OS FALSOS PROFETAS 2
TEXTO ÁUREO = “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade; como na presença de Deus” ( 2 Co 2.17 )
VERDADE PRÁTICA = A atual multiplicação de seitas falsas e seus falsos profetas é um evidente sinal dos últimos dias.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, por falta de maior espaço, abordaremos três igrejas falsas: O movimento Só Jesus, o Tabernáculo da Fé, e o Moonismo. Todos três “deixando o caminho direito, erraram”, como diz 2 Pe 2.5 e têm conduzido muita gente ao erro, mesmo bem intencionados como são, O grupo Só Jesus é também conhecido por Nova Luz, e Igreja Pentecostal Unida; dividiu- se de Assembléia de Deus em 1914. Organizou-se em 1917 sob John Scheppe, nos Estados Unidos.
O Tabernáculo da Fé teve seu início organizado em 1946,por William Branham, dai ser também conhecido por Branhamismo. Antes de 1946 os falsos ensinos do grupo já eram difundidos, mas sem organização formal. Teve origem nos Estados Unidos.Quanto à seita falsa do Moonismo, é de índole oriental e surgiu na Coréia em 1954, fundada por Sun Myung Moon. É mais conhecida por Igreja da Unificação.
1. CRENÇAS E ATIVIDADES
1.O movimento Só Jesus. Sabélio, um bispo da África do Norte, no Século 3 foi o primeiro a perverter a doutrina da Trindade. Agora no Século 20, são várias as perversões surgidas, desta doutrina, como já vimos nesta série de lições. John Scheppe, mencionado na Introdução, afirma que em 1913 teve uma revelação específica de Deus sobre esta doutrina. Ele passou a ensinar que o batismo em água era parte da salvação, e que para “nascer da água” ( Jo 3.5) a pessoa terá que ser batizada em água. Além dos apropriadas referências bíblicas já apresentadas do Deus Triúno, aqui estão mais algumas: Gn 1.1 Hb 26; 3.22; 11.2; Is 6.8; Mt 3.16,17; 28.19; Jo 14.16; 1526; Is 6.8; 2Co 13.13; 1 Pe 1.2.
Crê e ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são urna única pessoa, a saber, Jesus.
Os textos mais debatidos são Mt 28.19 comparado com At 2.38. O primeiro diz “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. O segundo diz: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Partindo daí, eles batizam com água só “em nome de Jesus”.
a. Eles afirmam ainda que o título divino Senhor Jesus Cristo,como em At 16.31, corresponde aos nomes do Pai, Filho, e Espírito Santo.
b. Textos que revelam Jesus e o Pai como pessoas divinas distintas: Jo 1.1; 2Jo v.2; At 7.55,56; Ap 3.21. Em 1 Tm 2.5 vemos que se Jesus é o mediador entre Deus é o homem, logo Ele não é o mesmo que Deus o Pai.
c. Eles ensinam que Deus consiste em única pessoa, apenas com diferentes manifestações. Citam Dt 6.4 e Mc 12.29. O termo “único” em Dt 4.6 é “ echaci” que no original é um substantivo coletivo, indicando pluralidade.
d. João 17.21. Aqui Jesus ora ao Pai para que todos os crentes sejam um. É porventura a Igreja uma única pessoa? De medo nenhum; somos milhões, Em que sentido, pois, devemos ser um? Em desejo, vontade, espírito, sentimento, propósito, etc., como temos em Ef 4.3- 6, Assim, na Trindade há três pessoas que são ao mesmo tempo uma.
e. Mateus 28.19 e Atos 2.38. Em Mt 28.19 temos da parte de Jesus a fórmula do batismo, bem como a autoridade para batizar, Mas palavras: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, No sentido bíblico, a expressão “em nome de” tem muito mais peso do que em nossas línguas da atualidade. “Nome”, tanto no hebraico, como no grego denota autoridade, poder, honra, caráter. Aqui temos a autoridade divina para batizar; a autoridade contida no nome do Deus Trino. A fórmula para o ato do batismo nós a temos na expressão completa: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
Em At 238 ternos apenas a autoridade expressa para batizar: “em nome de Jesus”; isto porque, das três pessoas da Trindade foi Ele quem ensinou sobre isso, estando comissionado para isso, conforme Mt 28.18; Fp 2.6-11. E não é só em At 2.38 que temos apenas a autoridade divina para batizar: temo-la também em At 8.16; 10.48; 19.5.
f. O batismo não salva. Ele deve ser um testemunho da salvação.
(a) “nascer da água”, em Jo 3.3, significa nascer de novo (espiritualmente) por instrumentalidade da Palavra de Deus (Ef 5.26; 1 Pe 1.23);
b)”nascer do Espírito”, em Jo 3.5 é nascer de novo, pela instrumentalidade do Espírito Santo (Tt 3.5);
c) 1 Pe 3.21 “Agora vos salva, batismo”, Este versículo deve ser estudado à luz do v. precedente (v.20). Ali falada água física do dilúvio, através da qual foram salvos da morte Noé e sua família. As condições essenciais à salvação são a fé em Cristo, e, o arrependimento de coração (Mc 1.15). A fé honra a pessoa de Deus, de onde vem a salvação, e o arrependimento honra a lei de Deus que foi ultrajada pelos nossos pecados.
2. O Tabernáculo da Fé. Esta igreja é chamada também Branhainismo devido ao seu fundador William Branham. Ensinam que Jesus é um ser criado, e portanto Ele não é o eterno Filho de Deus. Branham começou suas atividades por volta de 1933. Em 1946, ele conta que viu um anjo, o qual conferiu-lhe o poder de curar. Escreveu o livro AS SETE ERAS DA IGREJA, no qual ele fixa o ano de 1977 para o começo do Milênio, e mais outras coisas similares. Nada disto aconteceu. Não se deve confundir Branhamismo com Brahmanismo. Este último vem de Brahma, a principal divindade pagã dos antigos hindus. São muitas igrejas que já perderam membros para o Branhamismo, e que sofreram divisões por causa dos seus falsos ensinos.
3. O Moonismo. É populannente conhecido por Igreja da Unificação. O Moonismo não faz parte do Cristianismo, nem da Igreja como corpo de Cristo. Urna tática muito comum deles é persuadir e aliciar membros de igrejas evangélicas, e levá-los a causar uma divisão na congregação para conseguirem mais simpatizantes e enfraquecer a igreja local, Moon espalha por toda parte que sua missão é completar a obra de Cristo, e que numa visão que ele teve de Cristo, recebeu dele ordens para isso. Ele foi excluído da Igreja Presbiteriana da Coréia.
O Moonismo é uma potência financeira, e como chegou a isso e consegue manter-se assim é uma longa história de meios excusos. O próprio fundador ora cumpre sentença judicial em prisão, por lesar o fisco dos Estados Unidos.
a. Literatura. Usam a Bíblia apenas para impressionar o público. O livro que eles tem como inspirado é o “Princípios Divinos”, escritos por Moon.
b. Filiação à Igreja. A preferência deles é pelos jovens de ambos os sexos, a quem os líderes ministram um curso secreto de iniciação, verdadeira lavagem cerebral, e a seguir procuram meios de interná-los, separando-os de suas famílias.
É proibido esses jovens comunicar-se com seus familiares, A obediência aos pais passa a ser conforme os preceitos de Moon. Os moonistas não se identificam, para mais facilmente enganar suas vítimas Para atrair os estudiosos e profissionais, costumam realizar congressos científicos e nacionais e internacionais com todas as despesas pagas, mas não dizem quem são.
c. Principais ensinos falsos. Afirmam que Moon é o Messias de Deus que veio completar a obra que Jesus não terminou porque foi morto. Para falar disso, eles misturam passagens bíblicas com o livro Princípios Divinos, escritos por Moon. Esse livro é a principal fonte de autoridade espiritual do Moonismo. A interpretação da Bíblia é toda pervertida para adaptar-se ao conteúdo do livro Princípios Divinos. Há rituais e normas nitidamente satânicas para desestruturar a família, pondo-a fora do plano divino, conforme nos ensina a Bíblia. Isso tem resultado em reações violentas da sociedade cristã e secular conta o Moonismo.
2. FALSOS MESTRES = (2 Pe 2.1-22)
Heresias (2 Pe 2.1-3)
Nas ultimas linhas do capitulo 1, Pedro menciona a “palavra profética” falada da parte de Deus por homens movidos pelo Espírito Santo. No primeiro versículo do capítulo dois, ele relembra a seus leitores um outro “tipo” de mensagem que apareceria entre os crentes. Trata-se das heresias destrutivas dos falsos mestres. Por estranho que pareça, elas surgem, também, na Igreja (“entre vós”). Por esta razão o crente descuidado ode facilmente ser enganado. Ele precisa estar sempre alerta neste sentido.
Preparando os crentes, Pedro descreve cuidadosamente os falsos mestre sobre quatro aspectos;-
1. Seu Método
2. Sua Mensagem
3. Sua Motivação
4. Sua Maldição.
Método
Diz o texto que eles introduzem dissimuladamente ( encobertamente) “heresias destruidoras” (2.1). Isto implica que não agem publicamente, mas, ensinam em “cultos” particulares, clandestinos, inclusive nos lares. Paulo denunciou o mesmo problema advertindo em suas cartas contra os que entram nos lares para ensinarem outras doutrinas e desviarem da verdade, famílias inteiras (2Tm 3.6).
Mensagem
A mensagem de tais mestres tem dois elementos principais: atacar a natureza divina de Cristo. Quanto ao primeiro, Pedro afirma que estes homens chegarão “... ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou (2Pe 2.1). Isto não significa que tal rejeição é feita somente por palavras e declarações. Esses falsos mestres se apresentam como crentes de grande maturidade e grande conhecimento espiritual, mas, seu modo de viver contradiz suas palavras.
O segundo aspecto do ensino falso é que elem toma o lugar de Deus ao homem, e nega a inspiração divina das Escrituras. Estes homens “... farão comércio de vás, com palavras fictícias...” (2Pe 2.3). Eles, astutamente, forjam histórias e ensinos que desviam os ouvintes da salvação de suas almas. Seria fácil identificar esses falsos mestres se eles rejeitassem publicamente a Cristo, mas seu ensino é realizado as escondidas. Quando um crente notório diz ser portador de conhecimento especial ou de revelações divinas, muitos podem ser enganados ao aceitarem novas doutrinas como a que permite viver no pecado sem qualquer condenação (2Pe 2.2).
Quando um crente peca abertamente e continua assim, sem qualquer demonstração de remorso ou a n me o, “caminho da verdade” é blasfemado (infamado) ( 2 Pe 2: 2 ).
Motivação
A motivação desses falsos mestres é a avareza, um desejo anormal ou extremo de ter e possuir cada vez mais daquilo que já se tem. Freqüentemente trata-se de cobiça do dinheiro, de fama e de poder. Avareza é o que leva esses falsos mestres a se interessarem somente por sua própria pessoa e não pelo “rebanho de Deus”. Compare este trecho com João 10.11-13.
Maldição
Finalmente Pedro fala sobre a maldição que há de vir sobre esses hereges. O seu fim será a destruição, mesmo parecendo que o seu julgamento demora (2Pe 2.3).
Julgamento de Deus (2 Pe 2.4-9)
O julgamento de Deus não falha quando consideramos seu padrão estabelecido nas Escrituras. Nem os anjos escaparam do juízo de Deus quando pecaram. ( 2Pe 2: 4 ) O mesmo Deus não julgará também, o homem. O julgamento do mundo nos dias de Noé é prova de que Deus há de julgar o homem, não importa quantos estejam envolvidos no pecado. Ainda que toda a humanidade comete pecado, ainda que toda a humanidade comete pecado, Deus julgará cada pessoa individualmente ( 2Pe 2: 5)
Os casos dos dias de Noé, de Sodoma e Gomorra demonstram que, ainda que o julgamento divino pareça demorado em começar e o pecado se multiplique assustadoramente, por fim o Senhor efetuará o Seu julgamento. Os julgamentos ocorridos no passado servem de exemplos para os de hoje e do futuro (2Pe 2.6).
Mas, Pedro acrescenta que “... o Senhor sabe livrar da provação os piedosos ( 2 Pe 2. 9 ). Nos casos de Noé e Ló, como crentes eles se afligiam, por causa do vil pecado que prevalecia a sua volta, mas o Altíssimo os guardou (2Pe 2.7,8).
3. FALSOS PROFETAS = (I Jo 4.1-6)
Provai os espíritos ( I Jo 4.1-2)
Nestes versículos temos um assunto vital para a vida da Igreja e do crente individualmente. Trata-se de provar os espíritos, isto é, sua procedência.
João percebera que alguns crentes estavam aceitando qualquer ensino e, também, qualquer manifestação espiritual. Deste modo, influências e doutrinas nocivas que pareciam certas e justas estavam destruindo a fé.
Muitos na igreja estavam recebendo de braços abertos os falsos profetas, sem antes verificar que eles eram falsários ou não. Os apóstolos estava alertando, por ação do Espírito Santo, os crentes dos seus dias e de todas as épocas, para serem cautelosos nesse sentido. É possível os crentes serem enganados pelo inimigo. Daí, Deus ter guiado João a escrever esta mensagem. O perigo continua em nossos dias. O apóstolo amado os adverte: “... não deis crédito a qualquer espírito...” Isto envolve a pessoa do enganador, sua doutrina, os princípios e ensinos do mesmo. Provai (testai, examinai, verificai) os espíritos! Eles podem ser provados segundo maturidade, sabedoria e graça do crente; pela Palavra de Deus, pelo fruto e dons do Espírito Santo.
Por que provar os espíritos? Duas razões para se provar os espíritos:
1. Para ver se procedem de Deus;
2. Têm saído muitos falsos profetas pelo mundo afora.
Se não procede de Deus, o crente deve no mesmo instante rejeitar e repreender tal espírito e sua falsa doutrina. Uma maneira de reconhecer esses “espíritos” é observar sua confissão de fé a respeito de Jesus. Todo espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus. Uma paráfrase diz o seguinte: “Todo espírito que confessa abertamente que Jesus veio em carne e é Cristo, tem sua origem em Deus.” Podemos ver nisto, que a encarnação de Cristo é central e vital à fé cristã.
Na sua primeira admoestação contra os anticristos, em 2.18-29, João diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, que nega o Pai e o Filho”. Um dos ensinos dos gnósticos daqueles dias era que no homem, a matéria só contém-maldade e que somente o espírito é bom. Isto leva à conclusão de que Jesus não poderia ser Deus encarnado, porque Deus é espírito e desta forma, sendo Ele bom, não podia ter nada com a carne, uma vez que a matéria só contém maldade. Este ensino filosófico anula a doutrina da redenção e salvação, uma vez que somente através do sangue remidor de Cristo Jesus é que obtemos perdão dos nossos pecados.
O espírito do Anticristo = ( I Jo 4: 3 )
A prova fundamental de que um espírito é verdadeiro é a sua confissão de que Jesus Ci 1 veio em carne, isto é, como homem. E evidente que além dessa confissão, precisamos verificar seu sistema de doutrina e seu testemunho cristão autêntico. A prova fundamental do espírito falso é sua negação de que Cristo veio em carne. Tal pessoa não procede de Deus, Esse é o espírito do Anticristo.
Observe que é o “espírito” do Anticristo e não o próprio Anticristo. Este espírito teve origem em Lúcifer, quando ele se rebelou contra Deus para ficar acima dele. Esse espírito de rebelião prevalece desde então no mundo.
Aqueles que são de Cristo sabem que há uma batalha espiritual se travando. Esta batalha se intensifica cada dia e incluí cada membro da Igreja do Senhor. A peleja entre a santidade mundanismo, a luz e as trevas, a verdade e a mentira, está aumentando. Um dia, o espírito do Anticristo será personificado num ser humano que será o verdadeiro Anticristo, o falso messias enviado de Satanás. Talvez, já esteja vivo por aí, apenas aguardando o tempo da sua manifestação (2Ts 2.3-9).
Maior é o nosso Deus ( I Jo 4: 4-6 )
“... sois de Deus”, diz João. Depois ele se inclui no grupo: “... somos de Deus!” Somos dEle e temos vencido estes falsos espíritos ou profetas. Somos vitoriosos contra o mal porque maior é o nosso Deus que em nós habita, do que enganador e príncipe das trevas que está no mundo. Isto prova que o mundo pecador não faz parte de nós. Há uma distinção, uma separação.
Deus está conosco e através dEle temos vitória. Mas, não podemos esquecer da luta espiritual e nos tornar indolentes e acomodados. Se facilitarmos seremos arrastados pela força do mal e levados para dentro do círculo da mentira.
Nossa total dedicação ao Senhor é de suprema importância. Nossa oração diária deve ser: “Pai, permanece em mim; ocupa todo o meti coração com a tua verdade. Envolve a minha vida com teu amor e teu poder. Assim, serei vencedor e continuarei a crescer e a produzir frutos abundantes para o Teu reino. Amém.”
4. A IDENTIFICAÇÃO DO VERDADEIRO PROFETA DE DEUS
MEDITAÇÃO NOS CAPÍTULOS 1 2, 1 3, 14. 11 DE EZEQUIEL
CAPITULO 12. 1-20
(Tema: o homem de Deus servindo de sinal para o povo)
a) o profeta servindo de sinal, v.6,11. Incluía cavar um buraco na parede da sua casa, tirar os móveis às escuras, levando no ombro, v.3-7;
b) Deus queria com isto chamar a atenção de Israel para o cumprimento
das profecias que vinha falando, ao povo que se tornara indiferente: “bem pode ser que reparem nisso”, v.3, tudo porque o povo tinha se tornado “casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve”, v.2;
c) O profeta revelava por seus gestos e conduta o que logo aconteceria ao
rei Zedequias, o que “endureceu a cerviz”, 2 Rs 25.4; 2Cr 36.13-16.
CAPÍTULO 12.21 ao 14.11 (Tema: A atitude do povo com relação às profecias e aos profetas)
a) dois provérbios foram cunhados naqueles dias pelo povo: “Prolongar-seão os dias, e perecerá toda visão? v.22, e “A visão que este vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe”, v.27. Ou seja, o primeiro demonstrava total descrença nas revelações e mensagens proféticas; o segundo, até cria nas mensagens, porém diziam que não aconteceriam já, era para tempo distante;
b) Certamente pelo fato do profeta Jeremias ter profetizado durante trinta anos sobre os juízos divinos que se aproximavam, fez com que o povo fizesse “ouvido de mercador” Jr 1.2-3;
c) Deus responde a ambos: “Não será mais retardada nenhuma das minhas palavras, e a palavra que falei se cumprirá, ...” v.28;
CAPITULO 13 (Tema: Características do profeta falso)
a) profetizam “o que vê o seu coração”, v.2, “seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram “, ( imaginação) v.3. a imaginação é a faculdade de inventar, de criar inerente a todos os humanos, Gn 6.5, Pv 23.7 “Porque, como imaginou na sua alma, assim é;” Sl 2.1, Mq 2.1 “Ai daqueles que, nas suas camas, intentam a iniquidade e maquinam o
mal; ...”
b) “vêem vaidade e adivinhação mentirosa”, v.6-8. Definindo: vaidade (Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice) e adivinhar
1. Conhecer ou descobrir, por meios sobrenaturais ou artifícios hábeis, o que está oculto em (o passado, presente ou futuro).
2. Descobrir por interpretação, indução, conjetura, intuição, etc. Adivinhação (Arte de conhecer por meio sobrenaturais, sendo esta muito comum em quase todos os povos. A idéia quase universal é que certos deuses, ou certos espíritos, têm conhecimento, escondido aos homens, mas que, sob certas condições, esses espíritos ficam prontos a revelar);
c) A Bíblia aponta para os vários meios de adivinhar: astrologia ou
astromancia, pela observação dos astros, Is 47.13, Hidromancia, pela observação de líquidos, Gn 44.5, Necromancia, pela evocação dos mortos, Dt 18.11, Rabdomancia, pela varinha mágica, Os 4.12, Sonhos, costume de adivinhar, dormindo junto à sepultura do antepassado, Dt 13.1; Is 65.4, Sortilégios, adivinhação por meio de lançar sortes, Mt 27.35, Belomancia, por meio de flechas, e Hepatoscopia, por mio da inspeção do fígado do animal sacrificado, Ez 21.21;
d) Tais profetas são chamados por Deus de “loucos”, 13.3, e comparados a “raposas nos desertos”, 13.4, isto é, são nocivos e destruidores;
e) Tinham as “profetisas” que usavam determinados tipos de adereços nas roupas para “caçarem (Perseguir (animais silvestres) a tiro, a laço, a rede, etc., para os aprisionar ou matar) as almas”, 13.18. Na igreja de Tiatira tinha Jezabel, “que a si mesmo se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos...”, Ap 2.20;
f) A característica mais distintiva do verdadeiro para o falso profeta, é que, o falso, procura agradar o ouvinte, notadamente se tem interesse material, pois, disse o Senhor, “profetizam de Jerusalém e vêem para ela visão de paz, não havendo paz, ”, 13.16, o que leva a entristecer o justo, não havendo Deus o entristecido, e animado o ímpio, não havendo Deus o animado, 13.22. O profeta Jeremias teve um combate com o falso Hananias , Jr 28; porém, Deus não deixou Jeremias envergonhado.
CAPITULO 14.1-11
( Tema: o Juízo de Deus contra os falsos profetas e os que lhe procuravam)
a) é estabelecida uma identidade entre o profeta falso e a pessoa que o procura, mesmo para ouvir a Palavra de Deus, v.10;
b) o juízo de Deus se manifestaria em o consulente ouvir a mensagem que quer ouvir, e não a verdadeira mensagem, v.4,5,7 “eu, o Senhor, vindo ele, lhe responderei conforme a multidão de seus ídolos, para que possa apanhar a casa de Israel no seu coração”, como conseqüência da alienação (alienar: afastar-se, distanciar-se; tornar-se alienado; manter-se alheio aos acontecimentos)de Deus ;
c) a verdadeira mensagem de Deus ao pecador: “convertei- vos, e deixai os vossos ídolos, e desviai o vosso rosto. . . ”, v.6.
5. OITO CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus e que se tomava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus. E em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus. Como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de Deus, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (ver o livro de Lamentações). Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a Ele. Eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos. E nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações. Conforme o seu concerto estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.
(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado. E do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7 Am 8.4-7; Mq 3.8):
Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus. O profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência como mal, complacência, fingimento. E desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1).
Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão. E do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota).
(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo. Procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Pemanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a sua justiça manifestadas no povo de Deus.
(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição. (e.g., 63.1-6; Jr 11.22-23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27
Bem como em restauração e renovação (e.g., 61-62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37).
Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias
(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17-18; 20.14-18; Am 7.10-13 = Jn 3-4). perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11: Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus. Não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Bibliografia
Lições bíblicas CPAD 1992
Livro As Epistolas Gerais EETAD
Livro As Epistolas Paulinas - EETAD
Bíblia de Estudo Pentecostal
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