Criando Filhos Saudáveis - 18-06-2023 112º Aniversário das Assembleias de Deus no Brasil
OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO e na cor AZUL algumas orientações extras.
Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula em vídeo e complemente com esse comentário.
TEXTO ÁUREO
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52)
VERDADE PRÁTICA
A vontade de Deus é que os pais eduquem seus filhos de acordo com os princípios divinos, a fim de que eles cresçam de maneira saudável e equilibrada.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 2.40,42-52
OBJETIVOS DA LIÇÃO
I) REVELAR a normalidade da família de Jesus;
II) ABORDAR as fases da vida de Jesus conforme os Evangelhos apresentam;
III) EXPLICAR o tríplice desenvolvimento do Senhor Jesus.
PALAVRA-CHAVE - Equilíbrio
PLANO DE AULA
Professor (a), nesta lição, vamos explorar o tema da família, relembrando o que estudamos na lição 9 sobre "Uma Família Nada Perfeita", onde analisamos a disfuncionalidade da família do rei Davi. Agora, iremos fazer um contraste com a família de Jesus, mais especificamente com a maneira como José e Maria criaram seus filhos. Vamos destacar o quanto o ambiente proporcionado pela família de Jesus era mais funcional do que o da família do rei Davi.
Nosso objetivo é compreender como proporcionar um ambiente saudável e equilibrado para o crescimento dos filhos, um desafio que a família cristã enfrenta diante de um contexto de imoralidade e violência presentes na sociedade atual. Para isso, iremos estudar a natureza da família de Jesus, as diferentes fases de vida do nosso Salvador conforme os Evangelhos registram e, por fim, o tríplice desenvolvimento de nosso Senhor dentro de sua família. A partir desse estudo, poderemos extrair preciosas lições para a nossa própria família.
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus nasceu numa família normal. Ele teve como pai, José, e como mãe, Maria. Deus falou em sonhos com José a respeito da concepção virginal de Maria por meio da obra do Espírito Santo. Por isso, ele se tornou o pai adotivo de Jesus. A criança concebida no ventre de Maria era de fato “o Verbo [que] se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Nesta lição, estudaremos o desenvolvimento de Jesus dentro da família de José e Maria, seus pais. Nosso propósito é extrair lições da casa de nosso Senhor que nos auxiliem nos desafios familiares atuais.
I – UMA FAMÍLIA NORMAL
1. Dados gerais da família.
José e Maria eram descendentes da família real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de Jessé (Is 11.1).
Is 11:1 na (ARC) diz: Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
O casamento deles aconteceu depois que o anjo do Senhor revelou a José que sua noiva estava grávida e o filho do seu ventre fora gerado pelo Espírito Santo (Mt 1.18-25). Posteriormente, José só se relacionou sexualmente com Maria após o nascimento de Jesus. Podemos inferir isso a partir do relato do evangelista Mateus: “e José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus” (Mt 1.24,25).
O nome Jesus está relacionado diretamente com sua missão. Ele veio para nos salvar da condenação do pecado.
Mt 1:21 na (ARC) diz: E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
LIÇÃO PRINCIPAL
José e Maria eram descendentes da família real de Davi. Quando Maria ficou grávida, eles mantiveram sua relação sexual apenas após o nascimento de Jesus, cumprindo a vontade divina.
2. Os filhos de José e Maria, depois de Jesus.
Jesus foi o filho primogênito de José e Maria (Lc 2.7). A Bíblia registra que os pais dEle tiveram outros filhos mais adiante: Tiago, José, Judas, Simão e, pelo menos, mais de uma irmã (Mc 6.3). Seus irmãos não o aceitavam como Messias e, por isso, o rejeitavam (Jo 7.1-5). Somente depois de sua ressurreição, seus irmãos o aceitaram e o receberam. Tiago, talvez o mais incrédulo deles, tornou-se um seguidor de Cristo e, mesmo não sendo um dos apóstolos, tornou-se o líder principal da igreja em Jerusalém (1 Co 15.7).
O texto de Atos 1.14 diz que: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos”.
Existe uma discussão entra a tradição católica romana e as igrejas da Reforma Protestante. A igreja romana que sustenta a virgindade perpétua de Maria e a Igreja Reformada que rejeita a ideia da virgindade perpétua de Maria. Caso Ele fosse filho único, certamente Lucas o teria chamado “o filho unigênito de Maria”. As igrejas da Reforma Protestante, as igrejas evangélicas, acreditam e ensinam que depois do nascimento de Jesus Maria viveu como esposa de José e teve outros filhos. Acima da tradição romana está a credibilidade da Bíblia Sagrada, que relata toda a vida familiar de Jesus, seus pais e irmãos (Mt 13.55,56).
Mt 13:55-56 na (ARC) diz: 55 - Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? 56 - E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso?
LIÇÃO PRINCIPAL
Apesar da inicial rejeição e falta de fé de seus próprios irmãos, Jesus, após sua ressurreição, os conquistou e transformou um deles, Tiago, em um líder importante da igreja em Jerusalém.
SINÓPSE I
Jesus cresceu em uma família normal e viveu como qualquer criança em Israel.
II – O MODO DE CRIAÇÃO DE JESUS
1. Jesus, o filho especial.
A despeito de Jesus ter sido especial, José e Maria nunca trataram os demais filhos com desprezo. Eles sabiam que havia algo especial na vida do primogênito, pois lhes fora revelado que Ele seria o Salvador, o Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido, José e Maria souberam administrar essa diferença, sem diminuir os outros irmãos. Eles não seguiram por exemplo o caminho de Isaque e Rebeca, nem de Jacó ou muito menos da família de Davi. Conheceremos melhor a maneira como nosso Senhor se desenvolveu, segundo a sua humanidade, analisando as fases de sua vida: a infância, a adolescência e a juventude.
Jesus nasceu por procedimento natural, ainda que nascido de uma virgem; cresceu e participava da vida familiar com normalidade, comendo, bebendo, dormindo e fazendo coisas mais da vida infantil.
LIÇÃO PRINCIPAL
José e Maria souberam tratar todos os filhos com igualdade e respeito, reconhecendo a singularidade de Jesus sem diminuir seus outros filhos, mostrando a importância de valorizar cada indivíduo em uma família.
2. A infância de Jesus.
Após nascer em Belém da Judeia (Lc 2.4,7; Mq 5.1,2), nosso Senhor foi colocado num cocho para ração aos animais; não se tratava de objeto de um palácio real, pois seus pais não tinham uma alternativa. Cocho era um bebedouro ou comedouro para gado, de material variado e formato semelhante ao tronco escavado. Hoje, presenciamos filhos ou pais revoltados porque falta condições financeiras, porém, Jesus sendo o dono de tudo, não tinha sequer um lugar adequado quando nasceu. Depois de oito dias, José e Maria levaram o menino para a circuncisão e lhe deram o nome de Jesus (2.21). Todo o tratamento que Jesus recebeu foi semelhante ao dos outros meninos nascidos em Israel. Nosso Senhor teve uma infância como a de qualquer menino da Judeia. Ele cresceu e desenvolveu-se sob os cuidados de seus pais. Quanto à alimentação, proteção, saúde mental e física, e principalmente, a vida espiritual, Ele precisava dos cuidados de seus pais. Nosso Senhor teve de deixar a sua terra provisoriamente, tendo de ir para o Egito para escapar do Rei Herodes (Mt 2.13,14). Até que, mais tarde, juntamente com seus pais, Ele voltou para a terra de Israel (Mt 2.20,21).
Na ida de Jesus para o Egito com seus pais, podemos entender que, mesmo sendo o Filho de Deus, houve apenas um aviso para fugirem, sem uma ação divina direta contra o Rei Herodes. Muitas vezes, esperamos uma intervenção sobrenatural, quando na verdade devemos tomar decisões sábias, de acordo com a Palavra de Deus, ao analisar a situação.
LIÇÃO PRINCIPAL
Jesus teve uma infância comum e precisou dos cuidados de seus pais, passando por experiências comuns a qualquer criança, como nascer em circunstâncias simples e depender da proteção e orientação de sua família para crescer e se desenvolver.
3. A adolescência de Jesus.
No Evangelho de Lucas, o texto bíblico declara que Jesus havia crescido em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2.52). Na Bíblia, a informação que temos a respeito da adolescência de Jesus foi sua experiência aos 12 anos, em Jerusalém, com os doutores da lei (Lc 2.46). Nessa idade, o menino judeu é introduzido na vida religiosa e se torna um “filho da lei” (hb. barmitzvah). A ida de Jesus à Jerusalém com sua família se deu por causa da observância dos deveres religiosos, como participar das três festas mais importantes de Israel: a Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos (Êx 23.14-17; 34.23; Dt 16.16). Toda a celebração dura sete dias e, depois, todos voltavam para as suas cidades. Os pais de nosso Senhor não imaginaram que Jesus ficaria para trás. Depois de três dias, eles o encontraram no interior do Templo conversando e discutindo com os doutores da Lei. Estes, por sua vez, estavam maravilhados com a sabedoria daquele adolescente.
LIÇÃO PRINCIPAL
Jesus, durante sua adolescência, crescia em sabedoria e graça, impressionando os doutores da lei com seu conhecimento. Ele cumpria seus deveres religiosos e buscava compreender e discutir questões espirituais, destacando a importância do crescimento intelectual e espiritual em todas as fases da vida.
4. A juventude de Jesus.
Dos 12 aos 30 anos de idade, a adolescência e a juventude de Jesus são praticamente desconhecidas. As únicas informações que a história nos fornece são as que estão reveladas nos Evangelhos. Quando estudamos teologia, na disciplina de bibliologia, descobrimos que existem informações sobre esse período nos chamados evangelhos espúrios (não inspirados), nos quais várias histórias fantasiosas são contadas. Entre elas, a história de Jesus fazendo pássaros de barro, batendo palmas e fazendo-os ganhar vida e voar. Não aceitamos nenhuma dessas histórias falsas. Depois da experiência com os doutores da Lei em Jerusalém, a Bíblia relata apenas que Jesus voltou a aparecer quando já tinha 30 anos, ao ser batizado por João Batista no rio Jordão. Tudo o que se tem de conhecimento acerca desses anos ocultos da vida de Jesus é que Ele aprendeu a profissão de carpinteiro com José e a exerceu até os 30 anos, visto que José já havia morrido (Mc 6.3).
Mc 6:3 na (ARC) diz: Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
Temos que entender que o propósito dos Evangelhos não é fornecer uma biografia completa da vida de Jesus. As informações reduzidas que encontramos lá sobre o nascimento, circuncisão e o episódio com os mestres da Lei aos doze anos estão presentes porque estão relacionadas ao plano da Salvação. No entanto, as atividades de Jesus dos doze aos trinta anos não estão relacionadas ao plano da salvação naquele momento, e por isso essas informações não foram registradas. Apesar disso, ele viveu uma vida normal, assim como qualquer jovem, e posteriormente, como adulto.
É possível que Jesus tenha sido o responsável pelo sustento da família por esses anos, e quando chegou a idade que o Pai estabeleceu para iniciar seu ministério, Ele deixou tudo e reuniu os discípulos, os quais se tornaram os apóstolos que fariam o seu Evangelho conhecido.
LIÇÃO PRINCIPAL
Há uma lacuna de informações sobre a adolescência e juventude de Jesus, mas sabemos que Ele aprendeu a profissão de carpinteiro e exerceu essa função até os 30 anos. Quando chegou o momento designado pelo Pai, Jesus deixou tudo para iniciar seu ministério.
SINÓPSE II
A criação de Jesus passou pela sua infância, adolescência e juventude.
III – O TRÍPLICE DESENVOLVIMENTO DE JESUS
O Evangelho de Lucas 2.51,52 diz o seguinte: “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas as essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.
1. Jesus crescia em sabedoria.
Jesus recebeu uma educação básica que qualquer menino judeu receberia. Ele aprendeu a ler e a escrever, viveu uma vida simples, pois sua família era pobre. Nosso Senhor crescia em sabedoria, ou seja, sua relação com o Pai, seus princípios de vida e disposição em resolver problemas eram dignos de uma pessoa sábia. Certamente, essa foi a razão de Lucas cunhar a palavra “sabedoria” antes de “estatura” (Lc 2.52).
LIÇÃO PRINCIPAL
Jesus, mesmo vindo de uma família humilde, recebeu uma educação básica e cresceu em sabedoria, demonstrando uma relação especial com o Pai e princípios de vida sábios, destacando a importância do conhecimento espiritual e da sabedoria nas decisões e na forma de lidar com os desafios da vida.
2. Jesus crescia em estatura.
A palavra “estatura” se refere ao crescimento físico do menino Jesus, pois o texto está no contexto do desenvolvimento físico de nosso Senhor. Jesus viveu em Nazaré até os 30 anos, tinha a estatura mediana de qualquer judeu. Seu corpo era normal e saudável. Não por acaso, Jesus se desenvolveu no trabalho de carpintaria (Mc 6.1-3).
LIÇÃO PRINCIPAL
Jesus, durante sua vida em Nazaré, teve um crescimento físico comum, desenvolvendo-se como qualquer judeu, e seu trabalho como carpinteiro contribuiu para sua saúde e vigor físico.
3. Jesus crescia em graça diante de Deus e dos homens.
A graça para com Deus Pai tinha a ver com a consciência de Jesus quanto à sua natureza e missão (Jo 1.1,14). Essa consciência pode ser constatada no episódio em que seus pais o acharam no Templo discutindo com os doutores da Lei. Gentilmente, Ele respondeu para seus pais: “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). Já a graça para com os homens tinha a ver com sua personalidade carismática, no sentido de atrair pessoas para ouvir a sua mensagem. O carisma de Nosso Senhor se revelava ao abrir a boca para falar do Reino de Deus.
LIÇÃO PRINCIPAL
Jesus tinha uma consciência clara de sua natureza e missão, expressa no episódio do Templo, onde se referiu a Deus como seu Pai. Além disso, Ele possuía um carisma especial que atraía as pessoas para ouvirem sua mensagem sobre o Reino de Deus.
4. Lições importantes.
Olhando para o desenvolvimento de Jesus em sua família, podemos aprender que a educação de filhos cristãos tem a ver com o desenvolvimento emocional, social e, principalmente, espiritual. Os pais precisam ter essa consciência de que está sob a sua responsabilidade prover o ambiente propício para que os filhos se desenvolvam de maneira saudável e geral.
Além do cuidado espiritual, é importante compreender que as crianças devem ser tratadas como crianças, os adolescentes como adolescentes e os jovens como jovens. Os pais precisam reconhecer que a vida dos filhos está ligada também a uma dimensão social, e, portanto, é necessário dedicar tempo ao lazer e demonstrar interesse pelas atividades gerais dos filhos. Pais que negligenciam isso, alegando falta de tempo, podem ser surpreendidos com revoltas repentinas durante a adolescência e a juventude. É fundamental ter um relacionamento diário com nossos filhos como pais.
Outro fator de destaque é a sabedoria dos pais de Jesus em não manifestar predileção pelos filhos. Por exemplo, a singeleza de Maria em “guardar tudo no coração” revela uma personalidade discreta, não precipitada e equilibrada (Lc 2.51). Equilíbrio e bom senso não podem faltar na educação dos nossos filhos.
LIÇÃO PRINCIPAL
A educação de filhos cristãos envolve o desenvolvimento emocional, social e espiritual, e é responsabilidade dos pais criar um ambiente saudável para esse crescimento. Além disso, é importante manifestar equilíbrio, bom senso e evitar preferências entre os filhos, seguindo o exemplo dos pais de Jesus.
SINÓPSE III
O Senhor Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens.
CONCLUSÃO
A família de Jesus é um exemplo de boa formação familiar. A respeito dos pais, aprendemos a ser equilibrados, ponderados e não manifestar predileções pelos filhos. A respeito de filhos, nosso Senhor foi obediente e atencioso aos seus pais em todas as coisas. Que nossa família seja um ambiente propício para o desenvolvimento espiritual, emocional e social de nossos filhos!
BOA AULA
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