2 de março de 2010

O EXEMPLO DO APÓSTOLO PAULO

TEXTO ÁUREO = “Sede meus imitadores, como também eu,sou, de Cristo” ( l Co 11: 1 )

VERDADE PRATICA = Ser um exemplo para os fieis e incrédulos é o dever de todo o que professa ser testemunha de cristo Jesus.

LEITURA EM CLASSE = 2 CORÍNTIOS 10,1-6; = 11.2-5

INTRODUÇÃO

Apesar de seu desempenho ministerial, Paulo viu-se obrigado a provar aos coríntios que em nada era inferior aos mais excelentes apóstolos. Nesta apologia, faz questão de ressaltar os seus sofrimentos por amor a Cristo. Aliás, estas são as maiores credenciais que um homem de Deus pode apresentar. Por intermédio de seus sofrimentos, o apóstolo Paulo deixou-nos um exemplo que, apesar dos séculos já transcorridos, continua a ecoar de maneira eloqüente e irrefutável.

1. A FORMAÇÃO DE SAULO

Para entendermos a personalidade de Paulo, é mister que lhe façamos um levantamento biográfico. E, assim, veremos que o Senhor tudo providenciou para que ele se tornasse o maior divulgador e sistematizador do Cristianismo. Inicialmente, vamos encontrá-lo em Tarso.

1. Em Tarso. Tarso era a principal cidade da Cilícia, uma província romana que ficava no Sudoeste da Ásia Menor - área hoje ocupada pela Turquia. Foi aí que nasceu o apóstolo Paulo, como ele mesmo fazia questão de ressaltar: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39).

Por haver nascido nessa cidade, Paulo adquiriu, automaticamente, a cidadania romana (At 22:28). Nessa condição, tinha ele livre trânsito por todas as áreas administradas por Roma.

2. Em Jerusalém. Ainda pequeno, foi levado a Jerusalém para instruir-se aos pés de Gamaliel. Sobre esse período de sua vida, ele mesmo faz questão de ressaltar: “Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós o sois no dia de hoje” (At 22:3).

3. Sua notoriedade como perseguidor da Igreja. Tendo em vista tão rigorosa instrução, Paulo fez-se mui zeloso (ainda que sem entendimento) das coisas de Deus. Haja vista sua atitude com respeito à morte de Estevão (At 7.58). Ainda não satisfeito, passou a assolar as igrejas de Deus. Ele mesmo o reconhece:

“Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres” (AT 22:4). O zelo de Paulo chegou a tal ponto, que ele já buscava perseguir os servos de Cristo fora de Israel: “Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote - e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fira de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (AT 9:2). Foi exatamente aí, porém, que o extremado fariseu encontrar-se-ia com o Senhor Jesus.

II. A CONVERSÃO DE PAULO

A conversão do jovem Saulo representou um impacto extraordinário para o Cristianismo. De repente, um dos mais representativos fariseus faz-se discípulo de Cristo, e passa a divulgar a doutrina que, outrora, buscava destruir. E não somente isto: Paulo haveria de se firmar, em pouco tempo, como o divulgador-maior do Evangelho.

1. A experiência no caminho de Damasco. Seu encontro com Cristo deu-se quando ele se preparava para encetar uma perseguição sem precedentes contra os discípulos. Eis porém que se depara, na estrada de Damasco, com o Senhor Jesus:

“Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9.3-5). Em Damasco, o apóstolo foi batizado em águas, e, certamente, veio, ali mesmo, a ter sua experiência pentecostal.

2. A preparação na Arábia. Depois de haver deixado Damasco, foi para as regiões da Arábia preparar.se espiritualmente para a obra que, em breve, seria convocado a realizar: “Parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco” (Gl 1:18)

III. O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO

Depois desse período, fixou-se na igreja em Atioquia onde, ao lado de outros obreiros, desenvolveu-se no serviço cristão. Foi nessa cidade, que Paulo recebeu o seu chamamento para o ministério: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Bamabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).

Ante a urgência da missão, Paulo, juntamente com Barnabé, partiram para o campo, obedecendo a seguinte estratégia:

1) Evangelizar primeiro os judeus;

2) E em seguida os gentios (At 13.5).

Através dessa estratégia, Paulo levou o Evangelho de Cristo às mais distantes regiões do Império Romano, O que tomava o apóstolo tão especial? Sem dúvida alguma, as credenciais que recebera de Cristo.

IV. AS CREDENCIAIS DO APÓSTOLO PAULO

As credenciais de Paulo eram eloqüentíssimas. Não havia como duvidar delas; manifestavam-se em toda a sua vida. Mesmo não fazendo parte do colégio dos doze, recebeu especial deferência de Pedro (2 Pe 3.15,16).

1. Seus sofrimentos. A primeira credencial de Paulo eram os sofrimentos que carregava por amor a Cristo: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl 6:17). Para se saber um pouco mais acerca dos sofrimentos de Paulo, recomenda-se, além dos Atos dos Apóstolos, os capítulos 10, 11 e 12 da Segunda Epístola aos Coríntios. Na vida de Paulo, cumpriu-se rigorosamente o que Cristo dissera: “pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16).

2. Suas obras. A obra de Paulo está sumariada nos Atos dos Apóstolos. Tendo em vista a amplitude de seu trabalho, ele é tido como o maior estadista missionário de todos os tempos. Sem dúvida, um exemplo para tantos quantos queiram dedicar- se às missões transculturais. Ele abriu igrejas do Oriente ao Ocidente; em ambos os hemisférios. Quem lhe pode igualar nessa credencial?

3. Seus dons. Sendo ele um homem cheio do Espírito Santo, possuía os mais diversos dons espirituais. Afinal, teve de enfrentar ao longo de seu ministério os mais inesperados desafios. Assim refere-se ele a essa faceta de sua vida: “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Co 12.12). Aos coríntios, certa vez, afirmou que falava mais línguas do que todos eles (1 Co 14.18).

O apóstolo Paulo era detentor de tantos dons que, ciente das necessidades dos crentes romanos, prontificou-se: “Porquanto muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados” (Rm 1.11).

Como seria bom se todos os obreiros de Cristo pudessem apresentar ao rebanho semelhantes credenciais.

V. O COROAMENTO DE SEU MINISTÉRIO

Embora prisioneiro de Roma, Paulo sabia muito bem que a Palavra de Deus continuava a ter livre curso em todas as igrejas. E, agora, já ciente de que o Evangelho chegara aos mais distantes rincões do Império Romano (se bem que a Espanha ainda era alvo de seus cuidados), o apóstolo assim fecha o seu testamento espiritual:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia” (2 Tm 4.6-8). Que maneira gloriosa de se encerrar um ministério!

CONCLUSÃO

Sigamos, pois, os exemplos de Paulo. Através destes, poderemos de igual modo glorificar o nome de Cristo em nossas vidas. Qual o segredo do apóstolo? Não propriamente um segredo, mas um firme propósito: glorificar a Deus. Que este também seja o nosso eterno propósito!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS


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