ADÃO O
PRIMEIRO HOMEM
Texto
Áureo
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre [...] toda a terra
[...].” Gn 1:26.
Verdade Prática
O homem não é um mero detalhe no Universo; o ser humano é a
obra-prima de Deus, o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.1-8
INTRODUÇÃO
A palavra homem é encontrada 2.615 vezes nas Escrituras, São
28 palavras hebraicas e gregas traduzidas como homem e têm o significado de
Adão, macho, marido, mortal, homem poderoso, ser humano.
1
- A criação do homem:
(1) O homem interior é criado Gn t26,27; 5.1,21.
(2) O corpo é formado do pó Gn 2.7; 3.19.
(3) Feito à imagem do próprio Deus. Heb. tselem, formato,
figura, forma corpórea Gn 1.26,27; 5.3; 9.6; Nm 33.52; 1 Sm 6.5,11; 2 Rs
11.18; 23.17; SI 73,20;Ez 7.20; 16.17:
23.14;Am 5.26.
(4) Feito à semelhança de Deus. Heb. demuwth, modelo, forma,
semelhança, similitude Gn 1.26; 5.1,3; Is 40.18: Es 1.5,10,13,16,22,28;
10.1,10, 21,22.
(5) O corpo é feito de uma forma maravilhosa SI 139.41.
Ele é formado por várias substâncias químicas — ferro,
açúcar, sal, carbono, iodo, fósforo, óxido de cálcio, cálcio e outras.
O corpo tem 263 ossos; 600 músculos; 1.650 km de veias; 400
papilas gustativas na língua; 20.000 pêlos nos ouvidos para as tonalidades dos
diferentes sons; 18 k de pressão na mandíbula; 10.000 nervos e terminações;
3.500 poros de suor para cada 2,5cm de pele; 20.000.000 de poros que absorvem o
alimento ao longo do intestino; 600.000.000 de células nos pulmões que inspiram
9.000, da ar diariamente; e um sistema nervoso que transmite ao cérebro
instantaneamente qualquer som, sabor, cheiro, toque ou visão, o coração bate
4.200 vezes por hora e bombeia 12 ton de sangue por dia.
(6) A alma do homem é a sede tias emoções, paixões, desejos,
apetites e sentimentos.
(7) O espírito do homem és sede do intelecto, da volição e
da consciência.
(8) O homem interior, composto de alma e espírito, é
eterno.1 Pedro 3.4.
(9 ) O homem foi feito um pouco menor do que os anjos SI
8.6; Hb 2.7.
(10) Ele foi criado sem pecado, mas capaz de pecar Gn 2.17;
Rm 5.12-21; 1Jo 3.4.
(11) Seu ser é constituído de três partes: corpo, alma e
espírito 1Ts 5.23; Hb 4.12.
(12) A sua carne é diferente de todas as outras criaturas ICo
15,39.
(13) Homens e mulheres estão representados no ser humano Gn
1.26-28; 5.3, Mt 19.4.
(14) As naturezas carnal e espiritual do homem são
claramente diferenciadas nas Escrituras, como segue:
a) A alma e o Espírito não são pó Gn 2.7.
b) O espírito sai do corpo na morte 2Sm 12.19- 23; 1 Rs
17.20-22; Jó 14,10; Ec 2.7; Lc 8.49-56; 16.22; 23.43; At 5.10; 2 Co 5.8;
12.3,4; Fp 1.21- 24; Hb 12.23; Tg 2.26; 2 Pe 1.13-15; Ap 6.9-11.
c) A alma e o espírito estão no corpo do homem, mas não
fazem parte da matéria (Jó 14,22; 32.8; Pv20.27; Zc 12.1; 1 Co 2.11: 7.34.
d) O corpo podo morrer, mas não a alma Mt10.28; Lc 12.5.
e) O espírito pode desejar fazer algo; a carne é impotente
para realizar (Mt 26.38-41).
f) A carne e o espírito devem, glorificar a Deus 1Co 6.20.
g) A carne e o espírito podem ser impuros ou santos 2Co 7.1.
h) O homem interior é eterno; o corpo, morta2Co4.16-18.
i) O homem interior continua em plena consciência após sair
do corpo Mt 10.28; 17.3; Lc 16.19-31: 20.38; Jo 11,25,26; At 2.27; Ef 3.15;
4.8-10; 2 Co 5.8;12.1-4;
Fp 1,21-24; Hb 2,14,15; 12.23; 1 Pe 3.4; Ap 6.9-11.
j) O espírito e a alma não são o sopro de vida Jó 34.14,15.
Para provar isso, tente substituir sopro por espírito e alma
nas Escrituras e veja como fica ridícula.
Faça esse exercício com Salmos 19.7:106.15; Lucas 12.19;
Atos 23.8,9; Romanos 2.29; 1 Coríntios 2.11; 5.5; 6.20; 2 Coríntios 7.1;
Gálatas 5.25; 1 Tessalonicenses 5.23; Hebreus 4.12; 10.38,39; Apocalipse
6.9-11.
k) A alma pode estar morta enquanto o corpo está vivo
Mt8.22; Ef 2.1-9:1 Tm 5.6; Ap 3.1.
L) A alma dos justos tem vida eterna mesmo depois que o
corpo morre Jo 3.16; 5.24; 6.47,53,63;11.25,26; 14.19.
m) A alma dos ímpios também continua consciente depois que o
corpo morre.
n) A ressurreição do corpo diz respeito aos corpos voltando
à vida, não às almas Dn 12.2; Jo 5.28,29:1 Co 15.35-54; Ap 20.11-15.
o) A alma dos justos vai para o céu após a morte 2Co 5.8; Ef
3.14,15; Fp 1.21-24; Efe 12.23; Ap 6.9-11.
O corpo vai para a sepultura Dn 12.2; Jo 5.28,29.
p) A alma dos ímpios vai para o inferno, e o corpo, para a
sepultura Is 14.9; Lc 16.19-31; Ap 20,11-15.
q) O corpo é a casa do homem interior Jó 4.19; 14.22; 32.8;
Zc 12,1; 1 Co 2.11; 2 Co 5.1-8; Fp
1.21-24; 2 Pe 1.13-1 5.
A alma e o espírito planejam; o corpo executa. O homem,
através de sou corpo, tem consciência material ou do mundo que o cerca, através
da alma, consciência de si mesmo, e através do espírito, consciência de Deus.
r) O homem tem um corpo, mas não é um corpo, tem uma alma,
mas não é uma alma; e tem um espírito, mas não é um ser espiritual 1Ts 5.23.
s) O homem tem vontade própria, o que o torna, em todos os
sentidos, um agente moral livre e um ser responsável Jo 3.16: 7.17; Rm 7.18;
1Co 7.36,37; 9.17; 2 Pd 1.21; Ap 22.17.
t) O corpo podo ser tirado e vestido 2Co 5,1-8; 2 Pe 1.14.
Para que isso aconteça, o homem interior precisa separar-se
do corpo.
u) A alma é imortal, 1Pd 3.41. O corpo, não.
II
- O homem sob provação:
1 -Recebe o domínio sobre a terra e outros planetas Gn
1.26-28; Sl 8.3-8; 72.8.
2 - Recebe a ordem de multiplicar-se e encher aterra Gn
1.26-28; cf. Gn9.1.
3 -Recebe a responsabilidade de cuidar do jardim e manter
fora todos os inimigos, Gn 2.15.
4 -Recebe plena liberdade, apenas com uma restrição Gn
2.16-17; 3.1-3.
III
- A Queda do homem (Gn3):
1 - O homem foi criado sem pecado, mas capaz de pecar ou
transgredir a lei - Gn 2.16,17; 1 Jo 3.4.
2 - Foi tentado por Satanás através da serpente - Gn 3.1-8:
2 Co 11.1-3.
3 -Eva foi enganada, não Adão - Gn 3.6; 1 Tm 2.14.
4 - O pecado foi um ato voluntário, mas instigado de fora
Fim 5.12-21.
Não havia pecado na natureza humana.
5 - O pecado veio pala negação da vontade divina e da
elevação da vontade humana acima da vontade de Deus De 2.16,17.
6 - O pecado veio pela incredulidade na Palavra de Deus Gn
2.16,17; 3.4-6.
7 - O pecado resultou da rebelião Contra a Palavra de Deus
Gn 2.16,17; 3.1-8.
IV
- Efeitos da queda. O homem se tornou:
1 - Separado de Deus Is 59.21. 2
- Depravado em sua natureza Ef 2.1-31.
3 - Ignorante e cego Ef 4.18. 4
- Mau em sua consciência Hb 10.22.
5 - Corrupto e enganoso no coração Jr 17,9; Mc 7.19-21.
6 - Obstinado e rebelde (At 7.51; Rm 8.7; Is 28.14).
7 - Mau em seus pensamentos (De 6.5). 8
- Lascivo e impuro Jo 8.44; Rm 7.5-23; 1Co 6.9; 015.19.
9 - Dominado por Satanás Jo 8.34,44; Ef 2.2; 110 3.8.
10 - Escravo do pecado Jo 8.34; Rm 1.18-32; 6. 16-23.
11 - Morto no pecado Ef 2.1-9.
12 -
Condenado ao inferno sem Deus nem esperança Sl 9.17; Mt 25.46; Rm 6,23; Ef 212;
Ap 14.9-11; 20.11-15.
13 - Destituído da glória de Deus Rm 3.23. 14 - Sujeito ao sofrimento
e à morte Gn 3.17- 19; Rm 8.21-23.
15 - Amaldiçoado por Deus para o trabalho pesado Gn 3,11-24.
16 - Mortal, imperfeito e fraco Jó 4.17-21; SI 39.4,5; 103.14,15; Mt
6.27; GI 6.3.
17 - Universalmente pecaminoso Rm 3.9-23. 18
- Pecador por nascimento e prática SI 51.5; Rm 5.12-21; Ef 2.1-3.
19 - Filho do Diabo (Mt 13.38; Jo 8.44; 1Jo 3.8- 10; 5.19.
20 - Sujeito a doenças, enfermidades, dores e todos os males da terra Êx
15.26; Dt 28.15-68; Jo 10.10; At 10.38; Ap 21.3-7; 22.3
V - A
CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA - Salmos 104.1-14
O mundo não foi criado por acaso. É obra
específica e planejada daquEle que é o autor de toda a criação: Deus. Aliás, ao
perguntarem a um rabino israelense "Onde estava Deus antes de Gn
1.1", o mesmo respondeu: "Deus estava em silêncio, planejando a
criação dos céus e da terra".
VI - DEUS, O CRIADOR:
(1) - Identificando o Criador - Antes de falar dos atos criativos do Senhor, é preciso conhecê-lo do
modo como a Bíblia O apresenta. Gênesis não começa com uma teoria, mas com o vocábulo
Deus - Gn 1.1 - Através da história da humanidade, os homens tem inventado
muitos deuses, e satanás, arquiinimigo do Criador, deseja tornar-se o
governador ou "deus" do Universo, a qualquer custo.
(2) - O Criador e a criação - A declaração de que há um Criador, o qual deu vida a todos os
seres vivos existentes na Terra, e também os elementos animados e inanimados,
desfaz completamente as teorias anticriacionistas da evolução. No
hebraico, o termo "BARAH" indica, de forma direta, que Deus é o Criador.
(3) - O Criador é o Senhor Onipotente - Entre os atributos de sua Onipotência, revela-se "o poder de
criar". A Abraão, o Senhor manifestou-se como "o Deus Todo-Poderoso"
(Gn 17.1). Vários textos na Bíblia declaram que "Deus fez a terra pelo
seu próprio poder"( Is 40.21-28; 42.5; 45.12-18; Jr 10.12; 27.5; 51.15).
VII - TEORIAS DA ORIGEM DA CRIAÇÃO:
(1) - A Teoria da Grande Explosão - A partir do estudo de Einstein, sobre a Teoria da Relatividade, outros
cientistas acreditam que o Universo era uma bola imensa de hidrogênio que se
expandiria indefinidamente e alcançaria distâncias quase infinitas. Eles
imaginam que, em algum tempo indecifrável, houve uma grande explosão desta bola
de hidrogênio.
Daí surgiram os mundos, as galáxia. Na
tentativa de definir as origens do Universo, procuram determinar a sua
idade, sugerindo a cifra de 12 bilhões de anos. De fato, esta teoria acredita
na eternidade da matéria, mas a Bíblia a refuta, quando declara que tudo em
algum tempo começou a existir.
(2) - A Teoria da Nebulosa Original - A ideia básica desta teoria é
que a matéria foi criada por Deus e está espalhada pelo Universo, em vários
sistemas planetários desconhecidos e, inclusive, o nosso, no qual se inclui a
Terra. Os cientistas, seus defensores, ensinam que o nosso planeta teria
surgido em estado gasoso de hidrogênio, e, como os gases ocupam muito mais
espaço que os sólidos, esta matéria original tomaria todo o espaço conhecido e
desconhecido.
(3) - A Teoria da Nebulosa Original
- Os adeptos desta
teoria ensinavam que havia, no princípio de tudo, uma substância original
indefinida e desconhecida, e dela surgiram os quatro elementos básicos: a
terra, o ar, o fogo e a água. Afirmam ainda que, de um destes componentes deve
ter-se originado a vida, ou então de todos eles.
(4) - A Teoria do Panteísmo - O Panteísmo declara que Deus e a Natureza são a mesma coisa e estão
inseparavelmente ligados. A ideia básica desta teoria é que o Senhor não cria
nada, mas tudo emana e faz parte dEle. Entretanto, a revelação bíblica não
aceita, de modo algum, este ensinamento, pois o Criador não é parte do
Universo, e, sim, este foi criado por Ele - Sl 8.
(5) - A Teoria Evolucionista - Esta teoria ensina que a matéria
é eterna e preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por
transformação gradual, os seres passaram a existir. Entretanto, a Bíblia
declara que Deus criou todas as coisas, isto é, tudo teve um começo. As provas
diretas da criação, além da Ciência, estão expostas na Bíblia em Gênesis 1.1.
(6) - A Teoria da Criação, a partir do nada - Esta é, talvez, a mais difundida,
ensinada e pregada no meio evangélico. Ela é conhecida pela expressão latina
"ex nihilo", pois declara que Deus criou tudo do nada, mediante o
poder da Sua Palavra. Utiliza-se como base, para a afirmação desta ideia, o
texto de Hb 11.3. Ora, entendemos que aquilo o qual não é aparente, não quer
dizer "do nada", mas pode referir-se a coisas imateriais. A expressão
"No princípio", de Gn 1.1, não se refere à "eternidade
passada", mas significa o ponto inicial do tempo como o conhecemos.
VIII - O MODO DIVINO DA CRIAÇÃO:
(1) - A criação foi um ato livre da parte de Deus - Existe um falso ensino de que a criação do mundo foi por uma necessidade
de Deus, uma autogênese divina, para fazer valer o seu Ser, como se Ele
precisasse auto-afirmar-se. Uma vez que se admite ter sido a criação feita do
nada, entende-se que nada preexiste à ação criadora do Senhor. A ideia de que
mundo aparece como algo necessário para Ele, acaba no panteísmo, o qual ensina
que tudo é Deus e o mundo não pode conceber-se sem o Criador, nem Ele sem o
Universo.
Mas Deus não criou o mundo por acaso ou por necessidade. O Universo
existe porque o Criador quer. Ele é para si mesmo sua própria riqueza e,
portanto, a criação partiu dele como uma graça especial. O Senhor é imune
de coação externa, pois não depende de nada, absolutamente, e, por isso, pode
criar livremente o que deseja, quando e como quer. Leiamos os salmos 115.3 e
135.6.
(2) - A criação foi um ato temporal de Deus - A expressão inicial
de Gn 1.1: "No princípio",
indica , dentro da eternidade, a questão do tempo. O termo hebraico
"bereshith" mostra, em seu sentido literal, que a palavra
"princípio" refere-se ao início da criação. "O tempo é apenas
uma das formas de toda a existência criada", como afirmou certo teólogo.
A declaração de que a criação foi um ato temporal, não significa restringir ou
confinar Deus ao tempo, porque Ele está fora de qualquer confinamento,
restrição física ou mesmo espiritual. Na verdade, a lição que aprendemos na
Bíblia é que o mundo teve começo ( Mt 19.4,5; Mc 10.6; Jo 1.1,2; Hb 1.10).
(3) - A criação foi um ato especial do Deus Triúno - A forma plural do nome
"ELOHIM" revela-nos, não só a transcendência do Criador, no sentido
de ir além, mas, acima de tudo, o sufixo "him" indica a pluralidade
composta da divindade, ou seja, as três pessoas da Trindade. Uma vez revelado o
trino Deus na declaração inicial de Gênesis, entende-se que Ele é o autor da
criação (Gn 1.1; Is 40.12; 44.24; 45.12). Nenhuma das pessoas da Trindade age
com poderes independentes, mas, sim, o Pai, o Filho e o Espírito são autores
independentes.
IX - O REORDENAMENTO DA
CRIAÇÃO:
No primeiro versículo de Gênesis, temos declarado o ato do Criador; no
segundo, observamos o Universo criado, antes de Deus dar-lhe forma e vida.
(1) - O estado original da Terra - O versículo 2 declara que "a terra era
sem forma e vazia". No original hebraico, aparece
como "tôhu" "wabôhu", e dá a ideia de um lugar ermo. O
autor descreve o nosso planeta em seu estado incompleto. Alguns teólogos
entendem este texto como uma referência ao ato da recriação, mas sem base
suficiente Bíblia para garantir esta ideia. Os que defendem esta teoria,
ensinam que entre Gênesis 1.1 e 1.2, houve um cataclismo geológico, provocado
pela queda de Satanás perante o Criador. Mas, parece-nos que a narrativa da
criação nada tem a ver com isso, pois trata-se de um relato dos atos criativos
de Deus, que eliminou o caos que envolvia a Terra, "sem forma e
vazia".
(2) - O Espírito Santo, a presença de equilíbrio no caos - Este processo de ordenamento do
caos tem a presença do Espírito de Deus que pairava sobre a face das
águas. Ele operava sobre a expansão dos mares como "ruach"
(hebraico), que significa "vento, hálito". Seu sopro produz energia e
vida criadora (Jó 33.4; Sl 104.30). O ato de "pairar" não
significa que o Espírito seja alguma coisa inerte mas, sim, move-se, agita as
águas. É algo vivo e energético, não evolutivo. O versículo 3, logo a seguir,
indica o próximo ato criativo de Deus, quando diz:" Haja...". Foi a
Palavra do Criador que trouxe ordem ao caos inicial.
X - OS SEIS DIAS DA CRIAÇÃO:
(1) - O primeiro dia: criação da LUZ (Gn 1.3-5) - Deus fez aparecer a
luz cósmica, pelo poder da Sua Palavra, quando disse: "Haja luz, e houve
luz". Ele trouxe à existência as coisas não vistas. O mundo estava debaixo
da escuridão total, mas o Criador fez surgir a luz, mesmo antes de aparecer o
sol. O ato de ordenar que houvesse luz, não significa que ela não existisse
antes, mas que Deus fez surgir no primeiro dia. Em Gn 1.4 lemos: "fez Deus
separação entre a luz e as trevas". Havia, de fato, uma densa acumulação
de neblina e vapor, os quais envolvia a
Terra, e, por isso, existia uma total escuridão.
Quando surgiu a luz, as trevas foram vencidas pelo poder da claridade
que se espalhou sobre a expansão das águas. Em Gn 1.5, a luz foi chamada
"dia" e as trevas "noite".
(2) - O segundo dia: criação
do FIRMAMENTO - Gn 1.6-8 - Deus fez surgir o firmamento
ou "expansão", referindo-se à separação das águas atmosféricas das
terrestres. Entende-se que uma vasta cortina líquida e nebulosa cobria a Terra
e impedia que a luz que a luz solar a vencesse. Ela submetia o planeta a um
juízo de trevas impenetráveis. Era uma massa de água atmosférica que se
condensava com o vapor da terra. Mas Deus estabeleceu a separação das águas
"debaixo da expansão" que se evaporaram, para formarem nuvens e se
transformarem em águas potáveis.
(3) - O terceiro dia: a
criação da TERRA, MAR E PLANTAS - Gn 1.9-13 - No terceiro dia da criação, o Criador, depois da separação das águas,
ordenou que "aparecesse a porção seca", que é a parte sólida deste
planeta. a Terra. Alguns geólogos acreditam que, originalmente, "a porção
seca" de Gn 1.9, fosse um só continente. As especulações acerca deste
assunto são muitas, mas nenhuma é sustentável. A grande verdade é que a parte
seca, hoje, disposta no planeta em cinco continentes, existe, e foi capacitada
para produzir toda a vegetação em forma de ervas variadas que dão sementes e
árvores frutíferas. Estes elementos vitais de vegetação seriam os produtores de
alimentos para a sobrevivência dos seres vivos.
(4) - O quarto dia: criação do
SOL, LUA e ESTRELAS - Gn 1.14-19 - Não há contradição entre
o relato do primeiro e quarto dias, quando ambos os textos falam relativos ao
aparecimento da luz. A diferença é que no primeiro dia (Gn 1.3-5), Deus ordenou
o surgimento da luz, e, no quarto dia (Gn 1.14-19), Deus organiza o sistema
solar. Neste dia surgem o Sol, a Lua e os Astros Celestes. Na linguagem
hebraica, os nomes sol e lua são omitidos propositadamente por Moisés, que
prefere denominá-los como dois luminares.
É interessante que eles surgiram para vencerem o caos terrestre e
contribuírem para a produção e preservação da vida sobre a Terra. Tudo está
pronto para a sobrevivência animal. Há água potável, comida e ciclos das
estações. No verso 14, começa, de fato, a contagem de tempo, pois os liminares
surgidos no firmamento celeste, Sol e Lua, fazem diferença entre o dia e a
noite.
(5) - O quinto dia: criação da
VIDA MARINHA e das AVES - Gn 1.20-23 - As águas, separadas em doces e salgadas, tem vida. A ordem divina no
verso 20 é: "produzam as águas abundantemente répteis de alma
vivente". Esta primeira ordem inclui todos os animais aquáticos, marinhos
e todas as espécie de aves. O texto fala de "enxames de seres
viventes" nas águas e sobre a terra. Deus lançou a Sua bênção sobre estes
seres viventes e ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem (Gn 1.22).
Está escrito, no verso 23, que "houve tarde e manhã". Esta escritura
tem gerado polêmica entre os estudiosos. Alguns intérpretes ensinam que a
referência aqui é a um dia de Deus e não ao comum, limitado por minutos e
horas. Entendem que o começo de cada ato da criação é chamada manhã, e a
conclusão deste específico ato divino é chamado "tarde".
(6) - O sexto dia: criação da
vida animal e a humana - Gn 1.24-26 - Percebe-se, neste dia, que Deus criou três tipos de seres:
"gado", um tipo de animais mansos, os quais pastam e andam juntos;
"répteis", que rastejam como as serpentes e outros invertebrados; "feras", aparecem por último no versículo, e referem-se aos
animais selváticos: leões, tigres e outros carnívoros. No verso 25, afirma-se
que Deus criou estes animais, cada qual segundo a sua espécie.
Ora, aprendemos
nestes versículos que todos os seres vivos, tanto no mundo animal como no
vegetal, foram feitos de acordo com o seu gênero e espécie e com a capacidade
de reproduzir-se por gerações sem fim. Deste modo, podemos testemunhar que as
diferentes famílias de animais e plantas, conservam-se , desde sua criação, até
aos dias de hoje.
Porém, o homem é a obra prima do Criador. Ele é a coroa da criação,
conforme está relatado em Gn 1.26. Deus desejava criar um ser distinto de todas
as demais criatura terrenas; alguém que tivesse personalidade, vontade,
sentimentos, e fosse capaz de representá-Lo sobre a Terra. Por esta razão, o
Senhor criou o homem "à Sua imagem e semelhança".
XI - VERDADES FUNDAMENTAIS DA
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO:
A história da criação tem seu fundamento na
revelação de Deus ao homem. Por causa do pecado, o ser humano se tornou vítima
do engano e da mentira de satanás. As teorias levantadas por mentes incrédulas
e perniciosas procuram ofuscar o fato da criação. O relato bíblico não se
baseia em, mas em fatos revelados pelo próprio Deus. Por isso, algumas verdades
fundamentais acerca da criação precisam ser ensinadas e não meramente
informadas.
(1) -
Houve um propósito divino na criação - As Escrituras revelam que a criação do mundo não
foi obra do acaso. Deus o criou com os seguintes propósitos:
(A) - PARA SUA GLÓRIA - Sl 19.1; Is 43.7; 60.21;
61.3; Lc 2.14.
(B) - PARA SATISFAÇÃO DA SUA VONTADE - Ef 1.5-6, 9;
Apc 4.11.
(C) - PARA HONRA PESSOAL DE JESUS CRISTO, SEU FILHO
- Cl 1.16; Hb 2.10.
(2) -
Houve e há um fim na criação: O próprio Deus Criador - Qual a
finalidade de Deus ter criado o mundo? A resposta está no fato de que a
criatura não existe por si própria, a não ser pelo ato criador de Deus. Ele não
depende da criatura, mas esta precisa dEle. Portanto, seu destino
submete-se ao que o seu Criador
dispuser. Então, interroga-se: - "Por que Deus criou todas as coisas? Por
que existe o mundo? O homem?" Estas perguntas tem uma única resposta: Deus
criou tudo, porque é livre para criar, e Seu propósito baseia-se no fato da
eterna bondade que Ele manifesta para Sua criação.
Ao criar o mundo, não significa que Ele precisasse
de alguma coisa para Si, já que Ele possui tudo (Jó 22.1-3). Ele criou todas as
coisas para a Sua glória - Sl 18.2-5; Is 6.3; I Cor 6.20.
XII - DE
QUANTAS HORAS FORAM OS DIAS DA CRIAÇÃO:
Há uma curiosa expressão que, por vezes, é
questionada pelos estudantes da Bíblia: - "E houve tarde e manhã" (Gn
1.5, 8, 13, 19, 23, 31). Em todos esses versículos, a encontramos no final de
cada ato criativo. Ela faz parte de um relato de Moisés, o autor de Gênesis.
Por isso, quando o escreveu, tinha sua mente voltada para a cultura oriental,
especialmente a dos hebreus. Geralmente, o dia começava ao por do sol, à
tardinha.
Portanto, neste livro, a tarde sempre precedeu a
manhã. De quantas horas foram estes dias da criação? De 12 ou de 14 horas?
Alguns ensinadores forçam uma interpretação e os definem como de duração
indefinida, ou até mesmo como eras geológicas. É difícil encontrar uma
definição para este texto. Porém, não é fácil entender os métodos de Deus. Se
um dia pode ser como mil anos e vice-versa, por que discutir esta questão? - II
Pe 3.8.
Entretanto,
humildemente e aceitando comentários contrários, entendo e curvo-me ante a
interpretação de que os seis dias da criação foram de 24 horas, sob os
seguintes argumentos:
(1) -
Cada dia do Gênesis tem "tarde e manhã" (cf Gn 1.5, 8, 19, 23, 31), o
que é próprio do dia de 24 horas na Bíblia.
(2) - Os
dias foram enumerados (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc) uma
característica peculiar dos dias de 24 horas na Bíblia.
(3) - Ex
20.11 compara os seis dias da criação como os seis dias de uma semana (literal)
de trabalho de 144 horas. Ver ainda Ex 31.17.
(4) - Há
evidência científica que suporta uma idade jovem (de milhares de anos) para a
Terra.(5) - Não haveria como a vida sobreviver milhões de anos do dia terceiro
(Gn 1.11) ao dia quarto (Gn 1.14) sem luz.
XIII - A CRIAÇÃO DE ADÃO, O PRIMEIRO SER HUMANO
Têm surgido as mais variadas teorias acerca da origem do
homem. De um modo geral, elas não conseguem anular a ligação do ser humano com
a Terra. Entretanto, a única fonte realmente autorizada, acerca da origem da
humanidade, é a Bíblia Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos
oferecem, de modo plausível e coerente, a verdadeira história das origens,
inclusive a do homem.
XIV - OS DOIS RELATOS BÍBLICOS DA CRIAÇÃO DO
HOMEM
1. O
primeiro relato sobre a criação do homem. Encontra-se em Gênesis
1.26,27. Neste texto, está declarada a ordem criativa da Trindade, quando diz:
“Façamos o homem”. A despeito da importância teológica que se dá ao “façamos”,
para denotar a participação triúnica da Deidade, o fundamental, nesta passagem,
é a palavra “BARAH” (hebraico), do versículo 27, que quer dizer: “criou”. Deus
o fez do pó da terra, mas sua criação foi um ato divino. Ele foi feito especial
e diferente da vida vegetal, aquática e animal.
2. O
segundo relato da criação do homem. Encontra-se em Gênesis 2.4-8.
Neste relato histórico, temos, além da criação do homem, também a descrição da
origem da mulher. Enquanto a primeira narração sempre ocupou mais em mostrar a
ordem da criação e a decisão da Corte Divina, em criar o homem à sua imagem e
semelhança, o segundo relato apresenta a sua efetivação.
No texto de Gênesis 2.7, temos a seguinte declaração: “E
formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego
da vida, e o homem foi feito alma vivente”.
3. A
criação da mulher. No segundo relato da criação, podemos
destacar, no texto de Gênesis 2.18- 25, a formação da mulher. Depois de Deus
ter criado Adão, Ele também fez Eva. Em Gênesis 1.27, está escrito: “macho e
fêmea os criou”
XV
- TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1. A
teoria evolucionista. Esta teoria apresenta o homem como um ser que
evoluiu de uma ordem inferior, no mundo animal. Ensina que esta evolução
resultou de sucessivas alterações nas formas materiais, devido as forças
latentes que existem na matéria. Mas a Bíblia refuta esta teoria, quando
declara que: (1) a origem do homem resultou de um ato criativo de Deus; (2) o
ser físico do homem também é resultado de um ato criativo de Deus, que utilizou
a matéria já existente “afar” (hebraico), que significa “pó da terra”; (3) o
homem, hoje, tem a mesma estrutura física e espiritual do dia em que foi
criado; (4) o homem foi tirado da terra e está destinado a ela, depois da morte
(Ec 3.20); (5) o homem não é evolução natural da terra, pois ele foi
“plasmado”.
2. A
teoria filosófico-materialista. Sigmund Freud, que lançou esta
teoria, era ateu, filósofo e psicanalista. Ele enfatizou, em seus argumentos, a
idéia de que o homem, em sua vida biológica e psicológica, tem como base e
formação de sua personalidade e seus instintos naturais. Afirmou ele que
coisas, como sexo, fome, sede, segurança e prazer, são pressões que determinam
as ações e os padrões da personalidade do homem. No conceito de Freud, a
natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, no caso, Deus. Para ele,
a idéia de uma relação do Criador com o ser humano é imprópria e inexistente,
pois o mesmo vê o homem como uma criatura egocêntrica, voltada apenas para as
suas necessidades, sem qualquer comunhão com um ser supremo. Acreditava ele
que, ao morrer o homem, nada mais resta.
3. A
teoria do humanismo científico. As fontes de informações, para
os adeptos desta teoria, sobre a natureza e origem do homem. Estão na Biologia,
Psicologia e Medicina. Para esta escola de pensamento, o homem é um produto
evolucionário da Natureza, sem a menor possibilidade de imortalidade.
XVI
- O ENSINO DA BÍBLIA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1. A
biforme natureza do homem. O homem foi criado com uma biforme
natureza: material e imaterial. A primeira foi formada do pó da terra (Gn 2.7)
e a segunda, outorgada diretamente pelo Criador. O sopro divino nas narinas do
homem concedeu-lhe a vida física e a espiritual.
A vida imaterial do homem é representada pela alma e pelo
espírito. Porém, esta dupla natureza do homem é representada por uma tricotomia,
que se constitui,na parte material, pelo corpo; na imaterial, pela alma e pelo
espírito (1 Ts 5.23).
2. A
tricotomia do homem (1 Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia
significa “aquilo que é dividido em três”, ou “que se divide em três tornos”. Em
relação ao homem, refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito.
Há divergência neste ponto daqueles que entendem o homem
como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo, alma
ou espírito.
Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito
como uma só. parte e, às vezes, como se fossem uma só coisa. Entretanto,
parece-nos mais aceitável o ponto de vista da tricotomia. Este conceito crê que
o homem é uma trindade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de
separar o corpo de sua parte imaterial.
a) O
corpo. É a parte inferior do homem que se constitui de elementos
químicos da terra, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio,
fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco, e outros
elementos em proporções menores. Porém, o corpo, com todos estes produtos, sem
a bênção divina, é de ínfimo valor.
b) A
alma.
É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. Ela precisa dele para
expressar sua vida funcional e racional. É identificada, no hebraico do Antigo
Testamento, por “NEPHESH” e, no grego do Novo Testamento, por “PSIQUÊ”.
c) O
espírito. No hebraico é “RUACH” e no grego é “PNEUMA”. O espírito do
homem não é um simples sopro ou fôlego, mas também vida imortal (Ec 12.7; Dii
12.2; Lc 20.37; 1 Co 15.53). Ele é o princípio ativo de nossa vida espiritual,
religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo
autor cristão escreveu que “o corpo, a alma e o espírito constituem a base real
dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria
e consciência de Deus”.
XVII
- AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM
1. As
faculdades do corpo. São cinco as faculdades principais, as quais se
manifestam através do corpo: visão, audição, olfato, paladar e tato. Ainda que
sejam distintas umas das outras, elas não atuam independentes do comando da
alma. São denominadas de instintos naturais ou sentidos corporais, os quais
recebem impressões do mundo exterior, transmitidas ao cérebro, através do
sistema nervoso. E daí que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os
sentidos físicos obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano.
São elas que regem as atividades do corpo.
2. As
faculdades da alma. São três as faculdades ou qualidades da alma,
pelas quais ela se manifesta: intelecto, sentimento e vontade.
O INTELECTO (Gn 1.28; 2.19,20) é a parte da alma que pensa,
raciocina, decide, julga e conhece E ele quem recebe os conhecimentos.
Três outras manifestações lhe são peculiares: a imaginação,
memona e razão Com a primeira o homem é capacitado a idealizar e projetar. É um
processo do pensamento que habilita o ser humano a construir imagens, através
do raciocínio.
A segunda é outro atributo do intelecto que capacita o homem
a guardar em seu cérebro o fatos passados e presentes. Ela retém os
conhecimentos adquiridos e os traz à lembrança. A terceira é um atributo do
intelecto que leva o homem a pensar, julgar e compreender as relações entre as
coisas, distinguir entre o verdadeiro e o falso, o bem e o mal.
O SENTIMENTO faz o homem um ser emotivo. Ele não é uma
máquina insensível, pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria,
gozo, paz, prazer, tristeza, descontentamento, pesar e dor.
A VONTADE se expressa como resultante das influências do
intelecto e dos sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou
independente. Ela obedece às forças emotivas e intelectuais da alma.
3. As
faculdades do espírito. Duas faculdades principais se destacam
com abrangência sobre outras qualidades importantes, as quais são: Fé e
Consciência.
Elas identificam o ser religioso do homem. Podemos chamar de
natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado especialmente para uma
perfeita comunhão com Deus. Os sentidos físicos e psicológicos tornam o homem
um ser terreno e racional, mas os espirituais o tornam um ser especial.
A faculdade da fé é uma qualidade do espírito humano que
expressa a religiosidade do homem e o toma capaz de adorar, reverenciar, louvar
e orar a Deus, o Criador. Não se trata de um tipo de fé, adquirida ou ensinada,
mas é uma forma inata que nasce com qualquer ser humano. Ela nos estimula a
buscar a Deus e comungar com Ele.
A faculdade da consciência é a lei moral e espiritual, no
interior do homem, que aprova ou desaprova as suas ações. E a intuição que o
espírito tem dos atos e estados do ser humano em sua vida cotidiana. A
consciência não está sujeita à vontade, e nem aos sentimentos da alma.
XVIII
- A MISSÃO E A TAREFA DO HOMEM
O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios deixou isso bem
claro quando disse: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31). Perceba que esta
verdade bíblica está em perfeita conformidade com o propósito para o qual o
homem foi criado.
Mas será que a humanidade tem como principal meta a glória
de Deus e a plena satisfação Nele? Se você observar atentamente o comportamento
do homem contemporâneo chegará a uma triste conclusão – o “fim principal” do
homem tem sido o seu próprio conforto, a sua segurança financeira, a beleza do
seu corpo… em outras palavras, a sua própria glória.
Com isso não queremos dizer que o homem deva viver neste
mundo sem metas, mas que a Bíblia nos ensina que o seu propósito mais
importante é glorificar a Deus, e isso incluirá ou envolverá sempre todas as
áreas da sua vida (família, trabalho, religião, etc.). Então, como explicar a
razão pela qual o homem moderno não enxerga a glória de Deus como o fim
principal em sua vida, mas tem em vista outro propósito completamente errado?
Por que a humanidade não encontra o verdadeiro gozo e prazer no Criador de
todas as coisas, mas na prática deliberada e desenfreada do pecado?É bem
verdade que quando olhamos para os nossos dias visualizamos os homens em busca
de outros propósitos os quais evidenciam o seu egoísmo e alienação de Deus e da
Sua Palavra. Como explicar tudo isso?
Uma questão intrigante: Porque Deus deseja ser louvado,
elogiado, exaltado, adorado? (C. S. Lewis) Resposta: “É no processo de adoração
que Deus comunica a sua presença aos homens. Até mesmo no judaísmo, a essência
do sacrifício não era realmente o fato de os homens darem bois e bodes a Deus,
mas o fato de que, ao fazem-no, Deus Se dava a Si mesmo aos homens…”.
XIX - PROPPAGAR A ESPÉCIE E GOVERNAR EADMINISTRAR
Depois de
ter criado o homem e a mulher, “Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves do céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (vs. 27-28).
O trecho bíblico deixa evidente que Deus criou o homem com o objetivo de
restaurar Seu governo na terra, que fora usurpada por Satanás e seus
seguidores. O homem foi criado especialmente para esse fim.
Com a
autoridade para governar vem a responsabilidade de governar bem. Existe uma
responsabilidade inerente ao comando de subjugar a terra. O homem tem o dever
de exercer seu domínio sob a autoridade dAquele que o delegou. Toda autoridade
é de Deus (Romanos 13:1-5), e Ele delega de acordo com a Sua vontade (Daniel 4:17).
A palavra subjugação não tem que implicar violência ou maus-tratos. Ela pode
significar "cultivar".
O homem é
o administrador da terra. Ele deve trazer o mundo material e todos os seus
elementos variados ao serviço de Deus e ao bem da humanidade. Na verdade, o
comando para subjugar a terra faz parte da bênção de Deus para a humanidade.
Criados à imagem de Deus, Adão e Eva deveriam usar os vastos recursos da terra
ao serviço de Deus e de si mesmos. Faz todo sentido que Deus decretasse isso,
pois apenas os seres humanos foram criados à Sua imagem.
CONCLUSÃO
Devemos
ter muito cuidado com as especulações, pois o importante para nós é
acreditarmos no que está escrito na Bíblia, sem jamais duvidarmos da sua
veracidade. Realmente há muitos mistérios que envolvem a criação, mas fiquemos
satisfeitos com o que Deus nos revelou em Sua Palavra.
Muitos
querem confundir as nossas mentes, dizendo-nos que é impossível Deus ter criado
todas as coisas em seis dias. Se a Bíblia nos dissesse que o mundo foi criado
em questão de horas, minutos ou segundos, e ainda que JONAS TIVESSE ENGOLIDO UM
GRANDE PEIXE, nós acreditaríamos da mesma forma, pois o poder do Todo-Poderoso
é ilimitado. Amém.
FONTES DE PESQUISA E CONSULTA:
ttps://www.gotquestions.org
Lições Bíblicas CPAD - 4º Trimestre de 1995 -
Comentarista: Elienai Cabral.
Manual
Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia - Editora Mundo Cristão -
Norman Geisler e Thomas Howe
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