AS PRAGAS
DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ
TEXTO ÁUREO =
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra
as astutas ciladas do diabo”(Ef 6.1 1).
VERDADE
PRATICA
= Como salvos por Cristo, podemos pela
fé vencer o Diabo em suas investidas contra nos.
LEITURA
BIBLICA = Êxodo 3: 19,20; 7:4,5; 8:8,25; 10: 8,11,24
INTRODUÇÃO
Após
a chamada de Moisés para ir a Faraó, Deus o instruiu sobre como proceder diante
do governante egípcio. Moisés ainda temeu e questionou quanto a sua capacidade
(Êx 4.1). Deus fez com que a vara de Moisés se transformasse em cobra (Êx 4.3);
prometeu ir com ele (Êx 4.12) e indicou o irmão, Aarão, para ser o seu profeta
ou porta-voz (Êx 4.13- 16). Moisés pôs-se a caminho, segundo a Palavra de Deus.
Nesta lição, veremos como a vontade de Deus é soberana e dela ninguém pode
escapar.
AS PRAGAS
ATINGEM O EGITO
1. Um homem
no lugar de Deus. “Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó” (Êx 7.1). E o mesmo
que dizer que Moisés tinha a autoridade de Deus sobre o rei egípcio. Grande
responsabilidade a de Moisés. Hoje, também, Deus põe pessoas no ministério, na
Igreja, na família, como seus servos honrados, como seus representantes.
2 A vontade
diretiva de Deus. Deus usou sua soberana vontade, no sentido diretivo ou volitivo
para impor seus desígnios sobre Faraó. Nesse caso, era impossível Faraó
escapar. Jó, o patriarca, discerniu essa vontade, quando indaga: “Se Ele
destruir, e encerrar, ou juntar, quem o impedirá?” (Jó 11.10). Usando o profeta
Isaías, o Senhor diz: “e ninguém há que possa escapar das minhas mãos: operando
eu, quem impedirá?” (Is 43.13). Essa ação de Deus é diferente da sua vontade
permissiva. Por ela, Ele permite que os homens façam o que bem entenderem, até
o dia em que disser:
“Basta”
e puser fim a todos os remos humanos. Deus resolveu endurecer o coração de
Faraó para: a) Multiplicar no Egito os seus sinais e maravilhas (Ex 7.3); b)
Mostrar aos egípcios que Ele,
Jeová,
é Senhor (Êx 7.5 c) Para mostrar o Seu poder em Faraó (Ex 9.16); d) Para que o
Seu nome fosse anunciado em toda a terra (Ex 9.16); e) Trazer juízos sobre
todos os deuses do Egito (Êx 12.12); t) tirar os filhos de Israel do Egito com
mão forte (Êx 7.5).
OS JUÍZOS DE
DEUS SOBRE O EGITO
1. As águas
tornam-se em sangue (Êx 7.19-21). (SH) O Rio Nilo era sagrado. Deus tornou o
rio e todas as fontes em sangue. Não se tratou, como dizem os céticos, de que
as águas se tornaram barrentas(SC). Os magos do Egito fizeram seus truques e conseguiram
imitar Moisés (v.22). Faraó não se humilhou (v.23).
2. A praga
das rãs (Êx 8.1-15). Ante a recusa de Faraó, Deus feriu todos os termos do Egito com
rãs. (SE) Estas estavam sobre as camas, nos fornos, nas amassadeiras, por toda
a parte (v.3). Os magos imitaram o milagre (v.7). Satanás é imitador. Faraó
começou a sentir a mão de Deus. Chegou até a pedir orações (v.8). Moisés orou.
As rãs desapareceram (v.13). Mas Faraó “agravou o seu coração” (v.15).
3. As pragas
dos piolhos (Êx 8.16-19). Nesta terceira praga, não houve “aviso prévio” a Faraó. O pó da
terra transformou-se em piolhos, que incomodavam a todos (v.17). Os magos
tentaram imitar, mas não puderam (v.18). Isso prova que Deus permite o inimigo
ir até certo ponto, mas seu poder maligno é limitado. Faraó não libertou o
povo, mesmo reconhecendo que era “dedo de Deus” (v.19).
4. A praga
das moscas (Êx 8,20- 32). Deus mandou moscas sobre todo o Egito, exceto sobre a terra de
Gósen, em que habitava o povo de Israel (v.22). (SG) Faraó sugeriu que o povo
sacrificasse a Deus ali mesmo, naquela terra (v.25), e que não fossem longe
(v.28). Moisés orou e as moscas desapareceram (v.31). Mas Faraó não cedeu.
5. A praga
da peste dos animais (Êx 9.1-7). Com exceção do gado dos hebreus, todos os
animais morreram (v.6). Faraó resistiu.
6. A praga
das sarnas (Êx 9.8-12). Houve erupção de sarna em todo o Egito. Os magos não podiam parar
(v.11). Faraó não cedeu.
7. A praga
da saraiva (Êx 9.13-35). Deus mandou trovões, chuvas e fogo que corria pela terra, ferindo
animais, homens e árvores (v.23-25). Só não havia saraiva na terra de Gósen
(v.26) e no gado dos egípcios que creram em Deus (Êx 9.20). Passada a praga,
Faraó não cedeu.
8. A praga
dos gafanhotos (Êx 10.1-20). Com essa praga, Faraó quis dar permissão
seletiva, indagando sobre quem dentre os israelitas deveria sair para adorar a
Deus no deserto (v.8). Ele achava que ainda estava no controle da situação, em
condições de dizer quem deveria ou não deveria ir render culto ao Senhor. Ante
a indagação de Faraó, Moisés deu uma resposta desconcertante, dizendo-lhe que,
para adorar a Deus, fora do Egito, haveriam de ir, para começar, os meninos,
depois os mais velhos, as filhas, acompanhados dos animais, pois o povo teria
“festa ao Senhor” (v.9). O Diabo não quer que a família inteira busque a Deus.
Mas todos deveriam ir render culto ao Senhor.
9. A praga
das trevas (Êx 10.21- 29). Para os egípcios, Rã era o deus-sol. Todos os dias, nas casas e
nos campos, à margem do Nilo, havia pessoas, desde cedo, em atitude de adoração,
voltadas para o nascer-do-sol. Aliás, hoje, há falsas seitas e religiões que
cultuam o Sol, numa repetição daqueles cultos falsos. Ali, no Egito, Deus, o
criador do Sol, resolveu dar uma lição nos idólatras do astro rei. Foi
provocado pelo Senhor o maior eclipse solar de que,o Egito tivera conhecimento.
De repente tudo, ficou tão escuro, dentro e fora das casas, e no palácio de
Faraó, que tinha-se a impressão de que as trevas eram palpáveis. Enquanto isso,
na terra de Gósen, todos tinham luz. Deve ter sido um espetáculo muito
estranho.
10. A morte
dos primogênitos. (Êx 11.1-10; 12.29-31). Após as nove pragas, Deus não
mais se dirigiu a Faraó, pois ele, na sua arrogância, não quis mais sequer ver
o rosto de Moisés (Êx 10.28). O Senhor chamou o líder de Israel. e lhe
notificou que ainda restava uma praga, a última, ante a qual Faraó não mais
teria condições de resistir. O Senhor disseque, à meia noite, sairia pelo meio
do Egito, decretando a morte dos primogênitos, quando haveria grande clamor no
País (Ex 11.4-6).
Após instituir a Páscoa, exatamente à
meia-noite, conforme prometera, o Senhor feriu todos os primogênitos do Egito,
desde o que se assentava no trono, até o primogênito do encarcerado, do que
estava atrás do moinho, e até dos animais (Êx 11.5; 12.29). “Horrenda coisa é
cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).
A PRIMEIRA E
SEGUNDA PROPOSTA
A reação e a
contraproposta de Faraó (8.25-32). A reação de Faraó a esta praga foi imediata.
Ele fez uma contraproposta: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra (25).
Mas Moisés tinha a resposta na ponta da língua. Não conviria aos israelitas
sacrificarem no Egito, porque o sacrificio de animais sagrados aos egípcios
lhes seria uma abominação (26), levando-os provavelmente a apedrejar os
israelitas. Moisés manteve seu pedido de caminho de três dias ao deserto (27).
Quando Deus ordena, não há lugar para barganhas com homens perversos.
Faraó
reconheceu que Moisés tinha razão. Ele concordou em deixar Israel ir, mas
somente a curta distância deserto adentro (28). Moisés acreditou no que Faraó
disse (quem sabe entendendo as palavras não vades longe como referência aos
três dias de viagem) e prometeu rogar ao SENHOR (29). Mas advertiu: Somente que
Faraó não mais me engane. Deus, conforme a palavra de Moisés, retirou as moscas
e não ficou uma só (31).
A
completa suspensão desta praga fez com que o rei ficasse mais inflexível e não
deixou ir o povo (32). Em face de tão grande apresentação da verdade, o próprio
Faraó endureceu ainda mais o coração (cf. comentários em 7.13). Sua vontade
estava cada vez mais renitente contra Deus e seu povo.
Os
versículos 20 a 32 mostram “O Coração Rebelde”. 1) Sofre no julgamento, 20-24;
2) Sugere uma contraproposta, 25,26; 3) Faz fraudulentamente uma concessão, 28;
4) Recebe sinais da misericórdia de Deus, 29-31; 5) Recusa o
plano de Deus, 32.
A TERCEIRA
PROPOSTA DE FARAÓ
A tentativa
de acordo (10.7-11). Os servos de Faraó (7), os funcionários da corte mais próximos ao
rei, começaram a argumentar. Primeiro, os magos ficaram impressiona- dos com o
poder de Deus (8.19). Segundo, alguns egípcios creram o suficiente para retirar
o gado e os escravos do campo quando a praga foi anunciada (9.20). Agora altos
funcionários egípcios criam que aconteceria o que Moisés dizia. Suplicaram a
Faraó que não permitisse mais que este Moisés lhes fosse por laço (7; ou
“cilada”, ARA). A única salvação para o Egito era ceder e deixar o povo
israelita ir. A palavra homens aqui (7) se refere a todo o povo. Os servos
sabiam, melhor que Faraó, que o Egito estava quase arruinado.
Por
esta razão, Moisés e Arão (8) foram levados outra vez à presença do rei. Pela
primeira vez, Faraó cedeu antes do início da praga. Deu permissão para os
israelitas partirem, mas tentou fazer outro acordo. Ele permitiria a ida dos
homens se deixassem suas famílias e rebanhos. Seu objetivo era destruir a
totalidade da proposição opondo-se aos detalhes. Moisés deixou claro que todos
iriam — os meninos, os velhos, os filhos, as filhas, as ovelhas e os bois (9).
Sempre
é bom saber perfeitamente os próprios planos ao lidar com um oponente da
verdade. O versículo 10 é mais bem traduzido por um tipo de juramento: “Esteja o
Senhor convosco, se algum dia eu vos deixar ir com seus pequeninos! Vede que
tendes algum propósito mau em mente” (ATA). O rei considerava a concessão plena
do pedido como se fosse uma blasfêmia: “Tão improvável quanto vos deixarei ir
com vossos filhos é tão improvável que vós ides em vossa viagem, sendo
igualmente tão improvável que Jeová estará convosco”.56 Faraó ficou enfurecido
ao sentir a pressão e ver a firmeza de Moisés. Ele poderia chegar a um acordo,
mas nunca ceder completamente.
Faraó
admitiu o que sabia desde o princípio. Este povo queria a liberdade. Acusou
essas pessoas de serem mal-intencionadas (10). Teria a garantia do retorno
dessa gente ao Egito retendo os filhos. Os varões (cf. 7) poderiam ir (11);
Faraó insinuou que desde o início era isso mesmo que eles queriam. Sentia-se
exasperado e imediatamente expulsou Moisés e Arão da sua presença.
A PROPOSTA
FINAL DE FARAÓ
A SITUAÇÃO
CAÓTICA DO EGITO = Não houve anúncio para esta nona praga. Sob as ordens de Deus,
Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra
do Egito por três dias (22), trevas que podiam ser apalpadas (21).
A
maioria dos estudiosos concorda que foi o hamsin, uma tempestade de areia tão
temida no Oriente, que ocasionou estas trevas. O milagre estava em que veio
segundo a palavra de Deus (21) e não ocorreu onde o povo de Deus habitava (23).
As trevas eram tão densas que os homens não se viam uns aos outros. Não é
necessário supor a inexistência de luz artificial ou o fato de as pessoas não
se movimentarem em seus lares.6° Toda a atividade comercial e empresarial
cessou e a população egípcia ficou em casa.
Agora
Faraó estava pronto para outra contraproposta. Depois de chamá-lo, disse a
Moisés: Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas
(24). Igual a Satanás! Cede quando é forçado, mas busca uma pequena concessão.
Muitas pessoas sucumbem às sugestões malignas e aceitam a proposta. Mas Moisés
não! Ele declarou: Nem uma unha ficará (26). Moisés sabia qual era a ordem de
Deus, embora ainda não dispusesse de todas as razões. Esperava mais instruções
conforme o desdobrar dos acontecimentos.
Os
cristãos nunca conseguirão plena vitória enquanto derem lugar ao diabo. Há quem
insista que um pequeno pecado não faz mal, ou que sempre fica algum mal no
coração. Mas a Palavra de Deus é clara: “Que [...j vos despojeis do velho
homem” (Ef 4.22); “Despojai-vos também de tudo” (Cl 3.8); “Não deis lugar ao
diabo” (Ef 4.27). Nenhum acordo com Satanás jamais resultará em vitória total
ou liberdade completa para o filho de Deus.
O
Senhor ainda tinha algo a tratar com Faraó. Deus desejava mostrar o que Ele faz
com quem lhe resiste tão cabalmente. Em vez de Faraó permitir a saída de
Israel, Deus endureceu ainda mais o coração do monarca (27; cf. comentários
sobre 7.13). A raiva deflagrou-se furiosamente sobre Moisés, quando Faraó
ordenou que o servo de Deus se afastasse para sempre, ameaçando-o de morte se o
visse novamente (28). Pelo menos por uma vez Moisés ouviu a voz da verdade em
Faraó, e respondeu: Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto (29). Faltava
pouco para Deus terminar com Faraó. Não havia muita coisa que este tirano
pudesse fazer, preso como estava nos laços do seu coração arrogante.
Nos
capítulos 8 a 10, vemos “Os Perigos das Concessões ao Pecado”. 1) Permanecendo
perto do mundo: Sacrificai nesta terra, 8.25,28; 2) Negligenciando a religião
em família: Deixai os varões irem, 10.8-11; 3) Retendo os bens materiais:
Deixai as ovelhas e as vacas ficarem, 10.24; 4) Vencendo por total compromisso:
Nem uma unha ficará, 10.26.
A QUARTA E
ÚLTIMA PROPOSTA
De
um lado, os egípcios nas trevas. De outro, na casa dos israelitas, havia luz
abundante. Da mesma forma hoje, para o crente, há luz em profusão, pois ele tem
Jesus, que é a luz do mundo e quem nEle está não andará em trevas, mas terá a
luz da vida.
Diante
de tão grandioso sinal, Faraó, que já tentara reter os meninos e as meninas,
sem sucesso, agora, chamou Moisés e disse que saíssem todos, mas que ficassem
as ovelhas e as vacas. Estes, porém, faziam parte do culto, pois seriam
oferecidos em holocausto ao Senhor. Moisés, o líder, não aceitou tal proposta.
Disse que não ficaria “nem urna unha” (Êx 10.26). Tal atitude nos sugere algo
muito importante. Quando o crente é liberto do pecado, não deve deixar nada de
sua vida espiritual a serviço do mundo, ou seja, do contexto de coisas que
envolvem o pecado, sob o maligno.
CONCLUSÃO
Um
dos livros da bíblia que mais fala de batalha espiritual é o livro de Êxodo.
Nesse livro, que trata da libertação do povo de Deus do cativeiro egípcio,
Faraó é um símbolo do Diabo, e o Egito é um símbolo do mundo. Quando Moisés foi
a Faraó, pedindo-lhe que deixasse o povo sair em liberdade, após aqueles
sofridos 430 anos de cativeiro, o Faraó tentou impedi-los, usando de astúcia.
Diante da palavra de Moisés para que se desse um basta àqueles anos de
escravidão e sofrimento, Faraó reage com uma iniciativa dura e depois com 03
propostas sedutoras, a fim de que o povo se mantivesse no seu cabresto e na sua
jaula. Notem que a metodologia usada por Faraó é a mesma que o Diabo usa hoje, a
fim de manter o povo de Deus longe das bênçãos de Deus e da comunhão com Deus.
À
proposta de Faraó, Moisés responde de maneira fantástica, como está escrito em
Êxodo 10.26: “E também os nossos rebanhos irão conosco, nem uma unha ficará;
porque deles havemos de tomar, para servir ao SENHOR, nosso Deus...”. Que
ajamos como Moisés: nem uma unha que é nossa fique nas mãos do Diabo. Tudo que
temos e tudo que somos é de Deus, pertence a Deus e deve ser colocado a serviço
de Deus. Logo, se porventura tem algo seu que está nas mãos do Diabo, tome de
volta. Não deixe nada nas mãos do Diabo. Nem uma unha sequer. Tome de volta
tudo que Deus lhe deu.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon
www.batistaocaminho.com
Lições
bíblicas CPAD 1991
Nenhum comentário:
Postar um comentário