"Não Tomarás
o Nome do Senhor em Vão"
TEXTO
ÁUREO = "Nem
jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o
SENHOR."
(Lv 19.12)
VERDADE PRÁTICA = O terceiro mandamento proíbe o
juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que
deve ser reservado para uma solenidade excepcional e incomum.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE = Êxodo 20.7;
Mateus 5.33-37; 23.16-19
INTRODUÇÃO
3. O terceiro
mandamento. “Não tomarás o
nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele
mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este
mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do
Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e
irreverente.
Tomar o nome do
SENHOR, teu Deus, em vão é “recorrer ao irrealismo, ou seja servir-se do nome
de Deus para apelar ao que não é expressão do caráter divino”. Tal uso profano
do nome de Deus ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos
mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos
levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este mandamento não obsta o
uso do nome de Deus em juramentos verdadeiros e solenes.” Deus odeia a
desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um
coração mau, ou para se fazer melhor do que se é.
A pessoa que
procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de
Cristo, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são culpados diante de
Deus e só recebem misericórdia depois de se arrependerem. Os justos veneram o
nome de Deus por ser santo e sagrado. (Leo G. Cox. Comentário Bíblico
Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 190). Alan Cole afirma que “No
judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer uso impensado e
irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por ano, pelo
sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv 23:27). Em sua
forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar falsamente pelo
nome de YHWH (Lv 19:12). Este parece ser o verdadeiro sentido do texto
hebraico.
A lei permitia
abençoar e amaldiçoar em nome de YHWH (Dt 11:26): isso equivalia virtualmente a
proclamar Sua vontade e Seu propósito para com várias classes de indivíduos.
Jurar pelo Seu nome era, então, permitido, embora fosse proibido por Cristo,
séculos mais tarde (Mt 5.34). Na verdade, jurar pelo Seu nome (e não pelo de
qualquer outro deus) era um sinal de que tal pessoa era um adorador de YHWH (Jr
4.2), e por isso era algo digno de louvor.
Uma razão mais profunda para tal
proibição pode ser vista no fato de que Deus era a única realidade viva para a
mentalidade israelita. É por isso que Seu nome era sempre envolvido nos votos e
juramentos, normalmente na fórmula “tão certo como vive o Senhor” (2 Sm 2:27).
Usar tal frase e depois deixar de cumprir o voto era questionar a realidade da
própria existência de Deus. Pois YHWH não terá por inocente. A explicação,
embora correta, provavelmente não fazia parte do abrupto mandamento apodítico
original” (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 150).].
Todos nos
naturalmente temos uma abertura no rosto, a qual chamamos de boca. E obviamente
em cada boca à um pequeno órgão chamado língua. A língua, apesar de
relativamente pequena quando comparado com o restante do corpo, é uma força
muito poderosa e influente no corpo todo. A Bíblia nos diz que: "...A língua também
é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos
membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua
vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves,
tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero
humano, mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está
cheia de peçonha mortal..." (Tiago
3:6-8). Paulo nos aconselha que, como cristãos, devemos usar nossa
língua para atividades nobres, diz ele: "...Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas
apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que
conceda graça aos que a ouvem..." (Efésios
4:29). Ele também nos diz em Colossenses 3:08 "...Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da
cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca...". Neste 3º Mandamento, não estamos falando
apenas de uma boca suja, que vomita palavrões ou palavras torpe. Este
Mandamento trata de algo muito mais grave, trata-se da utilização indevida ou o
uso profano do Santo Nome de Deus em vão. O nome de Deus é para ser
usada em conexão com o seu louvor ou sua proclamação. Infelizmente, para muitos
parece, que o nome de Deus é como mais uma palavra corriqueira que pode ser
usada de qualquer forma.
O
terceiro Mandamento - Um nome Venerável
Venerável =
Sagrado, Santo; que é digno de veneração, respeito e Reverencia; muito
respeitável. Esta é a definição da palavra segundo os dicionários. Nos tempos Bíblicos,
ao contrario de hoje os nomes tinham grande importância, os nomes na Bíblia
geralmente revelavam algo sobre a pessoa, sua ascendência, sua origem, etc. E
isto é especialmente verdadeiro e forte no que diz respeito aos nomes de Deus.
Vejamos:
"YHWH / YAHWEH
/ JEOVÁ / SENHOR" (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) - A rigor, este é o
único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como
"SENHOR" (com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai,
"Senhor". A revelação do nome é primeiramente dada a Moisés "Eu sou quem eu sou" (Êxodo
3:14). Este nome especifica um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente,
acessível, perto dos que o invocam por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo
25:11) e orientação (Salmo 31:3). Ele descreve Deus como auto existente
imutável e eterno. (Mal. 03:06, Tiago 1:17). Na Bíblia, o nome
"SENHOR" muitas vezes está associado a outras palavras formando assim
os nomes compostos de Deus que revelam mais sobre Sua natureza e Seus
atributos. Alguns deles são:
JEOVÁ-JIRÉ:"O Senhor proverá"
(Gênesis
22:14) - o nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser
sacrificado no lugar de Isaque.
JEOVÁ-RAFA:"O Senhor que sara"
(Êxodo
15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em corpo e alma. No corpo,
através da preservação e da cura de doenças, e na alma, pelo perdão de
iniquidades.
JEOVÁ-NISSI:"O Senhor é minha bandeira"(Êxodo
17:15), onde por bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha.
Esse nome comemora a vitória sobre os amalequitas no deserto em Êxodo 17.
JEOVÁ-MAKADESH:"O Senhor que santifica, torna santo" (Levítico
20:8, Ezequiel 37:28) - Deus deixa claro que apenas Ele, e não a lei, pode
purificar o Seu povo e fazê-los santos.
JEOVÁ-SHALOM:"O Senhor nossa paz"
(Juízes
6:24) - o nome dado por Gideão ao altar que ele construiu após o Anjo do Senhor
ter-lhe assegurado de que não morreria como achava que morreria depois de
vê-lO.
JEOVÁ-ELOIM:"Senhor Deus"
(Gênesis
2:4, Salmo 59:5) - uma combinação do singular nome YHWH e o nome genérico
"Senhor", significando que Ele é o Senhor dos senhores.
JEOVÁ-TSIDIKENU:"O Senhor nossa justiça" (Jeremias
33:16) - Tal como acontece com Jeová-Makadesh, só Deus proporciona a justiça
para o homem, em última instância, na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o qual
tornou-se pecado por nós "para que nele fôssemos feitos justiça de
Deus" (2 Coríntios 5:21).
JEOVÁ-ROHI:"O Senhor nosso Pastor"
(Salmo 23:1)
- Depois de Davi ponderar sobre seu relacionamento como um pastor de ovelhas,
ele percebeu que era exatamente a mesma relação de Deus com ele, e assim
declara: "Yahweh-Rohi é o meu Pastor. Nada me faltará" (Salmo 23:1).
JEOVÁ-SHAMMAH:"O Senhor está ali"
(Ezequiel
48:35) - o nome atribuído a Jerusalém e ao templo lá, indicando que o outrora
partida glória do Senhor (Ezequiel 8-11) havia retornado (Ezequiel 44:1-4).
JEOVÁ-SABAOTH:"O Senhor dos Exércitos" (Isaías
1:24, Salmos 46:7) - Exércitos significa "hordas", tanto dos anjos
quanto dos homens. Ele é o Senhor dos exércitos dos céus e dos habitantes da
terra, dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, mestres e escravos. O nome
expressa a majestade, poder e autoridade de Deus e mostra que Ele é capaz de
realizar o que determina a fazer.
"ELOHIM": Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gênesis
17:7; Jeremias 31:33); esta é a forma plural de Eloah, a qual acomoda a
doutrina da Trindade, refere-se ao Ser Supremo, fiel, Deus Uno e Trino.
Na primeira
frase da Bíblia, a natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus
(Elohim) fala para que o mundo exista (Gênesis 1:1). Esta é a palavra comum
para Deus na Bíblia. É usado mais de 2.000 vezes no Antigo Testamento. Na
verdade, quando Deus saiu da eternidade para revelar-se ao homem, este é o nome
que ele escolheu. Um nome representando a si mesmo como o forte e fiel.
EL, ELOAH: Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gênesis
7:1, Isaías 9:6) - etimologicamente, El parece significar "poder",
como em "Tenho o poder para prejudicá-los" (Gênesis 31:29). El é
associado com outras qualidades, tais como integridade (Números 23:19), zelo
(Deuteronômio 5:9) e compaixão (Neemias 9:31), mas a raiz original de ‘poder’
continua.
EL SHADDAI: "Deus Todo Poderoso", "O Poderoso
de Jacó" (Gênesis 49:24; Salmo 132:2,5) - fala do poder
supremo de Deus sobre todos.
ADONAI:"Senhor"
(Gênesis
15:2; Juízes 6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os judeus achavam ser
sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No Antigo Testamento,
YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo, enquanto que
Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios.
EL ELIOM:"Altíssimo"
(Deuteronômio
26:19) - derivado da raiz hebraica para "subir" ou
"ascender", então a implicação refere-se a algo que é muito alto. El
Elyon denota a exaltação e fala de um direito absoluto ao senhorio.
EL ROI:"Deus que vê"
(Gênesis
16:13) - o nome atribuído a Deus por Agar, sozinha e desesperada no deserto
depois de ter sido expulsa por Sara (Gênesis 16:1-14). Quando Agar encontrou o
Anjo do Senhor, ela percebeu que tinha visto o próprio Deus numa teofania. Ela
também percebeu que El Roi a viu em sua angústia e testemunhou ser um Deus que
vive e vê tudo.
EL-OLAM:"Deus eterno"
(Salmo
90:1-3) -A natureza de Deus não tem princípio, fim e nem quaisquer limitações
de tempo. Deus contém dentro de Si mesmo a causa do próprio tempo. "De
eternidade a eternidade, tu és Deus."
EL-GIBOR:"Deus Poderoso"
(Isaías
9:6)- o nome que descreve o Messias, Jesus Cristo, nesta porção profética de
Isaías. Como um guerreiro forte e poderoso, o Messias, o Deus Forte, vai
realizar a destruição dos inimigos de Deus e governar com cetro de ferro
(Apocalipse 19:15).
O nome de
Deus deve ser usado com extrema reverência e adoração. Os escribas por exemplo; quando tinha que escrever o Nome de Deus em
uma obra, eles paravam, lavavam-se, mudavam de veste e caneta, e somente assim
escrevia.
Logo em seguida, eles depositava a caneta usada em um lugar onde nunca
mais poderia ser usado por ninguém para escrever outra palavra. Ainda hoje
muitos judeus ortodoxos para não usar o nome de Deus em vão, nem sequer
dizem o nome Jeová ou Javé. Ao invés disso, eles usam a palavra Deus, ou
Adonai.
O terceiro
Mandamento - Banalizando o nome de Deus
Este
mandamento nos diz que é errado usar o nome de Deus em coisas vã. A
palavra vão, significa algo vazio, oco, inútil, sem valor; ilusório, sem
fundamento real, fútil, frívolo, falso, ignorante, ineficaz. Quando usamos o
nome de Deus de forma vã, estamos cometendo uma blasfêmia! Infelizmente, em
nossos dias ouvimos o Nome de Deus ser degradado com muito mais frequência do
que ouvimos ser exaltado! É quase que normal ouvirmos palavras de maldição em
conjunto com o nome de Deus, coisa do tipo pesar a mão, aperta, etc, mas se
analisarmos os exemplos dos santos na Bíblia, não vemos nada disso; mas sim
quando eles eram ofendidos perseguidos e ate mesmo apedrejados, clamavam a Deus
para perdoar seus agressores, hoje muitos de nos por qualquer coisa já esta
pedindo a Deus para pesar a mão, usando desta
forma o nome de Deus para a maldição do próximo.
Quantas
vezes ouvimos, a expressão: Oh Deus!, Oh meu Deus!, Jesus, Oh Jesus, Oh Cristo,
Jesus Cristo!, Deus Todo Poderoso!, Oh, Senhor!, Meu Deus!, my god, ou qualquer um dos milhares de
jargões que mesmo os cristãos muitas vezes usam de forma inapropriada. Na TV os artista brincam com o nome de Deus, e seus
clichês são logo absorvidos pela plateia. Pessoa usam o nome de Deus em
associação a seus clubes de futebol, etc. Ou mesmo quando pronunciamos o
nome de Deus metodicamente, quero dizer, domingo após domingo, nas canções e
nas orações e nos testemunhos, mas sem sinceridade e sem reverência genuína, estamos
usando o nome de Deus em vão. Ou quando usamos como uma camuflagem em meio
a hipocrisia, prometemos a Deus fazer uma coisa e fazemos outra, então somos
culpados diante dEle. Se seu nome revela seu caráter, e nós estamos usando Seu
Nome, então a nossa hipocrisia envia uma falsa imagem de Deus e, portanto,
viola o Seu Nome. "A hipocrisia da igreja é muito pior do que a profanação
da rua." - Greg Laurie). "...E por que me
chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?.."(Lucas
6:46). Não seja culpado de se esconder atrás do nome de Deuscomo uma
camuflagem para o mal!
O nome de
Deus será vindicado
Haverá
punição para o infrator, Deus vai lidar com aqueles que intencionalmente violou
a santidade do Seu Nome. As pessoas que usam o nome de Deus em vão devem se
arrepender. O plano de Deus para o Seu povo é que quando usamos o Seu
nome, devemos fazer com reverência e respeito. Os cristãos não têm
necessidade de jurar, ou anexar um juramento a seus discursos. "...Seja, porém, o
vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência
maligna..."(Mateus 5:37), "...Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo
céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa
palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação..." (Tiago
5:12). Alguns pode estar se perguntando: O que dizer então? Quanto menos falar,
melhor será quando estivermos diante do Senhor "...Mas
eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar
conta no dia do juízo..." (Mateus
12:36). Deus não quer que você corte a língua de sua boca, mas Ele quer que ela
seja consagrada e dedicado totalmente a Sua adoração e Sua glorificação. Como
você está usando sua língua? Lembre-se: Não use o nome de Deus em vão.
TOMAR O NOME
DE DEUS EM VÃO
A importância do nome = Os nomes das pessoas e das coisas são muito
importantes. Tanto é assim que o grande escritor William Shakespeare chegou a
escrever em uma das suas peças: “se a rosa tivesse outro nome, não cheiraria
tão doce”.
Nomes são
tão importantes que reagimos mal quando nosso nome é escrito ou pronunciado errado. Nomes ou apelidos (uma
outra forma de nome) ridículos causam complexos nas pessoas. Nos tempos
bíblicos, os nomes talvez fossem ainda mais importantes, pois, na cultura
daquela época, o nome caracterizava a personalidade da pessoa à qual se
referia. Conhecer um nome significava ter um certo grau de intimidade com a
pessoa que usava aquele nome. Alguns exemplos podem demonstrar bem o que eu
acabei de falar:
•Jacó mudou de nome - para Israel (“aquele que
luta com Deus”) -, depois do episódio da luta com o anjo (ver Gênesis capítulo
32, versículos 22 a 30).
•Quando
Moisés se encontrou com Deus pela primeira vez, no monte Sinai, assim que soube
da sua missão - libertar o povo de Israel da escravidão -, perguntou qual era o
nome de Deus. Ao saber esse nome, que ninguém até então conhecia, Moisés
demonstraria ao povo de Israel que tinha grande intimidade com Deus.
•Outros
personagens bíblicos importantes também mudaram de nome (por exemplo de Abrão
para Abraão) ou passaram a ser conhecidos por apelidos (por exemplo Simão virou Pedro), à medida que
evoluiam na vida espiritual.
Dar nome a
alguém ou a alguma coisa significava que aquele que estava nomeando tinha poder
espiritual sobre o que era nomeado. Por isto, os pais ou as mães davam o nome
dos filhos – prática que continua até os dias de hoje -, Adão nomeou os animais
(ver Gênesis capítulo 2, versículos 19 e 20) e as pessoas nomeavam os lugares
importantes para elas – por exemplo, Jacó fez isto com Betel e Peniel.
E é por
causa da importância que o nome tem que somos batizados, segundo ensina a
Bíblia, em NOME do Pai, Filho e Espírito Santo e oramos NOME de Jesus.
O porquê do Terceiro Mandamento
O Terceiro
Mandamento é o seguinte: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque
o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (ver Êxodo,
capítulo 20, versículo 7). Acho que pelo que já expliquei antes, fica bem
evidente a razão de haver um mandamento com esse conteúdo.
Como ninguém
pode compreender totalmente a natureza de Deus e/ou ter poder sobre Ele,
ninguém pode nomeá-lo - por isso, Ele mesmo disse a Moisés como deveria ser
chamado e a expressão que usou foi propositalmente vaga: “Eu sou o que sou”, ou
ainda segundo algumas traduções “Eu serei o que sempre tenho sido” (ver Êxodo
capítulo 3, versículos 13 a 15).
Nomear a
Deus, portanto, seria como fazer uma imagem ou figura dele - ou seja tentar
descrever a sua realidade - o que também é proibido, de acordo com o Segundo
Mandamento.
E não é por
acaso que o mandamento de não tomar o nome de Deus em vão segue imediatamente o
mandamento de não fazer imagens ou figuras Dele, pois uma coisa é, de certa
forma, continuação da outra.
Mas se não
podemos nomear Deus, muito menos podemos tomar algo que é sagrado - o nome de
Deus - para uso indevido (em vão). Ou
seja, não se pode usá-lo em interjeições (algo que é muito comum), em
adivinhações, em piadas, em promessas vãs e em maldições. Não podemos associar
o nome de Deus a situações desse tipo, pois isso é um desrespeito para com Ele.
É exatamente
por isto que os judeus nunca se referem a Deus pelo seu nome, pois não querem
correr o risco de violar o Terceiro Mandamento. Usam, em lugar desse nome, as
palavras Senhor ou Eterno. Aliás, isto também é feito em muitas traduções da
Bíblia: frequentemente, ao vermos grafada a palavra SENHOR (Adonai), é porque
no texto original consta o nome Dele.
Juramentos
Resta ainda
uma dúvida quanto ao Terceiro Mandamento: podemos jurar em nome de Deus, no
caso de uma assunto sério? A resposta para isso é não, mas a proibição não vem do Terceiro Mandamento em si, mas de
um mandamento específico dado pelo próprio Jesus - Ele nos mandou nunca jurar
mas somente falar sim ou não (ver Mateus, capítulo 5 versículos 33 a 37).
Conclusão
As razões
para o Terceiro Mandamento são muito simples de entender, como também é
relativamente simples cumprir o que é pedido de nós. Por isto mesmo é
surpreendente perceber que esse é um dos mandamentos mais descumprido pelas
pessoas. Na verdade, para cumprir o mandamento basta ter disciplina para não falar o que não
devemos, especialmente quando ficamos estressados e perdemos um pouco o
auto-controle. Nesse particular, os cristãos têm muito que aprender com os
judeus.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições Bíblicas do 1º
Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
desafiodesercristao.blogspot.com.br
redemissionariacrista.blogspot.com.br
Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP (Digital);
Bíblia de Estudo
Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
Bíblia de Estudo Defesa
da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD,
2010.
HAMILTON, Vitor P. Manual
do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. I.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006.
COHEN, Armando Chaves.
Comentário Bíblico Êxodo. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 998.
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