A CREDIBILIDADE E A INSPIRAÇAO DO ANTIGO TESTAMENTO
TEXTO ÁUREO = “Buscai no livro do SENHOR e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará” (Is 34.16).
VERDADE PRÁTICA = O Antigo Testamento resistiu a exames metódicos e criteriosos ao longo dos séculos sobre sua credibilidade, e ainda desafia qualquer um que duvide de sua inspiração divina.
LEITURA BÍBLICA 2 TIMÓTEO 3.14-17; = DEUTERONOMIO 4.2; 12.32;= PROVERRIOS 30.5,6
INTRODUÇÃO
A autoridade do Antigo Testamento decorre de sua inspiração divina, O próprio Senhor Jesus Cristo reconheceu-a e a declarou mais de uma vez. Quanto à transmissão do texto sagrado, permanece este intacto. A revelação divina por meio das Escrituras foi preservada para todos os povos e para todas as eras. Deus prometeu que a sua Palavra subsistiria para sempre (Is 40.8; 1 Pe 1.25). A autenticidade dos textos bíblicos está acima de qualquer suspeita.
1. SUA INSPIRAÇÃO
1. O Antigo Testamento é de origem divina. Essa verdade é confirmada interna e externamente. A expressão: “Toda Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16 — Versão Almeida Atualizada) faz do Antigo Testamento um livro sui generis. A Versão Almeida Corrigida assim traduziu a primeira parte deste versículo:
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa...”. Gramaticalmente, ambas as versões estão corretas. A ênfase dada é de que cada Escritura, ou toda a Escritura do Antigo Testamento, veio de Deus e por Ele foi inspirada. Hoje essa declaração aplica-se também ao Novo Testamento, que na época apostólica estava incompleto.
2. A teopneustia. Apalavra grega traduzida por “inspirada por Deus” ou “divinamente inspirada” é theopneustos. Vem de duas palavras gregas theos, “Deus” e pneo, “respirar”, de onde vem a palavra “teopneustia”, que significa “inspiração divina”. a única vez em que essa palavra aparece no Novo Testamento grego.
O uso que o apóstolo fez dessa palavra, aqui, revela o caráter especial e sui generis dos livros do Antigo Testamento. Ou seja: são escritos de origem divina. Isto é, Deus, de modo sobrenatural, controlou todo o processo da comunicação da sua Palavra, capacitando homens escolhidos por Ele para essa tarefa. Assim, toda a Escritura foi provida “pelo sopro de Deus” (sentido literal de theopneustos, em 2 Tm 3.16). Portanto, ela não se assemelha a nenhuma outra literatura.
3. Movidos pelo Espírito Santo. O apóstolo Pedro afirma que as Escrituras jamais foram produzidas por vontade de homem algum: “... mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.2 1). A palavra grega para “inspirados” é o verbo phero, que significa também “mover, movimentar”.
A inspiração divina das Escrituras é especial e única. Isso significa que ninguém mais, além dos escritores sagrados, recebeu idêntica influência, e que o nível de inspiração, não somente do Antigo Testamento, mas também de toda a Bíblia, é igual.
II. PROVASDA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Além de unir numa só linha de pensamento escritores de diversas épocas, lugares e culturas, a inspiração divina das Escrituras é atestada sobretudo pelo próprio testemunho da história, através do cumprimento de suas profecias.
1. Sua lnerrância. São 39 livros produzidos num período de aproximadamente mil anos, escritos por cerca de 30 autores, cada um deles vivendo em lugares e épocas diferentes. O Antigo Testamento passou por rigorosas investigações e escrutínios. Entretanto, ninguém jamais conseguiu encontrar nele erro ou neutralizar a sua autoridade. Isso porque o Antigo Testamento é inspirado por Deus (2 Tm 3.16), e é o livro de Deus (Is 34.16). Nem mesmo as mais recentes descobertas científicas contradizem o que nele está escrito.
2. Suas profecias. Uma característica peculiar do Antigo Testamento, que podemos usar como prova de sua inspiração, são as suas profecias cumpridas. Nem o Alcorão, nem o Livro de Mórmon, nem a Tripitaka dos budistas, nem os Vedas dos hindus, ou qualquer outro livro que reivindica autoridade espiritual contêm profecias. Somente a Bíblia é o livro de profecia (Ap 22.19).
O Antigo Testamento fala do retorno dos judeus à terra de seus antepassados (Jr 31.17; Ez 11.17; 36.24; 37.21). Depois de mais de 18 séculos de diáspora, perseguições e ameaças de extinção, Israel revive como país soberano e membro das Nações Unidas, desafiando toda a lógica e argumento humano. Isso sem contar as inúmeras profecias referentes a Cristo, a outros povos e a diversos fatos da história.
3. Sua unidade. Seria possível chegar a tal unidade de pensamento com 10 ou 12 eruditos escrevendo sobre um só tema? A experiência diz que não. Seria mais que evidente a discordância e as contradições. No entanto, há em toda a Bíblia uma unidade perfeita de pensamento, mesmo versando sobre os mais variados temas, escritos por diversos autores de diferentes gerações. Isso porque se trata do pensamento de um só autor: Deus. Essa unidade é um dos elementos que comprova sua origem divina.
III. AUTENTICIDADE DAS COPIAS DOS MANUSCRITOS
1. Os autógrafos. Todos os autógrafos (os manuscritos originais) dos livros da Bíblia perderam-se ao longo dos séculos. As cópias originais, provenientes diretamente do punho dos escritores sagrados, desapareceram. A Bíblia chegou-nos através de cópias tiradas de outras cópias até o advento da imprensa, no século XV. Isso devido às perseguições que a Igreja sofreu nos três primeiros séculos, sem contar a de Nero em 68 d.C. O imperador Décio mandou destruir todas as cópias das Escrituras em 303 d.C.
2. O método de cópia dos manuscritos. Os copistas judeus queimavam as cópias dos manuscritos depois de copiá-los. Eles não davam muita importância à idade dos manuscritos. Quanto mais novo, melhor. Por essa razão, ninguém se surpreende com a escassez de manuscritos hebraicos do Antigo Testamento.
Eles usavam critérios rigorosos ao copiar o texto sagrado, tendo em mente a proibição de acrescentar-se-lhe ou diminuir palavras (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5,6).
3. A credibilidade dos manuscritos. O texto mais antigo de que dispomos atualmente é um fragmento do livro de Números 6.24-27, “A Bênção Sacerdotal”, datado do século VI a.C. Antes das descobertas do mar Morto, o manuscrito mais antigo não ia além do século X d.C. Entretanto, nenhum erudito ou crítico suspeitou de sua autenticidade. Isso porque as versões do Antigo Testamento em outras línguas, como a Septuaginta, Vulgata, Peshita e outras e os critérios meticulosos dos judeus para preservar a integridade do texto sagrado, eram suficientes.
IV. OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
1. A grande descoberta. As descobertas dos rolos do mar Morto foram um lenitivo para todos que amam as Escrituras, apesar da credibilidade dos textos hebraicos do Antigo Testamento, pois agora dispomos de provas textuais mais concretas. O conteúdo desses manuscritos é o mesmo do nosso Antigo Testamento; é a resposta de Deus para os muçulmanos, que afirmam que a Bíblia foi falsificada, e ao mundo cético.
Há um espaço de tempo de mais de mil anos entre esses rolos do mar Morto e o manuscrito hebraico mais antigo até então existente no mundo. Jesus disse: “A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Essa descoberta feita em 1947 foi o achado do século XX, e confirma a autenticidade da Bíblia. Com exceção do livro de Ester, todos os livros do Antigo Testamento estão representados nesses 800 manuscritos.
2. A data dos rolos do mar Morto. As 11 cavernas de Qumran trouxeram à tona cerca 170 manuscritos bíblicos, em sua maioria fragmentos descobertos entre 1947 e 1964, sem contar outros manuscritos não bíblicos.
O primeiro grupo desses manuscritos é datado entre 250 a.C. e 68 d.C., com quantidade considerável de texto escrito no período palco- hebraico; e o segundo grupo, entre 70 e 132 d.C., período entre a destruição de Jerusalém e a Revolta de Bar-Kochba, em Yavne, ou Jâmnia.
3. A origem dos manuscritos do mar Morto. Os manuscritos do mar Morto não foram todos produzidos pelos essênios; muitos deles vieram da Babilônia e do Egito. Os essênios eram uma ordem monástica judaica, estabelecida antes de Cristo, próxima ao mar Morto. Trata-se, portanto, de textos produzidos manualmente, procedentes de várias épocas e de vários lugares.
CONCLUSÃO
A autoridade do Antigo Testamento está inseparavelmente ligada à sua origem e propósito. Sua credibilidade surpreende o mundo até os dias atuais. Além dos manuscritos hebraicos, há milhares de textos traduzidos para outras línguas e mais as descobertas do mar Morto. Diante de tudo isso, quem ousará investir contra a autenticidade da Bíblia? A Palavra de Deus foi por Ele milagrosamente preservada (Jr 1.12). Não temos os autógrafos, porém o tão elevado número de cópias existentes e harmônicas entre si garante a autenticidade dos livros das Escrituras Sagradas.
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