O louvor que chega ao trono
O cuidado com a chama da “teologia musical”.
A música é um instrumento que nos auxilia a guardar informações e ensinamentos que, de outra forma, não seriam retidos com facilidade. Professores de cursos preparatórios costumam utilizar pequenas músicas para fazer com que seus alunos memorizem fórmulas complexas com sucesso.
O mesmo acontece em nossas igrejas, onde tem sido feita uma “teologia musical”, onde diversas informações são passadas como se fossem verdadeiras, mas sem conteúdo bíblico nem respaldo teológico.
Há cânticos cujas letras estão centradas no homem e no seu desejo de prosperidade e de fugir da cruz, e cuja melodia muito se parece com ritmos pagãos.
Em certa canções, anjos batizam com o Espírito Santo, Deus fará tudo o que queremos e a prosperidade é exaltada em detrimento da busca da santidade. Aqueles que entoam louvores a Deus dos hinários ou de músicas mais recentes devem buscar um preparo mais apurado em suas próprias vidas e nas músicas que cantam com as congregações. É necessário que os louvores utilizem a Palavra como base de suas letras, como já recomendou Paulo:
“Apalavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração”, Cl 3.16.
Estudar a Bíblia e ter um bom preparo intelectual não é prerrogativa apenas dos
pastores, pois os cantores também lidam com a congregação.
Convivendo com o equilíbrio nos louvores.
Dois dos maiores problemas hoje no tocante à música na igreja são a excessiva utilização de cânticos mais modernos em detrimento dos cânticos tradicionais dos hinários, e a repetição excessiva de partes de músicas.
Os hinos mais antigos possuem uma história em relação às diversas denominações.
Em épocas de acirrada perseguição, esses hinos unificaram a doutrina em todo o país e lembraram aos crentes sobre o seu chamado ao serviço cristão, além de ensinar doutrinas bíblicas aos que os ouviam. Alguns hinos são semelhantes em diversos hinários, e possuem não apenas beleza, mas poesia e ensinos a transmitir.
Infelizmente, a maioria desses hinos têm sido cantados de forma pouco adequada, o que os torna, aos olhos das novas gerações, hinos ultrapassados. É preciso recuperar a beleza dessas músicas e meditar na mensagem que trazem.
O tempo do culto deve ser muito bem dividido com louvores, orações, testemunhos, ofertório e pregação da Palavra.
A repetição contínua de partes de músicas toma um tempo precioso do culto, sob o pretexto de fazer com que as pessoas sintam a presença de Deus, mas se parecem muito com um mantra. Aqueles que ministram nessas horas precisam ter sensibilidade e entender que o louvor não é a única parte do culto, e que a repetição de frases soltas de músicas não faz com que as pessoas se sintam mais próximas de Deus.
Ensinador Cristão 2008
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