Anunciando ousadamente a Palavra de Deus
Data: 18 de Abril de 2010
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA
A Palavra de Deus não é para ser proclamada apenas aos incrédulos. Ela tem de ser ouvida e, incondicionalmente, acatada por aqueles que se chamam pelo nome de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jr 7.2
Jeremias prega na porta do Templo
Terça - Jr 7.3
Jeremias chama os adoradores ao arrependimento
Quarta - Jr 7.4
Jeremias combate a teologia do Templo
Quinta - Jr 7.11
Jeremias defende a pureza do Templo
Sexta - Jr 7.12
Jeremias condena o mau uso da liberdade
Sábado - Jr 7.10
Jeremias fala sobre o futuro do Templo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 7.1-11.
1 - A palavra que foi dita a Jeremias pelo SENHOR, dizendo:
2 - Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
3 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.
4 - Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, Templo do SENHOR, Templo do SENHOR é este.
5 - Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro,
6 - se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7 - eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, de século em século.
8 - Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas.
9 - Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
10 - e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres, podemos fazer todas estas abominações?
11 - É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o SENHOR.
INTERAÇÃO
Professor, esta lição trata do discurso pronunciado por Jeremias na porta do Templo. Um discurso de repreensão e exortação, pois os israelitas haviam escolhido o caminho da perdição, da adoração aos ídolos. Longe de Deus, eles não mais conseguiam ver o Templo como um lugar sagrado de adoração ao único Deus. O Templo tornou-se uma espécie de talismã, capaz de livrá-los de todo mal. Estavam cegos espiritualmente. Mas Jeremias, com coragem e ousadia, declara que não era o Templo que iria livrá-los, mas sim uma mudança radical de atitude.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Compreender o porquê de Jeremias ter pregado na porta do Templo.
· Explicar o que era a teologia do Templo.
· Saber que a Palavra de Deus não é para ser proclamada apenas aos incrédulos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, peça a seus alunos para lerem Jeremias 7.8,9. A seguir, solicite que citem os pecados de Judá apontados pelo profeta Jeremias nestes versículos. À medida que os alunos forem falando, anote-os no quadro-de-giz. Afirme que os israelitas tornaram-se apóstatas e explique que atualmente também estamos vendo o número de apóstatas aumentarem assustadoramente. Alguns já não pregam mais o evangelho da cruz e a renúncia ao pecado (Rm 8.13). Estes, como os falsos profetas do tempo de Jeremias, enganam o povo de Deus com discursos bonitos, mas falsos e vazios de conteúdo bíblico.
Precisamos estar atentos. Leia Gálatas 1.6-10 e ressalte o fato de que em nossos dias muitos que experimentaram da graça de Deus, já abandonaram a “fé recebida”, trocando-a por “outro evangelho”.
COMENTÁRIO
Introdução
Palavra Chave
Templo: Do lat. templum. Santuário erigido em Jerusalém e consagrado ao culto do Único e Verdadeiro Deus.
Como a situação moral e espiritual de Judá era crítica, Deus ordenou ao seu profeta que se postasse na porta do Santuário; e, aqui, entre os adoradores e os ministros do altar, proferisse um duríssimo sermão. Era o derradeiro alerta à casa de Israel.
Se os filhos de Israel não viessem a se arrepender de suas apostasias, haveriam eles de ser entregues aos caldeus que lhes destruiriam as cidades, profanariam Jerusalém e deitariam por terra o mais caro de seus símbolos: o Templo Sagrado.
Infelizmente, as palavras de Jeremias caíram em ouvidos moucos e enfermos. Achavam os judeus que, pelo fato de estar a Casa de Deus entre eles, nenhum mal os alcançaria apesar de seus pecados.
O Senhor verdadeiramente tem compromisso com quem tem compromisso com Ele, devemos fazer a nossa parte para que suas bênçãos nos persigam como está escrito em Dt 28: 2. Temos que ouvir a voz do Senhor, ou seja, a Palvra mas numa dimensão maior não sermos somente ouvintes mas também praticantes.
“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tg 1:22-25)
I. JEREMIAS É CHAMADO A PREGAR NA PORTA DO TEMPLO
Por que a porta do Templo? Não seria mais cômodo o altar? Ou a praça central de Jerusalém? Por que teria o profeta de proclamar a Palavra de Deus num lugar nada convencional?
1. O ambiente da pregação. Era grave a situação de Judá. Jeremias, por conseguinte, não dispunha de tempo para expor um sermão diferençado aos sacerdotes, nem uma mensagem mais apropriada ao povo. Ele deveria proclamar a Palavra de Deus a todos os filhos de Judá (Jr 7.1,2). Por isso, ordenou-lhe o Senhor que se pusesse ele na porta do átrio exterior, pois assim teria acesso também ao átrio interno. E todos haveriam de lhe ouvir perfeitamente a voz.
Quão espinhosa era a missão do profeta!
“ Nunca foi imposto sobre um homem mortal fardo mais esmagador. Em toda a história da raça judaica, nunca houve semelhante exemplo de intensa sinceridade, sofrimento sem alívio, proclamação destemida da mensagem de Deus e intercessão incansável de um profeta em favor do seu povo como se observa no ministério de Jeremias. Mas, a tragédia de sua vida foi esta: pregava a ouvidos surdos e só recebia ódio em troca de seu amor aos compatriotas” (Farley)
2. Nossa responsabilidade. Nestes últimos dias, insta-nos o Senhor a expor a sua Palavra tanto ao mundo quanto à Igreja. Esta é nossa responsabilidade.
Proclamemos toda a Palavra de Deus enquanto é tempo. Confirmemos o restante que está por morrer (Ap 3.2). Se compactuarmos com o mundo, como nos haveremos diante do Cordeiro?
Sua igreja, obreiro, sabe que Cristo, em breve, virá buscar os santos? Suas ovelhas primam por uma vida de santidade como está escrito em 1 Pedro 1.15, “sede vos também santos em toda a vossa maneira de viver”? Ou se acham sem o azeite do Espírito para recepcionar o Noivo? Proclame a Palavra de Deus com amor, ousadia e integridade (At 20.27).
Somos chamdos para sermos atalaias da última hora por isso devemos pretar atenção no chamado de Ezequiel:
“E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio à palavra do SENHOR a mim, dizendo: Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre à casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade, mas o seu sangue, da tua mão o requererei Mas, se avisares ao ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma. Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.Mas, avisando tu o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente viverá; porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.” (Ez 3: 16-21) |
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Jeremias deveria proclamar a Palavra de Deus a todos os filhos de Judá, por isso, foi para a porta do Templo, onde todos haveriam de lhe ouvir.
II. A MENSAGEM DE JEREMIAS
1. O alcance da mensagem de Jeremias. O profeta é energicamente inclusivo: do sumo sacerdote ao menor dos adoradores, todos são conclamados ao arrependimento: “Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar” (Jr 7.3).
Jeremias denuncia a nação por sua grande iniqüidade. O pecado estava tão arraigado na natureza do povo, que a idolatria e a maldade eram coisas inerentes às suas vidas.Esta infidelidade abrangia “todos” e por causa dela o povo deixaria a sua terras e seria levado como escravo (Jr 17:1-4)
2. O chamado ao primeiro amor. Não está o Espírito Santo a conclamar-nos a voltar ao primeiro amor? (Ap 2.4,5). Obedecerá você a voz de Deus? Chorará aos seus pés até que lhe seja restabelecida a plena comunhão com o Cristo? Não há alternativas! Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação? (Hb 2.3; 1 Pe 4.17).
Em lamentações 5:21 o mesmo profeta(Jeremias) diz:
“Converte-nos, Senhor, a ti, e nós nos converteremos: renova os nossos dias como dantes.”
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A mensagem de Jeremias era uma só: Do sumo sacerdote ao menor dos adoradores, todos deveriam abandonar os seus maus caminhos.
III. JEREMIAS COMBATE A TEOLOGIA DO TEMPLO
Apesar das provações que, em breve, abater-se-iam sobre Judá, os judeus recusavam-se a ouvir a Palavra do Senhor. Rebatendo as advertências do profeta, alegavam: “Templo do Senhor; Templo do Senhor; Templo do Senhor é este” (Jr 7.4).
1. A teologia do Templo. Acreditavam eles que o Senhor jamais permitiria que Jerusalém fosse destruída, porque nela encontrava-se o Santo Templo. Como, pois, consentiria Ele na profanação da Cidade Santa? Afinal, o Templo custodiava-lhe a arca e perenizava-lhe o nome. Por isso, pressupunham-se, arrogantemente, seguros.
“Jesus citou o texto do vV11 ao purificar o Templo (Mc 11:17; Lc 19:46). Essa exortação de Deus serviu para repreender a impiedade que havia no Templo tanto na época de Jesus como na de Jeremias. O Tabernáculo de Deus esteve em Siló, mas a cidade foi abandonada (Sl 78:60; Jr26:6). Se Deus não preservou Siló, estando ali o Tabernáculo, porque preservaria Jerusalém por causa do Templo?” (Bíblia de Aplicação Pessoal)
2. A desmistificação da teologia do Templo. Jeremias rebate energicamente a ilusória teologia. O compromisso de Deus não é com os símbolos ou com os ícones que o homem sedento de glória teima em criar; seu compromisso é com os que lhe guardam a Palavra e observam-lhe as alianças. Se lhe ouvirmos a voz e lhe observarmos os mandamentos, certamente Ele cumprirá a sua parte no concerto que firmou com o seu povo (Dt 4.40). Todavia, se lhe desconsiderarmos as ordenanças, arcaremos com todas as consequências de nossa rebeldia (2 Tm 2.12).
De nada aproveitarão as observâncias, as profissões ou as supostas revelações se os homens não corrigem os seus caminhos e a sua maneira de agir. Ninguém pode alcançar a salvação gratuita se permite praticar um pecado conhecido, ou viver deixando de cumprir o dever conhecido. Eles pensavam que o templo que profanaram seria a sua proteção, mas todos os que continuam em pecado porque a graça tem abundado, ou para que a graça abunde, agem como se Cristo fosse um ministro do pecado; e a cruz de Cristo, corretamente entendida, é o remédio mais eficaz contra esses sentimentos venenosos. O Filho de Deus se deu por nossas transgressões para mostrar a excelência da lei divina e o mal do pecado. Não pensemos que é possível fazer o mal sem sofrer.
3. O comportamento reprovável dos judeus. Iludidos pelas falsas premissas de sua teologia, os judeus puseram-se a andar de apostasia em apostasia. Desprezavam a Deus. Adoravam as abominações dos gentios. E já maltratando os pobres e espezinhando os estrangeiros, em nada diferiam dos pagãos. Viviam como se lei não existisse. Adulteravam, roubavam e sangue inocente derramavam. Depois, escarneciam dos mensageiros de Jeová. Em maldades, excediam as nações vizinhas. Como se nada tivesse acontecido, punham-se a exclamar: “Templo do Senhor; Templo do Senhor; Templo do Senhor é este”.
“O povo cometia todo o tipo de pecado (VV 5-9); depois, no sábado, vinha ao templo, apresentava-se a Deus, e deste modo enganava-se, crendo que estava seguro mediante o amor que Deus lhe tinha. Existe na atualidade esta falsa teologia. Os crentes vivem em desobediência a Deus e à sua Palavra, e julgam-se seguros, porque crêem no “sangue de Cristo”. Na linguagem de Jeremias estão confindo “e, palavras falsas (enganosas), que para nada são proveitosas” (Biblía de Estudo Pentecostal)
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O compromisso de Deus não é com símbolos ou com ícones, mas com todos os que guardam a sua Palavra e observam suas alianças.
IV. A LIÇÃO DE SILÓ
Buscando demovê-los daquela falsa segurança, declara-lhes Jeremias que ao Santo Templo estava reservado um destino semelhante à tenda de Siló, onde o nome do Senhor fora celebrado por longo tempo (Jr 7.14,15). Assim como aquele tabernáculo fora arruinado, arruinado também seria o Santo Templo em Jerusalém.
1. As teologias modernas. Muitas são as teologias que estão sendo erguidas para afrontar o Cordeiro. Tais aleijões vêm induzindo os fiéis a blasfemarem contra Deus e a se portarem irreverentemente diante do Cristo. Como se tudo isso não bastasse, somos assaltados ainda por arremedos homiléticos e litúrgicos, cujo único objetivo é corromper a sã doutrina, profanar o culto, espoliar os santos e deixar os pastores fiéis e verdadeiros em dificuldades. O sangue de Jesus tem poder!
“ O povo de Judá seguia um ritual de adoração, mas mantinha um estilo de vida pecaminoso. Era uma religião desprovida do comprometimento pessoal com deus. Frequentar a igreja, participar da santa ceia, ensinar na escola dominical, cantar no coral serão práticas vãs a menos que estejamos verdadeiramente comprometido com Deus. Essas atividades são boas não por causa da opinião da igreja, mas por nosso desejo de buscar e adorar a Deus” (Bíblia de Aplicação Pessoal)
2. O perigo de nossos triunfos. Que Deus nos guarde de nossos triunfos e monumentos! À semelhança dos contemporâneos de Jeremias, podemos ser tentados a presumir sejamos poderosos em nós mesmos. Não! A nossa força vem daquEle que se fez fraco por amor de nós. Se andamos de vitória em vitória é porque Cristo está à nossa frente.
O Senhor não trabalha com monumentos; trabalha com homens, mulheres, jovens e crianças que se dispõem a servi-Lo e a viver somente para Ele.
“ Há vários paralelos entre a maneira como os judeus viam o Templo em Jerusalém e como muitos hoje vêem suas igrejas. Os judeus não cultuavam a presença de Deus em sua vida cotidiana como faziam no Templo. Hoje é possível frequentar belas e bem equipadas igrejas, mas não levar a presença de Deus conosco durante a semana. O edifício do templo se tornou mais importante para os judeus do que a essência da fé. Ir à igreja e pertencer a um grupo pode tornar-se mais importante do que ter uma vida transformada para Deus. Os Judeus viam apenas o Templo como santuário. Muitos cristãos não se vêem como templo do Espírito e usam a filiação religiosa como um esconderijo, pensando que esta os protegerá dos males e dos problemas. (Bíblia de Aplicação Pessoal)
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Precisamos estar atentos, pois atualmente muitos arremedos homiléticos e litúrgicos têm surgido com o objetivo de corromper a sã doutrina.
CONCLUSÃO
Se os filhos de Judá se arrependessem de suas apostasias, o Senhor não os expulsaria da formosa terra nem permitiria fossem eles destruídos. Infelizmente, não perceberam o tempo de sua visitação.
Dias de trevas se aproximam! Como poderemos subsistir se não atentarmos com diligência à Palavra de Deus?
Igreja, preparemo-nos para a volta de Nosso Senhor!
VOCABULÁRIO
Arremedo: Imitação, cópia.
Espezinhar: Oprimir, humilhar, rebaixar.
Espoliar: Roubar.
Mouco: Que não ouve, ou que ouve pouco ou mal.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY, M. Comentário Bíblico. 1.ed. RJ: CPAD, 2002.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Qual a importância do sermão pregado por Jeremias na porta do Templo?
R. A importância está no fato de que a mensagem de Jeremias refutava a falsa crença de que Deus não deixaria que dano algum sobreviesse ao Templo ou àqueles que viviam na cidade.
2. Qual a essência deste sermão?
R. "Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar" (Jr 7.3).
3. O que era a Teologia do Templo?
R. Acreditar que Deus jamais permitirá que Judá fosse destruída, pois em Judá encontrava-se a Cidade Santa.
4. Por que a teologia do Templo era perigosa?
R. Porque iludia os israelitas fazendo com que permanecessem em seus pecados.
5. Que perigo hoje corremos com as falsas teologias e modismos?
R. O perigo de acharmos que não mais temos a obrigação de considerar a Palavra de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
Proibido Interceder
“Era necessário uma coragem incomum para uma pessoa sensível como Jeremias proclamar uma mensagem tão devastadora. Ele involuntariamente começa a clamar em oração em favor da sua amada nação, mas Deus o proíbe de interceder (7.16). Deus ainda não tinha acabado com a sua acusação contra o seu povo, e a revelação também não tinha terminado (Jr 7.17). ‘Os filhos [...] os pais [...] as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus’ (Jr 7.18). O povo tinha se tornado completamente descarado em seu pecado, a ponto de estar oferecendo sacrifícios a outros deuses abertamente nas ruas. A Rainha dos Céus evidentemente refere-se a Ishtar, a deusa de um ritual de fertilidade babilônico, que havia sido importada por Judá. Ela é mencionada aqui para indicar a profundidade do pecado em que o povo havia caído. O ponto a que o povo havia chegado marca o início do fim dessa nação. Deus declarou: ‘Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar’; uma perversidade como essa não pode passar impune. Em seguida, Jeremias ataca o uso errado do ritual religioso. Ele deixa claro que a cerimônia religiosa sem o conteúdo ético é vazia. Se os sacrifícios não reforçavam ou fortaleciam a moralidade da nação, não tinham valor algum. Isso vale para todo ritualismo na religião. A menos que a cerimônia religiosa formal (ou informal) reforce a moralidade e o viver santo, ela é um esforço despendido em vão”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. RJ: CPAD, 2005, p. 285)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Doutrinário
• Reforma moral - “A segurança nacional dependia da reforma moral, não do Templo. Vale notar a ênfase na justiça social constante do versículo 6. Judá deve deixar a idolatria, mas também precisa: 1) abandonar a opressão; 2) não mais levar vantagem sobre o pobre (‘o órfão e a viúva’), e 3) manter um sistema judiciário honesto. 0 louvor a Deus e a moralidade são os pilares duplos sobre os quais a sociedade deve repousar” (29.10-14) (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.453).
Subsídio Devocional
• Um covil de salteadores (7.11) - “O ‘covil’ era o refúgio onde os salteadores escondiam o produto furtado enquanto buscavam a próxima vítima. A analogia é devastadora. Como poderia o povo de Deus roubar, matar, cometer adultério e perjúrio, adorar outros deuses (v. 9) e, ainda assim, declarar que ‘estamos seguros’, pela casa do Senhor?” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.453).
Subsídio Sociológico
• O Templo - “Quando os judeus se instalaram no território de Canaã, o tabernáculo tomou uma forma mais permanente em Siló (Js 18.1; Jz 18.31). Passou a ser permanente o bastante para que vivessem a chamá-lo de templo, para que Samuel e Eli morassem nele e para que portas de entrada fossem abertas e fechadas (1 Sm 3.2,15). Mesmo depois dos filisteus terem destruído Siló, se apossado da Arca da Aliança e a devolvido aos judeus via Bete-Semes (1 Sm 6.1-10) e Quiriate-Jearim, ele continuava sendo uma espécie de tenda-templo e ficou ali até que Salomão construísse um templo permanente.
O templo de Salomão seguiu o mesmo princípio geral que o tabernáculo.
O propósito era que o templo servisse de santuário para todo o povo judeu (Dt 12.11), mas havia também outros centros de adoração”. (Adaptado de Usos e Costumes dos Templos Bíblicos de Ralph Gower. 1.ed. RJ: CPAD, 2002, p.341).
REFERÊNCIAS DO COMENTÁRIO:
-http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2010/2010-02-03.htm -http://www.bibliaonline.com.br/acf/s/*/Ouvintes - HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD. 5ªEd, 2006. - STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:CPAD,1995. - Bíblia de Aplicação Pessoal.
Elaboração por:- Pb. Miguel Fiuza Dourados Ms
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