4 de outubro de 2016

A PROVISÃO DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS


A PROVISÃO DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS

TEXTO ÁUREO = "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."(1 Jo 2.17)        

VERDADE PRATICA = A Igreja de Jesus Cristo é o farol para um mundo em trevas e decaído.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 16.1-15

INTRODUÇÃO

Porque Deus provê todas as coisas para quem tem fé. Inúmeras provas disto temos na historia e em todos os exemplos a provisão de Deus chegou no momento em que já não havia recursos humanos, pois Deus não quer que nos o subestimamos com duvidas e questionamentos sobre a Sua Soberania e Poder em realizar tudo muito mais daquilo que pensamos ou imaginamos Efésios 3:20.

I. PROVISÃO DIVINA EM UM MUNDO CAÓTICO

1. A provisão de Deus no deserto.É impressionante o quanto Deus proveu aos filhos de Israel, deste a saída do Egito até a Canaã, o povo só sabia murmurar e o Senhor só provendo Êxodo 14:14, deste o inicio foi assim, mas os murmuradores tiveram que pagar um preço alto porque não confiaram no Jeová-Jire. Números 20:12 e tomaram águas amargas Êxodo 15:20-27. E no deserto que Deus supre nossas necessidades.

A – Deus manda Água brotar na rocha - Êxodo 17:6;
B – Deus manda Maná (pão) - Êxodo 16:4;
C – Deus manda Codorna (carne) - Êxodo 16:12-13;
D – Deus manda Nuvem para dar sombra ao caminho de dia - Êxodo 13:21-22;
E – Deus manda Coluna de fogo para iluminar o caminho à noite - Êxodo 13:21-22;
F – Deus manda Abrir o Mar Vermelho - Êxodo 14:21-28;
G – Deus manda Abrir o Rio Jordão - Josué 4:7.

Nosso criador nos fez sabendo de todas as nossas necessidades e para cada uma Ele tem o recurso certo - Efésio 3:20 “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera”. Se quisermos ter a provisão para nossas necessidades na área espiritual, física ou emocional, devemos primeiramente colocar os seus problemas nas mãos do Senhor e buscar a solução de Deus com insistência, crendo que o Deus que operou milagres no passado é o mesmo que opera milagres no presente. As promessas do Senhor não falham. Mesmo que passem o céu e a terra, as Suas promessas não passarão. II Pedro 3:9, Mateus 24:35.

A provisão de Deus para Elias em Querite. VOCÊ JÁ TEVE ALGUMA SURPRESA COM DEUS? Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. O texto que lemos, Elias é enviado ao Rei Acabe para anunciar que iria começar um período de seca.  A Bíblia diz o seguinte de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (I Rs 16.30,31).

Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tendo uma mulher idólatra, Acabe serviu ao deus Baal e o adorou e conduziu a nação de Israel à idolatria: “Também Acabe fez um poste-ídolo de madeira e cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel.” 1Re 16.33.

Ao contrário do que muita gente pensa, depender de Deus não é uma tarefa fácil. É preciso ter fé. É preciso obediência. A trajetória de Elias nos ensina isto: ora bebendo água de um ribeiro e se alimentando de pão e carne trazidos pelos corvos (I Rs 17.1-6); ora sendo sustentado por uma pobre viúva (I Rs 17.8-16). Ele aprendeu a depender de Deus.

O PORQUÊ DA SECA. Disciplinar o rei e o povo de Israel. O contexto de 1Reis 17 e 18 nos mostra claramente que Deus, na sua soberania, determinou a seca sobre Israel para corrigir o rei e o povo da sua teimosa idolatria e para revelar que somente Deus é o provedor de todas as coisas, que só Ele é quem tem o domínio sobre a natureza que Ele mesmo criou.

Deus reteve a chuva durante três anos e meio (Lc4:25;Tg 5:17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. E esta forma punitiva usando a natureza fora prevista muito antes, à época de Moisés, caso o povo se desviasse dos caminhos do Senhor:“E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar o SENHOR, teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então, darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá” (Dt 11:13-17).

Revelar a divindade verdadeira. Outro motivo para a seca era o desafio de Deus contra as divindades sidônias Baal e Aserá. Essas "divindades" já eram conhecidas dos israelitas, mas foram importadas e oficializadas por Jezabel, esposa de Acabe. Os habitantes do Reino de Israel, que haviam se esquecido do Senhor, acreditavam que essas divindades "davam" a chuva e a colheita no tempo devido. Agora Deus mostraria seu poder retendo a chuva e permitindo que a fome fizesse os israelitas pensarem melhor na pessoa a quem sua fé era direcionada.

Por ocasião desse seca, Deus, através do seu profeta Elias, realizou alguns milagres. Elias multiplicou o alimento de uma viúva pobre e depois ressuscitou o filho dela. Após retornar de Sarepta, na Fenícia, onde foi sustentado por uma viúva, Elias fez descer fogo do céu com sua oração. Com isso, Elias mostrou ao povo e ao rei Acabe quem era o Deus verdadeiro em Israel.

Provisão pessoal. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e Baal, que atingiu o seu clímax no Monte Carmelo. Assim que a batalha foi consolidada, Elias recebeu ordens do Senhor paraque se isolasse junto ao ribeiro de Queirte - provavelmente situado na região de Gileade -, durante o período da seca; ali, Deus milagrosamente proveria seu alimento através dos meios mais improváveis (1Rs 17:3,5,6).

Querite representava para Elias um momento de anonimato – depois de desafiar o rei Acabe, Elias se tornou conhecido em todo o reino, e foi procurado exaustivamente por Jezabel em diversos lugares. A obediência de Elias o preservou em segurança das mãos de Jezabel nos anos de seca, e o preparou para os próximos desafios que iria enfrentar para que o povo retornasse aos caminhos do Senhor. Esse milagroso cuidado foi muito importante para o desenvolvimento da confiança de Elias em Deus, da qual ele necessitaria para o importante confronto com as forças de Baal e Aserá no futuro.

Deus é o garantidor do cumprimento da Sua Palavra. Certamente não foi fácil para Elias acatar a ordem divina de desafiar o próprio rei, mas, ao fazê-lo, Deus, que bem sabia os riscos que o profeta passava a correr, encarregou-se de providenciar ao profeta proteção e sustento, já que o juízo divino afetaria a própria subsistência do povo.

Deus passou a sustentar o profeta que, junto a um ribeiro, onde havia água necessária à sua sobrevivência, passou a ser alimentado por corvos, que lhe traziam pão e carne pela manhã e pela noite (1Rs 17:6). Como diz o apóstolo Paulo, “…Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, e Deus escolheu as coisas vis deste mundo e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são: para que nenhuma carne se glorie perante Ele” (1Co 1:27-29).

Como poderia Elias ser alimentado por corvos, animais que são conhecidos por serem decompositores, ou seja, que se alimentam daquilo que está apodrecendo, daquilo que está se desfazendo, e num momento em que passou a haver escassez de alimentos? Como ser alimentado por um animal tão asqueroso, tão repugnante? Entretanto, como disse o Senhor, havia sido dada uma ordem aos corvos para alimentar o profeta e, ante a ordem divina, não há como haver recusa. Elias, toda manhã e toda noite, era servido pelos corvos, que, pontualmente, cumpriam a ordem do Senhor. Deus, assim, mostrava, duas vezes ao dia, ao profeta que estava no controle de todas as coisas, que toda a natureza estava sob as Suas ordens. Glórias a Deus!

Quando o ribeiro secou. Deus, então, mandou que o profeta fosse para Sarepta, cidade pertencente aSidom, pois o Senhor havia ordenado a uma viúva que sustentasse o profeta (1Rs 17:9). Vemos, aqui, que Deus, depois de mostrar que tinha controle sobre a natureza, estava agora a mostrar ao profeta que também era o controlador da humanidade e das estruturas sociais. Além do mais, tratava-se de uma viúva e as viúvas, via de regra, eram pessoas necessitadas, que se encontram entre os mais desprovidos de recursos econômico-financeiros, que viviam da caridade pública. Entretanto, este Deus que escolhe as coisas loucas para confundir as sábias, fez com que o profeta passasse a ser sustentado, na terra de Sidom, por uma viúva miserável. Essa situação foi bastante pedagógica ao profeta. A cada instante, Elias aprendia o significado do seu próprio nome: “Javé é Deus”.

NEM os israelitas nem os egípcios jamais haviam visto algo assim. No Êxodo dos israelitas do Egito, uma coluna de nuvem pairava perto deles e ficava ali dia após dia. À noite ela se tornava uma coluna de fogo. Que espantoso! Mas de onde vinha? Qual era seu objetivo? E o que nós, uns 3.500 anos depois, podemos aprender de como Israel encarou “a coluna de fogo e de nuvem”? — Êxo. 14:24.


A Palavra de Deus revela a origem e o objetivo da coluna, declarando: “Jeová ia na frente deles, de dia numa coluna de nuvem, para guiá-los pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para dar-lhes luz, para irem de dia e de noite.” (Êxo. 13:21, 22) Jeová Deus usou a coluna de fogo e de nuvem para guiar seu povo na saída do Egito e depois no ermo. Eles deviam estar sempre prontos para segui-la. Quando as forças egípcias que perseguiam os israelitas estavam em vias de atacá-los, a coluna se posicionou entre um grupo e o outro, protegendo o povo de Deus. (Êxo. 14:19, 20) Embora a coluna não tenha indicado o rumo mais direto, segui-la era a única maneira de Israel chegar à Terra Prometida.

A presença da coluna garantia aos israelitas o apoio de Deus. Ela representava a Jeová, que, em certas ocasiões, falou de dentro dela. (Núm. 14:14; Sal. 99:7) Além disso, a nuvem identificava Moisés como o designado por Jeová para liderar a nação. (Êxo. 33:9) E o último registro da presença da nuvem confirmou que Jeová havia designado Josué como sucessor de Moisés. (Deut. 31:14, 15) Sem dúvida, o sucesso do Êxodo dependia de os israelitas verem as evidências da direção de Deus e a seguirem.

Ao verem a coluna pela primeira vez, os israelitas sem dúvida ficaram cheios de admiração. Mas, infelizmente, aquele contínuo milagre não bastou para incutir neles uma confiança permanente em Jeová. Em vez disso, várias vezes desafiaram a sua direção. Quando perseguidos pelo exército egípcio, eles não mostraram nenhuma confiança no poder de salvação de Jeová, chegando a acusar o servo de Deus, Moisés, de tê-los conduzido à morte. (Êxo. 14:10-12) Depois de seu livramento no mar Vermelho, eles murmuraram contra Moisés, Arão e Jeová por causa da suposta falta de alimentos e água. (Êxo. 15:22-24; 16:1-3; 17:1-3, 7) E, semanas depois, pressionaram Arão a fazer um bezerro de ouro. Imagine! Num ponto do acampamento os israelitas viam a coluna de fogo e de nuvem — a espetacular evidência da presença Daquele que os havia tirado do Egito —, mas, perto dali, começaram a adorar um ídolo sem vida, dizendo: “Este é o teu Deus, ó Israel, que te fez subir da terra do Egito.” Que “grandes atos de desrespeito”! — Êxo. 32:4; Nee. 9:18.

As rebeldias de Israel demonstraram um grande desrespeito à direção de Jeová. O problema não era sua visão física, mas sim seu conceito espiritual. Eles viam a coluna, mas perderam o apreço pelo seu significado. Embora suas ações causassem ‘pesar ao próprio Santo de Israel’, Jeová misericordiosamente não deixou de prover direção por meio da coluna até a chegada de Israel à Terra Prometida. — Sal. 78:40-42, 52-54; Nee. 9:19.

Como mostramos que prezamos a direção de Deus? O apóstolo Paulo disse: “Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos.” (Heb. 13:17) Talvez nem sempre seja fácil fazer isso. Para ilustrar: coloque-se no lugar de um israelita nos dias de Moisés. Imagine que, depois de você viajar por um bom tempo, a coluna de nuvem pare. Quanto tempo ficará parada? Um dia? Uma semana? Alguns meses? Você se pergunta: ‘Vale a pena abrir toda a bagagem?’ Primeiro, você talvez tire apenas o que mais precisa.

Mas, depois de alguns dias, cansado de revirar os seus pertences, você começa a retirar todos eles. Daí, depois de você já ter retirado e organizado quase tudo, a coluna se levanta — e é preciso arrumar tudo de novo para a viagem! Isso não seria muito fácil nem conveniente. Mesmo assim, os israelitas tinham de ‘partir logo’. — Núm. 9:17-22.

E nós, como reagimos quando recebemos instruções divinas? Procuramos aplicá-las “logo”? Ou continuamos a fazer as coisas como sempre fizemos? Estamos a par das instruções atualizadas, tais como a respeito de dirigir estudos bíblicos, pregar a estrangeiros no nosso território, participar regularmente na adoração em família, cooperar com as Comissões de Ligação com Hospitais e ter boa conduta nos congressos? Outro modo de mostrar apreço pela direção de Deus é aceitar conselhos. Diante de decisões de peso não confiamos na nossa própria sabedoria, mas buscamos a orientação de Jeová e de sua organização. E, assim como uma criança busca a proteção dos pais numa tempestade, nós buscamos proteção na organização de Jeová quando os problemas do mundo, como uma tormenta, nos afligem.

Os que tomam a dianteira na parte terrestre da organização de Deus obviamente não são perfeitos — como Moisés também não era. Mesmo assim, a coluna era uma evidência constante de que Moisés havia sido designado por Deus e tinha a aprovação divina. Note, também, que não cabia a cada israelita decidir quando devia partir. O povo agia “segundo a ordem de Jeová mediante Moisés”. (Núm. 9:23) Assim, provavelmente Moisés, que Deus usava para transmitir instruções, era quem dava o sinal para partir.

Quando Israel chegou à Terra Prometida, Josué disse: “Vós bem sabeis, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, que não falhou nem uma única de todas as boas palavras que Jeová, vosso Deus, vos falou. Todas elas se cumpriram para convosco.” (Jos. 23:14) O povo de Deus hoje sem falta também chegará ao prometido novo mundo. No entanto, se nós, individualmente, estaremos lá muito dependerá de nossa humildade em seguir a direção de Deus. Portanto, nunca deixemos de ver as evidências da direção de Jeová!

NOVO CENÁRIO MUNDIAL.

CRISE NO CENÁRIO MUNDIAL. A Bíblia não é apenas projetada para ajudar os homens a lidar com um mundo cheio de todos os tipos de crise. Ela também contém a Boa Nova do vindouro Reino de Deus.

Vivemos em uma era de crise contínua! O Oriente Médio ameaça explodir a qualquer momento. Embora a Guerra Fria já seja história, ainda existem muitas armas nucleares antigas. Os diplomatas e outros funcionários governamentais têm nos lembrado que a Rússia ainda possui cerca de vinte mil armas nucleares.

A propagação excessiva de armas de destruição em massa de grande porte é um problema de amplo conhecimento. Grupos terroristas, geralmente armados até os dentes com armas modernas, e que vivem segundo suas próprias leis, ameaçam a estabilidade de muitas nações.

O crescimento populacional, ainda fora de controle em muitas áreas do mundo, alargam seus recursos ao limite, e causam cada vez mais instabilidade global. Certa vez, uma revista publicou o seguinte: "Uma população mundial, em contínuo cresimento, está dilapidando muito os recursos do planeta, assim pondo em risco a sobrevivência da humanidade".

A poluição e outros problemas ameaçam sufocar os ecossistemas que mantém a vida na Terra. Outrora, um escritor advertiu: "O Oriente está destruindo o sistema ecológico do qual depende a vida econômica".

Um exemplo estarrecedor é a perda de dois terços da cobertura de floresta original da Terra. O ambientalista Francis Sullivan escreveu advertindo que "em uma geração estaremos enfrentando quase uma devastação completa das florestas nativas". As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores principalmente de ordem climática.

E, como tal, vivemos uma época ameaçadora, confusa e cheia de crise, onde um organismo secular—a Igreja—é chamado para fazer sua obra. Profundamente sensível aos seus deveres e responsabilidades de divulgar e ensinar a mensagem do verdadeiro evangelho (Mateus 24:14; 28:18-20),

Para milhões de pessoas, a Palavra de Deus se encontra em um território inexplorado e desconhecido. Contudo, a Bíblia não serve somente para ajudar os seres humanos num mundo submerso em diversas crises. Ela contém as boas novas da vinda do Reino de Deus—que mostram como Deus resolverá os inúmeros problemas de um mundo cada vez mais perto da catástrofe.

A unificação das duas Alemanhas; o desmantelamento do império soviético; o fim oficial da política do Apartheid na África do Sul; as disputas étnicas e territoriais em regiões como a Bósnia Ezergovina; o conflito entre judeus e árabes pelo reconhecimento de um Estado Palestino; a Guerra do Golfo, que, com o final da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, fez nascer um novo oponente para os americanos; a luta por reconhecimento por parte do povo e a democratização das antigas ditaduras latino-americanas são apenas alguns dos exemplos das mudanças que têm ocorrido no cenário mundial.

Com a formação de blocos de países, como o MCE - Mercado Comum Europeu (conhecido também como Unidade Europeia); o NAFTA - North American Free Trade Agreement, ou Acordo de Livre Comércio da América do norte e o MERCOSUL (do qual o Brasil é importante membro), entre outros, as relações entre os países deixaram de ser meramente bilaterais.

Elas passaram a fazer parte de um contexto muito maior, no qual a globalização de mercados é a principal prioridade. Em blocos, os países menos fragilizados diante de potências economicamente mais forte, e com maior poder de barganha" (AYRES, Antônio Tadeu. Reflexos da Globalização sobre a Igreja: Até que ponto as últimas tendências mundiais afetam o Corpo de Cristo? 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.20).

III. CARATERÍSTICA DO MUNDO ATUAL

Características Dos Nossos Dias.Estamos a viver num mundo desordenado e confuso, sem princípios morais claros e numa sociedade sem dirigentes fortes. Mais que nunca dantes, há necessidade de clareza em assuntos básicos como a identidade cultural (quem sou eu?), as normas morais (como devemos viver?), as ideologias políticas (qual é a política correta: capitalismo, socialismo ou pragmatismo?), e os valores religiosos (devemos aderir a uma das religiões tradicionais, ser agnósticos ou procurar experiências místicas segundo as tradições orientais?).

Toda a gente faz o que lhe apetece, o que faz dos membros da sociedade ovelhas tresmalhadas, sem pastor (Isaías 53:6). Salomão afirma justificadamente: “Há um caminho que parece ao homem estar certo, mas o seu fim é o caminho da morte” (Prov. 16:25). A Bíblia Viva diz: “Há uma estrada larga e agradável à frente de todo o homem, que lhe parece a correcta, mas que termina na morte”. A maior parte das pessoas descobre demasiado tarde ter estado a seguir a estrada errada.

Segue-se uma série de características importantes dos tempos em que vivemos:

Post-modernismo. A última década do século passado viu o avanço rápido em muitas partes do mundo do post-modernismo como filosofia e modo de vida. As consequências diretas desta ideologia são uma falta de objetivos claros na vida, estilos de vida egocêntricos nascidos de gostos pessoais, e diversas práticas espirituais resultantes de uma noção pragmática e subjetiva da religião. Todas as estruturas fixas e ideologias claras que constituíam a era moderna, incluindo a adesão da civilização cristã à Bíblia – responsáveis pelas constituições cristãs, pela educação cristã e pela promoção dos princípios cristãos na sociedade – foram abandonadas e lançadas pela borda fora. Foram substituídas por novas expressões culturais, em que cada pessoa escolhe o seu estilo de vida, que não é necessariamente baseado na Bíblia, nas normas sociais ou nas tradições de família. 

Um dos conceitos básicos do pos-modernismo é a “desconstrução”. Isto significa, quea velha ordem da sociedade deve ser desmantelada, pois já não é aceitável pela humanidade pos-moderna.No entanto, o problema é que a velha ordem não é substituída por qualquer sistema claramente definido. Todo o indivíduo tem completa liberdade para escolher o seu estilo de vida. Isto usualmente leva a um modelo eclético, em que cada um escolhe a sua própria combinação de instituições e costumes.

A nova maneira de pensar promove uma forma muito liberal de cristianismo, em que tudo se baseia no indivíduo e seus interesses seculares. O homem e os seus interesses são o foco central da sua religião. E então há aquelas pessoas que escolhem ser agnósticas, não acreditando em quaisquer fenómenos sobrenaturais. Outros ainda, adoptam um modo de pensar multi-religioso escolhendo a sua própria mistura de ideias. Tentam reconciliar aspectos das religiões africana e oriental com a Bíblia, a partir do princípio que todas adoram o mesmo Deus.

E outras áreas da vida adaptam-se também a este confuso estilo de pensamento. Não se respeitam as fronteiras culturais e os casamentos cristãos, e mesmo as realidades básicas de identidade biológica (macho e fêmea). O resultado destas últimas é que a homosexualidade é rampante na sociedade post-moderna.

Uma nova ordem mundial de unificação global está a nascer das ruinas da velha ordem, que está a ser completamente demolida. Tem as seguintes implicações importantes:

O nacionalismo é substituído pelo globalismo. É olhado como fora de uso, velha moda, de mente estreita e divisiva, uma pessoa associar-se a grupos culturais ou nacionais antiquados. Deve-se ter horizontes mais largos. A identidade nacional deve em primeiro lugar ser substituída por uma identidade regional, mais larga. As pessoas da Europa devem referir-se a si próprias como europeias e não como inglesas, francesas ou alemãs, etc.

Deve-se dar mais poder ao parlamento europeu e dar também preferência à moeda europeia e ao passaporte europeu. As fronteiras entre países devemgradualmente desaparecer, para dar lugar a um novo superestado. E do mesmo modo deve haver uma transição para maior unificação africana, americana, asiática e do Médio Oriente. O objetivo final deste processo é a união de todas as regiões num estado mundial, que unirá todos os países e regiões sob a autoridade de um governo global. País algum deverá ter o poder de se desviar ao nível local dos princípios e objetivos do emergente governo mundial.

A economia mundial deve ser controlada de um ponto central. Para se conseguir isto, deve haver em primeiro lugar um governo mundial com poderes executivos. Para um controle mais eficiente, deve haver um sistema de transferência de fundos sem dinheiro, também controlado de um ponto central. Tal sistema pode ser utilizado para controlar as transações e movimentos financeiros de todas as pessoas economicamenteativas. Desta maneira, a liberdade pessoal é severamente limitada. Já existe a tecnologia de computadores para a implementação deste sistema.

As diferenças entre as várias religiões devem ser reduzidas. Os adeptos da nova ordem mundial argumentam em geral, dever estabelecer-se entre todos os povos uma irmandade religiosa mística, para servir como base para outros tipos de unificação. O movimento inter-fés baseia-se nesta ideia. A sua ideia é que todas as religiões adoram o mesmo Deus e que assim podem aprender muito umas das outras para melhor compreender Deus.

A unidade cósmica como último objetivo. Vários grupos da Nova Era mantêm a ideia que a unidade cósmica é o objetivo final da nova ordem mundial. De acordo com eles, a razão de ser da consciência de grupo e estreiteza de vistas da humanidade resultam do facto de ainda não estar sintonizada para a mais larga esfera cósmica.O Movimento Nova Era ensina as pessoas a praticar a meditação transcendental e outras formas de contemplação para cultivar uma nova espiritualidade multi-religiosa e mística que, na sua opinião, promove sentimentos de unidade e paz.

A cultura deve ser determinada ecleticamente. A nova ordem mundial aceita a diversidade cultural no mundo, mas é contra a sua rígida observância, favorecendo uma mistura gradual de todas as culturas. As pessoas do Ocidente são encorajadas a suplementar o seu materialismo, pensamento frio e lógico e estilos de vida com a meditação oriental, para relaxamento físico e auto realização.

No pensamento pos-moderno é prática comum acrescentar a um estilo de vida capitalista elementos do Budismo, Hinduismo, religiões africanas, e outras tradições místicas –tudo conforme  o gosto de cada um. 

Os dias de Noé e de Ló. A Bíblia diz claramente, que o tempo do fim será como nos dias de Noé e de Lot (Lucas 17:26-30). O que é que caracterizou esses dias? “A maldade do homem era grande na Terra, e cada intento dos pensamentos do seu coração era continuamente mau… E Deus disse a Noé – fim de toda acarne chegou a Mim, porque a Terra está cheia da violência deles; e olhai, destruí-los-ei com a terra” (Genesis 6:6,13). No tempo de Ló, o pior mal na vida das pessoas era a sodomia: E eles chamaram Ló e disseram-lhe – onde estão os homens que vieram a ti esta noite?

Chama-os cá para fora para que possamos conhecê-los carnalmente.  E assim Ló dirigiu-se a eles … e disse lhes: “Por favor meus irmãos não façam essa maldade” (Génesis 19:5-7). A Bíblia Viva diz assim: “Os homens da cidade – sim, sodomitas, jovens e velhos de toda a cidade – rodearam a casa e gritaram a Ló – “Traz nosesses homens para os violentarmos. E Ló saiu de casa para lhes falar: Por favor – pediu-lhes – não façam tamanha vileza”.

Não são os dias de Noé e de Ló absolutamente típicos dos nossos dias? A grande maioria das pessoas é extremamente má e só pensa em coisas más. Enche o mundo de violência e de todas as concebíveis formas de crime, a tal ponto que uma pessoa pode descrevê-las como uma cultura global de pecado. A homosexualidade agressiva e sem vergonha constitui parte da humanidade moralmente depravada do tempo do fim. E isto é humanismo em toda a extensão. Os perpetradores da violência e da imoralidade conseguem também controlar os governos, permitem abertamente o mal e defendem os direitos de criminosos perigosos abolindo a pena de morte. Permitem até o casamento de sodomitas, fazendo assim uma palhaçada da instituição de Deus do casamento.

Nas sociedades malignas desta natureza não há respeito algum por Deus eSua Palavra. E é por isso que a autoridade suprema de Deus não é reconhecida nas constituições da maior parte dos países. A África do Sul é um dos muitos países que não reconhecem oficialmente nem seguem o Cristianismo nas estruturas governamentais. Por razões óbvias, as nações e comunidades deste género não ligam importância aos avisos de Deus sobre o julgamento.

Portanto, a ira divina cairá subitamentesobre elas. Nos dias de Noé eles “não deram ouvidos até que o dilúvio veio e os levou a todos, e assim será também na vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:39). O mundo atual encontra-se numa situação semelhante – não só devido à maldade das pessoas, mas também devido à sua ignorância quanto aos iminentes julgamentos de Deus.

Uma circunstância agravante para a humanidade do fim do tempo, é o facto que ela possui a Bíblia, que não só explica o caminho da salvação como também todos os resultados da persistente maldade daqueles que estão espiritualmente endurecidos. Por tal motivo, a humanidade vai trazer sobe si a sua quase extinção. O Senhor Jesus disse: “Então haverá grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até hoje, não, nem nunca mais haverá. E se esses dias não fossem encurtados, carne alguma seria salva” (Mateus 24:21-22).

Muitos anos antes de Cristo, Isaías profetizou sobre os mesmos julgamentos que vão cair sobre os maus do tempo do fim, causando grande destruição: “Vede, o Senhor faz a Terra vazia e desolada, altera-lhe a superfície e espalha os seus habitantes… a Terra ficará inteiramente vazia e despojada, porque o Senhor proferiu esta palavra… e será também ultrajada pelos seus moradores, porque eles transgrediram as leis, alteraram os acordos e quebraram o eterno concerto. Portanto a maldição devorará a Terra e os que nela habitam estarão desolados. Assim, os habitantes da Terra serão queimados e poucos homens ficarão” (Isaías 24:1,3, 5-6).

Uma outra semelhança entre os nossos dias e os dias de Noé e de Ló, é o facto que o Senhor garante primeiro a segurança dos justos antes de derramar os Seus julgamentos sobre os rebeldes.

Noé, Ló e as suas famílias não estavam destinados à ira do seu tempo e, pela mesma razão, os crentes de outras épocas também não estão marcados para a ira divina. Por certo que estamos a ser perseguidos por um mundo que está sob a influência do diabo, mas nunca somos julgados por Deus. Por isso o Senhor Jesus disse: “Vigiai pois, e orai para que possais ser contados dignos de escapar todas estas coisas que vão acontecer e comparecer perante o Filho do Homem” (Lucas 21:36). Achais que sois dignos de escapar aos julgamentos que estão para vir?

Dirigentes fracos e arrogantes. O tempo do fim não é só caracterizado por dirigentes incompetentes e fracos. Eles são também arrogantes por não notarem a Palavra de Deus e não procederem em conformidade. O pecado e a injustiça proliferam sob a sua égide e fazem o que querem. E no decurso do tempo tornam-se ditadores que pensam ser intocáveis – como pequenos deuses. E isso é exatamente o que o Anticristo vai fazer. Paulo afirma que ele é o “homem do pecado… o filho da perdição que se opõe e se exalta a si mesmo acima de tudo que é chamado Deus ou que é adorado, de maneira que se senta como Deus no templo de Deus, mostrando que é Deus” (2Tessal. 2:3-4). Ele é “o sem lei”, que, com arrogância, quebrará todas as leis de Deus (2Tess. 2:8).

Estes tiranos e seus vis seguidores serão derrubados e destronados por Deus durante a vindoura tribulação: “Olhai, o dia do Senhor chega, com furor eira ardente para assolar a terra e destruir os seus pecadores… Eu castigarei o mundo por causa do seu pecado e os rebeldes por causa da sua iniquidade; porei fim à arrogância dos orgulhosos e rebaixarei a altivez dos terríveis. Farei que um homem seja mais precioso que ouro fino” (Isaías 13:9-12).

Os dias de Noé e de Ló, bem assim como o tempo do fim não são só tempos de grande depravação moral e apostasia espiritual, mas também dias em que Deus intervém nas vidas da humanidade para salvar os justos e punir os iníquos. Em tais alturas os sujos tornam-se mais sujos e os que são santos tornam-se mais santos (Apoclipse22:11). Como seguidores do Senhor Jesus, é nosso dever sairmos de entre os que voltam para trás e os que facilmentecomprometem a Palavra de Deus. 

A igreja de Laodicéia. Uma característica muito comum dos nossos dias é a auto decepção entre as igrejas apóstatas. De uma maneira geral, as pessoas adoptam uma posição muito forte quanto aos seus próprios pontos de vista, quer sejam enganados quer não, e teimosamente justificam essa sua posição. O resultado é que menos pessoas possuem um espírito ensinável, não sendo assim fácil induzi las a mudar de ideias. A maior parte das pessoas justifica-se si própria espiritualmente, ou junta-se a igrejas de normas espirituais e morais baixas, onde os pastores declaram os membros como salvos, sem um testemunho claro de terem nascido de novo.

A igreja de Laodicéia do tempo do fim alimenta-se deste evangelho diluído de auto retidão. Gaba-se das suas próprias obras dizendo: “Sou rica, tenho muitos bens e nada me falta” (Apocal. 3:17). A sua riqueza evidencia-se nas largas receitas, nas igrejas grandes como catedrais, nos pastores altamente educados, em possuir milhares de membros, em gozar a alta estima da sociedade e na grande importância que dá ao clero e a rituais especiais. Todas estas coisas são tidas como prova da sua salvação e do favor que pensa gozar aos olhos de Deus. A igreja, em vez de apenas Jesus, é considerada o portal de entrada para o céu.

A palavra “Laodicéia” significa “direitos humanos” e é indicação de que esta igreja tem como foco principal as pessoas e seus direitos, em vez da glória de Deus e de um relacionamento vivo com Ele através do Espírito Santo. A sua dedicação à promoção dos direitos humanos é tão extrema e incondicional, que até se recusa a olhar a homosexualidade como pecado e abominação aos olhos de Deus. Os direitos políticos e as necessidades sócio económicas das pessoas são considerados tão importantes, que a igreja envolve-se facilmente em programas humanitários para melhorar as vidas seculares do povo, dando pouca ou nenhuma importância às necessidades espirituais da congregação.

O que é que o Senhor Jesus diz àcerca desta igreja enganada? “Não reconheces que és desgraçada, miserável, pobre, cega e nua” (Apocal. 3:17). Há apenas uma solução para este problema de uma forma morta de santidade que leva as pessoasa pensar erradamente que estão salvas: Devem arrepender-se, abrindo a porta dos seus corações ao Senhor Jesus. Êle diz: “Vede, Eu estou à porta e bato. Se qualquer ouvir a minha voz e abrir a porta, eu virei a si e jantarei com ele e ele Comigo” (Apocal. 3:20).

O reino agora. Os crentes enganados não possuem uma expectativa forte da nossa vida futura no céu e da revelação do reino de Cristo durante a Sua segunda vinda. Preferem um reino aqui, agora, em que podem gozar as bênçãos da riqueza, do domínio, da paz na Terra e da solução imediata de todos os seus problemas. É por isso que levam a cabo conferências transformadoras, para estabelecer tal reino e praticam também guerra estratégica espiritual para derrubar as fortalezas de Satanás na Terra. Eles não aceitam a realidade de sermos passageiros e peregrinos num mundo que está sob o domínio do Maligno, nem conseguem aceitar também o facto claramente citado que os cristãos estão destinados a ser perseguidos durante esta dispensação (João 15:18-20; 16:33; Atos 14:22; 2 Timóteo 2:3, 3:12; 1 Pedro 4:12-13).

Os dominionistasacreditam, que em resultado da sua fé e esforços o mundo vai tornar-se um lugar melhor até ao estabelecimento completo do reino. E não aceitam as profecias bíblicas que avisam que o mundo vai piorar no tempo do fim, e está a caminho da revelação do Anticristo como o homem do pecado (2Tessal. 2:3; 1 Tim. 4:1; 2 Tim. 3:1-5). Rejeitam o facto que haverá uma grande tribulação no final da presente dispensação (Veja Mat. 24:21-30; Lucas 21:25-27) e consequentemente rejeitam também a promessa do arrebatamento como escape da grande tribulação para os verdadeiros crentes (Lucas 21:36; 1 Tessal. 4:16-17). Na teologia do domínio, a humanidade e os seus interesses, como a paz e a prosperidade, são considerações de grande vulto. E a Palavra do Senhor é distorcida para se encaixar nessa expectativa.

Um outro Jesus. É característica do tempo do fim negar-se cada vez mais a divindade do Senhor Jesus Cristo. Muitas pessoas não acreditam que Ele é eterno, auto existente e um com o Pai e com o Espírito Santo na santa Trindade. Nega-se também o Seu nascimento virgem, apresentando-O assim como simples homem que apenas foi um grande profeta. Desta maneira Ele torna se mais aceitável não só pelos pecadores como também pelas outras religiões. Um tal “Jesus” pode até preencher o papel de Jesus universal de todas as fés, mas isso só acontece depois de O terem tão severamente degradado em posição, que lhes é possível apresentá-lo como seguidor de Maomé e personificação de Buda. Os pecadores apresentam-no em filmes blasfemos de Hollywood como Jesus Cristo Superestrela, A Última tentação de Cristo e Jesus de Montreal, simplesmente como outro típico pecador humano.

Há até muitos teólogos cristãos que negam a divindade e nascimento virgem de Jesus Cristo. Referem-se a Ele simplesmente como Jesus,como se lhes fosse um  simples igual e não como  Senhor Jesus, como os apóstolos quase sempre O trataram depois de receberem o Espírito Santo, e da Sua divindade lhes ter sido totalmente revelada. Para muita gente, Jesus é apenas o filho de José e de Maria. Não podem, sob a unção do Espírito Santo dirigir-se Lhe como “Meu Senhor e meu Deus”, como fizeram Tomé e outros (João 20:28).

Os dirigentes judeus tinham o mesmo problema e recusavam-se a reconhecer Jesus como Deus. Queriam apedrejá-LO por Se fazer igual a Deus: “Os judeus responderam-Lhe dizendo – não te apedrejamos por alguma obra boa, mas por blasfêmia, porque sendo tu homem fazes de Ti mesmo Deus” (João 10:33). Rejeitavam a origem celestial de Jesus e teimosamente recusavam-se a aceitá-LO como Filho de Deus ou Ele mesmo Deus, que é um com o Pai (João 10:30; 14:8-9). Viam-NO apenas como um ser humano nascido em Belém. Mas o Senhor Jesus apresentou Sê-lhes como o eterno EU SOU, dizendo-lhes: “Em verdade em verdade vos digo, que antes de Abraão existir EU SOU” (João 8:58). Era vitalmente importante confessar a sua divindade, pois ninguém pode ser salvo sem acreditar nesta grande verdade. Cristo disse-lhes: “Se não acreditardes que Eu sou ele, perecereis nos vossos pecados” (João 8:24).

A grande motivação por trás da campanha do tempo do fim contra a divindade do Senhor Jesus, é um processo pós-moderno de desconstrução, em que Ele é privado da Sua identidade bíblica e atributos divinos, num esforço para O substituir por outro “Jesus” também referido como ”O Cristo”, ou “o Professor do Mundo”. Os judeus tinham sido avisados há muito tempo contra este tipo de decepção, quando o Senhor Jesus lhes disse: “Eu vim em nome de Meu Pai e não me recebeis; mas se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis” (João 5:43).

Milhões de enganados entre os gentios vão fazer o mesmo. Vão também assinar um acordo com o falso messias (Daniel 9:27), segui-lo com espanto e adorá-lo (Apocal. 13:3-4). Vão aceitar completamente o impostor de Satanás, pensando que ele é o verdadeiro Cristo. Em primeiro lugar a imagem de Jesus tem de ser alterada e um falso relacionamento de irmãos entre as várias religiões estabelecido, antes das pessoas poderem ser enganadas e levadas a aceitar qualquer outra pessoa em lugar de Cristo, como o cristo cósmico de todas as fés. Neste processo, as populações não informadas vão ter uma grande ilusão e vão ser levadas a acreditar na mentira (2Tessal. 2:11), assinando umacordo com o falso cristo.

O que estamos a ver no mundo hoje em dia, é um processo intensivo de desconstrução para a transformação da imagem do Senhor de tal maneira, que Ele pode, - num sentido unitarista – ser apresentado como o Messias de todas as fés. Ele está a ser separado cada vez mais da cruz e do derramamento do Seu sangue para perdão do pecado. Ele é considerado no contexto do “pensamento positivo”, de que resulta a exclusão de todas as ideias tidas como “negativas”, como a Sua cruz e os julgamentos de Deus, como se não tivessem importância. Jesus é apenas apresentado como um pacifista, que veio para salvar a humanidade de problemas como a pobreza, a discriminação, a rejeição por outros e as divisões políticas. Para esta gente Ele veio para estabelecer uma nova ordem social, em que toda a gente pode viver feliz e em paz.

O facto chocante é que existem várias igrejas e grupos cristãos que andam a propagar “outro Jesus”, “outro evangelho”, e “outro espírito”, instigados pelo diabo (2 Cor. 11:2-4). Sem darem por isso, tornam-se percursores do ”outro Jesus” do tempo do fim – o Anticristo. Quando este impostor aparecer num cavalo branco de paz, para abençoar e unir o mundo, e para o salvartemporariamente de uma iminente guerra mundial, (Apocal. 6:2), virtualmente toda a gente o vai aceitar como “Cristo”, seguindo-o com temor: “Todo o mundo se maravilhou e seguiu a besta… e adoraram a besta” ( Apocal. 13:3-4).

As pessoas quealteraram a imagem do Senhor Jesus para estarem conforme  a imagem do Anticristo, não acreditam que um Anticristo em pessoa vai aparecer em cena. A sua perspectiva profética está totalmente distorcida, estando à espera de um reino terreno sob a direção do messias global de todas as fés – não compreendendo que ele será o Anticristo.

Os verdadeiros cristãos não podem participar na falsa representação do Senhor Jesus privando-O da Sua divindade e nascimento virgem, pois se o fizessem ficariam sem um Salvador do céu. Paulo diz que ele é “o nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:13). Pedro diz: que Jesus Cristo é “O nosso Deus e Salvador” (2 Pedro 1:1) enquanto que João refere  se a Ele como “O verdadeiro Deus e vida eterna” (1 João 5:20). Ainda mais, não podemos fazer silêncio sobre o grande significado da Sua crucificação. Juntamo-nos a Paulo que diz: “Resolvi não saber nada entre vós a não ser Jesus Cristo e Ele crucificado” (1 Cor. 2:2).

Pensamento sóbrio e singularidade de propósito. Se quisermos evitar ser enganados, devemos conhecer bem a Bíblia. Todas as afirmações devem ser verificadas à luz da Palavra de Deus. “Portanto, cingi os lombos da vossa mente, sede sóbrios e firmai a vossa esperança completamente na graça que vos vai ser dada na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:13). 

As profecias bíblicas sobre o tempo do fim ajudam-nos a compreender o que está a acontecer no mundo, de maneira a não andarmos na escuridão e sermos enganadospor Satanás: “Nós também  temos bem firme a palavra de profecia, a que fazeis bem dar atenção como luz que alumia em lugar escuro” (2 Pedro 1:19). Se caminharmos na luz da Palavra de Deus, não nos afastaremos para a direita ou para a esquerda do caminho estreito, prosperando ondequer que vamos (Josué 1:7).

Não confieis em príncipes ou tenteis agradar à família, aos amigos ou a colegas, mas sede seguidores fiéis do Senhor Jesus: “Não vos conformeis com este mundo (vil) mas transformai-vos pela renovação da  vossa mente, para que possais ver qual é essa boa, aceitável e perfeita vontade de Deus” (Rom. 12:2).

Lembremo-nos que temos um destino celestial, e que temos de dar conta das nossas vidas perante o trono do julgamento de Cristo (Rom.14:10-12). Se tivermos uma esperança forte na segunda vinda de Cristo, viveremos vidas santas (1ª de João 3:2-3). Se a nossa expectativa profética esmorece ou se extingue, corremos o risco de esquecer quem é o Senhor das nossas vidas. Tais pessoas tornam-se arrogantes e caiem em estilos de vida carnais: “Se esse servo mau disser no seu coração, o meu senhor está atrasado em chegar e começar a bater nos seus próprios servos e a comer e a beber com os bêbedos, o seu senhor chegará no dia em que não é esperado…e afastá-lo-á e o destinará com os hipócritas” (Mat. 24:48-51).

Estamos a viver num mundo onde a maioria das pessoas continua a rejeitar o Senhor Jesus e a Sua Palavra, preferindo agir à sua maneira (João 3:19). O grande desafio à nossa frente é não só esforçarmo-nos por entrar pela porta estreita (Lucas 13:23-24), mas também “pormos de lado toda a carga e o pecado que tão facilmente nos enreda (e) correr com constância a corrida  que está à nossa frente, olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé” (Hebreus 12:1-2).

As características malignas dos nossos dias não constituem desculpa para os cristãos baixarem o nível das suas normas conformando-se com o mundo. Infelizmente, alguns crentes expõem-sevoluntariamente ao mal, minando assim a sua própria fé. O Senhor Jesus disse: “Porque a iniquidade vai abundar, o amor de muitos arrefecerá” (Mat. 24:12). A Bíblia Viva diz: “O pecado será rampante em toda a parte e arrefecerá o amor de muitos”. Não deixemos que isso aconteça.

Uma sociedade relativista. O relativismo moral é a corrente de pensamento humanista que ensina a inexistência de normas, verdades e moral procedentes da vontade absoluta de DEUS. Esse pensamento anticristão está fundamentado em duas correntes seculares: no materialismo filosófico e no existencialismo defendido pelo pensador francês Jean Paul Sartre. Segundo a primeira corrente, a única realidade no Universo é o mundo físico e material; nada existe além deles. É ateísta, nega a realidade espiritual, a existência dos anjos, os milagres e a criação do homem e do Universo por DEUS. Por esta razão, não crê em qualquer princípio, verdade, moral ou ética proveniente de DEUS. Consequentemente, o materialismo promove o existencialismo, que por sua vez, é uma das principais concepções humanistas pós-modernas. Segundo esta teoria, o homem existe independente de qualquer ato divino, porquanto é responsável por aquilo que é, por seu destino, pelo seu domínio e pela sua existência.

Contudo, o cristão não apenas contesta essas duas filosofias seculares, como também reafirma que os princípios bíblicos são absolutos, imutáveis e universais.

Uma sociedade secularizada. Em nosso tempo as pessoas têm vivido para o mundo e seguindo os padrões do mundo. Essa maneira de viver, essa visão de mundo, recebe o nome de secularismo. A seguir há uma definição um pouco mais abrangente de secularismo.

[Secularismo é um…] modo de vida e de pensamento que é seguido sem referência a Deus ou à religião. A raiz latina saeculum referia-se a uma geração ou a uma era. “Secular” veio a significar “pertencente a esta era, mundana”. Em termos gerais, o secularismo envolver uma afirmação das realidades imanentes deste mundo, lado a lado com uma negação ou exclusão das realidades transcendentes do outro mundo. É uma cosmovisão e um estilo de vida que se inclina para o profano mais do que para o sagrado, o natural mais do que o sobrenatural. O secularismo é uma abordagem não religiosa da vida individual e social.1

Temos visto o colapso de estruturas tradicionais, principalmente a família e a igreja. A ciência tem influenciado cada vez mais o pensamento contemporâneo, causando também uma busca desenfreada por aquilo que a tecnologia oferece ao homem. Valores morais têm sido substituídos por desejos imorais, que cada vez mais são vistos pela sociedade em geral como coisas “naturais”.

Essa inclinação para o profano, em vez do sagrado, tem contaminado a igreja de um modo cada vez mais abrangente, enfraquecendo aquela que deve transmitir a mensagem da verdade. A própria verdade, de acordo com a cosmovisão secular, é relativa. O baluarte da verdade (1Tm 3.15) tem sido mortalmente afetado pela corrosão de um modo de vida e cosmovisão distantes de Deus. Vivemos “tempos difíceis” (2Tm 3.1). Nesta lição veremos alguns aspectos da secularização que têm atingido a igreja de modo mais agudo e a resposta bíblica contra essa maneira de viver e pensar.

Antropocentrismo. “(do grego anthropos, "humano"; e, kentron, "centro")” é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem, sendo que as demais espécies, bem como tudo mais, existem para servi-los. O antropocentrismo coloca o homem no centro do universo, postulando que tudo o que existe foi concebido e desenvolvido para a satisfação humana.

CONCLUSÃO

O conceito de milagre hoje é somente através do serviço profissional. As pessoas vivem sempre em dois extremos: o misticismo ou o racionalismo. Vivem doentes. Mas, quando os profissionais falham, querendo o Senhor, a vida volta a existir; a água volta a jorrar; o deserto a verdejar.
O Filho da viúva reviveu (1 Reis 17.21-23). O Senhor é o Deus da vida e não da morte. Jesus morreu, mas ressuscitou. A Palavra de Deus na boca do profeta era a verdade pura, verdadeira (1 Reis 17.24). Deus não pode mentir ou contradizer-se. Ele opera maravilhas no meio de seu povo.

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Setor 1 - Dourados – MS

Bibliografia





William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).

Nenhum comentário: