19 de março de 2010

VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR


TEXTO ÁUREO = "Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor" (2 Co 12.1). VERDADE PRÁTICA = As experiências espirituais são importantes, mas não devem ser o principal requisito para o reconhecimento ministerial de um obreiro.

INTRODUÇÃO

A REVELAÇÃO QUE PAULO TEVE DO CÉU == (2 Co 12.1—6)

No capitulo 12, Paulo apresenta as evidências da autenticidade do seu ministério, a saber, as revelações que ele teve de Cristo (vv.1-6). Temos ainda o fato do seu “espinho na carne” (vv.7—18) e, por fim sua coragem ao tratar do pecado dos coríntios (vv.19-21). No relato do seu “espinho na carne” temos o versículo que talvez mais do que nenhum outro comunica ao crente, da parte de Deus, mais consolo, mais esperança e mais segurança: “Á minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (v. 9).

A Visão de Paulo (vv.1-6)

“Passarei as visões e revelações do Senhor”. Paulo agora está para descrever a hora mais sagrada da sua vida, e a mais alta honra da sua carreira. Foi urna experiência tão profunda e íntima que ele manteve silêncio durante 14 anos. Sabemos bem pouco do caso. Deste texto aprendemos as seguintes coisas:

1. Paulo experimentou uma riqueza de “visões e revelações” divinas (v. 1). Paulo não fala de “uma visão”, mas, de “visões”. Paulo era profundo na experiência de. visões e revelações no Senhor. Deus lhas concedeu, para orientação, instrução é revelação. Vemos que Paulo não se gloria nas suas visões. Não vai de igreja em igreja, querendo ser mais do que os outros, e contando tudo em qualquer lugar e à toda hora.

2. A visão ocorrera há “quatorze anos” antes de Paulo escrever a epístola. A data do fato teria sido cerca de 44 d.C. Neste tempo, Paulo estava provavelmente em Antioquia. É possível que a visão teve lugar logo antes da sua primeira viagem missionária (At 13.1-3), a fim de prepará-lo para tão grande tarefa.

3. Paulo declara: “Se no corpo ou fora do corpo, no sei” (v.2). Ele está dizendo que não sabia se fora levado em corpo para os lugares celestiais, ouse apenas seu espírito fora arrebatado, enquanto seu corpo permaneceu inconsciente na terra.
Vemos, portanto, que Paulo crê em arrebatamento do corpo, além de crer em arrebatamento do espírito, este fora do corpo. Lembramos aqui de dois arrebatamentos de corpo, no Antigo Testamento: o de Enoque (Gn 5.24), e o de Elias (2 Rs 2.11).

4. “Um homem... foi arrebatado ate ao terceiro ceu” (v.2). Paulo fala assim, acerca de si mesmo, por causa da sua humildade. O termo “terceiro céu” significa aqui a própria habitação de Deus, dos anjos, e dos santos que já partiram.
Paulo passou pela imensidão do espaço até chegar ao terceiro céu, “arrebatado”.

Paulo também chama este lugar de paraíso (v.4) .0 paraíso e o céu são termos sinônimos. “Paraíso” é uma palavra persa, e originalmente referia-se a um belo e aprazível parque ou érea ajardinada. É empregada mais duas vezes no Novo Testamento (Lc 23.42; Ap 2.7), significando “céu”. No Paraíso, Paulo deve ter visto e experimentado muita coisa maravilhosa. Aqui ele fala o mínimo daquilo que viu no céu. Podemos supor quê ele viu os redimidos que já morreram. Viu o estado venturoso e bem-aventurado deles, isto é, o próprio céu.

Ali estavam com Deus, longe do pecado e do sofrimento, e no lar celestial, com Cristo, aguardando apenas a glorificação de seus corpos pela ressurreição. Paulo teve permissão de ver tudo isto, e muito mais, Foi levado diretamente à presença de Deus e Cristo, enquanto estava no seu ministério terrestre. Não é de admirar que Paulo às vezes tinha um intenso desejo de partir e estar com Cristo.

5. Paulo ouviu e viu coisas quê, muitas delas não podiam ser relatadas ao mortal (v.4). Deviam ser mantidas em sigilo durante toda a sua vida. Mesmo assim, talvez, mediante a inspiração do Espírito Santo, Paulo pode comunicar algumas destas verdades nos seus escritos.
Deus sabia quanto Paulo iria suportar e sofrer na causa de Cristo. Essas visões e revelações divinas ocorreram “para o benefícios do próprio Paulo, porque alguém que ia ter dificuldades tão árduas pela frente, suficientes para esmagar mil corações, precisava ser fortalecido por meios especiais, de modo que não recuasse, mas sim perseverasse resolutamente” (Calvino). Mas acabou sendo benefício não somente para Paulo, pois a sua vida e o seu testemunho têm trazido fortalecimento e exemplo para inumeráveis cristãos. Paulo experimentou a realidade do céu, e portanto, isso tornou—se mais certo e real para nós.

Pense na inestimável influência que isto teve na vida e no ministério de Paulo, a serviço de Cristo. Que consolo, encorajamento e inspiração isto lhe trouxe. Certamente aí está uma explicação do seu zelo infatigável e perseverança à toda prova no sofrimento em prol do Evangelho. Daí, porque as coisas espirituais eram mais reais para Paulo, do que as terrenas.
Mesmo assim, acerca desta experiência, Paulo diz que não se gloriará. Prefere gloriar-se nas suas fraquezas.

O Que Podemos Aprender Desta Experiência de Paulo?

1. Deus nos prepara para a tarefa à qual fomos chamados. Deus sabe o que enfrentaremos e nos dará o encorajamento de que necessitamos.

2. Há certas experiências com o Senhor, que são tão profundas e pessoais que só podem ser relatadas depois de passado o seu impacto.

3. Ao depararmos com este fato de Paulo, devemos nutrir a esperança de um dia sermos arrebatados como ele foi. Algum dia estaremos face a face com Nosso Senhor.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
EETAD - Epístolas Paulinas III - 1 e 2 Coríntios

Nenhum comentário: