A FAMÍLIA E A SEXUALIDADE
TEXTO ÁUREO = “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27).
VERDADE PRÁTICA = Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e
diferenciada, macho e fêmea, segundo seus propósitos. Essa sexualidade era
normal no princípio.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Gênesis 1.27; 2.24; 1 Coríntios 7.2,3,5; Provérbios 5.18;
Eclesiastes 9.9.
introdução
Quando Deus formou o
primeiro casal, dotou-o de estrutura físico-emocional e instinto sexual que o
capacitam para a reprodução e preservação da espécie humana. O propósito de
Deus é que os filhos procedam do casamento e não de outra maneira. A quebra
dessa lei resulta em frutos amargos para a família. Deus assim dotou o homem
para propósitos específicos, puros e elevados. Portanto, a sexualidade é parte
natural e integrante do ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel
fundamental e indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges e, como
já foi dito, para a perpetuação do gênero humano, circunscrita ao plano de Deus
para o matrimônio. Vamos refletir um pouco nesta lição sobre esse importante
assunto.
VISÃO BÍBLICA DO SEXO
1. O sexo foi feito por
Deus. Deus fez o homem, incluindo o sexo e “viu que tudo era bom” (Gn
1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também fizeram os órgãos
sexuais. Aquele que criou a mente, criou também o instinto sexual. No
princípio, ao ser criado, o sexo era puro e sem pecado. Mas, com a transgressão
de Adão no Éden, todas as faculdades do homem foram afetadas pelo pecado,
inclusive o sexo.
2. O homem participando da
criação. Deus
quis em sua soberania que o homem desse continuidade à espécie, macho e fêmea,
indicando a clara e inequívoca diferenciação entre os sexos (ver Gn 1.27).
3. A intimidade e interação
sexual é privativa dos casados. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a
casados (Gn 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e lhe deu uma
esposa, já formada, preparada para a união conjugal. O ensino bíblico é que o
homem deve desfrutar o sexo com a esposa de modo normal, racional, sadio e
amoroso não com a namorada ou noiva. Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação
do amor conjugal. Este, não ocorre entre solteiros (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25).
Pesquisas indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do
casamento. Isso é pecado grave contra o próprio corpo, contra o Criador, contra
a Palavra de Deus, contra o próximo, contra a Igreja e contra a família.
O SEXO E A VIVÊNCIA CRISTÃ
1. Sua natureza.
Quando terminou de criar todas as coisas (incluindo o homem), “viu Deus tudo
quanto tinha feito, e eis que era muito bom e foi a tarde e a manhã: o dia
sexto” (Gn 1.31). O sexo, como já afirmamos, fez e faz parte da constituição
físico-emocional do ser humano, desde a criação. Logo, não é correto concebê-lo
como algo imoral, feio, vulgar e pecaminoso. Deus não faria nada ruim. Ele
planejou e formou o homem, a “coroa da criação”, numa totalidade, incluindo o
sexo. O que tem arruinado o sexo e o tornado repulsivo por muitos é o seu uso
ilícito, antibíblico, antinatural, anticristão, antissocial e sub-humano.
Demônios podem atuar no ser humano na área do sexo (Os 4.12; 5.4).
2. Suas finalidades. A união conjugal pautada nas
Sagradas Escrituras propicia:
a) A procriação (Gn 1.27,28; Sl 139.13-16). A
procriação é o ato criador do Eterno através do homem.
Ele dotou o homem de capacidade
reprodutiva, instituiu o matrimônio e a família, visando a legitimação desse
maravilhoso e sublime processo que a mente dos mortais jamais poderá explicar.
“Frutificai e multiplicai-vos”, foi a ordem do Criador (Gn 1.27,28).
b) O ajustamento do casal. Em 1 Coríntios 7.1-7, vemos uma
orientação bíblica muito importante do apóstolo Paulo no que diz respeito à
intimidade conjugal. O apóstolo, nesta passagem, considera os seguintes
princípios:
•
Prevenção (v.2): “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher e
cada uma tenha o seu próprio marido”. Com isso, evita-se o adultério e a
prostituição.
•
Mútuo dever (v.3): “O marido pague à mulher a devida benevolência e, da mesma sorte, a
mulher ao marido”. É o dever do amor conjugal, no que tange ao atendimento das
necessidades sexuais, a que tem direito cada cônjuge.
•
Autoridade mútua (v.4): “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo,
mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre
seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”. Não se trata aqui, da autoridade por
imposição, pela força, mas sim pelo amor conjugal. Diga-se também que o marido
não pode abusar da esposa, praticando atos ilícitos, carnais, abusivos e
sub-humanos, ou vice-versa.
•
Abstinência consentida (v.5): Isto é importante no
relacionamento do casal. Os cônjuges podem abster-se, por algum tempo, da prática
sexual, mediante o consentimento mútuo. Não pode haver imposição de um sobre o
outro. Caso decidam separar-se no leito conjugal, devem fazê-lo sob as
seguintes condições: que haja concordância entre ambos, e que haja sabedoria
quanto ao tempo determinado para dedicarem-se à oração e à disciplina da
vontade (de ambos).
c) A satisfação amorosa do casal. Existem seitas ou religiões e, até evangélicos,
que proíbem o prazer do sexo alegando que a finalidade deste é somente a
procriação. Isso não tem base na Bíblia. Vários textos nos mostram que Deus
reconhece o direito de o casal usufruir desse prazer. Em Provérbios 5.18-23, o
sábio recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se, neste caso,
ao ato procriativo. Nesta passagem, porém, o homem é advertido quanto à “mulher
estranha”, a adúltera; e é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e
santa, exaltando a monogamia, a fidelidade (ver Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). No
Antigo Testamento, a “lua de mel” durava um ano! (Dt 24.5).
3. Ante a lei divina. A vida sexual do casal, na
ótica bíblica:
a) Deve ser exclusiva ou monogâmica. Deus condena de forma veemente
a poligamia (Gn 2.24; Pv 5.17).
b) Deve ser alegre. O casal tem direito de usufruir
do contentamento propiciado pela intimidade matrimonial (Pv 5.18).
c) Deve ser santa (1 Pe 1.15 e 1 Ts 4.4-8). A
santidade se aplica também ao nosso corpo, uma vez que o Espírito Santo habita
em nós (1 Co 6.19,20), razão pela qual toda e qualquer prática sexual ilícita
(aberrações, bestialidade etc.) não devem ser permitidas; além de pecaminosas,
não contribuem para o ajustamento espiritual do casal.
d) Deve ser natural (Ct 2.6; 8.3). As relações sexuais anal e oral
são antinaturais e sub-humanas, portanto, reprováveis. Os pecados do sexo são
responsáveis por muitas doenças, inclusive as denominadas “sexualmente
transmissíveis (DST) que vêm ceifando milhões de vidas no mundo inteiro,
principalmente a AIDS”. Essas práticas sexuais reprováveis estão sujeitas a
juízo (Hb 13.4).
III. O SEXO QUE A BIBLIA CONDENA
1. Fornicação. Prática do sexo entre solteiros
ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu (Ap 21.8; Gl 5.19 e 1
Co 6.18).
2. Adultério. Relação sexual de casados com
pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm 13.9). É grave e
desastroso pecado (Pv 5.1-5).
3. Prostituição. Em sentido geral, envolve todas
as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a intimidade sexual com
prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17);
é grave pecado (1 Co 6.16); é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv
7.4-10; 1 Co 6.15-18).
4. Homossexualismo. É a prática sexual entre
pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a Bíblia condena, pois
é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18), perversão sexual de
Sodoma — sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17).
Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos (1 Co 6.9,10).
5. A masturbação. Há ensinadores que não a
consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é totalmente errado.
Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se
moralmente justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar o plano de
Deus, pois o sexo não deve ser egoísta, mas partilhado com outra pessoa, no
âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a fantasias sexuais.
PADRÕES DE MORALIDADE
SEXUAL
Hb 13.4 = “Venerado seja entre todos o matrimônio e o
leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os
julgará”
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e
sexualmente puro (cf. 2 Co 11.2; Tt 2.5;
1 Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de
toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e
pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou
com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a
abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante
de Deus.
Isso abrange o controle do corpo “em santificação e
honra” (1 Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino
das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao
ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
( I ) A intimidade
sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada
por Deus (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12).
Mediante o casamento, marido e mulher tomam-se uma só carne, segundo a vontade
de Deus. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento
conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.
(2) O adultério, a
fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são
pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Ex 20.14 ) e profanação do
relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras
(ver Pv 5.3 ) e colocam o culpado
fora do reino de Deus = (Rm
1.24-32; = 1 Co 6.9,10; = Gl 5.19-21).
(3) A imoralidade e a
impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer
prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em
nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros,
tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual
completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da
pureza. Deus proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de
qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21; ver 18.6 ).
(4) O crente deve ter
autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar
intimidade premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num
“compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos
de Deus. E igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar
a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge.
A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto
do Espírito, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo
que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e
impureza. Nossa dedicação à vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para
recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
(5) Termos bíblicos
descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal.
(a) Fornicação (gr. porneia).
Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo
que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão
dos padrões morais de Deus para seu povo (Lv
18.6-30; 20.11,12,17,19-21; 1 Co 6.18; 1 Ts 4.3).
(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota
a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio
próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1 Tm 2.9, sobre a modéstia).
Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a
paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se
participe de uma conduta antibíblica (Gl
5.19: Ef 4.19: 1 Pe 2.2.18).
(c) Enganar. i.e.. aproveitar-se
de uma pessoa. ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1 Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que Deus pretendeu
para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra
pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente
satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1 Ts 4.6; Ef 4.19).
(d) A lascívia ou
cobiça carnal (gr. epithumía) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se
tivesse oportunidade (Ef 4.22; = 1 Pe
4.3; = 2 Pe 2.18; ver Mt 5.28).
CONCLUSÃO
Os preceitos bíblicos que
dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho
estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os
meios de comunicação em massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o
erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do casamento, de modo
irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e
consciente. Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a
sexualidade, à luz da Palavra de Deus.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias
Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Em Dourados – MS
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Um comentário:
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