mundo não os conhece (1Jo 3.1).

 

Inclusive, somos informados pelo próprio Senhor Jesus que os amados do Pai são odiados pelo mundo (Jo 15.18, 19).

 

Jesus Cristo virá buscar aqueles que receberam o amor do Pai para serem completamente transformados à Sua semelhança.

O texto de 1 João 3.2,3 deixa claro que somos filhos de Deus, mas que ainda existem aspectos de quem somos que não foram completamente manifestos. A consumação de nossa salvação se dará na segunda vinda de Jesus. Por isso, ansiamos pela Sua volta, nossa esperança e salvação. Aguardar a volta de Cristo não é uma experiência abstrata ou mística.

 

A Palavra de Deus coloca a postura de quem aguarda a volta de Cristo em termos práticos: “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 João 3.3).

 

João chama o cristão a esperar pela manifestação de Jesus Cristo em santidade. Ao longo de sua primeira carta, João descreve as marcas do cristão em comunhão com Deus, ou seja, que vive em santidade (1 Jo 5.13).

 

O cristão que aguarda a volta de Cristo mantém comunhão com o Pai, com o Filho e com outros cristãos (1 Jo 1.3, 7).

 

Aguardar a volta de Cristo é caminhar na luz, como Ele está na luz (1 Jo 1.6).

 

De uma forma geral, é andar como Jesus andou (1 Jo 2.6), sabendo que Jesus se manifestou em Sua Primeira Vinda para tirar os pecados do mundo, pois nEle não existe pecado (1 Jo 3.5).

 

Então, esperar a volta de Cristo é um exercício de purificação constante. Convictos do amor do Pai, somos chamados a viver à semelhança do Filho no poder do Espírito Santo. Enquanto aguardamos, lutamos contra o pecado que nos assedia, tenta e faz guerra contra nossa alma. Seremos provados, mas somos chamados à perseverança na certeza de que Ele permanece em nós (1 Jo 3.24).

 

3. Os dias são maus. -porque os dias são maus; Os dias da vida em geral estão tão expostos ao mal, que se torna necessário aproveitar ao máximo as oportunidades, enquanto elas durarem. (Ef 6.13; Gn 47.9; Sl 49.5; Ec 11.2; 12.1; Jo 12.35).

 

Além disso, há muitos dias especialmente maus (na perseguição, doença, etc.),

Quando o cristão é colocado em silêncio; portanto, ele precisa de mais para aperfeiçoar os tempos oportunos que lhe são concedidos (Am 5.13), aos quais Paulo talvez alude, aqui em Efésios 5.16.

 

CONCLUSÃO

 

A vida cristã deve ser uma vida vivida pela fé. É pela fé que entramos na vida cristã, e é pela fé que a vivemos.

 

Quando começamos a vida cristã ao nos aproximar de Cristo para receber o perdão do pecado, entendemos que o que buscamos não pode ser obtido por outros meios senão pela fé.

 

Não podemos trabalhar o nosso caminho para o céu, porque nada que possamos fazer seria suficiente.

 

Aqueles que acreditam que podem alcançar a vida eterna seguindo regras e regulamentos - uma lista do que se deve ou não deve fazer - negam o que a Bíblia ensina claramente. "E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé" (Gl 3.11).

 

Os fariseus da época de Jesus rejeitaram Cristo porque Ele lhes disse essa mesma verdade - que todas as suas ações justas eram inúteis e que somente a fé em seu Messias os salvaria!

 

A vida cristã é vivida pela fé no Deus que nos salvou, nos capacita, nos sela para o céu e por cujo poder somos mantidos para sempre.

 

A vida cotidiana de fé é aquela que cresce e fortalece à medida que buscamos Deus em Sua Palavra e através da oração, e quando nos unimos com outros cristãos, cujo objetivo de se tornarem como Cristo é semelhante ao nosso.     

 

Boa Aula