O Evangelho no Mundo Acadêmico e
Político
Texto
Áureo "A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do
Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos
homens, mas no poder de Deus." (l
Co 2.4,5)
Verdade
Prática = Somente o Evangelho de Cristo, no poder do Espírito
Santo, para destruir as fortalezas e a resistência do universo acadêmico e do
mundo político.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Daniel
2.24-28
Introdução
A evangelização em todos os lugares e todas as
pessoas como está em Mc 16.16sempre foi presente e os desafios são
grandissimos. Veremos nesta lição, o exemplo de Daniel e seus três
companheiros. Exilados em Babilónia, destacaram-se como académicos, servidores
públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e palavras, a supremacia do Deus
de Israel.
A vida desses hebreus fez uma grande diferença e
serve de exemplo aos académicos e políticos cristãos de nossos dias, que lutam
por levar o Evangelho às mais altas esferas do conhecimento e do poder.
I-
Daniel na Universidade de Babilônia
Um Resumo da Vida de Daniel
Daniel
era judeu, de uma família nobre. Quando os babilônios dominaram a cidade de
Jerusalém em 605 a.C., ele e alguns outros jovens foram levados ao cativeiro. O
rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus fossem preparados
para servir no seu palácio. Daniel e três companheiros, Hananias, Misael e
Azarias, foram entre os jovens escolhidos.
A Integridade de Daniel como modelo
para nossos dias
Poucas
personagens no AT são tão conhecidas quanto Daniel, desarraigado da sua terra
natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve a firmeza do caráter
moral e espiritual e uma lealdade inabalável ao Deus do seu povo. As suas
habilidades e a integridade inspirada pela sua fé o conduziu a altos escalões
dos acadêmicos e do governo babilônico. Sim, sua “integridade” foi o grande
diferencial em seu testemunho na Babilônia.
Pode-se
definir integridade como “solidez de caráter”. Pode, também, significar
o estado de “ser inteiro”, “ser completo”. Deriva-se do verbo “integrar”, que
significa “tornar unido para formar um todo completo ou perfeito” “retidão,
perfeição”. Qualidade de alguém de conduta reta, pessoa de honra, ética,
educada, imparcial, pureza ou castidade, o que é justo. Já a palavra caráter
significa o aspecto dinâmico da nossa personalidade. É aquilo que nos faz
diferentes dos outros, conjunto dos traços particulares de uma pessoa
(FERREIRA, 2004, pp. 1116, 402).
A
decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de
conveniência ou saúde (Dn 1.8). A palavra traduzida por contaminar-se “gaal”,
pode significar contaminação física (Is 63.3), "mancha", contaminação
moral (Sf 3.1), ou, mais frequentemente, contaminação cerimonial (Ed 2.62; Ne
7.64). Vejamos algumas lições:
Daniel um modelo de EXCELÊNCIA.
Mesmo
tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia a Deus
e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse oferecida. É um modelo para
os jovens (Ec 12.1), como também foram outros jovens na história bíblica como
Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12),Timóteo (2Tm 3.15).
Durante toda a sua vida, Daniel foi um exemplo de fidelidade, integridade e de
oração, pois orava três vezes ao dia, continuamente (Dn 6.10).
Daniel, modelo de INTEGRIDADE (Dn
1.6,7).
Apesar
de todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha e
pagã, com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante
toda a sua vida, manter-se íntegro moral e fisicamente. A mudança de nome não
os fez esquecerem de sua fé e seu Deus Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7).
Os crentes devem ser
orientados para que testemunhem de Cristo também no campus universitário. Em
primeiro lugar, o universitário crente evangeliza através de um testemunho
santo e irrepreensível que, por si mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio
de uma abordagem sábia e oportuna, que mostre a razão de nossa esperança (1 Pe 3.15). Nenhum universitário cristão deve
sacrificar o Evangelho no altar da pós-modernidade. Antes, que seja oportuno na
proclamação de Cristo.
·
Antes, santificai ao
Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós
1Pe 3.15.
Uma
das grandes barreiras existente no campus é a “falsa ciência”, ela é todo o
conhecimento que procura contrariar as Escrituras Sagradas, a sã doutrina, é
todo conhecimento que decorre da soberba humana que acha que pode ser igual a
Deus, que não quer reconhecer a revelação divina dada ao homem e que está na
Bíblia Sagrada.
A
“falsa ciência” não busca a verdade, mas, tão somente, busca convencer as
pessoas a não crer na Palavra de Deus, tem como objetivo contrariar a revelação
divina, ou seja, desviar as pessoas da fé. Por isso, não se pode acolher esta
“falsa ciência”, que deve ser combatida e desmascarada.
·
Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado,
tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada
ciência,
A qual
professando-a alguns, se desviaram da fé. A graça seja contigo. Amém 1Tm 6.20,
21.
O
ambiente acadêmico se deixou influenciar por esta “falsa ciência”, que nada
mais é que a crença na mentira satânica de que se pode viver sem Deus, como se
Deus não existisse, que se pode entender o universo e as relações humanas sem
que se recorra a Deus.
Diante
deste quadro, a partir já do início da educação, temos, em nossos dias, uma
pedagogia que procura extirpar a ideia de Deus e do sobrenatural das mentes das
pessoas, a ponto de termos hoje, no sistema educacional, uma cidadela contra a
fé.
Diante
desta triste realidade, é imperioso que a Igreja ingresse na evangelização das
escolas, na evangelização das universidades, enfim, que o Evangelho penetre no
sistema educacional, pois não podemos ficar inertes diante desta grande
artimanha do maligno de afastar as pessoas da salvação.
Nesta
evangelização, em primeiro lugar, é forçoso abandonar uma atitude
anti-intelectualista, reconhecendo a importância e a necessidade do estudo, do
desenvolvimento da erudição, do avanço do conhecimento.
Diante
desta atitude de reconhecimento da importância e necessidade do estudo e do
desenvolvimento intelectual, devemos, então, levar a mensagem da salvação a
este ambiente educacional, sabendo que o mesmo se encontra impregnado da “falsa
ciência” e que, portanto, é mister combatermos esta hostilidade artificial mas
eficientemente criada pelo inimigo de nossas almas.
Após
termos reconhecido a importância do estudo, é mister que sejamos exemplo de
dedicação a este mesmo estudo. Foi o que fizeram:
a)
Moisés (At.7:21)
b)
Daniel e seus amigos Hananias, Misael e Azarias (Dn.1:19,20)
c)
Paulo (At.22:3)
Não
se pode apenas ser dedicado no estudo secular, mas é preciso que haja, também,
dedicação no ensino doutrinário, no conhecimento da Palavra de Deus.
·
E, na
verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas
estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo Fp
3.8.
A
falta de preparo doutrinário é a razão pela qual há um nível muito alto e
intenso de apostasia da fé por parte dos jovens cristãos que ingressam nas
universidades em nossos dias.
Moisés,
Daniel e seus amigos e Paulo tinham uma sólida formação doutrinária, conheciam
a Palavra de Deus quando enveredaram pelo mundo acadêmico e, por isso, por
serem doutos na Palavra e na ciência e filosofia puderam ser vasos grandemente
usados pelo Senhor para a divulgação da mensagem da salvação, para que o Senhor
se fizesse conhecido da elite intelectual.
Se
queremos, pois, evangelizar as escolas e universidades, precisamos, antes de
mais nada, dar o devido conhecimento doutrinário a nossas crianças, jovens e
adolescentes, pois, sem este conhecimento, eles jamais poderão ser sal da terra
e luz do mundo neste ambiente intelectual.
O
investimento em nossas crianças, jovens e adolescentes é fundamental, porque,
no ambiente acadêmico, a evangelização deve ser feita preponderantemente pelos
próprios alunos, com a ajuda de professores cristãos.
II - DEUS
NA ACADEMIA BABILÔNICA
Deus intervém na história da humanidade e neste segundo
ponto veremos como Deus fez uma intervenção no reino e na academia babilônica explicando
o desenrolar da história humana
O SONHO
PERTURBADOR DE NABUCODONOSOR, PROFECIA DO MUNDO GENTÍLICO E A VINDA DE JESUS
O Senhor no ano 602 a. C. revela por meio de um
sonho do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia, o futuro cronológico da sucessão
de impérios,desde o tempo presente da época com a implementação do primeiro
império mundial, precisamente o império Babilônico de Nabucodonosor, passando por
diversos impérios mundiais até nossos dias atuais e ainda por tempos
vindouros,em que se levantará um reino que jamais será destruído, que jamais
passará e subsistirá para sempre,se referindo então ao majestoso Reino de
Cristo (Jr 27: 1-11;Dn 2:44).
O DESAFIO
PARA A INTERPRETAÇÃO DO SONHO
Deus revela ao grande rei da Babilônia um sonho,
que em muito perturba o seu espírito, e até mesmo Causa-lhe insônia e então
manda chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os sábios á sua presença
para decifra-lhe o sonho (Dn 2:1-3).
Os sábios interpelam ao rei por duas vezes com o intuito
que o sonho seja revelado a eles para que haja a interpretação, porém, Deus em
sua insondável sabedoria fez o rei esquecer o sonho e assim Nabucodonosor, rei
da Babilônia, percebendo a artimanha do engano de seus sábios para com ele, determina
que se o sonho não fosse interpretado por eles, todos os magos, encantadores,
feiticeiros e os sábios da Babilônia seriam despedaçados e suas casas seriam
transformadas em monturos, todavia, se o sonho fosse revelado receberiam
dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2: 4-9).
Os caldeus reconhecem diante do rei que a sabedoria
humana não é potencialmente suficiente para a revelação do sonho e que somente
quem é imortal e eterno, o Senhor, nosso Deus,poderia revelar o sonho profético
e por isso o rei se enfureceu e lançou o decreto que determinava que todos os
sábios da Babilônia deviam ser mortos, inclusive Daniel e seus companheiros
Hananias, Misael e Azarias (Dn 2:10 - 13).
ENSINAMENTO
DESTE EPISÓDIO
Não existe homem com assuas vãs filosofias,
ideologias e conhecimento mais sábio do que o Senhor.
A sabedoria de Deus é inatacável, inquestionável,
porque é uma sabedoria que se demonstra com poder e se a quisermos, temos que
humildemente pedi-la ao Senhor, o Todo-Poderoso. O saber humano,acadêmico,
filosófico não se sobrepõem a sabedoria divina(1 Co 1:18-31; Tg 1:5-8).
A ATITUDE
SÁBIA DE DANIEL E SUA MATURIDADE ESPIRITUAL DE DANIEL
O jovem Daniel, ao saber das circunstâncias que
ameaçavam a sua própria vida e a de seus amigos,teve o equilíbrio de avaliar o
momento potencialmente perigoso e interpelou ao oficial Arioque e a o próprio
rei sobre a situação e então, pediu ao rei um tempo para interpretar o sonho(Dn
2:14-16).
Daniel apressadamente comunicou a Hananias, Misael
e Azarias, seus companheiros, sobre a situação e apelou então para Deus em oração
de modo que,o sonho do rei fosse revelado a ele.
Deus em sua infinita misericórdia revela a Daniel
numa visão noturna o sonho profético do rei Nabucodonosor e Daniel glorifica ao
Senhor (Dn 2:17-23).
Há um Deus no céu que revela o profundo e o escondido,
conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. A oração é o meio mais
eficaz de nos comunicarmos com Deus e ter um intimidade com Ele nos permitindo
conhece - lo em profundidade de forma sincera e verdadeira. Se orarmos ao
Senhor, Ele revela a nós os insondáveis segredos espirituais (Sl 139:1 - 10).
DANIEL
CONTA O SONHO, INTERPRETA E O REVELA
Daniel é introduzido a presença do rei
Nabucodonosor e conta que o rei sonhou com uma imagem cuja cabeça era de ouro,
o peito e braços de prata, ventre e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de
ferro e barro misturados e que os significados de cada parte da estátua eram as
sucessões de impérios mundiais
(Dn 2:24 - 43).
DANIEL É ABENÇOADO POR DEUS
A partir desta importante revelação Daniel foi exaltado
pelo rei Nabucodonosor, prosperou, recebeu muitos bens materiais e se tornou
governador da província da Babilônia e também chefe supremo de todos os sábios
da Babilônia, bem como, abençoou os seus amigos Hananias, Misael e Azarias como
administradores sobre os negócios da província (Dn 2:46 - 49).
Deus é soberano e sua soberania foi reconhecida por
Nabucodonosor, rei da Babilônia. Devemos confiar no Senhor, não importa a
circunstância adversa que venhamos a passar, Deus é soberano e no momento certo
Deus exaltará os humildes, Deus faz prosperar em tudo aqueles que o temem (Sl
21:1-7).
Esta segunda história registrada no livro de Daniel
nos coloca para a reflexão de que só existe um Deus soberano no céu e na terra
e este é Jeová, o Deus Todo Poderoso, que intervém na história segundo a sua
vontade, é Ele quem muda tempo e estações, remove reis e estabelece reis, dá
sabedoria aos sábios, é Ele o único e verdadeiro Deus, além dEle não há outro
deus.
Assim devemos proclamar para a sociedade acadêmica
que somente em Jesus Cristo a sociedade pode se salvar das corrupções que há no
mundo.
III - A INTERVENÇÃO DE DEUS NA
POLÍTICA BABILÔNICA
Outro
campo em que se deve esmerar na evangelização é o mundo político, ou seja, a
elite que está nas rédeas da sociedade, pois a classe política é aquela que
está à frente da sociedade, que traça os destinos do corpo social e que
encaminha a direção e orientação de todos nós.
A
política tem por finalidade a obtenção do bem comum, que “consiste no conjunto
de todas as condições de vida social que favoreçam o desenvolvimento integral
da personalidade humana e sua sociedade”.
·
Quando Deus criou o homem, fê-lo já com
a capacidade de dominar sobre a criação terrena (Gn.1:28), e, na qualidade de
imagem e semelhança de Deus, tinha, em sua natureza, o poder, já que Deus é o
Todo-Poderoso, a fonte de todo o poder (Sl.62:11).
·
Após o dilúvio, porém, Deus,
expressamente, delega aos homens a administração da justiça entre eles
estabelecendo-se, pois, o “governo humano” (Gn.9:1-7), em que se criou uma
autoridade que estivesse à frente das pessoas em sociedade, autoridade esta que
deveria castigar os maus, fazendo valer os princípios estabelecidos pelo
próprio Deus para a convivência humana (Rm.13:1-7).
·
Cedo, porém, com a pecaminosidade do ser
humano, este poder político, legitimamente implantado por Deus, acabou por ser
exercido ilegitimamente, em contrariedade ao objetivo divino, como se verifica
no caso de Ninrode, que se tornou o soberano daquela comunidade única
pós-diluviana (Gn.10:8-11).
O
resultado disto foi a destruição desta comunidade única pós-diluviana, com a
confusão das línguas, e o espalhamento de todos pela Terra, com a formação das
diversas nações, onde, em casa uma delas, se erigiu um poder político que
estabeleceu um sistema de poder em contraposição aos propósitos divinos
·
Com a rejeição das nações, o Senhor
tratou de formar um povo Seu, Sua propriedade peculiar dentre os povos
(Ex.19:5,6) - Israel.
·
Os israelitas, depois de terem, por
alguns séculos, desobedecido a Deus, que era o seu rei, fazendo o que bem
entendessem (Jz.21:25), acabaram por rejeitar expressamente o governo divino,
pedindo para si um rei, para serem conforme todas as demais nações (I
Sm.8:4-9). Este poder político construído à revelia do Senhor acabou por levar
à própria perda da Terra por parte de Israel.
·
Após ter retornado do cativeiro da
Babilônia, Israel acabou sendo dominado pelos gentios até a vinda do Messias
(Ne.9:24-38), com exceção de um pequeno período em que obtiveram independência
entre o término do domínio sírio e o início do domínio romano, sendo certo que,
até 1948, os judeus estiveram sempre sob o domínio gentílico e só agora
voltaram a se constituir num Estado independente e, mesmo assim, que não
governa sobre a maior parte dos judeus, que ainda vivem fora de Israel.
·
A Igreja, por sua vez, sempre foi
ensinada pela Palavra de Deus a se sujeitar às autoridades, pois elas são
ministros de Deus para o castigo dos maus, ainda que, precisamente por ser o
poder político exercido em contraposição aos propósitos divinos, não sejam
poucos os casos em que a Igreja é tenazmente perseguida pelos detentores do
poder político.
A BREVE
HISTÓRIA DO REI BELSAZAR E A FESTA PROFANA DE BELSAZAR
O rei Belsazar promove uma grande festa para mil
pessoas regada a muito vinho onde se embebedaram e realizaram orgias sexuais
com mulheres ímpias e num ato de extrema insanidade profanaram os objetos
sagrados do Templo de Jerusalém trazidos pelo seu avô, o rei Nabucodonosor por
ocasião do cativeiro de Judá, bebendo vinho nas taças e vasos de ouro e ao
mesmo tempo dando louvores aos falsos deuses da Babilônia ( Dn 5:1 - 4).
A MÃO DE
DEUS NO BANQUETE DE BELSAZAR
·
Deus não se deixa escarnecer e na mesma hora em que
Belsazar profanava as coisas sagradas aparece uma mão escrevendo na parede
quatro palavras á vista de todo, o rei muito se inquietou e foi tomado de um
assombro, de medo e de tremor. Mandou chamar os sábios da Babilônia e
disse-lhes que quem interpretasse os dizeres gravados na parede seria vestido de
púrpura, receberia uma colar de ouro e seria a terceira pessoa do reino da
Babilônia(Dn 5:5-7).
Os sábios
da Babilônia não pudera interpretar as palavras escritas na parede da sala do
banquete, pois, a sabedoria de Deus é insondável pela sabedoria dos homens. O
rei fica cada vez mais apavorado, então, a rainha, sua mãe, filha de
Nabucodonosor indica que existe um homem de Deus chamado Daniel que poderia
interpretar a escritura na parede(Dn 5:8- 12).
O rei
manda chamar Daniel e expõe a ele sobre os presentes que receberia, caso
interpretasse as palavras gravadas na parede, o que foi rejeitado por Daniel,
porém,Daniel manifesta ao rei que decifraria os escritos(Dn 5:13-17).
Então,Daniel
relata a Belsazar que Deus deu o reinado a Nabucodonosor, porém, este se
exaltou e manifestou uma soberba inigualável e por isso foi abatido pelo Senhor
sendo sentenciado a viver como um animal durante 7 anos, ao fim dos quais teve
o seu reino restituído por reconhecer que Deus é o único Deus Todo Poderoso e
soberano sobre tudo e sobre todos(Dn 5:18-21).
adverte Belsazar que mesmo ele
sabendo desta história também não se humilhou diante de Deus e ao contrário
profanou as coisas sagradas do templo do Senhor bebendo vinho nas taças e vasos
da casa do Senhor, dando louvores aos falsos deuses da Babilônia,praticando
orgias sexuais com as mulheres ímpias e por isso o senhor resolveu dar-lhe uma
merecida sentença informada nos escritos da parede (Dn 5:22-24).
ASENTENÇA
CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA E DANIEL INTERPRETA OS ESCRITOS DE DEUS
NA PAREDE
Deus escreveu na parede MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM que
Daniel interpretou como:
MENE, MENE- Contou Deus o teu reino, e deu cabo
dele.
TEQUEL - Pesado foste na balança, e achado em
falta.
PARSIM (PERES) – Dividido foi o teu reino, e dado
aos medos e aos persas.
Nesta mesma noite em que Daniel interpretou as
palavras na parede o rei Belsazar foi destituído de seu reino e Dario, o medo,
ocupou o reino da Babilônia (Dn 5:25-31).
Os homens não podem escarnecer das coisas divinas,
pois, Deus não se deixa escarnecer e na história do rei Belsazar
veremos a intervenção de Deus na política babilônica.
A QUEDA
DA BABILÔNIA (VALORES DA SOCIEDADE ATUAL)
Os cristãos de hoje não estão imunes as atrações do
sistema da grande Babilônia espiritual muito especialmente o materialismo e a
banalidade do que é espiritual, porém, tenhamos a certeza de que a Bíblia
Sagrada declara que os cristãos autênticos devem rejeitar este sistema para não
serem enlaçados nesta terrível praga.
As Escrituras Sagradas são
claríssimas ao afirmar que devemos reconhecer no poder político algo criado por
Deus e que foi instituído por Ele para que haja a administração da justiça, o
castigo dos maus.
A primeira contribuição que damos
para a evangelização do mundo político é sendo cidadãos exemplares, cumpridores
das leis e das regras, fazendo isto de coração.
As
Escrituras Sagradas são claríssimas ao afirmar que devemos reconhecer no poder
político algo criado por Deus e que foi instituído por Ele para que haja a
administração da justiça, o castigo dos maus.
A
primeira contribuição que damos para a evangelização do mundo político é sendo
cidadãos exemplares, cumpridores das leis e das regras, fazendo isto de
coração.
·
Jesus,
nosso exemplo maior, era cumpridor de todos os deveres civis, seja diante da
lei judaica, seja diante do governo romano que dominava sobre os judeus no
tempo da vida terrena de Nosso Senhor e Salvador (Mt.22:21; Mc.12:17; Lc.20:25;
Jo.19:11; Mt.17:24-27).
De
igual modo, os apóstolos foram sempre ciosos em ensinar os crentes a cumprir os
deveres civis, independentemente de serem, ou não, alvo de perseguição, (
Rm.13:1-7; I Pe.2:11-17).
A
postura de cumprimento dos deveres é tanto mais importante para aqueles que
exercerem cargos e funções de mando na sociedade. Daniel é um exemplo a ser
seguido. (Dn.6:3,4).
·
Então o
mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um
espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
Então os presidente se os príncipes
procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam
achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum
erro nem culpa.
Deve
a Igreja sempre anunciar ao mundo político qual é a vontade de Deus, o que o
Senhor estatuiu na Sua Palavra quando se tiver de tomar decisões e de
implementar políticas públicas no meio social.
A
atuação da Igreja é evangelizadora, é de anunciadora da vontade de Deus e, por
isso, não deve ela imiscuir-se nas lutas político-partidárias, nos embates pela
tomada do poder.A Igreja deve, ademais, sabendo que as autoridades são
ministros de Deus, sempre se pôr à disposição dos governantes para cooperar e
colaborar com a implementação das políticas públicas que estiverem de acordo
com a Palavra de Deus.
Em nossa vida espiritual não podemos profanar o que
é sagrado, devemos respeitar e zelar pelos utensílios,
objetos e coisas que existem na casa de Deus, mas, sobretudo devemos também nos
guardar de forma irrepreensível, o nosso corpo, alma e espírito para o Senhor,
não profanando o templo do Senhor como instituição e nem o nosso próprio ser
que também é o templo do Espírito Santo (1 Co 6:19; 2 Co 6:16).
Não podemos adorar outros deuses, pois, Deus não se
deixa escarnecer (Gl 6:7).
A nossa adoração deve ser exclusiva para o Senhor
Jesus em Espírito e em Verdade (Jo 4:23).
CONCLUSÃO
Os cristãos devem ocupar profissões e posições de
influência em todos os segmentos sociais para que o mundo seja
evangelizado.Assim como Daniel que influenciou reinos após reinos, que os cristãos
de hoje como sal da terra e luz do mundo se coloquem na vanguarda dos diversos
grupos sociais para dizer-lhes que só Cristo salva. Aleluia!
Elaboração por: Pb. Mickel Souza
REFERÊNCIAS:
ADEYEMO,
Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
CABRAL,
Elienai. Integridade Moral e Espiritual: O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje. CPAD CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e
Filosofia. HAGNOS.
PFEIFFER,
Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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