Pais Zelosos e Filhos Rebeldes - 07-05-2023
OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO e na cor AZUL algumas orientações extras.
Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula em vídeo e complemente com esse comentário.
CONTEÚDO EXTRA
Antes da aula de hoje, gostaria de esclarecer uma dúvida que surgiu entre aqueles que assistem às aulas neste canal. Na lição 02, discutimos sobre a predileção dos pais por um dos filhos, e na lição 03, sobre o ciúme, que é um mal que prejudica a família.
Devido a isso, surgiu a dúvida se favoritismo é o mesmo que afinidade, uma vez que alguns filhos têm mais afinidade com os pais do que outros.
Portanto, gostaria de esclarecer essa questão e, se houver a mesma dúvida na sala de aula, o professor ou a professora poderá esclarecê-la para seus alunos.
O favoritismo em relação aos filhos é quando um pai ou mãe trata um filho de maneira preferencial em relação aos outros, sem uma razão justificável. Isso pode acontecer por várias razões, como a personalidade da criança, a semelhança física com o pai ou mãe, ou até mesmo por causa de suas realizações ou talentos.
Por outro lado, a afinidade em relação aos filhos é uma conexão emocional natural que os pais têm com seus filhos, que pode ser baseada em interesses comuns, temperamentos semelhantes, ou simplesmente por passar mais tempo juntos. A afinidade é uma coisa boa e saudável entre pais e filhos, e pode ajudar a fortalecer o vínculo familiar.
A diferença principal entre favoritismo e afinidade é que o favoritismo é injusto e pode levar a ressentimentos e divisões entre irmãos, enquanto a afinidade é natural e pode ser uma fonte de força e união familiar. É importante que os pais reconheçam as suas afinidades com os filhos, mas também evitem o tratamento preferencial e injusto. Os pais devem amar e tratar todos os filhos com igualdade e justiça, independentemente de quaisquer afinidades pessoais.
TEXTO ÁUREO
“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.” (Cl 3.20)
VERDADE PRÁTICA
O modo de criar e educar tem impacto no comportamento de nossos filhos no mundo, mas não anula a responsabilidade individual das escolhas deles.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Juízes 13.1-7,24; 14.1-3
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
I) APRESENTAR o contexto pecaminoso de Israel e a fidelidade dos pais de Sansão ao Senhor;
II) IDENTIFICAR o comprometimento dos pais de Sansão com a sua formação moral e espiritual sob a bênção divina;
III) CONSCIENTIZAR de que a conduta falha de Sansão na vida adulta, assim como as suas consequências, foi de responsabilidade pessoal e intrasferível, fruto de seu livre-arbítrio, nem sempre seguindo a educação recebida.
PALAVRA-CHAVE - Instrução
PLANO DE AULA
Na Lição de hoje vamos refletir sobre a responsabilidade dos pais na criação dos filhos e compreender que a fidelidade a Deus não é hereditária (passa de pais para filhos) nem compulsória (uma obrigação imposta ou forçada).
Vamos entender que desafios culturais, excesso de informações e diferentes perspectivas de educação influenciam na formação ética dos nossos filhos. Como equilibrar a missão divina de criar filhos nos caminhos de Deus e não desanimar diante da imprevisibilidade de nosso empenho e esforços na criação deles?
Por isso, durante a aula como professores devemos reforçar que, sob o nosso controle está apenas a decisão sobre o que ensinar enquanto eles estiverem vivendo a menoridade. Já o que farão com tal ensino na vida adulta é de responsabilidade deles, primeiramente, diante de Deus e, depois, diante dos homens.
INTRODUÇÃO
A história da família de Sansão se dá num contexto de pressão social, escassez e sofrimento impostos pelos filisteus sobre os israelitas, por volta do século XI a.C. O filho de Manoá nasceu por um desígnio de Deus no tempo dos juízes, sendo o 12º e o último juiz em Israel. Apesar de ele ter nascido para cumprir um desígnio divino, na defesa de Israel, tinha um temperamento irascível (facilmente se irrita – explosivo) e rebelde. É possível constatar isso ao longo de sua vida pessoal de acordo com a Bíblia. Na presente lição, veremos que os pais de Sansão foram zelosos em sua educação, mas seu filho tornou-se rebelde.
I – OS PAIS DE SANSÃO
1. Uma situação espiritualmente deplorável.
O capítulo 13 de Juízes mostra que “os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor” (v.1). Por isso, Deus entregou Israel na mão dos filisteus por 40 anos (Jz 13.1). Era um contexto em que o povo vivia na prática do pecado, onde poucas famílias temiam a Deus e procuravam guardar seus mandamentos. Entretanto, havia um casal fiel ao Eterno, que recebeu uma visita do Anjo do Senhor.
Uma das maneiras que Deus usava para corrigir seu povo e trazê-los de volta para Si era entregá-los nas mãos de seus inimigos. Essa forma de correção é vista várias vezes no Antigo Testamento e se repetiu em vários momentos no livro de Juízes.
Jz 2:11-14 na (ARC) diz: 11 - Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do SENHOR; e serviram aos baalins (várias imagens de Baal). 12 - E deixaram o SENHOR, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o SENHOR à ira. 13 - Porquanto deixaram ao SENHOR e serviram a Baal e a Astarote (deusa da fertilidade adorada por vários povos). 14 - Pelo que a ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e os deu na mão dos roubadores, e os roubaram; e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e não puderam mais estar em pé diante dos seus inimigos.
LIÇÃO PRINCIPAL
Mesmo diante de um quadro de apostasia generalizada, é possível sermos fiéis a Deus como o exemplo de Manoá e sua esposa.
2. A mulher agraciada.
O casal era formado por um homem chamado Manoá, da tribo de Dã, e sua esposa, que era estéril (Jz 13.2). Foi para essa mulher que o Anjo do Senhor apareceu, dizendo: “Eis que, agora, és estéril e nunca tens concebido; porém conceberás e terás um filho” (Jz 13.3). Dessa forma, a mulher de Manoá surge no cenário do livro de Juízes, escolhida pelo Senhor para ser mãe do “remidor de Israel”. Sua história é semelhante à de Sara, Rebeca e Ana, que tiveram a esterilidade revertida para gerar vidas que desempenhariam uma função importante para a glória de Deus. Sob uma fé inabalável, a mulher de Manoá, devido ao favor gracioso de Deus, geraria um filho que libertaria o povo judeu do jugo dos filisteus.
O cenário era de caos espiritual entre o povo. Deus entra na casa de uma família que o temia diante desse cenário, mas que também sofria com um caos próprio: a esterilidade da esposa de Manoá. Talvez como Ana, essa mulher também derramava suas lágrimas, e de forma surpreendente recebe a visita de um anjo, mudando sua condição. Deus não somente permitiu que ela gerasse, mas que gerasse aquele que iria libertar seu povo das mãos dos inimigos.
LIÇÃO PRINCIPAL
Deus faz com que a esposa de Manoá, que era estéril, tenha um filho. Muitas vezes Deus usa a nossa impossibilidade para manifestar a sua graça e, através disso, seu nome é glorificado.
3. Recebendo orientações divinas.
O Anjo do Senhor deu orientações bem precisas a respeito da criança que iria nascer. Isso porque Sansão seria um nazireu desde o ventre materno (Jz 13.5), ou seja, ele seria um homem separado e consagrado para cumprir um desígnio de Deus (Nm 6.13-21). Cabia aos seus pais ensiná-lo e orientá-lo quanto aos requisitos do nazireado. Sansão não poderia beber vinho ou qualquer outra bebida considerada forte; não poderia comer coisa considerada imunda (Jz 13.4); não poderia ter os cabelos cortados e, finalmente, não poderia tocar em cadáver ou quaisquer outras coisas que representassem uma quebra de voto de nazireu.
Existia o voto de nazireu que durava por um tempo e qualquer pessoa poderia fazê-lo, e a pessoa que Deus o separava no ventre como nazireu. Esse é o caso de Sansão. Havia várias restrições como já vimos e os pais de Sansão precisavam durante o período de gestação, infância, adolescência e juventude guiá-lo para que ele não se contaminasse.
Não há mais a observância do voto de nazireu, mas como cristãos somos consagrados totalmente ao Senhor.
LIÇÃO PRINCIPAL
Assim como Sansão era um nazireu desde o ventre materno e, por isso, era separado exclusivamente para Deus, da mesma forma nós que estamos em Cristo devemos viver separados exclusivamente para Ele.
SINÓPSE I
O Senhor escolheu Manoá e sua esposa para serem pais do “remidor de Israel”.
II – O NASCIMENTO DE SANSÃO E SUA FORMAÇÃO
1. O nascimento e desenvolvimento de Sansão.
Conforme a promessa, Sansão nasceu de uma mulher estéril. Ele cresceu debaixo da bênção do Senhor (Jz 13.24). Tanto era assim, que o Espírito Santo o dirigia para o campo de Dã (Jz 13.25). Não havia dúvida de que a vida de Sansão estava sob a vontade soberana de Deus. Ela foi proveniente de um grande milagre executado pelo Altíssimo na vida de sua mãe.
É maravilhoso entender que não há impossibilidades para o nosso Deus. Seus planos não podem ser frustrados. Embora o cenário fosse desfavorável, com os filisteus dominando e oprimindo o povo de Deus, o propósito de Deus se desenrolou, e Sansão foi criado com uma missão para cumprir. Seu nascimento acabou com a vergonha na casa de Manoá e sua esposa, e apesar de todos os seus erros, ele acabou com a vergonha do seu povo.
LIÇÃO PRINCIPAL
Sansão nasceu de uma mulher estéril, cumprindo uma promessa divina. Sua vida estava sob a vontade de Deus, que o dirigia através do Espírito Santo. Seu nascimento foi um grande milagre realizado pelo Altíssimo na vida de sua mãe.
2. A família de Sansão.
O menino Sansão, no plano terreno, estava sob a responsabilidade de seus pais. Embora o texto bíblico não traga muitos detalhes do relacionamento dos pais de Sansão, podemos inferir que Manoá e sua esposa tinham uma vida conjugal de confiança e profunda piedade: a) a esposa de Manoá compartilhou diretamente com ele a respeito do Anjo; b) Manoá orou insistentemente pedindo orientação de como criar a criança; c) os dois estavam juntos e contemplaram a visão do anjo subindo em meio às chamas do altar (Jz 13.6,8,9,11,20). Nesse aspecto, podemos perceber que o relacionamento entre esposo e esposa tem impacto direto na formação dos filhos. Certamente, Sansão cresceu em um lar cuja relação baseava-se em amor, comunhão e piedade a Deus.
Quantos filhos sofrem desajustes na criação devido a conflitos entre seus pais! Muitos pais desconhecem os males que esses conflitos produzem em crianças, adolescentes e jovens, especialmente quando falta amor, comunhão e transformação de vida em casa.
A vida conjugal que temos influencia muito a vida de nossos filhos. Muitos reproduzem atitudes e comportamentos traumáticos em seus próprios lares. Como filhos, não podemos usar isso como desculpa para nossas más atitudes, mas podemos buscar ajuda e mudança. Sansão não poderia usar isso como desculpa, já que seus pais, mesmo imperfeitos, cumpriram sua missão como pais zelosos.
LIÇÃO PRINCIPAL
O relacionamento dos pais de Sansão baseado em amor, comunhão e piedade a Deus teve um impacto direto na formação do menino.
3. A formação de Sansão.
Pela citação da trajetória de fé de seus pais, podemos inferir que Manoá e sua esposa criaram Sansão de acordo com as orientações recebidas pelo Anjo do Senhor. Na vida adulta, podemos ver que Sansão observava o protocolo do nazireado (Nm 6.1-7), vindo a violá-lo progressivamente mais tarde. Mas seus pais fizeram a parte deles, educando-o segundo a orientação divina recebida. Além disso, eles cumpriam os papéis esperados de pais para aquele contexto. Infelizmente, veremos que Sansão teve fraqueza de caráter e não honrou o voto de nazireu para com o Senhor. O que mostra que há pais zelosos que ensinam seus filhos no caminho em que devem andar, mas, infelizmente, algumas vezes, os filhos escolhem o caminho oposto. Por isso, a partir de uma certa idade, a responsabilidade diante de Deus é individual (Ez 18.20; Rm 2.6).
Ez 18:20 na (ARC) diz: A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.
Rm 2:6 na (ARC) diz: o qual recompensará cada um segundo as suas obras.
Outrossim, por exemplo, Caim e Abel tiveram a mesma formação, mas comportamentos completamente distintos (Gn 4.1-5).
Como pais que amamos nossos filhos, sempre desejamos que eles sigam o caminho do Senhor, e nunca nos conformaremos com os caminhos que muitos deles seguem na desobediência. No entanto, não devemos viver uma vida nos culpando.
É difícil atribuir aos pais ou a Deus os muitos defeitos de Sansão. Isso deve servir como consolo para pais cristãos devotos cujos filhos não optaram por seguir a Jesus. A história de Sansão pode trazer conforto para os pais que se questionam se falharam ou deixaram de fazer algo. Os pais de Sansão não falharam; as deficiências que levaram à destruição de Sansão estavam nele mesmo.
LIÇÃO PRINCIPAL
Como pais, devemos educar nossos filhos segundo a orientação divina e cumprir nossos papéis esperados, mas a escolha do caminho a seguir é individual. Sansão foi criado corretamente, mas escolheu violar seu voto com Deus. Cada um é responsável por suas escolhas diante de Deus.
SINÓPSE II
Os pais de Sansão foram fiéis às orientações do Senhor sobre a criação e nazireado do filho.
III – A FRAQUEZA DE CARÁTER DE SANSÃO
1. Sansão subestimou o poder do inimigo.
Sansão sabia da unção que estava sobre a sua vida para vencer seus inimigos. Certa feita, ele foi cercado por mais de mil soldados filisteus armados, mas Sansão os matou com uma queixada de jumento (Jz 15.15,16). Entre muitas proezas, ele encontrou um leão nas vinhas de Timna, o qual rasgou-o como quem rasga um cabrito porque o Espírito do Senhor veio sobre o juiz de Israel para matar esse filho de leão (Jz 14.5,6). Assim, Sansão foi acostumando-se com a vitória sobre os inimigos até que mais tarde ele seria vítima dessa subestimação (Jz 16.18- 22).
Jz 16:18-22 na (ARC) diz: 18 - Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, enviou e chamou os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ela e trouxeram o dinheiro na sua mão. 19 - Então, ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força. 20 - E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele. 21 - Então, os filisteus pegaram nele, e lhe arrancaram os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e andava ele moendo no cárcere. 22 - E o cabelo da sua cabeça lhe começou a crescer, como quando foi rapado.
Sansão passou de um homem separado e usado por Deus para um prisioneiro cego, utilizado em trabalhos forçados. Embora fosse juiz, ele não agia de acordo com sua posição, e apesar de ter força, cedeu aos encantos de Dalila. Embora gostasse de propor enigmas, não possuía a sabedoria de Deus, e apesar de ter pais zelosos, era um filho rebelde.
Não por acaso, o apóstolo Pedro alerta a igreja a respeito das artimanhas do Diabo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Infelizmente, muitos filhos subestimam as circunstâncias que rondam suas vidas e ignoram a experiência dos pais.
LIÇÃO PRINCIPAL
Devemos estar sempre vigilantes e não subestimar nossos inimigos. Sansão se acostumou com suas vitórias e subestimou seus inimigos, o que o levou à derrota. Da mesma forma, devemos estar alertas às artimanhas do Diabo e não ignorar a sabedoria dos nossos pais.
2. A presunção de Sansão.
Visto que o Espírito do Senhor o capacitou a realizar grandes proezas que o homem comum não realizaria, Sansão não percebeu que tinha um terrível inimigo: o seu próprio ego. Este o levou a subestimar a presença de Deus em sua vida. Sua força vinha de Deus, mas ele agia como se viesse dele mesmo e, por causa disso, passou a anular a glória de Deus. Sua atitude rebelde e presunçosa o levou a não dar o primeiro lugar para o Senhor, passando a buscar o prazer, a ociosidade e a luxúria (Jz 14.1; Jz 16.1). É muito triste quando os filhos não conseguem mais ver a benevolência do Senhor. Todavia, os pais devem continuar fiéis a Ele, sendo como faróis que encorajam os filhos rebeldes a se reconciliarem com Deus (Lc 15.11-32).
LIÇÃO PRINCIPAL
A subestimação da presença de Deus e o ego podem levar as pessoas a agirem como se fossem autossuficientes e se afastarem de Deus, levando a consequências tristes em suas vidas.
3. Manipulando o poder de Deus e brincando com o pecado.
Em Juízes 16.16-18, a Bíblia descreve como Sansão tratava as coisas espirituais. Ele entrou num terreno perigoso, “brincando” com a coisa santa. Ele obteve uma ideia falsa do poder de Deus. Iludido, pensava que poderia viver de qualquer maneira, pois estava certo de que o poder divino não lhe faltaria. Geralmente quem brinca com as coisas espirituais também passa a brincar com o pecado (Jz 16.1). Sansão apesar do chamado de Deus passou a viver como o povo da sua época. Cada um fazia o que bem parecia aos seus olhos. Ele afrontou os conselhos de seus pais para se envolver com uma mulher estrangeira (Jz 16.4). Deixou-se dominar pelas paixões carnais e passageiras. Infelizmente, alguns filhos de nossos arraiais passam a fazer as mesmas escolhas de Sansão. Nesse caso, os pais devem fazer o que se espera que eles façam: Educar os filhos no caminho do Senhor (Pv 22.6). Entretanto, saiba que as escolhas de seus filhos serão de inteira responsabilidade deles, quer para justificá-los quer para condená-los (Ec 11.9).
Ec 11:9 na (ARC) diz: Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo.
Deus quer que seu povo se alegre e que os jovens desfrutem da sua juventude. Mas todo esse regozijo deve ser moderado pelo reconhecimento de que Deus responsabilizará cada um por seus atos pecaminosos. Se o crente permitir que sua vida espiritual degenere em mediocridades (sem significado) e na prática de coisas pecaminosas, o resultado será aflição e sofrimento no presente, e julgamento no futuro.
Sansão falhou em reconhecer a autoridade dos seus pais e se recusou a seguir os ensinamentos de Deus que eles lhe deram. Mesmo como adulto, ele ignorou esses conselhos e foi desobediente não apenas aos seus pais, mas também a Deus.
Essa atitude custou a sua vida, embora o propósito divino tenha sido cumprido e o povo de Deus tenha sido libertado do domínio filisteu naquele momento.
Apesar de suas quedas, Sansão está listado na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11 (v. 32).
Hb 11:32 na (ARC) diz: E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas.
Foi por sua dependência dos dons de Deus, e por sua chamada, que ele foi capacitado a realizar feitos tão poderosos e notáveis, e esta fé foi manifestada em seu último ato.
Certamente o fim de Sansão não deveria ter sido daquele jeito, mas ele escolheu um caminho doloroso. Mesmo que tenha se arrependido no final e Deus o tenha usado pela última vez, seus dias foram abreviados por causa de suas más escolhas.
Que nunca venhamos a seguir esse tipo de exemplo!
LIÇÃO PRINCIPAL
Sansão brincou com as coisas espirituais e subestimou o poder de Deus, o que o levou a se envolver em pecado e paixões carnais. Pais devem educar seus filhos no caminho do Senhor, mas as escolhas dos filhos são de responsabilidade deles mesmos.
SINÓPSE III
As más escolhas de Sansão revelaram mais do seu caráter do que da sua criação.
CONCLUSÃO
A presente lição não teve o objetivo de explorar toda a história de Sansão, mas de enfatizar a sua chamada divina, sua formação e o desvio de caráter. Vimos que, muitas vezes, os pais são zelosos em criar seus filhos no caminho do Senhor, mas, infelizmente, quando alguns deles atingem certa idade, passam a ser rebeldes contra o Senhor e os próprios pais. Nosso propósito é que os pais continuem a ser faróis como luzeiros que revelam aos filhos rebeldes o quanto equivocados espiritualmente eles estão; orando sempre, para que eles voltem ao caminho de justiça do Deus Altíssimo.
Por fim, que os pais que aceitaram Jesus quando os filhos já tinham certa idade e não tiveram a oportunidade de ensiná-los quando crianças não se sintam culpados. Da mesma forma, os pais cristãos que por diversos motivos não cumpriram o papel de ensinar seus filhos quando deveriam. Lembre-se que a oração, a paciência e o amor operam milagres em Cristo.
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