11 de agosto de 2016

O Evangelho no Mundo Acadêmico e Político


O Evangelho no Mundo Acadêmico e Político

Texto Áureo "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." (l Co 2.4,5)

Verdade Prática = Somente o Evangelho de Cristo, no poder do Espírito Santo, para destruir as fortalezas e a resistência do universo acadêmico e do mundo político.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Daniel 2.24-28

Introdução

A evangelização em todos os lugares e todas as pessoas como está em Mc 16.16sempre foi presente e os desafios são grandissimos. Veremos nesta lição, o exemplo de Daniel e seus três companheiros. Exilados em Babilónia, destacaram-se como académicos, servidores públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e palavras, a supremacia do Deus de Israel.

A vida desses hebreus fez uma grande diferença e serve de exem­plo aos académicos e políticos cristãos de nossos dias, que lutam por levar o Evangelho às mais altas esferas do conhecimento e do poder.

I- Daniel na Universidade de Babilônia

Um Resumo da Vida de Daniel

Daniel era judeu, de uma família nobre. Quando os babilônios dominaram a cidade de Jerusalém em 605 a.C., ele e alguns outros jovens foram levados ao cativeiro. O rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus fossem preparados para servir no seu palácio. Daniel e três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, foram entre os jovens escolhidos.

A Integridade de Daniel como modelo para nossos dias

Poucas personagens no AT são tão conhecidas quanto Daniel, desarraigado da sua terra natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve a firmeza do caráter moral e espiritual e uma lealdade inabalável ao Deus do seu povo. As suas habilidades e a integridade inspirada pela sua fé o conduziu a altos escalões dos acadêmicos e do governo babilônico. Sim, sua “integridade” foi o grande diferencial em seu testemunho na Babilônia.

Pode-se definir integridade como “solidez de caráter”. Pode, também, significar o estado de “ser inteiro”, “ser completo”. Deriva-se do verbo “integrar”, que significa “tornar unido para formar um todo completo ou perfeito” “retidão, perfeição”. Qualidade de alguém de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, pureza ou castidade, o que é justo. Já a palavra caráter significa o aspecto dinâmico da nossa personalidade. É aquilo que nos faz diferentes dos outros, conjunto dos traços particulares de uma pessoa (FERREIRA, 2004, pp. 1116, 402).

A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saúde (Dn 1.8). A palavra traduzida por contaminar-se “gaal”, pode significar contaminação física (Is 63.3), "mancha", contaminação moral (Sf 3.1), ou, mais frequentemente, contaminação cerimonial (Ed 2.62; Ne 7.64). Vejamos algumas lições:

Daniel um modelo de EXCELÊNCIA.

Mesmo tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia a Deus e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse oferecida. É um modelo para os jovens (Ec 12.1), como também foram outros jovens na história bíblica como Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12),Timóteo (2Tm 3.15). Durante toda a sua vida, Daniel foi um exemplo de fidelidade, integridade e de oração, pois orava três vezes ao dia, continuamente (Dn 6.10).

Daniel, modelo de INTEGRIDADE (Dn 1.6,7).

Apesar de todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha e pagã, com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante toda a sua vida, manter-se íntegro moral e fisicamente. A mudança de nome não os fez esquecerem de sua fé e seu Deus Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7).

Os crentes devem ser orientados para que testemunhem de Cristo também no campus universitário. Em primeiro lugar, o universitário crente evangeliza através de um testemunho santo e irrepreensível que, por si mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio de uma abordagem sábia e oportuna, que mostre a razão de nossa esperança (1 Pe 3.15). Nenhum universitário cristão deve sacrificar o Evangelho no altar da pós-modernidade. Antes, que seja oportuno na proclamação de Cristo.

 

·         Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós 1Pe 3.15.

Uma das grandes barreiras existente no campus é a “falsa ciência”, ela é todo o conhecimento que procura contrariar as Escrituras Sagradas, a sã doutrina, é todo conhecimento que decorre da soberba humana que acha que pode ser igual a Deus, que não quer reconhecer a revelação divina dada ao homem e que está na Bíblia Sagrada.

A “falsa ciência” não busca a verdade, mas, tão somente, busca convencer as pessoas a não crer na Palavra de Deus, tem como objetivo contrariar a revelação divina, ou seja, desviar as pessoas da fé. Por isso, não se pode acolher esta “falsa ciência”, que deve ser combatida e desmascarada.

·         Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência,

A qual professando-a alguns, se desviaram da fé. A graça seja contigo. Amém 1Tm 6.20, 21.

O ambiente acadêmico se deixou influenciar por esta “falsa ciência”, que nada mais é que a crença na mentira satânica de que se pode viver sem Deus, como se Deus não existisse, que se pode entender o universo e as relações humanas sem que se recorra a Deus.

Diante deste quadro, a partir já do início da educação, temos, em nossos dias, uma pedagogia que procura extirpar a ideia de Deus e do sobrenatural das mentes das pessoas, a ponto de termos hoje, no sistema educacional, uma cidadela contra a fé.

Diante desta triste realidade, é imperioso que a Igreja ingresse na evangelização das escolas, na evangelização das universidades, enfim, que o Evangelho penetre no sistema educacional, pois não podemos ficar inertes diante desta grande artimanha do maligno de afastar as pessoas da salvação.

Nesta evangelização, em primeiro lugar, é forçoso abandonar uma atitude anti-intelectualista, reconhecendo a importância e a necessidade do estudo, do desenvolvimento da erudição, do avanço do conhecimento.

Diante desta atitude de reconhecimento da importância e necessidade do estudo e do desenvolvimento intelectual, devemos, então, levar a mensagem da salvação a este ambiente educacional, sabendo que o mesmo se encontra impregnado da “falsa ciência” e que, portanto, é mister combatermos esta hostilidade artificial mas eficientemente criada pelo inimigo de nossas almas.

Após termos reconhecido a importância do estudo, é mister que sejamos exemplo de dedicação a este mesmo estudo. Foi o que fizeram:

 

a) Moisés (At.7:21)

b) Daniel e seus amigos Hananias, Misael e Azarias (Dn.1:19,20)

c) Paulo (At.22:3)

Não se pode apenas ser dedicado no estudo secular, mas é preciso que haja, também, dedicação no ensino doutrinário, no conhecimento da Palavra de Deus.

·         E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo Fp 3.8.

 

A falta de preparo doutrinário é a razão pela qual há um nível muito alto e intenso de apostasia da fé por parte dos jovens cristãos que ingressam nas universidades em nossos dias.

 

Moisés, Daniel e seus amigos e Paulo tinham uma sólida formação doutrinária, conheciam a Palavra de Deus quando enveredaram pelo mundo acadêmico e, por isso, por serem doutos na Palavra e na ciência e filosofia puderam ser vasos grandemente usados pelo Senhor para a divulgação da mensagem da salvação, para que o Senhor se fizesse conhecido da elite intelectual.

Se queremos, pois, evangelizar as escolas e universidades, precisamos, antes de mais nada, dar o devido conhecimento doutrinário a nossas crianças, jovens e adolescentes, pois, sem este conhecimento, eles jamais poderão ser sal da terra e luz do mundo neste ambiente intelectual.

O investimento em nossas crianças, jovens e adolescentes é fundamental, porque, no ambiente acadêmico, a evangelização deve ser feita preponderantemente pelos próprios alunos, com a ajuda de professores cristãos.

II - DEUS NA ACADEMIA BABILÔNICA

 

Deus intervém na história da humanidade e neste segundo ponto veremos como Deus fez uma intervenção no reino e na academia babilônica explicando o desenrolar da história humana

 

 

O SONHO PERTURBADOR DE NABUCODONOSOR, PROFECIA DO MUNDO GENTÍLICO E A VINDA DE JESUS

 

O Senhor no ano 602 a. C. revela por meio de um sonho do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia, o futuro cronológico da sucessão de impérios,desde o tempo presente da época com a implementação do primeiro império mundial, precisamente o império Babilônico de Nabucodonosor, passando por diversos impérios mundiais até nossos dias atuais e ainda por tempos vindouros,em que se levantará um reino que jamais será destruído, que jamais passará e subsistirá para sempre,se referindo então ao majestoso Reino de Cristo (Jr 27: 1-11;Dn 2:44).

 

O DESAFIO PARA A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

 

Deus revela ao grande rei da Babilônia um sonho, que em muito perturba o seu espírito, e até mesmo Causa-lhe insônia e então manda chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os sábios á sua presença para decifra-lhe o sonho (Dn 2:1-3).

Os sábios interpelam ao rei por duas vezes com o intuito que o sonho seja revelado a eles para que haja a interpretação, porém, Deus em sua insondável sabedoria fez o rei esquecer o sonho e assim Nabucodonosor, rei da Babilônia, percebendo a artimanha do engano de seus sábios para com ele, determina que se o sonho não fosse interpretado por eles, todos os magos, encantadores, feiticeiros e os sábios da Babilônia seriam despedaçados e suas casas seriam transformadas em monturos, todavia, se o sonho fosse revelado receberiam dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2: 4-9).

 

Os caldeus reconhecem diante do rei que a sabedoria humana não é potencialmente suficiente para a revelação do sonho e que somente quem é imortal e eterno, o Senhor, nosso Deus,poderia revelar o sonho profético e por isso o rei se enfureceu e lançou o decreto que determinava que todos os sábios da Babilônia deviam ser mortos, inclusive Daniel e seus companheiros Hananias, Misael e Azarias (Dn 2:10 - 13).

 

ENSINAMENTO DESTE EPISÓDIO

 

Não existe homem com assuas vãs filosofias, ideologias e conhecimento mais sábio do que o Senhor.

A sabedoria de Deus é inatacável, inquestionável, porque é uma sabedoria que se demonstra com poder e se a quisermos, temos que humildemente pedi-la ao Senhor, o Todo-Poderoso. O saber humano,acadêmico, filosófico não se sobrepõem a sabedoria divina(1 Co 1:18-31; Tg 1:5-8).

 

A ATITUDE SÁBIA DE DANIEL E SUA MATURIDADE ESPIRITUAL DE DANIEL

 

O jovem Daniel, ao saber das circunstâncias que ameaçavam a sua própria vida e a de seus amigos,teve o equilíbrio de avaliar o momento potencialmente perigoso e interpelou ao oficial Arioque e a o próprio rei sobre a situação e então, pediu ao rei um tempo para interpretar o sonho(Dn 2:14-16).

 

Daniel apressadamente comunicou a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, sobre a situação e apelou então para Deus em oração de modo que,o sonho do rei fosse revelado a ele.

Deus em sua infinita misericórdia revela a Daniel numa visão noturna o sonho profético do rei Nabucodonosor e Daniel glorifica ao Senhor (Dn 2:17-23).

 

Há um Deus no céu que revela o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. A oração é o meio mais eficaz de nos comunicarmos com Deus e ter um intimidade com Ele nos permitindo conhece - lo em profundidade de forma sincera e verdadeira. Se orarmos ao Senhor, Ele revela a nós os insondáveis segredos espirituais (Sl 139:1 - 10).

 

DANIEL CONTA O SONHO, INTERPRETA E O REVELA

 

Daniel é introduzido a presença do rei Nabucodonosor e conta que o rei sonhou com uma imagem cuja cabeça era de ouro, o peito e braços de prata, ventre e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e barro misturados e que os significados de cada parte da estátua eram as sucessões de impérios mundiais

(Dn 2:24 - 43).

 

DANIEL É ABENÇOADO POR DEUS

 

A partir desta importante revelação Daniel foi exaltado pelo rei Nabucodonosor, prosperou, recebeu muitos bens materiais e se tornou governador da província da Babilônia e também chefe supremo de todos os sábios da Babilônia, bem como, abençoou os seus amigos Hananias, Misael e Azarias como administradores sobre os negócios da província (Dn 2:46 - 49).

 

Deus é soberano e sua soberania foi reconhecida por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Devemos confiar no Senhor, não importa a circunstância adversa que venhamos a passar, Deus é soberano e no momento certo Deus exaltará os humildes, Deus faz prosperar em tudo aqueles que o temem (Sl 21:1-7).

 

Esta segunda história registrada no livro de Daniel nos coloca para a reflexão de que só existe um Deus soberano no céu e na terra e este é Jeová, o Deus Todo Poderoso, que intervém na história segundo a sua vontade, é Ele quem muda tempo e estações, remove reis e estabelece reis, dá sabedoria aos sábios, é Ele o único e verdadeiro Deus, além dEle não há outro deus.

 

Assim devemos proclamar para a sociedade acadêmica que somente em Jesus Cristo a sociedade pode se salvar das corrupções que há no mundo.

 

III - A INTERVENÇÃO DE DEUS NA POLÍTICA BABILÔNICA

Outro campo em que se deve esmerar na evangelização é o mundo político, ou seja, a elite que está nas rédeas da sociedade, pois a classe política é aquela que está à frente da sociedade, que traça os destinos do corpo social e que encaminha a direção e orientação de todos nós.

 

A política tem por finalidade a obtenção do bem comum, que “consiste no conjunto de todas as condições de vida social que favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana e sua sociedade”.

 

·         Quando Deus criou o homem, fê-lo já com a capacidade de dominar sobre a criação terrena (Gn.1:28), e, na qualidade de imagem e semelhança de Deus, tinha, em sua natureza, o poder, já que Deus é o Todo-Poderoso, a fonte de todo o poder (Sl.62:11).

·         Após o dilúvio, porém, Deus, expressamente, delega aos homens a administração da justiça entre eles estabelecendo-se, pois, o “governo humano” (Gn.9:1-7), em que se criou uma autoridade que estivesse à frente das pessoas em sociedade, autoridade esta que deveria castigar os maus, fazendo valer os princípios estabelecidos pelo próprio Deus para a convivência humana (Rm.13:1-7).

·         Cedo, porém, com a pecaminosidade do ser humano, este poder político, legitimamente implantado por Deus, acabou por ser exercido ilegitimamente, em contrariedade ao objetivo divino, como se verifica no caso de Ninrode, que se tornou o soberano daquela comunidade única pós-diluviana (Gn.10:8-11).

 

O resultado disto foi a destruição desta comunidade única pós-diluviana, com a confusão das línguas, e o espalhamento de todos pela Terra, com a formação das diversas nações, onde, em casa uma delas, se erigiu um poder político que estabeleceu um sistema de poder em contraposição aos propósitos divinos

 

·         Com a rejeição das nações, o Senhor tratou de formar um povo Seu, Sua propriedade peculiar dentre os povos (Ex.19:5,6) - Israel.

 

·         Os israelitas, depois de terem, por alguns séculos, desobedecido a Deus, que era o seu rei, fazendo o que bem entendessem (Jz.21:25), acabaram por rejeitar expressamente o governo divino, pedindo para si um rei, para serem conforme todas as demais nações (I Sm.8:4-9). Este poder político construído à revelia do Senhor acabou por levar à própria perda da Terra por parte de Israel.

 

·         Após ter retornado do cativeiro da Babilônia, Israel acabou sendo dominado pelos gentios até a vinda do Messias (Ne.9:24-38), com exceção de um pequeno período em que obtiveram independência entre o término do domínio sírio e o início do domínio romano, sendo certo que, até 1948, os judeus estiveram sempre sob o domínio gentílico e só agora voltaram a se constituir num Estado independente e, mesmo assim, que não governa sobre a maior parte dos judeus, que ainda vivem fora de Israel.

 

 

·         A Igreja, por sua vez, sempre foi ensinada pela Palavra de Deus a se sujeitar às autoridades, pois elas são ministros de Deus para o castigo dos maus, ainda que, precisamente por ser o poder político exercido em contraposição aos propósitos divinos, não sejam poucos os casos em que a Igreja é tenazmente perseguida pelos detentores do poder político.

 

 

 

 

A BREVE HISTÓRIA DO REI BELSAZAR E A FESTA PROFANA DE BELSAZAR

 

O rei Belsazar promove uma grande festa para mil pessoas regada a muito vinho onde se embebedaram e realizaram orgias sexuais com mulheres ímpias e num ato de extrema insanidade profanaram os objetos sagrados do Templo de Jerusalém trazidos pelo seu avô, o rei Nabucodonosor por ocasião do cativeiro de Judá, bebendo vinho nas taças e vasos de ouro e ao mesmo tempo dando louvores aos falsos deuses da Babilônia ( Dn 5:1 - 4).

 

A MÃO DE DEUS NO BANQUETE DE BELSAZAR

 

·         Deus não se deixa escarnecer e na mesma hora em que Belsazar profanava as coisas sagradas aparece uma mão escrevendo na parede quatro palavras á vista de todo, o rei muito se inquietou e foi tomado de um assombro, de medo e de tremor. Mandou chamar os sábios da Babilônia e disse-lhes que quem interpretasse os dizeres gravados na parede seria vestido de púrpura, receberia uma colar de ouro e seria a terceira pessoa do reino da Babilônia(Dn 5:5-7).

 

Os sábios da Babilônia não pudera interpretar as palavras escritas na parede da sala do banquete, pois, a sabedoria de Deus é insondável pela sabedoria dos homens. O rei fica cada vez mais apavorado, então, a rainha, sua mãe, filha de Nabucodonosor indica que existe um homem de Deus chamado Daniel que poderia interpretar a escritura na parede(Dn 5:8- 12).

 

O rei manda chamar Daniel e expõe a ele sobre os presentes que receberia, caso interpretasse as palavras gravadas na parede, o que foi rejeitado por Daniel, porém,Daniel manifesta ao rei que decifraria os escritos(Dn 5:13-17).

 

Então,Daniel relata a Belsazar que Deus deu o reinado a Nabucodonosor, porém, este se exaltou e manifestou uma soberba inigualável e por isso foi abatido pelo Senhor sendo sentenciado a viver como um animal durante 7 anos, ao fim dos quais teve o seu reino restituído por reconhecer que Deus é o único Deus Todo Poderoso e soberano sobre tudo e sobre todos(Dn 5:18-21).

 

adverte Belsazar que mesmo ele sabendo desta história também não se humilhou diante de Deus e ao contrário profanou as coisas sagradas do templo do Senhor bebendo vinho nas taças e vasos da casa do Senhor, dando louvores aos falsos deuses da Babilônia,praticando orgias sexuais com as mulheres ímpias e por isso o senhor resolveu dar-lhe uma merecida sentença informada nos escritos da parede (Dn 5:22-24).

 

ASENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA E DANIEL INTERPRETA OS ESCRITOS DE DEUS NA PAREDE

 

Deus escreveu na parede MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM que Daniel interpretou como:

 

MENE, MENE- Contou Deus o teu reino, e deu cabo dele.

 

TEQUEL - Pesado foste na balança, e achado em falta.

 

PARSIM (PERES) – Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.

Nesta mesma noite em que Daniel interpretou as palavras na parede o rei Belsazar foi destituído de seu reino e Dario, o medo, ocupou o reino da Babilônia (Dn 5:25-31).

 

 

Os homens não podem escarnecer das coisas divinas, pois, Deus não se deixa escarnecer e na história do rei Belsazar veremos a intervenção de Deus na política babilônica.

 

A QUEDA DA BABILÔNIA (VALORES DA SOCIEDADE ATUAL)

 

Os cristãos de hoje não estão imunes as atrações do sistema da grande Babilônia espiritual muito especialmente o materialismo e a banalidade do que é espiritual, porém, tenhamos a certeza de que a Bíblia Sagrada declara que os cristãos autênticos devem rejeitar este sistema para não serem enlaçados nesta terrível praga.

 

As Escrituras Sagradas são claríssimas ao afirmar que devemos reconhecer no poder político algo criado por Deus e que foi instituído por Ele para que haja a administração da justiça, o castigo dos maus.

A primeira contribuição que damos para a evangelização do mundo político é sendo cidadãos exemplares, cumpridores das leis e das regras, fazendo isto de coração.

As Escrituras Sagradas são claríssimas ao afirmar que devemos reconhecer no poder político algo criado por Deus e que foi instituído por Ele para que haja a administração da justiça, o castigo dos maus.

A primeira contribuição que damos para a evangelização do mundo político é sendo cidadãos exemplares, cumpridores das leis e das regras, fazendo isto de coração.

 

·         Jesus, nosso exemplo maior, era cumpridor de todos os deveres civis, seja diante da lei judaica, seja diante do governo romano que dominava sobre os judeus no tempo da vida terrena de Nosso Senhor e Salvador (Mt.22:21; Mc.12:17; Lc.20:25; Jo.19:11; Mt.17:24-27).

De igual modo, os apóstolos foram sempre ciosos em ensinar os crentes a cumprir os deveres civis, independentemente de serem, ou não, alvo de perseguição, ( Rm.13:1-7; I Pe.2:11-17).

 

A postura de cumprimento dos deveres é tanto mais importante para aqueles que exercerem cargos e funções de mando na sociedade. Daniel é um exemplo a ser seguido. (Dn.6:3,4).

 

·         Então o mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.

Então os presidente se os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.


Deve a Igreja sempre anunciar ao mundo político qual é a vontade de Deus, o que o Senhor estatuiu na Sua Palavra quando se tiver de tomar decisões e de implementar políticas públicas no meio social.

 

A atuação da Igreja é evangelizadora, é de anunciadora da vontade de Deus e, por isso, não deve ela imiscuir-se nas lutas político-partidárias, nos embates pela tomada do poder.A Igreja deve, ademais, sabendo que as autoridades são ministros de Deus, sempre se pôr à disposição dos governantes para cooperar e colaborar com a implementação das políticas públicas que estiverem de acordo com a Palavra de Deus.

 

Em nossa vida espiritual não podemos profanar o que é sagrado, devemos respeitar e zelar pelos utensílios, objetos e coisas que existem na casa de Deus, mas, sobretudo devemos também nos guardar de forma irrepreensível, o nosso corpo, alma e espírito para o Senhor, não profanando o templo do Senhor como instituição e nem o nosso próprio ser que também é o templo do Espírito Santo (1 Co 6:19; 2 Co 6:16).

 

Não podemos adorar outros deuses, pois, Deus não se deixa escarnecer (Gl 6:7).

A nossa adoração deve ser exclusiva para o Senhor Jesus em Espírito e em Verdade (Jo 4:23).

 

 

CONCLUSÃO

 

Os cristãos devem ocupar profissões e posições de influência em todos os segmentos sociais para que o mundo seja evangelizado.Assim como Daniel que influenciou reinos após reinos, que os cristãos de hoje como sal da terra e luz do mundo se coloquem na vanguarda dos diversos grupos sociais para dizer-lhes que só Cristo salva. Aleluia!

Elaboração por: Pb. Mickel Souza

 

REFERÊNCIAS:

 

ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.

 

CABRAL, Elienai. Integridade Moral e Espiritual: O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. CPAD CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.

 

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular.

 

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

 


 

Nenhum comentário: