2 de outubro de 2013

O VALOR DOS BONS CONSELHOS



O VALOR DOS BONS CONSELHOS – Ev. José Costa Junior


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

            O assunto desta lição diz respeito ao valor dos bons conselhos dentro do contexto da sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa.
A sabedoria prática dos antigos resumia-se, em princípio, a máximas de caráter popular (Heb. mashal, no plural meshalim) a exprimirem em termos expressivos certos fenômenos observados ("Um céu vermelho à noite faz as delícias do pastor". "Não há ninguém tão surdo como aquele que não quer ouvir" -e outros mais). Uma forma mais desenvolvida é a das parábolas, e até dos enigmas. Neste caso podemos citar o enigma de Sansão (Jz 14.12 e segs.), as parábolas de Jotão (Jz 9.7 e segs.) e de Jeoás (IIRs 14.9), e, sobretudo, as parábolas dos Evangelhos, que atingem a sua perfeição.

Deu-se, porém, o caso que a pouco e pouco se foi refletindo sobre os fenômenos da natureza e da vida, chegando-se à conclusão de que as generalizações populares não abrangem todos os fatos observados. O sofrimento dos justos, por exemplo, e o significado da vida preocupavam os espíritos, como os autores dos livros de Jó, do Eclesiastes e de alguns Salmos.

A verdadeira sabedoria (heb. hokhmah) para os pensadores hebreus, não era unicamente um raciocínio intelectual, mas acima de tudo prático, e em sentido moral e religioso. Sendo o "temor do Senhor o princípio da sabedoria", o verdadeiro sábio (heb. hakham) era aquele que encarava a vida num espírito de reverência a Deus. Pelo contrário, o insensato (heb. nabal) era insensível em matéria religiosa, ao afirmar solenemente no seu íntimo: "Não há Deus", ou pelo menos ao comportar-se como se Deus não existisse.

O objetivo deste estudo é trazer algumas informações e textos, colhidos dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do valor dos bons conselhos dentro do contexto da sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL

Uma das joias citadas é o livro de Provérbios. O título geral é "Provérbios de Salomão, filho de Davi". Em diversos pontos do livro, entretanto, ocorrem passagens que denotam a autoria de diferentes seções. Assim, há seções atribuídas a Salomão em (Pv 10.1) e aos "sábios", em (Pv 22.17 e Pv 24.23). Em (Pv 25.1) existe uma interessante passagem: "provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá"; o capítulo 30 é introduzido como: "palavras de Agur, filho de Jaque"; e o capítulo 31 com os seguintes termos: "palavras do rei Lemuel", ou melhor, de sua mãe.

Os rabinos diziam: "Ezequias e seus homens escreveram Isaías, Provérbios, Cantares e Eclesiastes" (Baba Bathra 15a); em outras palavras, editaram ou publicaram esses livros. No que tange ao livro de Provérbios é duvidoso que essa declaração rabínica esteja baseada em outra coisa além da passagem de Pv 25.1.

O ceticismo que desde o século 1 tem reduzido ao mínimo o elemento salomônico, atualmente parece estar desaparecendo. Quanto a uma revisão de algum criticismo moderno sobre Provérbios, que faça algum exame pesquisador no mesmo, consultar “An Introduction to the Old Testament”,  de E. J. Young. Anteriormente, a literatura de Sabedoria, como um todo, era geralmente atribuída a uma data pós-exílica. Agora o devido reconhecimento está sendo dado à poesia de Sabedoria, não apenas nos escritos proféticos, mas também nos escritos pré-proféticos (cf. Jz 9.8 e segs.). Por exemplo, escreve W. Baumgartner:

"Portanto, visto que não pode ter surgido simplesmente como sucessor da Lei e da Profecia, em tempos pós-exílicos, uma data tão posterior exige cuidadoso reexame" (The Old Testament and Modern Study,  editado por H. H. Rowley, 1951, pág. 211). O resultado desse reexame, por parte de eruditos críticos, tem levado, geralmente falando, a uma conceituação mais séria sobre as passagens e seus autores.
Consideremos os autores:

            a) Salomão
No livro de Provérbios, a sabedoria não é simplesmente intelectual, mas envolve o homem inteiro; e dessa sabedoria Salomão, no zênite de sua fama. Ele amava ao Senhor (IRs 3.3); ele orou pedindo um coração entendido pala discernir entre o bem e o mal (IRs 3.9,12); sua sabedoria foi-lhe proporcionada por Deus (IRs 4.29), e era acompanhada por profunda humildade (IRs 3.7); foi testada em questões práticas, tais como administração justa (IRs 3.16-28) e diplomacia (IRs 5.12). Sua sabedoria tornou-se famosa no oriente (IRs 4.30 e segs.; Pv 10.1-13); ele compôs provérbios e cânticos (IRs 4.32) e respondeu "enigmas" (IRs 10.1); e muito de sua coletânea de fatos foi tirado da natureza (IRs 4.33). 

Consideramos que as coleções em Pv 10-22.13 e 25-29 vieram substancialmente dele. Existem, naturalmente, outros elementos salomônicos em outras porções do livro. Mas mesmo assim, essas coleções podem ser apenas uma seleção inspirada dentre sua sabedoria, pois não existem cerca de 3.000 provérbios em todo o livro de Provérbios (cf. IRs 4.32).

            b) Os sábios
As nações do oriente antigo tinham os seus "sábios", cujas funções iam desde a política do estado até a educação. (Quanto ao Egito, cf., por exemplo, Gn 41.8; quanto a Edom, cf. Ob 8). Em Israel, onde era reconhecido que "o temor do Senhor é o princípio da ciência", os "sábios" também ocupavam uma função mais importante. Jr 18.18 demonstra que, no tempo daquele profeta, os sábios estavam no mesmo nível com o profeta e com o sacerdote como órgão da revelação de Deus. Porém, assim como os verdadeiros profetas tiveram de entrar em luta com profetas e sacerdotes movidos por motivos indignos, semelhantemente, muitos dos "sábios" transigiram em sua função que era de declarar o "conselho de Jeová" (Is 29.14; Jr 8.8-9). 

Existem pelo menos duas coleções de "palavras dos sábios" no livro de Provérbios; estas se encontram em Pv 22.17-24.22 e em Pv 24.23-34. Talvez que os capítulos 1-9, que contêm uma exposição do alvo e do conteúdo do "conselho dos sábios", venham da mesma origem. É virtualmente impossível datar essas coleções. Provavelmente representam a sabedoria destilada de muitos indivíduos que temiam a Deus e viveram dentro de um considerável período de tempo. Porém muito desse material é de data antiga. E. J. Young sugere que pode ser até pré-salomônico (op. cit., pág. 302).

            c) Os homens de Ezequias
Por IICr 29.25-30 aprendemos que Ezequias providenciou para restaurar a ordem davídica no templo, bem como os instrumentos davídicos e os salmos de Davi e de Asafe. Não há dúvida que um reavivamento de interesse na sabedoria "clássica" de Salomão foi outra conseqüência dessa reforma, um reavivamento motivado, não pelo amor às coisas antiquadas, mas pelo desejo de explorar novamente a sabedoria de alguém que havia amado supremamente a Jeová. E assim, a coleção salomônica dos capítulos 25-29 foi editada e publicada. A. Bentzen (Introduction to the Old Testament,  Copenhague, 1949, Vol. II, pág. 173) apresenta a interessante sugestão que essa coleção até aquele tempo tinha sido preservada exclusivamente em forma oral.

            d) Agur, filho de Jaque
Não sabemos quem foi Agur. É possível que devêssemos traduzir a palavra que aparece como "oráculo", em Pv 30.1, como "de Massá". Massá era uma tribo árabe que descendia de Abraão por meio de Ismael (Gn 25.14), e as tribos orientais eram famosas por sua sabedoria (IRs 4.30). Mas isso de modo algum pode ser mantido com certeza.

            e) Rei Lemuel
A mãe desse rei aparece como a originária da seção de Pv 31.1-9, mas ela é igualmente uma personagem desconhecida, embora também se possa traduzir como "de Massá" a palavra que aqui surge como "profecia". Não precisamos supor que ele tenha sido o autor do magnífico poema da Esposa Perfeita (Pv 31.10-31), que forma um apêndice ao livro de Provérbios.

Eclesiastes ou Pregador é, em muitos aspectos, um livro enigmático. De construção um tanto desconexa, de vocabulário obscuro, com estilo freqüentemente complicado, desafia o entendimento do leitor. Contém certo número de palavras que não se encontram no resto do Antigo Testamento, e cujo significado é difícil de determinar com precisão. Faz alusão a incidentes, costumes e dizeres que teriam sido facilmente entendidos por seus primeiros leitores, mas sobre os quais não possuímos indicação alguma. Contém incoerências aparentes, o que torna difícil precisar qual o ponto de vista do próprio autor. Esses contrastes têm levado alguns a supor que o livro original foi reescrito e "expurgado" por diversas mãos. O modo pelo qual o escritor arrumou seu material sugere que não houve a preocupação de dar qualquer seqüência ligada de pensamento a correr livro afora. O livro pode ser antes uma coleção de fragmentos ou anotações, à semelhança do Pensées, de Pascal, com a qual tem sido freqüentemente comparado.

A SABEDORIA DOS ANTIGOS

Sabe-se, que surgiu entre os judeus uma classe de sábios, encarregados de transmitir a sua sabedoria de geração em geração, e que para isso possuíam escolas, onde os discípulos entravam em contato com as doutrinas dos mestres (Pv 1.6; Pv 22.17; cfr. Pv 24.23; Ec 9.17; Ec 12.11). Estes formavam um grupo aparte, como parece inferir-se de Jr 18.18: "Não perecerá a lei do sacerdote, nem o conselho do sábio, nem a palavra do profeta", onde se alude a três classes diferentes. Cada uma delas tinha uma missão diferente: o sacerdote interpretava a Lei, anunciava a vontade de Deus; quanto ao sábio, esse dava conselhos práticos sobre os problemas da vida quotidiana. Um era ritualista, outro teólogo e o terceiro moralista. É grande a diferença, pelo menos entre o segundo e o terceiro. Enquanto os profetas eram reformadores práticos e irradiavam a mensagem divina no âmbito da conduta individual e social, agindo deste modo, partiam dum nível de altos princípios para descerem à expressão de ideais de conduta moral. Os sábios, esses eram mais vulgares e partiam de princípios menos elevados, como eram os que se relacionavam com a vida de todos os dias. Aqueles eram críticos, estes moralistas. Uns divulgavam a mensagem de Deus; outros, perante os acontecimentos da vida, e servindo-se da sabedoria humana, formulavam máximas e aforismos de grande profundidade moral.

        Assim poderíamos resumir as funções destes sábios ou autores da sabedoria:

a) Transcendem os limites do nacionalismo. Eram, por assim dizer, os humanistas do povo hebraico. Ao contrário dos sacerdotes e dos profetas não nutriam tendências para um particularismo racial. Somente nos livros de Sabedoria pós-canônicos começa a aparecer esta idéia, e a Sabedoria quase sempre identificada com a Lei.

b) Tornam-se autores, desenvolvendo os seus conhecimentos literários e condensando-os em obras de notável valor.

c) Eram sobretudo práticos; filósofos, mas não por amor à filosofia; pensadores, mas visando sempre à vida de todos os dias; realizadores, não meros especuladores.

d) Continuaram a função da revelação, quando se calou a voz dos profetas e dos sacerdotes de Israel.
di)        
O movimento que originou os livros da Sabedoria hebraica estava intimamente ligado ao nome de Salomão, o rei-sábio por excelência. A probabilidade histórica combina-se com a tradição fidedigna, ao atribuir ao período do reinado de Salomão um notável desenvolvimento da vida nacional, que se manifestou no comércio, na arte, na literatura, e em tudo aquilo, enfim, que chamamos civilização.

E seja qual for a extensão das obras de Salomão e dos Provérbios "que transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá" (Pv 25.1), o certo é que a partir dessa data começou a tomar incremento a doutrina que costuma designar-se pelo nome de "Sabedoria". Podemos, pois, considerar Salomão como o pai da literatura de sabedoria dos hebreus, se bem que não faltem exemplos fragmentários anteriores ao seu reinado.

AS FONTES DA SABEDORIA

Convém frisar, antes de mais, que os livros da Sabedoria do Velho Testamento não constituem um caso à parte; são antes a expressão dum movimento intelectual e moral que data dos primeiros tempos da história da religião hebraica. Os livros da Sabedoria registram a história de honestos investigadores da verdade, que se vêem a braços com problemas antigos e modernos, o que aliás sucedia com pensadores de outros povos, dado que a orientação da mentalidade humana não era apanágio do povo de Israel. Diz-se da sabedoria de Salomão, que "era superior à de todos os orientais e egípcios, mais sábio que todos os homens, mesmo que Etã, o Ezraíta, e Hemã, Calcal e Darda, filhos de Maol" (IRs 4.30-31). Em Obadias, versículo Ob 8, podemos ler: "E não acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que farei perecer os sábios de Edom, e o entendimento na montanha de Esaú?" Com este compare-se o texto de (Jr 49.7): "Acaso não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos entendidos? Corrompeu-se a sua sabedoria?" Por isso a sabedoria dos hebreus e dos povos orientais tem sido comparada à filosofia das outras nações.

É certo que não surpreende o fato de se encontrarem generalizações da experiência quotidiana repetidas na sabedoria proverbial de muitos povos. "Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios por entendido" (Pv 17.28). Quem não vê aqui um provérbio, que se encontra em quase todos os países e todas as línguas? Vejamos o correspondente a este na literatura sânscrita: "Até o tolo, que use rico vestuário, é bem visto em público; sim, é bem visto o tolo que não diz palavra".

Mas, não é só nestes casos que a Sabedoria bíblica se pode comparar à dos outros povos orientais, pois até no Egito, na Mesopotâmia e mais tarde na Grécia vamos encontrar exemplos paralelos. Tal como sucede noutras formas literárias do Velho Testamento, também os livros da Sabedoria não constituem um caso à parte, mas encontram casos paralelos na literatura da antigüidade. No Egito, por exemplo, sabe-se dum sacerdote, médico e arquiteto, chamado Imhotep, famoso como autor de provérbios, que podem remontar à Terceira Dinastia (2700 a.C.), enquanto que dois ou três séculos mais tarde as máximas de Ptah-hotep constituem as mais antigas normas de conduta que se encontram escritas. A queda do Império Antigo, (2200 a.C.), inspirou outros sábios que começaram a ter da vida uma concepção mais pessimista, a julgar pelo modo como consideram as riquezas materiais, embora um deles, Ipuwer, veja nos males presentes um indício da vinda dum rei justo, que será para o seu povo, o que um pastor é para as suas ovelhas, rei esse descrito em termos idênticos aos do Sl 72 e aos outros passos messiânicos do Velho Testamento. 

Uma aproximação mais íntima com a literatura bíblica vai descobrir-se ainda nas obras do sábio Amenémope (1150-930 a.C.), contemporâneo de Salomão, e cuja doutrina se aproxima, por exemplo de Pv 22.17-23.12. Há um caso até em que a sabedoria de Amenémope parece que vem explicar o texto bíblico de Pv 22.20. Aquela obra do sábio egípcio consta de 30 capítulos, conforme se diz algures: "Considera estes trinta capítulos". No caso do texto dos Provérbios há quem leia a palavra hebraica sh-l-sh-m como sheloshim ("trinta") e não shalishim ("excelentes coisas"); e, nesse caso, estaríamos em presença dum exemplo paralelístico dos dois livros. Mesmo que esta leitura seja inadmissível, são freqüentes os casos de paralelismo.

Passando agora às obras da literatura da Mesopotâmia, havemos de notar que em muitas, como por exemplo na Ludlul bel nemeqi ("Louvarei o Senhor da sabedoria") se encontra já a alusão ao problema do sofrimento dos justos, descrevendo-se um caso idêntico ao de Jó, embora essa descrição seja inferior à da Bíblia.

O suposto pessimismo do Eclesiastes encontra eco em passos do poema épico Gilgamesh, e ainda do "Diálogo do Pessimismo", em que um professor e um escravo da Babilônia chegam à conclusão que tudo é vaidade.

Tal pessimismo, no entanto, não se restringe a uma época ou a uma nação; por isso não admira, que muitos pensamentos tenham paralelos nas obras dos filósofos gregos, em especial Teógnis (500 a.C.). Note-se, todavia, que tais casos não implicam qualquer dependência literária daquelas obras. E isto, porque as mesmas causas produzem os mesmos efeitos sempre e em toda a parte.

As obras de Sabedoria, tanto do Egito como da Mesopotâmia, remontam a épocas anteriores às obras congêneres da Bíblia. Os escritores hebraicos partilharam da literatura comum aos povos orientais, deixando-se influenciar pelas produções literárias dos países circunvizinhos, sem que, por isso, se possam chamar plagiários. Trata-se de composições originais que, sendo inspiradas por Deus, atingem um plano de pensamento e de expressão mais elevado que o das congêneres dos outros povos.

Apesar de numerosas semelhanças, os livros de Sabedoria dos hebreus apresentam características inconfundíveis, que os distinguem dos livros idênticos dos outros países; porque, sendo inspirados, têm a garantia dum Deus vivo e verdadeiro. A sabedoria da Bíblia é a sabedoria Divina. Nos mais variados aspectos da vida humana brilha uma luz, clara e segura, que vem da nação que Deus escolheu para Se manifestar ao mundo.

O PROPÓSITO DA SABEDORIA

O livro dos Provérbios vem comprovar, que os escritores inspirados da Sabedoria do Velho Testamento visavam, antes de mais, à vida prática, sem qualquer vislumbre de especulação filosófica.

O autor do Eclesiastes, por exemplo, corrige, na sua doutrina, o materialismo, o fatalismo e o pessimismo daquele tempo, frisando os três elementos que contribuem para a felicidade relativa deste mundo: a ciência, os prazeres e o dinheiro. O verdadeiro, porém, é o da Sabedoria.

Ao procurar solucionar os mais urgentes problemas da vida, os livros da Sabedoria limitam-se quase só aos problemas da vida terrena presente. Só relativamente mais tarde aparecem doutrinas mais profundas como a da imortalidade.

O conceito da divina Sabedoria tem ainda outra finalidade: a de preparar a vinda de Cristo. Além da doutrina do Logos no prólogo de João, por exemplo, não será difícil descobrir a Sabedoria personificada, sobretudo em (Pv 8.22 e segs.), onde a Sabedoria assiste à criação do mundo. Por este e outros processos se preparou a vinda de Quem havia de ser a Sabedoria de Deus e a nossa Sabedoria. Quando iluminados pela encarnação de Jesus Cristo, os livros da Sabedoria do Velho Testamento apresentam-nos a Sabedoria de Deus em pessoa, Aquele que, ao proclamar-se "O Caminho, a Verdade e a Vida" vai ser a solução final para todos os problemas do homem e do mundo.

CONCLUSÃO

            Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão difícil tema e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS.




Ev. José Costa Junior


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