MULHERES QUE
AJUDARAM JESUS
Texto Áureo = “E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos
malignos e de enfermidades [...] e muitas outras que o serviam com suas
fazendas.” (Lc 8.2,3).
Verdade Prática = A mulher sempre teve um papel importante na
expansão do Reino de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Lucas 1.30,31; Lucas 8.1-3; Marcos 16.1,2,9.
PONTO DE CONTATO
Faça a seguinte pergunta a seus alunos: De
que forma as mulheres eram tratadas na sociedade judaica? E qual foi a atitude
de Jesus para com elas durante o seu ministério?
Israel era uma sociedade definitivamente
patriarcal. Em geral, os homens eram os chefes da família e do governo. Embora
aos olhos de Deus as mulheres fossem de importância igual à dos homens, estes
não as viam assim. Haviam algumas leis que impunham sérias restrições à mulher.
No primeiro século, havia uma célebre oração que os judeus recitavam, na qual
agradeciam a Deus por não terem nascido mulher. Porém, com o advento do Messias
essas barreiras foram quebradas. Jesus reservou para as mulheres um grande
privilégio: elas foram as primeiras a gozar da enorme alegria de ver as
evidências da sua ressurreição.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Peça a seus alunos que relacionem numa folha
de papel as atitudes de Jesus em seu relacionamento com as mulheres. Exemplo:
a) Aceitou mulheres em seu grupo de discípulos; b) Ensinou verdades espirituais
às mulheres (Jo 4 e 11); c) Entrou em suas casas (Lc 10.38); d) Conversava com
mulheres em público (Jo 4.27); e) Permitia que as mulheres tocassem nele (Lc
7.38); f) Permitia que as prostitutas se aproximassem dEle (Lc 3.3; Mt 21.32).
Outra atividade:
Inicie, no quadro de giz, uma lista contendo
episódios neotestamentários nos quais as mulheres aparecem com notoriedade e
distinção. Depois, peça a seus alunos que continuem a lista.
Utilize os exemplos abaixo:
1. Última pessoa ao pé da cruz (Mc 15.47).
2. Primeira pessoa no túmulo (Jo 20.1).
3.
Primeira pessoa a proclamar a ressurreição (Mt 28.8).
4. Primeira pessoa a pregar aos judeus (Lc
2.37,38).
5. Presente na primeira reunião de oração (At 1.14).
6. Primeira pessoa a saudar missionários cristãos
na Europa (Mt 16.13). 7.
Primeira pessoa convertida na Europa (At 6.14).
INTRODUÇÃO
Do primeiro ao último livro da Bíblia, vemos
a presença da mulher, direta ou indiretamente, como parte importante do plano
de Deus para a humanidade. No princípio, criada à imagem de Deus (Gn 1.27), a
mulher foi protagonista inicial da Queda. Recebeu, no entanto, a promessa de
que, de sua semente, nasceria o Salvador. E Jesus, desde o seu nascimento, até
à sua morte, teve participação feminina no cumprimento de sua missão.
A MULHER
1. Uma mensagem do céu (Lc 1.28,30,31). Nazaré, na Galileia, era uma cidade sem grande
importância política ou econômica. Certamente, nunca recebia a visita de
pessoas de destaque. Entretanto, num dia especial, uma de suas filhas, a jovem
Maria, recebeu nada menos que a visita de um mensageiro, enviado diretamente do
céu, para lhe anunciar a maior notícia que o mundo jamais ouvira: O anjo
Gabriel lhe saudou, dizendo: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és
tu entre as mulheres... Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus...
eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome
de Jesus”. Era o início do cumprimento da promessa que Deus fizera à mulher, em
Gn 3.15.
2. O milagre da encarnação. Pela ação sobrenatural do Espírito Santo, Maria
concebeu Jesus (Lc 1.34,35). Cumpria-se a profecia de Is 7.14, que previra sua
concepção virginal. No ventre de Maria, Deus se fez presente entre os homens
(Mt 1.23), redimindo a mulher da tremenda mancha que lhe atingiu, no Éden,
quando se tornou culpada, ao lado do homem, pela entrada do pecado no mundo (Rm
5.12).
3. Nascido de mulher. A promessa feita a Eva, no Paraíso, teve seu
cumprimento pleno, quando Maria “deu à luz seu filho primogênito, a quem
pôs-lhe o nome de JESUS” (Mt 1.15). Jesus não nasceu antes nem depois da hora,
“mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei” (Gl 4.4).
MULHERES NO MINISTÉRIO DE JESUS
1. Jesus valorizou a mulher. Entre os judeus, de modo geral, as mulheres eram
vistas como inferiores aos homens. O historiador Josefo relata que as mulheres
podiam dar graças, desde que houvesse um homem presente, e que cem mulheres não
valeriam mais do que dois homens.
A mulher não podia ler as Escrituras na sinagoga,
mas um escravo, homem, podia. Certos rabinos desconfiavam até que a mulher
tivesse alma. No entanto, Jesus valorizou a mulher em seu ministério. Dialogava
com elas, em diversas ocasiões (Mt 15.21-28; Jo 4);
Enquanto o Talmude dizia que era preferível
destruir a Torá (Lei) do que transmiti-la às mulheres, Jesus lhes ministrava o
ensino (Lc 10.38-42). Certo rabino escreveu a Deus: “Eu te agradeço porque não
nasci escravo, nem gentio, nem mulher”.
Enquanto isso, Jesus ouvia as mulheres, curava suas
enfermidades (Lc 13.11), e usava-as como exemplo em suas parábolas (cf. Lc
15.8-10; 18.1-8). Sem dúvida, ao nascer de uma mulher, Jesus dignificou a
maternidade (Lc 1.28; Gl 4.4).
2. Jesus valorizou o trabalho da mulher. Ele as admitiu como suas cooperadoras em seu
ministério, até a sua morte (Mt 27.55b; Mc 15.41). Quando andava pelas cidades
e aldeias, pregando o evangelho, além de seus discípulos, Jesus tinha a
inestimável cooperação de mulheres, de diversas classes sociais, incluindo
Joana, esposa de um procurador do rei Herodes, além de Maria Madalena, a quem
libertou, Suzana e outras, cujos nomes a Bíblia omite (Lc 8.1-3).
MULHERES NA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Diligência e coragem. Enquanto os homens, como discípulos, estavam “com
medo dos judeus” (Jo 20.19,26), as mulheres estavam observando o triste
espetáculo da crucificação. Diz Marcos: “E também ali estavam algumas mulheres,
olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago,
o menor, e de José, e Salomé” (Mc 15.40), as quais serviam a Deus. Depois,
diligentemente, foram ver o local, no qual Jesus fora sepultado por Jose de
Arimatéia (Lc 23.50,55,56).
Passado o Sábado, “Maria Madalena, Salomé e Maria,
mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana,
foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol” (Mc 16.1,2). De certo, aí,
vemos o cuidado e o desvelo feminino, por parte daquelas mulheres, que foram
beneficiadas por Jesus, o seu Salvador. Ao vê-lo sepultado, quiseram demonstrar
o carinho por Ele, levando aromas para ungir seu corpo.
2. Espanto e privilégio. Quando se aproximaram do sepulcro, estavam
preocupadas com a pedra que fora posta à sua entrada (Mc 16.3). No entanto, não
havia mais razão para tal, pois a pedra já estava removida por um anjo por que
Deus ressuscitara Jesus, (Mt 28.2; At 2.32; 3.15; 4.10). A experiência vivida
pelas mulheres, ali, no Horto do Sepulcro, talvez não tenha sido observada por
outra pessoa. À direita do túmulo, estava um anjo, que a Bíblia chama de
“jovem”, “vestido de roupa comprida e branca, e ficaram espantadas”. Elas foram
as primeiras e únicas pessoas a ouvirem a palavra tranquilizadora do anjo,
dizendo: “Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado;
já ressuscitou”.
3. Testemunhas especiais. Parece-nos significativo o fato de Jesus, após sua
ressurreição, ter aparecido, “primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha
expulsado sete demônios” (Mc 16.9). Ele não apareceu a Pedro, a Tiago ou a
qualquer dos seus discípulos, não obstante ter compartilhado mais o seu
ministério com eles. Após ouvirem a mensagem do anjo, Maria Madalena correu a
anunciar o auspicioso fato aos discípulos, que estavam entristecidos e
chorando. Lamentavelmente, quando aqueles ouviram a notícia da ressurreição, da
boca de uma mulher, não o creram (Mc 16.11). Será que eles teriam perdido a fé?
Ou será que descreram porque as boas novas foram transmitidas por uma mulher? O
fato é que as primeiras testemunhas do grande milagre da ressurreição de Jesus
foram as mulheres que o serviram em seu ministério.
CONCLUSÃO
Os judeus, acostumados numa sociedade
oriental e patriarcal em que o homem tinha todos os privilégios, enquanto a
mulher era considerada como cidadã de segunda classe, Jesus demonstrou
interesse e atenção às mulheres, não só curando-as, libertando-as, mas
admitindo-as como cooperadoras em seu profícuo ministério. Certamente, isso
chocou a muitos, sendo, inclusive, considerado um desrespeitador das leis do
país em que vivia. Que o Senhor nos ajude a entender os ensinos sábios do
Mestre da Galileia.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
“Uma leitura mais atenta dos versículos que
registram a atuação da mulher nos tempos do Novo Testamento revela o destaque
que elas tiveram no trabalho de expansão da Igreja. Destacamos a seguir o
comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) a respeito de duas
referências bíblicas - Lc 8.3 e Rm 16.1:
Lc 8.3. Essas
mulheres, que tinham recebido cura e atendimento especial da parte de Jesus,
honravam-no, contribuindo fielmente para o seu sustento e dos seus discípulos.
O serviço e a devoção delas continuam sendo um exemplo para toda mulher que
nEle crê. As palavras de Jesus em Mt 25.34-40 aplicam-se a nós na proporção em
que lhe servimos.
Rm 16.1.
Provavelmente, foi Febe a portadora desta epístola. Ela era uma servidora (ou,
que fazia o trabalho de diaconisa) na igreja em Cencréia, próximo a Corinto. A
construção linguística do versículo em apreço, no original, indica que ela
desempenhava a função de diácono, talvez porque no momento havia falta, ali, de
elementos masculinos para o diaconato. Febe ministrava aos pobres, aos enfermos
e aos necessitados, além de prestar assistência a missionários tais como Paulo.
As saudações de Paulo a nada menos de oito mulheres neste capítulo, indicam que
as mulheres prestavam serviços relevantes às igrejas.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições Bíblicas 2000 – CPAD
COMPLEMENTO ADICIONAL LIÇÃO 06 = MULHERES QUE AJUDARAM JESUS
Jesus
Ministra a Algumas Mulheres (Lucas 7:36—8:3)
7:36-50 / O episódio da mulher
pecadora que unge os pés de Jesus apresenta algumas semelhanças com os
registros da unção do Senhor um pouco antes de ele ser preso e crucificado (v.
Mateus 26:6-13; Marcos 14:3- 9; João 12:1-8). Visto que Lucas não apresenta
outro episódio que teria ocorrido mais tarde, e visto que há vários
paralelismos específicos entre o relato de Lucas e os dos outros evangelhos (v.
Fitzmyer 684-5), alguns comentaristas crêem que Lucas 7:36-50 nada mais é do
que uma variante da unção de Jesus durante a semana da paixão.
Entretanto,
há numerosas diferenças (na Galiléia, em vez de na Judéia; os pés são ungidos,
em vez de a cabeça; na presença de um fariseu em vez de discípulos). Isso
indica que, para Lucas, esse episódio era distinto daquele que teria visto em
Marcos 14:3-9. É possível também que Lucas teria sido influenciado por alguns
detalhes de Marcos; mas a tendência de Lucas para evitar repetições pode
explicar a inexistência do episódio de unção mais tarde, durante a semana da
paixão (quanto a uma discussão mais profunda, v. Marshall, p. 306-7).
Há
certos aspectos curiosos a respeito da visita de Jesus à casa de Simão, o
fariseu. Parece-nos estranho que Jesus fosse convidado para um jantar e lhe
fossem negadas as cortesias costumeiras. Que a mulher pecadora conseguisse
invadir a sala de jantar da casa de um fariseu também nos parece mais estranho
ainda. Entretanto, essas e outras perguntas que possam surgir não podem
deter-nos.
Na
seção anterior, Jesus referiu-se a si mesmo como alguém que “comia e bebia com
pecadores” e como “amigo dos pecadores” (v. 34). Pode ser, então, que Lucas
entendeu ser esse episódio uma ilustração dessa declaração, visto que nesse
episódio Jesus é visto comendo e bebendo na companhia de um pecador (Talbert,
p. 85). Para Lucas a questão mais importante surge nu comentário do fariseu, no
v. 39: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou,
porque é pecadora. O fariseu presume (que Jesus, sendo homem santo, e não
desejando tornar-se imundo, deveria te peitar todo contato com a mulher e
talvez ordenar a ela que se retirasse.
Pode
ser, assim raciocina o fariseu, que Jesus não esteja ciente do verdadeiro caráter
dessa mulher (v. a nota abaixo). Então ele conclui que esse pregador It Galiléia
talvez não seja profeta. Mas a reação de Jesus dá evidência de sua função
profética, porque percebe os pensamentos de seu hospedeiro. O título que Simão
usa para dirigir-se a Jesus, mestre, pode indicar um respeito recentemente
adquirido pela pessoa de Jesus (v. a nota abaixo). A seguir, Jesus lhe conta a
parábola de certo credor que perdoou as dívidas de dois devedores porque nenhum
dos dois podia pagar (vv. 4 1-42).
E a
seguir Jesus aplica a parábola ao amor que aquela mulher demonstrara pelo
Senhor. Essa aplicação faz um contraste com o respeito mínimo que Simão
demonstrara por Jesus. Visto que essa mulher recebera pleno perdão de seus
muitos pecados (é provável que a mulher houvesse recebido o perdão antes de
entrar na casa de Simão), ela demonstra grande amor e gratidão. Todavia,
pessoas cheias de auto-retidão como Simão, que acham que seus pecados são
poucos e, portanto, precisam de pouco perdão (a quem pouco se perdoa),
demonstram pouco amor (vv. 44-47).
Uma
segunda questão se levanta nos vv. 48-50, quando Jesus assegura à mulher:
Perdoados são os teus pecados. Mas os que estavam com ele à mesa reagiram,
imaginando quem poderia ser Jesus que até perdoa pecados. As outras palavras de
Jesus à mulher no v. 50 demonstram que sua fé tornou possível o perdão e a
salvação. Nesses últimos três versículos, Lucas leva os leitores até sua maior
preocupação, qual seja, que Jesus tem autoridade para perdoar pecados, e sua
autoridade deve ser aceita pela fé (v. Lucas 5:20-26).
8:1-3 / Uma das características
espantosas do ministério de Jesus foi a presença de mulheres como discípulas,
como companheiras no meio de seus seguidores. Mulheres que acompanhassem a
Jesus e seus discípulos era algo que contrariava de modo total os costumes
judaicos (v. Tannehill, p. 137- 39). Nessa breve seção, Lucas identifica por
nome três das mulheres que viajavam pela Galiléia ao lado dos Doze (v. a nota
abaixo). Ele nota ainda que havia muitas outras que lhe prestavam assistência
com os seus bens (v. 3).
É provável que Lucas tivesse três razões
para mencionar essas mulheres:
(1)
mostrar que as mulheres que haviam testemunhado a crucificação (Lucas 23:49) e
a sepultura vazia (24:10,22,24) haviam estado com Jesus desde o tempo de seu
ministério galileu (o que com efeito satisfaz as qualificações exigidas para o
apostolado em Atos 1:21,22);
(2)
mostrar que as mulheres podem ter e exercer, e de fato exercem papéis de
influência na igreja (v. Atos 1:14; 8:12; 16:13-15; 17:4,12; 18:24-26); e
(3)
demonstrar que a liberalidade em questões de dinheiro e bens é marca do
discipulado real, sendo essencial para a continuidade do ministério.
Notas Adicionais
7:36-50/ Brodie (p. 176-89)
sustenta que a versão de Lucas dessa história recebeu a influência da história
da mulher sunamita e do ministério de Eliseu a ela, em 2 Reis 4:8-37. Ele crê
que o tema comum a ambas as passagens é esse: o recebimento de nova vida da
parte do profeta de Deus (como Jesus é chamado em Lucas 7:39).
7:37 / uma mulher da cidade,
pecadora: Lit., “uma mulher que era pecadora”. E provável que essa mulher tenha
sido uma prostituta, mas o adultério é outra possibilidade. Matthew Black (Ao Aramaic
Approach to the Gospeis and Acts [Estudo do Ponto de Vista do Aramaico dos
Evangelhos e de Atos], 3a. cd. [Oxford: Clarendon, 1967], p. 181-83),
entretanto, sugere que o texto grego é resultante de confusão com o texto
original aramaico, segundo o qual a mulher era uma “devedora”. Se ele tiver
razão, a parábola dos dois devedores (7:41,42) enquadra-se melhor no contexto.
Leaney (p. 147) tem razão em observar que não existe evidência dc que a mulher
pecadora seria Maria Madalena (v. também Tiede, p. 164-5).
7:40 / mestre: Ser chamado
“mestre” (usualmente entendido como equivalente a “rabi”, v. João 1:38) era
marca de reverência e respeito.
7:41 / denários: A forma
singular latina é “denarius”. O denário era uma moeda romana equivalente a um
dia de trabalho. A soma equivalente ao débito menor, nessa parábola, é
significativa, mas o débito maior representa uma soma inimaginável para o
camponês palestino do primeiro século.
8:2 / Maria, chamada
Madalena: E assim chamada por ser da cidade de Magdala (que possivelmente
significa “cidade da torre”). Ela aparece de modo preeminente na tradição dos
evangelhos, de modo particular na crucificação e ressurreição de Jesus (Mateus
27:56, 61; 28:1; Marcos 15:40, 47; 16:1, [9]; Lucas 24:10; João 19:25; 20:1,
11, 16, 18).
Só
Lucas menciona que saíram sete demônios dessa mulher (a segunda finalização do
evangelho de Marcos repete a declaração de Lucas [Marcos 16:9]. O número de
demônios indica a severidade da possessão demoníaca (Ellis, p.128; Fitzmyer, p.
698). De acordo com uma tradição rabínica, o anjo da morte “disse a seu
mensageiro: ‘Vá buscar Miriã [Maria], a cabeleireira de mulheres!’ Ele foi e
lhe trouxe Miriã” (b. Hagiga 4b). “Cabeleireira” é megaddela, que poderia ser
um trocadilho com Madalena, O contexto mais amplo dessa tradição rabínica
revela que Madalena foi confundida com Maria, a mãe de Jesus.
8:3 / Joana, mulher de Cuza,
procurador de Herodes: E referência a Herodes Antipas. Fitzmyer (p. 698)
entende que o marido de Joana poderia ter sido administrador dos bens de
Herodes. O fato de a esposa de tal personagem ser seguidora de Jesus indica que
nem todos os seguidores de Jesus eram de origem humilde e de pequenas posses.
Além desse versículo e de Lucas 24:10, não existem menções a essa mulher em outras
passagens.
Suzana: Além dessa referência
de Lucas, nada se conhece a respeito dessa mulher. E o nome da bela heroína de
uma parte das adições apócrifas de Daniel.
Com os
seus bens: Lit, “de suas próprias posses”, A palavra traduzida por “bens”
ocorre com freqüência em Lucas 11:21; 12:15,33,44; 14:33; 16:1;19 Atos 4:32) e
reflete a preocupação de Lucas com as riquezas e nossa atitude adequada para
com elas.
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico
Contemporâneo Edição Contemporânea de Almeida
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