OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL ( 1 )
Texto Áureo = “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1).
Verdade Pratica = Somente uma igreja alicerçada na Bíblia Sagrada poderá opor-se à apostasia que ameaça o rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Leitura Bíblica = 2 TIMÚTEO 3: 1-9
INTRODUÇÃO
ACUSAÇÃO CONTRA A CASA DE JACÓ = Jeremias 2.1 – 13
Esta seção é constituída de diversos discursos, talvez proferidos em diferentes épocas nos primeiros anos do ministério de Jeremias. Os capítulos 2—6 quase certamente vêm do reino de Josias; o capítulo 7, com seu famoso sermão do Templo, quase certamente vem do primeiro ano de Jeoaquim; enquanto que os capítulos 8—10 provavelmente vêm do reino de Josias ou então dos primeiros anos de Jeoaquim. Eles são agrupados aqui evidentemente porque apresentam um tema comum — uma acusação a toda a casa de Israel. Essas profecias revelam a preocupação dominante do profeta nos seus primeiros anos de ministério. Algumas delas parecem dirigidas ao povo do Reino do Norte, outras para Judá, mas todas à Casa de Jacó. Muitos dos pensamentos expressos nessa seção nos lembram de Oséias, cuja vida e ministério parecem ter tido uma influência decisiva na vida de Jeremias. Repetidas vezes o profeta lembra o povo que ele está falando em nome de Deus.
Podemos estar bastante seguros de que as profecias como as encontramos aqui não são idênticas com as profecias inicialmente escritas. Essa seção, sem dúvida, foi incluída no manuscrito que foi destruído por Jeoaquim (cf. o cap. 36). Temos aqui a segunda edição, porque as profecias foram novamente ditadas a Baruque por Jeremias, “e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (36.32). Esse material adicional e a organização tópica dos escritos podem explicar por que algumas das passagens não parecem se ajustar apropriadamente.
I - A INFIDELIDADE DE ISRAEL, 2.1—3.5
1. Memórias Tristes (2.1-3) Deus fala aqui de um dia melhor quando Israel era uma jovem noiva: Lembro-me [...] do amor dos teus desposórios (2). Toda seção é escrita em forma poética (“Eu me lembro [...] como noiva, você me amava”, NVI; cf. RSV, Moffatt, et ai.). Durante aqueles primeiros anos de privação no deserto, quando o povo de Israel vivia uma vida nômade, era completamente dependente de Deus, e não tinha rivais em relação ao afeto. Naquele tempo (simbólico de uma vida de completa dependência de Deus), Israel não tinha nenhuma outra fonte onde buscar sustento e era integralmente devoto ao Senhor.
Isso ocorreu numa terra que se não semeava, significando que até então eles ainda não eram um povo agrícola. Porém, mais tarde, na segurança da civilização estabelecida, i.e., depois de conquistar Canaã, começaram a depositar sua confiança em coisas materiais e esqueceram da simplicidade dos tempos antigos. Ao depender de “seguranças secundárias”, Israel perdeu seu primeiro amor.Naqueles dias remotos sob a mão de Moisés, Israel era santidade para O SENHOR (3). Isso significava que era santo porque pertencia sem reservas a Ele.
Essa santidade significa que Israel era “separado” para Deus para um propósito sagrado; portanto, esperava-se dele uma conduta santa precisamente por causa desse relacionamento. O Senhor sempre se entristecia quando essa conduta não se realizava. Sempre que Deus fala daqueles dias do primeiro amor, a repulsiva palavra que espreita no pano de fundo chama-se infidelidade. A nação havia se tornado infiel aos votos de casamento (aliança) realizados com o Senhor no Sinai. Com uma força crescente e de várias formas diferentes essa verdade será martelada por Jeremias.
2. Ingratidão pelo Grande Livramento (2.4-8) Em seguida, Jeremias relembra o povo de que eles haviam se esquecido da “cova de onde foram cavados”. Deus os havia libertado de maneira maravilhosa da escravidão no Egito; Ele os havia guiado através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte (6); Ele lhes tinha dado Canaã, uma terra fértil (7).
Mas, em vez de apreciar a bondade de Deus, esqueceram-se das suas misericórdias, corromperam a terra e fizeram da sua herança uma abominação.
Os líderes da nação tinham sido os principais transgressores até essa altura. Os sacerdotes e os que tratavam da lei não me conheceram (8). A história nos ensina que uma nação sempre começa a morrer pela parte superior da hierarquia. Isso ocorreu com Israel. Os pastores (lit. pastores de ovelhas, mas significando governantes), os profetas’ e os sacerdotes eram culpados.
Em vez de voltar-se para o Senhor, que havia sido seu grande Benfeitor em tantas ocasiões, esses líderes religiosos se apegaram a esses deuses falsos e profetizavam em nome deles. Essa estranha conduta fez com que Deus perguntasse: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade? (5). (Vaidade aqui significa inutilidade, e é aplicado aos ídolos como inexistentes). A resposta para a pergunta acima é que nenhuma iniqüidade podia ser encontrada em Deus, mas um nefasto espírito de ingratidão caracterizava Israel. Foi essa atitude ingrata que abriu as comportas da iniqüidade sobre a nação.
3. A Desnatural Ingratidão de Israel (2.9-13) Apesar da ingratidão de Israel, Deus não desistiu da nação delinqüente. Portanto, ainda pleitearei (lit., lutarei ou discutirei) convosco (9), i.e., para fazê-los voltar. A apostasia de Israel é, na verdade, uma coisa desconcertante. A luz de todas as anteriores ações de Deus em seu favor, parece antinatural que eles abandonassem o Senhor para servir a Moios. Deus os admoesta: Passai às ilhas de Quitim e vede; e enviai a Quedar, e atentai bem
[...] Todavia, o meu povo trocou (10-11). Israel tratou o Senhor de maneira pior que as nações pagãs tratavam seus deuses, posto não serem deuses (11). Como uma nação podia fazer uma coisa como essa?
A única resposta é que o pecado incute no homem paixões estranhas e desnaturais. Espantai-vos ó céus (12), peias coisas que fazem as pessoas que em certa época chegaram a conhecer as riquezas da misericórdia e do amor de Deus! Mas os pecados da infidelidade e ingratidão são maldades gêmeas que abrem a alma para todo tipo de loucura e insensatez.
Igrejas são corrompidas por falsos mestres; congregações inteiras são desviadas da simplicidade evangélica por videntes e profetas que se acham a serviço de Satanás; rebanhos são apartados da verdade pelos que mercadejam a Palavra de Deus. E os seminários que abandonaram a sã doutrina? E os púlpitos que se acham comprometidos com o liberalismo teológico? Tendo como base as cartas que o Senhor Jesus enviou, através de João, às igrejas de Éfeso, Pérgamo e Laodicéia, vejamos alguns sintomas da apostasia destes últimos dias. Antes, porém, vejamos o que é a apostasia.
II - E O QUE É A APOSTASIA
A apostasia destes últimos dias visa atacar, prioritariamente, os seguintes artigos de fé:
2. A divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo — verdadeiro homem e verdadeiro Deus, e único salvador e redentor da humanidade (At 4.12); e:
Através da apostasia, objetiva o Diabo minar a resistência da Igreja, induzindo-a a deixar de ser Reino de Deus para tornar-se uma simples organização religiosa.
Como a seguir veremos, um dos primeiros sintomas da apostasia é a perda do primeiro amor.
III - O ESFRIAMENTO DO AMOR CRISTAO
Das igrejas da Ásia Menor, a de Éfeso era a mais conservadora e ortodoxa. Estava ela tão bem alicerçada teologicamente, que era capaz, inclusive, de diferençar entre um verdadeiro e um falso apóstolo. Não obstante todo esse preparo doutrinário, a igreja dc Éfeso estava a ponto de perder a sua primazia, por haver perdido o seu primeiro amor. Ler Ap 2.1,2.
1. Cristo adverte a sua Igreja. Quão grave é esta advertência de Nosso Senhor: “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres”! (Ap 2.4,5).
Da reprimenda de Cristo, o que depreendemos? Se a ortodoxia bíblico-teológica não for acompanhada do primeiro amor, nenhuma utilidade terá. Pois a ausência do primeiro amor acabará por lançar a Igreja nas garras do formalismo e, finalmente, da apostasia. No Sermão Profético, Jesus faz- nos outra advertência: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
2. Reavivando o primeiro amor. Que a Igreja reavive, urgentemente, o primeiro amor, observando, de forma integral, as exigências da Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus: evangelizar, fazer missões e discipular (Mt 28.19; At 1.8); mantendo o amor fraternal e devotando a Cristo a mais provada e ardente adoração. Ler Hb 13.1. Menos do que isto é inaceitável! A apostasia desta última hora não haverá de resistir a uma igreja entranhavelmente amorosa, santificada e fundamentada na Palavra de Deus. Você ama a Cristo? Ama as almas perdidas? Ou o seu amor cristão já esfriou?
IV - A DOUTRINA DE BALAÃO
A doutrina de Balaão é um outro forte indício da apostasia destes últimos dias. Atenhamo-nos à advertência que o Senhor endereça ao anjo da Igreja de Pérgamo: “Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem” (Ap 2.14).
Não são poucos os mestres que, torcendo as Escrituras e vendendo a alma ao Diabo, tentam introduzir o mundo na Igreja, sob a alegação de que esta não pode viver alheia à modernidade. Ora, ser contemporâneo não significa compactuar com este século; significa, antes de tudo, falar de Cristo, com ousadia e poder, a esta geração. Cuidado! A doutrina de Balaão continua a fazer estragos! Ela quer comprometer a Igreja, impregnando-a com a cultura e com os costumes do mundo (Rm 12.1).
V - O MISTICISMO HERÉTICO
A apostasia dos últimos tempos vem sendo caracterizada, também, por um misticismo herético e extravagante. Embora pareça espiritual, é extremamente nocivo à Obra de Deus. Assim o Senhor Jesus o desmascara:
“Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20). Na essência, esta profetisa em nada diferia de Balaão. Seu objetivo era, através de uma postura falsamente piedosa, induzir os crentes a um comportamento abominável. Conclui-se, do texto bíblico, que ela já havia conseguido, inclusive, as rédeas do governo eclesiástico de Pérgamo. Até o anjo da igreja achava-se em suas mãos.
O misticismo herético tem como principais características:
2. Falsas profecias (Mt 24.11).
3. Prodígios de origem demoníaca (Mt 24.24).
4. Doutrinas de demônios (1 Tm 4.1;1 Jo 4.1).
VI - A PROSPERIDADE FATAL
A apóstata, rebelde e orgulhosa Laodicéia é um tipo perfeito da Teologia da Prosperidade. No auge de sua riqueza, afirmou o anjo dessa igreja: “Rico sou, e estou enriquecido e de nada tenho falta” (Ap 3.17).
A Teologia da Prosperidade é um arremedo doutrinário. Afronta a simplicidade da Igreja de Cristo e torce, de forma escandalosa, a Bíblia Sagrada. Ensinando os santos a endeusar os bens materiais em detrimento dos eternos, vão os proponentes dessa teologia subsidiando mentiras, enganos, heresias e rebeliões contra o Cordeiro de Deus. Consciente, ou inconsciente- mente, vão dando sustento à estrutura sobre a qual o Anticristo acha- se a construir o seu império. Tal apostasia vem encontrando generosos espaços em alguns púlpitos, produzindo uma geração de crentes cegos, despidos da graça e imperfeitos em suas convicções. Eles supõem, à semelhança dos amigos de Jó, serem os bens materiais a evidência maior da presença de Deus na vida humana.
Os proponentes da Teologia da Prosperidade amam a bênção mais do que ao Abençoador; não têm a fé em Cristo, mas a fé na fé; a mente de Cristo, trocaram-na por um pensamento enganosamente positivo; determinando tudo, acham-se indeterminados em sua esperança. E esperando em Cristo apenas nesta vida, tornam-se os mais desgraçados dos homens (1 Co 15.19).
VII - A APOSTASIA PESSOAL
Hb 3.12 "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo". A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido "apartar"). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.
(1) Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle (ver o estudo FÉ E GRAÇA). Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível.
A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si:
(a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e
(b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).
Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; = Jo 15.1-6; = At 11.21-23; = 14.21,22; = 1Co 15.1,2; = Cl 1.21-23; = 1Tm 4.1,16; = 6.10-12; = 2Tm 4.2-5; = Hb 2.1-3; = 3.6-8,12-14; = 6.4-6; = Tg 5.19,20; = 2 Pe 1.8-11; = 1Jo 2.23-25.
(3) Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; = 2Rs 17.7-23; = Sl 106; = Is 1.2-4; = Jr 2.1-9; = At 1.25; = Gl 5.4; = 1Tm 1.18-20; = 2Pe 2.1,15,20-22; = Jd 4,11-13; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO, para comentários sobre a apostasia que, segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da igreja professa nos últimos dias desta era.
(4) Os passos que levam à apostasia são:
(a) O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
(b) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo (4.16; 7.19,25; 11.6).
(c) Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não ama a retidão nem odeia a iniqüidade (ver 1.9 nota)
(d) Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de Deus (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
(e) O Espírito Santo se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado (1Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co 3.16,17; Hb 3.14).
(5) Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço.
(a) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com Cristo, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do Espírito Santo (3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar para Deus, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; = Dt 29.18-21 nota; 1 Sm 2.25 nota; = Pv 29.1 nota).
Há um limite para a paciência de Deus (ver 1 Sm 3.11-14; = Mt 12.31,32; = 2 Ts 2.9-11; = Hb 10.26-29,31; = 1 Jo 5.16)
(b) Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do Espírito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).
(6) É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de Deus (6.6), ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do Espírito Santo (ver Mt 12.31, nota sobre o pecado contra o Espírito Santo).
(7) Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de Deus (3.12), podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências de Cristo e do Espírito Santo e para com as advertências das Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos:
"Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5 nota).
(8) Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar-se arrependido para Deus, tem nisso uma clara evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que Deus não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7) e declaram que Deus receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; = 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11; = Lc 15.11-24; = Rm 11.20-23; = Tg 5.19,20; = Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt 16.16; = 26.74,75; = Jo 21.15-22).
VIII - A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL NA VIDA DO CRENTE
Leiamos esses versículos:- LEVÍTICO 6.13; = ROMANOS 12.1,2,11; = = 2 CORÍNTIOS 4.16; = EFÉSIOS 4.30; = TITO 3.5
No Antigo Testamento os sacerdotes eram responsáveis por manter o fogo aceso na Casa do Senhor, no Tabernáculo. Aquele fogo simbolizava a presença de Deus (Lv 9.24). Nosso Deus se manifesta com fogo (Êx 3.2,6; Ap 4.5). Na Nova Aliança todos somos sacerdotes (1 Pe 2.9; Ap 1.6), e temos a responsabilidade de manter aceso o fogo do céu no altar da nossa vida.
1. O fogo deve arder continuamente no altar. Foi essa a ordem de Deus para seu povo Israel.
a. O fogo no altar de holocaustos. No altar de holocaustos a cinza deveria ser retirada cada dia (Lv 6.10). A cinza simboliza o resíduo de experiências passadas. Paulo disse que se esquecia das coisas que atrás ficaram, e prosseguia... (Fp 3.13,14). Se Deus nos abençoou, e abençoou o nosso trabalho para Ele, tiremos a cinza do nosso altar, e clamemos para que Deus faça coisas ainda maiores. Nova lenha deveria ser colocada no altar cada manhã (Lv 6.12). A lenha simboliza as tarefas que assumimos na obra de Deus de acordo a sua orientação, através das quais nós nos apresentamos a Deus como sacrifícios vivos.
Ver 1 Co 15.31; = 2 Co 4.10,11. Novos holocaustos deveriam ser oferecidos (Êx 29.38,39; Lv 9. 22-24; Sl 118.27); comparar com Fp 2.17; 2 Tm 4.6.
b. O fogo no altar do incenso. No altar de incenso o fogo deveria ser mantido; novo incenso deveria ser colocado diariamente (Éx 30.7,8). A queima do incenso simboliza nossa vida de oração. As nossas orações devem subir continuamente diante de Deus como cheiro suave. Comparar Sl 14 1.2; Jd v.20.
c. A luz no candeeiro. No candeeiro a luz deveria arder continuamente através do abastecimento diário de novo azeite de oliveira (Êx 27.20,2 1). Jesus, nosso sumo sacerdote, anda no meio dos castiçais (Ap 1.13). Ele renova nossas forças espirituais (Is 40.3 1). Comparar Mt 5.16.
2. Como manter aceso o fogo do Espírito em nós? Evitando tudo o que diminui e por fim apaga esse santo fogo.
a. A desobediência faz com que o fogo se apague. O Espírito Santo retirou-se de Saul quando este O desobedeceu (1 Sm 16.14).
b. O pecado faz com que o fogo se apague. Sansão pecou, o Senhor retirou-se dele, e ele foi derrotado de modo humilhante (Jz 16.19,20).
c. Tomar para si a honra que só pertence a Deus (GI 5.2 5,26). O Espírito glorifica tão somente a Jesus (Jo 16.14). É preciso renunciar a tudo o que extingue o fogo. Antes de o fogo cair no monte Carmelo, Elias reparou o altar do Senhor que estava quebrado (1 Rs 18.30). Antes de Isaías experimentar a renovação no seu ministério profético, ele precisou ter seus lábios tocados por uma brasa do altar (Is 6.5-8).
IX - O ESPÍRITO SANTO OPERA EM NOSSA RENOVAÇAO DIARIA
X - QUALQUER RESISTÊNCIA AO ESPIRITO SANTO IMPEDE A SUA
OPERAÇÃO.
Tudo isto entristece o Espírito Santo (Ef 4.31). Se cometermos estes pecados, temos um advogado (1 Jo 2.1), e o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7,9), mediante nosso arrependimento e confissão.
XI - O ESPÍRITO SANTO OPERA COM PODER ONDE HA LIBERDADE
Precisamos dar liberdade ao Espírito para operar em nós (2 Co 3.17). O Espírito é uma pessoa e, como tal, pode se entristecer (Ef 4.30), e se retirar (Rm 8.9), como aconteceu no tempo do Antigo Testamento (Ez 11.22,23).
1. Pureza (Jó 17.9). O Espírito Santo é santo e exige de nós santidade (1 Pe 1.15). Impureza e imundícia da carne e do espírito interrompem a comunhão com Deus. No Antigo Testamento há exemplos de o Espírito retirar-se por causa do pecado (1 Sm 4.1-11; Jz 16.19,20). “...Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo” (Lv 10.3).
2. Obediência à Palavra de Deus (At 5.32).
a. Obediência à Palavra significa seguir a orientação da Bíblia em assuntos espirituais. Deus nos deu sua Palavra para que a sigamos (Sl 119.4). Devemos em tudo seguir o modelo das sãs palavras (2 Tm 1.13; 2 Tm 3.14; Rm 6.17). Jesus elogiou a igreja de Filadélfia por ter guardado a Palavra (Ap 3.10).
b. Obediência à Palavra de Deus significa que rejeitamos diretivas humanas como regra de fé e prática de vida, contrárias à Palavra de Deus (At 5.29). Caso contrário, incorreríamos no pecado da rebeldia que Deus com veemência condena (Is 30.1; Is 63.10).
c. Obedecendo à Palavra de Deus honramos a Deus. Quando Moisés desobedeceu a Deus no incidente de Meribá, Deus disse que Moisés tinha deixado de santificá-lo perante o povo (Nm 20.7-14).
3. Humildade (2 Co 12.9,10). Não é por força nem por violência, mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4.6). Quando Moisés quis livrar o povo de Israel com a própria força, fracassou (Êx 2.11-15). Mas quando Deus o encontrou quebrantado, em fraqueza própria (Ëx 4.10), a força de Deus se manifestou através dele, operando grandes maravilhas (Êx 15.2). A excelência do poder de Deus se manifesta em vasos de barro (2 Co 4.7). A verdadeira humildade gera uma dependência absoluta de Deus. Jesus quando entre nós, repetida- mente expressou sua absoluta dependência do Pai (Jo 5.19,30; Jo 8.28; Jo 14.10).
XII - O PERIGO DA SUPERFICIALIDADE ESPIRITUAL
( Cl. 1.21-23; Mt. 7.24,25)
Richard Foster diz no seu livro Celebração da Disciplina que a superficialidade é a maldição do nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um problema espiritual. Diz ainda que a nossa maior “necessidade hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas de pessoas profundas”. Na qualidade de Igreja de Cristo não podemos deixar-nos levar por essa filosofia da superficialidade, pois o chamamento que recebemos do Senhor no Evangelho é para comprometermo-nos com a nossa fé ao ponto de morrermos por ela, caso seja necessário. A nobreza de uma causa não reside no fato de abraçá-la em função do que ela possa fazer por nós, mas na intensidade do nosso compromisso e no quanto estamos dispostos a fazer por ela. Que o Senhor nos ajude a entendermos a sublimidade da vida espiritual e nos conduza no caminho do aprofundamento das nossas raízes em Deus e Sua Palavra.
XIII - SINAIS DO SUPERFICIALISMO ESPIRITUAL
1.1 - Sua espiritualidade não tem Deus por objeto principal de sua expressão. Está focado no homem e seus interesses, mas não em Deus;
1.2 - Não valoriza o conhecimento doutrinário sobre Deus e Sua revelação. Sua preocupação é o bem estar do crente e o que ele pode receber de Deus;
1.3 - É uma espiritualidade sem conteúdo. É vazia de significado. Para a espiritualidade superficial Jesus não passa de um analgésico barato para amenizar a dor de uma vida vazia e sem sentido;
1.4 - É uma espiritualidade que confunde o culto sagrado que prestamos a Deus com entretenimento frívolo elaborado para atender os interesses da “clientela”;
1.5 - O superficialismo espiritual não produz convicções fortes nos crentes quanto à natureza pecaminosa do ser humano. Pecado é uma palavra excluída da espiritualidade humanista;
1.6 - As pessoas derramam lágrimas por perdas financeiras, talvez por uma boa reputação maculada, mas não conseguem chorar pela triste realidade do pecado, que como câncer destrói os valores mais caros da sociedade;
1.7 - É uma espiritualidade que barateou a graça de Deus, confundindo o gozo indizível da salvação com mero entusiasmo produzido pelo marketing religioso;
1.8 - Precisamos entender convictamente que não existe verdadeira liberdade nem alegria como fruto do Espírito Santo produzido em nossa vida, senão no temor de Deus, unido a uma consciência limpa;
1.9 - Concluímos, através das características acima arroladas, que a superficialidade espiritual está visivelmente distante da verdadeira espiritualidade proposta nas Escrituras;
1.10 - Portanto, rejeitemos o superficialismo espiritual vigente nos dias atuais, e abracemos o Cristo do Evangelho e o Evangelho de Cristo com todas suas implicações, que inclui a renúncia de nossos interesses egolátricos, bem como uma cruz que devemos levar ao longo da jornada, até o dia em que trocarmo-la pela coroa.
XIV - VENCENDO A SUPERFICIALIDADE ESPIRITUAL
2.1 - Vencer a espiritualidade superficial é, certamente, o desejo de todo verdadeiro crente. Se porventura identificarmos algum sinal do superficialismo espiritual em nossa vida, vamos reagir e vencê-lo de pronto;
2.2 - A grande questão é como efetivamente fazê-lo. Deus deixou-nos diretrizes em Sua Palavra no sentido de alcançarmos uma espiritualidade autêntica, que agrade ao Senhor e nos conduza no caminho do desenvolvimento espiritual;
2.3 - Venceremos a superficialidade na vida cristã quando procurarmos aprofundar nosso conhecimento da Palavra de Deus - Jo. 8.31,32;
2.4 - Conhecendo melhor a Palavra de Deus inteirar-nos-emos das verdades fundamentais da fé cristã e solidificaremos nossas convicções;
2.5 - Aprofundando nossas convicções, estaremos mais aptos a vencermos os modismos teológicos e as inovações eclesiásticas que surgirem à nossa volta - Ef. 4.14,15;
2.6 - À medida que enchermo-nos da sã doutrina estaremos estreitando nossa comunhão com o Espírito Santo. Ele é o Espírito da verdade - Jo. 14.15,17;
2.7 - Vivendo em comunhão com o Espírito Santo, teremos mais interesse pelas coisas de Deus e nos ocuparemos mais com o serviço do Senhor;
2.8 - Ao envolvermo-nos mais com as coisas do Reino de Deus, descobriremos o prazer de servos agentes de Cristo em um projeto de alcance eterno e, isso dará sentido e significado à nossa vida;
2.9 - Servirmos ao Senhor com entendimento nos fará encontrar nossa fonte de alegria n’Ele. Perceberemos que o mais importante é o que Deus é em nós, e não simplesmente coisas que venhamos receber dele;
2.10 - Finalmente venceremos o superficialismo espiritual quando descobrirmos a exata dimensão do horizonte do nosso desenvolvimento espiritual. O Senhor deseja conduzir-nos na estrada do crescimento espiritual até que sejamos absorvidos inteiramente pelo senso espiritual de Sua presença constante em nossa vida. Então, não desejaremos nada mais, pois estaremos satisfeitos n’Ele.
XV - ESTAMOS NUMA BATALHA ESPIRITUAL
Estamos num campo de batalha espiritual contra as forças satânicas e precisamos de estratégia e adestramento para entrar em combate. Os desafios das forças invisíveis dos espíritos imundos são imensos contra a humanidade e principalmente contra a Igreja de Jesus Cristo.
UMA TEOLOGIA DE BATALHA ESPIRITUAL:- Esse subtítulo não é muito comum, mas não menos bíblico. A presença e a influência do mal na vida da humanidade, desafiando o equilíbrio da criação, é suficiente para entendermos a sua realidade: estamos numa batalha espiritual.
1. A declaração dessa teologia. A Bíblia nos apresenta logo nos primeiros capítulos de Gênesis uma teologia de batalha. No texto de Gênesis 3.15, inicia-se essa batalha: “e porei inimizade entre ti (diabo) e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Foi em função dessa inimizade entre o diabo e a semente da mulher (Jesus) que instituiu-se essa batalha espiritual. O cumprimento desse conflito cósmico teve seu clímax na cruz do Calvário quando Jesus, “a semente da mulher”, proclamou a derrota de Satanás.
2. A efetivação dessa teologia de batalha. Porém, um pouco antes do conflito eclodir-se no Calvário, Jesus anunciou sua própria chegada, e reafirmou essa inimizade ao engajar homens e mulheres para essa batalha. Ele fez sua declaração de guerra ao dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino de Deus” (Mt 4.17). Jesus fez esta declaração logo depois de ter encarado a tentação em seu jejum no deserto. Foi como homem, e não como Deus, que Jesus, “a semente da mulher”, deu início a batalha espiritual. Ao declarar que o Reino de Deus estava próximo, Ele proclamava a autoridade e o poder desse reino para resplandecer a grande luz “aos que viviam na região e sombra da morte” (Mt 4.16). Aos que se arrependeram e se tomaram súditos do glorioso Reino de Deus na terra, tomaram-se guerreiros contra Satanás e seus exércitos.
XVI - UMA BATALHA ESPIRITUAL SEM TRÉGUAS
Essa batalha espiritual é uma realidade inevitável. Não há nada de místico ou ficção nesse assunto, porque, de fato, essa batalha espiritual não começou com a raça humana, mas no céu. Como já tratamos em lições anteriores, essa guerra começou quando Lúcifer, por sua presunção e orgulho, imaginou-se capaz de fazer frente ao seu Criador, tomando-se “adversário” (Satanás) de Deus e inimigo ferrenho de toda a obra da criação divina, conforme está escrito em Isaías 14.12-16 e Ezequiel 28.14-19.
1. A característica fundamental da vida é a “luta”. O apóstolo Paulo foi enfático aos efésios: “Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6.10-12).
Nessa batalha, Jesus se tomou o modelo de lutador para os seus discípulos. Ele veio a este mundo para destruir as obras do diabo (1 Jo 4.8). Na mensagem da Grande Comissão, antes de ascender ao Pai, Jesus outorgou autoridade sobre todo o poder do inimigo (Mt 28.18; Mc 16.17,18). A vinda do Espírito Santo após a ascensão de Cristo ao seio do Pai, trouxe poder para lutar nessa batalha inevitável.
2. No que consiste essa batalha espiritual? O apóstolo Paulo aconselha que devemos “ficar firmes” quando formos surpreendidos pelo ataque do diabo “no dia mau” (Ef 6.13). Isso dá a idéia de que nem todo dia é mau, no sentido de que nem todo dia somos atacados de maneira frontal pelo inimigo. Mas devemos estar prontos, dispostos a resistir esse “dia mau “, porque certamente a vitória é garantida aos fortalecidos na força do Senhor. E nesses períodos difíceis que o crente em Cristo busca sua força na única fonte capaz de prover-nos capacidade de resistência moral e espiritual.
XVII - DOIS REINOS OPOSTOS
No princípio de toda a criação divina, tudo era comum e perfeitamente harmonioso até que Lúcifer rebelou-se contra o Criador e contra o seu governo (Is 14.13,14). Em sua rebelião contra Deus todas as estruturas criadas e estabelecidas foram afetadas. A Bíblia declara que Deus havia ficado satisfeito com tudo quanto havia criado (Gn 1.31), mas Lúcifer resolveu interferir na criação corrompendo-a. Por esse ato, ficou definido quem é quem: o Reino de Deus e o reino de Satanás.
1. Remos opostos mas não iguais. Os dois remos são opostos mas não são iguais. E falsa a teoria que defende a idéia que coloca o diabo como igual a Deus. Essa teoria tem sido demonstrada ignorantemente por muitos cristãos e pregadores que passam a impressão de que Satanás é uma ameaça a Deus. São dois poderes, um maior, outro menor. Deus é onipotente, mas o Diabo não tem todo o poder. Ele é limitado, por isso não pode ser comparado com o Senhor.
A soberania de Deus é incomparável. Por isso, nenhum outro poder pode ser-lhe igualado. Ele está acima de Satanás, e não corre o risco de perder essa posição, porque se trata de uma posição e estado eternos. Sua Soberania é única, singular e inigualável. Não se pode imaginar um dualismo de forças entre o bem e o mal. O bem sempre vence o mal. Quando Lúcifer fez sua declaração unilateral de independência, Deus poderia• tê-lo destruído completamente, mas não o fez para preservar o restante da criação. Por outro lado, a Bíblia nos faz entender que a oposição de Satanás está sob o controle total do Criador, e nada faz sem a sua vontade permissiva. Ao se oporem a Deus, Satanás e seus demônios, inevitavelmente,cumprem alguns propósitos divinos, incompreensíveis à limitada inteligência humana, porém, maravilhosamente possíveis à mente divina. Toda essa batalha se processará até o tempo em que Deus derrotará para sempre os seus inimigos,
XVIII - A NATUREZA DESSA BATALHA ESPIRITUAL
Várias são as características dessa batalha que travamos contra as forças maléficas de Satanás. Dois textos do Novo Testamento podem indicar essas características. Em Efésios 6.12, Paulo escreveu: “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Ainda nas palavras do apóstolo Pedro, temos: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os VOSSOS irmãos no mundo” (1 Pe 5.8,9). Esses dois autores neotestamentários têm a mesma visão das forças invisíveis que nos desafiam. E uma batalha feroz entre a luz e as trevas. Percebe-se a ferocidade dessa batalha pela violência com que Satanás usa os seus poderes maléficos através de pessoas e vidas sob o seu controle.
A palavra de Deus estimula os crentes: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). A palavra “ciladas” é derivada do grego bíblico methodãas ou methodia que significa “embustes e “artifícios”. Satanás mantém esse esquema de engano, astúcia e embuste contra o homem, Foi dessa maneira que ele enganou a Eva e Adão, e continua a enganar os incautos com seus artifícios. Precisamos estar preparados para o ataque e destruir os artifícios satânicos contra a nossa vida cristã.
2. Uma batalha violenta. Satanás odeia o cristão autêntico. Quando ele não pode vencer o cristão pelas suas sutilezas, parte para a violência. Não devemos nos. intimidar ante as ameaças de Satanás. Se ele puder, ataca para destruir e para matar, porque a Bíblia declara que o “o diabo é homicida” (Jo 8.44). Não devemos nos intimidar com os ataques violentos de Satanás, porque quem está em Cristo está protegido e devidamente preparado e armado. Somos ameaçados, intimidados e provocados pelos demônios, mas eles nada podem fazer contra os servos de Deus.
3. Uma batalha insidiosa. É insidiosa essa batalha porque Satanás e seus demônios atacam com mentira e engano. Jesus o identificou como “o pai da mentira” (Jo 8.44). A mentira lhe é fácil pois faz parte de sua natureza caída e degenerada.
4. Uma batalha intimidadora. Os medrosos tomam-se presas fáceis do inimigo. Pedro, o apóstolo, escreveu em sua epístola que “o diabo anda em derredor, bramando como leão, procurando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Se existe algo perigoso para um soldado de Cristo é ele ter medo.
O diabo gosta de atacar nossa fé para intimidar-nos. O rugido do leão para assustar-nos, mas ele não é um leão, mesmo que ruja como leão. É tudo o que ele pode fazer: rugir. O crente não deve temer os rugidos de Satanás, porque Cristo já o venceu no calvário. Jesus é o Leão da tribo de Judá!
Você está firme na fé? E se Ele vier neste instante, está preparado para recepcioná-lo? Esta é a sua oportunidade! Renove, agora mesmo, a sua aliança com o Cordeiro de Deus, e não se deixe enganar pela apostasia dos últimos tempos. Senhor Jesus, ajuda-nos a estar sempre vigilantes, a fim de não sermos contaminados e consumidos pelo engano. Oh! Senhor, que os nossos vestidos sejam sempre brancos, e que jamais nos falte o óleo sobre a cabeça. Amém!
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
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Lições bíblicas CPAD 2004
Comentário Bíblico Beacon
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