O
TEMPO PARA TODAS AS COISAS
TEXTO
ÁUREO = “Tudo tem o seu
tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”(Ec 3.1).
VERDADE
PRATICA = O tempo e o espaço em que vivemos são limitados, por
isso, devemos ser bons despenseiros de Deus nesta vida.
LEITURA
BIBLICA = Eclesiastes 3: 1-8
INTRODUÇÃO
Um
livro curioso e dos mais atraentes. Para alguns, um livro desalentador, mas não é
bem assim. É um dos mais ricos e profundos da Bíblia e que exige certo cuidado
em seu estudo. O autor mostra caminhos errados para se realizar na vida, e
depois mostra o caminho certo. Ao mostrar os caminhos errados, ele não os
defende. Isto faz parte de sua estrutura de trabalho. É um livro diferente, num
estilo diferente. Ele mostra uma pessoa, que no relato é ele meso, procurando o
significado da existência. Frustrou-se com todas as possibilidades. Por fim,
descobre como fazer. É assim que o livro caminha.
1.
TÍTULO – O título hebraico é Qoheleth e significa “Pregador” ou
“Mestre” ou “alguém, um orador público, que se dirige a uma assembléia (de
qahal, congregar) de pessoas”. Não sabemos se é um nome pessoal, um
pseudônimo, ou o título de um ofício. O
termo surge sete vezes em Eclesiastes (1.1,2, 12; 7.27; 12.8,9,10) mas não
aparece em nenhum outro livro do AT. A
LXX deu o nome de Eclesiastes (ek, fora
de; klesis, chamado). A palavra Igreja no grego é ekklesía,
“uma assembléia, um grupo chamado fora (separado)”.
2.
AUTOR – Não há menção do nome do autor, mas 1.1 o chama “filho de
Davi, rei de Jerusalém”. A única pessoa
que preencheria tais características é Salomão, devido à sua sabedoria (Ec 1.16
e 1Rs 3.12; 4.29,30), sua riqueza (Ec 2.8 e 1Rs 10.23-24,27), seus projetos de
construção (Ec 2.4-6 e 1Rs 6.1; 7.1) e sua coleção de provérbios (Ec 12.9 e 1Rs
4.32-34). O autor se identifica em
1.1,12; 2.7,9; 12.9. Alguns acham que a
expressão “filho de Davi” poderia se referir a qualquer descendente de Davi, e
que 1.16 e 2.9 não teriam sentido se o autor fosse Salomão. Assim sugerem que o autor é uma pessoa anônima
que está apresentando a sabedoria de Salomão para nossa consideração, e que
Salomão é um tipo de “patrono” e “fundador” da tradição de sabedoria. Esta é
uma posição que tem ganhado muitos adeptos.
3.
LUGAR NA BÍBLIA – Eclesiastes é o quarto dos cinco livros
poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares, em nossa Bíblia. Na Bíblia Hebraica, é o quarto dos Cinco Rolos (ou Megilloth), como são chamados
Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, e Ester.
4.
DATA – Alguns
presumem que Salomão tenha escrito Cantares no início do seu reinado (cerca de
965 a.C.), Provérbios no meio, quando seus poderes intelectuais estavam no auge
(cerca de 950 a.C.), e Eclesiastes no final do seu reinado, quando estava
decepcionado e desiludido com sua vida mundana (cerca de 935 a.C.). Se o autor não foi Salomão, o livro pode ter
sido escrito por um descendente de Davi entre 800 e 600 a.C., talvez no 4º
século a.C.
O Talmude registra que houve objeção inicial da Escola
Rabínica de Shammai e de outros rabinos quanto à inclusão de Eclesiastes no
cânon da Bíblia Hebraica. Mas estas observações me parecem surgir por causa da
dificuldade em lidar com o teor do livro. E pode ser que o livro não seja de
Salomão, mas produto de uma escola de pensamento que o teria maturado por longo
tempo.
CONTEÚDO
DE ECLESIASTES
A futilidade do modo de vida do homem
(1:1–3:22). As primeiras palavras ressoam o tema do livro:
“‘A maior das vaidades’, disse o congregante, ‘a maior das vaidades! Tudo é
vaidade!’” Que proveito tira o homem de toda a luta e labuta em que se empenha?
Gerações vêm e vão, os ciclos naturais seguem seu curso na terra, e “não há
nada de novo debaixo do sol”. (1:2, 3, 9) O congregante pôs o coração a buscar
e perscrutar a sabedoria, no tocante às calamitosas atividades dos filhos dos
homens, mas constata que, na sabedoria e na estultícia, nos empreendimentos e
no trabalho árduo, no comer e no beber, tudo é “vaidade e um esforço para
alcançar o vento”. Ele chega a ‘odiar a vida’, a vida cheia de calamidades e de
empreendimentos materialistas. — 1:14; 2:11, 17.
Para tudo há um tempo designado — sim,
Deus fez tudo “bonito no seu tempo”. Ele deseja que suas criaturas desfrutem a
vida sobre a terra. “Vim saber que não há nada melhor para eles do que
alegrar-se e fazer o bem durante a sua vida; e também que todo homem coma e
deveras beba, e veja o que é bom por todo o seu trabalho árduo. É a dádiva de
Deus.” Mas, infelizmente, para o homem pecador e para o animal há o mesmo
evento conseqüente: “Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm
apenas um só espírito, de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre
o animal, pois tudo é vaidade.” — 3:1, 11-13, 19.
Conselhos
sábios para os que temem a Deus (4:1–7:29). Salomão congratula os
mortos, porque estão livres de “todos os atos de opressão que se praticam
debaixo do sol”. Daí, continua a descrever as obras vãs e calamitosas. Ele
aconselha também de modo sábio, dizendo que é “melhor dois do que um” e que o
“cordão tríplice não pode ser prontamente rompido em dois”. (4:1, 2, 9, 12) Ele
dá bons conselhos ao povo de Deus, ao se congregar: ‘Guarde os seus pés, sempre
que for à casa do verdadeiro Deus; e haja um achegamento para ouvir.’ Não seja
precipitado em falar diante de Deus; ‘as suas palavras devem mostrar ser poucas’,
e pague o que vota a Deus. ‘Tema o próprio verdadeiro Deus.’
Quando os pobres são oprimidos, lembre-se de que “alguém que
é mais alto do que o alto está vigiando, e há os que estão alto por cima
deles”. O simples servo, observa ele, terá sono doce, mas o rico está
preocupado demais para poder dormir. Contudo, nu ele veio ao mundo, e, apesar
de todo o seu trabalho árduo, não pode levar nada do mundo. — 5:1, 2, 4, 7, 8,
12, 15.
Um homem talvez
receba riquezas e glória, mas que adianta viver “mil anos duas vezes”, se não
vir o que é bom? É melhor tomar a peito as questões sérias da vida e da morte
do que associar-se com o estúpido, “na casa de alegria”; com efeito, é melhor
receber a repreensão do sábio, pois como o estalar “de espinhos sob a panela é
o riso do estúpido”. A sabedoria é proveitosa. “Pois a sabedoria é para
proteção, assim como o dinheiro é para proteção; mas a vantagem do conhecimento
é que a própria sabedoria preserva vivos os que a possuem.” Por que, então, se
tornou calamitoso o caminho da humanidade? “O verdadeiro Deus fez a humanidade
reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos.” — 6:6; 7:4, 6, 12, 29.
O mesmo evento conseqüente para todos
(8:1–9:12). “Guarda a própria ordem do rei”, aconselha o
congregante, mas ele observa que, visto que a sentença contra o trabalho mau
não é executada prontamente, “o coração dos filhos dos homens ficou neles
plenamente determinado a fazer o mal”. (8:2, 11) Ele próprio gaba a alegria,
mas há outra coisa calamitosa! Toda sorte de homens segue o mesmo caminho —
para a morte! Os vivos estão cônscios de que morrerão, os “mortos, porém, não
estão cônscios de absolutamente nada . . . Tudo o que a tua mão achar para
fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem
planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.”
— 9:5, 10.
A sabedoria prática e a obrigação do homem
(9:13–12:14). O congregante cita outras calamidades, como a
“estultícia . . . em muitas posições elevadas”. Apresenta também muitos provérbios
de sabedoria prática, e declara que mesmo “a juventude e o primor da mocidade
são vaidade”, a menos que se acate a verdadeira sabedoria. Ele declara:
“Lembra-te, pois, do teu Grandioso Criador nos dias da tua idade viril.” De
outra forma, a velhice resultará meramente em a pessoa retornar ao pó da terra,
isto acompanhado das palavras do congregante: “A maior das vaidades! . . . Tudo
é vaidade.” Ele próprio sempre ensinou ao povo o conhecimento, pois “as
palavras dos sábios são como aguilhadas”, impelindo a obras corretas, mas,
quanto à sabedoria do mundo, ele adverte: “De se fazer muitos livros não há
fim, e muita devoção a eles é fadiga para a carne.” Daí, o congregante leva o
livro ao seu grandioso clímax, fazendo um resumo de tudo o que considerou sobre
a vaidade e sobre a sabedoria: “A conclusão do assunto, tudo tendo sido ouvido,
é: Teme o verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos.
Pois esta é toda a obrigação do homem. Pois o próprio
verdadeiro Deus levará toda sorte de trabalho a julgamento com relação a toda
coisa oculta, quanto a se é bom ou mau.” — 10:6; 11:1, 10; 12:1, 8-14.
PROVEITOSO
PARA OS NOSSOS DIAS:
Longe de ser um livro
pessimista, Eclesiastes está cravejado de brilhantes gemas de sabedoria divina.
Quando Salomão enumera as muitas consecuções que ele chama de vaidade, não
inclui a construção do templo de Deus, sobre o monte Moriá, em Jerusalém, nem a
adoração pura de Deus. Tampouco diz que a vida, que é uma dádiva de Deus, seja
vaidade; ao contrário, mostra que o objetivo era que o homem se regozijasse e
fizesse o bem. (3:12, 13; 5:18-20; 8:15) As atividades calamitosas são as que
não levam em conta a Deus. Um pai pode ajuntar riquezas para seu filho, mas um
desastre destrói tudo e nada lhe resta. Seria muito melhor providenciar uma
herança duradoura de riquezas espirituais. É calamitoso possuir uma abundância
e não poder usufruí-la. A calamidade sobrevém a todos os ricos do mundo quando
‘se vão’, de mãos vazias, na morte. — 5:13-15; 6:1, 2.
Em Mateus 12:42, Cristo Jesus se referiu a si mesmo como
“algo maior do que Salomão”. Visto que Salomão prefigurou a Jesus, podemos
dizer que as palavras de Salomão, contidas no livro Qo·hé·leth, estão em
harmonia com os ensinamentos de Jesus? Encontramos muitos paralelos! Por
exemplo, Jesus sublinhou o grande alcance da obra de Deus, ao dizer: “Meu Pai
tem estado trabalhando até agora e eu estou trabalhando.” (João 5:17) Salomão
falou igualmente das obras de Deus: “E eu vi todo o trabalho do verdadeiro
Deus, que a humanidade não é capaz de descobrir o trabalho que se fez debaixo
do sol; por mais que a humanidade trabalhe arduamente para procurar, ainda
assim não o descobre. E mesmo que dissessem que são bastante sábios para saber,
não seriam capazes de o descobrir.” — Ecl. 8:17.
Tanto Jesus como Salomão encorajaram os verdadeiros
adoradores a se congregarem. (Mat. 18:20; Ecl. 4:9-12; 5:1) As declarações de
Jesus sobre a “terminação do sistema de coisas” e “os tempos designados das
nações” estão em harmonia com as palavras de Salomão de que “para tudo há um
tempo determinado, sim, há um tempo para todo assunto debaixo dos céus”. — Mat.
24:3; Luc. 21:24; Ecl. 3:1.
Acima de tudo, Jesus e seus discípulos se unem a Salomão
para avisar sobre as armadilhas do materialismo. A sabedoria é a verdadeira
proteção, pois “preserva vivos os que a possuem”, diz Salomão. Jesus diz:
“Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas
outras coisas vos serão acrescentadas”. (Ecl. 7:12; Mat. 6:33) Em Eclesiastes
5:10, está escrito: “O mero amante da prata não se fartará de prata, nem o
amante da opulência, da renda. Também isto é vaidade.” Paulo nos dá um conselho
bem similar, ao dizer, em 1 Timóteo 6:6-19, que “o amor ao dinheiro é raiz de
toda sorte de coisas prejudiciais”.
Há similares passagens paralelas sobre outros pontos de
instrução bíblica. — Ecl. 3:17—Atos 17:31; Ecl. 4:1—Tia. 5:4; Ecl. 5:1, 2—Tia.
1:19; Ecl. 6:12—Tia 4:14; Ecl. 7:20—Rom. 3:23; Ecl. 8:17—Rom. 11:33.
O governo do Reino do amado Filho de Deus, Jesus Cristo, que
na carne era descendente do sábio Rei Salomão, estabelecerá uma nova sociedade
terrestre. (Ap. 21:1-5) O que Salomão escreveu para a orientação de seus
súditos no seu reino típico é de interesse vital para todos os que agora
depositam a sua esperança no Reino sob Cristo Jesus. Debaixo da dominação deste
Reino, a humanidade viverá segundo os mesmos princípios sábios que o
congregante apresentou, e se regozijará eternamente com a dádiva divina de uma
vida feliz. Agora é tempo de nos congregarmos para a adoração de Deus, a fim de
usufruirmos plenamente as alegrias da vida sob o seu Reino. — Ecl. 3:12, 13;
12:13, 14.
Discernindo
os Tempos = Eclesiastes 3. 1 – 14
O livro de
Eclesiastes, escrito por Salomão (Ec 1. 1), traz a visão do homem “debaixo do
sol” (essa expressão de repete 27 vezes),
em meio a isso, ele mostra a visão do Todo-Poderoso. Talvez os primeiros
destinatários que Salomão tinha em mente eram os pensadores do seu tempo,
alguns que, quem sabe, não criam em seu Deus. Com esse escrito, o sábio os
conduziria a pensar, sobretudo, nAquele que está além do sol.
Este
capítulo que lemos traz uma introdução com uma afirmação absoluta: “Para tudo
há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.”.
Quando coisas, mesmo que certas, são feitas em ocasiões erradas, a vida não
corre bem. Portanto, precisamos discernir os tempos.
Tempos que mexem com a alma.
a) “Tempo de nascer e tempo de
morrer [...]”
(v. 2a); “[...] tempo de chorar e tempo de rir,” (v. 4). Quanta alegria traz um nascimento,
mas quanta tristeza traz uma morte. Todos passam por momentos difíceis e,
quando eles acontecem, é preciso vivenciá-los da maneira adequada com ajuda de
Deus. Os tempos de alegria devem ser bem vividos e com louvor a Deus. A Bíblia
é um livro honesto que considera todas as realidades da vida.
b) “[...] tempo de amar e tempo
de odiar,” (v. 8.a). Os tempos a serem odiados
são aqueles em que pecamos, em que vemos o pecado agindo no mundo e causando
danos, quando percebemos a ação maligna destruindo pessoas. O tempo de amar
deve ocorrer no presente e futuro. Lembremo-nos que o amor é um mandamento.
c) Tenhamos a consciência da
morte e da vida, do choro e do riso, do amor e do
ódio e busquemos a presença de Deus em todos esses tempos.
Tempos de decisões.
a) “[...] tempo de plantar e
tempo de arrancar o que se plantou, [...]” (v. 2b). Para um dia poder
colher, é preciso decidir plantar. A Bíblia nos diz que tudo o que o homem
semear ele vai colher (Gl 6. 7). Decidamos semear boas sementes.
b) “[...] tempo de abraçar e
tempo de se conter, [...]” (v. 5b). Há muitos
que não abraçam quando deveriam abraçar e abraçam quando não deveriam.
c) “[...] tempo de calar e
tempo de falar,” (v. 7b). A Escritura nos diz que a
palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa
escultura de prata (Pv 25. 11). Tiago 5. 19 nos diz que devemos estar prontos
para ouvir, mas tardios para falar e se irar. Precisamos discernir o tempo de
falar e o de calar.
Para todos os tempos.
a) “Também pôs no coração do
homem o anseio pela eternidade;” (v. 11). Todo o
tempo é tempo para considerar a realidade da eternidade.
b) “Descobri que não há nada
melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.” (v. 12). Em todo o tempo, devemos procurar a felicidade que as Escrituras nos
propõem, assim como buscar fazer o bem para que os outros sejam felizes.
c) “Porque, sempre que comerem
deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que Ele
venha.” (I Co 11. 26). Em todo o tempo de nossa vida
terrena, devemos participar da ceia anunciando a morte do Senhor até que Ele
venha. Busquemos discernir os tempos que mexem com a nossa alma, que nos chamam
a decisões e aqueles que se estendem para toda a eternidade.
O TEMPO E AS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
Leia Efésios 4:25-32 e destaque
as palavras que tocam mais diretamente seu coração. Reflita em todas as coisas
que você pode fazer, com a ajuda de Deus, para melhorar seu relacionamento com
outras pessoas. “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu
próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não
furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que
tenha com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra
torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade,
e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus,
no qual fostes selados para o dia da redenção.
Longe de vós, toda amargura, e
cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede
uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efés. 4:25-32)
“Expressões ásperas, despóticas, não se harmonizam
com a sagrada obra que Cristo deu a Seus ministros. Quando a experiência diária
é olhar a Jesus e dEle aprender, haveis de revelar caráter são e harmônico.
Abrandai vossas manifestações, e não vos permitais proferir palavras
condenatórias. Aprendei do grande Mestre. As expressões de bondade e simpatia
farão bem como um remédio, e curarão almas em desespero. O conhecimento da
Palavra de Deus, introduzido na vida prática, terá uma força saneadora e
suavizante. A aspereza no falar nunca há de produzir bênçãos para vós, nem a
nenhuma outra alma.” (Ellen G. White, Obreiros evangélicos, p. 163-164).
“Paulo
aconselhou as comunidades da primeira igreja a evitar a deterioração dos
relacionamentos pessoais no ‘corpo de Cristo’. Muitas dificuldades
interpessoais vêm de tentar destruir uns aos outros e, no processo, ofender
toda a comunidade. Aqueles que tomam parte em fofocas e calúnias tendem eles
próprios a ter problemas — sentimentos de inferioridade, necessidade de ser
notado, desejo de controlar ou ter poder e outras inseguranças. Essas pessoas
precisam de ajuda para abandonar esse modo nocivo de lidar com seus conflitos
internos.”
“Sentir-se
realmente bem sobre si mesmo ajuda a evitar se envolver em fofoca e calúnia. Os
membros do corpo de Cristo precisam considerar-se privilegiados por ter
recebido o dom da salvação “Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à
sombra das tuas asas,” (Sal. 17:8) “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1
Ped. 2:9). Com essa compreensão, a ênfase passa a ser a edificação mútua.
Palavras
de encorajamento e aprovação, ênfase no lado positivo das coisas, humildade e
uma atitude alegre são modos de sustentar aqueles que têm problemas pessoais.”
“Outra
forma de ajudar é servir como mediadores de relacionamentos. Jesus chamou os
pacificadores de ‘bem-aventurados’ e ‘filhos Deus’ (Mt 5:9), e Tiago diz que os
pacificadores colherão ‘o fruto da justiça’(Tg 3:18).”
A regra
básica para todos os relacionamentos é bem
clara nas palavras de Jesus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos
façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.”
(Mat. 7:12).
“Esse
princípio pode ser considerado uma joia inestimável para os relacionamentos
sociais. É positivo, está baseado no amor, é universal e estende a lei acima e
além da lei humana. A ‘regra áurea’ também traz
benefícios práticos a todos os envolvidos.”
“A ninguém
fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros;
pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Rm 13:8).
“Assim como Jesus, no Sermão do Monte, Paulo amplia
neste texto os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser o poder
motivador por trás de tudo que fizermos. Sendo a lei uma expressão do
caráter de Deus, e Deus é amor, segue-se que o amor é o cumprimento da lei.
Mas Paulo não substitui os preceitos detalhados com precisão pela lei por um
padrão vago de amor, como alegam alguns cristãos.
A lei moral ainda está em vigor, porque, novamente, é ela que
assinala o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? Porém, a lei só
pode ser obedecida verdadeiramente no contexto do amor. Lembre-se: alguns
dos que levaram Cristo para a cruz correram em seguida para casa a fim de
guardar a lei!”
“Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não
furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra
se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal
contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Rom. 13:9-10).
“Curiosamente, o amor não foi um princípio
introduzido recentemente. Citando Levítico 19:18: “Não te vingarás, nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo”, Paulo mostra que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo
Testamento. Paulo apela para o Antigo Testamento a fim de apoiar sua pregação
evangélica. Com base nesses textos, alguns argumentam que Paulo ensina que só
os poucos mandamentos mencionados aqui estão em vigor. Nesse caso, isto
significa que os cristãos podem desonrar os pais, adorar os ídolos e outros
deuses diante de Deus? Claro que não! Veja o contexto. Paulo está lidando
com o relacionamento entre os cristãos. Ele trata de relações pessoais, e é
por isso que especifica os mandamentos que se concentram nessas relações.”
amigos, misericordiosos, humildes,”
(1Pe 3:8).
“Como
devemos nos relacionar com os outros?”
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos:
se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo 13:35). “Portanto, acolhei-vos uns aos
outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.” (Rm 15:7).
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns
aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4:32). Suportai-vos
uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa
contra outrem.
Assim como o Senhor vos perdoou, assim também
perdoai vós;” (Cl 3:13). “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras.” (1Ts 4:18). “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e
orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo.” (Tg 5:16). “Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes,” (1Pe 3:8).
“Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.” (1Pe 4:9). “Se, porém,
andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1:7).
“Quando entendemos quanta graça e misericórdia nos
foram estendidas por Deus, podemos começar a fazer o mesmo aos outros. Amar os
amáveis e bondosos é relativamente fácil; quase todos fazem isso. É quando
somos chamados a amar os que não nos amam, aqueles com quem é difícil nos
entendermos, os que nos tratam mal e injustamente – isso requer a graça de Deus
operando em nós.”
“Os que se tornaram novas criaturas em Cristo
Jesus, produzirão os frutos do Espírito – ‘amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio’. Gál. 5:22 e 23.
Não se conformarão por mais tempo com as concupiscências anteriores, mas pela
fé do Filho de Deus seguirão as Suas pisadas, refletir-Lhe-ão o caráter e se
purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora
amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso
torna-se manso e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se
circunspecto e moderado. O bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos
costumes e modas do mundo são renunciados. O cristão buscará, não o ‘enfeite…
exterior’, mas ‘o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um
espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus’. I Ped. 3:3 e 4. (Ellen
G. White, Caminho a Cristo, p. 58-59).
“Toda a
humanidade tem parentesco por causa de nossa linhagem comum (‘de um só fez toda
a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos
previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;’ At 17:26). Somos
todos parentes, também, pelo amor que Deus tem por todos nós.
Todos podem ser redimidos pelo sangue precioso de
Cristo, porque Deus não deseja que ninguém se perca (‘Não retarda o Senhor a
sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo
para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento.’ 2Pe 3:9)”.
“A Bíblia diz claramente que pela redenção em
Jesus, todas as barreiras entre nós devem ser derribadas, porque somos os
mesmos diante do Senhor: pecadores necessitados da graça do de Deus.”
Portanto: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no
Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da
paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só
esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em
todos. (Ef 4:1-16)
“Os tipos de relacionamentos interpessoais que
partilhamos com os outros são centrais à saúde emocional e espiritual.”
ADMINISTRANDO
BEM O TEMPO
Como
aproveitar o tempo, Dom de Deus.
Administrar o tempo não é apenas manter-se ocupada, mas
também buscar o plano de Deus para você- escolher uma direção e seguir em
frente para atingir seus objetivos, Administrar o tempo é uma das habilidades
mais difíceis e mais úteis que a mulher pode desenvolver, exige o máximo de
empenho e um planejamento realista.
Primeiro, você deve reconhecer que tem tempo- a mesma
quantidade que Deus deu a todos. Você, com a ajuda de Deus, deve determinar
como utilizar seu tempo (PV 3.5-6) .É um erro deixar que outros decidam suas
propriedades e façam sua agenda (RM 12.2). Lembre-se de que, ao usar curtos
espaços de tempo com fidelidade, você conseguirá fazer grandes coisas ( EC
9.10).
O Maior desafio que a mulher enfrenta não é organizar sua
vida ou planejar o ano, mas ordenar o dia-a-dia, abrindo espaços para descansar
o suficiente, alimentar-se de forma adequada, exercitar-se e usufruir de um
momento exclusivo com o Senhor. Para dedicar-se ao que é realmente importante,
deve-se determinar um horário significativo para os relacionamentos vitais,
principalmente com o marido e os filhos, no lar.
A "mulher eficiente" levanta- se cedo para
planejar as atividades diárias ( PV 31.15). Mesmo não tendo "servas",
a mulher de hoje tem eletrodomésticos, carros e também serviços úteis, como
telefone e energia elétrica. Essas Bênçãos de Deus encontram -se a mão para
ajudar e servir as mulheres nas tarefas diárias e terrenas, propiciando -lhe
uma grande quantidade de tempo para passar com o Senhor e servir os demais!
Para os hebreus, o dia se inicia ao anoitecer- com descanso,
comunhão com a família e, também, estudo e meditação na palavra de Deus (SL
55.17). Jesus Disse " Buscai, pois,em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça" (MT6.33). Uma forma de fazer isso e dedicar-se as horas noturnas
para um descanso tranqüilo, reflexão e " preparação interior" - em
todas as palavras, preparar- se á noite para o dia seguinte e também organizar
a agenda para começar o dia logo que se levantar.
DUAS
VERDADES QUE ENSINAM ADMINISTRAR O TEMPO
a- A
incerteza da vida – A vida
nos oferece muitas situações, mas alguns fatos tornam-se inevitáveis. A morte é
um fato inevitável. A Bíblia traz várias passagens falando da transitoriedade
da vida – Tiago 4.14-15.Moisés, escrevendo o Salmo 90, diz que a vida é como o
dia de ontem que se foi “tudo passa rapidamente, e nós voamos” Salmo 90.4-6,
9-10. O que fazer ante essa realidade? Tiago nos recomenda que a incerteza da
vida deve nos lembrar quanto dependemos de Deus (Tiago 4.15) Moisés nos
aconselha que, diante da brevidade da vida, devemos pedir a Deus que nos ensine
a administrar os nossos dias de tal forma
que alcancemos coração sábio (Salmo 90.12).
b- A
certeza da volta de Jesus – Outro fato inevitável, que aguardamos a
qualquer momento, com ansiedade, é a volta do Senhor Jesus. No Seu discurso de
despedida, Ele conforta Seus apóstolos e anuncia a Sua volta: “E quando eu for
e vos preparar lugar, voltarei...” João 14.3. Jesus, que prometeu voltar, é
fiel para cumprir a Sua Palavra (Hebreus 10.23).
Esta é a bendita esperança da Igreja. Na parábola da dez
minas, Jesus recomenda: “Negociai até que eu volte” - Lucas 19.11-27. O evangelista João nos
exorta a fazer a obra enquanto é dia (João 9.4). Não podemos perder tempo!
Temos que aproveitar cada momento que o Pai nos dá para testemunhar de Jesus:
saudando um vizinho, confortando um aflito, visitando um doente, alimentando um
faminto, vestindo um descamisado, apresentando o plano de salvação a um
descrente.
CONCLUSÃO
Todo o tempo que tivermos aqui, seja bem aproveitado de
maneira arguciosa e sabia, vivendo na direção Deus tudo dá certo, Ele alinha os
caminhos tortuosos, tira os impedimentos de maneira que os seus desígnios sejam
concretizados em nossa vida, pois operando Deus quem impedirá? (Isa 14:27;
43:13 Porque “Desde a antiguidade não se ouviu, nem com os olhos se viu, um
Deus que trabalhe para aquele que nele espera”. (Isa 64:4). Descansemos em suas
promessas porque fiel é aquele que prometeu.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em
Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
tempodevocional.com
prelisclementino.blogspot.com.br
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