COSMOVISÃO
MISSIONÁRIA
TEXTO ÁUREO
= “E desta
maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido
nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio.”
VERDADE
PRÁTICA
= Os crentes que foram alcançados pela graça e vivem pela fé, em Jesus Cristo,
precisam ter uma visão missionaria amorosa e abrangente.
LEITURA
BIBLICA = Romanos 15.20-29
INTRODUÇÃO
A
essência da Epístola está agora concluída, e restam apenas as seções finais de
explicação, saudação e encorajamento pessoal.
Godet
mostra como a conclusão se correlaciona com o prefácio de Paulo (1.1-5).1
Primeiro, o apóstolo se desculpa pela ousadia com a qual escreveu aos cristãos
romanos, lembrando-os de sua missão aos gentios (15.14-21). Isto corresponde a
1.14-15, onde ele se declara um “devedor” a todos os gentios, inclusive aos
romanos. Ele então explica o que o tem mantido no Oriente (15.22-33). Isto
completa o que ele disse em 1.11-13 sobre a impossibilidade de se por a caminho
de Roma mais cedo. As saudações pessoais de 16.1-23 correspondem ao
pronunciamento em 1.7: “A todos os que estais em Roma, amados de Deus”.
Finalmente, a doxologia (16.25-27) nos traz de volta para a afirmação de
abertura da carta, aquela do cumprimento do plano divino pelo evangelho que
havia sido “antes... prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras”
(1.1-2).
Justificativa de Paulo
Para as Suas Admoestações
Como em 1.8, Paulo começa com uma referência
ao bom relatório da igreja romana. Ele gentilmente se justifica pelo calor do
sentimento com o qual escreveu, especial mente na seção anterior. A sua
declaração de abertura e sensível. Eu
próprio, meusirmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais
cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos
outros
(14).
“Embora eu tenha às vezes falado de maneira muito forte, isto não significa que
eu não esteja ciente do zelo espiritual da vossa igreja”.Ele reconhece tanto a bondade de coração como a plenitude do conhecimento cristão deles.
O
apóstolo continua: Mas, irmãos, em parte
(apo merous, “sobre alguns
pontos”, NASB, RSV), vos escrevi mais
ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória (15). A NEB
traduz este texto do seguinte modo: “Tenho-vos escrito pararefrescar a vossa
memória, e às vezes um pouco ousadamente” (tendo em vista o fato de que a
igreja romana não havia sido fundada por ele).3“Paulo tinha escrito apenas sobrealguns pontos - como que dizendo:
‘Sei que há muito que vós poderíeis me ensinar acercada vida cristã’ [cf.
1.11-12] - isto indica a graça especial que lhe foi dada como o Apóstolo dos
Gentios, e que tanto exige dele como o qualifica a escrever” (cf. 1.5; 12.3).
Ele agora chama o seu trabalho de ministrar o
evangelho de serviço sacerdotal, no qual ele é o mediador do amor de Deus em
Cristo aos gentios, e aquele por meio de quem os gentios se oferecem como um
sacrifício a Deus (cf. 12.1). Ele fala de si mesmo como um ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de
Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito
Santo (16).
Três palavras gregas são empregadas como
termos sacrificiais. Na LXX, a palavra ministro
(leitourgon) é usada definitiva e tecnicamente em relação a um sacerdote;
naEpístola aos Hebreus, Cristo é descrito como “ministro [leitourgos] do santuário e do verdadeiro tabernáculo” (Hb 8.2). Ministrando (hierourgounta) tem o sentido de “ser o sacerdote sacrificial” do evangelho de Deus. Paulo é um sacerdote,
sua proclamação do evangelho, um serviço sacerdotal; seus convertidos gentios
são a oferta{heprosphora) que ele apresenta a Deus.
Observamos anteriormente que o sacerdote do
AT oferecia dois tipos gerais de sacrifício: 1) aqueles oferecidos para efetuar
a reconciliação dos pecadores com Deus (a oferta pelo pecado e a oferta pela
transgressão) e 2) aqueles oferecidos após a reconciliação para celebrar a
expiação (a oferta queimada e a oferta pacífica). Como um sacerdote sob a nova
aliança de Deus, Paulo ministrou o evangelho como 1) o mediador do amor
redentor de Deus em Cristo, pelo qual Deus reconcilia os homens pecadores
consigo mes mo (3.21-26; cf. 2 Co 5.18-21), e 2) como um chamado para os
homens redimidos se apresentarem a Deus “em sacrifício vivo, santo e agradável
a Deus, que é o... culto racional deles” (12.1; cf. 6.13). Como Godet observa,
estas correspondem às duas principais divisões de Romanos.
Santificada pelo
Espírito Santo é uma frase-chave.
“Houve alguns, sem dúvida,que sustentaram que os convertidos de Paulo eram
‘impuros’, pelo fato de não serem circuncidados. Para estes críticos, a
resposta de Paulo foi que seus convertidos eram ‘limpos’, porque foram
santificados pelo Espírito Santo que veio para habitar neles...
Semelhantemente, no
Concílio de Jerusalém, Pedro lembra aos seus companheiros crentes judeus como -
quando os gentios ouviram o evangelho - Deus lhes deu o Espírito Santo ‘assim
como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o
seu coração pela fé (Atos 15.8ss.).
A percepção desta grande verdade dá a Paulo
um orgulho e confiança adequados em seu ministério. De sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem
aDeus (17). As palavras em Jesus
Cristo amenizam a exaltação de Paulo (cf. G16.14). Sua glória não estava nele mesmo, mas em Cristo. Afrase: Porque não ousaria dizer coisa alguma, que
Cristo por mim não tenha feito (18), pode ser traduzida da seguinteforma:
“Porque eu não me aventuraria a falar de
coisa alguma, exceto do que Cristo fez pormim” (RSV). E o que era isto? Para obediência dos gentios, por palavra e
por obras;pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus
(18-19).8
O ministério apostólico de Paulo é aqui
atestado por milagres operados pelo poder do Espírito Santo. As palavras sinais e prodígios (semeia kaiterata) são empregadas ao
longo de todo o NT para expressar o que chamamos de milagres. Teras implica algo maravilhoso ou
extraordinário em si; semeion
representa o mesmo evento, mas visto como um sinal ou prova da mediação pela
qual ele é realizado, ou o propósito que ele pretende cumprir. No Evangelho de
João, os milagres de Jesus são vistos como sinais (semeia) da glória celestial.
Freqüentemente uma terceira palavra,dynameis, é acrescentada, para indicar
que estas obras são a manifestação de um poder mais do que natural. Aqui Paulo
varia a expressão dizendo que os feitos realizados em seu ministério foram
efetuados “pelo poder dos sinais e prodígios” (endynameisemeionkaiteraton). Este poder é posteriormente qualificado como a virtude do Espírito(endynameipneumatos).
“Não pode haver dúvida”, dizem Sanday e
Headlam, “de que nesta passagem Paulo assume que possui o poder apostólico de
operar o que é comumente chamado de milagre”. A narrativa histórica de Atos
apóia esta reivindicação (cf. Hb 2.3-4).
Devemos ter em mente que
o propósito de Paulo em toda esta seção é defender a sua reivindicação de uma
comissão divina como apóstolo para os gentios. Que sua missão foi poderosa e
efetiva é um fato que ninguém pode negar, e ele oferece o seu registro à igreja
romana como parte de suas credenciais. Ele considerou as províncias orientais
do Império Romano como seu território, excluindo os lugares onde outros
missionários cristãos trabalharam. Seu trabalho neste território está agora
terminado, visto que desde Jerusalém e
arredores até ao Ilíricoele havia
pregado exaustivamente o evangelho (peplerokenaitoeuangelion,“completou a
pregação do evangelho”, NEB) de Jesus
Cristo. O trabalho de Paulo no Oriente estava completo.
A
menção de Jerusalém como o ponto de
partida de seu ministério pode ser explicada pelo fato de ele considerar a
igreja-mãe como a base de todo o movimento cristão (cf. Lc24.47; At 1.4,8; 8.14; 9.22;
15.2). Ilíricorepresenta o ponto mais ocidental do seu ministério. Não há
menção desta província (que delimita o litoral oriental do Mar Adriático) em
Atos ou em qualquer uma das cartas de Paulo até este momento. Há motivo para
acreditar, porém, que ele tenha evangelizado o Ilírico durante a sua prolongada
estada em Efeso, em sua última viagem.
Há indicação de que ele cruzou a Macedônia no
verão ou no outono de 55d.C. (cf. 2Co2.12-13)
e passou os 15 ou 18 meses seguintes na Macedônia e
Acaia. Isto deve ter ocorrido durante o período em que ele viajou ao longo da
Via Egnatia em direção ao Ocidente até a fronteira do Ilírico, provavelmente
atravessando o Ilírico e pregando o evangelho ali. Parece não haver nenhum
outro ponto onde uma viagem ao Ilírico possa ser inserida em seu itinerário.
Dentro da área, porém, entre Jerusalém e o Ilírico, havia lugares onde ele não tinha pregado. Ele acreditava
que a sua comissão era pregar o evangelho onde Cristo não era conhecido, a fim
de não competir com outros missionários. E,
ele continua, portanto, desta maneira me
esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristohouvera sido nomeado, para
não edificar sobre fundamento alheio (20). Paulodescreve o seu trabalho em
outra passagem como colocando o “fundamento”, ou “colocando a pedra fundamental”
(1Co3.10).
Ele então descreve no
versículo 21 o objetivo de sua missão nas palavras de uma citação do AT: Antes,
como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado o verão, e os que não
ouviram o entenderão (Is 52.15, LXX). Paulo corretamente toma estas palavras
para aplicá-las à extensão do conhecimento do Servo Sofredor, a lugares onde o
seu Nome não foi mencionado. Isaías está falando da surpresa das nações e seus
reis quando vis sem a exaltação do Servo Sofredor que eles anteriormente
haviam desprezado.
Os Planos de Paulo, 15.22-33
Visto que Paulo concluiu o seu ministério no
Oriente, ele está agora pronto para ir a Roma. O leitor percebe que ele está
ciente de que a igreja romana pode sentir que a sua visita está muito atrasada,
e é por esta razão que ele toma as suas dores para mostrar-lhes por que não foi
antes. Pelo que (diokai, “Por essa razão”, NASB, NTLH) também muitas vezes tenho sido impedido de
ir ter convosco (22; cf. 1.13). A razão pela qual atéaquele momento Paulo
vinha sendo impedido de ir a Roma, não era tanto pelo temor de que ele poderia
edificar sobre o fundamento de outro homem, mas pela necessidade de “completar
a pregação do evangelho” (v. 19) em seu território anteriormente designado.
Mas, agora, que não
tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir
ter convosco (cf. 1.9-11), quando partir para a Espanha, irei ter
convosco (23-24). A. T. Robertson comenta a franqueza surpreendente de
Paulo. “Paulo está agora livre para ir a Roma, porque não há nenhuma
necessidade a ser suprida pelo apóstolo no local onde ele está”. Mas a sua
viagem será simplesmente uma escala em sua viagem para a Espanha.
Não havia necessidade de permanecer muito
tempo em Roma, visto que a igreja ali era forte e próspera; era a Espanha que o
estava chamando. A Espanha era uma província romana com muitos judeus, e Paulo
não ficaria satisfeito até que proclamasse a Cristo na margem ocidental do
império. Para usar as palavras de Wesley: a sua igreja era o mundo todo.
Pois espero que, de
passagem, ele continua, vos verei e que para lá seja encaminhado (propempthenaiekei,“ajudado em meu
caminho para lá”, NASB) por vós, depois
de ter gozado um pouco da vossa companhia.
Ele agora menciona uma outra razão que
causará algum atraso em sua visita a Roma, e em sua viagem missionária à
Espanha. Mas, agora, vou a Jerusalém
paraministrar aos santos (25). A frase
ministrar aos santos (diakonontoishagiois)
équase uma expressão técnica usada por Paulo para as contribuições feitas pelos
cristãos gentios à igreja em Jerusalém.12Os membros da igreja em Jerusalém são
os santosporexcelência (cf. 1 Co 16.1; 2 Co 9.12). Mas os convertidos de
Paulo e outros cristãos gentiosse tornaram “concidadãos dos santos” (Ef 2.19),
o povo santo de Deus. (Cf. 1.7, com comentários. Mais detalhes sobre a coleta
são encontrados em 1Co 16.1-4 e 2 Co 8-9. Foi uma tarefa à qual Paulo conferiu
grande importância).
Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia13(veja o mapa 1) fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém (26).
O verbo pareceu bem (eudokesan) implica que a contribuição
deles foi voluntária, e feita comsinceridade e boa vontade (cf. 10.1; 1Co 1.21;
G11.15). Desde o princípio parece haver um grupo bastante grande de santos
pobres na igreja de Jerusalém (cf. Atos 2.44-45, 4.34-35; 6.1-3; 11.27-30).
Parece que os cristãos de Jerusalém se referiam a si mesmos como “os pobres”
(cf. G12.10), e em anos posteriores os cristãos judeus foram conhecidos como
ebionitas (da forma heb. ebyonim,
“pobre”).
Paulo enfatiza a boa vontade com a qual a
contribuição foi feita, repetindo o verbo pareceu
bem (eudokesan), mas ele continua a salientar que em
outro sentido eles estavam apenas pagando uma dívida justa. Isto lhes pareceu bem, como devedores
quesão para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens
espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais (27). Espirituais (pneumatikos) e temporais[sarkikois) são termos paulinos
característicos (cf. 1 Co 9.11; 2 Co 10.4). ANASB traduz este texto da seguinte
forma: “Porque se os gentios compartilharam as suas coisas espirituais, eles
estão em dívida, e também devem lhes ministrar as coisas materiais”. O verbo ministrar (leitourgesai) possivelmente sugere que Paulo pensava nesta oferta
como uma extensão maior de seu serviço sacerdotal (cf. v. 16).
Em 2 Coríntios 9.12 ele chama a coleta de um
“serviço” (leitourgia), de onde
derivamos a palavra “liturgia”.
Ele agora retoma o seu
argumento e declara outra vez os seus planos de visitar Roma. Assim que, concluído isto, e havendo-lhes
consignado (sphragisamenos) este fruto, de lá, passando por vós, irei à
Espanha (28). Em vez de consignado
este fruto, na NEB lê-se: “e entregar os produtos sob o meu próprio selo”.
Paulo sugereque levando
a contribuição para Jerusalém e apresentando-a à igreja ali, ele coloca o seu
“selo” sobre ela (como um administrador colocaria o seu selo nos frutos
colhidos sob a sua direção). Ele iria assim mostrar que a contribuição era o
fruto de seu ministério entre os gentios. Bruce, no entanto, pensa que talvez
“não seja no próprio selo de Paulo que deva mos pensar, mas no selo do
Espírito; aqui está a confirmação conclusiva de sua obra entre os gentios”.
Paulo agora dá o seu
testemunho pessoal. E bem sei que, indo
ter convosco,chegarei com a plenitude da (pleromata) bênção do
evangelho de Cristo (29). Aspalavras do
evangelho (euangelioutou) estão
ausentes em todos os melhores manuscritos. Paulo está indo para Roma com a plenitude da bênção... de Cristo.
Ele estava consciente da plenitude do Espírito (cf. Ef 5.18); e, portanto,
poderia outorgar sobre os romanos um charisma
espiritual (cf. 1.11, com comentários).
A referência à sua visita a Jerusalém faz o
apóstolo lembrar dos perigos e ansiedades que esta viagem implica. Isto o leva
a concluir a seção com uma súplica fervorosa aos cristãos romanos para que se
unam em oração a seu favor. E rogo-vos,
irmãos, pornosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais
comigo nas vossas orações por mim a Deus, para que seja livre dos rebeldes que
estão na Judéia, e que esta minha administração, que em Jerusalém faço, seja
bem aceita pelos santos; a fim de que, pela vontade de Deus, chegue a vós com
alegria e possa recrear-me convosco (30-32). O seu apelo é baseado na
devoção comum ao Senhor Jesus Cristo e
ao amor do Espírito que os romanos
compartilham com Paulo. Otermo que ele emprega, combatais comigo, descreve a oração que é necessária. E “uma
intensa energia de oração, em luta”, uma indicação do risco que Paulo pensa
estar correndo quando vai a Jerusalém.
Paulo
não só estava preocupado acerca do tratamento que receberia dos judeus
descrentes, mas também tinha receio de como esta oferta seria aceita pela
igreja em Jerusalém. De fato, a igreja aparentemente recebeu a sua contribuição
com gratidão (At 21.17-20). No entanto, os seus temores quanto ao que os judeus
descrentes fariam se mostraram bem fundamentados. Por ordem de Tiago, Paulo foi
ao Templo e executou certos ritos judaicos tradicionais em um esforço para
desarmar o preconceito de seus companheiros judeus.
A
sua presença, porém, provocou um tumulto. Ele quase foi linchado, mas foi salvo
pela guarda romana (At 21.20-34). Por fim, ele foi enviado a Roma como um
prisioneiro.
“O curso da história, no entanto, conferiu um
tom profundo de ironia trágica a esta seção da carta. O homem que escreve a
Roma, cheio de planos de grande projeção, que está planejando visitar a capital
em seu trajeto a campos mais distantes em seus empreendimentos, foi levado a
Roma, desgastado pelos anos de prisão, acorrentado, com sua esperança
frustrada, e sua carreira ativa chegando ao fim”.16Portanto, no mistério da
providência o apóstolo foi, pela vontade
de Deus, a Roma. Esta seção termina com uma breve, mas característica,
bênção paulina: E o Deusde paz seja com
todos vós. Amém! (33).
Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Comentário
Bíblico Volume 08 - Romanos e 1 e 2
Corintios
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