O
EVANGELHO DA GRAÇA
Texto Áureo “(...)
contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (At 20.24)
Verdade Prática = O
evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem
através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.
LEITURA
BIBLICA = I TIMOTEO 1: 3-10
INTRODUÇÃO
Os
ministros necessitam de mais graça do que outros, para realizar seu dever com
fidelidade; e precisam de mais misericórdia do que outros, para perdoar o que
está errado neles. E se, Timóteo, um ministro tão notável, necessitava da
misericórdia de Deus, e precisava crescer e prosseguir nela, quanto mais nós,
ministros, precisamos dela nesses tempos em que temos tão pouco do seu espírito
excelente!
AS
FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
Paulo
diz a Timóteo qual era sua finalidade ao- nomeá-lo para esse ofício: te roguei
que ficasses em Efeso. Timóteo, que tinha em mente ir com Paulo, estava
relutante em sair debaixo das asas dele, mas Paulo queria que fosse assim
porque era necessário para o serviço público: Te roguei, diz ele. Embora
pudesse advogar autoridade sobre ele para mandá-lo, foi, na verdade, por amor
que escolheu pedir a ele. A tarefa dele eracuidar para firmar os ministros e o
povo daquela igreja:
Adverte-os
para que não ensinem outra doutrina além da que receberam, e nada acrescentem à
doutrina cristã com o pretexto de melhorá-la, ou de corrigir os defeitos dela.
Não permita que a alterem, mas sejam fiéis a ela da forma como foi entregue a
eles.
Observe:
Os ministros não devem apenas ser exortados a pregar a verdadeira doutrina do
evangelho, mas também a não pregar nenhuma outra doutrina. Ainda que um anjo do
céu vos anuncie outro evangelho, seja anátema (Gl 1.8).
Nos
tempos dos apóstolos havia pessoas que procuravam corromper o cristianismo (nós
não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, 2 Co 2.17), caso
contrário essa exortação a Timóteo não precisava ser feita. Ele não somente
precisava cuidar para não pregar uma outra doutrina, mas ele deve exortar os
outros para que não acrescentem coisa alguma ao evangelho, ou tirem algum
detalhe dele, mas que o preguem de maneira pura e incorrupta.
Ele
também deve se empenhar em prevenir que não se ocupem com fábulas ou
genealogias intermináveis e competição de palavras. Esse aspecto é repetido com
freqüência nessas duas epístolas (como cap. 4.7; 6.4; 2Tm 2.23), bem como na
epístola de Tito.
No meio
dos judeus havia alguns que introduziam o judaísmo no cristianismo; e no meio
dos gentios havia aqueles que introduziam o paganismo no cristianismo.
“Guarde-se desses”, ele diz, “esteja atento em relação a eles, ou eles acabarão
corrompendo e destruindo a religião no meio de vocês, porque mais produzem
questões do que edificação”.
Aquilo
que produz questões não visa à edificação; aquilo que dá oportunidade para
discussões dúbias enfraquece a igreja em vez de edificá-la. E, creio, por
analogia, que tudo o mais que produz questões em vez da edificação divina
deveria ser repudiado e desprezado por nós, para que haja uma sucessão ou
herança contínua no ministério dos apóstolos até os nossos dias, a absoluta
necessidade da ordenação episcopal e da intenção do ministro na eficácia e
validade dos sacramentos que ele ministra.
A
Tarefa de Timóteo (1.3,4)
A
responsabilidade imediata de Timóteo era esta: Para advertires a alguns que não
ensinem outra doutrina (3). O apóstolo não nos informa a quem ele se referia
quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os
envolvidos.
Paulo
usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou-..
genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de
Deus, que consiste na fé (4).
Mesmo
que seja impossível concluir com plena certeza quais eram estes ensinos que o
apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a
interpretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia
conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à
integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três
fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva (ver Introdução). A
segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola
aos Gálatas. E sobre a terceira fase, em que havia “revelações fingidas sobre
nomes e genealogias de anjos”, que o apóstolo procura avisar Timóteo na
passagem sob análise.
A
falácia básica do gnosticismo era o posicionamento de um dualismo fundamental
entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal. Reconhecidamente, Deus era
bom, mas o mundo era essencialmente mau.
Diante
disso, como explicar que o bom Deus criou um mundo mau? Isto era realizado pelo
conceito de um demiurgo — uma espécie de “semideus” suficientemente afastado do
Deus santo a ponto de este não ser responsabilizado pela criação do mundo mau.
Entendemos prontamente o fato de Paulo caracterizar essas especulações por
fábulas (ou “mitos intermináveis”, NEB; cf. CH, NVT), e por que havia
genealogias intermináveis. Esta última expressão refere-se à importância que o
judaísmo dá a genealogias.
O Amor
Fraternal tem de ser Preservado (1.5-7)
Outro
fator, igual em seriedade ao primeiro, era este: estes ensinos tolerados na
igreja não poderiam deixar de destruir o espírito do amor cristão, o qual é
certeiro em identificar o grupo dos remidos. Ora, o fim do mandamento é a
caridade (“o amor”, ACF, AEC, BAB, NVI) de um coração puro, e de uma boa
consciência, e de uma fénão fingida (5). Esta não é a primeira vez que Paulo
ressalta que o amor é a essência da vida e experiência cristã. Ao longo dos
seus escritos, mas particularmente em Romanos 13.8-10, o amor é para o apóstolo
um resumo da totalidade da religião. Este é o seu desafio para os cristãos: “A
ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros”
(Rm 13.8).
A
FUNÇÃO DA LEI NA VIDA CRISTÃ, 1.8-11
Aqui em
Éfeso, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas (6; “a um deserto de
palavras”, NEB). Eles desejavam ser doutores da lei (7; “mestres da lei”, ACF,
AEC, BAR, CH, NTLH, NVI, RA), mas eram totalmente ignorantes de sua
interpretação cristã. A atmosfera essencial de amor não sobrevive por muito
tempo em tal situação.
O
apóstolo está transportando sua acusação do gnosticismo incipiente, que tinha
aparecido em Efeso, para esta avaliação adicional da função da lei. E verdade
que os deturpadores do caminho cristão contra quem ele está advertindo desejam
ser mestres da lei — lei cujo significado eles torcem para servir aos seus
propósitos nocivos. Não temos justificativa em repudiar a lei, porque uns
poucos não a usam legitimamente (8). Paulo, que na controvérsia da “lei versus
graça” tomou indiscutivelmente o lado da graça, deixou claro que há uma função
válida e permanente a ser exercida pela lei, sobretudo a lei moral exarada nos
Dez Mandamentos, Nos versículos 9 e 10, há uma referência consciente e óbvia à
denominada “segunda tábua” do Decálogo (cf. Ex 20.12-17).
O que
devemos entender pelas palavras: Alei não é feita para o justo (9)? Lógico que
não significa que o justo não é mais susceptível à lei moral que o Decálogo
enuncia de forma tão clara e perene.
Crer de
outra maneira seria entregar-se ao antinomianismo. Essa lei foi nossa
“professora” para levar-nos a Cristo. Mas conhecer Cristo como Salvador e
Senhor é ter essa lei inscrita em nosso coração. Falando dos dias do novo
concerto, Jeremias profetizou: “Mas este é o concerto que farei com a casa de
Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e
a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”
(Jr 31.33).
Mas
para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores (9) e para todos os
outros transgressores na lista de malfeitores do apóstolo, a lei profere
estrondosamente o seu “não”. Na descrição de Phillips, os profanos e
irreligiosos são os “que não têm escrúpulos nem reverência” (CH).
Para
estes e todos os outros que basicamente carecem de integridade moral, a lei
pronuncia sua terrível palavra de julgamento. Este é o julgamento que o
apóstolo indica claramente que aguarda os que desejam ser mestre da lei, mas
que são tão estranhos à sua mensagem essencial que não entendem “nem o que
dizem nem o que afirmam” (7).
Esta
nota de julgamento do pecado, que W. M. Clow denomina “o lado escuro da face de
Deus”, é o elemento negativo, mas fundamental, no evangelho da glória do Deus
bem-aventurado (11). E cremos que este evangelho foi entregue a Paulo, em sua
geração, e a nós, na nossa.
E
difícil imaginar uma mensagem mais espantosa que este evangelho glorioso. Esta
tradução mostra indistintamente o significado desse evangelho: “O evangelho que
fala da glória de Deus em sua felicidade eterna” (11, NEB).
Era
habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da
saudação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral,
Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas
Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus
antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de
ti nas minhas orações, noite e dia (3).
O
apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do
que escreveu na primeira carta. Lá (1Tm 1.13), ele diz que outrora era
“blasfemo, e perseguidor, e opressor”, ao passo que aqui ele fala em servir ao
Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são
mutuamente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição
a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor.
Nesta
carta, ele admite que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e
cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o
seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes
de sua herança. Esta verdade se mostra claramente em Romanos 9.3-5 e novamente
em Filipenses 3.4-8.
O
apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continuidade
de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3).
Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no
evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém
que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as
pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda
responsabilidade. Contudo, sua responsabilidade pela obra de Deus é ainda maior
que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.
A GRAÇA
SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
Paulo,
em suas pregações e escritos, não se acanha de usar as próprias experiências
como exemplos, e fala das próprias frustrações, batalhas e fracassos
interiores. Ele não denigre sua própria sinceridade e integridade(2 Coríntios 1:23; Romanos 9:1, 2), mas
também não as exalça indevidamente. “Porque pela graça que me foi dada, digo a
cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense
com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3).
Paulo
estava plenamente cônscio de suas próprias falhas e deficiências, visto que seu
padrão era a maturidade segundo a “estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:1 3). Ele confessou suas
próprias limitações: “Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a
perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui
conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses
3:12). Em vez de desanimá-lo de mais esforço moral, o reconhecimento de
suas próprias deficiências levava-o a avançar “para as [coisas] que diante de
mim estão”Seus ditos refletem sua auto-imagem.
“Não
havia falta de confiança com Deus no concernente a Paulo. A fé na palavra de
Deus, que Paulo exibiu nos altos mares, era típica da confiança que ele tinha
em Deus de fazer tudo quanto prometia. “Pois eu confio em Deus, que sucederá do
modo por que me foi dito” (Atos 27:25).
Uma das importantes funções do guia espiritual é comunicar aos que o seguem a
fé e visão que ele próprio possui. Paulo era, acima de tudo, um homem de fé.
Sua confiança em Cristo era absoluta, e aonde quer que fosse, deixava pessoas
cuja fé havia sido reavivada e renovada.
Em suas
cartas ele tinha muito que dizer acerca da fé que revelam seus próprios
discernimentos. Ele via a fé como o princípio da vida diária do cristão.
“Andamos por fé, e não pelo que vemos” (2
Coríntios 5:7). Um desejo ardente de sinais exteriores ou milagres ou de
sentimentos interiores para amparar a fé era, para ele, marca de imaturidade
espiritual. A fé se ocupa com o invisível e espiritual. A vista está
interessada no tangível e visível. A vista concede realidade somente às coisas
presentes e visíveis. “A fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de
fatos que se não vêem” (Hebreus11:1).
Fé é
confiança, esperança, crença, e trata diretamente com Deus. “De fato, sem fé é
impossível agradar a Deus” (HebreuS 1
1:6). A fé que Paulo tinha em Deus era como a de uma criança, confiança sem
esforço que nunca foi traída. Com tal Deus conforme as Escrituras revelavam, ele
se sentia muito à vontade tanto no reino do impossível como no do possível. Seu
Deus não conhecia limitações, e, portanto era digno de confiança ilimitada.
Humildade
O
currículo dos cursos de liderança do mundo, nos quais se avolumam a
preeminência, a publicidade e autopromoção, não inclui a humildade. Falando
a... discípulos, Jesus disse: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será
esse o que vos sirva” (Marcos 10:43) . Quanto a este assunto, Paulo seguia de
perto pegadas de seu Senhor. “Paulo nada tinha de obstinação que é a
peremptoriedade exclusiva do homem consciente de sua própria grandeza.” Ele
viveu na humildade de um grande arrependimento. Embora não insistisse nesse
ponto de maneira mórbida, ele nunca se esqueceu de que fora implacável na perseguição
à igreja de Deus; e quando seus inimigos disseram que ele não merecia viver,
não discutiu tal avaliação. Um sentido sempre presente de dívida levava-o a
fazer uma humilde estimativa de si próprio. Não desejava ter reputação mais
elevada do que merecia. “Pois se eu vier a gloriar-me não serei néscio, porque
direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do
que em mim vê ou de mim ouve” (2
Coríntios 12:6).
Ele
admoestou os cristãos colossenses a que se acautelassem de uma humildade
autoconsciente, ascética, que na realidade é a mais sutil forma de orgulho.
“Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos
anjos... e não retendo a Cabeça. . .“ (Colossenses
2:18, 19).
A
humildade de Paulo era uma característica progressiva, que se aprofundava com o
passar dos anos. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno
de ser chamado apóstolo (1 Coríntios
15:9).
A mim,
o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o
evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Efésios 3:8). Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores,
dos quais eu sou o principal (1 Timóteo
1:15)
UM
CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE
A fé na
Palavra de Deus deve ser a nossa única luta.
Por isto
Timóteo foi encarregado de corrigir todas as distorções doutrinárias da Palavra
de Deus (vs 18). Afinal, toda a Palavra de Deus é fidelíssima e digna de total
aceitação (vs 15) por ser a receita da verdadeira felicidade (vs 11). Porém, a
fé nas escrituras não é algo que simplesmente devemos pregar. Antes, é aquilo
pelo qual devemos lutar, ou seja, nos dedicarmos inteiramente, sem distrações.
Contudo,
tal luta não pode ser travada de qualquer jeito. O combate a ser travado deve
ser (vs 18 e 19):
1. Bom ->
buscando na virtude e na Palavra de Deus a solução de todas as demandas;
2. Conforme aquilo que Deus falou conosco
-> não é para servirmos a Deus do nosso jeito, mas do jeito
Dele e conforme aquilo que Ele designou para nós;
3. Conservante da fé -> a nossa
confiança em Deus deve ser mantida, a ponto de jamais querermos usar de
violência (usarmos nossa força e capacidade) para resolvermos as pendências.
Antes, como crianças recém-nascidas (Mc 10.14,15; 1Pe 2.2), devemos desejar a
manifestação sobrenatural do Pai;
4. Conservador da boa consciência -> ou
seja, o importante não é apenas o que fazemos, mas aquilo que está sendo
implantado no coração de cada pessoa, incluindo o nosso. De que adianta ajudar
muitas pessoas, se isto trouxer dano e dor a outros (ver Mt 18.6-9; Rm 14.22;
1Co 10.29-32).
Quem
rejeita tais coisas acaba naufragando (perdendo-se) na fé (vs 19). Ou seja, a
pessoa continua tendo fé em Jesus. Todavia, de modo completamente pervertido,
confuso, desproposital, tal como se deu com:
1. Himeneu-> este
se dedicou aos falatórios inúteis e profanos que produzem maior impiedade (2Tm
2.16-18), que corrói a alma como gangrena. Ele estava afirmando que a
ressurreição já tinha acontecido, o qual fez com que a fé de alguns ficasse
pervertida.
2. Alexandre-> É
difícil saber se este Alexandre é o latoeiro (2Tm 4.14), filho de Simão, o
cireneu (Mc 15.21), que quis falar ao povo de Éfeso em (At 19.33), mas que, por
ter naufragado na fé, causou muitos males a Paulo (2Tm 4.14).
Admitindo
que todos estes Alexandres são a mesma pessoa, podemos comprovar o que Jesus
disse em (Mt 12.44,45).
Paulo
os excluiu da comunhão da Igreja, o que deixou eles entregues a satanás (ver
1Co 5.3-5). Afinal, apenas esta detém as revelações espirituais. Fora da Igreja
a pessoa fica na escuridão, alheias aos oráculos de Deus (1Jo 1.5; Rm 3.2; Hb
5.12; 1Pe 4.11). O objetivo era a destruição da carne a fim de que o espírito
pudesse ser salvo no dia do Senhor Jesus (1Co 5.3-5) e eles parassem de
blasfemar (vs 20).
A rejeição da fé e suas consequências. Aquele
amor caracterizado em 1 Coríntios l 3 não é demonstrado pelo falso mestre. E
claro que ninguém consegue chegar à plenitude do amor referido por Paulo
naquele texto, mas o verdadeiro mestre se esforça em apresentá-lo.O falso mestre
pode demonstrar amor de várias maneiras, mas não vai ser o amor verdadeiro, o
amor cristão. A sua preocupação não está na decisão de amar, mas em influenciar
as pessoas, com determinado objetivo que pode ser hipócrita.
1. Coração puro. Lembre-se
de que coração para a cultura oriental não está relacionado estritamente ao
sentimento, mas à vontade e aos desejos. Um falso mestre tem desejos impuros e
sua vontade está em satisfazer a esses desejos.
2. Consciência boa. Ter
consciência boa é reflexo de coração puro. Se temos desejos puros, se o
Espírito Santo habita em nós (I Co 2: lo- 16), se buscamos experiência com Deus
e conhecimento na Palavra (como vimos em Hb 5:11-14), teremos uma consciência
boa.
3. Fé hipócrita. Quem
tem coração impuro e consciência má écerto que terá uma fé hipócrita. Hipócrita
era o ator do teatro grego (alguém que fingia seralgo que não era). Uma fé
hipócrita é aquela que finge ser uma fé verdadeira, mas não é.
CONCLUSAO
Paulo lembra Timóteo do propósito do seu trabalho
como evangelista em Éfeso: a correção do erro. "Certas pessoas"
estavam deixando de ensinar a doutrina de Cristo em favor de "outra
doutrina" e "fábulas e genealogias sem fim". Por causa destas
coisas, alguns não estavam crescendo no "serviço de Deus", mas estavam
se perdendo em discussões inúteis (1:3-4). Timóteo precisava exortar a igreja
acerca de "amor... de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem
hipocrisia" (1:5). Onde não há amor pela verdade de Deus e pelas pessoas
que precisam da salvação, a consciência se engana, e ao seguir e ensinar com
fervor as doutrinas de homens, a fé e as obras se tornam vãs e hipócritas
(1:6-7; veja 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 4:1-4; Mateus
15:7-20).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFFIA
Comentário
Bíblico Mathew Henry
Paulo o Líder = J. OswafSanders
Edição 1996
Comentário
Bíblico Volume 09 -Beacon As Epistolas Pastorais
Guia do
Professor = Desafios de Um Jovem Líder - Editora Cristã Evangélica
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