28 de dezembro de 2010

A Ação do Espírito Santo Através da Igreja.

A Ação do Espírito Santo Através da Igreja.


Texto Básico.


Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (At 1.7,8)


Introdução


O livro de Atos dos Apóstolos, tema deste trimestre, mostra como a igreja principiou como uma referência do poder de Deus na terra, diante de mundo que se encontrava caído e sem nenhuma esperança. Lucas, discípulo de Cristo Jesus, mostra-nos em detalhes como a manifestação do poder de Deus pode mover vidas, convencer os corações, transformar uma cidade e aumentar o rebanho dos salvos (Jo 10.16). Neste estudo encontraremos ricas e maravilhosas experiências de homens que enfrentaram muitos desafios, mas estavam cheios do poder e da plenitude de Deus. Que o nosso SENHOR Jesus Cristo neste trimestre, possa encher os nossos corações com aquela mesma unção e revestir toda sua igreja com seu Santo poder.


I - O Livro de Atos


Para o livro de Atos dos Apóstolos Lucas é o escritor mais aceito para esta composição. Neste livro termina as aparições de Jesus Cristo (At 1.3) e registra sua ascensão (At 1.9). Já no seu segundo capítulo, elenca a descida do Espírito Santo no dia da festa dos Pentecostes. Escrito provavelmente entre anos de 61-63, registra a ações do Espírito Santo e o crescimento da igreja.


O valor histórico do relato de Lucas é incontestável e também é confirmado por descobertas arqueológicas e teológicas. O autor apresenta uma minuciosa seleção dos fatos ocorridos após a ascensão de Cristo, o que enriquece o seu livro. Encontramos o nome de alguns dos governadores provinciais, magistrados e um grande número nomes de pessoas que fizeram parte do ministério após o Pentecostes. O tema central do livro: A expansão triunfal do Evangelho de cristo através da igreja no poder do Espírito Santo.


II - Um dia para ficar marcado na história.


Segundo o escritor do livro de Atos, o dia da festa do Pentecostes não foi um dia comum, mas um dia especial para igreja de nosso SENHOR Jesus Cristo. Esta festa era muito importante na liturgia judaica (Lv 23.16) como sugere a sua tradução no original festa dos “cinqüenta dias”. Refere-se aos números de dias partindo da oferta do molho de cevada, próximo a Páscoa, ao qüinquagésimo dia era a festa do Pentecostes. Desta forma, do dia da apresentação da cevada no dia solene, até o dia do termino se passavam sete semanas assinada na Bíblia por festa das semanas (Ex 34.22, Dt 16.10). Outras festas igualmente importantes na tradição judaica era a “Festa da Colheita” tinha início quando a foice era lançada pela primeira vez na lavoura (Lv 23.11,12a), e a “Festa das Primícias” (Ex 23.16, Nu 28.26). Assim não era de se estranhar tamanha multidão na cidade de Jerusalém quando do dia de pentecostes (At 1.5).


Para alguns, aquele dia seria um dia como outro qualquer em Jerusalém, mas aprouve a Deus derramar uma unção sobrenatural da sua presença. Não seria o qüinquagésimo dia, mas o dia marcado para cumprimento de uma promessa feita a muitos séculos (At 2.17).


Como sabemos pelas escrituras, Jesus morreu próximo ao dia da Páscoa (Lc 22.1) e passado a Páscoa comemorada no sábado, Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1). Da sua ressurreição até a sua ascensão em Atos dos Apóstolos; “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos (1.9). Soma-se um total de quarenta dias como diz a escritura; “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus (At 1.13). Ao despedir-se dos seus discípulos Jesus havia feito a promessa de um novo consolador e que eles não se afastassem de Jerusalém até ao tempo assinado; “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes (At 1.4). Como é maravilhoso servir ao nosso SENHOR, aquilo que Ele promete, Ele trabalha para cumprir. Os discípulos estavam perplexos com a ascensão de Cristo ao céu, o nosso Deus preparou anjos para confortá-los (At 1.10,11).


No momento certo o nosso SENHOR derramou o seu Santo Espírito (Is 44.3), e isso após dez dias da ascensão de Cristo Jesus. Os discípulos receberam a promessa (Ef 1.3) não foi em um dia qualquer, ele estava marcado no calendário de Deus antes da fundação do mundo (Ef 1.4). Desta forma, compreendemos que para Deus tudo é possível, mesmo que para os homens isso pareça loucura (At 2.15). Aos crentes de todo mundo o SENHOR nosso Deus, entregou a sua igreja a maior riqueza da humanidade, e por isso a “Ele seja dado toda Glória, todo Poder, de eternidade a eternidade para sempre Amém”.


111 - Uma promessa.


Atos dos Apóstolos, tema deste trimestre nos reporta ao que certo escritor referindo-se a ele disse: “Os Atos do Espírito Santo”. Alcançando uma simplicidade maior pela referência a pessoa que opera na igreja, o Espírito Santo. Sobre a promessa vindoura, Jesus Cristo mostrou o quanto era preciso aguardar a preciosa descida do Espírito Santo. Quando diz; “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”, Jesus falará da ação poderosa de Deus. Ele deixou claro que tornariam os seus discípulos em verdadeiras atalaias espirituais.


A ação do Espírito Santo descrita no livro de Atos evidencia o despertamento da igreja, para uma missão que acabará de começar no calvário. A nova identidade desta igreja seria marcada por sua renovação espiritual, não só a renovação da mente mas também do espírito.


Foi necessária a intervenção divina para que se cumprisse a promessa de renovação e poder (Jl 2.18). As novas possibilidades para o crescimento do reino de Deus se tornam claras, ao passo que a igreja começa a se moldar a nova realidade proposta. Para que Deus continuasse na terra a obra iniciada por Cristo Jesus, (Jo 14.12) foi deixado para a igreja a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.26).


A igreja passa a ser impulsionada pelo Espírito, pois o SENHOR Jesus esta presente nela (Mt 28.20). Após a sua manifestação no Pentecostes, o mundo natural nunca mais seria mesmo. Somente o SENHOR nosso Deus, é um Deus capaz de fazer algo tão extraordinário pela sua criação.


No princípio o Espírito Santo estava condicionado a certos fatos históricos, e apenas alguns personagens bíblicos puderam experimentar as manifestações da terceira pessoa da trindade. Alguns como Elias, Eliseu, Jeremias, Davi entre outros, puderam desfrutar ainda que num passado remoto, as maravilhas de Deus. Foram necessárias algumas centenas de anos para que pudéssemos desfrutar das plenitudes do Espírito (Jo 14.16,17).


IV - O mover do Espírito na Igreja


Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas.” (At 2.39,41).


Pedro não era mais o mesmo que negou a Jesus (Mc 14.68), algo havia mudado ele definitivamente. Pedro tornou-se outro homem, cheio de virtude e graça no Espírito. Aqueles que observavam no dia de pentecostes a manifestação do Espírito Santo estavam perplexos com a aquele momento, mas bastou Pedro levantar a sua voz, na unção do Santo Espírito, que as pessoas foram tocadas pelo Poder de Deus; “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?” ( vers.37).


Falando com ousadia o apóstolo convence aqueles que o ouvem, a partir daquele momento não era somente as palavras de Pedro que eles ouviam. Jesus disse que o Espírito iria proceder do Pai, e que os discípulos, já o conheciam. Ele iria trabalhar nos corações convencendo o mundo do pecado da justiça e do juízo (Jo 16.8). O mover do Espírito estava na igreja reunida naquele cenáculo.


Podemos pensar muitas coisas sobre o inicio da igreja, ou criar muitas conjecturas sobre como isto ou aquilo aconteceu, mas o que podemos ter como certeza é que pelo poder de Deus, almas em todos os lugares têm experimentado a alegria da salvação. Deus em toda a sua presciência enviou o seu Santo Espírito para estar na igreja e habitar nela (Jo 14.17).


V - Uma igreja diferente.


Foi com a presença do Espírito Santo no dia de Pentecostes que a igreja galgou um grande passo em seu crescimento. O livro de Atos registra que naquele dia estavam em Jerusalém povos de muitas nações, queremos crer que não somente Judeus, mas também prosélitos e outros que por amor a Deus estavam presentes. A necessidade de se alçar milhares de pessoas em um só lugar deixa clara a intenção de nosso SENHOR, que não era um evento para ser esquecido. A ação poderosa do Espírito não estava somente sobre aqueles que ali passavam os dias de comemoração e sim sobre todos. Pois com o passar dos dias, a Bíblia relata que muitas outras pessoas estavam se agregando ao novo movimento “pentecostal”. (At. 2.47)


As pessoas viam que algo sobrenatural estava acontecendo, e isto não estava mais sobre o controle pessoal dos apóstolos, mas a igreja crescia e se fortalecia na unção do Espírito (At 6.7). As manifestações do Espírito passam a ser percebida em todas as atitudes da igreja, e o povo que se congregava tinham tudo em comum e partilhavam com seu próximo ( At 2.44,47).


Fica evidente que tanto o batismo como as manifestações do poder de Deus na igreja, contribui para que ela se fortaleça. A igreja que nos chamamos de primitiva, não se parece quase em nada com as igrejas da pós- modernidade. Em nossos dias se alguém recebe o batismo com o Espírito Santo é algo notório e motivo de dias de divulgação. Por outro lado, se existe alguém com o “dom de curar” é levado a um alto pedestal e atrás dele multidões que procuram a cura para sua carne.

Devemos ficar atento as necessidades do próximo, precisamos voltar a buscar com mais diligencia os preciosos dons do Espírito. Existe um clamor na igreja, e não é por prosperidade, existe um clamor na igreja e não é por milagres, existe um clamor do Espírito querendo trabalhar em nós como no passado. Aquilo que os crentes no passado experimentaram diante da presença poderosa do SENHOR, esta mesma unção deve existir nas nossas igrejas. Clamamos por Deus agora, e pedimos a Ele que renove a cada um de nós com aquela mesma unção, com aquele mesmo poder.

Conclusão

Que o Espírito Santo de Deus, possa mover os nossos corações, e que neste trimestre possamos alcançar as mais preciosas experiências espirituais. Que neste ano em que comemoramos o centenário da nossa igreja, possamos ver um Brasil transformado pelo derramamento do Espírito Santo em muitas vidas.


Elaboração por:- Evag. Juarez Alves

Assembléia de Deus

Ministério do Belém em Dourados.

Parque Nova Dourados.

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