CONFLITOS NA FAMILIA
TEXTO AUREO = “Se o Senhor não edificar a casa, em
vão trabalham as que edificam; só o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela” (Sl 127: 1)
VERTIA DE PRÁTICA = O lar alicerçado no amor divinal
no amor conjugal, no amor paternal no amor filial e no amor fraternal
desenvolve se e torna se na inabalável.
TEXTO BIBLICO = 1 Co
7.10-17
INTRODUÇÃO
O lar é
iniciado com o casamento e continua com o nascimento e educação dos filhos. Seu
desenvolvimento depende de vários fatores e se constitui num processo de
caráter continuo. Exige cuidado e habilidade, inicialmente dos pais, e
posteriormente de todos os seus componentes.
Ninguém deve ignorar a doutrina bíblica para os
casais, e, sim, reconhecer, acatar e ensinar, conforme faremos nesta lição. A
base de um matrimônio feliz e de um lar estável e abençoado depende da
disposição dos cônjuges em obedecer aos princípios bíblicos e doutrinários
conforme a determinação divina exarada na Palavra de Deus. Muitos casamentos
naufragam, os filhos sofrem, porque diversos cônjuges se submetem a costumes e
religiões diferentes, o que ocasiona o jugo desigual; por isso, esta doutrina
básica deve ser ensinada, divulgada em seminários, congressos, encontros de
jovens e de casais, na Escola Dominical, etc
DESENTENDIMENTO ENTRE
OS CONJUGES
1. Ajustamento do casal. O desenvolvimento do lar depende essencialmente do
ajustamento do casal. Vejamos as bases para tal ajustamento, que são:
a. Amor mútuo. Tendo o mesmo sentimento, o mesmo
amor, o mesmo ânimo. Esta é a norma para a mais viva afeição. Isto significa a
pessoa amar e ser amada. Deste modo é possível o casal viver unido e guardar a
unidade do Espírito, no vínculo da paz (Ef 4.3).
b. Unanimidade de propósito. “Sentindo a
mesma coisa” (Fp 2.2). Esta é a expressão da capacidade de concordar,
especialmente quanto aos elevados propósitos de Deus sobre o lar e a família, a
despeito das diferenças particulares e individuais.
c. Comunhão de espírito. Esta comunhão significa comunhão com
Deus, com Cristo e uns com os outros, através do Espírito (1 Jo 1.1-
d. Renúncia do interesse próprio (Fp
2.4). A um
cônjuge em relação ao outro dá-se o nome de “consorte”, que significa
“companheiros da mesma sorte”.
Quando o
homem cuida dos interesses de sua esposa, está a cuidar dos seus ao mesmo
tempo. Esta regra é a mesma para a esposa.
2. Atividades em pleno acordo. Muitas vezes
os problemas do lar procedem de
diferentes atividades do casal.
Nenhum lucro material compensa o
fracasso dó casamento, especialmente
dos servos de Deus. Portanto, as
atividades do casal de vem ser
planejadas de modo a evitar o
enfraquecimento do amor conjugal. Leia Pv 17.1.
3. Solidariedade na solução dos
problemas. Guerras, brigas e mortes podem
proceder de motivos banais. Tiago, por exemplo, nos adverte do perigo de não se
saber dominar a língua, e diz que ela é tal como uma fagulha, que incendeia um
grande bosque (Tg 3.5). Contra esse mal, a Palavra de Deus indica o remédio
preventivo (Fp 2.3). Com este “equipamento” divino, marido e mulher podem apagar
rapidamente qualquer “incêndio” que tente surgir.
4. Participação comum na educação dos
filhos: A
educação dos filhos é um passo importante no desenvolvimento do lar. Dizem que
a primeira providência do homem neste sentido ocorre na escolha da futura mãe
de seus filhos. Isto é certo. Entretanto, a responsabilidade da educação dos
filhos cabe a ambos, pai e mãe, e é um dever mui digno, ao qual não devem fugir
os pais cristãos.
A RESPONSABILIDADE DOS
CONSTRUTORES DO LAR
Pais,
parentes e amigos podem ajudar com boas orientações aos que pretendem iniciar o
seu lar, mas a responsabilidade maior é dos pretendentes; para tanto, temos
conselhos divinos no SI 37:4,5. Consideremos ainda o seguinte:
1. A escolha do companheiro. Considerando o assunto, observemos
os pontos básicos para tão importante escolha cujo sucesso está ligado ao bom
desempenho do candidato, da família e da religião. Estes detalhes podem ajudar
na escolha acertada do companheiro ideal para a fundação do lar cristão.
Vejamos: a) a direção de Deus, que deve ser buscada pela oração com
sinceridade, com firmeza de propósitos e com fé; b) a família da pessoa
pretendida deve possuir estrutura cristã de modo a servir de modelo para o
novo-lar a ser construído; e) a religião, ou a vida espiritual da família do
candidato é fator essencial, pois poderá exercer uma profunda in- fluência,
positiva ou negativa, na formação do futuro lar. A experiência com Deus é vital
para uma vida vitoriosa. As virtudes morais e espirituais da pessoa pretendida
devem ser observadas antes do casamento, Tudo isto servirá como alicerce para a
formação do novo lar.
Estas coisas
têm mais importância, para a estabilidade do lar, do que a beleza física e o
semblante risonho (Pv 81.30). Dos exemplos estudados, aprende- mos que a melhor
escolha é feita quando Deus está à frente do empreendimento.
2. Qualidades virtuosas de Isaque. Em linhas
anteriores, estudamos as qualidades de Rebeca. Analisemos, agora, as virtudes
de Isaque, e teremos o modelo de um casal de jovens que se capacitaram para a
construção de um lar feliz: a) Isaque encontrou a Rebeca na hora que tinha ido
ao campo para meditar e orar.
Estes são os
exercícios pelos quais podemos conversar com Deus e com o nosso próprio
coração; b) alguns pensam que ‘saque estava orando por sucesso, quando Deus lhe
preparou Rebeca, indicando que o sucesso de um homem por toda a vida depende
muito da esposa; c) Isaque era um filho obediente a ponto de aceitar a
liderança do pai, para o inicio do seu lar; d) era um Ei- lho afetuoso. Após
três anos ainda não havia se consolado com a morte da mãe; e) tornou-se
afetuoso para com sua esposa. ‘Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara..,
e amou-a” (v,67). A escolha acertada para o casamento é uma expressão de
sabedoria.
3. Comunhão e comunicação de idéias. Quase sempre, nas desa- venças de casais, invoca-se a
incompatibilidade de gênios. Esta deve ser detectada antes do casamento.
Depois, o que deve assinalar a convivência do casal é a comunicação e a
comunhão de idéias. “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Am 3,3).
4. Ajustes necessários. Normalmente, as circunstâncias da
vida em comum não fazem dos cônjuges amantes eternos, sempre agradáveis, um
casal feliz, cada um continuará sendo uma personalidade distinta, e as
divergências podem aparecer logo cedo, trazendo surpresas e perplexidades.
Todavia é necessário que haja ajustamento entre ambos,
5. Fatores de ajustamento. Visto o que afirmamos acima,
relacionamos aqui alguns fatores que poderão conduzir os cônjuges ao necessário
ajustamento: a) honestidade — que induz a pessoa reconhecer o seu erro e
admitir a razão do companheiro; b) paciência — que significa fortaleza para
resistir á ofensa, sem ofender (Rm 12.21); c) sabedoria que não se irrita, mas
indica o caminho para a solução do problema (Tg 3.13-18); d) desprendimento —
que não busca apenas ser ajudado, mas procura ajudar, sem interesse próprio (Fp
2.3,4)
Se mediante
o casamento, marido e mulher se tornam “dois numa só carne”, e sendo ambos
membros do corpo de Cristo, mais fácil se torna aceitar a recomendação divina:
-.que digais todos uma mesma coisa.., antes sejais unidos em um mesmo sentido e
em um mesmo parecer” (1 Co 1.10).
6. O compromisso maior. Não é raro, um novo casal, encontrar sé- rios
problemas por causa do relacionamento com os pais. O casal deve continuar
amando e respeitando seus pais, mas convém saber que o relacionamento com os
pais não deve ser mais o de infantes ou de- pendentes. O compromisso maior é de
um cônjuge para com o outro.
Agora eles
estão estabelecendo o seu próprio lar. Toda a atenção e toda a capacidade de
convivência devem mais importante, que é o de marido ser empregadas no
relacionamento e mulher (Mc 10.7).
O LAR
DEVE SER UM FATOR DE EQUILIBRIO PARA O CASAL
1- Como
manter um lar cristão: Devemos nos esforçar para que
Cristo seja o Chefe do nosso lar (Cl 1.18). Desta forma, teremos condições de
conservar um lar solidificado, pois o preeminente é o Senhor Jesus, e depois o
homem que Deus colocou como cabeça da mulher (1 Co 11.3; Ef 5.23). É uma
maravilha o casamento realizado na vontade de Deus (Mt 19.5,6). Se Cristo
estiver à frente de nossas vidas, em nossos corações, as dificuldades que
surgem no dia-a-dia serão superadas e os desentendimentos facilmente
resolvidos. Se os cônjuges forem crentes, será mais fácil conservar a
estabilidade do lar. É dever do casal evitar escândalos, tanto no lar, como na
igreja do Senhor (Lc 17.1,2). Um lar desfeito gera a infelicidade para toda a
família, a igreja e a sociedade; além disso, é uma transgressão aos princípios
que Deus estabeleceu, quando instituiu o casamento (Gn 2.18-24).
2-
Santificação, condição para um lar feliz (1 Co 7.3,4): Muitas desigualdades nos lares são causadas pela falta de santificação,
de observação nos modos e costumes, na vida a dois, na maneira de servir um ao
outro mutuamente (Ef 5.22-31). A falta de santificação, muitas vezes, é
ocasionada pela insuficiência de ensino bíblico. Um lar cristão, que não
exercita a santificação, está fadado ao fracasso (1 Sm 2.22-25). O casal Eli descuidou-se
de orientar seus filhos e de manter a boa ordem, e o resultado foi funesto (1
Sm 4.11,18-22).
3- A
doutrina Bíblica no lar cristão: O lar em
que o nome de Deus é honrado e a doutrina de Jesus é ensinada e obedecida pelo
casal, alcança vitória (Sl 101.2,3; Pv 22.6; 2 Tm 1.5). Registro aqui um
conselho amigo aos nossos jovens: Orem antes de se casar e meditem em Jo 14.13.
A união conjugal deve existir em todo tempo. O direito de amar é recíproco (Ef
5.33; Cl 3.19; 1 Pe 3.6,7). Não pensemos que o lar se fortifica com grosseria,
mas com amor e tolerância, quando marido e mulher se amam mutuamente e se
respeitam.
O LAR
CRISTÃO É EDIFICADO, QUANDO AS DÍVIDAS ENTRE MARIDO E MULHER SÃO PAGAS
1- Pagando
suas dívidas (1 Co 7.3): O esposo
faz sua esposa mais feliz, quando paga sua dívida, e cumpre seu dever de
marido, tanto relativo à vida conjugal, como moral, social e religiosa. E
lembra-se que ela não é sua escrava e tampouco existe para satisfazer seus
desejos. O sucesso do casal está em obedecer a certos preceitos. Não somente
pagar a dívida, mas manter um crédito de confiança entre os dois, no seu labor
diário. O dever da esposa não é somente o de fazer saborosas refeições, cuidar
da casa, e ser mãe carinhosa. O marido também precisa de seu carinho, de seus
beijos e abraços, e de um bem-vindo afetuoso, ao retornar para casa no término
de cada jornada de trabalho.
2- Dívida
resgatada, lar edificado: Analise
em que aspecto você deve à sua esposa e vice-versa. Não se esqueça que a
intimidade entre marido e mulher é pura, criada por Deus, tanto para a
procriação, como para a solidificação do lar (Hb 13.4). Pedro recomenda o
coabitar entre o marido e a mulher com entendimento (1 Pe 3.7). Por outro lado,
as uniões furtivas e ilegais são passíveis de juízo, conforme está escrito em
Ap 21.8. Infelizmente, existem muitos cônjuges que vivem inadimplentes uns para
com os outros em relação aos seus deveres conjugais, sociais e até religiosos.
Citamos como exemplo a devoção no lar, através do culto doméstico e da
leitura da Palavra de Deus ( Cl 3.16). O louvor e a adoração em família, não
somente fortificam o lar, mas edificam os filhos. Muitas vezes encontramos na
igreja alguns pais crentes que exigem muito dos filhos, mas não lhes concedem
um bom exemplo. Medite no que está escrito em Dt 6.6,7. Isto não quer dizer que
o pai deva castigar seus filhos, impondo um modus vivendi contra a consciência
deles. Mas, dentro do espírito de moderação, levá-los a louvar a Deus (Sl
78.4).
SEPARAÇÃO
DOS CASAIS É UM DESEQUILIBRIO PARA OS FILHOS
1- Fidelidade
conjugal: Mando não eu, mas o Senhor, que
a mulher não se aparte do marido (1 Co 7.10). A fidelidade conjugal é um fator
para a estabilidade do lar. A intromissão de alguém, para formar com o casal o
triângulo amoroso, é corpo estranho (1 Co 7.10,11).
2-
Casamento cristão, símbolo de santificação (1 Co 7.14): Que bênção, quando o marido cristão santifica a mulher, e vice-versa, e
ambos santificam os filhos (1 Co 7.14). Para essa santificação, existem, da
parte de Deus, três coisas importantes: a oração dos pais, a Palavra de Deus e
o bom exemplo (Jô 1.5; Sl 119.11; 1 Tm 4.12). Felizes são os filhos que recebem
de seus pais esses subsídios. Quando isso acontece, o lar se torna um pedaço do
céu.
3- Santificação pela oração e pela palavra
(1 Co 7.14): Esta santificação não significa que o marido ou a mulher
descrente não precise aceitar a Jesus como Salvador, para ser salvo (2 Co
5.17). O que Paulo quer dizer é que a convivência de um cônjuge crente com u
descrente santifica o casamento, promove, disciplina, moraliza de tal maneira a
vida dos dois que este é constrangido a viver uma vida modelar, exemplar, por
causa daquele. É claro que jamais o cônjuge crente salvará o descrente, senão
Jesus (1 Co 7.16).
MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Causas dos Problemas na Educação de
Filhos. Filhos e pais nem sempre concordam quanto ao que
representa um problema. Um pai, por exemplo, pode considerar a desobediência um
problema, mas o filho absolutamente não tem a mesma idéia. Assim sendo, quando
os problemas são reconhecidos, as causas podem ser tão variadas quanto as
inúmeras teorias sobre o desenvolvimento da criança. Apesar disto, diversos
temas são repetidamente encontrados na literatura.
1. Instabilidade no Lar. Quando os pais não estão se dando
bem, os filhos sentem-se ansiosos, culpados e irados. Ficam ansiosos devido à
instabilidade do lar, por ver a sua segurança ameaçada, culpados por temerem
ter causado o conflito, e zangados porque muitas vezes sentem-se deixados de
fora, esquecidos e algumas vezes manipulados para tomarem partido — o que não
querem fazer. Eles também ficam ocasionalmente com medo de serem abandonados.
Os lares instáveis, portanto, com freqüência (mas não sempre) produzem filhos
instáveis.
2. Falhas dos Pais. Em anos recentes, o problema do
abuso físico de crianças tem atraído considerável atenção nos meios de
comunicação de massa. Isto será discutido melhor no capítulo 31. Mas, que dizer
dos pais que nunca maltratam seus filhos fisicamente, mas abusam dele
psicologicamente? Quando os filhos são rejeitados sutil ou abertamente,
excessivamente criticados, punidos sem correspondência com a realidade (ou
nunca castigados), disciplinados inconsistentemente, e recebem amor
espasmodicamente (caso o recebam), então eles no geral apresentam problemas
pessoais ou comportamento negativo que, por sua vez, aborrecem os pais.
Os livros
sobre o desenvolvimento infantil discutem muito os efeitos prejudiciais da
super proteção, excesso de permissividade, excesso de restrições e excesso de
meticulosidade por parte dos pais — elementos que podem provocar ansiedade e
criar insegurança nos filhos.
3. Necessidades Não Satisfeitas. Os psicólogos nem sempre concordam
quanto ao que devem ser incluído em qualquer lista de necessidades humanas
básicas, mas algumas delas repetem-se continuamente.
Num livro
recente, John Drescher identifica “sete das necessidades mais básicas da
criança em crescimento (e de todos nós através da vida)” necessidade de
significado, segurança, aceitação, amor, louvor, disciplina e a necessidade de
Deus. Quando as mesmas não são satisfeitas, o amadurecimento é prejudicado e
freqüentemente surgem problemas.
4. Negligência da Parte Espiritual. Embora a Bíblia não fale muito sobre
crianças, ela enfatiza a importância de ensiná-las a respeito de Deus. O Salmo
78.1-8, por exemplo, salienta que as crianças devem receber instrução
espiritual para que coloquem sua fé em Deus, lembrem-se da sua fidelidade e não
se tomem insubmissas, obstinadas ou rebeldes. Talvez não haja qualquer pesquisa
espiritual bem intencionada comparando o comportamento adulto de crianças que
tiveram treinamento religioso com o das que não tiveram, mas as Escrituras
ensinam claramente que a educação bíblica é benéfica para as crianças; sua
ausência é certamente prejudicial.
5. Outras Influências. As doenças e
defeitos físicos, a doença grave ou morte de pessoas queridas (inclusive um dos
pais), experiências traumáticas prematuras (tais como acidentes, um incêndio
grave no lar, um quase-afogamento, etc.), rejeição dos companheiros, e a
experiência de ‘um fracasso, podem criar problemas mais tarde na vida. Como
resultado desses acontecimentos, as crianças podem desenvolver auto conceitos
pouco sadios, preocupações com perigos e temores de fracassar, ferir-se ou ser
criticadas.
Os diversos
parágrafos anteriores podem parecer desanimadores para os conselheiros e pais
que poderiam se perguntar se jamais será possível criar um filho com êxito e
sem a presença de problemas. Dois fatos precisam ser lembrados ao considerar
esta questão. Primeiro, é preciso notar que a maioria das crianças cresce
normalmente apesar dos erros e fracassos dos pais. Mesmo quando o lar tem “pais
psicóticos, abusivos, ou terrivelmente pobres”, algumas crianças (muitas vezes
chamadas de “invulneráveis” ou super crianças”) reagem desenvolvendo
extraordinária competência.’ Os lares
pobres nem sempre produzem crianças-problema.
Segundo,
existem ocasiões em que os problemas surgem independentemente dos atos dos
pais.
Muitos pais
vivem sob o peso da idéia de que todos os problemas manifestados pelo filho
resultam de algum erro por parte deles ou são vistos como tal pela criança. Tal
tipo de pessoa deve ter dificuldade em compreender... que a vida mental
autônoma do filho pode ocasionalmente manifestar problemas que nada têm a ver
com os pais. A criança talvez até se envolva numa atividade aparentemente
hostil aos pais, como um meio conveniente de resolver um problema que
basicamente tem pouco ou nada a ver com os pais e no é acompanhado de uma
verdadeira hostilidade contra eles. E importante ajudar os pais a compreenderem
em tais ocasiões que no existe “nada de pessoal” na atitude ou comportamento da
criança. Isto pode aliviar os pais, fazendo com que se mostre mais objetivo e
útil à criança.
Mesmo que os
pais fossem perfeitos haveria ainda possibilidade de rebelião e problemas
porque as crianças têm mente e vontade próprias. Ninguém poderia ser mais
perfeito do que Deus, entretanto, a profecia de Isaías tem início com estas
palavras: “O Senhor é quem fala: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão
revoltados contra mim”. As falhas dos pais chegam muitas vezes a provocar
problemas nos filhos, mas isto nem sempre acontece. Esta compreensão pode ser
uma fonte de encorajamento e um desafio para os pais de crianças-problema.
EVITANDO OS PROBLEMAS
NA EDUCAÇÃO DE FILHOS
Não existe
em qualquer dada sociedade uma instituição que possa comparar-se à igreja no
seu potencial de influência sobre a infância e o desenvolvimento familiar.
Famílias inteiras vão à igreja.
Eles levam
seus filhos pequenos para serem consagrados ou batizados e no geral voltam para
os cultos da igreja e para as aulas da escola dominical. A igreja, portanto,
pode influenciar a educação dos filhos de diversas maneiras.
1. Treinamento Espiritual. Discutimos antes neste capítulo os
ensinamentos bíblicos sobre o lar e a criação de filhos. Através de sermões,
aulas na escola dominical, seminários e retiros, a igreja pode ensinar os pais
a terem um lar cristão. Os pais podem ser ajudados a serem crentes exemplares.
Eles podem ensinar os filhos conforme os princípios delineados em Deuteronômio
6, fazendo dos assuntos espirituais uma parte normal das conversas em família.
O lar é a espinha dorsal da sociedade e os lares cristãos estáveis são
construídos conforme a orientação contida na Bíblia, no geral transmitida pela
igreja.
2. Enriquecimento Conjugal. Quando os casamentos são bons e
progressivos, isto influencia positivamente os filhos produzindo estabilidade e
segurança no lar. Os problemas com os filhos podem prejudicar o casamento dos
pais, provocando tensão. Se os pais conseguirem discutir os problemas do filho
juntos sem ter de enfrentar com isso dificuldades conjugais, tudo ficará mais
fácil. Estimular bons casamentos é, portanto, um meio de evitar problemas na
educação dos filhos.
3. Treinamento dos Pais. O fato de
tomar-se pai pode ser uma enorme responsabilidade. Quase todos os pais sentem,
em certo ponto da vida, que falharam em sua missão e a maioria passa por
período de desânimo e confusão. Nessas ocasiões os pais precisam de
compreensão, encorajamento e orientação sobre as necessidades e características
das crianças. Os líderes cristãos têm condições de dar essa ajuda. Mostre aos
pais onde obter informação positiva sobre a educação de filhos. Alerte-os para
a necessidade que a criança tem de amor, disciplina, segurança, auto-estima,
aceitação e percepção da presença de Deus.
Aponte os
perigos da super proteção, excesso de permissividade, restrição e
meticulosidade. A seguir, como parte do treinamento dos pais, pode ser útil
considerar os princípios da comunicação eficaz entre pais e filhos, ensinar
meios de disciplinar, falar sobre controle do comportamento e discutir como
satisfazer as necessidades das crianças. Tudo isto pode ser discutido em locais
na igreja onde os pais possam trocar idéias juntos.
Tenha
cuidado em enfatizar que embora a educação de filhos seja uma grave
responsabilidade, todos cometem erros e os pais que são demasiado rígidos ou
preocupados, criarão certamente problemas devido à sua ansiedade e
inflexibilidade. Criar filhos pode ser difícil e desafiador, mas pode ser
também uma fonte de alegria — especialmente quando os pais podem discutir suas
preocupações mútuas informalmente com outros pais, inclusive conselheiros
cristãos.
4. Encorajamento. Conta-se a história de um pregador
que, quando convidado a falar numa reunião de pré-adolescentes, perguntou à
filha qual deveria ser o tema de sua palestra. “Diga-lhes, papai,” respondeu
ela, “que devem ser pacientes porque seus pais estão ainda aprendendo como
educar os filhos”
Esta
mensagem, apesar de simples, talvez devesse ser ensinada tanto a pais como a
filhos. E bíblico encorajar-se mutuamente, e há ocasiões em que é necessário
encorajar, orar e apoiar verbalmente os membros da família.
Um relatório
recente descreve a instalação da “Casa dos Pais”, um centro dirigido por pais
onde outros pais podem comparecer para uma visita ou telefonar pedindo ajuda
para seus problemas relativos à educação de filhos. A idéia é nova e
patrocinada pela comunidade, mas trata-se de um conceito que poderia ser usado
por grupos na igreja, a fim de ajudar outros pais tanto no corpo de crentes
como fora.
CONCLUSÃO
Em tempos de
crise precisamos de firmeza. Ninguém construirá uma historia de permanência a
não ser que seus alicerces estejam bem estabelecidos. Precisamos de um Salvador
em que possamos confiar, afirmarmos ao nosso coração: “Senhor,comigo não há dor
que não possa ser aliviada, tempestade que não passe, perda que não se
recupera, choro que não possa ser acalentado. Eu solitariamente fraquejo, mas
juntos somos invencíveis”.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições
Bíblicas (Jovens e Adultos) 1993
Lições
Bíblicas (Jovens e Adultos) 1987
Lições
Bíblicas (Jovens e Adultos) 2004
Livro:-
Aconselhamento Cristão – Gary R. Collins
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