Tesouro em Vasos de Barro
Texto Áureo: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”(2 Co 4.7).
I – Considerações iniciais
Primeiramente gostaria de saudar aos irmãos com a Paz do Senhor.
Nesta oportunidade estaremos fazendo um breve estudo sobre a lição 5 do primeiro trimestre do ano de 2010, Tesouro em Vasos de Barro. Esta é uma lição muito bela, que pode trazer a todos nós diversos ensinamentos de como é importante entregarmos nossa vida completamente a Deus, nos fazendo barro em Tuas mãos para que Ele possa fazer de nós vasos da maneira que O agrada e nos encher de Seus maravilhosos tesouros.
Primeiramente estaremos estudando sobre Vasos de Barro, para depois falarmos dos Tesouros de Deus, para que possamos nos aprofundar em cada um destes temas e, por fim, relacioná-los.
II – Vasos de Barro
Na Bíblia podemos encontrar ao menos dois sentidos diferentes para esta comparação feita entre nós humanos e os vasos de barro. Encontra-se o sentido trazido pela lição, o qual nos compara a Vasos de Barro por estes serem recipientes frágeis que podem guardar dentro de si grandes riquezas. Encontra-se, ainda, o sentido de que somos barro nas mãos de Deus, o nosso Oleiro, o qual pode nos moldar da forma como Lhe agradar. Pode-se facilmente relacionar estes sentidos, mas vamos estudá-los separadamente antes para depois fazermos esta relação.
1. Nós somos o barro e Deus o Oleiro
“1A palavra do Senhor, que veio a Jeremias dizendo: 2Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. 3E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. 4Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer. 5Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 6‘Não poderei eu fazer de vós como este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel ” (Jeremias 18. 1-6).
Nesta passagem, Deus fala ao profeta Jeremias através de uma parábola, comparando a todos nós com vasos que são feitos por um oleiro. Deus manda que Jeremias observe um oleiro trabalhando, e ao fazer isso o profeta vê que o oleiro molda o barro da forma como lhe parece bom aos olhos e que quando o vaso quebra em suas mãos, ele pode refazê-lo de outra forma.
Somos comparados ao barro nas mãos do oleiro, pois este uso aquele para fazer vasos da forma que lhe agradar, podendo fazer de uma forma, depois mudar para algo totalmente diferente. Esta comparação nos mostra o dever que temos de entregar nossas vidas completamente a Deus, para que Ele possa fazer de nós o que lhe agradar. Sempre devemos buscar andar segundo a vontade de Deus, pois assim nossa vida será agradável aos Seus olhos.
O oleiro não pode trabalhar com um material rígido, pois assim ele não consegue moldar. O barro é um material que possui uma consistência adequada para ser moldado de várias formas diferentes. Assim devemos ser, um corpo preparado e disposto a ser feito da forma como agradar a Deus.
Enquanto há deformidades no vaso, enquanto não chega ao resultado desejado pelo oleiro, este não para de moldá-lo, buscando sempre a perfeição. Da mesma forma devemos nos colocar diante de Deus, para que Ele possa estar constantemente retirando nossas deformidades, isto é, nos ajudando a nos santificar, a buscar sermos vasos perfeitos, adequados a guardar os Seus tesouros.
Quando queremos servir ao Senhor, devemos fazê-lo com todo o nosso viver. Desta forma, se há algo em nós que pode não agradar a Deus, devemos deixar que Ele nos molde segundo a Tua Palavra. Se alguém se converte, aceita a Jesus como único e suficiente Salvador, deve buscar uma grande mudança em sua vida. É o que muitos chamam de regeneração. Não nos cabe nos aprofundar neste tema, uma vez que ele é matéria para um estudo próprio, mas ele deve ser lembrado, pois o maior sentido de nos colocarmos como barro nas mãos de Deus é exatamente para que ele possa mudar nossas vidas. Isso serve para todos nós, desde aquele servo fiel, mas que como humano possui suas falhas e deve buscar ser corrigido pelo oleiro; passando por aquele que se proclama evangélico, mas não possui uma vida condizente; até chegar aos novos convertidos, que devem buscar desde sempre serem quebrados por Deus e serem feitos vasos novos.
Como encontramos em João 3.3: “3Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.”
A respeito da regeneração, podemos encontrar na Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1576, no estudo intitulado A Regeneração, o seguinte comentário:
“A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (Jo 3.6; Tt 3.5; (...)). Por esta operação, a vida eterna por parte do próprio Deus é outorgado ao crente (Jo 3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna filho de Deus (Jo 1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26); e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ‘em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24)”.
A comparação entre nós e o barro não serve só para aqueles que querem ter suas deformidades retiradas pelo nosso Oleiro, mas também para aqueles que querem ter uma nova vida, querem ser regenerados, querem ser quebrados por Deus e feitos vasos novos, segundo a Tua vontade.
Devemos proclamar como fez o profeta Isaías no capítulo 64, versículo 8, do livro que leva seu nome: “8Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.”
Encontramos na epístola do apóstolo Paulo aos Romanos, no capítulo 9, as expressões Vaso para Honra e Vaso para Desonra, e Vasos da Ira e Vasos de Misericórdia. Ambos os paradoxos possuem basicamente o mesmo significado. Para melhor entendermos, primeiramente vamos ver Rm 9. 20-23: “20Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura dirá ao que o formou: Por que me fizeste assim? 21Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? 22E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, 23para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,”.
No versículo 20 o apóstolo Paulo expõe a superioridade de Deus em relação a nós, mostrando que não somos dignos de contestar o que Ele faz, continuando no começo do versículo 21, quando então usa o paradoxo vaso para honra e para desonra. Neste momento, Paulo começa a mostrar que existem vasos que não agradam a Deus e vasos que agradam a Ele, mesmo sendo ambos feitos pela mesma massa. Os vasos para desonra são aqueles que se perdem no mundo do pecado, enquanto os para honra são os que são fieis a Deus. Para melhor explicar isso, Paulo usa as figuras dos Vasos da Ira e Vasos de Misericórdia. Ele fala que Deus suporta os primeiros, os quais são preparados para a perdição, com muita paciência.
A expressão Vasos da Ira é equivalente à Vaso para Desonra, ambas falam de pessoas que vivem no mundo, regidos pelo pecado, que não possuem Deus em suas vidas. Estas pessoas possuem como fim natural a perdição, mas podem se regenerar, deixar que Deus os refaça em Vasos para Honra, ou Vasos de Misericórdia. Estas expressões designam os salvos em Cristo, os servos fiéis a Deus. Fala-se em Vasos de Misericórdia, pois estes são resultados da misericórdia de Deus para com os homens pecadores que se arrependem e buscam se regenerar. Todos que procuram seguir os passos de Jesus e viver segundo a Palavra de Deus podem ser transformados de Vasos para Desonra/Vasos da Ira em Vasos para Honra/Vasos de Misericórdia. Como já foi dito anteriormente, Deus tem poder para nos desfazer em suas mãos e fazer de nós vasos conforme a Sua vontade, como o oleiro fez com o vaso enquanto o profeta Jeremias observava.
Como falou o apóstolo Paulo em Romanos 3.23-26: "23Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; 24sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, 25ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus".
2. A fragilidade dos vasos de barro
Este é o segundo sentido que se dá a esta metáfora usada na Bíblia, a qual nos compara com vasos de barro. Aqui Deus não é tido como o oleiro, mas como aquele que enche os vasos com seus tesouros.
Sabemos que existem vasos de diversos materiais, e dentre todos, talvez os mais frágeis sejam os feitos de barro. Qualquer queda de um vaso de barro pode fazer com que ele se quebre, não servindo mais para qualquer coisa. Por isso é que somos comparados a vasos de barro, e não a vasos de ouro, por exemplo. Estes podem cair ou receber pancadas que não se quebrarão.
Somos vasos de barro pois nosso corpo é frágil. Quando caímos precisamos de uma ajuda para nos levantar, e se a queda for grande podemos nos estilhaçar completamente. Essas quedas são todas as dificuldades que a vida neste mundo nos traz, todas as tentações a que somos submetidos. O mundo está no pecado, e nós só resistimos, permanecemos na presença de Deus, pois Ele nos dá força. Antes que possamos cair no chão e virar cacos, Ele nos seguro com Tua mão.
Quando estamos fracos, Deus nos dá forças, como escreveu o apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Coríntios 12.9: “9E disse-me: A minha graça te basta, por que o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.
A primeira parte deste versículo mostra Deus falando a Paulo, mostrando a ele que em sua fraqueza Deus o fortalece. Como podemos encontrar no comentário a este versículo escrito na Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1786: “A graça é a presença, o favor e o poder de Deus em nossa vida. É uma força, um poder celestial outorgado àqueles que invocam a Deus. Essa graça descerá sobre o crente fiel que suportar suas fraquezas e dificuldades, por amor ao evangelho (...)”.
Podemos ver que não temos simplesmente que nos aceitar como fracos e esperar a força de Deus em todo momento. O apóstolo Paulo fala no versículo subsequente ao supracitado que sentirá prazer “nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo” (2 Co 12.10). Isso quer dizer que ele continuará sofrendo qualquer coisa por amor de Cristo, continuará firme na presença de Deus, proclamando o Evangelho. Paulo se coloca como fraco, mas mesmo assim permanece fiel a Deus. O que se percebe nisso tudo, é que recebe a força de Deus aquele que luta por Ele, que busca incondicionalmente estar seguindo a Ele.
Deus não vai ficar nos livrando de tentações o tempo todo se não fizermos a nossa parte, se não buscarmos a sua presença. Como bem expôs o comentário acima mencionado, a graça de Deus é com aquele que suporta suas fraquezas e dificuldade por amor ao Evangelho. Sendo servos de Deus já temos uma força que ele nos dá para que possamos, por nós mesmos, resistirmos às tentações, permanecermos firmes na Tua casa. Quando as nossas forças não são suficientes, Deus pode nos dar da Tua graça, se assim buscarmos. Porém se damos abertura ao pecado, não merecemos a graça de Deus.
3. Relacionando os dois sentidos
Podemos concluir com todo o exposto, que devemos nos colocar como barro nas mãos do Grande Oleiro. Assim, Ele poderá nos fazer, nos moldar e, quando necessário, nos refazer, tudo conforme a Tua vontade. De toda forma o barro é um material frágil, e mesmo sendo feitos por Deus, temos um corpo fraco. Por isso Ele nos dá da sua força e da Tua graça, para que mesmo fracos, passamos ser fortes enquanto Deus habitar dentro de nós.
Somos comparados a vasos de barro em 2 Co 4.7, onde Paulo fala que temos um tesouro em vasos de barro. Assim Ele fala que mesmo sendo fracos, Deus coloca em nós grandes tesouros, os quais por nós mesmos não conquistaríamos. Vamos, pois, estudar estes tesouros.
III – Tesouros
Dando continuidade ao estudo, passamos agora a fazer um sintético, porém aprofundado, estudo sobre os tesouros. No dicionário encontramos como conceito de tesouro o seguinte: “Grande porção de dinheiro ou de objetos preciosos.” (Dicionário Aurélio). Disso se tira que o tesouro nada mais é do que uma grande quantidade de coisas de valor.
Nós carregamos um imenso tesouro em nosso interior. Como os vasos que, mesmo frágeis, carregavam dentro de si grandes tesouros materiais antigamente, assim somos nós, que mesmo mediante nossa fraqueza, carregamos dentro de nós o maior dos tesouros, não o tesouro visível, material, mas aquele tesouro que só os olhos do coração veem, o tesouro invisível, que só provém de Deus.
Nesse estudo analisaremos os grandes tesouros que carregamos em nossos corações, que provêm de Deus, tais como: A Verdade, a Palavra de Deus e o Evangelho; o Amor (em seus diversos aspectos); a Força.
1. A Verdade, a Palavra de Deus e o Evangelho
O apóstolo Paulo ao falar do tesouro em vasos de barro aponta para o grande poder juntamente com a grande responsabilidade que tinha de carregar dentro de si a mensagem do Evangelho, de ser fortalecido pelo Espírito Santo para poder transmitir a verdadeira Palavra de Deus.
Em 2 Co 4. 2 o apóstolo Paulo diz: “2antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.” Ele e seus companheiros de ministério rejeitavam completamente os falsos mestres, que vinham com palavras persuasivas, mas destituídos da verdade do Evangelho.
No seguimento a tal trecho o apóstolo Paulo deixa claro que eles pregavam a genuína Palavra de Deus, a mensagem de Cristo Jesus (2 Co 4.5). Toda mensagem de Paulo era guiada pelo Espírito Santo de Deus, que o fazia capaz de pregar o Evangelho de Jesus Cristo, nunca fugindo da verdade, mas sempre se baseando na sabedoria divina, na valiosa Palavra de Deus.
Todos nós devemos ter esse tesouro em nossos corações. Sempre buscarmos ser cheios do poder do Espírito Santo, para que, com responsabilidade, possamos transmitir a Palavra de Deus para quem quer que seja. Nunca nos afastando da verdade, mas sempre pregando o genuíno Evangelho. Tal tesouro deve ser reluzente em nossos corações, para que o verdadeiro Evangelho possa transparecer em nossas vidas.
Dessa forma estaremos sempre preparados para cumprir a missão que nos foi dada, qual seja: “15E Disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”(Mc 16.15). Tendo tamanho tesouro em nossos corações, sempre resplandeceremos a Palavra de Deus.
2. Amor
Outro grande tesouro que o vaso carrega é o amor. Passemos a analisá-lo.
2.1 O Amor de Deus por nós
Deus nos ama de forma sublime. De um modo que nenhum humano pode amar. Deus é amor. “16E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele”. (1 Jo 4. 16).
O amor de Deus por nós é um tesouro maravilhoso que temos, não propriamente pelo amor em si, pois este está em Deus e vem sobre nós, mas sim por aquilo que adquirimos em nosso interior por conseqüência desse amor, isso sim fica guardado no vaso.
Através do amor de Deus nós temos a perfeita paz de Cristo Jesus. “27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14. 27). Tal paz que temos em nosso coração só é possível pelo amor que Deus nos tem. A paz que traz alegria, que faz com que nossa vida seja maravilhosa, mesmo diante das dificuldades. A paz que temos em Cristo é perfeita.
Também por causa do imenso amor que Deus tem, nós podemos ter confiança. Confiança de colocarmos toda nossa vida, todos nossos planos nas mãos de Deus e podermos sossegar sabendo que o melhor para nossa vida acontecerá. “1Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (Sl 125. 1)
Maravilhoso é podermos guardar tão grande tesouro em nossos corações. Podemos ter a paz perfeita de Jesus e a confiança plena em Deus. O amor de Deus para conosco é sublime, é um tesouro de valor incalculável.
2.2 Nosso amor pelo próximo
“34Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (Jo 13. 34). Jesus nos deu esse mandamento como o maior de todos, como aquele que resume todos os outros (Rm 13. 8 e 9). Todavia, apesar de ser um mandamento dado por Jesus, que humano seria capaz de amar a todos, amigos e inimigos, se não pela graça de Deus? É ai o ponto onde o nosso amor pelo próximo torna-se um grande tesouro.
Tal mandamento não refere-se simplesmente a amarmos nosso pai, nossa mãe, irmãos (de sangue e na fé), namorada (o), esposa (o), ou familiares próximos. Mas sim termos caridade (amor) para com todos que necessitarem de nossa ajuda, amigos ou inimigos, como anteriormente citado. Esse amor só pode ser dado por Deus!
O amor que temos pelo próximo é um tesouro que traz consigo outros vários . Por ele somos capazes de perdoar ao próximo, sem guardar rancor ou qualquer sentimento ruim. O perdão é uma das maiores características desse amor que só vem de Deus, pois há situações que por nossas capacidades humanas não somos capazes de perdoar. Quantas e quantas vezes somos magoados, perseguidos, confrontados e temos vontade de reagir de forma agressiva? Se não for pela capacidade de amar ao próximo que Deus nos dá, não conseguiremos reagir da forma correta. “3Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe; 4e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe.” (Lc 17.3 e 4).
“27Aparta-te do mal e faze o bem; e terás morada para sempre.” (Sl 37.27). Mais uma vez ficamos defronte uma situação em que temos uma responsabilidade, a de fazer o bem, mas que se não for pelo amor ao próximo que só podemos ter através do poder de Deus, não temos capacidade. Quando amamos ao próximo, naturalmente estamos sempre dispostos a fazer o bem a ele.
Com o amor em nossos corações, nasce também a mansidão, a humildade, o altruísmo, a capacidade de dar uma palavra amiga, enfim, o amor (caridade) ao próximo é um tesouro esplêndido que guardamos em nossos corações, advindo dele outros tesouros de grande valor. “13Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.” (1 Co 13.13).
3. Força
Nós, seres humanos, sendo carne, sendo vasos de barro frágeis, não somos capazes de enfrentar as pelejas da vida, aflições, angústias entre outros por nossas próprias forças. É só através do poder do Espírito Santo de Deus que temos força para enfrentar o mundo.
“2O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.” (Sl 18.2). O Senhor, sendo nosso rochedo e fortaleza, sabemos que nEle temos proteção e segurança; sendo nosso escudo, sabemos que ele se coloca entre nós e o mal; sendo nosso lugar forte e alto refúgio, sabemos que temos onde nos proteger, um lugar onde o inimigo não entra, onde estamos acima dos perigos desta vida.
Através do grande poder de Deus nós temos força para enfrentar as lutas da vida. Quando lutamos para passar em um vestibular ou um concurso; quando passamos por doenças; quando temos de formar uma família, sustentá-la, criar e educar filhos; quando somos confrontados pela nossa fé. Enfim, desde as coisas “mínimas” da vida, até as mais importantes, nós necessitamos da força que só Deus pode nos dar.
Deus sempre vai a nossa frente preparando o caminho, mas se fracos formos, não conseguiremos trilhá-lo. Deus nos fortalece e através dessa força somos capazes de transpassar barreiras, de lutar. O caminho preparado por Deus é perfeito, no entanto passaremos por aflições nesses trilhos da vida, e para enfrentá-las temos a força que só Deus nos dá. “40Porque me cingiste de força para a peleja, fizeste abater debaixo de mim os que se levantaram contra mim.” (2 Sm 22.40).
Grande tesouro é a força que temos dada por nosso Deus. O apóstolo Paulo diz em 2 Co 12.10: “10Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte. ”. Este versículo, anteriormente citado, mas com uma ênfase diferente, resume bem quão grande é a força que temos em nosso Senhor. Como foi falado mais acima, devemos perseverar na obra de Deus mesmo quando nos sentirmos fracos. Sermos fiéis a Ele em quaisquer circunstâncias. Entretanto, sempre sabendo que todas as vezes que formos injuriados, passarmos por necessidades, formos perseguidos ou angustiados, enfim, todas as vezes que estivermos fracos, podemos buscar a Deus e Ele nos fará fortes. Temos em nosso coração a força que Deus nos dá, eis um grande tesouro.
IV – Conclusão
Nós somos vasos de barro nas mãos de Deus. Assim sendo, Deus pode nos moldar da forma como Ele quiser. Todas as vezes que for necessário Deus nos quebrará, e nos remodelará. Por sermos vasos feitos de barro, somos frágeis, sendo que por nossas capacidades não poderíamos avançar.
Todavia, mesmo sendo vasos de barro, carregamos a Verdade, a Palavra de Deus e o Evangelho; o Amor; e a Força de Deus em nossos corações. Esses são tesouros de inestimável valor e somente por ele nós sabemos que: “9Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2 Co 4. 9)
Comentários: Jimmy Bruno dos Santos Silva e Jonathan Bruno dos Santos Silva, membros da Igreja Assembléia de Deus – Ministério do Belém – em Dourados/MS.
Bibliografia de Apoio: Bíblia de Estudo Pentecostal, Bíblia de Estudo Dake e Coleção Artigos Históricos – Mensageiro da Paz.
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