Transgênero - Que Transrealidade é Essa
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)
Esmiuçando o versículo-chave
- A primeira instituição humana a ser estabelecida foi o relacionamento marital.
- A responsabilidade de honrar os pais (Êx 20.12) não acaba com a partida da casa paterna e a união entre marido e mulher (Mt 19.5; Mc 10.7-8; I Co 6.16; Ef 5.31),
- mas representa a inauguração de uma união permanente ou indissolúvel, de modo que divórcio não deve ser cogitado (cf. 2.16).
- "Uma só carne" fala de uma união completa de partes perfazendo um todo;
- Por exemplo, um cacho de muitas uvas (Nm 13.23)
- Ou um Deus em três pessoas (Dt 6.4); assim, essa união marital era completa e integral com duas pessoas.
- Isso também implica a complementação sexual. Um homem e uma mulher constituem o par que reproduz.
- O "uma só carne" é principalmente visto no filho nascido dessa união, o perfeito resultado da união dos dois. Cf. os usos desse versículo em Mt 19.5-6; Mc 10.8; ICo 6.16; Ef 5.31.
- A monogamia permanente foi e continua sendo o desígnio e a lei de Deus para o casamento.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Gênesis 2.7,18-25
INTRODUÇÃO
- Inicialmente, se faz necessário responder o que é Transgênero? Embora transgênero seja um termo abrangente para muitas experiências, no seu sentido mais básico, descreve pessoas que seu interno, subjetivo senso de gênero não corresponde com o sexo objetivo com o qual nasceram.
- Trata-se de um fenômeno atual e que necessita ser encarado à luz da Bíblia para que possamos ter uma resposta tanto para nós mesmos quanto para os que questionam a nossa fé, e como devemos lidar com isso.
- Estamos discutindo um assunto sob a ótica cristã evangélica com base no santo livro, nossa única regra de fé e prática. Nas Escrituras sabemos que o gênero humano foi corrompido pelo pecado e por isso existem distorções em tudo e em todos.
- Alguns nascem com distorções na mente, outros no corpo, algumas mais evidentes, outras nem tanto.
- Mas a verdade continua sendo a de que originalmente Deus criou um homem e uma mulher e tudo o que sair desse padrão é uma distorção do projeto original. "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea." (Mc 10.6).
- “O transexualismo, também conhecido como transgeneridade, Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) ou disforia de gênero, é um sentimento de que seu gênero biológico/genético/fisiológico não corresponde ao gênero com o qual você se identifica e/ou se percebe.
- Os transexuais/transgêneros geralmente se descrevem como se estivessem “presos” em um corpo que não corresponde ao seu verdadeiro gênero. Eles costumam praticar o travestismo e também podem procurar a terapia hormonal e/ou a cirurgia de mudança de sexo para adequar seus corpos ao gênero percebido.
- A Bíblia em nenhum lugar menciona explicitamente a transgeneridade ou descreve alguém como tendo sentimentos transgêneros.
- No entanto, a Bíblia tem muito a dizer sobre a sexualidade humana.
- O conceito mais básico para nossa compreensão de gênero é que Deus criou dois (e apenas dois) gêneros: “homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27).
- Toda a especulação moderna sobre numerosos gêneros ou fluidez de gênero - ou mesmo um “continuum” de gênero com gêneros ilimitados - é estranha à Bíblia.
- O mais próximo que a Bíblia chega de mencionar a transgeneridade é em suas condenações à homossexualidade (Romanos 1:18-32; 1 Coríntios 6:9-10) e ao travestismo (Deuteronômio 22:5).
- A palavra grega frequentemente traduzida como “homossexuais passivos ou ativos (NVI)” ou “homossexuais (NTLH)” em 1 Coríntios 6:9 significa literalmente “homens efeminados”.
- Assim, enquanto a Bíblia não menciona diretamente a transgeneridade, quando menciona outras instâncias de “confusão” de gênero, identifica clara e explicitamente como pecado”.
1 - COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE
1 - Identidade de gênero. As Escrituras são a regra de fé e prática somente daqueles que se submetem a ela e a têm como Palavra de Deus. Obviamente, as demais pessoas deste mundo que não pensam da mesma forma, não está sujeito a Deus e nem poderia estar, pois o incrédulo vive "segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também." (Ef 2.2-3).
- Como temos visto a defesa da "ideologia de gênero", o termo é usado por aqueles que acreditam que a ideia de que os gêneros são, na realidade, construções sociais. Para estes críticos, os gêneros "masculino" e "feminino" são construções impostas mas que no entanto não são únicas, e o indivíduo deve ter o direito de escolher entre um e outro, independente do sexo com o qual tenha nascido.
“A chamada "ideologia de gênero" representaria o conceito que sustenta a identidade de gênero. Consiste na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sendo a definição do "masculino" e do "feminino" um produto histórico-cultural desenvolvido tacitamente pela sociedade.”
“Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas.”
2. Cisgênero e Transgênero. Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico (masculino ou feminino) com o qual nasceu. Transgênero é a pessoa que se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi dado no nascimento.
- LGBTQIAPN+ é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, Não-binárias e mais. Estas siglas surgiram com o intuito de substituírem o termo “gay” em meados dos anos 80. As siglas GLS (Gays, lésbicas e simpatizantes) e LGB (lésbicas, gays e bissexuais) ganharam força e outras letras foram aglutinadas, tornando-se mais abrangente e acolhendo a diversidade das demais orientações sexuais e identidades de gênero.
É conveniente aqui, explicar “o significado de cada uma das letras:
= L - Lésbicas - São mulheres ou pessoas não-binárias que se identificam com o gênero que de alguma forma sentem atração por pessoas do sexo feminino;
= G - Gays - Pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero e por pessoas que se consideram de gêneros parecidos;
= B - Bissexuais - são aqueles que sentem atração pelos dois gêneros (feminino e masculino);
= T - Transgêneros, são os indivíduos que não se identificam com o gênero atribuído em seu nascimento. A letra representa também os travestis no Brasil;
= Q - Queer - é o termo relacionado a quem não se identifica e não se rotula em nenhum gênero;
= I - Intersexuais - Segundo a chefe da endocrinologia do Hospital das Clínicas Elaine Frade Costa, são pessoas que nascem com a genitália indefinida. “As pessoas portadoras nascem com genitais internos e/ou externos subdesenvolvidos, decorrentes sempre de alteração hormonal”, disse em entrevista à CNN Rádio em outubro do ano passado. As pessoas intersexuais manifestam ao mesmo tempo, tecidual testicular e ovariana, por isso não se encaixam nas normas binárias (masculino e feminino) e muitas vezes precisam fazer reposição hormonal ao longo da vida.
= A - Assexuais, agênero ou arromânticas - São pessoas que não sentem atração sexual ou se define sem gênero ou aquelas que não sentem atração romântica por ninguém;
= P - pansexuais - São pessoas que têm a atração sexual, romântica ou emocional por outros indivíduos e isso não depende de seu sexo ou identidade de gênero;
= N - Não binárias - Apesar de possuir os órgãos genitais de determinado sexo, as pessoas não se reconhecem totalmente com esse gênero e podem não se reconhecer com a identidade de gênero de homem ou mulher e sim com uma mistura entre os dois;
= Representa as demais orientações sexuais e identidades de gênero”.
3. Transgênero e sexualidade. Conforme artigo do site da defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE PR), “Identidade de gênero diz respeito à experiência interna e individual relacionada ao gênero com o qual a pessoa se identifica. A identidade de gênero não está necessariamente relacionada com características biológicas tipicamente atribuídas aos sexos masculino e feminino.
Há pessoas que se identificam com um gênero diferente daquele do seu nascimento. Quando a identidade de gênero de uma pessoa corresponde ao seu sexo biológico, dizemos que essa pessoa é cisgênera. Quando, por outro lado, a pessoa se identifica com um gênero diverso daquele que lhe foi designado ao nascer, trata-se de pessoa transgênera ou, simplesmente, trans”.
É importante que se diga, que já em muitos Estados Brasileiros, existem leis que amparam pessoas trans, em nome da “dignidade humana”, e lhes garantem, por exemplo, o uso de banheiros do sexo com o qual se identificam, e a negação, por um estabelecimento comercial, é crime. Muitos em nome da diversidade ou do direito à opinião solapam a ideia de verdade objetiva das coisas.
A estratégia é dar ênfase a um fato que não se pode negar, mas ignorar a obviedade de tantos outros. Por exemplo, quem pode negar a diversidade cultural? Quem pode negar o direito à opinião? Entretanto, também é verdade que existem culturas que degradam o ser humano, bem como opiniões que são desqualificadas e completamente absurdas. Outrossim, a história mostra que pessoas que pautaram-se pela Palavra de Deus tiveram valores éticos- espirituais muito claros.
I – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO
1. A constituição biológica. Muitas das palavras usadas no relato da criação do homem em Gn 2.7 retratam um artesão mestre em atividade formando uma obra de arte à qual ele dá vida (1Co 15.45).
Feito de barro, o valor do ser humano não está nos componentes físicos que formam o seu corpo, mas na qualidade de vida que forma a sua alma (veja Jó 33.4).
- De acordo com as Sagradas Escrituras, o ser humano é composto por espírito, alma e corpo (1Ts 5.23).
- Embora não seja fácil explicar a tricotomia humana, ela, todavia, é uma realidade.
- Espírito. Por intermédio do espírito, entramos em contato com Deus. Por isso, deve o nosso espírito ser quebrantado (Sl 51.17), voluntário (Sl 51.12) e reto (Sl 51.10).
- Testemunha o apóstolo Paulo que servia a Deus em seu espírito (Rm 1.9).
- Quando de nossa morte, entregamos a Deus o espírito (Lc 23.46; At 7.59).
- O espírito dos ímpios, Deus o lança no inferno (Lc 16.19-31; Sl 9.17; Mt 13.40-42; 25.41,46).
- Não podemos separar a alma do espírito, pois ambos formam uma unidade indivisível.
- Alma. Através da alma, é-nos possível, utilizando-nos de nossos sentidos, entrar em contato com o mundo exterior. Não podemos esquecer-nos de que, na Bíblia, a palavra alma aparece como sinônimo de espírito (Gn 2.19; Sl 42.2).
- Corpo. Nosso corpo não é a realidade final de nosso ser. O seu movimento é proveniente do sopro que do Criador recebemos (Gn 2.7).
- Através dele, cabe-nos glorificar a Deus, pois não é instrumento de imundície, mas de santificação (1 Co 6.18-20).
2. A constituição moral. O ponto culminante da criação, um ser humano vivente, foi feito à imagem de Deus para governar a criação. Ser criado à imagem divina definiu o relacionamento peculiar do homem com Deus. O homem é ser vivente capaz de incorporar os atributos de comunicação de Deus (Gn 9.6; Rm 8.29; Cl 3.10; Tg 3.9). “Na sua vida racional, o homem era semelhante a Deus no sentido de que era capaz de raciocinar e tinha intelecto, vontade e sentimento. No sentido moral, ele era semelhante a Deus porque era bom e sem pecado. A imagem de Deus em nós consiste em uma imagem tanto natural quanto moral — e não no sentido físico. Nossos corpos foram feitos de pó. Jesus não tinha a forma externa de um homem, antes da encarnação (Fp 2.5-7).
a) A imagem natural inclui elementos da personalidade ou do próprio ‘eu’, comuns a todas as pessoas, quer humanas quer divinas. Intelecto, sensibilidade, vontade — estas são as categorias que compõem a personalidade e formam uma clara linha de separação entre os seres humanos e os animais irracionais.
b) A imagem moral inclui a vontade e a esfera da liberdade, onde podemos exercer nossos poderes de autodeterminação. Ela torna possível nossa comunhão e comunicação com Deus””.
- A queda arranhou essa imagem e semelhança, que só é reconstituída sob influência do Espírito Santo. Nosso corpo é o templo e habitação do Espírito Santo (1 Co 6.19). Conforme já frisamos, é um instrumento de santificação.
- A imagem de Deus no homem é basicamente moral e espiritual: isto é indicado em Colossenses 3.10, "E vos vestistes do novo homem, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou".
- Em conjunção podemos adicionar Efésios 4.24, "E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade."
- Como originalmente criado, o homem foi dotado com conhecimento, justiça e santidade. Por seu pecado o homem foi desprovido destas virtudes, mas através de Cristo ele é renovado e restaurado à sua glória original, não mais do que esta. Para confirmar esta definição da imagem, eu aponto que Adão, após a queda, é dito ter tido filhos à sua imagem, significando que ele teve uma descendência pecaminosa, assim como ele era pecaminoso.
- Assim, a imagem de Deus no homem é essencialmente o homem ser um reflexo de Deus em seu caráter espiritualmente puro. Como a imagem pode ser restaurada.
“A Queda diminuiu a imagem de Deus, não somente em Adão e Eva, mas em todos os seus descendentes, a raça humana inteira. Nós retemos a imagem estruturalmente, no sentido de que permanecemos sendo seres humanos, mas não funcionalmente, porque somos agora escravos do pecado, incapazes de usar nossos poderes para refletir a santidade de Deus.
A regeneração começa o processo de restauração da imagem moral de Deus em nossas vidas. Mas não até que sejamos completamente santificados e glorificados refletiremos a Deus perfeitamente em pensamento e ação, assim como fomos feitos para refletir e como o Filho encarnado de Deus em Sua humanidade realmente refletiu (João 4:34; 5:30; 6:38; 8:29,46)"
3. A constituição da sexualidade. O plano de Deus para a sexualidade humana à luz de Gn 2.24 e Mt 19.3-11, compreendemos que o plano de Deus é que o ser humano exerça sua sexualidade no plano de companheirismo entre o homem e a mulher numa parceria de vida, e não só de sexo. Uma união tão completa que torna dois indivíduos de sexos opostos partes de uma unidade que, idealmente, deve ser indissolúvel (1Co 7.4).
- A sexualidade é tratada na Bíblia de uma forma muito clara e natural. A primeira referência ao sexo na Bíblia acontece na ocasião em que Deus criou o homem e a mulher. Ao abençoar o primeiro casal, Deus disse: “Sejam férteis e multipliquem-se!” (Gn 1.28).
- Isto significa que o originalmente o sexo não é pecado. Algumas pessoas possuem uma visão distorcida sobre este ponto. O sexo é anterior à origem do pecado entre a humanidade. Antes da Queda do homem, o sexo já era algo permitido e abençoado por Deus.
- Ao criar homem e mulher compatíveis à procriação e dotados de intelecto, sentimentos e responsabilidade moral, Deus também criou a sexualidade.
- Sabemos que a ética cristã é fundamentada e pautada unicamente nas Escrituras. Logo, a ética cristã classifica a sexualidade como uma benção dentro da união matrimonial, e como uma prática pecaminosa fora dela.
Portanto, segundo os princípios bíblicos, a ética cristã reitera que a sexualidade deve ser entendida como uma expressão de amor entre marido e mulher.
Sob esse aspecto, a ética cristã também enxerga que o sexo é fundamental para um casamento feliz e equilibrado. Isto porque dentro da ética cristã o sexo supera a ideia de uma mera satisfação de desejos carnais que, isoladamente e de forma desenfreada, não condiz com o comportamento cristão (1Ts 4.3-5).
Assim, a sexualidade deve ser vista como uma dádiva Divina que deve ser aproveitada de acordo com as diretrizes dadas por Deus.
O escritor de Hebreus apresenta uma síntese perfeita do propósito de Deus para a sexualidade e o casamento. Ele escreve: “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros” (Hb 13.4).
II – EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO
1.Depreciação da heterossexualidade. Heteronormatividade é a perspectiva que considera a heterossexualidade e os relacionamentos entre pessoas de sexo diferente como fundamentais e naturais dentro da sociedade. A cunhagem desse termo afirma que se trata de uma imposição social para ser ou se comportar de acordo com os papéis de cada gênero.
- Vale salientar que a Bíblia é um tanto ambígua sobre orientação sexual porque “orientação sexual” é uma linguagem relativamente nova, então nós não vamos encontrar um versículo específico que fala sobre o assunto. O que a Bíblia diz de forma clara é que executar atos sexuais com pessoas do mesmo sexo, e se engajar na prática ou comportamento homossexual é pecado.
- Levítico vai nos dizer que o homem não deve se deitar com homem, como se fosse mulher.
- Romanos fala sobre a mudança dos relacionamentos naturais (homem e mulher) para relacionamentos não-naturais, com pessoas do mesmo gênero.
- Em 1 Coríntios 6 e em 1 Timóteo 1, um dos pecados que aparecem naquelas “listas” é o de homens que praticam a homossexualidade.
- Então a ênfase está na atividade, conscientemente escolhida, da intimidade homossexual.
- O que isso diz sobre orientação? Certamente isto sugere que ter um desejo sexual por alguém do mesmo gênero é pecado, se esse desejo surge da cobiça, assim como a cobiça por alguém do sexo oposto também seria pecado, é o que Jesus diz em Mateus 5. Vamos um pouco mais longe para dizer que o desejo em si, esse tipo de atração é desordenada, no sentido que não é como Deus planejou no início de tudo.
- Dito isto, há muitos desejos na vida cristã que podem ser desordenados, e diariamente, todos nós temos que vir a Deus em arrependimento por todos esses desejos. Então, a orientação homossexual é pecaminosa? Eu não desejo que alguém que está lutando com a atração por pessoas do mesmo sexo assista a esse vídeo e pense que está fora do alcance da misericórdia e do perdão de Deus, e ao mesmo tempo que ela saiba que as Escrituras dizem claramente que agir desta forma e se envolver nesste comportamento é pecaminoso.
2. Construção de narrativas. Devemos, portanto, responder com uma defesa bíblica do corpo. Devemos encontrar maneiras de curar a alienação entre corpo e pessoa. O ponto de partida é uma filosofia bíblica da natureza.
A Bíblia proclama o profundo valor e dignidade do mundo material — incluindo o corpo humano — como obra das mãos de um Deus amoroso.
É por isso que a moralidade bíblica coloca grande ênfase no fato da encarnação humana.
O respeito pela pessoa é inseparável do respeito pelo corpo.
Afinal de contas, Deus poderia ter escolhido fazer-nos como os anjos — espíritos sem corpo.
Ele poderia ter criado um mundo espiritual onde flutuássemos por aí. Pelo contrário, Ele criou cada um de nós com corpos materiais e em um universo material. Por quê?
Claramente, Deus valoriza a dimensão material e quer que a valorizemos também.
A Bíblia trata corpo e alma como dois lados de uma mesma moeda. A vida interior da alma é expressa por intermédio da vida exterior do corpo.
Isso é destacado pelo paralelismo característico da poesia hebraica: ‘A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito’ (Sl 63.1);
‘Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão” (Sl 44.25); ‘Guarda [as minhas palavras] no meio do teu coração.
Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo’ (Pv 4.21,22);
‘Enquanto eu me calei [me recusei a me arrepender], envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl 32.3).
Em certo sentido, o nosso corpo tem primazia diante de nosso espírito. Afinal de contas, o corpo é a única maneira que temos para expressar a nossa vida interior ou para conhecer a vida interior de outra pessoa. O corpo é o meio pelo qual o invisível é feito visível”
3. Linguagem neutra. “O ataque à Língua Portuguesa promovido pelos ativistas da “linguagem neutra” é parte de um “complô internacional” que visa a desconstrução da família tradicional”, avalia o pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP). Confira na íntegra aqui!
“Essa politização da língua portuguesa é feita de maneira consciente e se firma em pilares artificiais e ideologias pseudocientíficas. Mais ainda, é um projeto de expansão de uma cultura imperialista e universalizante que tem suas bases nas análises academicistas de gênero.
Matos (2007) que é uma defensora dessa proposta propõe que o gênero seja pensado para além do seu aspecto teórico/analítico, haja vista que ele (o gênero) está "consolidado em áreas imprevisíveis tais como a física, a teologia, a economia, a educação física, o direito, a política, etc." O que se almeja é uma ciência militante feita por sujeitos ativos ou sujeitos agentes que pensam e transformam a realidade. Dentro dessa perspectiva, todos são chamados a abraçar a causa, a lutarem pelas suas ideias. Esta é uma aplicação clássica da corrente neomarxista, mas precisamente do pensamento de Gramsci cuja proposta é dominar através da cultura.
De acordo com o pensamento Gramsciano, a luta não deve ser travada no campo de batalha com o uso de armas e imposição da força física, mas de um modo sutil, quase que imperceptível, ou seja; no campo das ideias, politizando a cultura. Em seu livro, Os ataques contra a Igreja de Cristo, o pastor José Gonçalves (2022), ao explicar o projeto Gramsciano de poder, nos alerta que os teóricos neomarxistas se apoiam na ideia de Gramsci de dominação cultural. Essa dominação visa ressignificar a cultura por meio de novos conceitos e ideias. Nesse aspecto, a divulgação dos ideais neomarxistas conta com um exército numeroso de pessoas chamadas de intelectuais orgânicos. Tais intelectuais não estão reclusos na academia, mas em toda a parte da sociedade, seja nos partidos políticos, na mídia e até mesmo nas igrejas.
A língua faz parte de uma identidade cultural de um povo, de um processo de formação histórica de uma nação e é por meio dela que a proposta de uma linguagem neutra de gênero começa o seu projeto de dominação, haja vista que ela não é apenas um instrumento de comunicação entre os pares, é também instrumento de poder e dominação. Ela forma a identidade de um grupo, conta a história de um povo, embasa ideias políticas e cria argumentos ideológicos que podem subjugar pessoas. Como afirma Bakhtin (1997, p.36): a língua é o modo mais puro e sensível da relação social.
Coelho e Mesquita (2013) explicam que os conceitos de língua, cultura e identidade estão intrinsecamente ligados, pois a cultura se constitui e se difunde pela língua. Além do mais, é por meio da língua que os sujeitos constroem os processos de formação de suas identidades. Logo, podemos deduzir, desta afirmativa, que mudando-se a língua de um povo, muda-se também sua identidade. A língua é a base que dá sentido a toda vida social de um povo. É impensável vivermos em sociedade sem ela. De acordo com Bakhtin (1997), não há cultura sem língua, nem língua sem cultura. É importante destacar que o indivíduo não cria a língua. A língua é exterior a nós. O indivíduo apenas faz uso de uma linguagem na sua interação social e esta linguagem é codificada e compartilhada por todos. Além do mais, a ideia de uma linguagem neutra de gênero é impossível, pois não existe neutralidade nem na ciência, muito menos na língua. O próprio Bakhtin (1997) afirma isto de forma categórica: "a língua é um instrumento ideológico por excelência" (p. 36).
Sendo assim; "Não há enunciados neutros, nem pode haver". O que temos é ideologia neomarxista que se vale de uma cosmovisão antibíblica e abrange toda a sociedade em seus mais diversos aspectos. Portanto, o imperativo militante da proposta da linguagem neutra de gênero subjaz o projeto de poder Gramsciano cujo objetivo é o de dominação cultural. Pretende-se, assim, promover uma elevação das classes minoritárias à condição de classe culturalmente dominante, por meio do conhecimento e de artifícios democráticos como justiça e igualdade social.
Diante do avanço desse projeto imperialista da linguagem neutra de gênero na sociedade brasileira, como cristãos, somos chamados a nos posicionar contra essa ideologia antibílica que reforça a cosmovisão ateísta daqueles que militam suas próprias causas.”
CONCLUSÃO
“A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”” (Jd v.3).
- A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio.
Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, é que têm surgido todas estas anomalias sexuais descritas até aqui.
Hoje já se convive até mesmo com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”. O propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2.24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos. Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver pacificamente com o outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco diferentes”..
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
BOA AULA