GÊNESIS O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA
Texto Áureo = “No
princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1)
Verdade
Prática = Sem o livro de Gênesis, as grandes
perguntas da vida ainda estariam sem resposta.
LEITURA BIBLICA = GÊNESIS 1:-10,14-16.
INTRODUÇÃO
O LIVRO DE GÊNESIS
Título
No Antigo Testamento hebraico, a primeira
palavra do texto, bereshit, “no princípio”, serve de título para o livro de
Gênesis. Tomar a primeira frase ou palavra de uma obra literária para
denominá-la era prática comum no antigo Oriente Próximo. A tradução grega
chamada Septuaginta (LXX) toscamente igualou este termo de abertura com a
palavra gênesis, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em
nossas versões bíblicas, porque descreve notavelmente bem o conteúdo do livro.
E o livro dos começos: o começo do universo, do homem, do pecado, da salvação,
da nação hebraica, da aliança com os homens.
Martinho Lutero foi o primeiro a anexar ao
título antigo a frase: “O Primeiro Livro de Moisés”, mantida na maioria das
versões bíblicas. Lutero a considerou apropriada visto que o Livro de Gênesis é
o primeiro dos livros do Pentateuco e Moisés fora tradicionalmente considerado
o autor de todos os cinco livros.
Autoria
Uma breve discussão da autoria não faz justiça
à massa de literatura sobre o assunto nem à complexidade dos problemas. A
controvérsia gira em torno da questão se o Livro de Gênesis, como o conhecemos
em todos os manuscritos existentes, foi produto de Moisés e seu tempo ou de
escritores desconhecidos em uma época muito posterior. Ao longo dos últimos
dois séculos, os estudiosos se dividem entre os que aceitam a autoria ou
autoridade mosaica e os que consideram que o material do Livro de Gênesis é
trabalho de muitos “autores” desconhecidos (ver análise em “O Pentateuco”).
O texto do livro não menciona o nome de Moisés
e, como dito anteriormente, foi Lutero (1483-1546) quem juntou ao título a
anotação sobre Moisés. Levando em conta que o derradeiro acontecimento narrado
em Gênesis ocorre muito tempo antes dos dias de Moisés, os estudiosos ortodoxos
defendem que ele modelou o material antigo em sua forma atual. Esta opinião se
baseia principalmente nas seguintes evidências internas: a) nos outros quatro
livros do Pentateuco, no sentido de que vieram de Moisés ou pelo menos do seu
tempo de vida e sob sua direção; b) no restante do Antigo Testamento, o qual
liga a Moisés o conteúdo de todo o Pentateuco; e c) no Novo Testamento, que
afirma serem os livros do Pentateuco (principalmente Deuteronômio) da autoria
de Moisés.
Data e
Composição
Estes itens estão estreitamente relacionados
com a discussão da autoria, portanto, todos os três devem, de certo modo, ser
tratados juntos.
Atribui-se a Johann Eichhorn, professor na
Universidade de Iena, Alemanha, em fins do século XVIII, a rejeição da
amplamente aceita autoria mosaica do Pentateuco. Ele fundamentou seus
argumentos em duas supostas fontes para o Livro de Gênesis rotuladas de J, para aludir a Jeová, e E,
para Elohim, as quais, segundo ele, vieram a existir depois do tempo de Moisés.
Na verdade, esta análise de fonte foi feita pela primeira vez por uma médica
francesa, Jean Astruc, várias décadas antes de Eichhorn.
Nos primeiros três quartos do século XIX, os
professores alemães discutiam se havia muitas fontes, duas fontes ou apenas uma
fonte para o Livro de Gênesis. Eles dataram estas fontes ao longo de todo o
tempo entre Salomão e Esdras. Usando como indícios a ocorrência de diversos
nomes divinos, as diferenças de vocabulário e a suposta divergência de pontos
de vista teológicos, a controvérsia predominou entre uma história de composição
fragmentada e uma unidade básica em construção.
Julius Wellhausen1 foi o primeiro a popularizar
com êxito a idéia de três fontes principais em Gênesis: J (fonte jeovista), E
(fonte eloísta) e P (fonte sacerdotal [“p” de Priestercodex ]. A fonte J era
datada do século IX a.C.; a E era datada do século VIII a.C.; e a P era datada
do século V a.C. Esta visão se tornou padrão entre seus seguidores e altamente
popular nos círculos protestantes e judaicos em todo o mundo ocidental. A
Igreja Católica Romana reagiu negativamente à teoria.
Hermann Gunkel procurou estender-se sobre a
posição de Wellhausen examinando as formas literárias da antiga maneira de
contar histórias conforme ilustrada em Gênesis. Ele concluiu que, antes de 1000
a.C., houve um longo período de transmissão oral de grande parte do conteúdo do
Livro de Gênesis antes de ser solidificado nos denominados documentos J,E e P.
Em anos mais recentes, os estudiosos que
rejeitam a autoria mosaica são mais favoráveis à idéia de um longo período de
desenvolvimento da tradição oral em torno dos centros tribal e cultual, em vez
da existência de fontes escritas. Otto Eissfeldt3 foi o proponente principal
desta abordagem. Houve também a tendência a considerar que o livro foi
concluído nos tempos do exílio e que possui um caráter substancialmente
mosaico. W. F. Albright defendeu esta posição.
Os estudiosos conservadores consistentemente
defendem que a teoria descrita acima é inaceitável, sendo incentivados pelo
volume de evidências contrárias fornecidas pelos estudos no antigo Oriente
Próximo.
Com vigor renovado, insistem que evidências
descobertas mais recentemente tornam possível e altamente provável a composição
de Gênesis na época de Moisés. Vários manuscritos, inclusive o tipo alfabético,
estavam em uso séculos antes dos dias de Moisés, produzindo-se uma grande
quantidade de literatura, grande parte dela significativa para os estudos em
Gênesis. Sabe-se hoje que a transmissão oral de recordações importantes,
sobretudo as pertinentes à santidade, tem um grau de precisão não menos que
espantosa.
Cada vez mais os estudiosos defendem que o
conteúdo de Gênesis 1 a 11 deve ter entrado na coletânea de fatos e tradições
hebraicas antes do tempo de Abraão. Atualmente, aceita-se que a orientação
social, econômica e política das histórias dos patriarcas está solidamente
arraigada no período de 2000 a 1500 a.C.5 A única barreira tem a ver com a
teologia. Há um reconhecimento crescente de que crenças monoteístas
predominavam entre os hebreus nos dias de Moisés,6 mas só os estudiosos
conservadores ousam asseverar que o monoteísmo era desde o início a fé dos
patriarcas.
A questão se resolve em uma pergunta básica:
Gênesis era mosaico ou uma miscelânea de composição e origem? Este comentário
sustenta a posição conservadora de que Gênesis é mosaico em sua composição e
data.
Estrutura
O Livro de Gênesis tem uma introdução
(1.1—2.3) e dez divisões, cada uma das quais introduzida pela palavra hebraica
toledot (“gerações, origens”), que os estudiosos admitem ter o significado de
“história, conto ou relato” em vez de simplesmente genealogia. Estas divisões
ocorrem em 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10; 11.27; 25.12; 25.19; 36.1; 37.2.0 livro
também pode ser dividido em duas seções principais: a primeira de 1.1 a 11.26 e
a segunda de 11.27 até o fim.
A primeira destas divisões lida basicamente
com as origens primevas, e a segunda, com o estabelecimento da relação de
concerto de Deus com os antepassados do povo hebraico. Ou conforme G. C.
Morgan,8 as divisões podem ser vistas em três partes.
A primeira divisão seria de 1.1 a 2.25, que se
ocupa da geração; a segunda seria de 3.1 a 11.32, que lida com a degeneração; e
a terceira seria de 12.1 a 50.26, que se centraliza na regeneração.
Depois do relato introdutório da criação, o
livro se concentra fundamentalmente em homens importantes e seus descendentes.
Estes homens são Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José.
Personagens de menor importância relacionados
a estes indivíduos notáveis são tratados pelo simples alistamento de suas
genealogias.
Em Gênesis, há um movimento seqüencial que
passa do universal para o específico. A história da criação do universo
concentra a atenção em Adão e sua esposa, Eva; depois se estende para traçar de
modo incompleto o aumento dos seus descendentes pelas linhagens de Caim e de
Sete. Tendo descrito vigorosamente a corrupção destes povos em 6.1-4, o relato
anuncia a decisão do Todo-Poderoso em puni-los por meio de um grandioso
dilúvio, mas, ao mesmo tempo, salvar um remanescente dando proteção a Noé e sua
família numa arca. Os descendentes de Noé também são apresentados no aumento
numérico e na expansão via migração através de uma lista genealógica. Abraão
vem em primeiro plano.
Geograficamente, os primeiros onze capítulos
são direcionados ao vale mesopotâmico (ver Mapa 1). Depois da resposta de
Abraão ao chamado de Deus para se mudar, as histórias relacionadas a ele estão
centralizadas principalmente em Canaã (ver Mapa 2), com apenas algumas
histórias ligadas ao Egito ou a sua antiga casa em Harã. Com exceção de ter uma
esposa de Harã, Isaque é completamente limitado à vida em Canaã, mas Jacó passou
vinte anos em Harã e os últimos anos de vida no Egito, embora na juventude e
meia-idade estivesse em Canaã. Exceto por sua juventude, José passou seus anos
de maturidade no Egito, parte numa prisão e parte como poderoso funcionário do
governo.
Propósito e
Mensagem
O propósito principal do Livro de Gênesis é
mostrar como Deus escolheu o povo de Israel para ter uma relação de concerto
com Ele. Essa escolha se revela na forma em que Ele lidou com os progenitores
dos israelitas.
Ainda que haja semelhanças notáveis entre
outros escritos antigos e as histórias bíblicas da criação, da queda do homem e
do dilúvio, o interesse bíblico na origem do universo é basicamente teológico.
Seu empenho é declarar que todas as coisas procedem e são sustentadas por um
No Livro de Gênesis, o interesse na origem do
homem e na origem do pecado diz respeito fundamentalmente à natureza do
relacionamento entre o homem e Deus, tanto em sua comunhão original quanto em
sua posterior oposição negativa e desobediente à vontade de Deus. O
relacionamento original sempre é considerado como o ideal e a meta de todos os
procedimentos futuros de Deus com o homem. As misericórdias de Deus são
estendidas aos homens para que o relacionamento positivo seja restabelecido
pela atividade salvadora de Deus, a qual é determinada num sistema de concerto.
Os vislumbres da realização futura dos
propósitos redentores de Deus são orientados para um grande cumprimento de uma
reconciliação não só individual, mas também nacional, internacional e universal
entre Deus e o homem. Por conseguinte, os temas messiânicos na parte final do
Antigo Testamento e no Novo Testamento são encontrados em Gênesis.
Do ponto de vista teológico, o teor de Gênesis
é inflexivelmente monoteísta. O paganismo não é abertamente questionado ou
rejeitado; é amplamente ignorado. Gênesis descreve somente exemplos limitados
da prática idólatra, os quais são repudiados indiretamente (como em Gênesis 22)
ou diretamente (como em Gênesis 23). A análise racional e o ímpeto religioso do
paganismo na Mesopotâmia, em Canaã e no Egito estão quase que totalmente
ausentes. O número limitado de temas religiosos e locuções literárias, que são
encontrados tanto na antiga literatura mesopotâmica quanto no material em
Gênesis, é incidental para os principais destaques das histórias de Gênesis.
Eles tiveram sua importância largamente sobreestimada por alguns estudiosos do
Antigo Testamento.
O Livro de Gênesis desafia a validade do
politeísmo, do dualismo, do deísmo e do panteísmo, não pela análise negativa de
suas fraquezas, mas pela afirmação positiva da unidade, soberania e realidade
pessoal divina. Em Gênesis, há a apresentação das qualidades pessoais e
dinâmicas da relação divino-humana dentro do concerto, sobretudo na forma
narrativa e, secundariamente, por meio de resumos genealógicos.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Comentário Bíblico Volume 01 - Genesis a Deuteronômio
A CRIAÇÃO DO MUNDO
TEXTO ÁUREO = “No princípio criou Deus os céus e a terra”
( Gn 1.1 ).
VERDADE
PRÁTICA
= O mundo não foi criado por acaso. E obra específica e planejada
daquele que é o autor de toda a criação DEUS.
LEITURA EM CLASSE = SALMO 148.1-14
INTRODUÇÃO
Na primeira lição, preocupamo-nos em
estabelecer e esclarecer a doutrina da Criação. Nesta, entretanto, trataremos o
assunto, do ponto de vista histórico.
1.0 REORDENAMENTO DA CRIAÇÃO
No primeiro versículo de Gênesis, temos
declarado o ato do Criador; no segundo, observamos o Universo criado, antes de
Deus dar-lhe forma e vida.
1. O estado
original da Terra. O versículo 2
declara que “a terra era sem forma é vazia” No original hebraico, aparece como
“tôhu”“wabôhu”, e dá a idéia de um lugar ermo. O autor descreve o nosso planeta
em seu estado incompleto. Alguns teólogos entendem este texto como uma
referência ao ato da recriação, mas sem base suficiente na Bíblia para garantir
esta idéia.
Os que defendem esta teoria, ensinam que entre
Gênesis 1.1 e 1.2, houve um cataclismo geológico, provocado pela queda de
Satanás perante o Criador . Mas, parece-nos que a narrativa da criação nada tem
a ver com isso, pois trata-se de um relato dos atos criativos de Deus, que
eliminou o caos que envolvia a Terra, “sem forma e vazia”.
2. O
Espírito Santo, a presença de equilíbrio no caos. Este processo de ordenamento do caos tem a
presença do Espírito de Deus que pairava sobre a face das águas. Ele operava
sobre a expansão dos mares como “ruach” (hebraico), que significa “vento,
hálito”. Seu sopro produz energia e vida criadora (Jó 33.4; Sl 104.30).
O ato de “pairar” não significa que o Espírito
seja alguma coisa inerte mas, sim, move- se, agita as águas. E algo vivo e
energético, não evolutivo. O versículo 3, logo a seguir, indica o próximo ato
criativo de Deus, quando diz:” Haja...”. Foi a Palavra do Criador que trouxe
ordem ao caos inicial.
II. OS SEIS DIAS DA CRIAÇÃO
1. O
primeiro dia: criação da LUZ (Gn 1.3-5).
Deus fez aparecer a luz cósmica, pelo poder da sua Palavra, quando disse: “haja
luz, e houve luz”. Ele trouxe à existência as coisas não vistas. O mundo estava
debaixo da escuridão total, mas o Criador fez surgir a luz, mesmo antes de
aparecer o Sol. O ato de ordenar que houvesse luz não significa que ela não
existisse antes, mas que Deus fez surgir no primeiro dia. No versículo 4,
lemos: “fez Deus separação entre a luz e as trevas”. Havia, de fato, uma densa
acumulação de neblina e vapor, os quais envolvia a Terra, e, por isso, existia
uma total escuridão. Quando surgiu a luz, as trevas foram vencidas pelo poder
da claridade que se espalhou sobre a expansão das águas. No versículo 5, a luz
foi chamada “dia” e as trevas, “noite”.
2. O segundo
dia: criação do FIRMAMENTO (Gn 1.6-8).
Deus faz surgir o firmamento ou “expansão”, referindo-se à separação das águas
atmosféricas das terrestres. Entende-se que uma vasta cortina líquida e
nebulosa cobria a Terra e impedia que a luz solar a vencesse. Ela submetia o
planeta a um juízo de trevas impenetráveis. Era uma massa de água atmosférica
que se condensava com o vapor da terra. Mas Deus estabeleceu a separação das
águas “debaixo da expansão” que se evaporaram, para formarem nuvens e se
transformarem em águas potáveis.
3. O
terceiro dia: a criação da terra, mar e plantas. (Gn 1.9-13). No terceiro dia da criação o Criador, depois
da separação das águas, ordenou que “aparecesse a porção seca”, que é a parte
sólida deste planeta, a Terra. Alguns geólogos acreditam que, originariamente,
“a porção seca” (Gn 1.9) fosse um só continente. As especulações acerca deste
assunto são muitas, mas nenhuma é sustentável. A grande verdade é que a parte
seca, hoje, disposta no planeta em cinco continentes, existe, e foi capacitada
para produzir toda a vegetação em forma de ervas variadas que dão sementes e
árvores frutíferas. Estes elementos vitais da vegetação seriam os produtores de
alimentos para a sobrevivência dos seres vivos.
4. 0 quarto
dia: criação do Sol, Lua e estrelas (Gn 1.14-19). Não há contradição entre o relato do primeiro
e o quarto dia, quando ambos os textos relativos falam do aparecimento da luz.
A diferença é que, no primeiro dia (Gn 1.3-5), Deus ordena o surgimento da luz,
e no quarto (Gn 1.14-19), o Senhor organiza o sistema solar. Neste dia, surgem
o Sol e a Lua e, os astros celestes. Na linguagem hebraica, os nomes sol e lua
são omitidos propositadamente por Moisés, que prefere denominá-los como dois
luminares. E interessante que eles surgiram, para vencerem o caos terrestre e
contribuírem para a produção e preservação da vida sobre a Terra. Tudo está
pronto para a sobrevivência animal. Há água potável, comida e o ciclo das
estações.
No versículo 14, começa, de fato, a contagem
do tempo, pois os luminares surgidos no firmamento celeste, Sol e Lua, fazem a
diferença entre o dia e a noite.
5. 0 quinto
dia: criação da vida marinha e das aves (Gn 1.20-23). As águas, separadas em doces e salgadas, têm
vida. A ordem divina no versículo 20 é: “produzam as águas abundantemente
répteis de alma vivente”. Esta primeira ordem inclui todos os animais
aquáticos, marinhos, e todas as espécies de aves, O texto fala de “enxames de
seres viventes” (v.20) nas águas e sobre a terra. Deus lançou a sua bênção
sobre estes seres viventes e ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem
(v.22).
Está escrito, no versículo 23, que “houve
tarde e manhã”. Esta escritura tem gerado polêmica aos estudiosos. Alguns
intérpretes ensinam que a referência aqui é a um dia de Deus e não ao comum,
limitado por minutos e horas. Entendem que o começo de cada ato da criação é
chamado manhã, e a conclusão deste específico ato divino é chamado “tarde”.
6. O sexto
dia: criação da vida animal e a humana (1.24-26). Percebe-se, neste dia, que Deus criou três
tipos distintos de seres: “gado”, um tipo de animais mansos, os quais pastam e
andam juntos; “répteis”, que rastejam, como as serpentes e outros
invertebrados; “feras”: aparecem por último no versículo, e referem-se aos
animais selváticos: leões, tigres e outros carnívoros.
No versículo 25, afirma-se que Deus criou
estes animais, cada qual segundo a sua espécie. Ora, aprendemos nestes
versículos que todos os seres vivos, tanto no mundo animal como vegetal, foram
feitos de acordo com o seu gênero e espécie e com a capacidade de reproduzir-se
por gerações sem fim. Deste modo, podemos testemunhar que as diferentes
famílias de animais e plantas conservam- se, desde sua criação, até o dia de
hoje.
Porém, o homem é a obra-prima do Criador. Ele
é a coroa da criação, conforme está declarado no versículo 26. Quando Deus
disse: “Façamos o homem”, Ele desejava criar um ser distinto de todas as demais
criaturas terrenas: alguém que tivesse personalidade, vontade, sentimento, e
fosse capaz de representá-lo sobre a Terra. Por esta razão, Ele criou o homem
“à sua imagem e semelhança”.
III. VERDADES FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DA
CRIAÇÃO
A história da criação tem seu fundamento na
revelação de Deus ao homem. Por causa do pecado, o ser humano se tomou vítima
do engano e da mentira de Satanás. As teorias levantadas por mentes incrédulas
e perniciosas procuram ofuscar o fato da criação.
O relato bíblico não se baseia em teorias, mas
em fatos revelados pelo próprio Deus. Por isso, algumas verdades fundamentais
acerca da criação precisam ser ensinadas e não meramente informadas.
1. Houve um
propósito divino na criação.
As Escrituras revelam que a criação do mundo não foi obra do acaso. Deus o
criou com os seguintes propósitos:
a) Para sua glória, conforme alguns textos
bíblicos declaram: Salmo 19.1 ;Isaías 43.7; 60.21; 61.3; Lucas 2.14.
b) Para satisfação de sua vontade: Efésios
1.5,6,9; Apocalipse 4.11.
c) Para a honra pessoal de Jesus Cristo, seu
Filho: Colossenses 1.16 e Hebreus 2.10.
2. Houve e
há um fim na criação. O próprio
Deus Criador. Qual a finalidade de Deus ter criado o mundo? A resposta está no
fato de que a criatura não existe por si própria, a não ser pelo ato criador de
Deus. Ele não depende da criatura, mas esta precisa dele. Portanto, seu destino
submete-se ao que seu Criador dispuser. Então, interroga-se: Por que Deus criou
todas as coisas? Por que existe o mundo? O homem? Estas perguntas têm uma única
resposta: Deus criou tudo, porque é livre para criar, e seu propósito baseia-se
no fato da eterna bondade que Ele manifesta para sua criação. Ao criar o mundo,
não significa que Ele precisasse de alguma coisa para si, já que Ele possui
tudo (Já 22.1-3). Ele criou todas as coisas, para a sua glória (SI 18.2-5; Is
6.3; 1 Co 6.20).
CONCLUSÃO
Há uma curiosa expressão que, por vezes, é
questionada pelos estudantes da Bíblia: “E houve tarde e manhã” (Gn
1.5,8,13,19,23,31). Em todos estes versículos, a encontramos no final de cada
ato criativo. Ela faz parte de um relato de Moisés, o autor de Gênesis. Por
isso, quando o escreveu, tinha sua mente voltada para a cultura oriental,
especialmente a dos hebreus. Geralmente, o dia começava ao pôr-de-sol, à
tardinha. Portanto, neste livro, a tarde sempre precedeu a manhã. De quantas
horas foram estes dias da criação? De 12 ou 24? Alguns ensinadores forçam uma
interpretação e os definem como de duração indefinida, ou, até mesmo, como eras
geológicas. E difícil encontrar uma definição para este texto. Porém, não é
fácil entender o método de Deus. Se um dia pode ser como mil anos e vice-versa
(2 Pe 3.8), por que discutir esta questão?
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995 - CPAD
O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO
TEXTO ÁUREO = “Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez”. Jo 1.3.
VERDADE
PRÁTICA = A criação do Universo foi algo
resultante da vontade soberana de Deus.
TEXTO BIBLICO = Gn 1.1-6,9-11,14-17,21,25
INTRODUÇÃO
O ponto de partida de nossa fé é exatamente o
tipo de crença esposa- do quanto à Pessoa de Deus (Hb 11.6). A Bíblia
identifica como louca a pessoa que nega a existência de Deus (Si 14.1), muito
embora em nenhum dos seus 66 livros o Espírito Santo jamais estabeleceu
qualquer argumento, de natureza filosófica ou racional tentando provar a
existência de Deus.
1. A PESSOA DO CRIADOR
Existem diferentes fontes de revelação da
Pessoa de Deus. As principais são: a Bíblia Sagrada e a Natureza (SI 19.1-4).
O método bíblico da revelação de Deus é tão
claro, intuitivo e conducente que todos os escritores simplesmente declaram os
atos soberanos de Deus.
1. Deus é o
Criador. Todos os seres vivos existentes no
Universo, além do universo de elementos inanimados, têm sua criação atribuída a
Deus (Mc 13.19). Deus criou todas as coisas (At 17.24). EZ)
2. Deus é
Onipotente. Os remidos no
céu celebrarão permanente e eternamente o fato de que o Deus Onipotente reina
(Ap 19.6). Esse cântico ilustra e lembra dois dos mais maravilhosos e
expressivos atributos de Deus: Sua Onipotência e Sua Soberania. Veja também Gn
17.1; 35.11; Ap 21.22; Ëx 15.18; 1 Cr
29.11,12; Si 93.1,2; Is 66.1.
3. A
Onipotência divina nos atos da criação.
Os dois primeiros capítulos da Bíblia mencionam os detalhes da criação do
mundo. Os profetas, por sua vez, declaram que Deus fez a terra por seu próprio
poder (Is 40.21-28; 42.5; 45.12-18; Jr 10.12; 27.5; 51.15).
II. O MËTODO DA CRIAÇÃO
A mente humana tem sido atingida por inúmeras
teorias do aparecimento do Universo. Os evolucionistas, por exemplo,’ estão
tentando ganhar terreno impondo suas especulações. No entanto, teorias,
especulações e opiniões humanas não têm qualquer valor diante das afirmações
irrefutáveis da Bíblia Sagrada. A Bíblia Sagrada não é fruto de especulação.
Ela é a revelação de Deus (2 Pe 1.21; Jr 1.12).
1. Deus
criou. Em Gênesis 1 e 2 são originalmente
usados três vocábulos para descrever os atos criativos de Deus, a saber:
a) Bara, que significa criar do nada, formar
algo sem dispor de matéria prima, como em Gn 1.1,21,27, etc.;
b) Asah, que significa fazer;
c) Yatzar, que significa formar. Estes dois
últimos vocábulos significam construir algo a partir de matérias
pré-existentes.
2. Deus
criou por sua Palavra. O relato
insuspeito de Gênesis 1 nos afirma que os atos criativos foram, via de regra
precedidos de sua palavra. A expressão textual é: “E disse Deus” (Gn
1.3,6,9,11,14,20,24) e etc.
3. Deus
criou por sua vontade (Ap 4.11). Estas
palavras do Apocalipse reafirmam a soberania de Deus. A vontade de Deus, ao
contrário da humana, não está sujeita a qualquer limitação. Daí a importância
da oração dominical: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”
(Mt 6.10).
4. Deus
criou por sua mão (Is 66.2). A
mão sempre foi símbolo de trabalho, atividade, força, domínio, autoridade,
proteção, etc. A expressão “mão de Deus”, tantas vezes encontrada na Bíblia,
incorpora essa conotação. Nesse sentido está escrito que foi a mão de Deus (Seu
poder, força e autoridade) que fez todas as coisas e sobre tudo exerce
autoridade e domínio (Js 4.24; SI 98.13; 118.15; J0 10.29; 1 Pe 5.6).
5. Deus
sustenta o que criou (Hb 1.3). A
Bíblia não apenas registra que Deus criou todos os astros e planetas que povoam
os céus; diz ainda que Deus os chama pelos seus nomes, não permitindo que
nenhum deles venha a faltar (Is 40.26).
III. A ORDEM DOS EVENTOS DA CRIAÇÃO NATURAL
No livro de Gênesis, Moisés passa a descrever
as diferentes fases da ação divina que se estendeu por seis dias, dos quais,
três para a formação dos espaços habitáveis e outros três para a obra do
povoamento.
1. Primeiro
Dia — Criação da luz cósmica (Gn 1.3). Como
bom artista, Deus começou por iluminar o seu campo de ação. Não se trabalha no
escuro porque, sem luz — condição fundamental de toda a obra (cientificamente
provado), tudo é confuso. No plano natural das coisas, a luz procede da
vibração. O versículo 2 revela a relação entre o movimento do Espírito sobre a
matéria inerte e a conversão operada no pecador por este mesmo Espírito.
2. Segundo
Dia - Criação do Firmamento (Gn 1.6-8). Firmamento
ou expansão foi como Deus denominou o segundo elemento criado; foi a separação
da matéria gasosa da qual surgira a luz. O que Deus chama de “expansão” ou
“céus”, não significa simplesmente a atmosfera à volta da terra, mas a “grande
câmara” universal onde o Sol, a Lua e as estrelas se localizam.
3. Terceiro
Dia - Aparecimento da terra firme e da vegetação (Gn 1.9-13). Neste, o movimento está ligado à gravitação,
envolvendo tudo e todas as demais forças que começam a concentrar a matéria
debaixo do firmamento à volta dos inúmeros centros ou planetas, um dos quais
passa a ser o nosso globo. Para que a terra pudesse receber seus habitantes,
Deus cria as plantas com suas inúmeras finalidades.
4. Quarto
Dia - Organização do sistema solar (Gn 1.14-19). Neste dia surgem o Sol, a Lua e as estrelas. A
função dos dois astros reis — Sol e Lua, é controlar o dia e a noite,
respectivamente. O Sol indica dias e anos; a Lua, semanas e meses; e as
estrelas, as estações.
5. Quinto
Dia - Surgimento da fauna marinha (Gn 1.20-31). Neste dia surgem os pequenos e grandes peixes, como
também todas as variedades de aves. Os animais da água em geral, e do ar, têm
muita semelhança. Há muitas aves que vivem também nas águas.
6. Sexto Dia
- Criação dos animais terrestres (Gn 1.24-26). À semelhança dos demais animais, estes também
foram criados por Deus. Esses animais nascem da terra e nela vivem. Dividem-se
em três grupos distintos: a) gado ou animais domésticos; b) feras ou animais
selvagens; c) répteis, que se arrastam pelo solo.
IV. O PROPOSITO DA CRIAÇÃO
As Escrituras revelam algumas razões porque
Deus consumou o processo da criação, dentre as quais destacam-se as seguintes:
1. Para Sua glória, como se pode ler em Isaías
43.7; 60.21; 61.3; Lc 2.14; Si 19.1.
2. Para Sua vontade, como encontramos em Ef
1.5,6,9; Ap 4.11.
3. Para ser habitada, de acordo com Is 45.18.
4. Para a honra pessoal de Jesus Cristo,
conforme lemos em Hb 2.10; Cl 1.16.
5. Para comunhão com o homem, de acordo com as
passagens de Gn 2.7-9 3.8,9; 1 Co 1.9.
V. LIÇÕES FINAIS DA CRIAÇÃO
O relato bíblico da criação é uma arma contra
as terríveis heresias que atualmente enchem a terra. A criação do Universo por
Deus:
1. Nega a
eternidade da matéria, posto que afirma que houve um princípio no qual todas as
coisas foram efetivamente criadas.
A harmonia da criação está a dizer-nos que antes dela houve um poder dinâmico
que a gerou, e, portanto, esta coisa — o mundo — teve um princípio. O ser que a
gerou, é o eterno Deus. Então Deus foi o principio, a causa primária de tudo o
que existe. Somente Deus é eterno (G21:33; Ëx 3± ;Dt33.27; Í Cr 16.36; Ne 95; ,Jó
36.26; Sl 90.1-4).
2. Nega o
Ateísmo, pois afirma categoricamente que Deus criou os céus e a terra e tudo o
que neles há. Tudo o que
existe dentro de nós, em volta de nós e acima de nós, revela a maravilhosa
existência de um Ser Criador.
3. Nega o
Panteísmo. O Panteísmo ensina que Deus e a
natureza são o mesmo e estão inseparavelmente ligados. A Bíblia afirma, porém,
que Deus não é parte do Universo, posto que este é obra das Suas mãos (Sl 8).
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 3º. Trimestre 1986 - CPAD
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO
TEXTO ÁUREO= “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem
ele, nada do que foi feito se fez’ (Jo 1.3).
VERDADEPRÁTICA = A doutrina da criação faz parte do credo
apostólico, não como um assunto alegórico ou filosófico, mas um legado
histórico e espiritual que deve ser ensinado.
LEITURA EM CLASSE = GÊNESIS 1.1,2,26-31
INTRODUÇÃO
Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, no original
hebraico, é “Bereshith”, que se traduz por “No princípio” e, no grego, a
palavra “Gênesis” é “Geneseos”, que significa”nascimento,
começo, princípio”. Foi escrito por Moisés em 1443 a.C.,aproximadamente, e
redigido nos primeiros anos da peregrinação de Israel no deserto,quando este
patriarca procurava ensinar ao povo os fundamentos da Palavra de Deus.
1- DEUS, O CRIADOR
1.
Identificando o Criador. Antes de
falar dos atos criativos do Senhor, é preciso conhecê-lo do modo como a Bíblia
o apresenta. Gênesis não começa com uma teoria, mas com o vocábulo Deus: “No
princípio criou DEUS” (Gn 1.1). Através da história da humanidade, os homens
têm inventado muitos deuses, e Satanás, arquiinimigo de Criador, deseja
tornar-se o governador ou “deus” do Universo, a qualquer custo.
2. O Criador
e a criação. A declaração de
que há um Criador, o qual deu vida a todos os seres vivos existentes na Terra,
e também os elementos animados e inanimados, desfaz completamente as teorias
anticriacionistas da evolução. No hebraico, o termo “BARAH” indica, de forma
direta, que Deus é o Criador.
3. O Criador
é o Senhor Onipotente. Entre os
atributos de sua Onipotência, revela-se “o poder de criar”. A Abraão, o Senhor
manifestou-se como “o Deus Todo- poderoso” (Gn 17.1). Vários textos na Bíblia
declaram que “Deus fez a terra pelo seu próprio poder”( Is 40.21-28; 42.5;
45.12-18; Jr 10.12; 27.5;51.15).
II- TEORIAS DA ORIGEM DA CRIAÇÃO
1. A Teoria
da Grande Explosão. A partir do
estudo de Einstein, sobre a Teoria da Relatividade, outros cientistas acreditam
que o Universo era uma bola imensa de hidrogênio que se expandiria
indefinidamente e alcançaria distâncias quase infinitas. Eles imaginamque, em
algum tempo indecifrável, houve uma grande explosão desta imensa bola de
hidrogênio. Daí, surgiram os mundos, as galáxias. Na tentativa de definir as
origens do Universo, procuram determinar a sua idade, sugerindo a cifra de 12
bilhões de anos. De fato, esta teoria acredita na eternidade da matéria, mas a
Bíblia a refuta, quando declara que tudo em algum tempo começou a existir. “No
principio, criou Deus os céus e aterra”(Gn 1.1).
2. A Teoria
da Nebulosa Original. A idéia básica
desta teoria é que a matéria foi criada por Deus e está espalhada pelo
Universo, em vários sistemas planetários desconhecidos e, inclusive, o nosso,
no qual se inclui a Terra. Os cientistas, seus defensores, ensinam que o nosso
planeta teria surgido em estado gasoso de hidrogênio, e, como os gases ocupam
muito mais espaço que os sólidos, esta matéria original tomaria todo o espaço
conhecido e desconhecido.
3. A Teoria
da Substância Original. Os adeptos
desta teoria ensinam que havia, no princípio de tudo, uma substância original
indefinida e desconhecida, e dela surgiram os quatro elementos básicos: a
terra, o ar, o fogo e a água. Afirmam ainda que, de um destes componentes deve
ter-se originado a vida, ou então, de todos eles.
4. A Teoria
do Panteísmo. O Panteísmo
declara que Deus e a Natureza são a mesma coisa e estão inseparavelmente
ligados. A idéia básica desta teoria é que o Senhor não cria nada, mas tudo
emana e faz parte dele. Entretanto, a revelação bíblica não aceita, de modo
algum, este ensinamento, pois o Criador não é parte do Universo, e, sim, este
foi criado por Ele (Sl8).
5. A Teoria
Evolucionista. Esta teoria
ensina que a matéria é eterna, preexistente. A partir daí, mediante processos
naturais e por transformação gradual, os serespassaram a existir. Entretanto, a
Bíblia declara que Deus criou todas as coisas, isto é, tudo teve um começo. As
provas diretas da criação, além da Ciência, estão expostas na Bíblia em Gênesis
1.1.
6. A Teoria
da Criação, a partir do nada.
Esta é ,talvez, a mais difundida, ensinada e pregada, no meio evangélico. Ela é
conhecida pela expressão latina “nihílo”, pois declara que Deus criou tudo “do
nada”, mediante o poder de sua palavra.
Utiliza-se como base, para a afirmação desta
idéia, o texto de Hebreus 11.3, o qual diz que “os mundos foram criados pela
palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente”.
Ora, entendemos que aquilo o qual não é
aparente, não quer dizer “do nada”, mas pode referir-se a coisas imateriais. A
expressão “No princípio”, de Gênesis 1.1, não se refere à “eternidade passada”,
mas significa o ponto inicial do tempó como o conhecemos.
III - O MODO DIVINO DA CRIAÇÃO
1. A criação
foi um ato livre da parte de Deus.
Existe um falso ensino de que a criação do mundo foi por uma necessidade de
Deus, uma autogênese divina, para fazer valer o seu Ser, como se Ele precisasse
auto-afirmar-se. Uma vez que se admite ter sido a criação feita do nada,
entende-se que nada preexiste à ação criadora do Senhor. A idéia de queo mundo
aparece como algo necessário para Ele, acaba no panteísmo, o qual ensina que
tudo é Deus e o mundo não pode conceber-se sem o Criador, nem Ele sem o
Universo.
Mas Deus não criou o mundo por acaso, ou por
necessidade. O Universo existe porque o Criador quer. Ele é para si mesmo sua
própria riqueza e,portanto, a criação partiu dele como uma graça especial. O Senhor
é imune de coação externa, pois não depende de nada, absolutamente, e, por
isso, pode criar livremente o que deseja, quando e como quer. Os salmos 115.3 e
135.6 dizem respectivamente: “Mas o nosso Deus esta nos céus; fez tudo o que
lhe agradou”; “Tudo o que o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e
em todos os abismos”.
2. A criação
foi um ato temporal de Deus.
A expressão inicial de Gênesis 1.1: “No princípio”, indica, dentro da
eternidade, a questão do “tempo”. O termo hebraico “bereshith” mostra, em seu
sentido literal, que a palavra “princípio” refere- se ao início da criação. “O
tempo é apenas uma das formas de toda a existência criada”, como afirmou certo
teólogo. A declaração de que a criação foi um ato temporal, nãosignifica restringir
ou confinar Deus ao tempo, porque Ele está fora de qualquer confinamento,
restrição física ou mesmo espiritual. Na verdade, a lição que aprendemos na
Bíblia é que o mundo teve começo ( Mt 19.4,5; Mc l0.6;Jo l.l,2;Hb 1.10).
3. A criação
foi um ato especial do Deus Triúno.
A forma plural do nome “ELOE-IIM” revela- nos, não só a transcendência do
Criador, no sentido de ir além, mas, acima de tudo, o sufixo “him” indica a
pluralidade composta da divindade, ou seja, as três pessoas da Trindade. Uma
vez revelado o trino Deus na declaração inicial de Gênesis, entende-se que Ele
é o autor da criação (Gn 1.1; Es 40.12; 44.24; 45.12).
Nenhuma das pessoas da Trindade age com
poderes independentes, mas, sim, o Pai, o Filho e o Espírito são autores
independentes.
CONCLUSÃO
Estudamos esta primeira lição, para
compreendermos, não só a Teologia da Criação, mas também a sua história,
conforme o relato de Gênesis. Precisamos compreender este assunto com
convicção, para podermos refutar as teorias humanas que negam o relato bíblico.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º.Trimestre 1995 - CPAD
GÊNESIS O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA
Texto Áureo = “No
princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1)
Verdade
Prática = Sem o livro de Gênesis, as grandes
perguntas da vida ainda estariam sem resposta.
LEITURA BIBLICA = GÊNESIS 1:-10,14-16.
INTRODUÇÃO
O Gênesis
fascina-me o espírito. Tudo nele é relevante, didático, profundo, belo e
devocional. Até as suas genealogias trazem-me preciosas lições. Dá criação do
Universo à morte de José, percorro um caminho que, apesar das agruras e provas,
conduz-me logo ao Criador. Em cada página, encontro um Deus que, não se
limitando a criar, deleita-se em revelar-se à criatura.
Neste livro,
enterneço-me com os patriarcas. No Crescente Fértil, refaço-lhes as
peregrinações desde a imponente Ur à rústica Betel. De suas vitórias,
compartilho. Aos seus idílios, assisto. Que outro autor poderia descrever com
tanta poesia o encontro de Jacó e Raquel? E a história de José? Não há quem não
chore ao ler o drama do escravo hebreu que veio a governar o Império Egípcio.
Em cada capítulo do Gênesis, tenho uma nova experiência com o Deus de Isaque e
de Abraão.
Iniciemos,
pois, o nosso diálogo com uma literatura alta, rica e artisticamente bem
trabalhada. Mas este não é o seu principal mérito. À semelhança dos demais
livros da Bíblia Sagrada, o Gênesis é a inspirada, inerrante e infalível
Palavra de Deus. Não veio à luz apenas para encantar-nos a estética, mas para
encaminhar-nos à ética inigualável e perfeita do Criador.
1. A AUTORIA MOSAICA
O Gênesis
foi escrito por um dos homens mais sábios da história. Filho de Anrão e Joquebede,
pertencia Moisés à casa de Levi, a mais conservadora das tribos hebreias (Ex
6.20; 32.26-28). Sua biografia é pontilhada por lances dramáticos e
inexplicáveis. Ainda recém-nascido, foi preservado do infanticídio desencadeado
pelo rei do Egito, visando à eliminação do povo de Israel (Êx 2.1-10).
Providencialmente
adotado pela filha do Faraó, é levado ao palácio, onde recebe a educação mais
esmerada da época (At 7.22). Homem feito, saiu a ver as agruras de seus irmãos.
E, na ânsia por ajudá-los, acaba por matar um egípcio. Vê-se, então, forçado a
refugiar-se em Midiã. Nesse diminuto reino localizado ao norte da Arábia,
entrega-se ao pastoreio do rebanho de Jetro, seu sogro (Êx 3.1).
Ali,
solitário e reflexivo, dispõe de espaço e tempo para meditar nos propósitos do
Deus de Abraão. Que perguntas avivaram-lhe o espírito? E que indagações fez ao
Eterno de Israel?
Deus utiliza
o isolamento de Midiã, para trabalhar-lhe a personalidade. No Egito, entre
cativos e exatores, jamais se teria desenvolvido espiritualmente.
Foi em seu
exílio, que Moisés inteira-se de inteira-se de uma invenção que revolucionaria
a transmissão do conhecimento: o alfabeto. Surgido na região do Sinai, seria
logo adotado pela maioria dos povos.
Providencialmente,
o Senhor impediu que a sua Palavra fosse escrita em caracteres egípcios, pois
tanto o demótico, conhecido pelo povo, como o hieróglifo, dominado apenas pelos
sacerdotes, não possuíam a plasticidade e a segurança necessárias para
registrar os inícios da História Sagrada.
Não sabemos
em que período de seu ministério, Moisés escreveu o primeiro livro da Bíblia
Sagrada. Mas podemos garantir que o Êxodo é uma sequência natural do Gênesis,
pois, no original hebraico, ambos os livros acham-se ligados por uma conjunção
aditiva.
II. DATA E LOCAL
Não é tarefa
nada fácil precisar a data e o local em que Moisés escreveu o Gênesis. Para não
nos perdermos em especulações, algumas absurdas e outras impiamente vazias,
adotaremos a posição conservadora por ser a mais segura e racional.
1. Data. É-nos permitido afirmar que o primeiro livro da Bíblia foi
redigido entre 1445 e 1405 antes da era cristã, durante a peregrinação de
Israel pelo Sinai. Eleger qualquer outra época, como a do pós-exílio
babilônico, por exemplo, é atentar contra as evidências da própria Bíblia.
Tanto os profetas quanto os apóstolos têm como certa a autoria mosaica de todo
o Pentateuco, incluindo o Gênesis.
2. Local. Já que sabemos ter Moisés escrito o Gênesis no século 15 antes de
Cristo, concluímos que ele o redigiu no Sinai. Aliás, encontramo-lo em diversas
ocasiões, durante a peregrinação de Israel pelo deserto, a registrar as
palavras do Senhor (Ex 24.4; Nm 32.2; Dt 31.9). Ao seu dispor, excelente
material de escrita. Doutra forma, o livro jamais teria chegado às gerações
futuras.
III. REIVINDICAÇÃO E TEMA
Todos os
livros da Bíblia possuem, além do tema central, uma reivindicação específica.
Por isso, devemos ler a Palavra de Deus com atenção e cuidado, para não lhe
ignorarmos as demandas.
1. Reivindicação. A principal reivindicação do Gênesis é que
creiamos ser Deus o Criador dos céus e da terra. Aliás, é a primeira verdade que
nos expõe o autor sagrado (Gn 1.1). Que nos curvemos humildemente, pois, à
soberania divina. Ao aceitar semelhante demanda, confessa o salmista Etã: “Teus
são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste” (SI
89.11).
Quem lê o
Gênesis com devoção e amor, aceita de imediato a exigência divina. Sim, tudo
pertence ao Senhor, inclusive você e eu. Aleluia!
2. Tema. O tema do Gênesis faz-se acompanhar de sua reivindicação central:
“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Nesse livro, portanto,
encontramos as origens dos céus, da terra, do ser humano, das nações e do povo
de Israel. Acham-se nele, também, os esboços das doutrinas que professamos. O
seu título, a propósito, significa exatamente isso: origem.
IV. OBJETIVOS DO LIVRO
Além de uma
reivindicação específica e de um tema central, o Gênesis foi escrito com, pelo
menos, dois objetivos: fundamentar teológica e historicamente o êxodo hebreu e
responder-nos às grandes perguntas da vida.
1. Fundamentar o êxodo hebreu. Os leitores, ou ouvintes,
imediatos do Génesis foi a geração que o Senhor libertara do cativeiro egípcio.
No momento mais crítico de sua história, era1hes urgente saber três coisas
essenciais, Antes de tudo, que o Jeová do Exodo era o mesmo Elobim do Génesis.
Logo, o Criador dos Céus e da Terra não poderia deixar de apresentar-se como o
Redentor de seu povo. Finalmente, o Deus que chamara Abraão a uma nova
realidade espiritual, convocava-os, agora, a uma vida de liberdade numa terra
boa, ampla e singularmente aprazível. Por isso, o Senhor se apresenta aos
filhos de Israel como o El-shaday dos patriarcas (Gn 17.1; Ex 6.3).
O objetivo
primacial do Génesis, portanto, era fundamentar teológica e historicamente os
filhos de Israel, a fim de que assumissem a sua identidade como povo de Deus.
Eles deveriam saber que a sua liberdade não era fruto de um movimento político,
nem de uma convulsão social, mas o cumprimento das alianças que o Senhor
estabelecera com Abraão, Isaque e Jacó.
Aliás, o
próprio José, pouco antes de morrer, profetizara, no Gênesis, o Exodo: “Eu
morro; porém Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a
terra que jurou a Isaque e a Jacó”. Em seguida, José fez jurar os filhos de Israel,
dizendo: “Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos
daqui” (Gn 50.24,25).
Nas Sagradas
Escrituras, todos os atos de Deus são bem fundamentados teológica e historicamente.
O que aconteceu no Exodo alicerça-se no Gênesis. As alianças firmadas neste
cumprem-se naquele. O mesmo podemos dizer com respeito a nossa salvação. O que
teve início no primeiro livro da Bíblia plenifica -se no último.
2. Responder as grandes perguntas da vida. O Gênesis
foi escrito também para responder-nos às grandes perguntas da vida. Em primeiro
lugar, todos ansiamos por saber como vieram a existir os Céus e a Terra.
A segunda
indagação, não menos importante, é acerca da nossa própria origem. Se não
obtivermos as respostas certas, deixar-nos-emos aprisionar tanto pelas
mitologias antigas como pelas modernas, que nos chegam diariamente travestidas
de ciência, Adão não tinha qualquer dúvida quanto à criação, pois conhecia
pessoalmente o Criador. Mas os seus descendentes, por parte de Caim, logo
endeusaram a criatura, permitindo-se arrastar pelo sexo e por atos cada vez
mais violentos. Sim, violência e sensualidade, os dois primeiros deuses da
humanidade; dai, nasceram todos os idolos.
Não demorou
muito para que os filhos do próprio Sete caíssem nos mesmos pecados de Caim (Gn
6.1-3). Se não fosse o piedoso Noé, toda a raça humana teria perecido no
Dilúvio.
A era atual
em nada difere daquela época, conforme afiança o Senhor Jesus: “Pois assim como
foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim
como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão
quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do
Homem” (Mt 24.37-39).
Em
consequência do pecado, o deus deste século não demorou a cegar e a perverter a
mente da humanidade (2 Co 4.4). E, assim, a narrativa que Adão e Noé
transmitiram aos seus filhos acabou por degenerar-se em mitologias blasfemas e
grosseiras. A família de Sem, através de Abraão, ainda manteria, por alguns
séculos, a pureza do criacionismo.
Mas, já no
tempo do Êxodo, a tradição oral já não era confiável. Por isso, o Senhor
convoca Moisés não apenas para libertar Israel do Egito, como também perenizar,
através da palavra escrita, a verdade sobre os inicios de todas as coisas.
Tendo em
vista a pureza do Gênesis, rejeitamos a hipótese de que o autor sagrado foi
buscar rescaldos nas mitologias babilônicas para redigir o primeiro livro da
Bíblia. Supervisionado pelo Espírito Santo, selecionou os registros mantidos
pelos hebreus, depurando a tradição oral da criação que o seu povo ainda
conservava.
E claro que,
nessa tarefa, ele contou igualmente com a revelação divina. De modo que, hoje,
temos um texto confiável, lógico e coerente, Não temos qualquer dúvida quanto à
inspiração divina do Gênesis, que compreendeu tanto a iluminação como a
supervisão do Espírito Santo.
Moisés foi
chamado por Deus no momento mais critico da história de Israel, pois Faraó
estava prestes a exterminar os hebreus.
E, com eles,
perder-se-iam a narrativa da criação e os registros genealógicos que nos
remetem a Adão e ao próprio Deus (Lc 3,38). Além disso, a linhagem do Messias
também seria destruída, tornando inviável o advento de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Não há como
mesurar a importância de Moisés na História Sagrada. O seu necrológio, apensado
ao Deuteronômio, faz jus à sua biografia: “Nunca mais se levantou em Israel
profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face, no
tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do SENHOR, fez na terra
do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante
a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que
operou Moisés à vista de todo o Israel” (Dt 34.1012).
Bastava o
Gênesis para que Moisés se imortalizasse. Mas a sua obra não parou aí;
transcendeu, fazendo-se eterna. Séculos mais tarde, vamos encontrá-lo no Monte
da Transfiguração. Ali, juntamente com Elias, conferenciava com o Verbo de Deus
acerca do momento mais ingente da História Sagrada: a expiação da humanidade no
Calvário. A profecia de Gênesis 3,15 cumpria-se plenamente.
V. GÊNERO LITERÁRIO
Ao contrário
de Homero, legou-nos Moisés uma cosmogonia altamente confiável. Se o primeiro
dispôs apenas do engenho humano, o segundo foi assistido pelo Espírito Santo,
que o inspirou, dirigindo-o em toda a redação da obra. Na composição do livro
de Gênesis, por conseguinte, Deus providenciou todos os detalhes, para que
tivéssemos uma obra inerrante e infalível: alfabeto, língua, gênero literário e
estilo.
1. Alfabeto. Conforme já dissemos, o Senhor impediu que os primeiros cinco
livros das Escrituras Sagradas fossem escritos nos caracteres egípcios. Se isso
tivesse ocorrido, o Pentateuco teria desaparecido já nas décadas seguintes,
pois somente a elite cultural egípcia, da qual Moisés fazia parte, era capaz de
dominá-los. Além do mais, a escrita ideográfica do Nilo estava fadada a
desaparecer.
Haja vista
que, no período do Novo Testamento, os hieróglifos já haviam sido substituidos,
em todo o Egito, pelos alfabetos grego e latino. Dezoito séculos mais tarde, o francês
Jean-François Champollion (1790-1832) enfrentaria dificuldades, a fim de
resgatar o sentido daqueles signos linguísticos.
Por esse
motivo, Deus isolou Moisés por quarenta anos em Midiã, para que o seu servo
aprendesse o alfabeto sinaítico. Através dessa invenção maravilhosa, ele teria
condições de transmitir às gerações futuras os inícios da História Sagrada.
Embora não
se saiba quem de fato criou a linguagem alfabética, o certo é que ela veio a
ser assimilada rapidamente pelos hebreus, fenícios, gregos e latinos. Destes,
veio a ser adotada pela maioria das línguas modernas.
Durante o
cativeiro babilônico, os escribas judeus houveram por bem substituir o alfabeto
sinaítico pelo ashurith, conhecido também como quadrático devido à sua forma
retangular. E, a partir do século 6° de nossa hera, apareceram os massoretas,
cujo principal trabalho foi a vocalização do texto original hebraico, para que
este não acabasse por perder a sua pureza fonética.
2. Língua. Entre os idiomas antigos, tenho para mim que o hebraico era o
mais perfeito. Simples e poético, apresenta uma gramática descomplicada e logo
assimilável. E claro que, no decorrer do Antigo Testamento, os livros do
Pentateuco foram submetidos a vários processos editoriais. Mas todas essas
intervenções foram orientadas e supervisionadas pelo Espírito Santo, visando
preservar a integridade do texto sagrado.
3. Gênero literário. Embora haja poesias e até hinos no Gênesis,
o livro não é uma obra poética. Diferentemente de Homero, utiliza Moisés a
narrativa histórica para registrar os começos do Céu, da Terra, da humanidade e
do povo hebreu.
A História
da Criação seria, séculos depois, salmodiada pelos cantores de Israel. Mas,
quando da redação do Gênesis, o Senhor levou Moisés a utilizar um gênero
literário adequado à historiografia sagrada, realçando a credibilidade do
primeiro livro da Bíblia.
4. Estilo. Se o estilo é de fato o homem, em todo o Gênesis vemos a mão de
Deus em tudo o que Moisés escreveu. Historiador sagrado, foi belo e poético em
cada frase e oração. Até pequenas sentenças, como esta, adquirem beleza e
ternura em sua pena: Haja luz (On 1.3). A História de José é outro exemplo da
excelência literária do autor sagrado. Quem consegue lê-la sem lacrimejar?
Enfim, o Gênesis é tão belo e singular que só podia ser divino. Escrito há mais
de três mil e quinhentos anos, continua a encantar crianças, adolescentes,
adultos e anciãos.
O primeiro
livro da Bíblia Sagrada, portanto, é uma história real, não uma parábola, nem
uma coleção de alegorias, como sugerem os liberais e inimigos da Palavra de
Deus. Se o interpretarmos doutra forma, jamais poderemos aceitar, como verdade,
a História da Redenção.
VI. CONTEÚDO
O Gênesis
pode ser dividido em duas grandes seções: a História Primitiva e a História de
Israel.
1. A História Primitiva. Conhecida também como História Primeva, a
História Primitiva ocupa-se dos primeiros dois milênios da estadia do homem na
Terra, abrangendo os primeiros onze capítulos do livro: da Criação à Torre de
Babel.
De forma
sintética, mas profundamente clara, a Palavra de Deus mostra como vieram a
existir o Céu, a Terra, os animais e o homem. Narra também a ocorrência do
Dilúvio e o evento da Torre de Babel, revelando como originou-se a diversidade
cultural da humanidade.
2. A História de Israel. A partir do capítulo 12, tem início a
História de Israel. É uma narrativa soteriológica das biografias dos três
grandes patriarcas da nação hebreia: Abraão, Isaque e Jacó. O relato é
encerrado com a ascensão providencial de José ao governo egípcio.
Nessa seção,
Deus estabelece suas alianças com os pais da família hebraica. De um lado,
promete-lhes que os protegerá em suas peregrinações até introduzi-los na terra
de Canaã. Do outro, os hebreus se comprometem a guardar-lhe os mandamentos e
devotar-lhe uma adoração exclusiva e única. Todos fomos chamados a uma vida
perfeita diante de El Shaday (Gn 17.1).
CONCLUSÃO
Como nos
sairíamos sem o Gênesis? Ainda estaríamos presos às mitologias babilônicas,
indianas e gregas. Sem ele, jamais poderíamos libertar-nos dos mitos
pós-modernos, que nos chegam todos os dias como verdade e ciência. Enfim, sem
as verdades do Gênesis, jamais teríamos alcançado a liberdade em Cristo, pois a
doutrina da salvação tem, no primeiro livro da Bíblia Sagrada, a sua gênese.
Por isso, agradeçamos a Deus por nos haver providenciado uma porção tão
indispensável e bela de sua inspirada e inerrante Palavra. Quanto mais o tempo
passar, mais constataremos a exatidão da obra que nos legou Moisés.
Leia o
Gênesis com a sua família. No culto doméstico, abra a Bíblia neste livro e
estude-o metódica e sistematicamente. Assim, você impedirá que os seus
pequeninos sejam vitimas dos falsos postulados científicos como a Teoria do Big
Bang e o Evolucionismo.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Livro o Começo de Todas as Coisas = CPAD =
Claudionor de Andrade
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