E DEUS
OS CRIOU HOMEM E MULHER
Texto Áureo = “E de
um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.” (At
17.26)
Verdade Prática = Deus nos
criou à sua imagem e semelhança, para que o amemos
e
vivamos para a sua glória.
LEITURA
BIBLICA = Gênesis 2:7,18-24
INTRODUÇÃO
A
doutrina da criação do homem é ensinada claramente nas Escrituras nas seguintes
passagens: Gn 1.26-29; 2.5-8,_15-22; J0 1.3; Cl 1.16; Hb 11.3.
1. QUEM
CRIOU O HOMEM
1. A Falsa Teoria do Evolucionismo. Um dos
mais perversos ensinos que circulam atualmente no mundo é o que afirma que o
homem não é uma criação especial de Deus. O Evolucionismo ensina que o homem
descende de formas inferiores de vida, e que através dos séculos vem passando
por um longo processo de aperfeiçoamento controlado pelas energias da natureza.
2. O Testemunho das Escrituras. Neste,
bem como noutros assuntos de interesse espiritual para o homem, a Bíblia tem a
última e decisiva palavra, pondo fim a toda e qualquer especulação filosófica
humana. A Bíblia ensina que toda a raça humana procede de um só casal, que foi
originalmente responsável por encher a terra (Gn 1.28; At 17.26).
As
genealogias da Bíblia ensinam que todos os homens participam da mesma natureza
humana, isto é, possuem uma unidade genética. (Gn 5; 10; Lc 3) etc.
3. A diferença entre homens e animais. Quando
a Escritura se refere a peixes, aves e bestas, ela afirma que Deus criou
segundo a sua espécie. Quer dizer: uma forma específica, própria, O homem não
foi criado dessa maneira. Deus disse:
“Façamos
o homem à nossa imagem...” (Gn 1.26). Estruturalmente, portanto, o homem nada
tem que o identifique com os animais de qualquer classe ou espécie.
II. COMO
DEUS CRIOU O HOMEM
1. Deus o criou do pó da terra (Gn 2.7a). Isto é,
o homem não foi formado do nada. Pelo contrário. Ele procedeu de matéria pré-
existente — neste caso o barro.
2. Deus lhe deu fôlego de vida (Gn 2.b). Esta
linguagem deixa bem claro que, ao criar o homem, Deus o fez superior às várias
ordens e espécies de animais.
3. Deus o criou à Sua imagem (Gn. 1.26). Todos
sabemos que em nenhum sentido o homem é igual a Deus física ou corporalmente. A
Bíblia é extremamente clara quando afirma: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). A
verdade de que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, se fixará em nossa
mente à medida que meditarmos nos dois fatos seguintes:
a. O homem é um ser racional. Oi
animais pois um instinto: o homem possui raciocínio, a faculdade da razão.
b. O homem é um ser moral. Logo
temos a revelação do ato do criador do homem que o fez tornar- se a coroa da
criação. Quando Deus terminou de criar o homem, ele era tão puro como os anjos.
Não havia nele sombra de imperfeição, até que ele pecou.
4. O homem foi criado em santidade. A
formosura e a perfeição do Eden (Gn 2.8-10) eram símbolo de santidade de Adão,
e Deus o pôs ali num conjunto harmonioso sem qualquer defeito ou impureza. Na
condição de pai da raça humana, Adão foi criado com o selo da santidade de
Deus. A salvação das criaturas fala indiretamente disto. Paulo afirma que somos
revestidos do homem novo, criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade
(Ef 4.24). “E vos revestistes do novo, que se renova para o conhecimento,
segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10).
III. A
NATUREZA DO HOMEM
1. A natureza original. Uma vez
investido da natureza pura de sua formação, era possível ao homem manter um
estado de plena satisfação e autoridade sobre tudo o que fora criado.
a.
Criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).
b.
Criado em estado de retidão (Ec 7.29).
c. Toda
a raça humana procede de Adão e Eva (Gn 2.7- 22; 3.20; 9.19; At 17.26).
d. Pleno
gozo de estreita comunhão com Deus (Gn 3.8,9).
2. A natureza mortal. A
desobediência do homem levou-o ao pecado e o pecado consumado trouxe- lhe a
morte.
b. “Um
vento que passa e não volta” (Sl 78.39).
c. “Que
homem há que viva, e não veja a morte?” (Sl 89.48).
d. “Aos
homens está ordenado morrerem uma vez” (Hb 9.27).
e. “A
morte passou a todos os homens” (Rm 5.12)
3. A natureza imortal. O homem
tem dentro de si algo que não morre.
b. “Os
mortos hão de ressuscitar” (Lc 20.37).
c. “E
que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Co 15.53).
d. “E
muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão” (Dn 12.2).
e. “E vi
os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono” (Ap 20.12).
4. A natureza pecaminosa e decaída. Com
a queda, o homem veio a adquirir uma natureza propensa à prática do pecado.
b. “A
maldade do homem se multiplicara sobre a terra” (Gn 6.5).
c. “Não
há homem que não peque” (1 Rs 8.46).
d. “Em
iniqüidade fui formado te em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5).
e.
“Todos estão debaixo do pecado” ( Rm
3.9).
5. A natureza tricotômica do homem. Muitas
passagens da Escritura ensinam que o homem foi constituído originalmente de
três distintos elementos, a saber: o espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
f. O
espírito é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. E o
elemento de comunicação entre nosso EU e a DIVINDADE.
IV. A
CRIAÇÃO DO HOMEM E A TRINDADE
O relato
da criação do homem projeta luzes sobre verdades transcendentais.
Gênesis
1.26 nos deixa ver que um divino conselho precedeu a criação do ser humano, que
apareceu no contexto de todas as obras criadas por Deus como Sua obra prima, a
coroa e o clímax da criação.
A
palavra façamos (da forma verbal hebraica na’aseh) é particularmente importante
por exigir um sujeito plural. Quem teria dito façamos? Nenhum outro poderia
ser, senão o Deus Trino, que começa a projetar-se no misterioso cenário da
revelação escriturística.
O Pai
tem sua parte na criação. O Filho tem sua parte. O Espírito Santo também tem
sua parte no processo criativo.
De
maneira alguma a expressão FAÇAMOS poderia incluir os anjos, principalmente
porque Deus nunca se aconselhou com eles.
A ORIGEM
DO HOMEM
TEXTO
BÍBLICO = Gn 1.26-28; 2.4-8
INTRODUÇÃO
Têm
surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral,
essas teorias não conseguem fugir ao fato da ligação do homem com a terra.
Entretanto, a única fonte realmente autorizada acerca da origem do homem é a
Bíblia. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nós oferecem, de modo plausível
e coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem.
1. OS
DOIS RELATOS ESCRITURAIS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
Fora da
revelação divina expressa no relato do gênesis bíblico, as teorias acerca da
origem do homem são vagas especulações, sem base bíblica ou mesmo científica.
1. O primeiro relato da criação do homem. O
primeiro relato sobre a criação do homem encontra-se em Gn 1.26,27, que diz:”E
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre
toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”.
Notemos
que neste primeiro relato está a ordem criativa da Deidade quando diz: “Façamos
o homem”. Percebe-se que o Conselho divino estabeleceu o ato criativo do homem.
Essa criação representa e é o clímax de todos os atos criativos anteriores. A
criação do homem, ainda que obedeça a uma certa ordem nos atos criativos, é
distinta dos demais atos porque aparece de modo especial, diferente dos demais
atos criativos da natureza e dos animais.
Deus
culminou com a criação do homem. Tudo foi criado e preparado, e providenciado
para o sustento e a satisfação da obra prima da Criação, o homem. A Criação foi
feita dentro de um ideal divino.
2. O segundo relato da criação do homem. Vamos
encontrar o segundo relato da criação do homem em Gn 2.4-25. Nesse relato temos, além da origem do homem,
também o relato da origem da mulher. Enquanto o primeiro relato se preocupou
mais em mostrar a ordem da Criação e a decisão do Conselho divino em criar o
homem à sua imagem e semelhança, o segundo relato apresenta a sua efetivação.
Encontramos
no relato de Gn 2.7 a seguinte declaração: “E formou o Senhor Deus o homem do
pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito
alma vivente”. Dois aspectos se destacam neste texto os quais devem merecer a
nossa apreciação. Primeiro temos a formação do corpo do homem do pó da terra
com todas as substâncias químicas que o compõem. A palavra formou indica que a
criação material foi feita de matéria pré- existente , isto é, “o pó da terra”.
Até certo ponto, neste relato, é inegável que o homem esteja relacionado com a
natureza, e isto nos mostra a composição inferior do homem.
Porém é
preciso considerar ainda que, se o homem pertence ao mundo animal, essa parte
material do seu ser é a culminação do reino animal. Este fato representa, sem
dúvida alguma, a perfeição do homem físico, tanto em estrutura como em forma.
Porém, o aspecto mais distintivo da criação do homem está na sua imagem e
semelhança do divino. A seqüência de Gn 2.7 diz: “e soprou em seus narizes o fôlego
da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Nesta segunda parte do versículo, o
homem recebe, de modo especial e superior ao resto da criação animal, vida
física e espiritual. ZEE
II.
TEORIAS ANTIBÍBLICAS QUANTO À ORIGEM DO HOMEM
1. A teoria evolucionista. Esta
teoria apresenta o homem como um ser que evoluiu de uma ordem inferior no mundo
animal. Essa evolução, segundo a teoria, aconteceu como resultado de sucessivas
alterações nas formas materiais devido às “forças latentes” na matéria. A
Bíblia refuta esta teoria.
2. O conceito filosófico- materialista. Entre
os muitos pensadores e promotores desse conceito, destaca-se o famoso
psicanalista e filósofo Sigmund Freud. Ele enfatizou, em seus argumentos sobre
o homem, o aspecto biológico da natureza humana. Para Freud, os instintos do
homem formam a base de sua personalidade.
Afirmou
ele que coisas como sexo, fome, sede, segurança e prazer são pressões que de
terminam as ações e padrões de personalidade do homem. No conceito de Freud, a
natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, Deus. Para ele, a idéia
de uma relação divino-humana é imprópria ao homem pois ele o vê como uma
criatura egocêntrica, preocupada em satisfazer apenas suas necessidades
individuais.
3. O conceito do humanismo científico. Esse
conceito baseia suas informações sobre a natureza do homem na biologia,
psicologia e medicina. Para essa escola, o homem é um produto evolucionário da
natureza sem a menor possibilidade de imortalidade. Vêem o homem como parte do
Universo, sempre em mutação e que existe independente de qualquer mente ou
consciência. Para essa escola, o Universo é regulado por uma seqüência de causa
e efeito em todos os lugares e em todos os tempos. Crêem que o homem pode
resolver seus problemas aqui na terra mesmo, e que não tem necessidade de
qualquer relação com o sobrenatural. Basta-lhe confiar na razão e no método
científico.
III.
CONCEITO BÍBLICO ACERCA DA ORIGEM DO HOMEM
1. A biforme natureza do homem. O homem
foi criado numa biforme natureza — material e imaterial. A parte material foi
formada do pó da terra e a parte imaterial foi outorgada diretamente pelo
próprio Criador. O sopro divino nas narinas do homem concedeu-lhe mais a vida
física. Foi-lhe dada vida imaterial representada pela alma e pelo espírito. (Gn
2.7)
2. O homem e seu organismo físico. O homem
foi formado fisicamente por um ato específico de Deus. O texto de Gn 2.7 diz:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da Terra”, o que indica que o corpo do
homem foi formado de matéria já existente, o pó da terra. Não foi uma obra do
acaso ou sem propósito. O plano obedeceu plenamente ao prévio ideal do Conselho
divino.
3. O homem foi criado um ser pessoal. O corpo
é o invólucro da personalidade do homem. Sua personalidade foi feita por um ato
imediato de Deus. Esse ser pessoal aparece no texto de Gn 2.7, como um ato
final da criação, quando diz: “e o homem passou a ser alma vivente”.
4. O homem foi criado ser espiritual. No
hebraico a palavra para espírito é Ruach e no grego, pneuma. Esses dois termos
têm o mesmo sentido e não significam simplesmente fôleço de vida, visto que o
espírito é vida imortal e invisível no homem. Pelo espírito o homem é dotado da
capacidade de comunhão com Deus. (Jo 4.24). O corpo é a casa do espírito do
homem. O espírito, portanto, essencial para que o homem expresse a vida que
Deus lhe tem dado.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre
1988 - CPAD
E
DEUS OS CRIOU HOMEM E MULHER
Texto Áureo = “E de um só
fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.” (At
17.26)
Verdade Prática = Deus
nos criou à sua imagem e semelhança, para que o amemos
e
vivamos para a sua glória.
LEITURA
BIBLICA = GÊNESIS 1.26-28; 2.4-8
INTRODUÇÃO
Têm
surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral,
elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, a
única fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia
Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível
e coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem.
1. OS
DOIS RELATOS BÍBLICOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
1. O primeiro relato sobre a criação do homem.
Encontra-se em Gênesis 1.26,27. Neste texto, está declarada a ordem criativa da
Trindade, quando diz: “Façamos o homem”. A despeito da importância teológica
que se dá ao “façamos”, para denotar a participação triúnica da Deidade, o
fundamental, nesta passagem, é a palavra “BARAH” (hebraico), do versículo 27,
que quer dizer: “criou”. Deus o fez do pó da terra, mas sua criação foi um ato
divino. Ele foi feito especial e diferente da vida vegetal, aquática e animal.
2. O segundo relato da criação do homem.
Encontra-se em Gênesis 2.4-8. Neste relato histórico, temos, além da criação do
homem, também a descrição da origem da mulher. Enquanto a primeira narração
sempre ocupou mais em mostrar a ordem da criação e a decisão da Corte Divina,
em criar o homem à sua imagem e semelhança, o segundo relato apresenta a sua
efetivação.
No
texto de Gênesis 2.7, temos a seguinte declaração: “E formou o Senhor Deus o
homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi
feito alma vivente”.
3. A criação da mulher. No
segundo relato da criação, podemos destacar, no texto de Gênesis 2.18- 25, a
formação da mulher. Depois de Deus ter criado Adão, Ele também fez Eva. Em
Gênesis 1.27, está escrito: “macho e fêmea os Crriou.
II.
TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1. A teoria evolucionista.
Esta teoria apresenta o homem como um ser que evoluiu de uma ordem inferior, no
mundo animal. Ensina que esta evolução resultou de sucessivas alterações nas
formas materiais, devido as forças latentes que existem na matéria. Mas a
Bíblia refuta esta teoria, quando declara que: (1) a origem do homem resultou
de um ato criativo de Deus; (2) o ser físico do homem também é resultado de um
ato criativo de Deus, que utilizou a matéria já existente “afar” (hebraico),
que significa “pó da terra”; (3) o homem, hoje, tem a mesma estrutura física e
espiritual do dia em que foi criado; (4) o homem foi tirado da terra e está
destinado a ela, depois da morte (Ec 3.20); (5) o homem não é evolução natural
da terra, pois ele foi “plasmado”.
2. A teoria filosófico-materialista.
Sigmund Freud, que lançou esta teoria, era ateu, filósofo e psicanalista. Ele
enfatizou, em seus argumentos, a idéia de que o homem, em sua vida biológica e
psicológica, tem como base e formação de sua personalidade e seus instintos
naturais. Afirmou ele que coisas, como sexo, fome, sede, segurança e prazer,
são pressões que determinam as ações e os padrões da personalidade do homem. No
conceito de Freud, a natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, no
caso, Deus. Para ele, a idéia de uma relação do Criador com o ser humano é
imprópria e inexistente, pois o mesmo vê o homem como uma criatura egocêntrica,
voltada apenas para as suas necessidades, sem qualquer comunhão com um ser
supremo. Acreditava ele que, ao morrer o homem, nada mais resta.
3. A teoria do humanismo científico. As
fontes de informações, para os adeptos desta teoria, sobre a natureza e origem
do homem. Estão na Biologia, Psicologia e Medicina. Para esta escola de
pensamento, o homem é um produto evolucionário da Natureza, sem a menor
possibilidade de imortalidade.
III.
O ENSINO DA BÍBLIA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1. A biforme natureza do homem. O
homem foi criado com uma biforme natureza: material e imaterial. A primeira foi
formada do pó da terra (Gn 2.7) e a segunda, outorgada diretamente pelo
Criador. O sopro divino nas narinas do homem concedeu-lhe a vida física e a
espiritual.
A
vida imaterial do homem é representada pela alma e pelo espírito. Porém, esta
dupla natureza do homem é representada por uma tricotomia, que se constitui,na
parte material, pelo corpo; na imaterial, pela alma e pelo espírito (1 Ts
5.23).
2. A tricotomia do homem (1 Ts 5.23; Hb 4.12). O
termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três”, ou “que se divide
em três tornos”. Em relação ao homem, refere-se às três partes do seu ser:
corpo, alma e espírito.
Há
divergência neste ponto daqueles que entendem o homem como apenas um ser
dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo, alma ou espírito.
Os
defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como uma só. parte e, às
vezes, como se fossem uma só coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o
ponto de vista da tricotomia. Este conceito crê que o homem é uma trindade
composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar o corpo de sua
parte imaterial.
a) O corpo. É a parte
inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra, como
oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre,
sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco, e outros elementos em proporções
menores. Porém, o corpo, com todos estes produtos, sem a bênção divina, é de
ínfimo valor.
b) A alma. É preciso saber
que o corpo sem a alma é inerte. Ela precisa dele para expressar sua vida
funcional e racional. É identificada, no hebraico do Antigo Testamento, por
“NEPHESH” e, no grego do Novo Testamento, por “PSIQUÊ”.
c) O espírito. No
hebraico é “RUACH” e no grego é “PNEUMA”. O espírito do homem não é um simples
sopro ou fôlego, mas também vida imortal (Ec 12.7; Dii 12.2; Lc 20.37; 1 Co
15.53). Ele é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal.
É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu
que “o corpo, a alma e o espírito constituem a base real dos três elementos do
homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de
Deus”.
IV.
AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM
1. As faculdades do corpo. São
cinco as faculdades principais, as quais se manifestam através do corpo: visão,
audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas umas das outras,
elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de instintos
naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo exterior,
transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. E daí que partem as ordens
para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos obedecem às leis naturais
que estão impressas no ser humano. São elas que regem as atividades do corpo.
2. As faculdades da alma. São
três as faculdades ou qualidades da alma, pelas quais ela se manifesta:
intelecto, sentimento e vontade.
O
INTELECTO (Gn 1.28; 2.19,20) é a parte da alma que pensa, raciocina, decide,
julga e conhece E ele quem recebe os conhecimentos.
Três
outras manifestações lhe são peculiares: a imaginação, memona e razão Com a
primeira o homem é capacitado a idealizar e projetar. É um processo do
pensamento que habilita o ser humano a construir imagens, através do
raciocínio.
A
segunda é outro atributo do intelecto que capacita o homem a guardar em seu
cérebro o fatos passados e presentes. Ela retém os conhecimentos adquiridos e
os traz à lembrança. A terceira é um atributo do intelecto que leva o homem a
pensar, julgar e compreender as relações entre as coisas, distinguir entre o
verdadeiro e o falso, o bem e o mal.
O
SENTIMENTO faz o homem um ser emotivo. Ele não é uma máquina insensível, pois
pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer,
tristeza, descontentamento, pesar e dor.
A
VONTADE se expressa como resultante das influências do intelecto e dos
sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela
obedece às forças emotivas e intelectuais da alma.
3. As faculdades do espírito.
Duas faculdades principais se destacam com abrangência sobre outras qualidades
importantes, as quais são: Fé e Consciência. Elas identificam o ser religioso
do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado
especialmente para uma perfeita comunhão com Deus. Os sentidos físicos e
psicológicos tornam o homem um ser terreno e racional, mas os espirituais o
tornam um ser especial.
A
faculdade da fé é uma qualidade do espírito humano que expressa a religiosidade
do homem e o toma capaz de adorar, reverenciar, louvar e orar a Deus, o
Criador. Não se trata de um tipo de fé, adquirida ou ensinada, mas é uma forma
inata que nasce com qualquer ser humano. Ela nos estimula a buscar a Deus e
comungar com Ele.
A
faculdade da consciência é a lei moral e espiritual, no interior do homem, que
aprova ou desaprova as suas ações. E a intuição que o espírito tem dos atos e
estados do ser humano em sua vida cotidiana. A consciência não está sujeita à
vontade, e nem aos sentimentos da alma.
CONCLUSÃO
Após
estudarmos as faculdades do corpo, da alma e do espírito, concluímos que o
homem é a obra-prima da criação e não uma simples manifestação da Natureza,
como querem os evolucionistas, descompromissados com a verdade bíblica.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995 - CPAD
O
homem criado e formado
TEXTO ÁUREO = “E criou Deus
o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” Gn
1.27.
VERDADE PRÁTICA = O
homem é uma maravilhosa “obra de Deus.
LEITURA
EM CLASSE = Gn 1.26,27; 2.7-9
INTRODUÇÃO
Sempre
devemos dar graças a Deus por nossa própria existência. Sem dúvida a criação do
homem representa um dos maiores milagres de Deus. Cada um de nós é uma
testemunha desse milagre.
1. A
VONTADE E O PODER CRIADOR DE DEUS.
Ao
estudarmos atenciosamente o livro de Génesis, notamos que a Divindade concluiu
a obra da criação com o ser humano, após o que descansou. Dinotos traduz assim
este texto: “E completou-se o Espaço e a Terra e toda a população deles”. A
expressão população deles significa todas as coisas efetivamente criadas no
Universo. “E concluiu a Santidade no dia sétimo o seu trabalho que fizera, e
feriou no dia sétimo, de todo o seu trabalho que fizera”. Então entendemos que
Deus terminou a obra da criação com o homem e daí em diante acionou a máquina
do Universo, tudo fazendo produzir dentro do Plano da Sua Vontade.
Por
tal razão os sábios costumam afirmar que é a Natureza quem faz e cria todas as
coisas. Entretanto, o Criador Pessoal de tudo é Deus, At 17.26; SI 104.30.
Graças a Deus porque a obra continua. Deus continua a fabricar sangue, gordura,
ossos, ferro, água, oxigênio, hidrogênio e tudo o mais
II. A
CRIAÇÃO DO SER HUMANO ESPIRITUAL, Gn 1.26,27.
Em
uma época completamente desconhecida, um passado deveras remoto, a Divindade
propôs a criação de um novo ser, preparado para desfrutar de comunhão com Deus
e pronto para servir como ministro seu aqui na terra, Gn 2.15.
Dinotos,
na tradução do Pentateuco, descreve primeiramente o homem espiritual: “E criou
a Santidade (Deus) o homem em sua alma. Em alma a Santidade criou-o, masculino
e feminino criou-Os”.
Notamos
que esta criação tem um sentido perfeito, duplo e espiritual. O homem e a
mulher deveriam viver unidos de um modo singular, a fim de crescerem e se
multiplicarem sobre a terra em uma geração santa, Ml 2.15.
Uma
pergunta que freqüentemente é feita indaga o seguinte: Se Deus sabia que o
homem iria pecar e sofrer as penas eternas, porque mesmo assim o criou?
Existem
duas grandes verdades bíblicas em conexão com este tema, a saber: 1. Em Sua
maravilhosa Presciência, Deus dantemão providenciou o plano da Redenção pela
morte do Cordeiro, antes mesmo da fundação do mundo, 1 Pe 1.19,20.
2.
Deus não lançou o homem em um destino implacável e cruel, nem deixou-o em
ignorância. O homem recebeu o conhecimento suficiente da parte de Deus quanto
ao seu futuro e sobre seu dever de obedecer, Gn 2.7.
III.
IMAGEM E SEMELHANÇA.
A
palavra imagem no original hebraico é TSELEM, a expressão da realidade. O homem
é uma expressão real, como Deus o é, Gn 3.22. Possui uma natureza triuna, pois
é constituído de corpo, alma e espírito, sendo assim um ser racional e
espiritual em um corpo físico, diferente dos animais e dos anjos, 1 Ts 5.23. A
natureza espiritual do homem se identifica por seu contato com Deus, 1 Co 2.11.
Por
seu espírito, o homem entra em contato com as coisas espirituais e por sua
alma, que é o homem interior o homem entra no mundo físico e se deleita tanto
nas coisas materiais como nas coisas de Deus, Rm 7.22. Assim, devemos nos
purificar de todas as coisas, 1 Co 7.1.
O
homem foi criado um ser perfeito, puro e maravilhoso, Ec 7.29; SI 139.14.
Nenhum outro ser foi criado igual ao homem, da própria imagem da realidade
divina. Daí se originou a rebelião de Lúcifer, em saber que o homem viria
ocupar um lugar de destaque na Terra, por ordem divina, Is 14.14,17; Ez
28.13-18.
Certo
cientista de renome afirmou: “Somente nos olhos do homem brilha a luz do
conhecimento de Deus”. Então, Satanás não deseja que essa luz resplandeça no
ser humano, II Co 4.4.
IV. A
BÊNÇÃO DA DIVINDADE, Gn 1.28.
Ao criar
o homem, Deus teve o cuidado de não abandoná-lo, pelo contrário, estendeu-lhe a
bênção que seria sua para sempre, não fosse a influência nefasta do pecado em
sua vida. Mesmo assim, os propósitos de Deus não mudam e em Cristo podemos
receber todas as bênçãos, Ef 1.3.
Deus
ordenou expressamente ao homem que dominasse sobre os mares, os ares e a terra.
Deus pôs assim os imites do governo humano. A ciência e a tecnologia hoje em
dia nos provam em verdade o homem tem podido dominar sobre os mares, tirar deles
fabulosas riquezas para sua sobrevivência e abrindo caminhos em todas as
direções do mundo.
Os
oceanos são atravessado em sua superfície e em suas partes mais profundas. Deus
estabeleceu que deveria ser assim. Ultimamente temos visto os esforços e as conquistas
do homem no campo da ciência, voltado para c mundo sideral. Tudo isto estava
previsto nas leis da criação SI 139. Os homens, porém, não têm dado graças a
Deus por to grandes conquistas.
As
riquezas da terra também estão sob o domínio do homem Is.11; 55.10. Adão deveria ter crescido
gradativamente nesse conhecimento divino, a fim de realizar a obra plena que
Deus par. ele havia proposto, v.16. Entretanto, isso falhou na vida de Adão O
plano de Deus, todavia, não falhou. Somos ricamente abençoados em Cristo e o
homem continua a ser alvo das atenções de Deus, que por Cristo lhe oferece o
próprio Céu, morada do Eterno, Jo 14.2.
V. A
FORMAÇÃO MATERIAL DO HOMEM, Gn 2.7.
A
palavra homem vem do grego anthropus e significa “o que olha para cima”. O homem,
como ser espiritual, está sempre com sua mente voltada para o ser que o criou,
embora não saiba defini-lo com precisão e assim vive entrando em caminhos
tortuosos, de mistificações religiosas.
A
expressão DO P0 DA TERRA, afirma um notável hebraísta, tem várias significações
no hebraico: barro, poeira, pólem, placenta ou fluido. Deus plasmou as forças
orgânicas extraídas da terra, e isso foi feito às ocultas, no seio da terra,
quando então os elementos orgânicos foram justapostos e adicionados devida- mente
pelas mãos do Criador, SI 139.15. Em verdade no corpo do homem se encontra
ferro, ouro, manganês, cálcio, ácidos etc.
Como
resultado dessa fusão de elementos da terra, Deus deu forma física ao homem,
esse ser que ocupa um lugar de importância no Universo de Deus.
VI. O
HOMEM TORNOU-SE SER VIVENTE, v,7
Eis
aqui o pomo da discórdia entre muitos estudantes da Bíblia.
Uns
entendem que o homem é igual a todos os animais. Realmente a Bíblia apresenta o
homem como verme, um insignificante bichinho. O próprio Jesus veio ao mundo em
corpo de fraqueza, Hb 10.35; SI 22.6.
A
alma vivente, ou um ser vivente é desde uma unicelular ameba ate uma gigantesca
baleia. Todos os que procuram se alimentar para sua sobrevivência. Neste
sentido, portanto, o homem é um ser vivente, todavia, com o sopro divino ele
adquiriu uma alma espiritual, o sentido da razão, espiritualidade e
personalidade.
O
primeiro Adão foi feito alma (ser) vivente; o último Adão, espírito
vivificante, 1 Co 15.45, em sua vitoriosa obra de redenção, Rm 1,3. O homem ‘é
uma alma vivente que busca sua sobrevivência por seus instintos próprios, mas
nele mora um ser espiritual identificado como alma. Os grandes tradutores da
Bíblia afirmam o reafirmam: O homem é uma obra da criação do próprio Deus e
riso um produto da evolução. Gn 1.27. Jesus Cristo confirmou essa verdade, Mt
19.4; Mc 10.6.
Nenhum
animal, por afeiçoado que seja revela evidência de religiosidade. Esse tipo de
consciência é privativo do homem. Existe um grande abismo entre os homens e os
animais. Graças a Deus.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 1º. Trimestre 1976 - CPAD
E
DEUS OS CRIOU HOMEM E MULHER
Texto Áureo = “E de um só
fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.” (At
17.26)
Verdade Prática = Deus
nos criou à sua imagem e semelhança, para que o amemos
e vivamos
para a sua glória.
LEITURA
BIBLICA = Gênesis 2:7,18-24
INTRODUÇÃO
Somente Deus pode verdadeiramente revelar
Deus. Esta revelação de si mesmo, tão necessária à salvação, encontra-se nas
Escrituras. Da mesma fonte deriva a opinião de Deus sobre o homem, que é a
opinião verdadeira, pois quem melhor pode conhecer o homem do que o seu
Criador? Nestes dias, quando as falsas filosofias representam de modo errado a
natureza humana, é de grande importância que conheçamos a verdade. Assim melhor
poderemos compreender também as doutrinas sobre o pecado, o juízo e a salvação,
as quais se baseiam no ponto de vista bíblico da natureza do homem.
I. A ORIGEM DO
HOMEM
1. Criação especial.
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma
criação especial, que significa que Deus fez cada criatura "segundo a sua
espécie". Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se
desenvolvessem e progredissem segundo as leis do seu ser. A distinção entre o
homem e as criaturas inferiores implica a declaração de que "Deus criou o
homem à sua imagem".
2. Evolução.
Em oposição à criação especial, surgiu e
teoria da evolução que ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em
uma só forma e que as espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior.
Por exemplo, o que outrora era caramujo transformou-se em peixe; o que era
peixe chegou a ser réptil; o que outrora era réptil tomou-se pássaro, e (para
encurtar a história) o que outrora era macaco evoluiu e tornou-se ser humano. A
teoria é a seguinte: em tempos muito remotos apareceram a matéria e a força —
mas como e quando, a ciência não o sabe. Dentro da matéria e da força surgiu
uma célula viva — mas de onde ela surgiu também ninguém sabe. Nessa célula
havia uma centelha de vida, da qual se originaram todas as coisas vivas, desde
o vegetal até ao homem, sendo este desenvolvimento controlado por leis
inerentes.
Essas leis, em conexão com o meio ambiente,
explicam a origem das diversas espécies que têm existido e que existem,
incluindo o homem. De maneira que, segundo essa teoria, houve uma ascensão
gradual e constante desde as formas inferiores devida às formas mais elevadas
até chegar ao homem. Que constitui uma espécie? Uma classe de plantas ou
animais que tenham propriedades e características comuns, e que se possam
propagar indefinidamente sem mudarem essas características, constitui espécie.
Uma espécie pode produzir uma variedade, isto é, uma ou mais plantas ou animais
isolados possuindo uma peculiaridade acentuada que não seja comum à espécie em
geral.
Por exemplo, um tipo especial de cavalo de
corrida pode ser produzido por processo especial; mas é sempre cavalo. Quando
se produz uma variedade e essa se perpetua por muitas gerações temos uma raça.
De maneira que na espécie canina (cão) temos
muitas raças que diferem consideravelmente uma das outras; porém, todas retêm
certas características que as marcam como pertencentes à família dos cães.
Ao lermos que Deus fez cada criatura segundo a
sua espécie, não dizemos que Deus as fez incapazes de se desenvolverem em
variedades novas; queremos dizer que ele criou cada espécie distinta e separada
e colocou uma barreira entre elas, de maneira que, por exemplo, um cavalo não
se deveria desenvolver de maneira que se transformasse em animal que não seja
cavalo.
Qual é a prova pela qual se conhece a
distinção entre as espécies? A prova é esta: se os animais podem cruzar-se, e
podem produzir uma descendência fértil por tempo indefinido, então são da mesma
espécie; de outra maneira, não o são. Por exemplo, sabe-se que os cavalos e os
jumentos são de diferentes espécies, e, embora do cruzamento da égua com o
jumento resulte a mula, esta não tem a capacidade de gerar outra mula, ou seja,
a espécie mula. Este fato constitui argumento contra a teoria da evolução, pois
mostra claramente que Deus colocou uma barreira entre as espécies para que uma
espécie não se transforme em outra.
Define-se a ciência da seguinte maneira:
"conhecimentos comprovados". Será a evolução um fato comprovado? A
teoria mais propagada da evolução é a de Darwin. Entretanto, poderíamos citar
os nomes de muitos cientistas eminentes que declaram que a teoria de Darwin já
caiu por faltas de provas. O Dr. Coppens escreve: Embora os cientistas hajam
trabalhado muitos anos pesquisando a terra e os mares, examinando os restos de
fósseis de um sem número de espécies de plantas e animais, e tenham aplicado
todo o gênio inventivo do homem para obter e perpetuar novas raças e
variedades, nunca conseguiram exibir uma prova decisiva de que a transformação
das espécies, pelo menos uma vez, tenha sucedido. Os animais de hoje são como
os que se vêem desenhados nas pirâmides ou mumificados nos túmulos do Egito.
São iguais àqueles que deixaram sua forma fóssil nas rochas.
Muitas espécies já foram extintas, outras
foram achadas das quais não se descobriu nenhum espécime muito antigo; mas não
se pode provar que qualquer espécie tenha evoluído de outra.
Há um abismo intransponível entre os
irracionais e o homem — entre a forma mais elevada de animal e a forma inferior
da vida humana. Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo, emprega linguagem
articulada, ou tem capacidade de conhecer as coisas espirituais. Mas todas
essas coisas encontram-se na forma inferior de vida humana. O macaco mais
inteligente não passa de um irracional; mas o espécime mais degradado do homem
continua sempre um ser humano. Os evolucionistas inventaram um tipo de criatura
pelo qual o macaco passou para o estágio humano. Esse é o tal "elo
perdido" que se chama"Pithecanthropuserectus". Onde está a
evidência? Há anos alguns ossos — dois dentes, um fêmur e uma parte de um
crânio — foramdescobertos na ilha de Java. Com um pouco de gesso reconstruíram
o que dizem ser o elo perdido que une os homens com a criação inferior! Outros
"elos" também se fabricaram da mesma maneira.
Mas o Dr. Etheridge, examinador do Museu
Britânico, disse: "Em todo este grande museu não há uma partícula de evidência
da transmutação das espécies. Este museu está cheio de provas da falsidade
dessas idéias." Nathan G. Moore escreveu o que podemos chamar um
"exame de advogado"sobre a teoria da evolução. Seu livro baseia-se
numaavaliação dos fatos expostos em algumas das obras cientificas mais recentes
escritas em favor dessa teoria. Sendo ele advogado e profissional nas leis da
evidência, seu testemunho é de valor prático.
O propósito desse escritor é "comparar os
fatos principais e submeter ao juízo do leitor ponderado o seguinte: primeiro,
se os fatos provam ou não a hipótese (uma explicação suposta) de que o homem é
produto da evolução em vez de ser criado; e, segundo, se existe ou não uma lei
ou conjunto de leis que possam explicar as evidências de modo natural. Depois
de um exame detalhado dos fatos, esse advogado chegou às seguintes conclusões:
A teoria da evolução não explica, nem ajuda a explicar, a origem do homem; nem
apresenta provas de que o homem tivesse evoluído de uma forma inferior, mesmo
fisicamente.
Essa teoria nem sequer sugere um método pelo
qual o homem tenha adquirido essas qualidades mais elevadas que o distinguem
das outras formas de vida. Outro advogado, Filipe Mauro, faz da seguinte
maneira um resumo das evidências apresentadas pelos proponentes da teoria da
evolução: Imaginem um litigante em juízo a quem cabe o ônus da prova. Ele
insiste em que sua declaração está certa e exige sentença favorável; mas não
apresenta provas que sustentem as suas alegações. Na verdade, toda a evidência
apresentada em juízo depõe contra ele.
Ele exige, todavia, que a decisão seja
favorável por causa das seguintes suposições: 1) que grande número de provas,
que já existiram (os "elos perdidos" etc.) foram totalmente
destruídas; 2) se essas provas pudessem ser reproduzidas agora, elas seriam a
seu favor! Tal é o estado absurdo de coisas em que a teoria da evolução se
encontra atualmente.
Os evolucionistas procuram unir o homem ao
irracional, mas Jesus Cristo veio ao mundo para unir o homem a Deus. Ele tomou
sobre si a nossa natureza para poder glorificá-la no seu destino celestial.
"Mas a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu
nome" (João 1:12).
Aqueles que participam de sua vida Divina
chegam a ser membros de uma nova e mais elevada raça — sim, filhos de Deus!
Porém, essa nova raça surgiu (o "homem
novo" Efés. 2:15), não porque a natureza humana evoluísse até à Divina,
mas porque a Divina penetrou na natureza humana. E àqueles que são
"participantes da natureza divina" (2 Ped. 1:4), João, o apóstolo,
diz: "Amados,agora somos filhos de Deus" (1 João 3:2).
II. A NATUREZA DO
HOMEM
1. A tri-unidade humana.
Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas
substâncias — a substância material, chamada corpo, e a substância imaterial,
chamada alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se retira o corpo morre.
Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de três substâncias —
espírito, alma e corpo; alguns estudantes da bíblia defendem essa opinião de
três partes da constituição humana versus doutrina de duas partes apenas,
adotada por outros. Ambas as opiniões são corretas quando bem compreendidas.
O espírito e a alma representam os dois lados
da substância não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a alma
representam os dois lados da natureza espiritual. Embora distintos, o espírito
e a alma são inseparáveis, são entrosados um no outro. Por estarem tão
interligados, as palavras "espírito" e "alma" muitas vezes
se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que em um trecho a substância
espiritual do homem se descreve como a alma (Mat. 10:28), e em outra passagem como
espírito (Tia. 2:26).
Embora muitas vezes os termos sejam usados
alternativamente, têm significados distintos. Por exemplo: "A alma" é
o homem como o vemos em relação a esta vida atual. As pessoas falecidas
descrevem-se como "almas" quando o escritor se refere à sua vida
anterior. (Apoc. 6:9, 10; 20:4.) "O espírito" é a descrição comum
daqueles que passaram para a outra vida. (Atos 23:9; 7:59; Heb. 12:23; Luc.
23:46; 1 Ped. 3:19.) Quando alguém for"arrebatado" temporariamente
fora do corpo (2 Cor. 12:2) se descreve como "estando no
espírito".(Apoc. 4:2; 17:3.) Sendo o homem "espírito", é capaz
de ter conhecimento de Deus e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem
conhecimento de si próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos,
conhecimento do mundo. — Scofield.
Habitando a carne humana, existe o espírito
dado por Deus em forma individual. (Num. 16:22; 27:16.) O Espírito foi formado
pelo Criador na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e
desenvolvimento. (Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida
humana; a alma possui e usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No
princípio Deus soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o homem "foi
feito alma vivente".
Assim a alma é um espírito encarnado, ou um
espírito humano que recebe expressão mediante o corpo. A combinação desses dois
elementos constitui o homem em "alma". A alma sobrevive à morteporque
o espírito a dota de energia; no entanto, a alma e o espírito são inseparáveis
porque o espírito está entrosado e confunde-se com a substância da alma. O
espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as demais coisas criadas.
é dotado de vida humana (e inteligência, Prov. 20:27; Jo 32:8) que se distingue
da vida dos irracionais. Os irracionais têm alma (Gên. 1:20, no original) mas
não têm espírito.
Em Ecl. 3:21 a referência trata aparentemente
do princípio de vida, tanto no homem como no irracional. Salomão registrou uma
pergunta que fez quando se afastou de Deus. Assim, dessemelhante dos homens, os
irracionais não podem conhecer as coisas de Deus (1 Cor. 2:11; 14:2;
Efés.1:17;4:23) e não podem ter relações pessoais e responsáveis com ele. (João
4:24.) O espírito do homem, quando se torna morada do Espírito de Deus (Rom.
8:16), é centro de adoração (João 4:23,24); de oração, cântico, bênção (1 Cor.
14:15), e de serviço (Rom. 1:9; Fil. 1:27). O espírito humano, representando a
natureza suprema do homem, rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o
espírito toma-se atributo de seu caráter.
Por exemplo, se o homem permitir que o orgulho
o domine, ele tem um "espírito altivo". (Prov. 16:18.) Conforme as
influências respectivas que o dominem, um homem pode ter um espírito perverso
(Isa. 19:14); um espírito rebelde (Sal. 106:33); um espírito impaciente (Prov.
14:29); um espírito perturbado (Gên.41:18); um espírito contrito e humilde(Isa.
57:15; Mat. 5:3). Pode estar sob um espírito de servidão (Rom. 8:15), ou ser
impelido pelo espírito de inveja (Num.5:14). Assim é que o homem deve guardar o
seu espírito (Mal. 2:15), dominar o seu espírito (Prov. 16:32), pelo
arrependimento tornar-se um novo espírito (Ezeq. 18:31) e confiar em Deus para
transformar o seu espírito (Ezeq. 11:19).
Quando as paixões vis exercerem o domínio e a
pessoa manifestar um espírito perverso, significa que a alma (a vida
egocêntrica ou vida natural) destronizou o espírito. O espírito lutou e perdeu.
O homem é vitima de seus sentimentos e apetites naturais; e é
"carnal". O espírito já não domina mais, e essa impotência se descreve
como um estado de morte. Dessa maneira há necessidade de receber um espírito
novo (Ezeq. 18:31; Sal. 51:10); e somente aquele que originalmente soprou no
corpo do homem o fôlego da vida poder soprar na alma do homem uma nova vida
espiritual — isto é, regenerá-lo. (João 3:8; 20:22; Gal. 3:10.) Quando assim
sucede, o espírito do homem novamente ocupa lugar de ascendência, e chega a ser
homem "espiritual".
Entretanto, o espírito não pode viver de si
mesmo, mas deve buscar a renovação constante mediante o Espírito de Deus.
3. A alma do homem.
(a) A natureza da alma. A alma é aquele
princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano, usando os
sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os
órgãos do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
Originalmente a alma veio a existir em
resultado do sopro sobrenatural de Deus. Podemos descrevê-la como espiritual e
vivente, porque opera por meio do corpo. No entanto, nãodevemos crer que a alma
seja parte de Deus, pois a alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de
Deus. (Zac. 12:1.)
Devem-se notar
quatro distinções:
1. A alma
distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas inanimadas e também
da vida inconsciente como a vegetal. Tanto os homens como os irracionais possuem
almas (em Gên. 1:20, a palavra "vida" é "alma" no
original). Poderíamos dizer que as plantas têm alma (no sentido de um princípio
de vida), mas não é uma alma consciente.
2. A alma do
homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que
vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21.) A alma do homem é de
qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano. Como "toda
carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma; existe alma humana e
existe alma dos irracionais. Evidentemente, os homens fazem o que os
irracionais não podem fazer, por muito inteligentes que sejam; a sua
inteligência é de instinto e não proveniente de razão.
Tanto os homens como os irracionais constroem
casas. Mas o homem progrediu, vindo a construir catedrais, escolas e
arranha-céus, enquanto os animais inferiores constroem suas casas hoje da mesma
maneira como as construíam quando Deus os criou. Os irracionais podem guinchar
(como o macaco), cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio); mas somente
o homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções cientificas. O
instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas somente o
homem pode conhecer e adorar a seu Criador.
Para melhor ainda ilustrar o lugar elevado que
ocupa o homem na escala da vida, vamos observar os quatro degraus da vida, que
se elevam em dignidade um sobre o outro, conforme a independência sobre a
matéria. Primeiro, a vida vegetal, que necessita de órgãos materiais para
assimilar o alimento; segundo, a vida sensível, que usa os órgãos para perceber
as coisas materiais e ter contato com elas; terceiro, a vida intelectual, que
percebe o significado das coisas pela lógica, e não meramente pelos sentidos;
quarto, a vida moral, que concerne à lei e à conduta.
Os animais são dotados de vida vegetativa e
sensível; o homem é dotado de vida vegetativa, sensível, intelectual e moral.
3. A alma
distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da individualidade. A palavra
"alma" é, portanto, usada freqüentemente no sentido de
"pessoa". Em Êxo. 1:5 "setenta almas" significa
"setenta pessoas". Em Rom.13:1 "cadaalma" significa
"cada pessoa". Atualmente dizemos, " não havia nem uma alma
presente", referindo-nos às pessoas.
4. A alma
distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas também das ordens
superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos dos homens. O homem tomou-se
um "ser vivente", quer dizer, a alma enche um corpo terreno sujeito
às condições terrenas. Os anjos se descrevem como espíritos (Heb. 1:14), porque
não estão sujeitos às condições ou limitações materiais. Por essa mesma razão
se descreve Deus como "Espírito". Mas os anjos são espíritos criados
e finitos, enquanto Deus é o Espírito eterno e infinito.
(b) A origem da
alma.
Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de Deus ter soprado
no homem o sopro de vida. Mas como chegaram a existir as almas desde esse
tempo? Os estudantes da Bíblia se dividem em dois grupos de idéiasdiferentes:
(1) Um grupo afirma que cada alma individual não vem proveniente dos pais, mas
sim pela criação Divina imediata. Citam as seguintes escrituras: Isa. 57:16;
Ecl. 12:7; Heb. 12:9; Zac. 12:1 (2).
Outros pensam que a alma é transmitida pelos
pais. Apontam o fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à
posteridade milita contra a criação divina de cada alma; também o fato de que
as características dos pais se transmitem à descendência. Citam as seguintes
passagens: João 1:13; 3:6; Rom. 5:12; 1 Cor.15:22; Efés. 2:3; Heb. 7:10.
A origem da alma pode explicar-se pela
cooperação tanto do Criador como dos pais. No princípio duma nova vida, a
Divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o
homem em cooperação com "o Pai dos espíritos". O poder de Deus domina
e permeia o mundo (Atos 17:28; Heb. 1:3) de maneira que todas as criaturas
venham a ter existência segundo as leis que ele ordenou.
Portanto, os processos normais da reprodução
humana põem em execução as leis da vida fazendo com que a alma nasça no mundo.
A origem de todas as formas de vida está
encoberta por um véu de mistérios (Ecl. 11:5; Sal. 139:13-16; Jo 10:8-12), e
esse fato deve servir de aviso contra a especulação sobre as coisas que estão além
dos limites das declarações bíblicas.
(c) Alma e corpo. A relação da
alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da seguinte maneira:
1. A alma é a
depositária da vida; ela figura em tudo que pertence ao sustento, ao risco, e à
perda da vida. É por isso que em muitos casos a palavra "alma" tem
sido traduzida "vida". (Vide Gên. 9:5; 1 Reis 19:3; 2:23; Prov. 7:23;
Êxo. 21:23,30; 30:12; Atos 15:26.) A vida é o entrosamento do corpo com a alma.
Quando a alma e o corpo se separam, o corpo não existe mais; o que resta é
apenas um grupo de partículas materiais num estado de rápida decomposição.
2. A alma permeia
e habita todas as partes do corpo e afeta mais ou menos diretamente todos os
seus membros. Este fato explica por que as Escrituras atribuem sentimentos ao
coração e aos rins (Sal. 73:21; Jo 16:13; Lam. 3:13; Prov. 23:16; Sal. 16:7;
Jer. 12:2; Jo. 38:36); às entranhas (File. 12; Jer. 4:19; Lam. 1:20; 2:11;
Cânt. dos Cânt. 5:4; Isa. 16:11); e ao ventre (Hab. 3:16; Jo20:23; 15:35; João
7:38).
Esta mesma verdade, de que a alma permeia o
corpo, explica porque em muitas passagens se descreve a alma executando atos
corporais. (Prov. 13:4; Isa. 32:6; Num. 21:4; Jer. 16:16; Gên.44:30; Ezeq.
23:17, 22, 28.) "As partes internas" ou "entranhas" é a
expressão que geralmente descreve o entrosamento da alma com o corpo. (Isa.
16:11; Sal. 51:6; Zac. 12:1; Isa. 26:9; 1 Reis 3:28.).
Essas passagens descrevem as partes internas
como o centro dos sentimentos, de experiência espiritual e de sabedoria. Mas
notemos que não é o tecido material que pensa e sente, e, sim a alma operando
por meio dos tecidos. Corretamente falando, não é o coração de carne, mas a
alma, por meio do coração, que sente.
3. Por meio do
corpo a alma recebe suas impressões do mundo exterior. Essas impressões
são percebidas por estes sentidos: vista, audição, paladar, olfato e tato, e
são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso. Por meio do cérebro a
alma elabora essas impressões pelos processos do intelecto, da razão, da
memória e da imaginação. A alma atua sobre essas impressões enviando ordens às
várias partes do corpo por via do cérebro e do sistema nervoso.
4. A alma
estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o instrumento da alma. O sentir, o
pensar, o exercer vontade e outros atos, são todos eles atividades da alma ou
do "eu". É o "eu" que vê e não somente os olhos; é o
"eu" que pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que
joga a bola e não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não
simplesmente a língua ou os membros. Quando um membro é ferido, a alma não pode
funcionar bem por meio dele; em caso de lesão cerebral pode resultar a
demência. A alma então passa a ser como um músicocom um instrumento danificado
ou quebrado.
(d) A alma e o
pecado. A
alma vive a sua vida natural através dos instintos, termo que vamos empregar
por falta de outro melhor. Esses instintos são forças motrizes da
personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para fazê-lo apto a uma
existência terrena (assim como o dotou de faculdades espirituais para
capacitá-lo a uma existência celestial). Chamamo-los instintos porque são
impulsos inatos, implantados na criatura a fim de capacitá-la a fazer
instintivamente o que é necessário para originar e preservar a vida natural.
Assim escreve o Dr. LeanderKeyser: "Se no
inicio de sua vida o infante humano não tivesse certos instintos, não poderia
sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico." Vamos considerar
os cinco instintos mais importantes.
"Deus ordenou que as criaturas inferiores
fossem governadas primeiramente pelos instintos, mas o homem foi elevado à
dignidade de possuir o dom de livre arbítrio e a razão, com os quais poderia
disciplinar-se a si mesmo e tornar-se árbitro do seu próprio destino. Como guia
para o regulamento das faculdades do homem, Deus impôs uma lei. O entendimento
do homem quanto a essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente
"com conhecimento".
Quando o homem deu ouvidos à lei, teve
aconsciência esclarecida; quando desobedeceu a Deus, sofreu, pois a consciência
o acusava. No relato da tentação (Gên. 3) lemos como o homem cedeu à concupiscência
dos olhos, à cobiça da carne, e à vaidade da vida. (1 João 2:16), e usou os
seus poderes de modo contrário à vontade de Deus.
A alma consciente e voluntariamente, usou o
corpo para pecar contra Deus. Essa combinação de alma pecaminosa e corpo humano
constituem o que se conhece como "o corpo do pecado" (Rom. 6:6), ou
"a carne"(Gál. 5:24). A inclinação e desejo da alma para usar o corpo
dessa maneira se descreve como a "mente carnal" (Rom. 8:7).
Visto que o homem pecou com o corpo, será
julgado segundo "o que fez por meio do corpo" (2 Cor. 5:10). Isso
envolve uma ressurreição. (João 5:28, 29.) Quando a "carne" é
condenada, a referência não é ao corpo material (o elemento material não pode
pecar), mas ao corpo usado pela alma pecadora. É a alma que peca. Ainda que a
língua do difamador fosse cortada o difamador seria o mesmo.
Amputam-se as mãos do larápio, mas de coração
ele ainda seria ladrão. Os impulsos pecaminosos da alma devem ser extirpados; é
essa a obra do Espírito Santo. (Vide Col. 3:5; Rom. 8:13.) "A carne"
pode ser definida como a soma total dos instintos do homem, não como vieram das
mãos do Criador, e, sim, como são na realidade, pervertidos e feitos anormais
pelo pecado. é a natureza humana na sua condição decaída, enfraquecida e
desorganizada pela herança racial derivada de Adão e debilitada e pervertida
por atos voluntários pecaminosos. Ela representa a natureza humana não
regenerada cujas fraquezasfreqüentemente se escusam com estas palavras:
"Afinal de contas a natureza humana é assim mesmo." é a aberração
desses instintos e faculdades dados por Deus que forma a base do pecado.
Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a
inveja, e a ira são aberrações do instinto da autopreservação. O roubo e a
cobiça são perversões do instinto de aquisição. "não furtarás" e
" não cobiçarás" querem dizer: "não perverterás o instinto de
aquisição.
A glutonaria é a perversão do instinto de
alimentação, portanto, é pecado. A impureza é perversão do instinto de
reprodução. A tirania, a arrogância, a injustiça e a implicância representam
abusos do instinto de domínio. Assim vemos que o pecado, fundamentalmente, é o
abuso ou a aberração das forças com que Deus nos dotou. Notemos quais as
conseqüências dessa perversão:
(1) a consciência culpada que diz ao homem que
desonrou a seuCriador, e avisa-o da pena terrível; (2) a perversão dos
instintosreage sobre a alma, debilitando a vontade, incitando e fortalecendo
hábitos maus, e criando deformações do caráter. Paulo fez um catálogo dos
sintomas desses "defeitos" da alma (uma palavra hebraica traduzida
"pecado" significa literalmente "tortuosidade" em Gál.
5:19-21). "Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a
fornicação, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades,
as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as
invejas, as bebedices, as orgias, e outras coisas semelhantes." Paulo
considerou tais coisas tão sérias que acrescenta as palavras, "os que tais
coisas praticam, não herdarão o reino de Deus".
Colocada sob o poder do pecado, a alma toma-se
"morta em delitos e pecados" (Efés. 2:1). Colocada entre o corpo e o
espírito, entre o mais elevado e o inferior, entre o terreno e o espiritual, a
alma fez uma escolha má. Mas da escolha não surgiu proveito, e, sim, perda
eterna (Mat. 16:26).
Foi feita a má "barganha" de Esaú —
a troca da bênção espiritual por uma coisa terrena e perecível. (Heb.12:16.) Ao
morrer, a alma ter que passar para o outro mundo, "manchada pela
carne". (Jud. 23.)
Felizmente existe um remédio — a cura dupla,
tanto para a culpa como para o poder do pecado, (1) Porque o pecado é uma
ofensa aDeus, é exigida uma expiação para remover a culpa e purificar a
consciência. A provisão do Evangelho é o sangue de Jesus Cristo.
(2) Visto que o pecado traz doença à alma e
desordem no ser humano, requere-se um poder curativo e corretivo. Esse poder é
justamente aquele provido pela operação interna do Espírito Santo que endireita
as coisas tortas da nossa natureza e põe em movimento certo as forças da nossa
vida. Os resultados (os frutos) são "amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança" (Gál. 5:22, 23).
Em outras palavras, O Espírito Santo faz-nos justos, palavra que no hebraico
significa "reto". O pecado é tortuosidade da alma; a justiça é sua
retidão.
(e) A alma e o
coração.
Tanto nas Escrituras, como na linguagem comum, a palavra "coração"
significa o centro mesmo duma coisa. (Deut. 4:11; Mat. 12:40 Êxo. 15:8; Sal.
46:2; Ezeq. 27:4,25,26,27.) O "coração" do homem é, portanto, o
verdadeiro centro da sua personalidade. É o centro da vida física.
Nas palavras do Dr. Beck: "O coração é a
primeira coisa a viver, e seu primeiro movimento é sinal seguro de vida; seu
silêncio é sinal positivo de morte." é também a fonte e o lugar onde se
encontramas correntes da vida espiritual e da alma. Podemos descrevê-lo como a
parte mais profunda do nosso ser, a "casa das máquinas", por assim
dizer, da personalidade, donde procedem os impulsos que determinam o caráter e
a conduta do homem.
1. O coração é
centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo. O amor, o ódio,
a determinação, a vontade e o gozo (Sal. 105:3) unem-se com o coração. O
coração sabe, compreende (1Reis 3:9), delibera, calcula; está disposto, é
dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas. Tudo o que impressiona a
alma se diz estar fixado, estabelecido, ou escrito no coração. O coração é o
depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta (Lu. 2:51). O coração é a
"fábrica", por assim dizer, em que se formam pensamentos e
propósitos, sejam bons ou maus. (Vide
Sal.14:1; Mat. 9:4; l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o
centro da vida emocional. Ao coração atribuem-se todos os graus de gozo, desde o prazer,
(Isa. 65:14) até ao êxtase e exultação (Atos 2:46); todos os graus de dor,
desde o descontentamento (Prov. 25:20) e a tristeza (Joao14:1) até ao
"ai" lacerante e esmagador (Sal. 109:22; Atos 21:13); todos os graus
de má vontade desde a provocação e ira (Prov. 23:17) até à cólera incontrolável
(Atos 7:54) e o desejo vingativo ardente (Deut. 19:6); todos os graus de temor
desde o tremor reverente (Jer. 32:40) até ao pavor (Deut. 28:28).
O coração derrete-se e se retorce em angústia
(Jos. 5:1); torna-se fraco pela depressão (Lev. 26:36); murcha sob o peso da
tristeza (Sal. 102:4); quebra-se e fica esmagado pela adversidade (Sal. 147:3),
é consumido por um ardor sagrado (Jer.20:9).
3. O coração é o
centro da vida moral. Concentrado no coração pode haver o amor de Deus (Sal. 73:26) ou
o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O coração é a"oficina" de tudo
quanto é bom ou mau nos pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.) É
onde se reúnem todos os impulsos bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro
bom ou ruim. Do que tiver em abundância ele fala e opera.(Mat. 12:34, 35.).
É o lugar onde originalmente foi escrita a lei
de Deus (Rom.2:15), e onde a mesma lei é renovada pela operação do Espírito
Santo. (Heb.8:10.) É sede da consciência (Heb. 10:22) e a ele atribuem-se todos
os testemunhos da consciência, (1 João 3:19-21.) Com o coração o homem crê
(Rom. 10:10) ou descrê (Heb. 3:12). É campo onde se semeia a Palavra divina
(Mat. 13:19).
Segundo as suas decisões,está sob a inspiração
de Deus (2 Cor. 8:16) ou de Satanás (João 13:2). É a morada de Cristo (Efés.
3:17) e do Espírito (2 Cor. 1:22); da paz de Deus (Col. 3:15). é o receptáculo
do amor de Deus (Rom. 5:5), o lugar da aurora celestial (2 Cor. 4:6), a câmara
da comunhão secreta com Deus (Efés.5:19). É uma grande profundidade misteriosa que
somente Deus pode sondar. (Jer. 17:9.) Foi em vista das imensas possibilidades
implícitas no coração do homem que Salomão proferiu esta admoestação:
"Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes
da vida" (Prov. 4:23).
(f) A alma e o
sangue.
"Porque a vida (literalmente "alma") da carne está no
sangue" (Lev. 17:11). As Escrituras ensinam que, tanto no homem como no
irracional, o sangue é a fonte e o depositário da vida física. (Lev.17:11;
3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên. 4:10; Heb. 12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10;
Jer. 2:34; Prov. 28:17.).
Vamos citar as palavras de Harvey, médico
inglês, descobridor da circulação do sangue: "é o primeiro órgão a viver e
o último a morrer; é a sede principal da alma. Ele vive e nutre-se de si mesmo,
e por nenhuma outra parte do corpo." Em Atos 17:26 e João 1:13 o sangue se
apresenta como a matéria original de onde surge o organismo humano.
Usando o coração como bomba, e o sangue como
meio da vida, a alma envia vitalidade e nutrição a todas as partes do corpo.O
lugar que a criatura ocupa na escala da vida determina o valor do seu
respectivo sangue. Primeiro vem o sangue dos animais; porém de valor maior é o
sangue do homem, porque o homem tem a imagem de Deus. (Gên. 9:6).
De estima especial é o sangue dos inocentes e
dos mártires. (Gên. 4:10; Mat. 23:35.) O mais precioso de todos é o sangue de
Cristo (1 Pedro 1:19; Heb. 9:12), de valor infinito por estar unido com a
Divindade.
Pelo plano benigno de Deus, o sangue tomou-se
o meio de expiação, quando aspergido sobre o altar de Deus. "Pelo que
vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas;
porquanto é o sangue que fará expiação pela alma" (Lev. 17:11).
4. O corpo humano.
Os filósofos pagãos falavam do corpo com
desprezo; consideravam-no um estorvo à alma, e almejavam o dia quando a alma
estaria livre das suas complicadas e enredosas roupagens. Mas as Escrituras em
toda parte tratam o corpo como obra de Deus, a ser apresentado a Deus(Rom.
12:1), usado para a gloria de Deus (1 Cor. 6:20). Por que,por exemplo, contém o
livro de Levítico tantas leis governando a vida física dos israelitas?
Para ensiná-los que o corpo, como instrumento
da alma, deve conservar-se forte e santo. É verdade que este corpo é terreno (1
Cor. 15:47) e como tal um corpo de humilhação (Fil. 3:21), sujeito às
enfermidades e à morte (1 Cor.15:53), de maneira que gememos por um corpo
celestial (2 Cor.5:2). Mas à vinda de Cristo, o mesmo poder que vivificou a
alma transformará o corpo, assim completando a redenção do homem. Eo penhor
dessa mudança é o Espírito que nele habita. (2Cor. 5:5;Rom. 8:11.)
III. A IMAGEM DE
DEUS NO HOMEM
"Façamos o homem … nossa imagem, conforme
a nossa semelhança." (Vide Gên. 5:1; 9:6; Ecl. 7:29; Atos 17:26,28,29;
1Cor. 11:7; 2 Cor. 3:18; 4:4; Efés. 4:24; Col. 1:15; 3:10; Tia. 3:9;Isa. 43:7;
Efés. 2:10.) O homem foi criado à semelhança de Deus,foi feito como Deus em
caráter e personalidade. E em todas as Escrituras o ideal e alvo exposto diante
do homem é o de ser semelhante a Deus. (Lev. 19:2; Mat. 5:45-48; Efés. 5:1.) E
ser como Deus significa ser como Cristo, que é a imagem do Deus invisível.
Consideremos alguns dos elementos que
constituem a imagem divina no homem:
A relação de Deus com as primeiras criaturas
viventes consistia em essas, de maneira inflexível, obedecerem aos instintos
implantados pelo Criador; mas a vida que inspirou ao homem foi resultado
verdadeiro da personalidade de Deus. O homem, na verdade, tem um corpo feito do
pó da terra, mas Deus soprou nas narinas o sopro da vida (Gên. 2:7); dessa
maneira dotou-o de uma natureza capaz de conhecer, amar e servir a Deus. Por
causa dessa imagem divina todos os homens são, por criação, filhos de Deus.
Mas, desde que essa imagem foi manchada pelo
pecado, os homens devem ser recriados ou nascidos de novo (Efés. 4:24) para que
sejam em realidade filhos de Deus.Um erudito da língua gregaaponta o fato de
uma das palavras gregas traduzidas por "homem"(anthropos) ser uma
combinação de palavras significando literalmente "aquele que olha para
cima".
O homem é criatura de oração, e há ocasião na
vida dos mais perversos quando eles invocam a algum Poder Supremo para
socorrê-los. O homem pode não entender a grandeza da sua dignidade, e assim se
tornar semelhante aos irracionais que perecem (Sal. 49:20), mas ele não é
irracional. Mesmo na sua degradação, o homem é testemunha da sua origem nobre,
pois o animal não pode degradar-se.
Por exemplo, ninguém pensaria em ordenar a um
tigre dizendo: "Sêtigre!" Ele sempre foi e sempre ser tigre! Mas a
ordem, "Sê homem",leva um verdadeiro significado àquele que se
degradou. Por mais que se tenha o homem degradado, ainda ele reconhece que deveria
estar em plano mais elevado.
2. Caráter moral.
O reconhecimento do bem e do mal pertence
somente ao homem. A um animal pode-se ensinar a não fazer certas coisas,mas é
porque essas coisas são contrárias à vontade do dono e não porque o animal
saiba que estas coisas são sempre corretas e outras sempre erradas. Em outras
palavras, os animais não possuem natureza religiosa ou moral; não são capazes
de ser instruídos nas verdades concernentes a Deus e à moralidade.
Assim escreve um grande naturalista: Concordo
plenamente com a opinião dos escritores que asseguram ser o sentido moral, ou
seja,a consciência, a mais importante de todas as diferenças entre o homem e os
animais inferiores. Esse sentido está resumido naquele curto mas imperioso
"deve", tão cheio de significação. É o mais nobre de todos os
atributos do homem.
3. Razão.
O animal é meramente uma criatura da natureza;
o homem é senhor da natureza. Ele é capaz de refletir sobre si próprio e
arrazoar a respeito das causas das coisas.
Pensem nas invenções maravilhosas que surgiram
da mente do homem — o relógio, o microscópio, o vapor, o telégrafo, o rádio, a
máquina de somar, e outras numerosas demais para se mencionar. Olhem a
civilização construída pelas diversas artes.
Considerem os livros que foram escritos, a
poesia e a música que foram compostas. E então adorem ao Criador por esse dom
maravilhoso da razão! A tragédia da história é esta: que o homem tem usado esse
dom para propósitos destrutivos, até mesmo para negar o Criador que o fez uma
criatura pensante.
4. Capacidade para a imortalidade.
A existência da árvore da vida no Jardim do
Éden indica que o homem nunca teria morrido se não tivesse desobedecido a
Deus.Cristo veio ao mundo para colocar a Alimento da Vida ao nosso alcance,
para que não pereçamos, mas vivamos para sempre.
5. Domínio sobre a terra.
O homem foi designado para ser a imagem de
Deus com respeito à soberania; e como ninguém pode ser monarca sem súditos e
sem reino, Deus deu-lhe tanto um "império" como um"povo".
Deus os abençoou, e lhes disse: "Frutificai, multiplicai-vos,enchei a
terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e
sobre todos os animais que se arrastam sobre aterra" (Gên. 2:28.Vide Sal.
8:5-8.) Em virtude dos poderes implícitos em ser o homem formado à imagem de
Deus, todos os seres viventes sobre a terra estavam entregues na sua mão.
Eledevia ser o representante visível de Deus em relação às criaturas que o
rodeavam.
O homem tem enchido a terra com as suas
produções. É um privilégio especial do homem subjugar o poder da natureza à sua
própria vontade. Ele, o homem, obrigou o relâmpago a ser o seu mensageiro, tem
circundado o globo, subido até às nuvens e penetrado as profundezas do mar. Ele
tem jogado as forças da natureza umas contra as outras, mandando os ventos
ajudá-lo em enfrentar o mar. Se é tão maravilhoso o domínio do homem sobre a
natureza externa e inanimada, mais maravilhoso ainda é o seu domínio sobre a
natureza animada.
Vejam o falcão treinado derribar a presa aos
pés do seu dono e voltar quando os grandes espaços o convidam à liberdade;
vejam o cão usar a sua velocidade a serviço do dono, tomar a presa que não será
sua;vejam o camelo transportar o homem através do deserto, sua própria
habitação. Todos eles mostram a capacidade criadora do homem e a sua semelhança
com Deus o Criador. A queda do homem resultou na perda e no desfigramento da
imagem divina.
Isto não quer dizer que os poderes mentais e
psíquicos (a alma)foram perdidos; mas que a inocência original e a integridade
moral,nas quais foi criado, foram perdidas por sua desobediência.
Portanto, o homem é absolutamente incapaz de
salvar-se a si mesmo e está sem esperança, a não ser por um ato de graça que
lhe restaure a imagem divina.Este assunto será tratado mais detalhadamente no
capítulo seguinte.
Comentário Conhecendo as Doutrinas da Bíblia =
MyerPerlman
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